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Anomalias Müllerianas

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Anomalias Müllerianas 
→ Estágio indiferenciado: até 7 semanas, 
embora o sexo genético (XX e XY) seja 
determinado na fertilização, o sistema genital 
é indistinguível entre os dois gêneros
 
→ Ducto mesonéfrico (ducto de Wolff) e 
ducto mulleriano (paramesonéfrico) – o 
paramesonéfrico é o ducto que dá origem a 
todas as estruturas femininas, e o ducto 
mesonéfrico é o ducto que vai dar origem 
depois ao sistema masculino 
 
 
→ O desenvolvimento feminino é chamado 
“via de desenvolvimento básico do embrião 
humano”, necessitando não de estrogênio, 
mas da ausência da testosterona 
→ A diferenciação sexual masculina é um 
processo ativo 
→ Existe o gene SRY no cromossomo X que faz 
com que haja o desenvolvimento dos 
testículos, que produzem os andrógenos e 
consequentemente fazem com que o 
embrião tenha órgãos masculinos. 
 
→ Células de Sertoli: são as células masculinas, 
fazem a produção de um hormônio anti-
mulleriano (AMH) e é esse hormônio que vai 
inibir o desenvolvimento dos ductos de Muller 
da mulher, consequentemente fazendo com 
que o ducto mesonéfrico se transforme em 
órgãos genitais masculinos 
 Então é a presença da testosterona e a 
presença do hormônio anti-mulleriano 
que são produzidos por células 
masculinas especificas que fazem a 
inibição do desenvolvimento feminino 
 
→ Com a ausência de hormônio anti-
mulleriano e testosterona, ocorre uma 
regressão do ducto mesonéfrico, e o 
desenvolvimento do ducto Mulleriano que 
vai dar origem ao útero, às tubas... 
 
 
→ Curiosidade: a mulher já tem todos os 
oócitos desde o período embrionário, e 
devido ao envelhecimento destes, a 
fertilidade diminui com o passar dos anos 
 
→ De uma maneira geral, o seio urogenital dá 
origem a parte distal da vagina, a uretra e a 
bexiga, e os ductos de Muller vão dar origem 
ao útero, ao colo do útero, ao terço proximal 
da vagina e as tubas uterinas. 
 
→ O sistema urológico é intimamente 
relacionado com o sistema genital, portanto 
quando pegamos uma anomalia mulleriana, 
essa anomalia tem que ser investigada 
também no sistema urológico 
 
 
 
Anomalias Müllerianas 
→ Eram conhecidas como malformações 
uterinas, mas hoje em dia sabemos que não 
são somente uterinas 
→ Elas são, na maioria das vezes, 
assintomáticas e a paciente acaba 
descobrindo quando tem alguma 
complicação reprodutiva (infertilidade, parto 
prematuro, abortos de repetição) 
 
→ Suspeitar quando: 
 “Achado” na rotina ginecológica 
 Dor na relação (Dispareunia) 
 Amenorréia - paciente não menstrua 
 Infertilidade - desfecho obstétrico ruim 
(aborto, parto prematuro) 
 
→ As anomalias podem ser de diversos tipos. 
Agenesia: contrário de gênese, é quando 
não tem a formação, que pode ser ausência 
completa ou parcial 
 
→ Septo: é uma estrutura que divide um lado 
do outro 
 
 
→ Útero unicorno: apenas um corno 
 
→ Já o útero bicorno é porque ele tem dois 
cornos, duas cavidades, e pode ser uma 
cavidade comunicante 
 
→ O feto normalmente não sobrevive com 
úteros bicornos. A paciente engravida mas 
em um corno só, e esse corno não é 
suficientemente adaptado para ter uma 
gestação que vá até o final, então essa 
paciente tem um risco muito grande de 
romper o útero e ela começa com dor e 
deve ser operada 
 
→ Útero didelfo ou duplo (do grego didelphys, 
duas vias): como se tivessem dois úteros 
 
 A característica é que ele tem dois colos 
 
→ Anomalias complexas: são outras 
variações que normalmente fazem 
comunicações 
 
 
→ Existe um manual com critérios de 
tratamento: 
 
→ O tratamento não é medicamentoso, 
sempre será cirúrgico 
→ Septoplastia histeroscópica: junto com a 
câmera em um canal tem uma alça 
diatérmica, e a vai tirando o septo, só que 
quando isso ocorre, cria fibrose na região 
interna do útero. 
 
→ Metroplastia de Strassmann: faz uma 
incisão, resseca toda a área e junta as 
pontas formando uma cavidade única, mas 
cria-se uma cicatriz longitudinal na parte 
anterior e posterior do útero, e essa paciente 
não pode ter parto normal porque se o útero 
começar a contrair ele rompe e o bebê vai 
para dentro da barriga - é uma cirurgia com 
risco de sangramento intenso

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