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A lesão de Isquemia/ReperfusãoA lesão de Isquemia/Reperfusão �� ReperfusãoReperfusão � volta do suprimento sanguíneo após uma isquemia. � Área afetada pela isquemia: “ÁREA DE RISCO” � Possui células lesadas irreversivelmente – sofrerão necrose � Possui células lesadas reversivelmente – retornarão à homeostasia � Possui células lesadas reversivelmente – irão progredir para a lesão irreversível � morte � necrose � Isso ocorre pois durante a reperfusão são gerados estímulos lesivos � A reperfusão: � Não afeta o prognóstico caso já tenha ocorrido lesão irreversível � Permite a restauração de células que sofreram lesão reversível � Gera novos estímulos lesivos, levando as células que sofreram lesão reversível à morte: Novos estímulos lesivos: �� Radicais livresRadicais livres A reoxigenação gera muitos radicais livres na área de risco. Enzimas oxidativas presentes na membrana plasmática, no citoplasma e nas mitocôndrias reduzem de forma incompleta o O2 que chega durante a reperfusão – desta forma, dão origem a radicais livres derivados de oxigênio. Radicais livres são moléculas altamente reativas e tóxicas que lesionam estruturas celulares: membranas, proteínas e DNA. As células em homeostase produzem substâncias antioxidantes que inibem a ação de radicais livres. �� Processo inflamatProcesso inflamatóóriorio A lesão tecidual estimula a resposta infamatória local com o objetivo de retirar os restos necróticos e restaurar o tecido. A resposta inflamatória traz células de defesa: neutrófilos e macrófagos que podem ampliar a lesão tecidual pela geração de radicais livres e pela liberação de enzimas lisossomais. �� Influxo maciInfluxo maciçço de o de CaCa++++ A reperfusão traz Ca++ para o tecido reperfundido. As membranas altamente permeáveis das células lesadas reversivelmente permitem influxo maciço de Ca++ com conseqüências desastrosas – ativação de enzimas citosólicas e destruição celular. � Tratamento durante a Reperfusão tecidual: � Administração de antioxidantes: inativam os radicais livres. Ex.: vit C e E. � Administração de inibidores dos canais de Ca++: impedem o influxo maciço de Ca++. � Controle da inflamação: drogas antiinflamatórias. � Administração de fibrinolíticos: impedem a formação de trombos nos vasos ou na cavidade cardíaca em regiões de infarto. Ex.: t-PA, estreptoquinase. As células lesadas estão com seus mecanismos antioxidantes de defesa comprometidos, com isso a ação devastadora dos radicais livres é favorecida. As células lesadas reversivelmente podem caminhar para a lesão irreversível e morte, ampliando a necrose tecidual. �� Morte Celular Morte Celular –– é a perda irreversível das atividades integradas da célula com conseqüente incapacidade de manutenção dos seus mecanismos de homeostasia. � Através de: � Danos diretos na membrana plasmática e/ou estruturas celulares � Estresse oxidativo provocando danos irreversíveis na célula � Perda da homeostasia do Ca++ �� NECROSE: NECROSE: é a seqüência de alterações bioquímicas, funcionais e morfológicas que ocorrem após a morte celular. � Morte sem posterior necrose: tecidos fixados para estudos morfológicos (formaldeído ou glutaraldeído – interrompem bruscamente o funcionamento dos mecanismos enzimáticos, impedindo a necrose celular. �� APOPTOSEAPOPTOSE: morte celular programada (“suicídio”). Mecanismos de necrose: ação degenerativa progressiva de enzimas sobre a célula lesada. � Digestão enzimática da célula: � Autólise – quando as enzimas degradativas são provenientes de lisossomos das próprias células lesadas. � Heterólise – quando as enzimas degradativas são extracelulares, provenientes de lisossomos de macrófagos e neutrófilos que migram para o local de morte celular. Morte e NecroseMorte e Necrose � Macroscopia: áreas pálidas de coloração e consistência variável. Pode ocorrer calcificação pela deposição de apatita de cálcio – grânulos brancos finos. � Microscopicamente: � Óptica: áreas de necrose coradas por H.E.: � Eosinofilia