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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3 
2 ELETROTERAPIA .................................................................................................. 4 
2.1 Produção de efeitos terapêuticos por determinados tipos de energias ................. 7 
3 ELETROTERAPIA FACIAL .................................................................................. 10 
4 ELETROLIFTING / GALVANOPUNTURA ........................................................... 11 
5 DESINCRUSTE .................................................................................................... 13 
6 MICROCORRENTES ............................................................................................ 15 
7 LASERTERAPIA .................................................................................................. 17 
8 VAPOR DE OZÔNIO ............................................................................................ 20 
9 RADIOFRAQUÊNCIA FACIAL ............................................................................. 22 
10 IONTOFORESE .................................................................................................... 24 
11 ALTA FREQUÊNCIA ............................................................................................ 26 
11.1 Efeitos Fisiológicos ........................................................................................... 27 
12 PEELINGS DE DIAMANTE .................................................................................. 29 
13 PEELING DE CRISTAL ........................................................................................ 31 
14 ELETROTERAPIA CORPORAL .......................................................................... 33 
14.1 CRIOLIPOLISE .................................................... Erro! Indicador não definido. 
15 CARBOXITERAPIA .............................................................................................. 36 
16 ULTRACAVITAÇÃO ............................................................................................. 38 
17 CORRENTE RUSSA ............................................................................................ 41 
18 NEUROESTIMULAÇÃO ELÉTRICA E TRANSCUTÂNEA (TENS) ..................... 43 
19 REFERÊNCIA ....................................................................................................... 45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 ELETROTERAPIA 
A eletroterapia é o uso da corrente elétrica para fins terapêuticos. O uso dessa 
tecnologia melhorou muito nas últimas décadas, à medida que novos recursos foram 
desenvolvidos. Mas tem sido usado para fins medicinais desde os tempos antigos, e 
pessoas como Aristóteles e Plutão usavam enguias elétricas visando provocar uma 
resposta de seus pacientes por meio de corrente elétrica (GUIRRO, E.; GUIRRO, R 
2003; AGNE, 2017). 
Os egípcios, por volta de 5.000 a.C., usavam peixes (bagre do Nilo) que emitem 
eletricidade e eram até adorados como deuses. Por volta de 1000 a.C., foi relatada 
uma pedra negra, que foi atraída pelo ferro chamada magnesian (atualmente 
magnetita). Os romanos e gregos usavam a corrente elétrica gerada pela 
eletrocutação de peixes para tratar dores de cabeça e outras doenças. 
O médico italiano Luigi Galvani pesquisou e aplicou essa técnica em sapos para 
produzir contrações musculares. Sua pesquisa foi publicada na tese. De viribus 
electricitatis in motu muscalis (Sobre o efeito da eletricidade na contração muscular), 
exibida no Museu da Ciência em Bolonha, Itália. Este tipo de corrente contínua foi 
denominado em sua homenagem de corrente galvânica (GUIRRO; GUIRRO, 2003; 
AGNE, 2017). Outro método desenvolvido em 1745 foi a iontoforese, uma técnica que 
utiliza uma corrente elétrica para liberar drogas através da pele. A pesquisa de Pivati 
foi precursora da descoberta da técnica, enquanto outro pesquisador chamado Leduc 
fez uma descoberta usando o procedimento. 
Em 1855, Guillaume Duchenne estudou o uso da corrente alternada 
demonstrando que este modo era superior à corrente contínua na produção de 
estimulação terapêutica. Sua pesquisa mostrou que a corrente alternada produzia 
contrações mais fortes, independentemente do estado do tecido muscular estimulado. 
A pesquisadora também é autora de um estudo sobre pontos motores, que podem ser 
estimulados eletricamente para produzir contrações e movimentos musculares 
(GUIRRO; GUIRRO, 2003; AGNE, 2017). 
No Brasil, o surgimento da eletroterapia está associado à criação do Serviço de 
Eletromedicina no Rio de Janeiro por volta de 1879; E em 1919, na cidade de São 
 
 
5 
 
Paulo, o Ministério da Eletricidade Médica. Todo o desenvolvimento histórico da 
eletroterapia esteve associado à descoberta destes precursores, e com o advento de 
novas tecnologias foram desenvolvidos e aprovados meios para sua utilização de 
forma mais segura e confortável. Nesse campo de pesquisa e esforço, ainda há muitas 
possibilidades a serem exploradas e desenvolvidas, valendo a pena aguardar o 
surgimento de novas tecnologias (GUIRRO; GUIRRO, 2003; AGNE, 2017). 
A eletroterapia no tratamento estético 
Quando um profissional de estética recebe um cliente por vez, ele deve seguir 
um procedimento padrão que consiste em: 
Figura 1 – Procedimento Padrão de Atendimento 
 
Fonte: Pereira, 2019. 
Um protocolo de tratamento é a combinação lógica, corretamente sequenciada, 
de três tipos de técnicas ou tecnologias. 
 
 
6 
 
 Técnicas manuais; 
 Tecnologia farmacológica (cosméticos, cosméticos, cosmecêuticos, etc); 
 Tecnologia de beleza elétrica. 
 
Os recursos eletrocosméticos são, portanto, um coadjuvante da sequência 
terapêutica, a estética elétrica não é o objetivo final. Em outras palavras: 
equipamentos que utilizam apenas recursos eletroestéticos não podem resolver 
problemas estéticos, pois o que resolve problemas estéticos é a capacidade dos 
profissionais que precisam de muito conhecimento e experiência para diagnosticar, 
avaliar corretamente, desenvolver tratamentos protocolares e aplicá-los com precisão. 
 
