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ConfiguracaoterritorialInfovia-Fernandes-2022

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM GEOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARCOS VINICIUS DA SILVA DANTAS FERNANDES 
 
 
 
 
 
A TECNOMORFOLOGIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: A 
CONFIGURAÇÃO TERRITORIAL DA INFOVIA POTIGUAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL-RN 
2022 
MARCOS VINICIUS DA SILVA DANTAS FERNANDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A TECNOMORFOLOGIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: A 
CONFIGURAÇÃO TERRITORIAL DA INFOVIA POTIGUAR 
 
 
 
Dissertação apresentada ao Programa de 
Pós-Graduação em Geografia (PPGe) da 
Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte (UFRN), como pré-requisito para o 
título de Mestre em Geografia, na área de 
concentração Dinâmica Socioambiental e 
Reestruturação do Território. 
Linha de Pesquisa: Território, Estado e 
Planejamento. 
Orientador: Prof. Dr. Raimundo Nonato 
Junior. 
 
 
 
 
 
 
NATAL-RN 
2022
Fernandes, Marcos Vinicius da Silva Dantas.
 A tecnomorfologia do estado do Rio Grande do Norte : a
configuração territorial da Infovia Potiguar / Marcos Vinicius
da Silva Dantas Fernandes. - Natal, 2022.
 343 f.: il.
 Dissertação (mestrado) - Centro de Ciências Humanas Letras e
Artes, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.
 Orientador: Prof. Dr. Raimundo Nonato Junior.
 1. Tecnomorfologia - Dissertação. 2. Configuração territorial
- Dissertação. 3. Rede - Dissertação. 4. Sistema de indicadores
- Dissertação. 5. Infovia Potiguar - Dissertação. I. Junior,
Raimundo Nonato. II. Título.
RN/UF/BS-CCHLA CDU 908:004.7(813.2)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes -
CCHLA
Elaborado por Raphael Lorenzo Lopes Ramos Fagundes - CRB-15 912
 
MARCOS VINICIUS DA SILVA DANTAS FERNANDES 
 
 
 
 
A TECNOMORFOLOGIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: A 
CONFIGURAÇÃO TERRITORIAL DA INFOVIA POTIGUAR 
 
 
Dissertação apresentada ao Programa de 
Pós-Graduação em Geografia (PPGe) da 
Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte (UFRN), como pré-requisito para o 
título de Mestre em Geografia, na área de 
concentração Dinâmica Socioambiental e 
Reestruturação do Território. 
Linha de Pesquisa: Território, Estado e 
Planejamento. 
 
Aprovado em: 29 de agosto de 2022. 
 
 
____________________________________________________ 
Prof. Dr. Raimundo Nonato Junior 
Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFRN 
Orientador – UFRN 
 
____________________________________________________ 
Prof. Dr. Francisco Fransualdo de Azevedo 
Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFRN 
Examinador Interno – UFRN 
 
____________________________________________________ 
Prof. Dr. Sergio Vianna Fialho 
Assessor Técnico e Professor (aposentado) da UFRN 
Examinador Externo ao Programa 
 
____________________________________________________ 
Profa. Dra. Kelly Kalynka Cruz 
Faculdade de Comunicação da UFPA 
Examinadora Externa à Instituição 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À dona Valéria (in memoriam). 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço aos meus pais, Alexandre e Tereza, pela participação no meu processo de 
formação e pelo amor incondicionalmente compartilhado. 
Aos meus sogros, Edivan e Valéria, pelo mesmo sentimento, além de todos os momentos 
que compartilhamos. 
Agradeço também à minha esposa, Yasmin (meu passarinho), principalmente, nos 
momentos mais duros de escrita, por todo amor, perseverança e força que me deu para 
superar cada dificuldade. 
Aos meus irmãos, Victor, e à sua respectiva Handrya, e Felipe, e às cunhadas, Yana e 
Yngrid, e aos seus respectivos, Wendell e Pedro Paulo, pela amizade e momentos de 
descontração. 
Ao grande Dr. e Mestre, o professor Raimundo, por todas as orientações, conversas e 
sábias palavras de incentivo e inspiração. 
Agradeço também à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 
(CAPES) pelo investimento na minha pesquisa, bem como ao Programa de Pós-
Graduação em Geografia (PPGe) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 
À coordenação e aos técnicos do Ponto de Presença da Rede Nacional de Ensino e 
Pesquisa no Rio Grande do Norte (PoP-RN), pela paciência que eles juntos tiveram em 
me auxiliar a entender mais sobre as redes, especificamente a Infovia Potiguar. 
Aos meus queridos amigos de mestrado, Katarina e Victor, que se tornaram excelentes 
companheiros da academia e da vida. 
À minha amiga Sônia, pelas trocas e conversas com um bom café da tarde. 
Aos coordenadores de TI dos IFRN de Ceará-Mirim e de João Câmara, e do administrador 
de rede da Secretaria de Estado Saúde Pública (Sesap) do Rio Grande do Norte e da 
secretária de TI da Secretaria Municipal de Planejamento (Sempla) de Natal/RN pela 
disponibilidade em dialogar sobre o meu objeto de estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A terra toda é uma ilha, se eu ligo meu 
radinho de pilha”. 
(Belchior). 
 
RESUMO 
 
A discussão sobre tecnomorfologia do território do Rio Grande do Norte, considerando a 
implantação da Infovia Potiguar pelo Núcleo de Redes Avançadas (NuRA) da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que hospeda o Ponto de Presença 
da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa no Rio Grande do Norte (PoP-RN), consiste na 
compreensão de diferentes infraestruturas técnicas presentes neste território, algumas 
preexistentes e outras sendo criadas para compor a configuração territorial dessa rede de 
informação de alta capacidade no estado. Esta rede pretende fornecer acesso de qualidade 
à Internet para o estado através da rede acadêmica, da rede de governo e da distribuição 
do acesso para as empresas parceiras, que consequentemente permitirão esse acesso à 
população em geral. Assim, sabendo-se das diferenciações do território do RN que possui 
diferentes níveis de densidades referentes às redes de informação, sobretudo em termos 
de qualidade, esta pesquisa objetiva a compreensão da configuração territorial da Infovia 
Potiguar e os consequentes usos do território imbricados a essa materialidade no estado. 
Isto inclui como objetivos evidenciar as redes técnicas e de serviços que estão inclusas 
nesse projeto, analisar a regionalização da informação e os usos por diferentes agentes do 
território e as oportunidades e desafios de melhor gestão do território permitidas por esse 
empreendimento no estado. Para isso, a pesquisa tem como base a teoria geográfica de 
espaço, enquanto totalidade, de Milton Santos; a discussão teórica sobre a 
tecnomorfologia de Mauss; os conceitos da Geografia, como território, região, rede e 
lugar; o Método da Análise Regional, com destaque para o complexo geográfico de Pierre 
Monbeig; e as categorias de análise, sendo estas a paisagem, a configuração territorial, o 
uso e a gestão do território, além da região como fato e como ferramenta permitindo 
analisar o objeto de pesquisa. No que se refere aos procedimentos metodológicos, a 
pesquisa bibliográfica serviu para compor o corpo teórico-conceitual e o método da 
pesquisa, bem como para investigar discussões sobre as redes de informação, inclusive à 
Internet, numa perspectiva histórica e técnica, no mundo, no Brasil e no estado do RN. A 
pesquisa documental também foi elencada e serviu para um levantamento 
especificamente voltado para a regulação das telecomunicações, da Internet e da RNP no 
Brasil e do PoP-RN no estado do RN. Finalmente, a pesquisa utilizou da atividade de 
campo para a obtenção de dados, informações e registros empíricos e também a pesquisa 
de laboratório para a elaboração do sistemade indicadores, denominado de Sistema de 
Indicadores para Gestão da Informação pela Infovia Potiguar no Rio Grande do Norte 
(SIGIP-RN) e de produtos cartográficos de modo a gerar resultados que foram discutidos 
e analisados. 
 