aumentada: coloração rósea aumentada devido a perda de RNA e à desnaturação protéica. � Aspecto mais homogêneo, com áreas vacuoladas e amorfas: devido a ação de enzimas de degradação. Alterações da necrose: Alterações nucleares: Eletrônica: Descontinuidade das membranas celulares Mitocôndrias marcadamente inchadas Densidades amorfas Figuras de mielina: restos de membranas plasmáticas Debris: restos celulares � Tipos de Necrose: � Necrose de coagulação � Necrose de liquefação � Necrose caseosa � Necrose gordurosa � Necrose gangrenosa �� NECROSE DE COAGULANECROSE DE COAGULAÇÇÃOÃO � Ocorre em tecidos ricos em proteínas: musculatura, rins, supra-renais... � Queda do pH � desnaturação protéica � proteínas insolúveis – retardam a proteólise pelas enzimas lisossomais; � Preservação do contorno básico da célula – arquitetura tecidual preservada : permite o reconhecimento do tecido; � Consistência firme; � A progressão da necrose ocorre preferencialmente através da heterólise, quando leucócitos migram para o local lesado. �� NECROSE DE LIQUEFANECROSE DE LIQUEFAÇÇÃOÃO � Ocorre em tecidos pobres em proteína, em tecidos ricos em tecido conjuntivo frouxo; é comum no cérebro; � Ocorre autólise e heterólise; � Consistência mole, liquefeita – forma uma massa viscosa líquida; � Perde-se a arquitetura tecidual; � É típica de infecções bacterianas ou fúngicas devido à associação com o processo inflamatório rico em neutrófilos � material amarelo-cremoso (pus). �� NECROSE CASEOSANECROSE CASEOSA � Necrose típica da infecção tuberculosa: Mycobacterium tuberculosis � Macroscopicamente: queijo branco, grumoso e macio – “caseum” � Forma-se uma massa proteinácea amorfa – perde-se a arquitetura tecidual. �� NECROSE GORDUROSANECROSE GORDUROSA � Ocorre pela ação de lipases sobre o tecido gorduroso; � É típica da pancreatite aguda – enzimas pancreáticas liberadas e ativadas durante a lesão celular das células pancreáticas agem sobre o tecido adiposo peripancreático ou da cavidade peritoneal decompondo os triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol; � Os ácidos graxos em contato com o Ca++ das células mortas reagem formando os sabões de cálcio. � Forma-se uma massa granulosa, amorfa, de consistência endurecida e coloração esbranquiçada – semelhante a giz branco; � Pode ocorrer em traumas do tecido adiposo. �� NECROSE GANGRENOSA NECROSE GANGRENOSA –– GANGRENAGANGRENA � Termo usado em geral para a necrose em extremidades: membros superiores ou inferiores, na necrose do cordão umbilical; � Tem consistência endurecida e coloração escura; � É o termo correto para associações entre necrose de coagulação e necrose de liquefação em um mesmo tecido: � Tecido rico em proteína sofre necrose de coagulação – uma infecção bacteriana posterior leva ao desenvolvimento do padrão liquefativo � Classificação: Gangrena seca Gangrena úmida Gangrena gasosa Importância da Necrose no diagnóstico laboratorial e na evolução das doenças � Proteínas e enzimas celulares específicas são detectadas na corrente sanguínea. Ocorre liberação de proteínas e enzimas na circulação durante a necrose das células letalmente lesadas. � Ex.: IM: Infarto do miocárdio CK – creatinaquinases: e isoenzimas � CK – início da liberação: 2 – 4hs � CK – normalização: após cerca de 72hs � CKMB – início da liberação: 4 – 8hs após o IM � CKMB – normalização: 48 – 72hs após o IM O aumento dos níveis plasmáticos de CKMB sugerem infarto do miocárdio recente. Ausência de CKMB plasmático nos dois primeiros dias de dor torácica exclui diagnóstico de IM. � LDH – lactato desidrogenase: é liberada mais tarde e é menos específica. � Início: 3º dia após o IM � Permanência: 8-10 dias após o IM � Troponina I e Troponina T: marcadores cardíacos específicos determinados através de imunoensaios (Ag-Ac) � Aparecem junto com a CKMB entretanto os níveis de TNI e TNT permanecem elevados durante 7-10 dias após o evento agudo de IM. Miocárdio CKMMe CKMB Músc. Esquel. CKMM Cérebro CKBB Pulmão CKBB
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