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1 
 
 
 
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2 
 
SUMÁRIO 
1 O QUE É O TRIBUTO NO MUNDO ATUAL ........................................... 4 
2 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA .................................................................... 5 
2.1 Sujeitos ativos e passivos da obrigação tributária ............................ 5 
3 NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO .................................................... 5 
3.1 Competência tributária ..................................................................... 6 
3.2 Imposto da união .............................................................................. 7 
3.3 Imposto estaduais ............................................................................ 7 
3.4 Impostos municipais ......................................................................... 8 
4 REGIME TRIBUTARIO ........................................................................... 8 
4.1 Lucro Real ........................................................................................ 9 
4.2 Lucro Presumido ............................................................................ 11 
4.3 Simples Nacional ............................................................................ 14 
5 IMPOSTOS FEDERAIS ........................................................................ 17 
5.1 COFINS .......................................................................................... 17 
5.2 CSLL .............................................................................................. 18 
6 TRIBUTO .............................................................................................. 22 
7 CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS ..................................................... 23 
8 POR DENTRO DA CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA ............................ 24 
9 FUNÇÕES DO PROFISSIONAL TRIBUTARISTA ................................ 25 
10 O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ................................................... 27 
10.1 Aplicações de contabilidade tributária ......................................... 28 
11 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO PARA O 
SETOR EMPRESARIAL........................................................................................ 29 
‘ 
3 
 
12 A IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DO REGIME PARA 
RECOLHIMENTO DO IRPJ E CSLL ..................................................................... 32 
13 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................ 36 
13.1 A Significância do Planejamento Tributário para a Estrutura de 
Custos de uma Organização ............................................................................. 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
‘ 
4 
 
1 O QUE É O TRIBUTO NO MUNDO ATUAL 
 
Fonte: buscaai.com 
Tributo é definido como a parcela que a sociedade entrega ao Estado, em 
dinheiro, de forma obrigatória, para financiamento dos gastos públicos. Tributo é 
gênero, da qual são espécies: impostos, taxas, contribuições de melhoria, 
empréstimos compulsórios e contribuições especiais. 
Na legislação, especificamente no art. 3° da Lei 5.172 – Código Tributário 
Nacional – CTN, devidamente recepcionado pela atual Constituição Federal, assim 
está definido: “Art. 3° - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda 
ou cujo valor nela possa se exprimir, que não se constitua sanção de ato ilícito, 
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
”Então, os tributos que o CONTRIBUINTE paga ao ESTADO através da ação do 
FISCO é utilizado pelo GOVERNO para a manutenção do BEM PÚBLICO. 
‘ 
5 
 
2 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
Para o estudo da obrigação tributária, leva-se em conta a obrigação como 
relação jurídica. Obrigação Tributária, portanto, é o liame (ligação, o que prende) 
entre devedor (contribuinte ou responsável) e credor (Fisco), que tem por prestação 
o tributo ou conduta de natureza tributária consistente em fazer ou não fazer. 
A obrigação tributária é a relação jurídica existente entre o sujeito ativo e 
passivo, que tem por objeto o pagamento de tributo e de penalidade pecuniária, 
também está conforme o CTN. 
2.1 Sujeitos ativos e passivos da obrigação tributária 
Na obrigação tributária estão envolvidos o sujeito ativo e o sujeito passivo. 
SUJEITO ATIVO: ESTADO 
SUJEITO PASSIVO: O CONTRIBUINTE 
CONTRIBUINTE DE DIREITO: o contribuinte previsto em lei. Exemplo: o 
revendedor de material de limpeza, é ele que vai recolher o ICMS mas vai incluí-lo 
no preço final de seus produtos 
CONTRIBUINTE DE FATO: é aquele não previsto na lei, mas é quem 
suporta o ônus econômico. Exemplo: a dona de casa que compra o material de 
limpeza. Ela não recolhe o tributo, mas foi quem o pagou embutido no preço final. 
3 NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO 
Direito tributário é um ramo do direito administrativo que estuda os princípios 
e as regras aplicadas ao exercício do poder de tributos do Estado Democrático de 
Direito. 
Em outro conceito podemos dizer que Direito Tributário é a disciplina da 
relação entre o Tesouro Público e o contribuinte, resultante da imposição, 
arrecadação e fiscalização dos tributos. 
‘ 
6 
 
No direito tributário é importante observação dos atos editados pelos entes 
tributantes (Lei, Decretos, Portarias, Instruções.) Os quais obedecem a uma 
hierarquia, ficando o que denomina fonte do direito. 
A hierarquia das leis é representada da seguinte forma: 
Poder Contribuinte Originário: 
 
 
Assim, em obediência a citada hierarquia: a Lei cria um tributo, o Decreto o 
regulamenta e as Portarias, Instruções Normativas e as resoluções etc., o 
complementam. 
3.1 Competência tributária 
 
Fonte: contabils.com 
‘ 
7 
 
A constituição federal, atribui competência para cada ente da federação para 
instituir os impostos, os quais são distribuídos da seguinte forma: 
3.2 Imposto da união 
Os Tributos Federais, no Brasil, constituem-se numa gama extensa de 
tributos arrecadados pela União, previstos pela Constituição Federal, entre os quais: 
 Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) 
 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) 
 Imposto sobre a Exportação (IE) 
 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) 
 Imposto sobre Operações de Crédito (IOF) 
 Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR - pessoa física 
e jurídica) 
 IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) 
 Programa de Integração Social (PIS) 
Além de taxas, contribuições de intervenção e outros tributos (assim 
considerados), como o FGTS e as demais contribuições previdenciárias 
3.3 Imposto estaduais 
Tributos Estaduais equivalem a 28,47% de todo imposto arrecadado, sendo 
eles; 
 Transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos – ITCMD 
 Operações relativo à circulação de mercadoria e sobre prestação de 
serviços de transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação, 
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior – ICMS 
 Imposto sobre propriedade de veículo automotores – IPVA 
http://www.portaltributario.com.br/tributos/cofins.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/impostodeexportacao.htm
http://www.portaltributario.com.br/tributos/itr.htm
http://www.portaltributario.com.br/tributario/iof.htm
http://www.portaltributario.com.br/tributos/irpj.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/ipi.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/pis.htm
‘ 
8 
 
3.4 Impostos municipais 
 Propriedade predial e territorial urbano – IPTU 
 Serviços de qualquer natureza – ISS 
 Transmissão de Bens Imóveis – ITBI 
4 REGIME TRIBUTARIO 
 
Fonte:viasoft.com.br 
Para fins tributários federais, a apuração dos impostos, no Brasil, pode ser 
feita de três formas: 
 
1. Lucro Real; 
2. Lucro Presumido e 
3. Simples Nacional (opção exclusiva para Microempresase Empresas 
de Pequeno Porte). 
‘ 
9 
 
4.1 Lucro Real 
Lucro Real é a regra geral para a apuração do Imposto de Renda (IRPJ) e da 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica. 
Ao mesmo tempo em que é o “regime geral” também é o mais complexo. 
Neste regime, o imposto de renda é determinado a partir do lucro contábil, 
apurado pela pessoa jurídica, acrescido de ajustes (positivos e negativos) 
requeridos pela legislação fiscal, conforme esquema a seguir: 
 
Lucro (Prejuízo) Contábil 
(+) Ajustes fiscais positivos (adições) 
(-) Ajustes fiscais negativos (exclusões) 
(=) Lucro Real ou Prejuízo Fiscal do período 
Quando se trata do regime de Lucro Real pode haver, inclusive, situações de 
Prejuízo Fiscal, hipótese em que não haverá imposto de imposto de renda a pagar. 
Olhando somente pelo lado do imposto de renda, para uma empresa que 
opera com prejuízo, ou margem mínima de lucro, normalmente optar pelo regime 
de Lucro Real é vantajoso. Porém, sempre é prudente que a análise seja estendida 
também para a Contribuição Social sobre o Lucro e para as contribuições ao PIS e 
a COFINS, pois a escolha do regime afeta todos estes tributos. 
Pessoas Jurídicas Obrigadas ao Lucro Real: 
Estão automaticamente obrigadas à apuração pelo Lucro Real as pessoas 
jurídicas: 
a) Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, 
bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, 
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades 
corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores 
mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, 
empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência 
privada aberta; 
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10 
 
b) Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior. 
Não confundir rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior com receitas 
de exportação. 
As exportadoras podem optar pelo Lucro Presumido normalmente, desde 
que não estejam nas hipóteses de vedação. 
A restrição deste item alcança aquelas empresas que tenham lucros gerados 
no exterior (como empresas Offshore, filiais controladas e coligadas no exterior, 
etc.). 
A prestação direta de serviços no exterior (sem a utilização de filiais, 
sucursais, agências, representações, coligadas, controladas e outras unidades 
descentralizadas da pessoa jurídica que lhes sejam assemelhadas) não obriga a 
tributação do Lucro Real. Vide Ato Declaratório Interpretativo 5/2001 SRF. 
c) Que autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais 
relativos à isenção ou redução do imposto; 
Como exemplo de benefícios fiscais: o programa BEFIEX (isenção do lucro 
de exportação), redução do IR pelo Programa de Alimentação do Trabalhador, 
projetos incentivados pela SUDENE e SUDAM, etc. 
d) Que no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal 
pelo regime de estimativa, na forma do artigo 2º da Lei 9.430/1996. 
A opção pelo regime de tributação (Real, Presumido ou Arbitrado) se dá com 
o primeiro recolhimento, normalmente em janeiro. 
e) Que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de 
serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e 
riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios 
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). 
f) Que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, 
financeiros e do agronegócio (incluído pela Lei 12.249/2010). 
g) Também estão obrigadas ao Lucro Real as empresas imobiliárias, 
enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de 
custo orçado (IN SRF 25/1999). O custo orçado é a modalidade de tratamento 
contábil dos custos futuros de conclusão de obras. 
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11 
 
h) As Sociedades de Propósito Específico (SPE) constituídas por optantes 
pelo Simples Nacional deverão apurar o imposto de renda das pessoas jurídicas 
com base no Lucro Real, conforme estipulado no artigo 56, § 2, IV da Lei 
Complementar 123/2006. 
Além das obrigatoriedades acima, observar o limite de receita bruta anual, 
para fins de opção obrigatória pelo lucro real 
4.2 Lucro Presumido 
O Lucro Presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação 
da base de cálculo do Imposto de Renda - IRPJ, e da Contribuição Social Sobre o 
Lucro Líquido - CSLL das pessoas jurídicas. 
A sistemática é utilizada para presumir o lucro da pessoa jurídica a partir de 
sua receita bruta e outras receitas sujeitas à tributação. Em termos gerais, trata-se 
de um lucro fixado a partir de percentuais padrões aplicados sobre a Receita 
Operacional Bruta - ROB. Sobre o referido resultado somam-se as outras receitas 
eventuais auferidas, como receitas financeiras e alugueis. Assim, por não se tratar 
do lucro contábil efetivo, mas uma mera aproximação fiscal, denomina-se de Lucro 
Presumido. 
 
