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Nathalya Karen Silveira de Almeida – 6º período – 2/2021 ESPIROMETRIA CONCEITOS: Volume residual (VR): representa o volume de ar que permanece no pulmão após uma expiração máxima. Capacidade pulmonar total (CPT): o volume de gás nos pulmões após a inspiração máxima. Capacidade residual funcional (CRF): é o volume de ar que permanece nos pulmões ao final de uma expiração usual, em volume corrente. Capacidade vital (CV): representa o maior volume de ar mobilizado, podendo ser medido tanto na inspiração quanto na expiração. Capacidade vital forçada (CVF): representa o volume máximo de ar exalado com esforço máximo, a partir do ponto de máxima inspiração. Pode ser obtida através de manobras forçadas (CVF) ou lentas (CVL). Volume expiratório forçado no 1° segundo (VEF1): representa o volume de ar exalado primeiro segundo durante a manobra; por exemplo VEF1 é o volume de ar exalado no primeiro segundo da manobra de CVF. Fluxo expiratório forçado máximo (FEFmáx): representa o fluxo máximo de ar durante a manobra de capacidade vital forçada. Esta grandeza também é denominada de pico de fluxo expiratório (PFE). Fluxo (FEFx ou FIFx): representa o fluxo expiratório ou inspiratório forçado instantâneo relacionado a um volume do registro da manobra de CVF. Esta grandeza é expressa em litros/segundo (BTPS). Fluxo expiratório forçado médio (FEFx-y%): representa o fluxo expiratório forçado médio de um segmento obtido durante a manobra de CVF; por exemplo FEF25-75% é o fluxo expiratório forçado médio na faixa intermediária da CVF, isto é, entre 25 e 75% da curva de CVF. Tempo da expiração forçada (TEF): tempo decorrido entre os momentos escolhidos para “início” e “término” da manobra de CVF. Esta grandeza é expressa em segundos. Tempo expiratório forçado médio (TEFx-y%): representa o tempo expiratório forçado médio de um segmento, obtido durante a manobra da CVF; por exemplo TEF25-75% é o tempo expiratório forçado médio entre 25 e 75% da CVF. Esta grandeza é expressa em segundos. Ventilação voluntária máxima (VVM): representa o volume máximo de ar ventilado em um período de tempo por repetidas manobras respiratórias forçadas. Pico de fluxo expiratório (PFE) - representa o fluxo máximo de ar durante a manobra de CVF. Guarda dependência com o esforço, o que o torna um bom indicador da colaboração na fase inicial da expiração. Curva fluxo-volume - é uma análise gráfica do fluxo gerado durante a manobra de CVF desenhado contra a mudança de volume. A espirometria (do latim spirare = respirar + metrum = medida) mede o volume e os fluxos aéreos derivados de manobras inspiratórias e expiratórias máximas forçadas ou lentas. A espirometria é um teste que auxilia na prevenção e permite o diagnóstico e a quantificação dos distúrbios ventilatórios. Os resultados espirométricos devem ser expressos em gráficos de volume-tempo e fluxo-volume. No caso de distúrbios ventilatórios obstrutivos (DVO), ocorre uma redução do fluxo expiratório em relação ao volume pulmonar expirado. O estreitamento das grandes/ pequenas vias aéreas resulta em uma maior redução do VEF1 em relação à CVF, resultando numa relação VEF1 / CVF reduzida (abaixo do Limite Inferior da Normalidade – LIN) ou redução no VEF1 /CVL. A alça fluxo-volume apresenta uma concavidade característica na curva expiratória DVO pode ser identificado na presença de: • VEF1 /CVF ou VEF1 /CVL < LIN e VEF1 < LIN + VEF1 normal + sintomas Outros parâmetros na espirometria podem sugerir um distúrbio obstrutivo, sendo sempre importante a suspeita Através desse exame podemos medir: Capacidade vital (CV); Volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1); Relação VEF1/CV ; Fluxo expiratório forçado intermediário (FEF25-75%); Pico de fluxo espiratório (PFE) Curva fluxo-volume. Nathalya Karen Silveira de Almeida – 6º período – 2/2021 clínica2 : • VEF1 / CVF ou VEF1 /CVL limítrofe + FEF25-75%/CVF < LIN • Ganho significativo de fluxo (VEF1 ) ou volume (CVF) após o uso de broncodilatador inalatório + sintomas • Diferença CVL – CVF > 200mL + sintomas REFERÊNCIAS: Artigo: Espirometria de Carlos Alberto de Castro pereira, jornal de pneumol. De 2002; Artigo: A interpretação da espirometria na prática pneumológica: até onde podemos avançar com o uso dos seus parâmetros?, de Alexandre Moreto e colaboradores, 2015; LEGENDAS: DVO: distúrbios ventilatórios obstrutivo; CV: capacidade vital; DVR: distúrbio ventilatório restritivo; DVI: distúrbio ventilatório inespecífico;