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CuidadosEnfermagemPCR--SantosJunior-2022

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI 
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
AUGUSTO DANTAS DOS SANTOS JUNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA PÓS-PARADA 
CARDIORESPIRATÓRIA (PCR): UMA REVISÃO INTEGRATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTA CRUZ/RN 
2022 
 
Augusto Dantas Dos Santos Junior 
 
 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA PÓS-PARADA 
CARDIORESPIRATÓRIA (PCR): UMA REVISÃO INTEGRATIVA 
 
 
 
 
 
Artigo Científico apresentado a Faculdade 
de Ciências da Saúde do Trairi da 
Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, para obtenção do título de Bacharel 
em Enfermagem. 
Orientador (a): Prof. Dr. Luiz Alves Morais 
Filho 
 
 
 
 
SANTA CRUZ/RN 
2022 
 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial da Faculdade de Ciências da Saúde 
do Trairi FACISA - Santa Cruz 
Junior, Augusto Dantas dos Santos. 
 Cuidados de enfermagem na pós-parada cardiorespiratória (PCR): uma revisão 
integrativa / Augusto Dantas dos Santos Junior. - 2022. 
 25f.: il. 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte, Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, Curso de 
Enfermagem. Santa Cruz, RN, 2022. 
 Orientador: Luiz Alves Morais Filho. 
 
 
 1. Enfermagem - Trabalho de Conclusão de Curso. 2. Reanimação 
Cardiopulmonar - Trabalho de Conclusão de Curso. 3. Emergências - Trabalho de 
Conclusão de Curso. I. Morais Filho, Luiz Alves. II. Título. 
 
RN/UF/FACISA CDU 616-083 
 
 
 
 
Elaborado por José Gláucio Brito Tavares de Oliveira - CRB-15/321 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Augusto Dantas Dos Santos Junior 
 
 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA PÓS-PARADA 
CARDIORESPIRATÓRIA (PCR): UMA REVISÃO INTEGRATIVA 
 
 
 
Artigo Científico apresentado a Faculdade de Ciências da Saúde 
do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para 
obtenção do título de Bacharel em Enfermagem. 
 
 
Aprovado em: _______ de __________________ de 2022 
 
BANCA EXAMINADORA 
_____________________________________________________, nota_________ 
Prof. Dr. Luiz Alves Morais Filho – Orientador 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
 
_____________________________________________________, nota_________ 
Profª. Ms. Maria Leonor Paiva da Silva 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
 
 
______________________________________________________, nota_________ 
Esp. Victor Medeiros de Araújo Xavier 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
SUMÁRIO 
 