Exemplo: 
 
 Especificações: IRPJ CSLL 
Receita Operacional Bruta com a venda de 
mercadorias 
R$ 100.000 R$ 100.000 
Percentual de lucro fixado fiscalmente 8% 12% 
Lucro Presumido decorrente da ROB R$ 8.000 R$ 12.000 
Outras Receitas a adicionar (integralmente): 
 
- Receitas financeiras R$ 1.000 R$ 1.000 
http://www.portaltributario.com.br/guia/rec_bruta.html
http://www.portaltributario.com.br/guia/rec_bruta.html
‘ 
12 
 
- Aluguel de imóvel (quando não for objeto 
social da empresa) 
R$ 1.500 R$ 1.500 
Lucro Presumido Total R$ 10.500 R$ 14.500 
 
A base de cálculo da CSLL corresponde a: 12% da receita bruta nas 
atividades comerciais, industriais, serviços hospitalares e de transporte e 32% para: 
a) Prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e 
transporte; 
b) Intermediação de negócios; 
c) Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de 
qualquer natureza. 
Para fins de determinação do IRPJ os percentuais são diversificados, 
conforme tabela a seguir: 
Espécies de atividades Percentuais sobre a receita 
Revenda a varejo de combustíveis e gás natural 1,6% 
 Venda de mercadorias ou produtos 
 Transporte de cargas 
 Atividades imobiliárias 
 Serviços hospitalares 
 Atividade Rural 
 Industrialização com materiais fornecidos pelo 
encomendante 
 Outras atividades não especificadas (exceto 
prestação de serviços) 
8 % 
 Serviços de transporte (exceto o de cargas) 
 Serviços gerais com receita bruta até R$ 
120.000/ano 
16% 
‘ 
13 
 
 Serviços profissionais (médicos, dentistas, 
advogados, contadores, auditores, engenheiros, 
consultores, economistas, etc.) 
 Intermediação de negócios 
 Administração, locação ou cessão de bens 
móveis/imóveis ou direitos 
 Serviços de construção civil, quando a prestadora 
não empregar materiais de sua propriedade nem se 
responsabilizar pela execução da obra (ADN Cosit 
6/97). 
 Serviços em geral, para os quais não haja previsão 
de percentual específico 
32% 
No caso de exploração de atividades 
diversificadas, será aplicado sobre a receita bruta de 
cada atividade o respectivo percentual 
1,6 a 32% 
 
 
Embora não seja um regime obrigatório, o Lucro Presumido é bastante 
difundido devido a sua simplicidade e, principalmente, por questões de estratégia 
tributária, pois pode representar economia tributária, sobretudo nas empresas 
altamente lucrativas. Portanto, se não houver impedimento, pode ser uma boa 
ferramenta de planejamento tributário. 
A opção pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido será 
manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido 
correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário. 
A saída do sistema de tributação pelo lucro presumido pode ocorrer 
anualmente por opção ou, obrigatoriamente, quando a pessoajurídica deixar de se 
enquadrar nas condições para permanecer no sistema. 
O imposto de renda devido, apurado trimestralmente, será pago em quota 
única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de 
apuração. 
http://www.portaltributario.com.br/obras/planejamento.htm
‘ 
14 
 
À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três 
quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses 
subsequentes ao de encerramento do período de apuração a que corresponder. 
4.3 Simples Nacional 
 
Fonte: blog.egestor.com.br 
A Lei Complementar nº 123/2006, instituiu novo tratamento tributário 
simplificado, também conhecido como Simples Nacional ou Super Simples. 
 O Simples Nacional estabelece normas gerais relativas ao tratamento 
tributário diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas 
de pequeno porte no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações 
acessórias. 
Agendamento para 2018 
O agendamento é um serviço que objetiva facilitar o processo de ingresso 
no Simples Nacional, possibilitando ao contribuinte manifestar o seu interesse pela 
opção para o ano subsequente, antecipando as verificações de pendências 
impeditivas ao ingresso no Regime. 
‘ 
15 
 
Assim, o contribuinte poderá dispor de mais tempo para regularizar as 
pendências porventura identificadas. 
Esta funcionalidade está disponível entre o dia 1º de novembro e o dia 28 de 
dezembro de 2017 no Portal do Simples Nacional > Simples – Serviços > Opção > 
“Agendamento da Solicitação de Opção pelo Simples Nacional”. 
Não havendo pendências, a solicitação de opção para 2018 já estará 
confirmada. No dia 01/01/2018, será gerado o registro da opção pelo Simples 
Nacional, automaticamente. 
Caso sejam identificadas pendências, o agendamento não será aceito. O 
contribuinte poderá regularizar essas pendências e proceder a um novo 
agendamento, até 28/12/2017. 
Após este prazo, a empresa ainda poderá solicitar a opção pelo Simples 
Nacional até 31 de janeiro de 2018, no Portal do Simples Nacional > Simples – 
Serviços > Opção > “Solicitação de Opção pelo Simples Nacional”. 
É possível realizar o cancelamento do agendamento da opção, no mesmo 
período do agendamento, por meio de aplicativo disponibilizado no Portal do 
Simples Nacional. 
Para as empresas que exercem as novas atividades autorizadas pela Lei 
Complementar 155/2016 (produtores de cervejas, vinhos, destilados e licores), não 
será possível realizar o agendamento. A solicitação de opção poderá ser feita em 
janeiro/2018, até o último dia útil (31/01/2018). A opção, se deferida, retroagirá a 
01/01/2018. Não haverá agendamento para opção pelo SIMEI. Não haverá 
agendamento para empresas em início de atividade. 
Definição de Microempresa e de Empresa de Pequeno Porte: 
Consideram-se microempresa ou empresas de pequeno porte, a sociedade 
empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei 
10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil Brasileiro), devidamente registrados 
no registro de empresas mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, 
conforme o caso, desde que dentro dos limites de receita bruta previstos na 
legislação. 
 
‘ 
16 
 
VEDAÇÕES 
 Determinadas atividades ou formas societárias estão vedadas de adotar o 
Super Simples - dentre essas vedações, destacam-se: 
1) Pessoas jurídicas constituídas como cooperativas (exceto as de 
consumo); 
2) Empresas cujo capital participe outra pessoa jurídica; 
3) Pessoas jurídicas, cujo sócio ou titular seja, administrador ou equiparado 
de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global 
ultrapasse o limite de receita. 
Ficaram fora da vedação ao regime, as empresas de serviços contábeis, que 
poderão ser optantes pelo Simples Nacional. 
 
RECOLHIMENTO ÚNICO 
 O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento 
único de arrecadação, do IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS, INSS, ICMS e ISS. 
 Entretanto, em alguns desses tributos há exceções, pois, o recolhimento 
será realizado de forma distinta, conforme a atividade. 
 
 INSCRIÇÃO 
 Serão consideradas inscritas no Simples Nacional as microempresas e 
empresas de pequeno porte regularmente optantes pelo Simples Federal (Lei 
9.317/1996), salvo as que estiverem impedidas de optar por alguma vedação 
imposta pelo novo regime do Simples Nacional. 
 
 PARCELAMENTO DE DÉBITOS 
Os débitos tributários poderão ser parcelados, dentro de condições 
específicas. 
‘ 
17 
 
5 IMPOSTOS FEDERAIS 
5.1 COFINS 
Contribuição para Financiamento da Seguridade Social 
A COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, foi 
instituída pela Lei Complementar 70 de 30/12/1991. 
A contribuição COFINS, atualmente, é regida pela Lei 9.718/1998, com as 
alterações subsequentes. 
 
COFINS – CONTRIBUINTES 
São contribuintes da COFINS as pessoas jurídicas de direito privado em 
geral, inclusive as pessoas a elas equiparadas pela legislação do Imposto de 
Renda, exceto as microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo 
Simples Nacional (Lei Complementar 123/2006). 
 
BASE DE CÁLCULO 
A partir de 01.02.1999, com a edição da Lei 9.718/1998, a base de cálculo 
da contribuição é a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo 
irrelevante o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada 
para as receitas. 
 
ALÍQUOTAS 
COFINS: a alíquota geral é de 3% (a partir de 01.02.2001) ou 7,6% (a partir 
de 01.02.2004) na modalidade não cumulativa. 
Entretanto, para determinadas operações, a alíquota é diferenciada 
Nas pessoas jurídicas que tenham filiais, a apuração e o pagamento das 
contribuições serão efetuados, obrigatoriamente, de forma centralizada, pelo 
estabelecimento matriz. 
 
COFINS NÃO CUMULATIVA 
‘ 
18 
 
Através da Lei 10.833/2003, para as empresas optantes pelo Lucro Real, com 
exceções específicas, foi introduzido o regime de não cumulatividade da COFINS 
sobre a receita bruta. 
A base de cálculo da COFINS no regime não cumulativo é o faturamento 
mensal, este sendo entendido pela fiscalização como o total das receitas auferidas 
pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação 
contábil. 
Neste regime, há a possibilidade de o contribuinte apropriar créditos sobre 
determinados custos e despesas. 
5.2 CSLL 
CSLL - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO 
 
A contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL ou CSSL) foi instituída pela 
Lei 7.689/1988. 
Aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento 
estabelecidas para o imposto de renda das pessoas jurídicas, mantidas a base de 
cálculo e as alíquotas previstas na legislação em vigor (Lei 8.981, de 1995, artigo 
57). 
Desta forma, além do IRPJ, a pessoa jurídica optante pelo Lucro Real, 
Presumido ou Arbitrado deverá recolher a Contribuição Social sobre o Lucro 
Presumido (CSLL), também pela forma escolhida. 
Não é possível, por exemplo, a empresa optar por recolher o IRPJ pelo Lucro 
Real e a CSLL pelo Lucro Presumido. 
Escolhida a opção, deverá proceder á tributação, tanto do IRPJ quanto da 
CSLL, pela forma escolhida. 
 
BASE DE CÁLCULO DA CSLL 
 
LUCRO PRESUMIDO 
‘ 
19 
 
 
A partir de 01.09.2003, por força do artigo 22 da Lei 10.684/2003, a base de 
cálculo da CSLL, devida pelas pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido 
corresponde a: 
12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços 
hospitalares e de transporte; 
 
32% para: 
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e 
transporte; 
b) intermediação de negócios; 
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de 
qualquer natureza. 
 