Objetivo do uso de equipamentos elétricos de beleza 
Como já apontado, o equipamento de eletroterapia sozinho não pode resolver 
problemas estéticos. Então, qual é o propósito de usá-lo? Em tratamento? 
 
 Reduzir o tempo de resposta ao tratamento. O equipamento de qualidade 
permite que os profissionais trabalhem com para obter resultados em menos 
tempo. Isso é fundamental porque os clientes estão ansiosos para alcançar 
esses resultados. 
 Melhorar a qualidade dos resultados do tratamento. O equipamento 
avançado permite que as esteticistas alcancem resultados que antes eram 
inimagináveis. Mas, para isso, os equipamentos devem ser fabricados com 
tecnologia de ponta,o que exige dos profissionais que os utilizam uma dose 
constante de conhecimento, obtidos com aprendizado contínuo e dedicação 
incansável. 
 Aumente a lucratividade da clínica. Clínicas equipadas com tecnologia de 
ponta podem atender mais clientes com menos funcionários sem comprometer 
a qualidade do atendimento. Esta é uma das chaves para o sucesso de 
qualquer negócio: aumentar receitas, com a redução das despesas. 
 
 
7 
 
2.1 Produção de efeitos terapêuticos por determinados tipos de energias 
O objetivo do uso de métodos terapêuticos é estimular os tecidos do corpo, e 
isso só acontece quando a energia produzida é absorvida pelos tecidos. Os efeitos 
terapêuticos estão relacionados à forma de energia produzida por meio de recursos 
tecnológicos específicos que, de alguma forma, transferem energia para dentro ou 
para fora dos tecidos biológicos. Essa energia pode ser refletida, refratada, absorvida 
ou transmitida pelos tecidos biológicos. 
Segundo Agne (2017), à medida que a energia elétrica é aplicada aos tecidos, 
o pode produzir principalmente três efeitos fisiológicos, descritos a seguir, 
responsáveis pelo efeito terapêutico: 
 
 Efeitos térmicos: relacionados à resistência do tecido, resistência e tempo de 
exposição. 
 Efeitos eletromagnéticos: as correntes elétricas produzem efeitos 
eletromagnéticos e perturbações nas relações entre as moléculas que afetam 
os fenômenos químicos e biológicos. 
 Efeito eletroquímico: Uma corrente elétrica pode expelir íons de uma solução, 
resultando em uma reação química. 
 
Assim, a energia elétrica é utilizada de tal forma que: causa modulação da dor 
por meio da estimulação de nervos sensoriais na pele; produzir contração muscular 
de acordo com o tipo de corrente e frequência; estimule a cicatrização do tecido e crie 
iontoforese através da modificação química do tecido (iontoforese). 
Para que a radiação eletromagnética produza efeito nos humanos, ela deve ser 
absorvida, havendo uma interação dessa radiação com as estruturas moleculares e 
celulares humanos. Essa interação dependerá dos mecanismos de reflexão, de 
refração de absorção (SERGE; FERREIRA, 2015). 
Quanto aos efeitos biológicos da radiofrequência, promovem aumento da 
circulação arterial, vasodilatação, melhorando assim a oxigenação e acidez dos 
tecidos, além de aumentar a drenagem venosa, aumentar a reabsorção de 
substâncias catastróficas e reduzir o edema em áreas de processos inflamatórios, 
 
 
8 
 
aumentando a permeabilidade das membranas celulares e melhor transporte de 
metabólitos, estimulando o sistema imunológico e reduzindo os radicais livres 
(CARVALHO et al., 2011). 
No que diz respeito à energia térmica, as modalidades de termoterapia 
produzem um aumento da temperatura dos tecidos e a crioterapia produz uma 
diminuição da temperatura dos tecidos transferindo esta energia de uma fonte, 
aquecimento ou condução para o corpo. 
A taxa de transferência de calor entre um objeto e outro é proporcional à 
diferença na temperatura entre eles. Se dois objetos tiverem temperaturas muito 
próximas, a transferência de calor será lenta, mas se houver uma diferença de 
temperatura, a transferência de calor entre eles será mais rápida. 
Em geral, os efeitos terapêuticos de diferentes modos de energia estão 
associados a mudanças de gradiente de temperatura em tecidos superficiais e 
profundos, mudanças bioquímicas no nível celular, estimulação de respostas de 
produção de energia, estimulação de reprodução e regeneração de tecidos e 
estimulação excitatória do sistema nervoso periférico sensorial e motor, entre outros. 
Recursos eletroestéticos utilizados em estética 
Os meios eletroestéticos utilizados na estética podem ser agrupados em quatro 
famílias: 
a) Descarga elétrica: é um fluxo irregular de cargas elétricas de curta duração, 
um ponto entre duas pessoas Exemplo: Relâmpago. 
 Nota. Toda faísca elétrica é uma descarga elétrica. 
b) A corrente elétrica: é um fluxo definido de cargas elétricas através de um 
caminho fechado. 
 Observação: O usuário controla a duração da corrente com o interruptor. O 
caminho fechado através do qual a corrente flui é chamado de circuito elétrico 
c) Irradiação: é qualquer energia que viaja pelo espaço. Exemplos: som e luz. 
d) Meios mecânicos: são aqueles que utilizam motores, compressores, 
válvulas de pressão, câmaras pneumáticas, etc. 
 