RESUMO ................................................................................................................ 6 
INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 8 
METODOLOGIA ................................................................................................ 10 
RESULTADOS .................................................................................................... 13 
DISCUSSÃO ........................................................................................................ 17 
CONCLUÇÃO ..................................................................................................... 21 
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
Os Cuidados pós-parada cardiorrespiratória (PCR) integrados deve incluir suporte 
cardiopulmonar e neurológico. Objetivo: Identificar na literatura os cuidados de 
enfermagem ao paciente após reanimação cardiopulmonar. Metodologia: Trata-se de 
uma revisão integrativa da literatura, no qual consiste em uma análise ampla dos estudos 
nas bases de dados, colaborando para uma melhor síntese e resultados de pesquisas. 
Resultados: A amostra final foi composta por 9 artigos. Os artigos incluídos na atual 
revisão abordam temas como cuidados com a PaCO2 do paciente para um melhor 
prognóstico neurológico; cuidados hemodinâmicos com a Pressão Arterial Média (PAM); 
a viabilidade da hipotermia terapêutica; o controle da temperatura após parada cardíaca; 
a importância do debriefing; a enfermagem na reabilitação; e os cuidados assistenciais e 
psicológicos aos pacientes. Considerações finais: Através desta revisão, foi possível 
identificar a importância dos cuidados de enfermagem aos pacientes após reanimação 
cardiopulmonar e sua contribuição para sobrevida do paciente. 
Palavras Chaves: 
Enfermagem; Reanimação Cardiopulmonar; Emergências 
Nursing; Cardiopulmonary Resuscitation; Emergencies 
Enfermería; Reanimación Cardiopulmonar; Urgencias Médicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
Summary 
Integrated post-cardiac arrest (CRA) care should include cardiopulmonary and 
neurological support. Objective: To identify in the literature nursing care for patients after 
cardiopulmonary resuscitation. Methodology: This is an integrative literature review, 
which consists of a broad analysis of the studies in the databases, contributing to a better 
synthesis and research results. Results: The final sample consisted of 9 articles. The 
articles included in the current review address topics such as care with the patient's PaCO2 
for a better neurological prognosis; hemodynamic care with Mean Arterial Pressure 
(MAP); the feasibility of therapeutic hypothermia; temperature control after cardiac 
arrest; the importance of debriefing; nursing in rehabilitation; and assistance and 
psychological care to patients. Final considerations: Through this review, it was possible 
to identify the importance of nursing care for patients after cardiopulmonary resuscitation 
and its contribution to patient survival. 
Keywords: Enfermagem; Reanimação Cardiopulmonar; Emergências 
Nursing; Cardiopulmonary Resuscitation; Emergencies 
Enfermería; Reanimación Cardiopulmonar; Urgencias Médicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
No Brasil, segundo a Sociedade brasileira de cardiologia (SBC) as doenças 
cardiovasculares têm uma taxa elevada de mortalidade e são responsáveis por milhares 
de mortes todos os anos. Dando destaque para a parada cardiorrespiratória (PCR) devido 
a sua grande incidência e alta taxa de mortalidade. Com isso podemos considerar a PCR 
como um dos principais problemas de saúde pública. Através das discursões foram 
criados protocolos e algoritmos internacionais onde possibilitou a padronização e 
organização da assistência (BRAGA RMN, 2018). 
A PCR caracteriza-se pela cessação súbita dos batimentos cardíacos, 
irresponsividade a estímulos, apneia ou respiração agônica, evidenciada por pulso não 
palpável e ausência de movimentos respiratórios (AHA,2010; BRAGA RMN, 2018). 
A vítima que sofre o PCR pode ter vários danos, dentre eles os neurológicos 
irreversíveis ou o próprio óbito, se medidas adequadas não forem tomadas a tempo. Na 
investida de instaurar a circulação espontânea do paciente, as manobras de ressuscitação 
cardiopulmonar (RCP) devem ser realizadas segundo as diretrizes de suporte básico de 
vida (SBV) e de suporte avançado de vida (SAV) (AHA, 2020). 
Muitos dos PCR’s ocorrem no âmbito extra-hospitalar com a predominância de 
dois ritmos cardíacos, sendo eles: Fibrilação ventricular (FV) e Taquicardia ventricular 
(TV). Isto se deve ao fato de a maioria decorrer de quadros isquêmicos agudos, como o 
infarto agudo do miocárdio (IAM). Em contrapartida, no ambiente intra-hospitalar a PCR 
ocorre devido à deterioração do quadro clínico do paciente, com prevalência dos ritmos 
de assistolia e atividade elétrica sem pulso (AESP). (SANTOS et al, 2019). 
Para deixar o protocolo de reanimação mais didático, a American Heart 
Association (AHA) propõe uma sequência de passos, denominados de Cadeiade 
sobrevivência. Ao logo das atualizações desse protocolo, esse órgão tem modificado a 
proposta de intervenções e do número de elos dessa cadeia. De 2005 para 2010 a cadeia 
de sobrevivência aumentou de quatro para cinco elos, sendo acrescentado o suporte de 
cuidados pós-PCR integrados (AHA, 2010, AHA 205; AHA, 2020). 
Assim, a cadeia de sobrevivência em 2010 apresentava 5 elos: 1 elo: 
reconhecimento imediato da PCR e acionamento do serviço de emergência/urgência; 2 
elo: RCP precoce, com ênfase nas compressões torácica; 3 elo: Rápida desfibrilação; 4 
elo: suporte avançado de Vida eficaz; e 5 elo: Cuidados pós-PCR integrados (AHA, 
2010). 
Na atualização de 2015 a AHA construiu duas cadeias de sobrevivência, uma para 
o ambiente hospitalar e outra para o ambiente pré-hospitalar. Em 2020 aumentou para 
seis elos, acrescenta o elo da recuperação, mas mantem o elo do cuidado pós-PCR. (AHA, 
2015; AHA, 2020) 
Segundo a AHA O Cuidados pós-PCR integrados deve incluir suporte 
cardiopulmonar e neurológico. Nesse contexto se propõe Hipotermia terapêutica e 
intervenções coronárias percutâneas (ICPs) que devem ser executadas, quando indicadas. 
Como convulsões são comuns após a PCR, deve-se realizar um eletroencefalograma 
(EEG) para o diagnóstico das convulsões, com pronta interpretação tão logo quanto 
possível e monitorização frequente ou contínua em pacientes comatosos após o RCE. 
(AHA,2010) 
Principais objetivos iniciais e subsequentes dos cuidados pós-PCR. Otimizar a 
função cardiopulmonar e a perfusão de órgãos vitais após o RCE. Transportar/transferir 
para um hospital apropriado ou UTI com completo sistema de tratamento pós-PCR. 
Identificar e tratar SCAs e outras causas reversíveis. Controlar a temperatura para 
otimizar a recuperação neurológica. Prever, tratar e prevenir a disfunção múltipla de 
órgãos. Isto inclui evitar ventilação excessiva e hiperóxia A principal meta de uma 
estratégia conjugada de tratamento do paciente após a PCR é um plano de tratamento 
abrangente a ser executado com consistência em um ambiente multidisciplinar treinado 
até o retorno do estado funcional normal ou próximo do normal. Com foco renovado em 
melhorar o resultado funcional, a avaliação neurológica é um componente fundamental 
na avaliação de rotina dos sobreviventes (AHA,2010). 
O reconhecimento precoce de distúrbios neurológicos possivelmente tratáveis, 
como as convulsões, é importante. O diagnóstico das convulsões pode ser desafiador, 
especialmente no cenário de hipotermia e bloqueios neuromusculares. Por isso, a 
monitorização eletroencefalográfica se tornou uma importante ferramenta de diagnóstico 
nessa população de pacientes. A avaliação prognóstica no cenário de hipotermia está 
mudando, razão pela qual especialistas qualificados em avaliação neurológica nessa 
população de pacientes e a integração de ferramentas de prognóstico adequadas são 
essenciais para pacientes, prestadores de socorro e famílias. (AHA,2010). 
É função prioritária do enfermeiro prestar assistência ao paciente grave, 
porém sua função frente a uma RCP é bem mais extensa, devendo dar suporte à equipe, 
providenciando recursos materiais e treinamento continuado, visando a adequadas 
condições de atendimento em qualquer âmbito hospitalar (LINO, 2006) 
A constatação imediata da PCR, assim como o reconhecimento da gravidade da 
situação, é fundamental, permitindo iniciar, prontamente, as manobras de reanimação, 
antes mesmo da chegada de outras pessoas e de equipamento adequado. Evita-se, 
dessa forma, uma maior deterioração do SNC e de outros órgãos nobres (HOSPITAL 
SÍRIO LIBANÊS, 2005). 
Diante desse contexto da reanimação cardiopulmonar e da atuação da enfermagem 
nessa assistência, nosso objetivo foi identificar na literatura os cuidados de enfermagem 
ao paciente após reanimação cardiopulmonar. 
 