Deduções da Receita Bruta 
 
Da receita bruta poderãoser deduzidas as vendas canceladas, os descontos 
incondicionalmente concedidos e os impostos não cumulativos cobrados 
destacadamente do comprador ou contratante, e do qual o vendedor dos bens ou 
prestador dos serviços seja mero depositário (IPI e ICMS Substituição Tributária). 
A receita bruta poderá ser considerada pelo regime de caixa, desde que o 
critério seja adotado também para o IRPJ, PIS e Cofins. 
Adições à Base de Cálculo 
Deverão, ainda, ser somadas à base de cálculo da CSSL no Lucro 
Presumido: 
 
 Os ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos 
decorrentes de receitas não compreendidas na atividade, inclusive: 
 Os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre 
pessoas jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou 
‘ 
20 
 
interligadas, exceto se a mutuária for instituição autorizada a funcionar 
pelo Banco Central do Brasil; 
 Os ganhos de capital auferidos na alienação de participações 
societárias permanentes em sociedades coligadas e controladas, e de 
participações societárias que permaneceram no ativo da pessoa 
jurídica até o término do ano-calendário seguinte ao de suas 
aquisições; 
 Os ganhos auferidos em operações de cobertura ("hedge") realizadas 
em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de 
balcão; 
 A receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da 
pessoa jurídica, deduzida dos encargos necessários à percepção da 
mesma; 
 Os juros relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou 
compensados; 
 As variações monetárias ativas; 
 
Nota: A partir de 01.01.2000, as receitas decorrentes das variações 
monetárias dos direitos de créditos e das obrigações, em função da taxa de câmbio, 
serão consideradas, para efeitos da base de cálculo, entre uma das seguintes 
opções: 
 
 No momento da liquidação da operação correspondente ("regime de 
caixa"); ou 
 Pelo regime de competência, aplicando-se a opção escolhida para 
todo o ano-calendário. 
 Juros remuneratórios do capital próprio pagos ou creditados por 
sociedade da qual a empresa seja sócia ou acionista. 
 Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras 
de renda fixa e renda variável. 
‘ 
21 
 
 O resultado do cálculo do preço de transferência, decorrentes de 
operações externas de exportação ou mútuo com empresas 
vinculadas ou domiciliadas em países com tributação favorecida. 
Nesta hipótese, será somada 12% da diferença da receita de 
exportações e o valor integral da receita com mútuo apurados 
segundo as regras do IRPJ. 
 
LUCRO REAL 
 
A base de cálculo para as pessoas jurídicas optantes pelo lucro real é o lucro 
contábil, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação. 
Antecipações Mensais 
As empresas que recolhem a CSLL por estimativa mensal, a partir de 
01.09.2003, devem considerar a nova base de cálculo da CSLL de 32% para as 
seguintes atividades: 
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de 
transporte; 
b) intermediação de negócios; 
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de 
qualquer natureza; 
d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, 
mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a 
pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a 
prazo ou de prestação de serviços (factoring). 
 
ALÍQUOTAS DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 
 
8% (oito por cento) até 30.04.1999. 
A partir de 01.05.1999, a alíquota foi majorada para 12% (doze por cento) e 
a partir de 01.02.2000 a alíquota é de 9% (nove por cento). 
Para as entidades financeiras e equiparadas a alíquota é de 15%. 
‘ 
22 
 
RECEITA BRUTA - REGIME DE COMPETÊNCIA OU REGIME DE CAIXA 
VINCULADO A OPÇÃO DA TRIBUTAÇÃO DO IRPJ 
 
Se a empresa apurar o IRPJ no Lucro Presumido segundo o regime de caixa 
sobre a receita bruta, deverá proceder ao cálculo da tributação pela CSLL também 
pelo regime de caixa. 
No caso de ter optado pela tributação do IRPJ pelo regime de competência, 
fará a apuração da CSLL segundo este regime. 
Ou seja, a escolha entre regime de caixa e regime de competência, no IRPJ, 
vincula a forma de apuração da CSLL. 
6 TRIBUTO 
O Código Tributário Nacional define tributo da seguinte forma: “Tributo é toda 
a prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, 
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em Lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada. ” 
A União, Estados, Municípios e o Distrito Federal, podem por Lei, instituir os 
tributos de sua competência e estes são denominado Sujeito Ativo, ou seja, quem 
recebe o Tributo. Já quem paga esses Tributos, as pessoas físicas e as pessoas 
jurídicas, é denominado Sujeito Passivo. 
 Exemplo: 
 RECEBE PAGA 
Sujeito Ativo Sujeito Passivo 
- União - Pessoa Física 
- Estados - Pessoa Jurídica 
- Distrito Federal 
- Municípios 
 
Divisão de espécies de Tributos: 
 
‘ 
23 
 
Os tributos são divididos em 5 espécies: 
 
IMPOSTOS – Serve para atender as necessidades gerais da Coletividade. O 
benefício não é individual, e sim para a toda a comunidade. 
 TAXAS – Utilizadas para retribuir o ônus inerente ao exercício regular do 
poder de polícia e os serviços específicos e divisíveis (coleta de lixo, licenciamento 
de veículos, taxa de inspeção sanitária, etc). 
 CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA – São aquelas instituídas em razão de 
valorização do particular, em função da realização de uma obra pública. (Prefeitura 
construiu uma Praça próxima de um terreno particular e valoriza o local do 
particular). 
 EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS – São instituídos visando atender as 
calamidades públicas ou guerra externa e investimento público relevante para o 
interesse nacional. 
 CONTRIBUIÇÕES – Que objetivam a regulamentação da economia, os 
interesses de categorias profissionais e o custeio da seguridade social e 
educacional. 
7 CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS 
DIRETOS, são aqueles em que o valor econômico da obrigação tributária é 
suportado exclusivamente pelo contribuinte sem que o ônus seja repassado para 
terceiros. Os impostos diretos incidem sobre o patrimônio e a renda, e são 
considerados tributos de responsabilidade pessoal. Exemplo: IRPF, IRPJ, IPTU, 
ITR, IPVA e etc. 
INDIRETOS, são aqueles em que a carga financeira decorrente da obrigação 
tributária é transferida para terceiros ficando sujeito passivo obrigado a recolher o 
respectivo valor, mas o ônus fica transferido para outrem. Os impostos indiretos são 
aqueles que incidem sobre a produção e a circulação de bens e serviços e são 
repassados para o preço, pelo produtor, vendedor ou prestador de serviço. 
Exemplo: IPI, ICMS, ISS, COFINS e etc. 
‘ 
24 
 
8 POR DENTRO DA CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA 
 
Fonte: abraseunegocio.com.br 
A contabilidade tributária pode ser considerada de caráter interdisciplinar, o 
que significa que ela envolve disciplinas diferentes. Tais como a Economia, o 
Direito, a Administração, a Psicologia e a Sociologia e, evidentemente, a 
Contabilidade, as quais aparecem da seguinte forma: 
 Economia: contribui com a contabilidade tributária ao oferecer recursos para 
melhorar o desempenho das organizações em relação aos tributos, por exemplo. É 
dela que a contabilidade tributária busca ferramentas para analisar aspectos. Tais 
como: o impacto do tributo nas decisões dos agentes econômicos, a análise sobre 
como os impostos afetam o comportamento do contribuinte, entre outros. 
 Direito: os aspectos legais, como a constitucionalidade de uma norma legal, 
a legitimidade de uma exigência tributária, entre outros, norteia o trabalho de 
profissionais contábeis na otimização do relacionamento da empresa com os 
tributos. 
 Administração:é preciso sempre ter atenção especial a questões como a 
gestão e as finanças que envolvem questões tributárias. Neste sentido, a 
Administração oferece ferramentas significativas. 
‘ 
25 
 
 Psicologia e Sociologia: são ciências que funcionam como ferramentas 
auxiliares para a melhor compreensão da abordagem econômica. Entretanto, não 
deixam de ter grande importância. Isso porque o estudo do indivíduo e sua maneira 
de pensar e se comportar são significativos para o tema. 
A contabilidade tributária pode ser considerada um campo ou disciplina da 
Contabilidade. Se dedica aos princípios, conceitos, técnicas, métodos e 
procedimentos que podem ser aplicados à apuração dos tributos devidos pelas 
empresas. Seu objetivo é encontrar alternativas para reduzir a carga tributária e 
cumprir as obrigações acessórias exigidas pelo fisco. 
 A contabilidade tributária é a área de atuação do contador que se dedica à 
gestão tributária das organizações. Por isso, representa importante espaço no 
mercado de trabalho para esse profissional. 
9 FUNÇÕES DO PROFISSIONAL TRIBUTARISTA 
 
Fonte:planejus.com.br 
O contador que trabalha com os tributos exerce as seguintes funções: 
 Análise das atividades e operações das empresas com o intuito de identificar 
os tributos devidos por elas. Uma das atribuições do profissional é verificar quais 
‘ 
26 
 
são os tributos devidos por uma indústria, por exemplo. Neste caso, ele deve 
identificar alguns dos impostos envolvidos nas atividades da organização, como o 
IPI, o IRPJ, a CSLL, entre outros. Da mesma forma, se a corporação também atua 
na prestação de serviços, como instalação ou manutenção, é possível saber que o 
ISSQN também estará envolvido nas atividades. 
Outra função importante que esse profissional realiza é identificar a 
legislação aplicável a cada caso e necessidade das empresas. Portanto, ele precisa 
compreender tudo o que está envolvido em termos legais com os tributos devidos. 
Uma vez que a legislação foi identificada, é preciso analisá-la e interpretá-la. 
Ou seja, conhecendo os termos que regulam o IPI, por exemplo, o profissional 
precisará avaliar diferentes desdobramentos desses termos. Além de saber quais 
operações podem conceder direito ao crédito, ou então em quais hipóteses existirá 
a isenção ou imunidade para a companhia, entre outros. 
Existe também o trabalho de orientação e assessoramento interno aos 
departamentos da empresa. Estes podem solicitar diferentes tipos de questões ao 
departamento de gestão tributária. Cabe ao contador tributarista prestar os devidos 
esclarecimentos até mesmo para que a equipe funcione em sincronia. 
Outra importante função é estabelecer as rotinas de apuração e de 
cumprimento das obrigações tributárias. Neste aspecto, o profissional tributarista 
precisa estruturar o departamento e dividir as tarefas. Além de criar meios para fazer 
com que todos os objetivos sejam alcançados por meio do gerenciamento eficaz 
dos recursos humanos e dos materiais disponíveis. 
Também existe a necessidade de identificar alternativas lícitas para reduzir 
o ônus tributário a partir do desenvolvimento do planejamento tributário. 
Por fim, cabe a este profissional fazer a representação do contribuinte junto 
aos órgãos fiscais competentes. Executando o trabalho de requerimentos 
administrativos, consultas, impugnações, entre outros. 
‘ 
27 
 
10 O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 
 
Fonte: chavesadvocacia.com.br 
 É inevitável falar do planejamento tributário quando o assunto é 
contabilidade tributária. Ele é de fundamental importância para a existência de uma 
gestão de tributos eficiente. Com ele, é possível definir estratégias que possibilitem 
o gerenciamento de assuntos relacionados a tributos. Sejam obrigações principais 
ou acessórias na relação entre o contribuinte e o fisco. 
 Para um planejamento tributário eficiente, existem dois conceitos 
extremamente importantes: 
 Elisão fiscal: ocorre quando o contribuinte, seja pessoa física ou jurídica, 
utiliza de meios que a lei permite para diminuir a carga tributária, sempre 
respeitando o ordenamento jurídico. 
 Evasão fiscal: ocorre quando, de forma consciente, o contribuinte realiza 
determinada ação que diminui o pagamento de tributos de forma ilícita, ou seja, sem 
legalidade. 
A contabilidade tributária é a base de um planejamento tributário. Encontrar 
alternativas legais para reduzir a carga tributária de uma empresa, além de 
acompanhar com atenção as legislações, bem como o controle dos relatórios 
‘ 
28 
 
contábeis, é simplesmente imprescindível para a maximização dos lucros e a 
manutenção do negócio. 
 Somente com uma boa contabilidade tributária é possível estruturar uma 
empresa de modo a fazer com que sua gestão de tributos seja eficiente. Desde a 
escolha do regime tributário mais adequado até o estabelecimento de normas e 
padrões para o dia a dia, capazes de influenciar nos gastos de maneira lícita. Sem 
correr riscos ou sonegar impostos. 
10.1 Aplicações de contabilidade tributária 
 Assim, a definição do regime tributário mais adequado pode ser um bom 
exemplo de aplicação da contabilidade tributária. Mediante um estudo aprofundado 
de suas características e faturamento, observado os limites da lei, seu gestor pode 
optar pelo Lucro Presumido em vez do Lucro Real. Isso reflete um bom 
planejamento tributário que foi feito em consequência da contabilidade tributária 
bem-feita. O que gera uma situação capaz de render uma excelente economia de 
impostos para a organização. 
‘ 
29 
 