 
9 
 
 Cada uma dessas famílias tem características diferentes. Usos estéticos: 
(PEREIRA, 2019). 
 Descarga elétrica 
 Alta frequência 
Corrente elétrica 
Contínua e constante 
Contínua e intervalada 
Alternada sem modulação 
Alternada modulada 
Alternada, intervalada, sem modulação 
Alternada, intervalada, modulada 
 Irradiação 
Ultrassom 
Radiofrequência 
Infravermelho 
Laser 
 Recursos mecânicos 
Pressoterapia 
Vacuoterapia / Indermologia 
Dermoabrasão 
Carboxiterapia. 
Quais são as contra-indicações? 
 Existem várias limitações ao uso de meios eletrostáticos. Eles podem causar 
reações alérgicas, queimaduras, danos nas articulações, etc. Conhecer as 
contraindicações de cada remédio é fundamental para a segurança e conforto do 
cliente. A esta altura, sabemos que o tratamento estético pode utilizar um ou mais dos 
recursos descritos, que se dividem em quatro famílias e cuja aplicação exige que o 
profissional consiga responder com segurança às quatro questões (PEREIRA, 2019). 
 
 
10 
 
3 ELETROTERAPIA FACIAL 
 
Fonte: https://bit.ly/3QKLafL. 
A eletricidade é uma das divisões da física, e como o corpo humano é um 
excelente condutor de eletricidade, devido às cargas livres sob a forma de íons, temos 
na eletroterapia um recurso a mais para obtermos os resultados esperados. 
A eletroterapia consiste em um recurso comum na estética, onde se utilizam 
correntes elétricas diversas para proporcionar resultados específicos. Auxilia no 
processo de revitalização da pele, melhorando a flacidez, o brilho e sua viscosidade, 
pois forma um campo bioelétrico natural, que promove a revitalização das células. Isso 
acontece pela atuação das microcorrentes que é profunda e pode atingir até o nível 
muscular, resultando em uma melhora imediata na camada cutânea e subcutânea. 
Dentre os principais tratamentos com o uso da eletroterapia, temos o 
eletrolifting, a ionização e as microcorrentes. As contraindicações da eletroterapia 
devem ser observadas, sendo elas: cardiopatias, portadores de marca-passo, 
patologias circulatórias, gestantes, hipertensão, processos infecciosos e inflamatórios, 
neoplasia, problemas renais crônicos, patologias pulmonares, epilepsia, regiões com 
dermatites ou dermatoses, lesões musculares, prótese metálica. 
A Eletroterapia, de modo geral, promove a revitalização cutânea, melhorando 
a flacidez muscular, a elasticidade, a viscosidade e o brilho da pele, devido à formação 
de um campo bioelétrico natural, que promove revitalização celular. 
 
 
11 
 
3.1 Eletrolifting / Galvanopuntura 
 
Fonte: https://bit.ly/3IQxJJi 
Ao longo dos anos, essa técnica foi usada em dois procedimentos: um para 
suavizar faciais e rugas, aqui chamado de “eletrolifting” e outro para minimizar estrias, 
aqui chamado de “galvanopuntura”. 
Eletrolifting é uma técnica desenvolvida em 1952, que tem por finalidade 
produzir um levantamento na pele e estruturas adjacentes, devido a isso 
surgiu à expressão lifting. A técnica é invasiva, porém superficial, reunindo os 
efeitos do eletrodo em forma de agulha junto ao efeito da corrente contínua. 
Além de Eletrolifting, a técnica pode ser chamada de “Galvanopuntura” ou 
“Microgalvanopuntura (BORGES, 2006 p. 229 – 233). 
O eletrolifting é indicado para o tratamento de estrias, rugas e marcas de 
expressão, pois estimula a produção de novas fibras que preenchem essas falhas 
na pele por meio de eletricidade. Pode ser realizado em todas as partes do corpo. 
Também é utilizado para "drugdelivery", uma técnica em que se infunde fármacos na 
pele através de aparelhos, mas este fim tem sido deixado de lado pelo baixo 
desempenho. 
A corrente galvânica, na prática, é a mesma corrente direta. No entanto, 
existem alguns equipamentos (que não são muito comuns) que produzem 
uma corrente chamada EGAV (estimulação galvânica de alta voltagem) e que 
pelo fato de ser pulsátil, não tem nada a ver com a corrente direta (PEIXOTO, 
2007, p.23). 
Embora a nomenclatura difira denotando procedimentos, ação e metodologia 
em sua aplicação não. A técnica de eletrolifting/galvanopuntura utiliza corrente 
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/estrias
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/rugas
http://www.minhavida.com.br/guias/pele/
 
 
12 
 
contínua e uma ligada ao polo negativo, que é o polo ativo. O polo negativo, em 
contato com a pele, atrai íons positivos dando origem a um processo de "eletrólise”. 
O polo positivo é o passivo e deve ser onde vai atuar, fechando um campo elétrico 
(ROSSI, 2019). 
 
Efeitos fisiológicos 
 A base dos efeitos fisiológicos desta técnica baseia-se na capacidade de a 
corrente causar eletrólise, que leva à formação de tecido fibroso que preenche os 
espaços tratados, principalmente no relevo da pele, aumentando a atividade 
metabólica, reativação de células e fibroblastos e processos de autocicatrização 
tecidual (VERARDO, 1996). 
 