2 METODOLOGIA 
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, no qual consiste em uma análise 
ampla dos estudos nas bases de dados, colaborando para uma melhor síntese e resultados 
de pesquisas. Para sua construção foi realizada as etapas de elaboração da pergunta 
norteadora; pesquisa dos estudos na literatura; coleta de dados; análise dos artigos; 
discussão dos resultados e apresentação da pesquisa. (SOUSA et al.,2010). 
O estudo visa responder à seguinte questão norteadora da pesquisa: “quais os 
cuidados de enfermagem após a reanimação cardiopulmonar?”. 
A pesquisa dos dados ocorreu entre os meses de maio e abril de 2022. As bases 
de dados utilizadas foram: MEDLINE/PubMeded, Scopus, BDENF e Web of Science. 
Quanto aos critérios de inclusão do estudo: artigos de pesquisas originais e open access. 
Os critérios de exclusão: estudos como relatos de caso, reflexões, recomendações, 
revisões e literatura cinzenta (trabalho de conclusão de curso, teses, dissertações e 
resumos publicados em anais). 
Os descritores utilizados foram identificados no Medical Subject Headings 
(MESH) e utilizado a palavra-chave Post-resuscitation care. A estratégia de busca foi 
mediante o cruzamento dos descritores por meio do operador booleano AND e OR. A 
busca nas bases de dados seguiu o protocolo disposto no Quadro 1. 
Quadro 1 – Estratégia de busca nas bases de dados. Santa Cruz, Rio Grande do 
Norte, Brasil, 2021. 
Base de dados Estratégia de busca Quantidade 
dos estudos 
MEDLINE/PubMeded Nursing Care AND (Post-resuscitation care OR Post-Cardiac Arrest 
Syndrome OR Heart Arrest OR Cardiac arrest) AND Clinical Protocols 
68 
SCOPUS Nursing Care AND (Post-resuscitation care OR Post-Cardiac Arrest 
Syndrome OR Heart Arrest OR Cardiac arrest) AND Clinical Protocols 
286 
WEB OF SCIENCE (ALL=(Nursing Care AND (Post-resuscitation care OR Post-Cardiac 
Arrest Syndrome OR Heart Arrest OR Cardiac arrest))) AND 
ALL=(Nursing Care AND (Post-resuscitation care OR Post-Cardiac 
Arrest Syndrome OR Heart Arrest OR Cardiac arrest) AND Clinical 
Protocols ) 
82 
EMBASE Nursing Care AND (Post-resuscitation care OR Post-Cardiac Arrest 
Syndrome OR Heart Arrest OR Cardiac arrest) AND Clinical Protocols 
60 
Total 492 
 Fonte: Elaborado pelos autores, 2021. 
Após a seleção dos textos pelos pesquisadores, 18 artigos foram selecionados para 
leitura na íntegra, perfazendo um total de 10 artigos na revisão final. Seguiu-se a 
recomendação do Preferred ReportingItems for Systematic Reviews and Meta-Analyses 
(PRISMA) conforme apresenta a Figura 1 (MOHER et al., 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Fluxograma de seleção dos estudos primários, elaborado a partir da 
recomendação PRISMA. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:(MOHER et al., 2015) com adaptação. 
 