11 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO PARA O SETOR 
EMPRESARIAL 
 
Fonte: brasaosistemas.com.br 
O planejamento tributário, antes visto como um instituto complexo e encarado 
com receio pelos empresários brasileiros, tem atraído cada vez mais o interesse 
das empresas, em razão da elevada carga tributária que assola a produção e o 
consumo de bens e serviços em nosso país. 
Dados divulgados por órgãos como o IBGE mostraram que a carga tributária, 
em 2008, atingiu o percentual aproximado de 36% (trinta e seis por cento) do PIB 
(produto interno bruto) brasileiro, numa época em que a crise financeira mundial 
trouxe prejuízos incalculáveis para o setor empresarial. 
Fato é que, com uma máquina administrativa cada vez mais inchada e 
burocrática como a brasileira, agravada ainda pelo desvio e má utilização dos 
recursos públicos, a elevação da carga tributária se mostra como uma tendência 
permanente, visando garantir a continuidade das atividades estatais. 
O planejamento tributário se apresenta, portanto, como o meio viável e lícito 
(legal) para permitir a redução da carga tributária das empresas, garantindo, assim, 
uma maior competitividade e, por via de consequência, a sua sobrevivência. O 
‘ 
30 
 
planejamento tributário é tão importante para a empresa como o processo de 
capacitação de seus empregados, o planejamento logístico, o desenvolvimento de 
novos produtos e serviços, modernização tecnológica e etc., portanto, a análise da 
realidade tributária da empresa e a redefinição do seu posicionamento, por meio do 
desenvolvimento do chamado planejamento tributário, pode lhe permitir uma grande 
economia financeira, capaz de dar fôlego e impulsionar as suas atividades. 
Cabe lembrar que é no começo de cada ano ou exercício fiscal que as 
empresas têm uma preocupação a mais, qual seja, definir o regime de tributação 
mais adequado para a sua atividade durante todo o ano calendário (Lucro Real ou 
Lucro Presumido), além da adoção de outras providências e cautelas que poderão 
implicar numa significativa economia tributária. 
Não existe, porém, uma fórmula matemática e imutável para o planejamento 
tributário, que permita às empresas preenchê-la com os seus dados reais e obter o 
resultado correto (o caminho a ser seguido para obter a economia tributária), como 
se faz com um programa de computador. Isto quer dizer que a melhor escolhapara 
a prática de um ato ou negócio jurídico por parte da empresa dependerá da análise 
concreta e individualizada das suas características, de sua situação contábil e 
financeira, bem como do conhecimento da legislação, principalmente a tributária. 
Assim a escolha por um regime ou outro de tributação (Lucro Real ou Lucro 
Presumido) bem como a prática de qualquer ato ou negócio jurídico pelas empresas 
não é tão simples, podendo lhes gerar consequências positivas ou negativas, sob a 
ótica tributária, durante um longo período. 
Nesse sentido, vale ressaltar, inicialmente, que nem toda pessoa jurídica 
pode adotar o regime do Lucro Presumido para apuração do IRPJ (Imposto de 
Renda Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido). 
Determinadas empresas estão obrigadas à adoção do Lucro Real, nos termos do 
artigo 14 da Lei 9.718/98 (clique aqui), ainda que o Lucro Presumido lhe traga maior 
economia tributária. 
Outro ponto a ser considerado é que, no regime do Lucro Real, o IRPJ e a 
CSLL são calculados sobre o lucro contábil/líquido apurado pela empresa, ajustado 
pelas adições e exclusões permitidas pela legislação tributária, ou seja, a base de 
‘ 
31 
 
cálculo para incidência daqueles tributos é o lucro real (verdadeiro) obtido pela 
empresa. Daí a conclusão de que se a empresa apura prejuízo contábil no 
respectivo período de apuração, não estará sujeita ao pagamento do IRPJ e da 
CSLL, pois não há a disponibilidade econômica ou jurídica da renda que constitui o 
fato gerador desses tributos. 
Já no Lucro Presumido, a base de cálculo para incidência do IRPJ e da CSLL 
é encontrada a partir da aplicação de percentuais (artigos 15 e 22 da Lei 9.249/95 - 
clique aqui) sobre a receita bruta auferida pela empresa, gerando a presunção de 
que esse valor apurado corresponde ao lucro passível de tributação. Sobre a base 
presumida são aplicadas as alíquotas do IRPJ e da CSLL. 
Desta forma, ao contrário do que ocorre no Lucro Real, o que importará para 
fins de tributação pelo IRPJ e pela CSLL no Lucro Presumido é o recebimento de 
receitas no caixa da empresa, pouco importando se ela apresenta lucratividade ou 
não. Em outras palavras, ainda que a empresa apresente prejuízo fiscal, deverá 
pagar o IRPJ e a CSLL caso tenha auferido receitas no respectivo período de 
apuração, que é trimestral no Lucro Presumido. 
Não basta, todavia, que a empresa avalie isoladamente o custo ou economia 
que a escolha por um ou outro regime lhe representará, a título de pagamento de 
IRPJ e CSLL, pois a opção pelo Lucro Real ou Lucro Presumido impactará, também, 
na forma de apuração e recolhimento do PIS/PASEP e da COFINS. E vale lembrar 
que essas contribuições sociais representam um grande ônus para as pessoas 
jurídicas, pois incidem diretamente sobre suas receitas ou faturamento. 
Nesse norte, a opção pelo Lucro Real determinará a apuração e recolhimento 
do PIS/PASEP e da COFINS pela sistemática não-cumulativa, que, apesar de 
possibilitar o abatimento de certos créditos autorizados pela Lei (Lei 10.637/02 - 
clique aqui e 10.833/03 - clique aqui) com o valor do tributo a pagar, estabeleceu 
alíquotas maiores para as contribuições (1,65% para o PIS/PASEP e 7,6% para a 
COFINS). E apesar da possibilidade de creditamento de certos insumos, bens e 
serviços adquiridos, a sistemática não-cumulativa implicou no aumento da carga 
tributária para as empresas prestadoras de serviços, pois seu principal insumo, qual 
seja, a mão-de-obra, não gera direito a crédito. 
‘ 
32 
 
Já os contribuintes que optarem pelo Lucro Presumido deverão apurar o 
PIS/PASEP e a COFINS pela sistemática cumulativa, que, apesar de não 
possibilitar o abatimento de créditos com o valor do tributo a pagar, instituiu 
alíquotas menores para as contribuições (0,65% para o PIS/PASEP e 3% para a 
COFINS). 
Diante do exposto, para que a empresa faça a opção correta pelo regime de 
tributação que lhe será mais favorável, faz-se necessária a análise minuciosa da 
sua contabilidade e das atividades que desenvolve, visando determinar o percentual 
de sua lucratividade em relação ao total das receitas auferidas, bem como os bens, 
insumos e serviços que lhe dão direito a crédito de PIS/PASEP e COFINS. E vale 
lembrar que a opção por um dos regimes é feita com o primeiro recolhimento do 
imposto, que determinará a adoção do regime por todo o ano-calendário. 
Por fim, é importante destacar que cada um desses regimes de tributação 
permite a adoção de uma série de medidas pelas empresas, muitas delas 
exclusivamente contábeis e sempre lícitas, que possibilitam reduzir, ainda mais, a 
pesada carga tributária brasileira. A título de exemplo, é possível que uma empresa 
promova a segregação de suas atividades e respectivas receitas, considerando a 
lucratividade de cada uma delas, de modo a adotar o Lucro Presumido para aquela 
que apresentar elevado percentual de lucro e o Lucro Real para aquela que 
apresentar prejuízo. 
12 A IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DO REGIME PARA RECOLHIMENTO DO 
IRPJ E CSLL 
Os regimes tributários atuais mais usados são o Simples Nacional, o Lucro 
Presumido e o Lucro Real, e a apuração e recolhimento do IRPJ e CSLL vai ser 
diferente dependendo de cada regime de apuração adotado. 
No Lucro Presumido e no Lucro Real, o recolhimento Imposto de Renda e a 
CSLL são mais flexíveis do que o Simples Nacional com relação a prazos, pois os 
prazos para recolhimento do IRPJ e CSLL para uma empresa tributada no Lucro 
Presumido, é no final de cada trimestre, mas o pagamento destes valores pode ser 
‘ 
33 
 
antecipado e pago mensalmente, no final do trimestre, ou postergado em até 3 cotas 
após o trimestre da competência apurada, sendo que as cotas não podem ter valor 
inferior a R$ 1.000,00 cada para que possam ser parceladas. 
 
Fonte: brasaosistemas.com.br 
Importante ressaltar que caso o imposto seja recolhido em cotas, como o 
pagamento se dará em data posterior a do original vencimento da guia, no caso da 
segunda e terceira cota, elas estarão acrescidas da taxa Selic, acumulada 
mensalmente. 
Com relação a prescrição de decadência destes impostos, mesmo que seja 
feito o pagamento antecipado, as datas são contadas pela ocorrência do fato 
gerador dos impostos, sendo considerado o primeiro dia do exercício seguinte 
aquele em que o lançamento poderia ser sido efetuado. 
Já a tributação pelo Lucro Real dá a possibilidade de o contribuinte apurar 
anualmente o imposto, devendo recolhe-lo mensalmente por estimativa ou fazer o 
recolhimento trimestral, onde com base no resultado apurado em cada trimestre se 
recolherá o IRPJ e CSLL. 
Como cada empresa tem suas próprias características, é sempre 
interessante estar avaliando a melhor forma de tributação e pagamento dos 
impostos, quando a legislação possibilita este tipo de escolha. É importante essa 
‘ 
34 
 
análise, pois este tipo de decisão pode influenciar a saúde financeira de empresa 
positivamente ou negativamente. 
Por exemplo caso a empresa não tenha caixa em uma determinada 
competência para pagamento dos tributos, com a possibilidade do pagamento 
postergado em cotas ela pode ter uma folga de caixa por estar pagando os impostos 
posteriormente ao seu vencimento. 
Ou em casos de empresas com alta ou baixa lucratividade escolher entre o 
Lucro Presumido e o Real fará bastante diferença na hora de pagar o IRPJ e a 
CSLL, pois a tributação do IRPJ e da CSLL pelo Lucro Real por exemplo, é 
vantajosa para empresas que não tenham, ou tenham uma baixa margem de 
lucratividade, pois além de ser tributadas com base no Lucro fiscal Real da empresa, 
ainda existe a possibilidade de uso da compensação pelos prejuízos acumulados. 
Já para empresas que não podem optar pelo Simples Nacional e tem alta 
margem de lucratividade, normalmente torna-se mais interessante escolher o Lucro 
Presumido, pois no lucro é presumido por percentuais fixados em lei,então se a 
margem de lucro for superior à prevista em lei a empresa estará com uma vantagem 
tributária. 
Veja que em média 33% do faturamento das empresas é voltado para o 
pagamento dos tributos, e a carga do IRPJ e CSLL seja no Lucro Presumido ou 
Real são as mais pesadas. Portanto é muito importante ter como hábito rever esse 
planejamento para opção de regime tributário do IRPJ e CSLL e a forma de seu 
pagamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
‘ 
35 
 