 Princípios básicos de uso 
Os procedimentos técnicos para a realização do eletrolifting podem ser de três 
grupos: deslizar a agulha dentro do canal da ruga; penetração da agulha em pontos 
adjacentes e no interior da ruga; e a escarificação, semelhante ao método deslizante, 
porém a agulha é posicionada a noventa graus, causando dano tecidual. A intensidade 
da corrente é dada pela sensibilidade do paciente (BARBOSA, 2013). 
 A pele deve estar completamente limpa, sem loções ou produtos que reduzam 
a condutividade. Também deve ser realizada microesfoliação local, que reduz a 
impedância tecidual. (Figura 2). 
 
Figura 2 – Eletrodo ativo negativo “sem agulha” e passivo positivo em bastão 
 
Fonte: Pereira (2019). 
 
 
13 
 
 Método de aplicação 
 Este método pode ser um método de fricção, onde o microeletrodo deve ser 
deslizado continuamente sobre a área tratada até que ocorra hiperemia. 
a) Tempo de funcionamento: depende da abrangência do local. 
b) Intensidade: A intensidade utilizada nesta técnica é medida por um 
parâmetro que varia entre 0,15 e 0,90 microampères, dependendo da 
espessura do tecido, localização e procedimento. 
c) Eletrodo ativo: polo negativo. 
d) Eletrodo passivo: polo positivo. 
Alguns minutos após a aplicação, a hiperemia é restaurada devido à 
vasodilatação causada pela corrente. Esse microedema será reabsorvido em um 
período que pode durar de dois a três dias. 
Indicações 
Além de tratamentos para redução de linhas de expressão e estrias. 
Contraindicações 
Locais com feridas, inflamação ou qualquer lesão; prótese metálica no local de 
aplicação; varizes; pacientes com marca-passo; neoplasias; sensibilidade 
cutânea alterada. 
3.2 Desincruste 
Desincruste é uma técnica usada em estética para retirar a oleosidade 
excessiva da pele ou do couro cabeludo. Essa reação ocorre como resultado de uma 
reação química entre uma solução (sal) de sebo produzida pela glândula sebácea e 
um fluxo contínuo de água. As soluções desincrustes são tipicamente alcalinas, como 
o cloreto de sódio 10% e o bicarbonato de sódio 10%, entre outros (SORIANO; 
PÉREZ; BAQUÉS, 2002). 
Quando essas substâncias são usadas, o polo ativo é negativo e o polo passivo 
é positivo. Nesse caso, o polo ativo (negativo) atrai íons positivos, formando o sódio 
hidróxido, que ao reagir com o óleo oleoso produzido pela glândula sebácea, 
 
 
14 
 
transforma - se em sabão, favorecendo a eliminação do excesso de oleosidade por 
ser solúvel em água. Na figura 3, observa-se o uso de Eletrodos ativos (negativos) 
deslizando pela face da cliente, que segura o eletrodo passivo (positivo) para o 
fechamento do campo elétrico. 
Figura 3 – Eletrodos ativos (negativos) e eletrodo passivo (positivo) 
 
Fonte: Adaptado de Pereira (2019). 
 
Efeitos Fisiológicos 
O objetivo dessa técnica é emulsionar a oleosidade da pele por um processo 
eletroquímico que combina corrente contínua com ação do sódio, promovendo a 
remoção do excesso de oleosidade e sebo da pele. 
Técnicas de Aplicação 
A pele deve estar livre de produtos de higiene (produtos de limpeza, cremes, 
esfoliantes, etc.). A solução desincrustante deve ser utilizada um algodão umedecido 
e olhar fixado a um eletrodo ativo. O tempo de aplicação no rosto deve ser entre três 
e quatro minutos. O intervalo de aplicação deve ser entre 15 e 20 dias (SORIANO; 
PÉREZ; BAQUÉS, 2002). 
Atenção: O objetivo desta vez é evitar a ação do rebote, ou seja, o efeito oposto 
ao desejado. 
 
 
 
15 
 
Indicações: 
Pele oleosa. 
Tratamento para oleosidade nos cabelos. 
Contraindicações: 
Áreas com lesões, inflamações ou qualquer tipo de lesão. 
Medição no local de aplicação. 
Cardíacos portadores de marca-passo. 
Lesões neoplásicas. 
Alteração na sensibilidade da pele. 
Atenção: O objetivo desta vez é evitar a ação do rebote, ou o efeito desejado. 
3.3 Microcorrentes 
 
Fonte: Gerson et al, 2012. 
A técnica de microcorrente é um tratamento eletroterápico que consiste na 
aplicação de uma corrente elétrica por meio de eletrodos colocados na pele, com 
inversão regular da polaridade. O nome "micro" é usado por causa da baixa 
amperagem usada quando comparada a outros tipos de correntes. Neste caso, a 
técnica emprega intensidade na faixa de microampères. Os sinais elétricos produzidos 
pela tecnologia são muito semelhantes aos do corpo humano e seus objetivos são 
revitalizar a pele e aumentar a síntese de proteínas e, como resultado, aumentar a 
síntese de ATP, aumentando assim a viscosidade da pele e sua elasticidade (BELL, 
2013). 
 