Palavras-chave: Tecnomorfologia. Configuração Territorial. Rede. Sistema de 
Indicadores. Infovia Potiguar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The discussion on the technomorphology of the territory of Rio Grande do Norte, 
considering the implementation of Infovia Potiguar by the Center for Advanced Networks 
(NuRA) of the Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN), which hosts the Point 
of Presence of the National Education and Research in Rio Grande do Norte (PoP-RN) 
consists of understanding different technical infrastructures present in this territory, some 
preexisting and others being created to compose the territorial configuration of this high-
capacity information network in the state. This network intends to provide quality access 
to the Internet for the state through the academic network, the government network and 
the distribution of access to partner companies, which will consequently allow this access 
to the general population. Thus, knowing the differences in the territory of RN that has 
different levels of densities referring to information networks, especially in terms of 
quality, this research aims to understand the territorial configuration of Infovia Potiguar 
and the consequent uses of the territory intertwined with this materiality in the state. This 
includes as objectives to highlight the technical and service networks that are included in 
this project, analyze the regionalization of information and uses by different agents of the 
territory and the opportunities and challenges of better management of the territory 
allowed by this enterprise in the state. For this, the research is based on the geographic 
theory of space, as a totality, by Milton Santos; the theoretical discussion on 
technomorphology by Mauss; the concepts of Geography, such as territory, region, 
network and place; the Regional Analysis Method, with highlighting the geographic 
complex of Pierre Monbeig; and the categories of analysis, which are the landscape, the 
territorial configuration, the use and management of the territory, in addition to the region 
as a fact and as a tool allowing the analysis of the research object. With regard to 
methodological procedures, the bibliographic research served to compose the theoretical-
conceptual body and the research method, as well as to investigate discussions about 
information networks, including the Internet, in a historical and technical perspective, in 
the world, in the Brazil and in the state of RN. The documentary research was also listed 
and served for a survey specifically focused on the regulation of telecommunications, the 
Internet and RNP in Brazil and PoP-RN in the state of RN. Finally, the research used the 
field activity to obtain data, information and empirical records and also the laboratory 
research for the elaboration of the indicator system, called Indicator System for 
Information Management by Infovia Potiguar in Rio Grande do Norte (SIGIP-RN) and 
cartographic products in order to generate results that were discussed and analyzed. 
 
Keywords: Technomorphology. Territorial Configuration. Network. Indicator System. 
Infovia Potiguar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Mapa do Sistema RNP (Conexão Atual) ...................................................... 29 
Figura 2 – Sistema RNP em números ............................................................................. 29 
Figura 3 – Mapa da Rede Veredas no estado do Rio Grande do Norte .......................... 31 
Figura 4 – Conexões pretendidas com a Redecomep ao sistema RNP .......................... 32 
Figura 5 – Mapa da distribuição da Redecomep no Brasil ............................................. 32 
Figura 6 – Instituições incialmente atendidas pela RGN ............................................... 33 
Figura 7 – Instituições atendidas pela RGN (2017) ....................................................... 34 
Figura 8 – RGN e sua extensão concluída ...................................................................... 34 
Figura 9 – Fases de Implantação da Infovia Potiguar .................................................... 37 
Figura 10 – Esquema referente ao Espaço (totalidade), Território e Rede (mediação), e o 
Lugar (realização) ........................................................................................................... 51 
Figura 11 – Categorias de análise centrais da pesquisa .................................................. 56 
Figura 12 – Sistema de Indicadores para a Gestão da Informação pela Infovia Potiguar 
no Rio Grande do Norte (SIGIP-RN) ............................................................................. 57 
Figura 13 – Pesquisa Documental (os principais documentos elencados) ..................... 59 
Figura 14 - Tabela exemplificando o indicador de Conectividade de Caicó .................. 61 
Figura 15 – Topologia das Redes ................................................................................... 66 
Figura 16 – Esquema de MAN ....................................................................................... 67 
Figura 17 – Esquema de WMAN ................................................................................... 67 
Figura 18 – Esquema de WAN conectando duas LANs ................................................ 69 
Figura 19 – Esquema das três camadas básicas da Internet ........................................... 70 
Figura 20 – Características do Sistema Autônomo ........................................................ 72 
Figura 21 – O núcleo e as extremidades da Internet....................................................... 72 
Figura 22 – IoT em Cidades Inteligentes........................................................................ 76 
Figura 23 – Mapa mostrando as linhas de telégrafo, em operação, contratadas e 
contempladas para completar o circuito do globo (1855) .............................................. 79 
Figura 24 – Experimento de Loomis, 1866 .................................................................... 81 
Figura 25 – N. Tesla, patente de Nº. 1119732: Aparelho de transmissão elétrica de 
energia (wireless) ............................................................................................................ 82 
Figura 26 – Informativo sobre Guglielmo Marconi, localizado em French Cable Station 
Museum, Orleans, nos EUA ........................................................................................... 83 
Figura 27 – Informativo sobre a Estação Transatlântica de Guglielmo Marconi, 
localizado em French Cable Station Museum, Orleans, nos EUA ................................. 83 
Figura 28 – “O Mundo do Entretenimento”: Mapa promocional das estações da Philips 
Radio (1930-1940) .......................................................................................................... 84 
Figura 29 – Tipos de redes de comunicação................................................................... 87 
Figura 30 – Contribuições da equipe do CERN para que os primeiros sítios da web 
fossem criados. ............................................................................................................... 89 
Figura 31 – Mapa de Cabos Submarinos (2019) ............................................................ 91 
Figura 32 – O surgimento do IoT: o número de dispositivos conectados em relação à 
população mundial .......................................................................................................... 94 
Figura 33 – Gráfico dos membros IPv4 e IPv6 por RIRs ............................................... 97 
Figura 34 – Cartografia dos Telegráfos naAmérica do Sul (1910) ............................... 99 
Figura 35 – Tabela do número de assinantes e usuários dos provedores de acesso à 
Internet no Brasil, durante a segunda metade da década de 1990 ................................ 104 
 
Figura 36 – Mapa das Redes de Informação do Brasil ................................................. 105 
Figura 37 – Ações da PNBL ......................................................................................... 109 
Figura 38 – Rede da Telebras (2017) ........................................................................... 112 
Figura 39 – Esquema de lançamento do SGCD ........................................................... 113 
Figura 40 – Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC)
 ...................................................................................................................................... 114 
Figura 41 – Mapa da Rede Nacional da Telebras em operação e em planejamento .... 118 
Figura 42 – Conexões de linhas alugadas na rede brasileira, 1991 .............................. 121 
Figura 43 – Backbone da Rede Nacional de Pesquisa em 1992 ................................... 123 
Figura 44 – Backbone da RNP em 1995 ...................................................................... 125 
Figura 45 – Backbone da RNP em 1997 ...................................................................... 126 
Figura 46 – Backbone da RNP em 2002 ...................................................................... 126 
Figura 47 – Backbone da RNP em 2005 ...................................................................... 128 
Figura 48 – Backbone da RNP em 2011 ...................................................................... 129 
Figura 49 – “Gigatização” da RNP............................................................................... 130 
Figura 50 – As primeiras conexões de alta capacidade (100Gb/s) da RNP ................. 130 
Figura 51 – Mapa da Integração Eletroenergética da Chesf, na Região Nordeste ....... 132 
Figura 52 – Redes OPGW do Sistema Eletrobras ........................................................ 133 
Figura 53 – Mapa do Programa Norte Conectado ........................................................ 134 
Figura 54 – Mapa da Rede Clara .................................................................................. 135 
Figura 55 – Mapa das conexões intercontinentais entre a RNP, AmLight e TENET & 
SANReN ....................................................................................................................... 136 
Figura 56 – Mapa do novo sistema submarino entre a RedCLARA e GÉANT ........... 137 
Figura 57 – Rede Acadêmica da UFRN (2005) ........................................................... 140 
Figura 58 – Rede Giga Natal (backbone físico, 2008) ................................................. 141 
Figura 59 – A Rede GigaNatal (original e suas extensões) .......................................... 142 
Figura 60 – Escolas atendidas pela extensão da Rede GigaNatal ................................ 143 
Figura 61 – Uso da Rede GigaNatal pela Sesap, Caern e Sesed .................................. 144 
Figura 62 – Rede Integrada do Governo do Estado ...................................................... 145 
Figura 63 - Esquema Ethernet de O'Regan ................................................................... 148 
Figura 64 – Rede da Infovia Potiguar com base na tecnologia DWDM ...................... 153 
Figura 65 – Redes Passivas na Infovia Potiguar........................................................... 154 
Figura 66 – Rede Metropolitana de Ceará-Mirim ........................................................ 158 
Figura 67 – Tabela das unidades de Ceará-Mirim ........................................................ 160 
Figura 68 – Rede Metropolitana de João Câmara ........................................................ 161 
Figura 69 – Tabela das unidades de João Câmara ........................................................ 163 
Figura 70 – Rede Metropolitana de São Gonçalo do Amarante ................................... 164 
Figura 71 – Tabela das unidades de São Gonçalo do Amarante .................................. 165 
Figura 72 – Subestação Paraíso (Chesf): onde terá a abertura da Chesf, em Santa Cruz.
 ...................................................................................................................................... 168 
Figura 73 – Rede Metropolitana de Caicó .................................................................... 169 
Figura 74 – Tabela das unidades de Caicó ................................................................... 170 
Figura 75 – Tabela das unidades de Currais Novos ..................................................... 173 
Figura 76 – Rede Metropolitana de Currais Novos ...................................................... 174 
Figura 77 – Rede Metropolitana de Santa Cruz ........................................................... 178 
Figura 78 – Tabela das unidades de Santa Cruz ........................................................... 179 
Figura 79 – Rede Metropolitana de Pau dos Ferros ..................................................... 182 
 