BIBLIOGRAFIA 
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 8. ed. São Paulo: 
Saraiva, 1996. 
LEDNICK JUNIOR, Norberto. ARAÚJO, Sebastião Guedes de. ICMS/SP e IPI 
Escrituração Fiscal – Teoria e Prática. 2. ed. São Paulo: IOB – Thomson, 2003. 
MACHADO, Hugo de Brito. Aspectos Fundamentais do ICMS. 2.ed. São Paulo: 
Dialética, 1999. 
MELO, José Eduardo Soares de. ICMS Teoria e Prática. 6. ed. São Paulo: 
Dialética, 2003. 
SANTOS, Adolfo. SILVEIRA, Paula Duarte. SILVEIRA, Deoclécio Duarte. Manual 
de Emissão de Notas Fiscais ICMS/IPI. 3. ed. São Paulo: Decisão Multi Eventos, 
2000. 
Contabilidade tributaria <https://www.contabeis.com.br/noticias/35245/entenda-a-
contabilidade-tributaria-e-saiba-suas-aplicacoes/> Acesso em 08 out. 2018. 
A importância do planejamento tributário para o setor empresarial por Leandro 
Augusto Cerqueira Vieira 
< https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI83836,11049> Acesso em 17 out. 
2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.contabeis.com.br/noticias/35245/entenda-a-contabilidade-tributaria-e-saiba-suas-aplicacoes/
https://www.contabeis.com.br/noticias/35245/entenda-a-contabilidade-tributaria-e-saiba-suas-aplicacoes/
https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI83836,11049
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36 
 
13 LEITURA COMPLEMENTAR 
13.1 A Significância do Planejamento Tributário para a Estrutura de Custos de 
uma Organização 
Resumo 
 
O presente artigo apresenta o Planejamento Tributário como uma eficiente 
ferramenta da Engenharia de Custos utilizada por uma entidade na busca pela 
redução legal de sua carga tributária, possibilitando a redução nos custos oriundos 
dos setores fiscal e tributário e dos custos operacionais e proporcionando a 
utilização dos recursos em novos investimentos. A metodologia seguida foi a do 
método dedutivo, adotando-se os critérios da pesquisa básica, qualitativa, 
exploratória e bibliográfica. Inicia-se esclarecendo a definição de Planejamento 
Tributário, seu papel num processo de Gestão Tributária (a posteriori) e os 
profissionais envolvidos no processo e na gestão. Explica-se o significado dos 
termos Elisão, Evasão e Elusão Fiscal e elucida-se sua relação com o Planejamento 
Tributário. Esclarece-se aspectos essenciais da estrutura conceitual contábil para o 
adequado entendimento do leitor quanto à relação da Contabilidade e suas 
principais ramificações com a Engenharia de Custos e ao modo como ambas as 
áreas afetam e são afetadas pelo Planejamento Tributário no processo de Gestão 
de Custos. Apresenta-se aspectos do Simples Nacional, do Spedinho e da DeSTDA, 
questionando a classificação do primeiro como exemplo de Planejamento Tributário 
e a viabilidade econômico-financeira dos demais num ambiente empresarial 
estruturado com um adequado Planejamento Tributário. Conclui-se com a ressalva 
da posição do autor quanto a escolha da melhor ferramenta a ser utilizada no 
Planejamento Tributário e destaca-se, levando em consideração o atual cenário 
econômico brasileiro e sua enorme carga tributária, a atual essencialidade do 
mesmo como meio de garantir maior competitividade no mercado e a continuidade 
da empresa. 
Palavras-chave: Planejamento Tributário. Engenharia de Custos. 
Contabilidade de Custos. 
‘ 
37 
 
Área Temática: Custos como ferramenta para o planejamento, controle e 
apoio a decisões. 
 
 Introdução 
 
Segundo ZANLUCA (2014), o planejamento tributário é a metodologia para 
se obter um menor ônus fiscal sobre operações ou produtos, utilizando-se meios 
legais. 
É comumente, porém erroneamente, chamado de elisão fiscal. Esta 
representa, resumidamente falando, os meios lícitos de se não pagar tributos, 
enquanto o planejamento tributário é um desses meios. Melhor esclarecendo, 
planejamento tributário e elisão fiscal caminham lado a lado, contudo, um 
planejamento mal elaborado ou mal executado pode resultar em evasão fiscal, ou 
ainda, elusão, descaracterizando-o. 
Vale ressalvar que não se deve confundir elisão fiscal com evasão fiscal, 
sendo essa ocorrente de meios ilícitos, ou seja, evasão fiscal é sonegação de 
tributos, ou com elusão fiscal, que é a simulação de um negócio jurídico (a serem 
melhor detalhados posteriormente). 
ZANLUCA (2014) ainda esclarece que a base de um adequado planejamento 
fiscal é a existência de dados regulares e confiáveis, pois, do contrário, o 
planejamento ficará sujeito a dados avulsos e não regulares, incentivando, assim, o 
uso de estimativas, agravando a possibilidade de erros e avaliações equivocadas. 
Assim, sabendo que a contabilidade proporciona um sistema de registros 
permanentes das operações, é possível tomá-la como pilar do planejamento 
tributário. 
Como consequência dos fatos supracitados, o contabilista se destaca na 
elaboração e execução do planejamento tributário, pois é quem comanda as 
diversas operações internas da empresa, além de ser, em maior parte dos casos, o 
responsável por múltiplos controles, conciliações e apurações tributárias. 
Essa interação do contabilista com as operações internas da empresa leva o 
mesmo a interagir com diversas equipes internas, proporcionando ao profissional 
‘ 
38 
 
reconhecer deficiências e outros pontos críticos que podem ocasionar falhas ao 
longo da execução do planejamento. 
A gestão deve ser focalizada em pessoas, não em processos e controles, 
evitando as situações mais excêntricas. ZANLUCA (2014) exemplifica tal situação: 
“... numa grande empresa multinacional, totalmente informatizada e cujo controle 
fiscal era ‘impecável’, o treinamento do escriturador fiscal foi deixado de lado, por 
se achar que a ‘despesa era desnecessária, pois já temos controles e 
informatização suficientes’. Por simples falta de conhecimento da matéria, este 
funcionário deixou de escriturar vários créditos de impostos recuperáveis, como IPI, 
ICMS, PIS e COFINS não cumulativos.”; E a seguir, o autor questiona: “De que 
adianta ‘economizar’ R$ 250,00 cancelando um curso de atualização do IPI e do 
ICMS para o profissional responsável pela escrituração de tais impostos dentro da 
empresa e desperdiçar milhares (ou até milhões!) de reais por erro de interpretação 
nas mudanças das normas fiscais?” 
 
Metodologia 
 
Este artigo baseia-se no estudo de diversos aspectos do planejamento 
tributário, em especial sua conceituação e seus possíveis reflexos na estrutura de 
custos da organização. 
Utilizou-se nesse trabalho a pesquisa básica (natureza), qualitativa (forma de 
abordagem do problema), exploratória (objetivos), bibliográfica (procedimentos 
técnicos). O método escolhido foi o método do raciocínio dedutivo. 
No processo de pesquisa, adotou-se um critério de seleção de materiais 
(artigos, livros, publicações, etc), com o objetivo de conceituar e exemplificar o 
planejamento tributário e termos adjacentes cuja compreensão se faz necessária 
para o melhor entendimento do trabalho. Assim, tomou-se como maior desafio o 
esclarecimento quanto a escolha da melhor ferramenta a compor o planejamento 
tributário, visando a maior redução possível nos custos da organização. 
Com base nesse fato, torna-se vital a conceituação de Elisão, Evasão e 
Elusão Fiscal, a explicação de onde o planejamento tributário se enquadra em um 
‘ 
39 
 
processo de gestão tributária, a apresentação da estrutura conceitual da 
contabilidade e de sua relação com a Engenharia de Custos, a análise da influência 
do planejamento tributário no fluxo de caixa de uma empresa, o questionamentoquanto a classificação do simples nacional como meio de planejamento tributário, a 
elucidação quanto aos aspectos do SPED do Simples Nacional (apelidado pelos 
profissionais da área como “Spedinho”) e da DeSTDA obrigada aos contribuintes do 
ICMS optantes pelo Simples Nacional, além do questionamento quanto a viabilidade 
econômico- financeira de ambas para uma organização optante pelo regime citado. 
Buscando um melhor entendimento para o leitor, esse artigo teve os casos 
supracitados divididos em 9 capítulos estrategicamente ordenados para uma mais 
fácil absorção das ideais e conceitos neles apresentados pelos autores. 
 
Elisão, Evasão e Elusão Fiscal 
 
LEAL (2014) explica que a juridicidade do planejamento tributário depende 
da compatibilidade do mesmo com diversas regras e princípios constitucionais, indo 
além da simples legalidade aparente da adoção de medidas jurídicas e comerciais 
com o intuito de se recolher menos tributos ou que impliquem no adiamento da 
ocorrência do fato gerador. 
 O planejamento tributário envolve a adoção de medidas jurídicas ou 
econômicas que possibilitem a redução ou eliminação dos ônus tributários e que 
estejam nos limites da ordem jurídica. 
Como LEAL (2014) apresenta, ao se estudar o planejamento tributário, 
termos como elisão, evasão e elusão, se fazem frequentes, ainda que não exista 
um conceito único para os tais, nem na doutrina tampouco, na jurisprudência. 
O autor conceitua Elisão Fiscal em seu trabalho como “a prática de um ato 
ou celebração de negócio legal que vise a isenção, não-incidência ou incidência 
menos onerosa do tributo”, dizendo que essa se trata de um planejamento tributário 
que se enquadra no ordenamento pátrio. Do pressuposto acima, surge a dúvida 
quanto à igualdade do termo “planejamento tributário” com o termo “elisão fiscal”. 
Ambos pressupõem uma conduta lícita, em outras palavras, que esteja de acordo 
‘ 
40 
 
com o ordenamento jurídico. Consequentemente, ao se constatar um ilícito, não se 
tratará mais de um planejamento tributário. Todavia, o ilícito poderá ocorrer devido 
a uma má elaboração ou má execução do planejamento. Assim, constata-se o crime 
tributário, descaracterizando o planejamento. Nesse entendimento, entende-se que 
os termos podem ser igualizados. 
Em contrapartida, estudos apontam a existência de duas espécies de elisão 
fiscal. ZANLUCA (2014) apresenta essas espécies como “aquela decorrente da 
própria lei”, onde “o próprio dispositivo legal permite ou até mesmo induz a 
economia de tributos”, e “a que resulta de lacunas e brechas existentes na própria 
lei”, que “contempla hipóteses em que o contribuinte opta por configurar seus 
negócios de tal forma que se harmonizem com um menor ônus tributário, utilizando-
se de elementos que a lei não proíbe ou que possibilitem evitar o fato gerador de 
determinado tributo com elementos da própria lei”. Nessa interpretação nota-se 
clara semelhança do conceito de planejamento tributário com a segunda espécie de 
elisão fiscal, o que permite concluir pela presente pesquisa, que o termo 
“planejamento tributário” se aplica dentro do termo “elisão fiscal”. 
LEAL (2014) ainda esclarece que a verificação da elisão ocorre, na maioria 
dos casos, em momento anterior ao que costumeiramente é verificada a ocorrência 
do fato gerador, em contrapartida da evasão fiscal, que é verificado após. Essa 
última conceitua-se como os meios ilícitos de se evitar a tributação. O autor a 
apresenta como a prática pelo contribuinte de atos que omitam da autoridade fiscal 
o surgimento da obrigação tributária. 
A doutrina sugere ainda, o caso de Elusão Fiscal, também conhecida na 
literatura pesquisada, por “Elisão Ineficaz”. Nessa, o sujeito passivo simula um 
negócio jurídico, visando a dissimulação da ocorrência do fato gerador. LEAL (2014) 
a conceitua como um ardil caracterizado pelo abuso das formas, uma “forma jurídica 
atípica, a rigor lícita, com escopo de escapar artificiosamente da tributação”. 
 