O nível de evidência utilizado para atribuir aos estudos, foi o dos autores Melnyk 
et al. (2021), com a seguinte classificação: nível I - evidências derivadas de revisões 
sistemáticas ou metanálises de estudos clínicos; nível II: evidências de pelo menos um 
ensaio clínico randomizado bem delineado; nível III: ensaios clínicos sem randomização; 
nível IV - estudos de coorte e caso-controle bem delineados; nível V - revisão sistemática 
de estudos descritivos e qualitativos; nível VI - evidências de um único estudo descritivo 
e qualitativo; nível VII - evidências baseadas em opinião de autoridades ou comitês de 
especialistas (MELNYK et al., 2010). 
 
 
Referências identificadas através da 
busca nas bases eletrônicas, atendendo 
os critérios de elegibilidade (n = 497) 
 
Referências identificadas por busca 
manual em outras fontes (n = 0) 
 
Referências após remoção das duplicadas (n =113) 
 
Referências selecionadas (n=384) 
N. de artigos excluídos após 
leitura do resumo (n= 367) 
Artigos completos analisados 
 (n= 17) 
N. de estudos incluídos em síntese qualitativa (n= 10) 
N. de artigos excluídos após 
leitura do texto completo por 
não atenderem ao objetivo 
proposto (n= 7) 
Estudos incluídos (n= 10) 
 