 
16 
 
Foi desenvolvido a partir dos conceitos de galvanização, porém, ele é mais 
específico e mais confortável para pacientes que não possuem percepção atual. Os 
dispositivos de microcorrente são projetados especificamente para imitar a 
amplificação dos sinais bioelétricos do corpo humano, aumentando sua capacidade 
de transportar nutrientes e resíduos metabólicos das áreas afetadas (CHENG VAN 
HOFF; BOCKX, 1982). Uma célula saudável tem uma carga negativa no interior e uma 
carga positiva no exterior. Nos casos em que ocorre situação de lesão, esta situação 
é inversa. 
Indicações: Pós-operatório; cicatrização; recuperação de queimaduras; acne; 
revitalização facial; rejuvenescimento; iontoforese. 
Contraindicações: Alergia à corrente elétrica; próteses ou implantes metálicos 
no local de aplicação; gestação; eixo de cardíaco; neoplasias. 
Aplicação das microcorrentes: 
Segundo Agne (2006), a microestimulação é sem dúvida a mais simples de 
todas as técnicas de eletroterapia. Os parâmetros a serem determinados referem-se 
principalmente a intensidades de corrente que variam entre 20 e 600 µA, e tempos de 
estimulação que variam de 15 minutos a 1 hora, sendo 1 a 30 minutos sugeridos por 
outros autores. 
Para os eletrodos móveis, é necessário realizar movimentos lentos, ora 
acompanhando o trajeto dos vasos, ora movimentos de vai e vem aproximando-os e 
afastando-os com “leves beliscões”, estimulando a epiderme e a circulação 
sanguínea. Pode-se também estimular a musculatura com movimentos de 
encurtamento e alongamento seguindo o mapa anatômico da musculatura. Devido 
aos seus efeitos polares, é sempre necessário revestir os cotonetes umedecidos em 
uma solução dependendo da finalidade do tratamento, por exemplo soluções ou 
rejuvenescedores. 
 
 
17 
 
4 LASERTERAPIA 
 
Fonte: https://bit.ly/3GVuVI6. 
Dois tipos de laser são utilizados na área médica: um é a radiação de alta 
potência (maior que 1 watt),também conhecida como ablativos, que tem potencial 
destrutivo e pode atingir temperaturas acima de 100°C. São utilizados na área médica, 
como a cirurgia de remoção de tumores, e na área cosmética, como a cirurgia de 
depilação (AGNE, 2013). 
Os lasers de baixa intensidade ou baixa potência, também conhecidos como 
lasers não ablativos, não produzem efeito térmico, seu efeito se deve à 
fotobioestimulação celular. O termo laserterapia de baixa intensidade refere-se ao uso 
terapêutico da energia da luz. Os raios de luz são direcionados aos tecidos-alvo onde 
ocorrem os efeitos primários, secundários e terapêuticos após serem absorvidos pelo 
cromóforo. Esses efeitos se devem ao processo fotobioestimulação, no qual a área 
tratada tende ao equilíbrio, ou seja, a um estado normalizado das células. 
Efeitos fisiológicos desencadeados pelo laser de baixa intensidade 
Quando você focaliza um feixe de luz no tecido-alvo, parte dessa energia é 
refletida, reduzindo a penetração da luz no organismo, e parte absorvida pelos 
cromóforos do tecido alvo. A interação da energia do laser de baixa intensidade com 
o produto das respostas primárias no local de aplicação, o qual é de natureza 
fotoquímica ou fotoelétrica, e darão origem às secundárias. As respostas aos 
 
 
18 
 
estímulos luminosos podem ser imediatas ou observadas horas, ou dias após a 
aplicação (LINS et al., 2010). 
Durante a reparação tecidual, temos dois tipos de respostas: 
 Respostas de aplicação imediata, como redução da dor e do inchaço; 
 Respostas tardias - Síntese de células e proteínas. 
A laserterapia de baixa intensidade produz efeitos fisiológicos primários e 
secundários ao aumentar o aporte de nutrientes, oxigênio e elementos de defesa, 
elimina os catabolitos do metabolismo celular, estimulando assim o ritmo de divisão 
celular e a produção de colágeno, além de promover a analgesia em decorrência da 
liberação de endorfinas e ter efeito anti-inflamatório pela produção de prostaglandinas 
e melhora a reparação tecidual. Também foi observada uma diminuição no edema e 
na estimulação do cabelo, bem como no crescimento do cabelo. 
Efeitos fisiológicos do laser no tratamento do fibroedema geloide e da gordura 
localizada 
As seguintes situações são consideradas contraindicações ao laser de baixa 
intensidade: 
 Região ocular, promovendo lesões retinianas irreversíveis. 
 Região periocular em pessoas com glaucoma. 
 Irradiação da glândula tireoide, principalmente em caso de hipertireoidismo. 
 Sobre as gônadas. 
 Tecidos tumorais pelos efeitos fotobioestimulantes. 
 Pessoas em tratamento com drogas como tetraciclina, fenotiazinas, glisefulvina 
5 que são drogas fotossensibilizantes, devido ao risco de desenvolver 
fotodermatite. 
 Em caso de hemorragia devido à vasodilatação induzida pelo laser, que pode 
contribuir para o agravamento do quadro. As indicações do tratamento estético 
com laserterapia são muito amplas. Faça uma avaliação e verifique se não há 
contraindicações. Devido aos seus efeitos bioquímicos e bioelétricos, a luz 
 