Figura 80 – Tabela das unidades de Pau dos Ferros ..................................................... 183 
Figura 81 – Rede Metropolitana de Mossoró ............................................................... 185 
Figura 82 – Tabela das unidades de Mossoró............................................................... 186 
Figura 83 – Tabela das unidades de Açu/Ipanguaçu .................................................... 189 
Figura 84 – Rede Metropolitana de Açu/Ipanguaçu ..................................................... 190 
Figura 85 – Mapa do Parque Tecnológico Metrópole Digital, no município de Natal-RN
 ...................................................................................................................................... 196 
Figura 86 – Tabela das unidades cogitadas para o município de Angicos ................... 201 
Figura 87 - Tabela das unidades cogitadas para o município de Apodi ....................... 202 
Figura 88 - Tabela das unidades cogitadas para o município de Canguaretama .......... 203 
Figura 89 - Tabela das unidades cogitadas para o município de Caraúbas .................. 203 
Figura 90 – Tabela das unidades cogitadas para o município de Macau ..................... 204 
Figura 91 – Tabela das unidades cogitadas para o município de Nova Cruz ............... 205 
Figura 92 – Tabela das unidades cogitadas para o município de São José de Mipibu . 206 
Figura 93 – Tabela das unidades cogitadas para o município de São Paulo do Potengi
 ...................................................................................................................................... 207 
Figura 94 – Tabela das unidades cogitadas para o município de Lajes ........................ 207 
Figura 95 – Sistemas fixos e celulares no Rio Grande do Norte (início dos anos 2000).
 ...................................................................................................................................... 211 
Figura 96 – SIGIP-RN (esquema de indicadores, grupos de indicadores e variáveis) . 212 
Figura 97 – SIGIP-RN .................................................................................................. 215 
Figura 98 – Gráficos do tipo radar (meramente ilustrativos) utilizados para representar o 
SIGIP-RN ..................................................................................................................... 216 
Figura 99 – Gráficos SIGIP-RN: Extremoz ................................................................. 220 
Figura 100 – Gráficos SIGIP-RN: Macaíba ................................................................. 221 
Figura 101 – Gráficos SIGIP-RN: Monte Alegre .........................................................222 
Figura 102 – Gráficos SIGIP-RN: Natal ...................................................................... 223 
Figura 103 – Gráficos SIGIP-RN: Parnamirim ............................................................ 224 
Figura 104 – Gráficos SIGIP-RN: São José de Mipibu................................................ 225 
Figura 105 – Gráficos SIGIP-RN: Vera Cruz .............................................................. 226 
Figura 106 – Gráficos SIGIP-RN: São Gonçalo do Amarante ..................................... 227 
Figura 107 - Gráficos SIGIP-RN: Ceará-Mirim ........................................................... 243 
Figura 108 – Gráficos SIGIP-RN: João Câmara .......................................................... 244 
Figura 109 – Gráficos SIGIP-RN: Santa Cruz ............................................................. 245 
Figura 110 – Gráficos SIGIP-RN: Currais Novos ........................................................ 246 
Figura 111 – Gráficos SIGIP-RN: Caicó ...................................................................... 247 
Figura 112 – Gráficos SIGIP-RN: Açu ........................................................................ 248 
Figura 113 – Gráficos SIGIP-RN: Ipanguaçu .............................................................. 249 
Figura 114 – Gráficos SIGIP-RN: Mossoró ................................................................. 250 
Figura 115 – Gráficos SIGIP-RN: Pau dos Ferros ....................................................... 251 
Figura 116 – Gráficos SIGIP-RN: Canguaretama ........................................................ 252 
Figura 117 – Gráficos SIGIP-RN: Nova Cruz.............................................................. 253 
Figura 118 – Gráficos SIGIP-RN: São Paulo do Potengi ............................................. 254 
Figura 119 – Gráficos SIGIP-RN: Lajes ...................................................................... 255 
Figura 120 – Gráficos SIGIP-RN: Angicos .................................................................. 256 
Figura 121 – Gráficos SIGIP-RN: Parelhas ................................................................. 257 
Figura 122 – Gráficos SIGIP-RN: Macau .................................................................... 258 
 
Figura 123 – Gráficos SIGIP-RN: Jucurutu ................................................................. 259 
Figura 124 – Gráficos SIGIP-RN: Caraúbas ................................................................ 260 
Figura 125 – Gráficos SIGIP-RN: Apodi ..................................................................... 261 
Figura 126 – Campus do IFRN de Ceará-Mirim (NOC local do município) ............... 309 
Figura 127 – Instalações do NOC de Ceará-Mirim 309 
Figura 128 – Solar dos Antunes: sede da prefeitura municipal de Ceará-Mirim/RN... 311 
Figura 129 – Trecho do anel óptico pela Infovia Potiguar da rede metropolitana de 
Ceará-Mirim/RN ........................................................................................................... 311 
Figura 130 – Campus do IFRN de João Câmara/RN (NOC local do município) ........ 314 
Figura 131 – Instalações do NOC de João Câmara ...................................................... 315 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 – Número de dispositivos IoT ........................................................................ 95 
Gráfico 2 – Porcentagem de usuários individuais de Internet no Brasil (2000-2010) . 106 
Gráfico 3 – Porcentagem de usuários individuais de Internet no Brasil (2010-2019) . 110 
Gráfico 4 – SIGIP-RN: gráfico síntese de Conectividade (banda larga) ...................... 281 
Gráfico 5 – SIGIP-RN: gráfico síntese de Conectividade (telefonia móvel) ............... 282 
Gráfico 6 – SIGIP-RN: gráfico síntese de Economia (PIB) ......................................... 286 
Gráfico 7 - SIGIP-RN: gráfico síntese de Economia (IDHm, Unidades Locais, 
população total ocupada e salários médios mensais) .................................................... 287 
Gráfico 8 – SIGIP-RN: gráfico síntese de População .................................................. 288 
Gráfico 9 - SIGIP-RN: gráfico síntese de Atendimento Institucional .......................... 296 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE MAPAS 
 
Mapa 1 – RGN e Infovia Potiguar .................................................................................. 36 
Mapa 2 – Uso Individual de Internet no Mundo (2015) ................................................. 92 
Mapa 3 – Os Registros Regionais de Internet no Mundo ............................................... 96 
Mapa 4 – Mapa da porcentagem de domicílios particulares permanentes com acesso à 
Internet, em 2005 .......................................................................................................... 107 
Mapa 5 – Mapa da porcentagem de domicílios particulares permanentes com acesso à 
Internet, em 2011 .......................................................................................................... 108 
Mapa 6 – Situação do acesso à Internet no Brasil, por região (2019) .......................... 116 
Mapa 7 – A RMN e a expansão da Rede GigaNatal .................................................... 147 
Mapa 8 – Setor Leste/Agreste da Infovia Potiguar ....................................................... 156 
Mapa 9 – Rede Metropolitana de Ceará-Mirim............................................................ 159 
Mapa 10 – Rede Metropolitana de João Câmara .......................................................... 162 
Mapa 11 – Rede Metropolitana de São Gonçalo do Amarante .................................... 166 
Mapa 12 – Setor Seridó da Infovia Potiguar ................................................................ 168 
Mapa 13 – Rede metropolitana de Caicó/RN ............................................................... 172 
Mapa 14 – Rede Metropolitana de Currais Novos/RN................................................. 175 
Mapa 15 – Mapa dos solos do Estado do Rio Grande do Norte, com destaque para os 
municípios do Setor Seridó da Infovia Potiguar ........................................................... 177 
Mapa 16 – Rede Metropolitana de Santa Cruz ............................................................. 180 
Mapa 17 – Setor Oeste da Infovia Potiguar .................................................................. 181 
Mapa 18 – Rede metropolitana de Pau dos Ferros ....................................................... 184 
Mapa 19 – Rede Metropolitana de Mossoró ................................................................ 188 
Mapa 20 – Rede Metropolitana de Açu-Ipanguaçu ...................................................... 191 
Mapa 21 – Micro e Mesorregiões do Rio Grande do Norte com as RGN/RGM e Infovia 
Potiguar ......................................................................................................................... 194 
Mapa 22 – Rede GigaNatal e os municípios exclusivamente das Fases (1 e 2) da Infovia 
Potiguar ......................................................................................................................... 200 
Mapa 23 – RGN e RGM: Velocidade do acesso .......................................................... 230 
Mapa 24 - RGN e RGM: Meio do acesso .................................................................... 231 
Mapa 25 – RGN e RGM: Acessos por geração de telefonia móvel ............................. 232 
Mapa 26 – RGN e RGM: Combinação dos subindicadores de População .................. 235 
Mapa 27 – RGN e RGM: Relação entre o IDHm e o IDHm Renda ............................ 236 
Mapa 28 – RGN e RGM: Total de unidades locais das empresas e outras organizações 
atuantes;na área de informação e comunicação; e em atividades profissionais, 
científicas e técnicas ..................................................................................................... 237 
Mapa 29 – RGN e RGM: O valor do Produto Interno Bruto (PIB) e a fração 
correspondente desse valor por setor da economia ...................................................... 238 
Mapa 30 – RGN e RGM: População total ocupada e o salário médio mensal (por 
salários mínimos) .......................................................................................................... 239 
Mapa 31 – Infovia Potiguar (Fases 1 e 2): Relação entre o total de acessos banda larga e 
o meio empregado ........................................................................................................ 263 
Mapa 32 - Infovia Potiguar (Fases 1 e 2): Relação entre o total de acessos banda larga e 
a velocidade correspondente ......................................................................................... 264 
Mapa 33 – Infovia Potiguar (Fases 1 e 2): Relação entre o total de acessos em telefonia 
móvel com a geração da telefonia móvel utilizada....................................................... 266 
 