S
E
L
E
Ç
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3 RESULTADOS 
No tocante a amostra, os estudos tiveram como população enfermeiros e paciente 
sobreviventes de pós-parada cardiorrespiratória. 
Em relação ao ano de publicação, os estudos datam de 2015 a 2022, sendo eles 
em sua maioria publicados nos últimos cinco anos. 
Os 10 artigos selecionados foram elaborados nos seguintes países: Reino Unido 
(2), Estados Unidos (1), Austrália (1), Suécia (2), Canadá (1), Bélgica (1), Holanda (1) e 
Dinamarca (1). Todos tiveram publicação no idioma inglês. 
Sobre o tipo da pesquisa dos artigos examinados: estudo observacional (1), 
observacional multicêntrico (1), ensaio clínico randomizado longitudinal (5), transversal 
descritivo (1), coorte prospectivo (1) e qualitativo exploratório (1). Observamos que 
quanto ao método utilizado o ensaio clinico randomizado foi o que teve maior 
prevalência. E o tipo de abordagem mais utilizada foi a quantitativa. 
Em relação ao nível de evidência, todos os 10 estudos apontam nível II (5) e nível 
VI (5), conforme apresenta o Quadro 2. 
AUTOR/ 
ANO 
OBJETIVO/ 
MÉTODO 
REVISTA/ 
PAÍS 
NÍVEL DE 
EVIDÊNCIA 
PRINCIPAIS RESULTADOS 
Clarka, 
McLeanb, 
2018 
identificar as 
necessidades dos 
enfermeiros para o 
debriefing após o 
envolvimento em 
uma parada 
cardíaca/ 
Qualitativo 
exploratório 
Intensive and 
Critical Care 
Nursing/ Reino 
Unido 
VI Os enfermeiros entrevistados 
destacaram dois temas-chave 
sobre a prestação de cuidados 
pós-parada: “necessidades 
profissionais” como a 
oportunidade aprender a partir da 
experiência e a melhoria da 
prática; e a “necessidade 
pessoais” para garantia e 
validação. Além disso, 
identificaram as barreiras na 
melhoraria do desempenho e na 
prestação de cuidado, como a 
falta de orientações, incertezas, o 
tempo e a falta de protocolos 
organizacionais 
Kilgannon 
et al./ 2019 
Testar a associação 
entre PaCO2 após 
reanimação de 
parada cardíaca e 
desfecho 
neurológico/ Coorte 
prospectivo 
Resuscitation/ 
Estados Unidos 
VI A pesquisa descobriu que a 
PaCO2 média teve uma 
associação quadrática (em forma 
de “U” invertido) e com bom 
resultado neurológico. Os 
pacientes pós-parada 
cardiorrespiratória quando 
apresentavam uma PaCO2 
média de 68 mmHg tinham uma 
maior probabilidade preditiva de 
bom resultado neurológico; 
PaCO média de 2 com pior 
resultado neurológico; e a PaCO 
2 de 51 mmHg com a maior 
probabilidade preditiva de bom 
resultado neurológico entre os 
pacientes com acidose 
metabólica. 
McKenzie 
et al./ 2021 
Determinar os 
pontos de corte 
ótimos de PaCO 2 
para sobrevivência 
após parada cardíaca 
fora do hospital/ 
Estudo 
observacional 
multicêntrico 
Resuscitation/ 
Austrália 
VI Os pacientes que tiveram uma 
parada cardíaca fora do hospital 
e apresentaram sua pressão com 
dióxido de carbono no sangue 
em valores considerados 
normais (normocapnia) foram 
associados a uma melhora na 
sobrevida à alta hospitalar 
significativamente melhor em 
comparação com hipocapnia ou 
hipercapnia. 
Israelsson 
et al./ 2016 
Descrever os atuais 
cuidados pós-parada 
cardíaca e 
acompanhamento na 
Suécia/Transversal 
descritivo 
BCM Enfermagem 
/Suécia 
VI Cerca da metade dos hospitais da 
Suécia possuem suas diretrizes 
locais para os cuidados e 
acompanhamento pós-parada 
cardíaca, mas 39% deles 
relataram que essas diretrizes 
nem sempre foram aplicadas. A 
rotina dos hospitais é a 
realização das consultas de 
acompanhamento dos pacientes 
nas clínicas cardiológicas. Sendo 
notório uma fragilidade no apoio 
neurológico e psicológico. Além 
do incentivo na inclusão dos 
familiares as consultas de 
acompanhamento. 
Dougherty, 
Thompson 
e Lewis/ 
2015 
Determinar os 
benefícios a longo 
prazo de participar 
de uma intervenção 
telefônica 
educacional 
estruturada de 8 
semanas, realizada 
por enfermeiros 
especialistas em 