 
 
 
‘ 
41 
 
Planejamento e Gestão tributária 
 
Tem-se a partir desse ponto, o entendimento que o objetivo do planejamento 
tributário é a redução da carga tributária incidente nas atividades dos contribuintes. 
Entretanto, para obter- se sucesso na execução do mesmo, deve-se antes, realizar 
uma série de estudos que servirão de base para o desenvolvimento do 
planejamento. 
Esse estudo prévio tem aspectos que variam de acordo com a atividade que 
é desenvolvida em cada empresa. De uma forma genérica, elencam-se os seguintes 
aspectos a serem analisados: A interpretação da lei quanto a hipótese de incidência 
dos tributos, ou seja, a situação abstrata apresenta na lei; A aplicação da hipótese 
ao caso concreto, em outras palavras, a fato gerador; O gerenciamento do 
planejamento; O acompanhamento do mesmo ao longo de sua execução; A defesa 
prévia e os riscos envolvidos na mesma quanto ao montante que se pretende 
economizar. 
Tais aspectos conduzem o profissional, a relacionar, respectivamente para 
cada caso supracitado, uma finalidade do planejamento tributário. Sabendo que 
todos ocorrem simultaneamente. Entre os aspectos citados, estão: 
a) Evitar a incidência do fato gerador do tributo; 
b) Postergar o pagamento do tributo de modo a não provocar incidência de 
contingências fiscais; 
 c) Reduzir o montante, a alíquota ou a base de cálculo do tributo. 
Assim, pode-se expor facilmente, que o planejamento tributário resulta de um 
adequado processo de gestão tributária, sendo esse último o processo de 
gerenciamento dos aspectos tributários de uma empresa que visa controlar as 
operações diretamente relacionadas com tributos. 
Deve-se entender que o processo de administração tributária tem que atingir 
todos os departamentos que influenciam a geração de rotinas fiscais. É óbvio que 
o zelo fica sobre o departamento de apuração de impostos da empresa. Portanto, 
um foco excessivo nesse departamento é muito comum, o que pode resultar em um 
alto índice de falhas no processo. 
‘ 
42 
 
Como sugere o nome, a gestão tributária visa adequação, planejamento e 
revisão dos processos, ou seja, objetiva a administração, o controle, e não apenas 
a execução das atividades, propriamente ditas. Logo, na auditoria tributária, o 
processo consiste em: 
a) Corrigir erros de interpretação das obrigações tributárias e de execução 
das rotinas fiscais da empresa; 
b) Evitar contingências fiscais e pagamento indevido de tributos; 
c) Buscar e implantar meios lícitos de economia tributária. 
 
Estrutura Conceitual da Contabilidade 
 
Como já mencionado anteriormente, a figura do contabilista ganha destaque 
ao longo do planejamento tributário. Para melhor entender o assunto, essa seção 
traz um resumo da estrutura conceitual básica da contabilidade objetivando 
demonstrar um pouco do conhecimento que, não só o contabilista, mas sim todo 
profissional deve ter para que possa implantar um planejamento tributário eficiente 
e nortear de maneira eficaz um processo de gestão tributária. 
Iniciam-se sobre os princípios fundamentais da contabilidade, totalizados em 
sete princípios, são eles: Entidade, Continuidade, Oportunidade, Registro pelo Valor 
Original, Atualização Monetária, Competência, Prudência. Para entender sua 
importância e do que exatamente cada princípio trata, apresenta-se uma breve 
explicação sobre os mesmos: 
 O princípio da Entidade garante a autonomia patrimonial, ou seja, a 
diferenciação de um patrimônio particular no meio dos patrimônios 
existentes. Em outras palavras, o patrimônio da Entidade não se 
confunde com o patrimônio do dono ou dos sócios. 
 O princípio da Continuidade estabelece que a vida definida ou 
provável da Entidade deve ser considerada no momento da 
classificação e avaliação das mutações patrimoniais, sejam elas 
quantitativas ou qualitativas. 
‘ 
43 
 
 O princípio da Oportunidade representa a tempestividadee a 
integridade do registro do patrimônio e suas mutações, determinando 
que o mesmo seja feito imediatamente e com a extensão correta, 
independente das causas originárias. 
 O princípio do Registro pelo Valor Original determina que os 
componentes patrimoniais devam ser registrados pelo valor original da 
transação com o mundo exterior e expressos a valor presente na 
moeda corrente do país. Tais registros manter-se-ão nas avaliações 
das variações patrimoniais posteriores, ainda que resulte em 
agregações ou decomposições no interior da Entidade. 
 O princípio da Atualização Monetária dita que as alterações no poder 
aquisitivo da moeda nacional devem ser expressas nos registros 
contábeis através de ajustes nos valores dos componentes 
patrimoniais, visando adequar o entendimento nacional ao contexto 
internacional. Tal princípio deve ser considerado apenas se a inflação 
acumulada no triênio seja superior a 100% e não é obrigatório nas 
demonstrações complementares. 
 O princípio da Competência rege que as receitas e as despesas 
devem ser incluídas, simultaneamente quando se correlacionarem, na 
apuração do resultado do período em que ocorreram 
independentemente da data do recebimento ou do pagamento. 
 O princípio da Prudência esclarece que, ao serem apresentadas 
alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido, deve-se adotar o 
menor valor para os componentes do Ativo e o maior valor para os 
componentes do Passivo. Este princípio demanda um profundo estudo 
doutrinário quanto à estrutura contábil para a elaboração das 
demonstrações financeiras. 
 
Além dos princípios fundamentais, outro pressuposto básico é a Primazia da 
Essência sobre a Forma, que ressalva a necessidade de se contabilizar e 
‘ 
44 
 
apresentar as transações ou demais eventos de acordo com sua substância e 
realidade econômica e não apenas sua forma legal. O objetivo é obter uma 
informação adequada, valorizando a essência de cada operação ao invés do que 
está descrito em um documento (por exemplo, nota fiscal ou contrato). 
Ao analisar mais detalhadamente os princípios fundamentais e a Primazia da 
Essência sobre a Forma, ressaltam-se algumas características que merecem ser 
destacadas. São essas características, conhecidas como Características 
Qualitativas e Características Quantitativas das Demonstrações Contábeis, que 
tornam as demonstrações contábeis úteis ao usuário. 
Adiciona-se uma ressalva que, para fins da referida pesquisa, é irrelevante a 
diferenciação entre as características qualitativas e quantitativas. Logo, visando um 
entendimento fácil e simplificado por parte do leitor, apresentam-se todas como 
características qualitativas: 
 Compreensibilidade – A informação deve ser apresentada de modo 
que seja claramente compreendida pelo usuário. 
 Relevância – A informação apresentada de ser relevante para o 
usuário, ou seja, pode influenciar na sua tomada de decisão. 
 Materialidade – Tida como uma variável da Relevância, a informação 
é dita material quando sua omissão ou distorção é capaz de influenciar 
o usuário durante tomada de decisão. 
 Confiabilidade – A informação de ser confiável e livre de 
contingências. 
 Representação Fidedigna – A informação deve apresentar 
adequadamente as transações e demais eventos a ela pertinentes. 
 Neutralidade – A informação deve ser imparcial. 
 Prudência – A informação deve ser apresentada com certo grau de 
precaução de modo a evitar a superestimação dos Ativos e das 
Receitas e subestimação dos Passivos e das Despesas, além de 
proibir o uso excessivo de provisões. 
‘ 
45 
 
 Comparabilidade – Deve ser possível ao usuário comparar as 
demonstrações contábeis de uma entidade em diferentes períodos e 
exercícios. 
 Tempestividade – A informação deve ser íntegra e tempestiva, ou 
seja, deve ser apresentada em tempo hábil de influenciar a tomada de 
decisão, ainda que haja possibilidade de alguma incerteza. 
 Equilíbrio entre Custo e Benefício – Os benefícios oriundos da 
informação devem superar os custos de se produzi-la. Constitui uma 
limitação de ordem prática (um exercício de julgamento) e não uma 
característica qualitativa propriamente dita. 
 
Para melhor esclarecimento, ao falar das demonstrações contábeis (ou 
demonstrações financeiras) deve-se considerar o Balanço Patrimonial (BP), a 
Demonstração do Resultado do 
Exercício (DRE), a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
(DMPL) ou a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA), a 
Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e a Demonstração do Fluxo de Caixa 
(DFC), além das Notas Explicativas (NE) e dos Quadros Complementares (QC). 
Ressaltando que não se inclui nas demonstrações contábeis os relatórios 
administrativos e as análises gerenciais. 
As demonstrações acima mencionadas são nada mais do que 
representações estruturadas do desempenho e da posição patrimonial e financeira 
da entidade, visando proporcionar informações úteis aos usuários sobre o 
desempenho, a posição patrimonial e financeira e o fluxo de caixa da entidade para 
que possam realizar avaliações e tomar decisões econômicas e financeiras. 
No COSIF Eletrônico elucida-se que são essas informações, unidas às 
informações adicionais constadas nas Notas Explicativas e nos Quadros 
Complementares (quando for o caso), que ajudam os usuários das demonstrações 
contábeis a prever futuros fluxos de caixa da entidade. 
Por fim desta seção, para que fique claro o entendimento do leitor quanto aos 
principais termos e nomenclaturas contábeis, conceituam-se os elementos da 
‘ 
46 
 
posição patrimonial (Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido) e financeira (Receita e 
Despesa): 
 Ativo (A) ═ Recurso presente controlado pela entidade, resultante de 
eventos passados, do qual se espera geração de benefícios 
econômicos futuros. 
 Passivo (P) ═ Obrigação presente da entidade, resultante de eventos 
passados, da qual se espera geração de benefícios econômicos 
futuros através da saída de recursos na liquidação da mesma. 
 Patrimônio Líquido (PL) ═ Também conhecido como Situação Líquida 
(SL), é o valor residual dos ativos da entidade após a dedução de 
todos os passivos, ou seja, é a diferença entre o Ativo e o Passivo (PL 
= A – P). 
 Receita (R) ═ Aumento no benefício econômico da entidade durante 
o período contábil. Entrada de recursos, acréscimo de ativos ou 
decréscimo de passivos que resultem em aumento do patrimônio 
líquido e que não sejam originários de aporte de capital de 
proprietários da entidade. 
 Despesa (D) ═ Diminuição no benefício econômico da entidade 
durante o período contábil. Saída de recursos, decréscimo de ativos 
ou acréscimo de passivos que resultem em diminuição do patrimônio 
líquido e que não sejam originários de distribuição de capital aos 
proprietários da entidade. 
Contabilidade na Engenharia de Custos 
 