Mapa 34 – Infovia Potiguar (Fases 1 e 2): População total estimada (2021) ............... 268 
Mapa 35 – Infovia Potiguar (Fases 1 e 2): Densidade demográfica e a porcentagem da 
população urbana; entre 15 a 49 anos; e com ensino superior completo ..................... 269 
Mapa 36 – Infovia Potiguar (Fases 1 e 2): IDHm ........................................................ 270 
Mapa 37 – Infovia Potiguar (Fases 1 e 2): IDHm Renda ............................................. 271 
Mapa 38 – Infovia Potiguar (Fases 1 e 2): Total de unidades locais das empresas e 
outras organizações atuantes; na área de informação e comunicação; e em atividades 
profissionais, científicas e técnicas ............................................................................... 272 
Mapa 39 – Infovia Potiguar (Fases 1 e 2): O valor do Produto Interno Bruto (PIB) e a 
fração correspondente desse valor por setor da economia ........................................... 273 
Mapa 40 – Infovia Potiguar (Fases 1 e 2): População total ocupada e o salário médio 
mensal (por salários mínimos) ...................................................................................... 274 
Mapa 41 – Atendimento Institucional da Infovia Potiguar (Fases 1 e 2) ..................... 279 
Mapa 42 – A RGN e RGM e a Infovia Potiguar (Fases 1, 2 e 3) ................................. 306 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Escala/Abrangência das Redes ..................................................................... 64 
Tabela 2 – Dados de Conectividade dos municípios elencados para o projeto da Infovia 
Potiguar (Fases 1 e 2) e da Rede GigaNatal ................................................................ 217 
Tabela 3 - Dados de Economia dos municípios elencados para o projeto da Infovia 
Potiguar (Fases 1 e 2) e da Rede GigaNatal ................................................................. 218 
Tabela 4 - Dados de População dos municípios elencados para o projeto da Infovia 
Potiguar (Fases 1 e 2) e da Rede GigaNatal ................................................................. 218 
Tabela 5 - Dados de Atendimento Institucional dos municípios elencados para o projeto 
da Infovia Potiguar (Fases 1 e 2) e da Rede GigaNatal ................................................ 219 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 – Objeto, Questões e Objetivos da Pesquisa................................................... 41 
Quadro 2 – Tipologia das Redes: métodos de transmissão ............................................ 63 
Quadro 3 – Sistema RNP e os serviços e aplicações .................................................... 138 
Quadro 4 – Incubadoras do Estado do RN (IES e campi correspondentes) ................. 320 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS, ACRÔNIMOS E ABREVIATURAS 
 
ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line 
AEB – Agência Espacial Brasileira 
AFRINIC – African Network Information Centre 
AIRDATA – Serviço Internacional de Comunicação de Dados Aeroviários 
AMLightPaths – Americas Lightpaths 
Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações 
Andifes – Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação 
Superior 
APNIC – Asia-Pacific Network Information Centre 
ARIN – American Registry Internet Numbers 
ARPA – Agência de Projetos de Pesquisas Avançadas 
AS – Autonomous System 
ASN – Autonomous System Number 
ATM – Asynchronous Transfer Mode 
B2B – Be-to-Be 
B2M – Be-to-Machine 
BBS – Bulletin Board Systems 
BELLA – Built the Europe Link to Latin America 
BGP – Border Gateway Protocol 
Bit – binary digit 
BPM – Batalhão de Polícia Militar 
Caern – Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte 
CAFe – Comunidade Acadêmica Federada 
CBM – Corpo de Bombeiros Militar 
CBT – Código Brasileiro de Telecomunicações 
CCS – Centro de Ciências da Saúde 
CDMA – Code Division Multiple Access 
CEMPRE – Cadastro de Central de Empresas 
CERES – Centro de Ensino Superior do Seridó 
CERN – Centrée Européen pour Recherche Nuclaire 
CGI.br – Comitê Gestor de Internet no Brasil 
 
Chesf – Companhia Hidroelétrica do São Francisco 
Ciosp – Centro Integrado de Operações em Segurança Pública 
CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico 
Conif – Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, 
Científica e Tecnológica 
CONSUNI – Conselho Universitário 
CONTEL – Conselho Nacional de Telecomunicações 
COPE-P – Centros de Operações Espaciais Principal 
COPE-S – Centros de Operações Espaciais Secundário 
Cosern – Companhia Energética do Rio Grande do Norte 
COVID-19 – Doença do Novo Coronavírus 
CTGAS-ER – Tecnologias do Gás e Energias Renováveis 
DEC – Digital Equipament Corporation 
DNS – Domain Name System 
DURAMAZ – Sistema de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável na Amazônia 
DWDM – Dense Wavelength Division Multiplexing 
EMCM-UFRN – Escola Multicampi de Ciências Médicas da UFRN 
ESA – European Space Agency 
Facisa – Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi 
FACS – Faculdade de Ciência da Saúde 
FAEN – Faculdade de Enfermagem 
FAPERJ – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro 
FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de São Paulo 
Fermilab – Fermi National Accelerator Laboratory 
FINDATA – Serviço Internacional de Acesso a Informações Financeiras 
FIU – Universidade Internacional da Flórida 
FO – Fibra Óptica 
FR – Frame Relay 
FTTH – Fiber To The Home 
Funttel – Fundo para o desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações do 
Ministério das Comunicações 
GÉANT – Rede Pan-europeia de pesquisa e educação 
GPON – Giga Passive Optical Network 
 
HEPNET – High Energy Physics Network 
Huab – Hospital Universitário Ana Bezerra 
HTML – Hypertext Markup Language 
HTTP – Hypertext Transfer Protocol 
Hz – Hertz 
IANA – Internet Assigned Numbers Authority 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
ICANN – Internet Corporation for Assigned Names and Numbers 
ICPEdu – Infraestrutura de Chaves Públicas para Ensino e Pesquisa 
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano 
IEEE – Institute of Electrical and Electronics Engineers 
IES – Instituto de Ensino Superior 
IFRN – Instituto Federal do Rio Grande do Norte 
IMD – Instituto Metrópole Digital 
Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 
INTERDATA – Serviço Internacional de Comunicação de Dados 
IoT – Internet of ThingsIPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano 
ISD – Instituto Santos Dummont 
ISP – Internet Service Provider 
Itep – Instituto Técnico-científico de Perícia 
ITIV – Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Intervivos 
ITU – International Telecommunication Union 
KM – Quilômetro 
LACNIC – Registro de Endereços da Internet para América Latina e Caribe 
LAN – Local Area Networks 
LGT – Lei Geral das Telecomunicações 
LNCC – Laboratório Nacional de Computação Científica 
M2M – Machine-to-Machine 
MAN – Metropolitan Area Networks 
MC – Ministério das Comunicações 
MCT – Ministério de Ciência e Tecnologia 
 
MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação 
MD – Ministério da Defesa 
MEC – Ministério da Educação 
MIT – Instituto de Tecnologia de Massachussets 
MS – Ministério da Saúde 
MT – Ministério do Turismo 
National Research and Education Network (NREN) 
NIC – Network Information Center 
NIR – National Internet Registry 
NOC – Network Operation Center 
NPJ – Núcleo Prática Jurídica 
NREN – National Research and Education Network 
NRO – Number Resource Organization 
NSF – National Science Foundation 
OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico 
ODN – Rede de distribuição óptica 
OLT – Terminal de Linha Óptica 
ONT – Terminal de Rede Óptica 
ONU – Optical Network Unit 
ONU – Organizações das Nações Unidas 
OPGW – Optical Ground Wire 
OS – Organização Social 
OSI – Open Systems Interconnection 
P&D – Pesquisa e Desenvolvimento 
PAX – Parque Científico e Tecnológico Augusto Severo 
PC – Personal Computer 
PGE – Procuradoria Geral do Estado 
PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 
PNBL – Programa Nacional de Banda Larga 
PNOT – Política Nacional de Ordenamento Territorial 
PON – Passive Optical Network 
PoP – Ponto de Presença 
 