doenças 
cardiovasculares 
pós-CID/ Ensaio 
clínico randomizado 
longitudinal 
PACE/Canadá/ 
Estados Unidos 
II O estudo se baseia em uma 
intervenção de enfermagem por 
telefone para os pacientes que 
foram submetidos a reanimação 
com desfibrilador cardíaco. Os 
resultados apontam 
apresentaram melhoras nos 
meses seguintes sobre as 
preocupações do paciente, 
ansiedade, medo de morrer, 
autoeficácia e conhecimento. Os 
resultados da pesquisa podem 
não se aplicar a indivíduos com 
insuficiência cardíaca 
congestiva. 
Yonis et 
al./ 2020 
Investigar: (1) 
sobrevida em 30 
dias e fatores 
associados à 
sobrevida após 
IHCA; (2) a 
incidência de 1 ano 
do desfecho 
composto de dano 
cerebral ou 
internação em casa 
de repouso entre os 
sobreviventes de 30 
dias com 
mortalidade como o 
risco competitivo e 
(3) a incidência de 1 
ano de necessidade 
Resuscitation/Dina
marca 
VI A após parada cardíaca intra-
hospitalar pode acarretar risco de 
comprometimento neurológico 
devido a danos cerebrais que 
podem afetar a qualidade de vida 
e levar à necessidade de 
cuidados em casa ou em uma 
casa de repouso, sendo 
importante fornecer cuidados 
especiais a essas pessoas que 
passaram por esse processo. No 
entanto, a maioria dos 
sobreviventes de 30 dias da 
parada cardíaca está viva em um 
ano de acompanhamento sem 
danos cerebrais, internação em 
casa de repouso ou necessidade 
de atendimento domiciliar. 
de cuidados em casa, 
danos cerebrais ou 
admissão em casa de 
repouso entre os 
sobreviventes de 30 
dias/ Estudo 
observacional 
Dankiewi
cz et 
al./2019 
Investidar a 
Hipotermia 
direcionada versus 
Normotermia 
direcionada após 
parada cardíaca fora 
do hospital /Ensaio 
clínico randomizado 
American Heart 
Journal 
II A febre tem sido um fator de 
risco após parada cardíaca. Uma 
alternativa é a Hipotermia em 
pacientes pós-parada, uma 
estratégia clínica que visa 
neuroproteção para as vítimas de 
parada cardíaca. No qual uma 
temperatura alvo de 33°C após a 
parada cardíaca é comparada 
com uma estratégia para manter 
a normotermia e tratamento 
precoce da febre (≥37,8 °C). 
Ameloot 
et 
al./2020 
Determinar a 
pressão arterial 
média (PAM) ótima 
em pacientes com 
IAM e choque após 
parada cardíaca. / 
Ensaio clínico 
randomizado 
longitudinal 
Journal Of The 
American College 
Of Cardiology 
II A PAM é considerada um dos 
parâmetros hemodinâmicos dos 
cuidados pós parada cardíaca. 
Uma PAM ótima entre 80/85 e 
100 mmHg com o uso de 
inotrópicos e vasopressores 
durante as primeiras 36h de 
internação na UTI, foi associado 
a redução de lesão miocárdica. 
Rozemeij
er et 
al./2021 
investigar se o 
tratamento de curto 
prazo com vitamina 
C intravenosa 
suplementar ou 
muito alta reduz a 
falência de órgãos 
em pacientes pós-
parada cardíaca/ 
Ensaio clínico 
randomizado 
longitudinal 
Trials II Primeiro estudo duplo-cego, 
multicêntrico, randomizado e 
controlado por placebo para 
comparar os efeitos de altas 
doses precoces de vitamina C na 
disfunção orgânica em pacientes 
após parada cardíaca, pois a 
vitamina C intravenosa é capaz 
de eliminar e diminuir a 
produção de radicais livres que 
são nocivos e gerados durante a 
isquemia/reperfusão pós parada 
cardíaca. 
Nolan et 
al./2022 
Resumir as 
evidências sobre os 
principais aspectos 
do controle da 
temperatura em 
pacientes com 
parada cardíaca em 
coma./ Ensaio 
clinico randomizado 
longitudinal. 
Current 
Opinion/Reino 
unido 
II O consenso da Força-Tarefa 
ILCOR ALS e o ERC e ESICM 
são que, a temperatura corporal 
do paciente comatoso devem ser 
monitorados de perto e a febre 
sendo prevenida ativamente 
(37,5 C) por pelo menos 72 h. 
Se alguns pacientes que 
permanecem em coma após 
A parada cardíaca se beneficiaria 
do controle de temperatura na 
faixa de 32a 36 °C é incerto. 
Tem que haver mais estudos 
sobre. 
Fonte: Elaboração pelo autor, 2021. 
 