 
19 
 
laser de baixa intensidade é indicada para procedimentos que visam aumentar 
a mitose, a síntese de proteínas, o ATP celular e o aumento da microcirculação 
e seus efeitos antiedema, anti-inflamatório, analgésico e antioxidante; além 
disso, espera-se que estimule a fagocitose e a função imunológica. 
 Pós-operatório. 
 Revitalização da pele. 
 Estrias hipertróficas e atróficas. 
 Flacidez tecidual e muscular. 
 Alopécia. 
 Hidrolipodistrofia ginóide. 
 Acne. 
 Rugas e rítides. 
Prepara o paciente 
É obrigatório o uso de óculos específicos, tanto para o paciente quanto para o 
paciente, pois a incidência do laser na retina pode causar danos irreversíveis. 
Devem ser quimicamente esterilizados e deve ser utilizada uma gaze 
umedecida sob os óculos para proteger os olhos a aplicação é feita na região 
periocular. O tecido que receberá a irradiação deve estar limpo, livre de barreiras 
físicas, para aumentar a quantidade de energia. 
Modo de aplicação 
Agora que são conhecidos os parâmetros definidos no equipamento, deve-se 
atentar para a forma de aplicação do laser. Para que não haja dispersão a ponta deve 
estar posicionada perpendicularmente e no máximo ao tecido irradiado, quase 
totalmente em contato com o a pele. A aplicação da energia do laser na pele pode ser 
por aplicação pontual, por varredura ou por área, e a escolha está ligada à integridade 
da pele; nesse caso, a escolha deve ser por aplicação pontual, aumentando a 
absorção da radiação eletromagnética (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2003). 
 
 
20 
 
5 VAPOR DE OZÔNIO 
Desde a sua descoberta em meados do século XIX, o potencial terapêutico do 
gás ozônio (O3), ou seja, a terapia com ozônio, demonstrou descontaminar e reparar 
feridas gravemente infectadas, razão pela qual tem sido usado como agente 
cicatrizante, tem sido usado para tratar muitas doenças diferentes com efeitos 
colaterais mínimos detectados (RENNÓ; CINTIA, 2022). 
A função do O3 nos tecidos biológicos é semelhante à de um "pró-fármaco" ao 
interagir com uma molécula específica, produz mais substratos ativos que catalisam 
uma cadeia interna de reações. Sabe-se que ao ingerir O3, reage (oxida) com ácidos 
graxos poli-insaturados (PUFA) nas membranas celulares, resultando na formação de 
dois mensageiros principais: espécies reativas de oxigênio (ROS, do inglês reactive 
oxygen species, incluindo o peróxido de hidrogênio (H2O2), radical ânion superóxido 
(O-), radical hidroxila (OH-) e óxido nítrico (NO); e os subprodutos de peroxidação 
lipídica (LOP, do inglês lipid oxidation products), compostos principalmente por 4-HNE 
(de PUFA ômega-6) e 4-HHE (trans-4 hidróxi-2-hexenal de PUFA ômega-3). 
Do ponto de vista estético, é um aliado fundamental na limpeza da pele e pode 
ser usado com em cremes faciais e cuidados capilares. O vapor de ozônio é gerado 
por um dispositivo eletroestético específico que consiste em um tanque ou 
reservatório de água. Quando a máquina é ligada, a água ferve e libera vapor, que 
por sua vez evapora e produz ozônio. Muitos aparelhos no mercado têm a função de 
liberar vapor de água ou vapor de ozônio (SCHMITZ; LAURENTINO, 2018). 
A utilização do vapor de ozônio na limpeza da pele contribui para a fase de 
emoliência, fundamental para a extração dos cravos. Um dos motivos é o aumento da 
temperatura quando aplicado, pois o vapor de ozônio tem uma temperatura maior que 
a da pele, por conta disso, existe um processo de amaciamento das queratinas, 
facilitando a realização da extração. 
Além disso, devido às suas propriedades antissépticas, ajuda a desinfetar a 
pele e elimina os micróbios. Devido a essas propriedades, o vapor de ozônio tem 
várias vantagens sobre outros dispositivos emissores de calor, como vapor d'água e 
 
 
21 
 
máscaras térmicas. Devido a esses efeitos biológicos, essa técnica pode ser usada 
para controlar a acne. 
Finalmente, o vapor de ozônio também pode ser usado para cuidar dos 
cabelos. Este tratamento remove qualquer infecção bacteriana do couro cabeludo e 
cabelo e melhora, por exemplo, em caso de seborreia. Além disso, pode melhorar a 
circulação sanguínea, ajudar na regeneração e crescimento do cabelo, melhorar a 
vitalidade do cabelo e torná-lo mais bonito e brilhante (SCHMITZ; LAURENTINO, 
2018). 
Aplicação da técnica do vapor de ozônio 
Segundo o autor, a aplicação em seus clientes, você precisa tomar algumas 
precauções. Primeiro, proteja os olhos com uma bola de algodão umedecida em água 
ou uma substância calmante, como camomila. Para pessoas com pele sensível, 
recomenda-se cobrir todo o rosto para evitar desconforto. 
Embora esta seja uma técnica segura, ela é contraindicada para clientes com 
vasinhos e rosácea. O vapor de ozônio tem alta temperatura e causa vasodilatação, 
podendo agravar essas condições clínicas e aumentar a vermelhidão da pele.Após 
essas etapas, devemos posicionar o vaporizador a uma distância de 40 a 60 cm do 
cliente, para que possamos realizar a aplicação, que dura de 10 a minutos. Caso essa 
técnica seja utilizada para cuidados com os cabelos, os mesmos cuidados devem ser 
tomados, como cobrir a região dos olhos e afastar-se do aparelho. 
Como o vapor de ozônio é usado com outros protocolos como limpeza e 
hidratação da pele, recomenda-se uma frequência média de uma vez por mês ou a 
cada dois meses (SCHMITZ; LAURENTINO, 2018). 
 