PoP-RN – Ponto de Presença da RNP no Rio Grande do Norte 
PPT – Ponto de Troca de Tráfego 
PRORNP – Programa Interministerial da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa 
RedClara – Rede de Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas 
Redecomep – Rede Metropolitana Comunitária 
Remavs – Redes Metropolitanas de Alta Velocidade 
RENPAC – Rede Nacional de Comunicação de Dados por Comutação de Pacotes 
RGM – Rede GigaMetrópole 
RGN – Rede GigaNatal 
RIPE NCC – Reséux IP – Européens Network Coordination Centre 
RIR – Regional Internet Registry 
RMN – Região Metropolitana de Natal 
RNP – Rede Nacional de Ensino e Pesquisa 
SCM Serviço de Comunicação Multimídia 
SDH – synchronous digital hierarchy 
Seec – Secretaria Estadual de Educação 
Sejuc – Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania 
Sesap – Secretaria de Estado de Saúde Pública 
Sesed – Secretaria de Segurança e Pública e da Defesa Social 
Sethas – Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social 
SGDC – Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas 
SIGIP-RN – Sistema de Indicadores para a Gestão da Informação pela Infovia Potiguar 
no Rio Grande do Norte 
SIRGAS – Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas 
SITA – Société Internationale de Télécommunications Aéronautique 
SNT – Sistema Nacional de Telecomunicações 
SWIFT – Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication (SWIFT) 
TCP/IP – Protocolo de Transmissão de Controle/Protocolo de Internet 
Telebras – Telecomunicações Brasileiras S.A 
TENET & SANReN – Redes de Educação e Pesquisa da África do Sul 
TI – Tecnologia da Informação 
TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação 
 
TIM – Telecom Itália 
TRANSDATA – Serviço Digital de Transmissão de Dados 
TSL – Transport Layer Security 
TVA – Tennessee Valley Authority 
UCLA – Universidade de Califórnia 
UERN – Universidade do Estado do Rio Grande do Norte 
UFERSA – Universidade Federal Rural do Semiárido 
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro 
UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
URL – Uniform Resource Locator 
Ursap – Unidade Regional de Saúde Pública 
USGS – United States Geological Survey 
VoIP – Voz sobre IP 
WAN – Wide Area Networks 
WDM – Wave Division Multiplexing 
Wi-Fi – Wireless Fidelity 
WLAN – Wireless LAN 
WMAN – Wireless MAN 
WWW – World Wide Web 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 26 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA ........................................ 44 
2.1 O corpo teórico-conceitual da pesquisa ........................................................................ 45 
2.1.1 Do Espaço (totalidade) ao Lugar ............................................................................... 45 
2.1.2 O Método da Análise Regional e as categorias de análise centrais da pesquisa: entre o 
Complexo Geográfico e a Configuração, Uso e Gestão do Território ................................ 52 
2.1.3 Procedimentos Metodológicos ................................................................................... 56 
2.2 A dimensão técnica e geográfica da Internet: “cabeças” nas nuvens e “pés” no chão
 ............................................................................................................................................... 62 
2.3 O meio técnico-científico-informacional: dos precursores da transmissão de dados ao 
surgimento da Internet ........................................................................................................ 77 
2.3.1 Os primórdios da transmissão da informação: do meio natural ao meio técnico........ 77 
2.3.2 A Revolução da Informação: o meio técnico-científico-informacional ..................... 85 
2.3.3 O Bandeirantismo Tecnológico: a incorporação da Internet no território brasileiro .. 98 
2.3.3.1. As telecomunicações no Brasil: técnica e regulação .............................................. 98 
2.3.3.2 A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa: A Rede IPÊ ............................................ 120 
3 O DESENHO DA REDE DA INFOVIA POTIGUAR NO TERRITÓRIO DO 
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE .............................................................. 140 
3.1 Setor Leste/Agreste....................................................................................................... 156 
3.1.1 Rede metropolitana de Ceará-Mirim ....................................................................... 158 
3.1.2 Rede Metropolitana de João Câmara ....................................................................... 161 
3.1.3 Rede Metropolitana de São Gonçalo do Amarante .................................................. 164 
3.2 Setor Seridó................................................................................................................... 167 
3.2.1 Rede Metropolitana de Caicó .................................................................................. 169 
3.2.2 Rede Metropolitana de Currais Novos ..................................................................... 173 
3.2.3 Rede Metropolitana de Santa Cruz .......................................................................... 178 
3.3 Setor Oeste .................................................................................................................... 181 
3.3.1 Rede Metropolitana de Pau dos Ferros .................................................................... 182 
3.3.2 Rede Metropolitana de Mossoró .............................................................................. 185 
3.3.3 Rede Metropolitana de Açu-Ipanguaçu ................................................................... 189 
3.4 A Infovia Potiguar e a Configuração Territorial do Rio Grande do Norte .............. 192 
4 A INFORMATIZAÇÃO E AS DISPARIDADES REGIONAIS DO 
TERRITÓRIO DO RN: O SIGIP-RN ...................................................................... 209 
4.1 O processo de Informatização do Território do Rio Grande do Norte..................... 209 
4.2 As disparidadesregionais e o Sistema de Indicadores para a Gestão da Informação 
pela Infovia Potiguar no Rio Grande do Norte (SIGIP-RN) ........................................... 212 
5 GESTÃO DO TERRITÓRIO E DA INFORMAÇÃO PELA INFOVIA 
POTIGUAR: DA TOTALIDADE AO LUGAR ...................................................... 299 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 322 
REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 328 
APÊNDICES ............................................................................................................... 341 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 P á g i n a | 26 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Dentre os desafios da ciência geográfica contemporânea, sobretudo com o advento 
da globalização, está a constante necessidade de compreensão dos conteúdos técnicos, 
científicos e informacionais que se instalam no (e intermedeiam os usos do) território. No 
entanto, essa preocupação não é atual. As relações entre a técnica e a sua base material 
inspiraram inclusive a construção de uma área do saber chamada de tecnomorfologia, 
proposta por Marcel Mauss, já na primeira metade do século XX. Para ele a 
tecnomorfologia é: “l'ensemble des rapports entre la technique et le sol, entre le sol et les 
techniques. On observera en fonction des techniques la base géographique de la vie 
sociale: mer, montagne, fleuve, lagune...” (MAUSS, 2002, p. 19)1. 
Essa relação entre a “técnica” e o “solo” na fala de Mauss se aproxima bastante 
da ciência geográfica, que por sua vez tem muito a contribuir nesse campo, pois, de 
acordo com a concepção de meio técnico-científico-informacional de Milton Santos a 
“ciência, a tecnologia e a informação estão na base mesma de todas as formas de 
utilização e funcionamento do espaço, da mesma forma que participam da criação de 
novos processos vitais e da produção de novas espécies (animais e vegetais) (SANTOS, 
1994, p. 51)”. 
Assim, os equipamentos (objetos) construídos de ciência, tecnologia e informação 
são o alicerce da produção, da utilização e do funcionamento do espaço e tendem a 
constituir o seu substrato (SANTOS, 2014a, grifo nosso). Com destaque para a 
informação, podemos dizer que não está presente apenas nos objetos técnicos, que 
formam o espaço, como é necessária à ação realizada sobre tais objetos, sendo vetor 
fundamental do processo social e, dessa maneira, os territórios são equipados para 
promover a sua circulação (SANTOS, 2014a, grifos nossos). 
Introduzir sobre essa inseparabilidade entre materialidade e ação ao se discutir a 
Internet, enquanto um conjunto de redes interconectadas de computadores através de 
enlaces físicos e protocolos padronizados, é essencial, pois: 
 
 
[…]. De fato, a Internet tem uma geografia própria, uma geografia feita de 
redes e nós que processam fluxos de informação gerados e administrados a 
partir de lugares. Como a unidade é a rede, a arquitetura e a dinâmica de 
múltiplas redes são as fontes de significado e função para cada lugar. O espaço 
 
1Todas as relações entre técnica e solo, entre solo e técnicas. Observamos em função das técnicas a base 
geográfica da vida social: mar, montanha, rio, lagoa... (tradução livre). 
 P á g i n a | 27 
 
de fluxos resultante é uma nova forma de espaço, característico da Era da 
Informação, mas não é desprovida de lugar: conecta lugares por redes de 
computadores telecomunicadas e sistemas de transporte computadorizados. 
Redefine distâncias, mas não cancela a geografia. Novas configurações 
territoriais emergem de processos simultâneos de concentração, 
descentralização e conexão espaciais, incessantemente elaborados pela 
geometria variável dos fluxos de informação global (CASTELLS, 2003, p. 
213). 
 