Na Engenharia de Custos, como sugere o nome, são analisados os custos 
da entidade e é traçado estrategicamente seu gerenciamento. 
É através da Contabilidade que é feito o gerenciamento dos negócios. E ao 
se implantar uma adequada Engenharia de Custos, permite-se a tomada de 
decisões quanto aos custos de produção e a fixação de preços aos clientes para 
que a entidade possa competir no mercado nacional e internacional. 
‘ 
47 
 
Esta parte da Contabilidade é conhecida como Contabilidade de Custos, que 
estuda a formação do resultado do exercício através do comportamento dos custos 
fixos e variáveis e serve de ponto de equilíbrio contábil, econômico e financeiro 
(equilíbrio entre lucratividade e rentabilidade). Do casamento da Engenharia de 
Custos com a Contabilidade de Custos dar-se- a origem a um processo de Gestão 
de Custos. 
Todo método de contabilização tem a finalidade de viabilizar o gerenciamento 
do empreendimento. Ainda, existe um ramo específico para talfim, a Contabilidade 
Gerencial, que estuda as formas de utilização das demonstrações contábeis como 
ferramenta de gestão empresarial, fornecendo informações e subsídios para a 
tomada de decisões estratégicas. É a Contabilidade Gerencial, junto a um rígido 
controle de custeamento, que permite a visualização da rentabilidade do capital 
aplicado e da lucratividade do empreendimento. 
Entretanto, para o controle financeiro, faz-se uso da Contabilidade 
Financeira, que estuda a captação de recursos financeiros e as sobras do fluxo de 
caixa que podem ser aplicados no mercado de capitais. 
O principal tema desse artigo, o Planejamento Tributário, se enquadra na 
Contabilidade Tributária, também conhecida como Contabilidade Fiscal, que é uma 
derivada da Contabilidade Gerencial. A Contabilidade Tributária estuda a 
administração tributária, objetivando meios de redução da carga tributária através 
da forma menos onerosa possível de aplicação da legislação tributária, o que, por 
consequência, resulta em menores custos para a entidade. 
Influência do Planejamento Tributário no Fluxo de Caixa da Empresa 
 
SILVA (2009) define planejamento tributário como “um conjunto de sistemas 
legais que visam diminuir o pagamento de tributos e surgiu como ferramenta para 
que o contribuinte possa diminuir o exorbitante valor pago de tributos e aumentar 
seu lucro” e aponta a finalidade do mesmo como sendo a obtenção da menor carga 
tributária possível, resultando na maior economia fiscal possível. 
Toda empresa possui sua estrutura de custos, dentro da qual está incluso 
o custo tributário, o que representa boa parcela de consumo do lucro. Com 
objetivo de reduzir tais custos, houve a necessidade de buscar meios 
‘ 
48 
 
legais, meios esses que possibilitassem a redução do custo tributário. 
Nasce então, a figura do planejamento tributário, onde se dá o ato de 
projetar o pagamento do tributo (SOUSA, 2014). 
Objetivando a obtenção de economia de impostos, o Planejamento Tributário 
se consagra como um Planejamento Empresarial que visa os tributos e seus 
reflexos na organização. 
Tanto SOUSA (2014) quanto ZANLUCA (2014) fazem alusão à Lei 6.404/76 
(Lei das S/A), citando que no Artigo 153 da mesma há a previsão dos sócios 
administradores da empresa serem obrigados a realizar o planejamento tributário. 
Tal fato esclarece que o planejamento fiscal é mais do que uma faculdade (um 
direito) mas sendo sim uma obrigatoriedade (um dever) implicada a todo 
administrador. 
Tal ato proporcionaria uma economia tributária e, em consequência, as 
empresas apresentariam um resultado positivo no fluxo de caixa. 
O planejamento tributário é o único que pode resultar em real economia 
para as empresas, sem a preocupação com posteriores complicações com 
o Fisco. Mas para que tenha um bom resultado é imprescindível que a 
organização tenha uma contabilidade fidedigna, ou seja, a mesma deve 
seguir as normas e princípios contábeis normalmente aceitos, 
considerando o que recebe e gasta verdadeiramente (SOUZA e PAVÂO, 
2012). 
 
SILVA (2009) ressalta que o planejamento tributário é um direito tão essencial 
quanto os direitos de planejar o fluxo de caixa e de fazer investimentos. Em outras 
palavras, é de direito do contribuinte estruturar seu negócio da maneira que melhor 
lhe convir na busca de menores custos para seu empreendimento, o que 
logicamente inclui a redução do valor oriundo dos impostos e demais tributos 
incidentes. Citando ZANLUCA (2014): “Se a forma celebrada é jurídica e lícita, o 
governo deve respeitá-la. ” 
 
Aos profissionais da Contabilidade cabe contribuir com sua participação na 
geração de informações que possam dar suporte aos administradores nas 
tomadas de decisões, na continuidade dos empreendimentos, pois 
conhecendo a legislação tributária, o cenário fiscal e a natureza do 
negócio, deve promover ações que permitam licitamente reduzir ou até 
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49 
 
eliminar tributos, e dessa forma proteger e desencaixe das empresas 
(SILVA, 2009). 
Simples Nacional – Um Exemplo de Planejamento Tributário? 
 
O Simples Nacional (Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e 
Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), também 
conhecido como Super Simples, substituiu o Simples Federal e foi instituído pelo 
Estatuto Nacional das Micro e Pequenas Empresas (Lei Complementar nº 
123/2006) como um regime tributário diferenciado que unifica e simplifica a 
arrecadação de oito impostos e contribuições federais, estaduais e municipais 
(inclusive obrigações acessórias), prevê tratamento favorecido quanto ao 
cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias (inclusive obrigações 
acessórias), garante preferência nas aquisições de bens e serviços pelos poderes 
públicos e acesso facilitado à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão. 
No COSIF temos enunciado que esse tratamento diferenciado é gerido por 
três instâncias, sendo elas: 
 
 O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) – Trata dos aspectos 
tributários; Composto por quatro representantes da União (através da 
Secretaria da Receita Federal do Brasil), dois dos Estados e do Distrito 
Federal e dois dos Municípios. 
 O Comitê para Gestão da Rede Nacional para Simplificação do 
Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (CGSIM) – Trata 
do processo de registro e de legalização de empresários e de pessoas 
jurídicas; Vinculado à Secretaria da Micro e Pequena Empresa da 
Presidência da República; Composto por representantes das três 
esferas políticas e de órgãos de apoio e de registro empresarial, na 
forma definida pelo Poder Executivo. 
 O Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno 
Porte – Trata dos demais aspectos; Composto por membros dos 
órgãos federais competentes e das entidades vinculadas ao setor. 
‘ 
50 
 
Esse regime reduziu a carga tributária (possibilidade de economia de até 40% 
no pagamento do ônus tributário) e agilizou a comunicação com os órgãos Federais, 
Estaduais e Municipais. Em outras palavras, o Simples Nacional é considerado por 
diversos autores uma ferramenta de planejamento tributário para as Microempresas 
(ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP), mas também é reconhecido, sendo 
um incentivo fiscal induzido por lei, como um exemplo da primeira espécie de elisão 
fiscal. Os autores do presente artigo hão de esclarecer essa suposta contradição ao 
final deste mesmo capítulo. 
Avançando no tema, houve ainda o êxito por parte do governo na instauração 
da alteração, por meio da Lei Complementar (LC) nº 147/2014, que ficou conhecida 
como Universalização do Simples Nacional, ou ainda, Simples Universal. Este seria 
uma versão universalizada do Simples Nacional, onde as empresas com interesse 
em ingressar no regime unificado de tributação, seriam classificadas em relação ao 
porte da empresa, independentemente de sua atividade. 
Esse procedimento permitiu a entrada de novas atividades no regime, 
potencializando a criação e formalização de mais empresas. Além do mais, 
estabeleceu-se um processo único de abertura e fechamento de empresas, 
podendo as empresas terem baixa a qualquer tempo, ainda que possuam débitos 
tributários ou pendências de outros tipos. 
Deve-se dar a devida atenção a mais um benefício adquirido com a LC nº 
147/2014: o fim da substituição tributária para os beneficiados pelo Simples. Este 
benefício foi o que sofreu maior resistência para ser aplicado, entenda: No regime 
de substituição tributária o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias 
e Serviços (ICMS) é antecipado para o início da cadeia de produção, assim, utiliza-
se um valor presumido de preço final como base de cálculo do referido imposto. O 
que isso significa? Significa que um processo genérico de substituição tributária 
acarreta um maior ônus tributário. Esta conclusão não toma por base nenhuma 
situação específica, logo, é devido citar-se o fato de que, em alguns casose com 
determinados ajustes, a substituição tributária pode ser benéfica em termos 
competitivos. 
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51 
 
Tal assunto é bem extenso e rico em detalhes, todavia, o aprofundamento no 
mesmo não cabe as metas deste trabalho. Deixa-se aqui uma sugestão para 
estudos posteriores. 
Cabe esclarecer que, segundo a Lei Complementar 123/2006, 
“Microempresa” é aquela cuja receita bruta anual não exceda o valor de R$ 240 mil. 
Enquanto que “Empresa de Pequeno Porte” se enquadra dentre aquelas cuja 
receita bruta anual é um valor superior à R$ 240 mil, mas não excede o valor de R$ 
2,4 milhões. Ainda, esclarece-se que do COSIF de que serão consideradas válidas 
para inscrição no Simples Nacional as Micro e Pequenas Empresas que optem 
oficialmente pelo regime tributário em questão, com exceção daquelas que 
estiverem impedidas de tal ato por alguma das vedações impostas pela Lei 
Complementar 123/2006. 
O Simples Nacional implica no recolhimento mensal, mediante um único 
documento de arrecadação, denominado DAS (Documento de Arrecadação do 
Simples Nacional), dos seguintes tributos: IRPJ (Imposto de Renda Pessoas 
Jurídicas), PIS/PASEP (Programas de Integração Social – PIS – e de Formação do 
Patrimônio do Servidor Público – PASEP), COFINS (Contribuição para 
Financiamento da Seguridade Social), IPI (Imposto sobre Produtos 
Industrializados), CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), INSS (Instituto 
Nacional do Seguro Social – neste caso, trata-se das Contribuições para a 
Seguridade Social – cota patronal), ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias 
e Serviços) e ISS (Imposto sobre Serviços). 
Os autores MORAIS e CASTRO (2011) explicam: “No Simples Nacional não 
há qualquer lacuna legal que leve a evasão, nem elisão fiscal, o que se objetiva é 
uma ‘inclusão fiscal’ na tentativa de acolher a micro, talvez pequena, empresa para 
o mercado formal dito ‘simples’. 
Os autores deste trabalho discordam da afirmação acima citada quanto a não 
relação do Simples Nacional com a possibilidade de Elisão Fiscal, sendo que, como 
já demonstrado anteriormente neste mesmo capítulo, o regime aqui tratado se 
encaixa adequadamente na definição da primeira espécie de Elisão. Contudo, a 
citação ainda se faz válida, pois entende-se que os autores da mesma procuraram 
‘ 
52 
 