A partir da análise dos dados através da leitura dos artigos, os autores buscaram 
responder à questão norteadora da revisão: “Quais os cuidados de enfermagem na pós-
parada cardiorrespiratória?”. 
Os artigos incluídos na atual revisão abordam temas como cuidados com a PaCO2 
do paciente para um melhor prognóstico neurológico; cuidados hemodinâmicos com a 
Pressão Arterial Média (PAM); a viabilidade da hipotermia terapêutica; o controle da 
temperatura após parada cardíaca; a importância do debriefing; a enfermagem na 
reabilitação; e os cuidados assistenciais e psicológicos aos pacientes. 
 
4 DISCUSSÃO 
Segundo as diretrizes da American Heart Association, os cuidados pós-PCR 
incluem condições cardiopulmonares adequadas e perfusão de órgãos vitais, a 
temperatura corporal adequada, ventilação mecânica para limitar lesão pulmonar, 
reconhecer e tratar a isquemia miocárdica aguda; avaliar prognostico de recuperação 
neurológica; reduzir instabilidade hemodinâmica e limitar falência de múltiplos órgão; 
como também atuar na promoção da reabilitação do sobrevivente (MAURICIO et al., 
2018; MERCHANT et al., 2020; AHA, 2020). 
Dentre esses cuidados, ressalta-se que após uma reanimação realizada de forma 
satisfatória, o enfermeiro junto com a equipe médica deve controlar os sinais vitais e os 
parâmetros hemodinâmicos do paciente. Assim como a manipulação das trocas gasosas 
durante a ventilação mecânica, o que torna uma das terapias potenciais na recuperação do 
paciente (KILGANNON et al., 2019; PEREIRA et al., 2021). 
Segundo Kilgannon et al. (2019), a PaCO2 está associada ao regulador do fluxo 
sanguíneo cerebral pós lesão, no qual a hipocapnia pode induzir a vasoconstricção 
cerebral, alternativamente a hipercapnia leva a aumento do fluxo sanguínea. Assim, em 
seu estudo, a hipercapnia leve induzida durante o período pós-ressuscitação inicial 
resultou em aumento da saturação de oxigênio no tecido cerebral em comparação com 
normocapnia (KILGANNON et al., 2019; PEREIRA et al., 2021). 
Em contra partida com o estudo de McKenzie et al. (2021), a relação de PaCO2 e 
a normocapnia estão associados a melhores resultados de sobrevida do paciente em 
comparação com hipocapnia e/ou hipercapnia na pós-ressuscitação. Essas recomendações 
estão de acordo com as diretrizes da American Heart Association (2020) que recomenda 
a ventilação mecânica protetora visando a normocapnia (PaCO2 entre 35 e 45 mmHg) e 
normoxemia (SpO2 entre 94% e 98%) (MCKENZIE et al., 2021; MERCHANT et al., 
2020). 
Outro cuidado terapêutico discutido nos artigos é a Hipotermia em pacientes pós-
parada. Um tema ainda conflitante, que discute benefícios e danos cerebrais. A 
fundamentação teórica, atualmente, indica que é uma estratégia clínica que visa 
neuroproteção para as vítimas de parada cardíaca. Estudos de baixa evidência indicam a 
temperatura de 33ºC, enquanto estudos de evidência moderada indicam que não há 
diferença entre 33ºC e 36ºC na hipotermia terapêutica (DANKIEWICZ et al., 2019). 
Para os autores, a febre tem sido um fator de risco após parada cardíaca, uma 
solução seria a terapia de hipotermia. No entanto, se faz necessário a realização de mais 
estudos confirmatórios para investigar e determinar os potenciais benefícios e a eficácia 
nesse cenário (DANKIEWICZ et al., 2019). Visando identificar a otimização dos 
métodos de resfriamento, duração, abordagem do reaquecimento, minimização e soluções 
dos efeitos adversos, de forma a maximiza o potencial terapêutico (DRABEK; 
KOCHANEK, 2020). 
Segundo Nolan et al. (2022), em sua pesquisa randomizada, a prática de resfriar 
pacientes e controlar a temperatura em um valor constante na faixa de 32-36 C por pelo 
menos 24 horas, está sendo bastante contestada. O estudo Target Temperature 
Management 2 (TTM-2) não documentou a diferença na mortalidade em 6 meses entre 
pacientes tratados á 33 C. O comitê Internacional de Reanimação (ILCOR) concluiu que 
o controle de temperatura com uma meta de 32-34 C não melhorou a sobrevida dos 
pacientes após parada cardíaca. Um consenso é que a temperatura dos pacientes deve ser 
monitorada de perto, e a febre sendo prevenida ativamente, por pelo menos 72 horas. 
(NOLAN et al., 2022). 
Segundo Ameloot et al. (2020), em sua pesquisa randomizada, com objetivo 
determinar a PAM ótima em pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e choque 
após parada cardíaca. Discute que o uso de inotrópicos e vasopressores para atingir a 
PAM entre 80/85 e 100 mmHg durante as primeiras 36h de internação na Unidade de 
Terapia Intensiva (UTI), foi associado a redução de lesão miocárdica, quando comparado 
a metas hemodinâmicas convencionais (PAM > 65 mmHg) (AMELOOT et al., 2020; 
WALKER; JOHNSON, 2018). 
Uma nova pesquisa em andamento está sendo realizada por Rozemeijer et al. 
(2021), é o primeiro estudo duplo-cego, multicêntrico, randomizado e controlado por 
placebo para comparar os efeitos de altas doses precoces de vitamina C na disfunção 
orgânica em pacientes após parada cardíaca. Busca estudar se o tratamento a curto prazo 
com Vitamina C intravenosa suplementar ou em doses mais altas, realizada na fase inicial 
pós parada cardíaca, pode ajudar a limitar danos aos órgãos (ROZEMEIJER et al., 2021). 
A vitamina C intravenosa é capaz de eliminar e diminuir a produção de radicais 
livres que são nocivos e gerados durante a isquemia/reperfusão pós parada cardíaca. 
Dessa forma, a terapia com vitamina C tem como objetivo atua após os cuidados da 
recuperação da circulação, como a terapia de hipotermia, visando diminuir lesões de 
isquemia/reperfusão no paciente (ROZEMEIJER et al., 2021). 
Alguns cuidados vão além de assistenciais e metódicos, como controle de sinais 
vitais, cuidados com a ventilação mecânica protetora e seus parâmetros, que são 
essenciais para o bom prognóstico do paciente. O enfermeiro precisa ter uma visão 
holística e atuar na promoção da reabilitação do paciente que passou por um estresse pós- 
traumático e ajuda em suas fragilidades (ISRAELSSON et al., 2016). 
Paciente que passaram uma experiência de quase morte, podem tornam-se mais 
conscientes de suas fragilidades e vulnerabilidades. Paciente em recuperação de doenças 
críticas e internado em terapia intensiva correm riscos de desenvolver problemas 
psicológicos e transtornos de estresses pós-traumáticos, que afetam as atividades da vida 
cotidiana e a participação na sociedade (ISRAELSSON et al., 2016). 
Segundo Israelsson et al. (2016), os hospitais na Suécia têm como método de 
reabilitação cardíaca tradicional com visitas de acompanhamento ao paciente. No entanto, 
os coordenadores não têm conhecimento de como se organiza os cuidados após aparada-
cardiorrespiratória, o que deixa os sobreviventes em um estado de negligência. Dessa 
forma é importante que os enfermeiros estejam cientes que tanto os pacientes quantos os 
familiares podem não receber os cuidados adequados após a parada-cardiorrespiratória. 
Dentre os cuidados pós-PCR. está a realização do debriefing, que refere-se a 
reunião da equipe após todos os cuidados ao paciente em parada cardiorrespiratória, uma 
oportunidade para equipe refletir sobre a melhora do seu desempenho na RCP. A pesquisa 
de Clark e McLean (2018), aponta que os participantes identificaram que o método 
debriefing oferecia a oportunidade de melhorar/mudar a prática, entendo o porquê a 
parada cardíaca aconteceu, e por que a ressuscitação não foi eficaz, transformando uma 
experiência negativa em positiva (CLARK; MCLEAN, 2018). 
Sendo assim, a atualização da equipe de enfermagem sobre as diretrizes de RCP 
e padronização das condutas, são essenciais para realização de um atendimento 
potencialmente eficaz e com um bom resultado para o paciente. As universidades de 
enfermagem atuam nesse aspecto, no processo ensino-aprendizagemcom a teoria e 
aspectos clínicos, bem como a habilidade prática. Dessa forma atualizando o 
conhecimento dos profissionais que atuam em cenários reais, quanto aos alunos que 
atuarão nesses cuidados (KAWAKAME; MIYADAHIRA, 2020). 
 