 
Inclusive, a Internet se deve ao desenvolvimento das tecnologias de integração de 
computadores em rede acompanhado do avanço nas telecomunicações, tais como cabos 
submarinos, satélites, micro-ondas terrestres, cabos coaxiais e de fibras ópticas, 
culminando numa solidariedade entre sistemas técnicos. Tais redes de informação 
desempenham um “papel cada vez mais importante na estruturação do território em todos 
os países do mundo” (THÉRY e MELLO-THÉRY, 2014, p.231). No caso do Brasil, o 
desenvolvimento das telecomunicações se deu, sobretudo nos anos 1970, durante o 
Regime Militar, estando fortemente associado a um assunto de Estado, com o intuito de 
promover a segurança e o desenvolvimento da integração nacional, para em seguida, com 
o processo de informatização do território brasileiro e um conjunto de normas, permitir o 
acesso ao uso comercial da Internet. 
Em âmbito acadêmico, as primeiras iniciativas se deram no final dos anos 1980, 
a partir do então Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), com a instituição da Rede 
Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que, em 1992, inaugurou os primeiros enlaces para 
a conexão nacional em âmbito acadêmico de Internet pública. Atualmente, a RNP tem 
firmado parcerias públicas e privadas para promover o uso inovador de redes avançadas 
e prover a integração global da comunidade acadêmica brasileira, objetivando contribuir 
para a melhoria da qualidade do ensino e da pesquisa e colaborar com o desenvolvimento 
tecnológico, social e econômico do país. 
Neste sentido, a RNP está instituída pela Portaria Interministerial — pois está 
vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e mantida por este 
em conjunto com os ministérios da Educação (MEC), Comunicações (MC), Saúde (MS), 
Defesa (MD) e Turismo (MT) — de nº 3.825, de 12 de dezembro de 2018 que a define 
como Programa Interministerial da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (PRORNP), 
qualificada como Organização Social (OS), que tem por objetivos “planejar e executar 
atividades de desenvolvimento tecnológico, inovação, operações de meios e serviços, 
envolvendo tecnologias de informação e comunicação para a educação, a ciência, a 
 P á g i n a | 28 
 
tecnologia e a inovação, e suas aplicações em políticas públicas setoriais” (BRASIL, 
2018, p.1). 
Quanto aos componentes do Sistema RNP, a referida lei destaca como os 
principais: a rede nacional lpê, o backbone2, e seus Pontos de Presença e Pontos de 
Agregação nas Unidades da Federação; as Redes Metropolitanas Comunitárias 
(Redecomep), baseadas em um modelo associativo das Organizações Usuárias; as 
Organizações Usuárias, públicas ou privadas; e as Redes de Colaboração de Comunidades 
(BRASIL, 2018). Grosso modo, o Sistema RNP oferece, a partir da Rede IPÊ, acesso à 
Internet de qualidade, bem como suporte a transmissão de grandes volumes de dados, 
para projetos científicos e desenvolvimento de novas tecnologias. 
A infraestrutura da Rede IPÊ engloba 27 Pontos de Presença (PoPs), — que 
permitem conexões em alta velocidade, serviços avançados de Tecnologia da Informação 
e Comunicação (TIC) e oportunidades de capacitação — um em cada unidade da 
federação, além de ramificações para atender milhares de campi e unidades de instituições 
de ensino, pesquisa e saúde em todo o país, beneficiando milhões de usuários. 
 
2 Backbone (espinha dorsal) de uma rede é uma via principal de alta capacidade de transmissão de dados 
que concentra o tráfego de redes locais e o leva até redes de hierarquia superior. Sabendo-se que “a internet 
é formada pela interligação de inúmeras redes locais dispersas, os backbones são responsáveis pelas 
conexões de longa distância entre elas” (Mota, 2012, p. 23). 
 P á g i n a | 29 
 
 
Figura 1 – Mapa do Sistema RNP (Conexão Atual) 
 
Fonte: RNP, [202?]. 
 
Figura 2 – Sistema RNP em números 
 
Fonte: RNP, [202?]. 
 
Nesse contexto, o Núcleo de Redes Avançadas (NuRA) da UniversidadeFederal 
do Rio Grande do Norte (UFRN), que hospeda o Ponto de Presença da RNP no estado do 
Rio Grande do Norte (PoP-RN), é o responsável pela elaboração do projeto da Infovia 
Potiguar, que está em processo de implantação e corresponde a uma infraestrutura capaz 
 P á g i n a | 30 
 
de levar ciência e tecnologia, através da implementação de uma rede de dados banda larga 
de alta capacidade (100Gb/s), suportada pelo cabeamento de fibra óptica, permitindo o 
acesso de qualidade à Internet em âmbito estadual. Para isso, o PoP/RN conta com o 
acordo firmado, em 2016, entre a RNP com a Companhia Hidroelétrica do São Francisco 
(Chesf), que pretende o compartilhamento de infraestrutura óptica em toda região 
Nordeste, tendo como suporte as linhas de transmissão da Chesf. 
Segundo a RNP (2016), este acordo permitirá acelerar a oferta de infraestrutura 
de alto desempenho para educação e pesquisa, promovendo o acesso à Internet em alta 
velocidade à comunidade acadêmica, incluindo centros de pesquisa, faculdades, institutos 
superiores, hospitais de ensino e centros de educação tecnológica. Além disso, a Chesf se 
beneficia com o avanço na sua infraestrutura de telecomunicações, garantindo maior 
confiabilidade para atendimento à operação e à manutenção do seu sistema elétrico, que 
é formado por uma malha de linhas de transmissão que alcança 20 mil km (RNP, 2016). 
Desse modo, o backbone inicial da Infovia Potiguar corresponde à rede da Chesf 
no estado do RN, elaborada a partir de uma tecnologia chamada OPGW (Optical Ground 
Wire), que faz uso de “cabos para-raios de cobertura, utilizados especialmente em linhas 
aéreas de transmissão de energia elétrica, construídos de modo a abrigar, em seu interior, 
fibras ópticas capazes de transmitir altas taxas de dados” (BORDUCHI, 2013 p. 17). Para 
Borduchi (2013), a utilização desses cabos tem por objetivos a proteção das linhas aéreas 
de transmissão contra descargas elétricas atmosféricas e a conexão de qualidade e de alta 
velocidade nas transmissões de dados. 
Assim, torna-se bastante conveniente para a Infovia Potiguar dispor desta parceria, 
uma vez que o acordo entre a Chesf e a RNP estabelece que a operação e manutenção de 
sua rede é de responsabilidade exclusiva da Chesf, que ainda garante o excelente índice 
de disponibilidade de 99,98% por ponto de acesso e 99% por rota (PoP-RN, 2017). No 
entanto, não são em todos os municípios elencados pela Infovia Potiguar, que a rede da 
Chesf se incorpora, sendo necessário elencar outras parcerias para a instalação de redes 
de longa distância a serem construídas, considerando financiamento existente em outras 
iniciativas da RNP no estado do RN. 
Nesse sentido, uma dessas iniciativas corresponde ao programa Veredas Novas 
nos estados, que, desde 2012, a partir da ação conjunta entre o Ministério da Ciência, 
Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério da Educação (MEC) e o Ministério das 
Comunicações (MC), em parceria com a Associação Nacional dos Dirigentes das 
Instituições Federais de Educação Superior (Andifes) e com o Conselho Nacional das 
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Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), 
visa conectar, em alta velocidade, todos os campi no interior de universidades e institutos 
tecnológicos à RNP. Nesta iniciativa a conexão é feita por operadoras contratadas pela 
RNP, conforme viabilidade técnica das operadoras para cada região. 
 
Figura 3 – Mapa da Rede Veredas no estado do Rio Grande do Norte 
 
Fonte: PoP-RN [s.d]. 
 
Além dessa, uma outra iniciativa da RNP presente no RN corresponde às Redes 
Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep), que por sua vez, realiza, desde 2005, 
a implantação de redes de alta velocidade nas regiões metropolitanas do país conectadas 
por Pontos de Presença (PoPs) da RNP e em cidades do interior com duas ou mais 
instituições federais de ensino e pesquisa. Trata-se de uma rede com a finalidade de 
conectar instituições ao sistema RNP, garantido acesso a uma plataforma digital para 
educação, pesquisa e inovação, havendo uma relação direta entre institutos de educação 
superior, agências de fomento à pesquisa, empresas inovadoras, estabelecimentos de 
saúde com ensino e pesquisa, museus e instituições culturais no Brasil e no mundo. 
 
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Figura 4 – Conexões pretendidas com a Redecomep ao sistema RNP 
 
Fonte: RNP, [202?]. 
 
Figura 5 – Mapa da distribuição da Redecomep no Brasil 
 
Fonte: RNP, [202?]. 
 
No tocante ao estado do RN, a Redecomep pode ser representada pela Rede 
GigaNatal (RGN), em operação desde 2008, incialmente contando com uma extensão de 
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40 km de cabeamento óptico instalado no município e que havia recebido uma ampliação 
expressiva, através de recursos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), 
estendendo seu backbone para 260 km de cabeamento óptico, que passa agora por nove 
municípios da Grande Natal: Natal, Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo do Amarante, 
Vera Cruz, Monte Alegre, São José de Mipibu, Extremoz e Ceará-Mirim. Desse modo, o 
que diferencia a Rede Veredas da RGN, no momento, é a infraestrutura. 
 
Figura 6 – Instituições incialmente atendidas pela RGN 
 
Fonte: PoP-RN, [s.d .] 
 
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Figura 7 – Instituições atendidas pela RGN (2017) 
 
Fonte: RNP, [202?]. 
 
Figura 8 – RGN e sua extensão concluída 
 
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Fonte: PoP-RN, [s.d]. 
 