ressalvar a importância do Simples como um meio de inclusão fiscal para as 
empresas que, alegadamente, não teriam condições de competir no mercado formal 
e não somente como um meio de se buscar a redução do ônus fiscal. 
Desse entendimento, é compreensível a dúvida quanto a classificação ou 
não do Simples Nacional como exemplo de Planejamento Tributário. Contudo, ainda 
que haja divergência por parte dos doutrinadores quanto a conceituação dos termos 
pertinentes, os autores deste artigo já apresentaram nos capítulos iniciais sua 
posição quanto às vertentes doutrinárias existentes. 
A escolha foi minuciosamente baseada nos recorrentes estudos do tema, 
leitura e análise de obras de variados autores e, até mesmo, afinidade quanto a 
doutrina aqui fixada (quesito que se fez necessário e se valeu como definitivo pela 
falta de uma posição legal ou corrente doutrinária significativamente majoritária). 
Pode-se assim responder à questão proposta da seguinte forma: Mantem-se 
o entendimento de que o Simples Nacional é uma ferramenta de Elisão Fiscal, mas 
não se enquadra como Planejamento Tributário, ainda que comumente seja tratado 
como tal, principalmente, mas não somente, por leigos e profissionais com menos 
conhecimento sobre essa temática. 
 
Spedinho – O SPED do Simples Nacional 
 
Neste capítulo apresenta-se o Sistema Público de Escrituração Digital 
(SPED) como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo 
Federal que representa a modernização no cumprimento das obrigações acessórias 
e visa identificar mais rapidamente e de modo mais eficaz possíveis ilícitos 
tributários. Isso foi possível com a implantação dos seguintes passos: 
 Informatização da relação fisco-contribuinte; 
 Integração das informações dos órgãos fiscalizadores; 
 Padronização das informações prestadas nas obrigações acessórias. 
 
‘ 
53 
 
O SPED só é considerado juridicamente válido em sua forma digital, pois a 
assinatura dos respectivos documentos eletrônicos é feita através de devida 
certificação digital. 
O nome “Spedinho” é o apelido atribuído a Escrituração Fiscal Digital (EFD) 
que passou a ser obrigação acessória global com a inclusão da obrigatoriedade 
para as Microempresas (ME) e para as Empresas de Pequeno Porte (EPP) optantes 
pelo Simples Nacional a partir de 01/01/2016 devido ao Protocolo ICMS nº 91 de 30 
de setembro de 2013, publicado no Diário Oficial da União (DOU) no dia posterior 
(01/10/2013), que altera o Protocolo ICMS nº 03/2011, este que dispõe sobre a 
obrigatoriedade da EFD e a fixação de seu prazo. 
Dentre as mais recentes mudanças no âmbito tributário, destacam-se as 
novidades nos sistemas de cruzamento de dados, cada vez mais especializados, 
onde o governo investe em tecnologias da informação, cada vez mais avançadas e 
modernas. É nesse quadro que se encaixa o Sped Fiscal, caracterizado como um 
sistema de integração de informações entre os órgãos governamentais e tido como 
um avanço na relação fisco-contribuinte. 
A mais recente mudança que já vinha sendo planejada a algum tempo é a 
atualização quanto as empresas a serem obrigadas a fazer essa declaração. Trata-
se da criação da obrigatoriedade para com essa declaração para todas as 
empresas, independentemente de seu faturamento ou forma de tributação. 
A mudança supracitada já se faz concreta com o Spedinho ao enquadrar as 
MEs e EPPs optantes pelo Simples Nacional nesse aglomerado de empresas 
obrigadas a tal declaração. 
A justificativa para essa ocorrência jaz na compreensão da importância do 
Sped Fiscal, esclarecendo passo-a-passo: 
 Primeiramente, o contribuinte presta informações ao Fisco e aos 
demais órgãos competentes (quando for o caso); 
 A seguir, as informações são trocadas entre os fiscos das Unidades 
Federadas (UFs); 
 Com essa troca, facilita-se a descoberta de divergências nas 
informações prestadas; 
‘ 
54 
 
 Assim, (uma vez constatada uma divergência) medidas cabíveis são 
tomadas em prol da inibição de possíveis fraudes tributárias; 
 Logo, aumenta-se a arrecadação dos tributos inerentes. 
Essa mudança tem acarretado aos empresários a necessidade de se investir 
em constantes atualizações e treinamentos quanto as novas exigências a serem 
cumpridas do modo mais viável possível (incluindo-as em seus planejamentos 
tributários), evitando-se, logicamente, quaisquer penalidades decorrentes de 
evasões fiscais alegadamente não intencionais. Além de investir em novas 
tecnologias que permitam administrar as informações prestadas mais facilmente, 
visando o mesmo objetivo anteriormente citado. 
Faz-se, nesse cenário, mais uma ressalva quanto a suma importância do 
contador, caminhando junto com o gestor da área concernente, no cumprimento em 
tem hábil e com notável excelência das obrigações acessórias pelo fisco 
determinadas. Idealmente, todos os colaboradores devem estar cientes das 
mudanças, estando, assim, possibilidades a cooperar da melhor maneira possível 
com os responsáveis da área fiscal-tributária e/ou demais áreas pertinentes. 
 
DeSTDA – Uma Nova Obrigação Nada Simples 
 
Uma nova obrigação acessória mensal passou a ser cobrada a partir de 1º 
de janeiro de 2016, relativa aos fatos geradores ocorridos a partir da mesma data. 
Instituída pelo Ajuste Sinief 12/2015, dedica-se este capítulo a Declaração de 
Substituição Tributária, Diferencial de Alíquota e Antecipação (DeSTDA), a ser 
devida pelos contribuintes do ICMS optantes pelo Simples Nacional. 
Esta nova declaração é de interesse das administrações tributárias das 
unidades federadas, sendo que cada UF é competente para determinaros critérios 
de obrigatoriedade da DesTDA a serem aplicados aos seus contribuintes e aos 
contribuintes de outra UF que realizem operação ou prestação de serviço sujeito ao 
ICMS na UF em questão. 
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55 
 
A DeSTDA é composta por informações no meio digital referentes ao 
resultado da apuração do ICMS em alguns casos específicos. Esses casos estão 
dispostos na Lei Complementar 123/2006 – artigo 13 – § 1º – inciso XIII – alíneas: 
 “a” (substituição tributária); 
 “g” (antecipação); 
 “h” (diferencial de alíquota). 
A justificativa para a criação dessa obrigação seria a necessidade de se 
atender o disposto no § 12, artigo 16, da LC 123/2006, ou seja, atender a 
determinação de que as informações a serem fornecidas relativas ao ICMS nas 
formas previstas nas alíneas anteriormente citadas devem ser prestadas por meio 
de aplicativo único. Indo mais além, cito também a possibilidade da DeSTDA ter sua 
base legal complementada por legislação específica de cada UF. 
Uma vez apresentada, abre-se uma questão quanto a viabilidade econômica 
da DeSTDA. Observa-se que, para cada operação que se enquadre no Diferencial 
de Alíquotas, faz-se necessária a emissão de uma Guia de Recolhimento de 
Tributos Estaduais (GNRE). Não fica difícil notar com as informações até o momento 
apresentadas que essas exigências hão de elevar os já elevadíssimos custos 
tributários, além de elevar também os custos operacionais uma vez que passa a ser 
imprescindível a utilização de serviços contábeis mais especializados e, 
consequentemente, mais caros. 
Nota-se também a ausência de tratamento diferenciado para as empresas 
optantes pelo Simples Nacional. Como se não bastassem todas essas exigências e 
as dificuldades inerentes a seu cumprimento, reduziu-se o prazo para entrada no 
SPED Contábil. 
Não restam dúvidas quanto à necessidade imediata dos profissionais e 
empresários contábeis de se atualizarem quanto aos “nada simples” detalhes dessa 
nova obrigação e de firmarem um rígido controle interno em suas empresas para 
não serem surpreendidos com penalizações futuras. Ainda assim, em consequência 
da descabida quantidade de obrigações e respectivas regras cada vez mais 
complexas, não se vislumbra, nas condições atuais, a possibilidade de se 
‘ 
56 
 
estabelecer qualquer procedimento interno para garantir-se livre de possíveis 
multas e demais penalizações inerentes de declarações errôneas. 
Acrescento ainda, para conhecimento geral, que já aderiram à DeSTDA os 
Estados do Mato Grosso (MT), Pernambuco (PE), Rio Grande do Sul (RS) e São 
Paulo (SP). 
 
Conclusão e Considerações Finais 
 
O planejamento tributário pode ser tomado como fator essencial para 
assegurar a competitividade da empresa no mercado e representa uma forma 
legítima de economia na carga tributária da mesma. 
Tal fator possui caráter preventivo e busca a diminuição de impostos e de 
alternativas nas tomadas de decisões, que resultam em reflexos positivos nos 
resultados da empresa. 
É de conhecimento comum que o Brasil possui uma elevadíssima carga 
tributária fiscal, uma das mais altas do mundo, em média 33% do faturamento 
empresarial. Essa onerosíssima carga interfere no resultado econômico das 
empresas, dificulta seu crescimento e acelera o cessar de suas atividades. 
Visando impedir o rápido fim das empresas, essas devem ser estimuladas a 
desenvolver um planejamento tributário entre seus processos, sendo o mais 
provável a implantação de um processo de gestão tributária, facilitando a 
elaboração e consequente execução do planejamento (o possível agente mais 
influente na determinação do sucesso ou não da empresa). 
Para se saber qual a melhor ferramenta de planejamento tributário a ser 
escolhida, deve haver, por parte do profissional, uma profunda análise individual de 
cada empresa e uma minuciosamente ponderada avaliação da relação 
custo/benefício de cada ferramenta, tendo sempre em vista o melhor para a 
expansão da entidade, independente do porte da empresa, evitando a 
generalização por setor ou faturamento. 
Respondendo mais claramente à pergunta no título do Capítulo 7 deste 
artigo, o Simples Nacional não se enquadra como um método de Planejamento 
‘ 
57 
 
Tributário, mas sim, como a primeira espécie de Elisão Fiscal (como comentado ao 
longo do mesmo capítulo). Independente de como é classificado, é inegável seu 
objetivo e eficácia quanto a redução da carga tributária incidente e consequente 
significativa economia empresarial. 
Mudanças ocorreram nesse regime, destacando-se o Spedinho que 
proporcionou ainda mais economia para as empresas, além de aumentar o leque 
de empresas que poderiam se enquadrar no Simples. Contudo, há aspectos 
negativos, como a instauração da DeSTDA, resultando em maior custo tributário e 
operacional para as empresas optantes pelo Simples, na contramão da 
padronização e adequação das informações contábeis pelo fisco. 
 
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