 
 
5 CONCLUSÃO 
Através desta revisão, foi possível identificar a importância dos cuidados de 
enfermagem aos pacientes após reanimação cardiopulmonar e sua contribuição para 
sobrevida do paciente. Entre os cuidados mais discutidos nos estudos está o mecanismo 
de ação na hipotermia terapêutica, o controle da PaCO2 e da PAM, cuidados na 
reabilitação do paciente e a realização do debriefing para melhorar a estratégia de ações 
durante a reanimação cardiopulmonar. 
O estudo limitou-se à pouca quantidade de artigos encontrados na literatura, tendo 
em conta publicações insuficientes referentes à temática durante o período estabelecido 
pelos autores, o que limitou a discussão do artigo de revisão sobre a temática em questão. 
Os artigos que abordavam os demais cuidados assistenciais com os pacientes eram 
inferiores ao período de cinco anos estabelecidos pelos autores. Assim, o atual estudo 
torna-se importante pois traz um compilado das publicações recentes sobre as novas 
pesquisas dos cuidados pós parada cardiorrespiratória. 
Dessa forma, torna-se imprescindível a produção de estudos, dado que os 
cuidados pós-PCR é uma prática assistencial com necessidades aprimoradas. Apesar 
dos limites mencionados, foi possível a realização da revisão para descrever o 
propósito do objetivo da pesquisa. Tais estudos foram analisados de acordo com as novas 
diretrizes da American Heart Association de Cardiologia, visando contribui de forma 
significativa para o campo da urgência e emergência. 
 
 
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