Além disso, uma rede óptica (de aproximadamente 280 km) de acesso foi 
implementada, interligando 350 escolas públicas em 4 dos municípios atendidos, sendo: 
Natal, Parnamirim, Macaíba e São Gonçalo do Amarante. Isso se deu por meio da parceria 
entre a UFRN e a Secretaria Estadual de Educação (Seec). Essas expansões da RGN para 
a Região Metropolitana de Natal resultaram na Rede GigaMetrópole (RGM), que desde 
a sua concepção passou a ser utilizada para interligar outras unidades de interesse público 
de diferentes setores. Tendo em vista o caráter sustentável da RGN e de sua extensão, que 
atuam sob um modelo de gestão que mantém a operação e manutenção em nível de 
excelência por meio de acordos entre UFRN (através do Centro de Operações da RGN, 
abrigado pelo Núcleo de Redes Avançadas) e as instituições parceiras que colaboram com 
o projeto, considerou-se esse modelo pelo qual se deseja replicar nas novas redes 
metropolitanas a serem implantadas no contexto da Infovia Potiguar (PoP-RN, 2017). 
No tocante a isso, a Infovia Potiguar estabeleceu como critérios para a sua 
expansão: selecionar os municípios do RN que contam com instituições que possam dar 
suporte à implementação de uma iniciativa local para operação e manutenção das redes, 
considerando também o número instituições de ensino superior e de habitantes e a 
quantidade de escolas públicas beneficiadas, além de outros setores governamentais de 
interesse, bem como outras iniciativas de implementação de redes metropolitanas em 
cidades do RN (PoP-RN, 2017). 
Foram, então, deliberados três “setores” (conforme Mapa 2) da Infovia Potiguar a 
serem instalados — Seridó: Caicó, Currais Novos e Santa Cruz; Oeste: Mossoró, Pau 
dos Ferros, e Açu unido a Ipanguaçu; Agreste/Leste: João Câmara, Ceará-Mirim e São 
Gonçalo do Amarante. Além disso, o projeto tem como objetivo compartilhar da 
responsabilidade de gestão da Infovia pelos principais interessados em seu bom 
funcionamento a fim de conquistar uma governança mais ágil, mais adaptada às condições 
locais de cada região e, portanto, mais apta a enfrentar os desafios da operação cotidiana 
deste empreendimento (PoP-RN, 2017). 
 
 
 
 
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Mapa 1 – RGN e Infovia Potiguar 
 
Fonte: Elaborado pelo Laboratório Processamento de Dados e Gestão Territorial (LAPROTER, 2021), a partir da atuação do autor como bolsista, sobre dados 
do PoP-RN. Nota: a RGN destacadano mapa inclui sua extensão, a Rede GigaMetrópole. 
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Desse modo, para a implantação do projeto da Infovia Potiguar outras parcerias 
além da Chesf foram pensadas, tanto do setor público como do setor privado, partilhando-
se dos custos da construção, bem como a capacidade da infraestrutura a ser instalada. 
Assim, por um lado, a Infovia Potiguar conta com o financiamento da RNP (através de 
recursos repassados por setores do Governo Federal por intercessão do contrato de gestão 
mantido entre estes setores e a RNP) para a compra da fibra óptica, dos novos postes 
necessários à implantação do cabeamento óptico, além de promover o gerenciamento da 
rede, buscando parcerias com a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) 
e o Governo do Estado do RN, enquanto que por outro, as empresas provedoras parceiras 
fornecem a mão de obra para a instalação de equipamentos, sendo estas a Interjato, 
Inovanet, MOB Telecom e a Wirelink Telecom (esta última que atualmente substituiu a 
Online Telecom). 
Assim, as empresas envolvidas na construção têm seus negócios alavancados, 
podendo prestar serviços de qualidade para a população em geral ou outras empresas, pois 
parte da fibra óptica instalada fica à disposição das provedoras parceiras, enquanto que 
do lado público, o Governo estadual passa a contar com uma rede corporativa capaz de 
oferecer serviços digitais para esta mesma população. É nesse sentido que a Infovia 
Potiguar vem se incorporando e pretende se expandir pelo estado do RN. As fases dessa 
implantação da Infovia Potiguar são as seguintes: 
 
Figura 9 – Fases de Implantação da Infovia Potiguar 
 
Fonte: Adaptado do Infovia Potiguar [s.d]. 
 
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Sobre a situação das condições das redes de serviço de comunicação e acesso à 
Internet no estado do RN foi verificado, através do material técnico cedido pelo PoP-RN 
intitulado Infovia Potiguar: uma rede de dados de banda larga e de alta capacidade para 
o Rio Grande do Norte (2020), que alguma das maiores redes existentes são de uso restrito 
e de propriedade de companhias (como a própria Chesf, Petrobras, etc.). O documento 
identificou também, com base em dados de 2019 obtidos no Serviço de Comunicação 
Multimídia (SCM) da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que as redes de 
uso geral utilizam tecnologias de baixa capacidade para sua construção, a exemplo de 
redes de rádio (sem fio), o que restringe a sua utilização em grande escala (PoP-RN, 
2020). 
Também foi constatado neste documento que quando essas redes utilizam 
tecnologia de fibras ópticas, no geral, são mal instaladas, devido à celeridade com que as 
empresas responsáveis realizam sua construção, geralmente contribuindo para baixos 
índices de disponibilidade dos serviços de comunicação quando estas redes entram em 
operação (PoP-RN, 2020). Além disso, este documento declara que os serviços de 
conectividade são de custo elevado para clientes com uma grande demanda, a exemplo 
do próprio Governo do Estado, comprometendo um volume significativo dos recursos por 
serviços de baixa capacidade e disponibilidade sofrível (PoP-RN, 2020). Finalmente, foi 
verificado nesse documento que o atendimento a municípios com baixa densidade 
populacional e baixa renda não atrai investimentos do setor privado, pois o retorno 
financeiro pode não corresponder aos investimentos necessários à implantação de uma 
infraestrutura de comunicações ópticas (PoP-RN, 2020). 
Essas constatações aludem ao que advertiram Santos e Silveira (2001) em relação 
a existências paralelas entre um território bem informado, um território pouco informado 
e um conjunto de situações intermediárias, sendo necessário compreender as qualidades 
da informação, reconhecer quais os seus produtores e possuidores e decodificar os seus 
usos (SANTOS e SILVEIRA, 2001). Assim, devido à desigual distribuição das redes de 
fibras ópticas no território do RN, postula-se, de acordo com o Documento Base para uma 
proposta de uma Política Nacional de Ordenamento Territorial (PNOT), que as 
infraestruturas de transmissão da informação “têm um papel cada vez maior para permitir 
— ou não — a inclusão digital de regiões periféricas” (BRASIL, 2006, p. 56). 
Nessa perspectiva, considerando a estrutura territorial observada no Mapa 1 e o 
descrito até o momento sobre o papel tecnomorfológico que a Infovia Potiguar tem na 
modelagem territorial do estado do Rio Grande do Norte, o objeto de estudo desta 
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pesquisa é: a compreensão da configuração territorial da Infovia Potiguar no estado 
do Rio Grande do Norte, considerando as materialidades (estruturas, 
equipamentos) e a transformação dos usos territoriais permitidos pela implantação 
dessa rede. 
Na verdade, há de se considerar que uma estrutura em redes pode tornar mais 
fluídas e eficazes as colaborações intersetoriais (J. RODRIGUES e F. MOSCARELLI, 
2015), inclusive a Infovia Potiguar, na medida em que se expande, visa em seu próprio 
escopo a implantação da Rede de Governo, unidades administrativas, sobre sua 
infraestrutura que objetiva melhorar a gestão do Estado, assim como a implantação de 
“Redes Temáticas”, como Rede de Educação, Rede de Saúde, Rede de Segurança, de 
Tributação, de Atendimento ao Público (PoP-RN, 2020). 
Desse modo, apesar da Infovia Potiguar já ter sido analisada em diferentes 
dimensões, do ponto de vista técnico e pelas demandas por sua implantação, demandas 
estas que são inerentes do território, este trabalho se justifica pelo fato de ainda não haver, 
até o momento, uma análise sobre sua atuação na configuração territorial do estado, 
apresentando as mudanças na organização da informação no território do Rio Grande do 
Norte, que aponte onde exatamente o acesso é mais precário ou praticamente inexistente 
(por uma série de fatores) correlacionando com a posição e situação de onde a estrutura 
técnica e de serviços desse empreendimento vai se dar. 
Ademais, a justificativa desta pesquisa consiste também no fato do estado do Rio 
Grande do Norte ter sido um dos primeiros estados no Brasil a ser contemplado com 
enlaces de alta capacidade de conexão, 100Gb/s, pela RNP, em função da parceria com a 
Chesf, e do interesse do Núcleo de Redes Avançadas/PoP-RN em expandir a instalação 
da Infovia Potiguar afim de potencializar uma melhor gestão do estado do Rio Grande do 
Norte, através da promoção de ações mais integradas entre diferentes setores e uma 
governança mais ágil. Assim, este estudo parte da hipótese de que a instalação da Infovia 
Potiguar no Rio Grande do Norte potencializa usos de sua rede que reduzem as 
desigualdades não apenas referentes ao acesso à Internet, mas também aos serviços, 
contribuindo para uma gestão mais eficaz da informação e do território no RN. 
No entanto, sabendo-se que as redes se instalam sobre uma realidade complexa, 
onde certamente impactarão, mas, onde igualmente receberão a marca (DIAS, 2000), o 
questionamento central da pesquisa é: Qual a configuração territorial da Infovia 
Potiguar no estado do Rio Grande do Norte? Como questões específicas, temos as 
seguintes: 
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 Em que perspectiva a citada configuração territorial 
apresenta oportunidades (fluidez) e desafios (viscosidades) para 
a gestão da informação no território potiguar? 
 De que maneira a configuração territorial da Infovia 
Potiguar induz a regionalização da informação no estado do Rio 
Grande do Norte? 
 Quais os usos do território que podem ser viabilizados a 
partir da instalação da Infovia Potiguar? 
 Quais materialidades (estruturas/equipamentos) são 
articuladas no território do RN a partir da instalação da Infovia 
Potiguar? 
 