 
 
 
 
22 
 
6 RADIOFRAQUÊNCIA FACIAL 
 
 
Fonte: https://bit.ly/3iLuOXS. 
A história do Radiofrequência começa quando o médico e fisiologista francês 
Jacques A. Já D'Arsonval determinou em 1891 que o corpo humano poderia tolerar 
correntes elétricas em frequências acima de 10.000 Hz (10 kHz) sem efeitos colaterais 
significativos. A emissão de radiofrequência é dada pelas formas monopolar e 
multipolar. As regiões da face devem ser divididas durante o procedimento 
aproximadamente três vezes mais em relação à cabeça, ou seja, necessárias para 
atingir o desejado e a hiperemia tecidual. 
Como o equipamento está em alta potência no momento da aplicação em uma 
região maior, recomenda-se realizar corredeiras para que não haja queimaduras. Por 
outro lado, em aparelhos de baixa potência e regiões menores, devem ser feitos 
movimentos mais lentos, para atingir a temperatura ideal (BIANCHINI; TREVISAN, 
2019). 
A radiofrequência é amplamente utilizada na medicina para excisão de tecidos, 
com bisturis elétricos, e agora também é usada em distúrbios cosméticos para tratar 
flacidez. Em 2002, a primeira indicação de radiofrequência aprovada pela Food and 
Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos envolvia rugas na região ao redor dos 
olhos; portanto, é aprovado para uso em outras partes do corpo. Atualmente, as 
indicações da radiofrequência estão aumentando, e sabe-se que seu efeito se estende 
a outras doenças, como: fibrose gel-like edema (FEG), fibrose, aderências, acne em 
fase de cicatrização, gordura localizada, etc (PAGANIN, 2019). 
 
 
23 
 
Efeitos fisiológicos da radiofrequência 
As temperaturas elevadas também promovem a transformação das fibras 
colágenas e neocolagenase, resultando em aumento da espessura e densidade dos 
tecidos de sustentação, o que ajuda a melhorar a flacidez tecidual. Os aparelhos de 
radiofrequência permitem que as fibras de colágeno se contraiam, fornecendo 
corrente alternada da ponta do eletrodo para o tecido. A desnaturação inicial do 
colágeno que ocorre nos tecidos profundos modificados pelo calor leva ao 
encolhimento imediato do tecido, seguido pela formação de novo colágeno adicional 
que encolhe os tecidos pelo calor (AGNE, 2013). 
Com isso, o processo de neocolagenização do colágeno muda em diâmetro, 
espessura e frequência, resultando na reorganização das fibras colágenas e na 
consequente remodelação do tecido. Portanto, é possível investigar o efeito lifting 
imediato causado pela contração das fibras colágenas e pela contração da circulação 
sanguínea e das fibras colágenas devido à ativação do metabolismo celular após 
primeira aplicação da radiofrequência. Os efeitos tardios ocorrem estimulando os 
fibroblastos a produzir mais colágeno (aparece nas semanas e meses seguintes) 
(BORGES; SCORZA, 2016). 
A transmissão de radiofrequência de tecidos biológicos produz várias respostas 
fisiológicas, principalmente devido ao aumento da temperatura. Assim, seus efeitos 
fisiológicos são: desnaturação do colágeno seguida pela contração das fibrilas de 
colágeno; liberam proteínas de choque térmico (HSP47 e HSP72); Vasodilatação e 
aumento do fluxo sanguíneo e linfático; lipólise; aumentar o metabolismo local; 
aumento da secreção de catecolaminas; aumentar a elasticidade dos tecidos ricos em 
colágeno. 
 
Contraindicações 
Como todas as técnicas utilizadas na estética facial e corporal, a 
radiofrequência apresenta contraindicações absolutas e relativas; além disso, a 
aplicação incorreta dessa técnica pode causar riscos ou danos aos tecidos, o que 
afeta os resultados desejados. Entre nossas contraindicações absolutas: não utilizar 
na presença de marca-passos e/ou cerebelo, pois as ondas eletromagnéticas podem 
 
 
24 
 
alterar sua função; gravidez, principalmente antes do primeiro trimestre, pelo risco de 
malformação fetal; Câncer ou transporte e infecção sistêmica, para não agravar a 
situação. 
 
Técnica de aplicação: 
 Limpe a área a ser tratada. 
 A impedância da pele pode ser reduzida por esfoliação. 
 Selecione a frequência de acordo com a região a ser tratada: aproximadamente 
640 kHz para a região de 1200 kHz para o decote e pescoço 2400 kHz para as 
regiões do corpo. 
 A intensidade varia de acordo com a sensibilidade relatada pelo feedback do 
paciente durante a aplicação é muito 
 Para acoplamento deve ser usado meio condutor. 
 O movimento deve ser constante e contínuo, os lentos favorecem um 
aquecimento rápido, os movimentos rápidos um lento. 
O movimento deve ser usado para controlar a temperatura sempre monitorando 
a temperatura usando um termômetro o medidor acompanha o equipamento, alguns 
equipamentos possuem medição de temperatura embutida (RODRIGUES; PETRI, 
2010). 
 