Em resposta à problemática da pesquisa e em paralelo à hipótese levantada, o 
objetivo central deste estudo corresponde em: analisar a configuração territorial da 
Infovia Potiguar e os consequentesusos do território no estado do Rio Grande do 
Norte, discutindo as transformações territoriais em seu meio técnico-científico-
informacional. Desse modo, como objetivos específicos, temos os seguintes: 
 
 Evidenciar as redes técnicas e de serviços do RN que estão 
inclusas no (ou que podem ser incorporadas ao) projeto da Infovia 
Potiguar; 
 Identificar a regionalização da informação dos municípios 
elencados pela Infovia Potiguar, a partir da distribuição atual dos 
acessos de diferentes níveis técnicos e as hierarquias que serão 
estabelecidas com esta rede; 
 Analisar a relação entre a implantação da Infovia Potiguar 
no estado e o uso da informação pelos diferentes agentes do 
território; 
 Inferir as potencialidades de integração e de gestão do 
território do RN com a incorporação da Infovia Potiguar a partir 
dos equipamentos territoriais analisados. 
 
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De tal modo, este trabalho está estruturado quanto ao objeto, às questões e aos 
objetivos da seguinte maneira: 
Quadro 1 – Objeto, Questões e Objetivos da Pesquisa 
Objeto Questão Geral Questões Específicas Objetivo Geral 
Objetivos 
Específicos 
A configuração 
territorial da 
rede de 
informação da 
Infovia 
Potiguar no 
território do 
Rio Grande do 
Norte 
Qual a 
configuração 
territorial da 
Infovia 
Potiguar? 
De que modo essa 
configuração apresenta 
oportunidades e desafios para 
a gestão da informação no 
território potiguar? 
Analisar a 
configuração 
territorial da 
Infovia 
Potiguar e os 
consequentes 
usos do 
território do 
RN 
Evidenciar as 
redes técnicas e 
de serviços do 
RN que estão ou 
podem ser 
inclusas à Infovia 
Potiguar 
Como que essa configuração 
induz a regionalização da 
informação no território? 
Identificar a 
regionalização da 
informação nos 
municípios 
elencados pela 
Infovia Potiguar 
Quais os usos do território 
permitidos por essa 
configuração? 
Analisar a 
relação entre a 
implantação da 
Infovia Potiguar 
e o uso da 
informação pelos 
diferentes 
agentes do 
território 
Quais materialidades 
(estruturas/equipamentos) 
articuladas no território a 
partir dessa configuração? 
Inferir as 
potencialidades 
de integração e 
de gestão do 
território a partir 
dos 
equipamentos 
territoriais 
analisados 
Fonte: Elaborado pelo autor (2021). 
 
Esta pesquisa, está dividida em mais quatro seções, além desta seção introdutória, 
em que se apresentou o objeto/problema da pesquisa, justificativa, hipótese e se elencou 
os seus objetivos. Essas seções que se seguem correspondem à fundamentação teórico-
metodológica e, na sequência, outras as seções intituladas: O desenho da rede da Infovia 
Potiguar no território do estado do Rio Grande do Norte; A informatização e as 
disparidades regionais do território do RN: o SIGIP-RN; Gestão do território e da 
informação pela Infovia Potiguar: da totalidade ao lugar; e, por fim, as Considerações 
Finais. 
Quanto à fundamentação teórico-metodológica, é apresentado, num primeiro 
momento, o corpo conceitual e teórico do trabalho, com destaque para Santos (1978; 
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1985; 1994; 1996 e 2005), Mauss (1926), Santos e Silveira (2001), Lencioni (1999), 
Paasi; Harrison; e Jones (2018), Becker (1991, 2005), Haesbaert (2004) e Ribeiro (2004), 
sobretudo quanto: à teoria do espaço, à discussão teórica sobre a tecnomorfologia, e aos 
conceitos de território, rede, região e lugar e às categorias de análise da geografia, uso e 
gestão do território e a configuração territorial. Além disso, se discute o método da 
Análise Regional, através da concepção de complexo geográfico, evidenciando Monbeig 
(1957), e outros mais contemporâneos como Dantas (2009) e Nonato Júnior (2016). Tanto 
a teoria como o método da pesquisa, os conceitos e categorias de análise foram elencados, 
pois, permeiam os elementos que surgem no nosso objeto de estudo, conforme veremos. 
Sobre os procedimentos metodológicos da pesquisa, destacamos a abordagem 
quanti-qualitativa, a tipologia referente ao sistema de indicadores, com ênfase em Le 
Tourneau e Marchand (2010), mas também em Nonato Júnior (2016) e Oliveira (2019) e 
os procedimentos de pesquisa (documental, bibliográfica, campo e laboratório). 
Apresentamos as ferramentas elencadas para o desenvolvimento desta pesquisa, a 
exemplo da tabulação dos dados e representação destes através de tabelas e gráficos por 
planilha eletrônica, software de geoprocessamento e de cartomática. 
Ainda sobre esse capítulo, há uma introdução sobre a consistência da Internet, de 
um ponto de vista técnico e geográfico, seguido de uma contextualização sobre os 
precursores históricos da transmissão da informação no mundo em paralelo à formação 
do meio técnico-científico-informacional e uma discussão sobre o desenvolvimento das 
telecomunicações no Brasil até o advento da Internet, considerando o papel da Rede 
Nacional de Ensino e Pesquisa para a sua inserção no território brasileiro, em âmbito 
acadêmico. 
Quanto ao capítulo seguinte, O desenho da rede da Infovia Potiguar no território 
do estado do Rio Grande do Norte, há uma discussão sobre a incorporação desta 
infraestrutura no território do Rio Grande do Norte. Nessa discussão, boa parte das 
análises se devem aos dados e informações obtidos com os técnicos do NuRA/PoP-RN, 
por meio de conversas espontâneas que foram realizadas ao longo da pesquisa e que nos 
permitiu realizar representações cartográficas, identificando as tecnologias utilizadas, ou 
que serão incorporadas ao projeto da Infovia Potiguar, mas que ainda estão em 
andamento, e também algumas das dinâmicas territoriais já passíveis de serem percebidas 
em função da atual fase de materialização da Infovia Potiguar relacionada à configuração 
territorial preexistente no território do RN. 
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No capítulo seguinte, intitulado A informatização e as disparidades regionais do 
território do RN: o SIGIP-RN apresentamos uma introdução sobre o processo de 
informatização do estado do Rio Grande do Norte, seguido das análises dos dados 
oriundos do nosso sistema de indicadores. Desse modo, fizemos uma análise qualitativa 
da configuração territorial do estado do Rio Grande do Norte no que tange à distribuição 
da informação no estado, e de como ela se apresenta como um reflexo às disparidades 
regionais e discutimos os dados do sistema de indicadores e os produtos cartográficos 
elaborados a partir destes dados, de modo a obter uma análise síntese e transversal de 
como a implantação da Infovia Potiguar está relacionada ao fortalecimento e imposição 
de novas regionalizações. Isso é discutido no capítulo em questão, a partir dos resultados 
sobre a atual distribuição de acessos de diferentes níveis técnicos, além de outros 
indicadores, e as hierarquias que tendem a ser estabelecidas com a implantação da Infovia 
Potiguar. 
Finalmente, no último capítulo, a Gestão do território e da informação pela 
Infovia Potiguar: da totalidade ao lugar, trouxemos as entrevistas semiestruturadas 
realizadas com a coordenação do PoP-RN, com o administrador de rede da Secretaria de 
Estado de Saúde Pública (Sesap) do RN e com a secretária de Tecnologia da Informação 
(TI) da Secretaria Municipal de Planejamento (Sempla) de Natal, as quais foram 
discutidas a questão da gestão territorial e quais os principais obstáculos e desafios para 
a implantação da rede da Infovia Potiguar com esse propósito. Destacamos também nesse 
capítulo, os casos percebidos na última escala das redes, ou seja, os lugares, onde 
realizamos conversas espontâneas, sem roteiro, com a coordenação de TI do IFRN de 
Ceará-Mirim e do IFRN de João Câmara, em visita a esses municípios, acerca da 
concretização da rede nesses dois pontos que são praticamente os primeiros da Infovia 
Potiguar a serem inaugurados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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