7 IONTOFORESE 
 
Na iontoforese, uma fonte de corrente produz uma corrente elétrica constante, 
constante e de baixa intensidade (corrente galvânica) que flui entre dois eletrodos 
condutores, aquecendo o tecido da pele e permitindo que a superfície do penetre no 
produto cosmético. Também é conhecida como corrente contínua, contínua, constante 
e unidirecional, ou seja, corrente na qual os elétrons fluem em apenas um sentido 
(BORGES, 2010). 
A iontoforese é uma técnica não invasiva que usa voltagem ou corrente elétrica 
para fornecer um método controlado para aumentar a entrega de vários 
medicamentos através da pele. Na iontoforese, uma corrente elétrica é transmitida de 
 
 
25 
 
um eletrodo para a pele por meio de uma solução contendo uma substância ativa 
(BORGES, 2006). Este é um processo útil quando usado com drogas hidrofílicas e de 
alto peso molecular (SILVA et al., 2012) 
Existem três vias possíveis para a passagem de substâncias através da pele 
para os tecidos subcutâneos: 
 Folículos pilosos e suas glândulas sebáceas associadas; 
 Os canais de suor; 
 Pelo próprio estrato córneo, entre seus apêndices e espaços (vias 
intercelulares). 
 
Efeitos fisiológicos 
Os efeitos fisiológicos ocorrem conforme as substâncias utilizadas a que se 
destinam, mas, tendo em conta a qualidade da técnica, as vantagens, as 
desvantagens, sendo influenciados por vários fatores, a saber: 
 a concentração do produto; 
 a condição da pele; 
 a quantidade de substância introduzida; 
 a dimensão do eletrodo ativo; 
 a duração da sessão; 
 a frequência dos pedidos; 
 o número de aplicações; 
 a intensidade aplicada. 
Vantagens da iontoforese 
 Seu efeito é local. 
 Aplicação indolor. 
 Pode ser usado por um longo tempo. 
Desvantagem da iontoforese 
 Dificuldade de medir a quantidade exata que se aplica. 
 Não se pode aplicar qualquer substância. 
 
 
26 
 
8 ALTA FREQUÊNCIA 
 
Embora o termo "alta frequência" em eletrotermofototerapia frequentemente se 
refira a um parâmetro de modulação relacionado ao número de repetições de uma 
quantidade específica de energia na forma de ondas ou elétrons, o nome dessa 
técnica amplamente utilizada vem do fato de ter uma frequência elevada de ondas 
eletromagnéticas (BORGES, 2006). 
 
Figura 4 – Eletrodos de vidro do equipamento de alta frequência 
 
Da esquerda para direita: fulgurador, standard, esférico, saturador, forquilha e pente. 
Fonte: Pereira, 2019. 
 
É um aparelho que utiliza corrente alternada de alta frequência entre 100.000 
e 200.000 Hz, oscilando entre 25.000 e 40.000 volts, com potência de cerca de 100 
mA. O dispositivoconsiste em um gerador de alta frequência colocado em um porta-
eletrodo ao qual são conectados vários tipos de eletrodos de vidro, e uma corrente 
alternada de alta frequência passa pelo interior do eletrodo, ajudando a transmitir a 
alta tensão para o outro fim do eletrodo. Ao passar pelo ar que separa os eletrodos da 
pele, a centelha quebra a ligação covalente de uma molécula de oxigênio (O2) e libera 
seus átomos (BORGES, 2010). 
 
 
27 
 
Eletrodos 
 Rolo: utilizado para estimular a pele, promove ação antibacteriana após 
procedimentos de limpeza e possui propriedades cicatrizantes e calmantes, 
podendo auxiliar no tratamento de linhas de expressão facial. É recomendado 
para peles hipertróficas ou rosáceas. 
 Pente: usado como estimulante em veias capilares, veias bulbares e cristas 
capilares. Estimula a circulação sanguínea e amacia os fios, além de prevenir 
a queda. 
 Saturador (tem mola no interior): é o único recomendado para uso 
cosmético, pois aumenta a vascularização da pele e a permeação dos 
princípios ativos. 
 Fulgurador: também conhecido como cauterizador (BORGES; SCORZA, 
2016), este aparelho é utilizado para tratar cicatrizes inflamadas de acne com 
aplicação direta. 
 Standart (cebolinha): usado na fabricação direta ou fundente. 
 Standard esférico (cebolão): usado em fluxação ou faiscamento direto, seu 
formato anatômico facilita a passagem da corrente. É usado para estimular a 
pele. Possui propriedades cicatrizantes e calmantes que podem ser utilizadas 
após procedimentos de extração e depilação, além de propriedades 
antibacterianas que podem ser utilizadas após procedimentos de limpeza de 
pele. 
 Forquilha: utilizada no contorno facial ou corporal direto ou, fluxante. 
8.1 Efeitos Fisiológicos 
Térmico 
O efeito térmico é causado pela passagem do arco elétrico que, em contato 
com o cliente, deixa uma certa quantidade de energia na forma de calor na pele. 
Vasodilatador 
A alta frequência produz um estímulo na circulação que, causa uma ação 
vasodilatadora (PEREIRA, 2019). 
 
 
28 
 
Métodos de aplicação 
Ação fisiológica: calmante e descongestionante 
 Esta técnica é realizada com o eletrodo aplicado diretamente na pele para ficar 
permanentemente ali. Esta aplicação deve ser realizada, se necessário, por um 
movimento suave e lento em toda a superfície. 
Figura 5 – Aplicação de alta frequência com eletrodo esférico. 
 
Fonte: Pereira, 2019. 
 Aplicação direta a uma pequena distância 
Ação fisiológica: bactericida e antisséptica 
Isso é ativado quando o eletrodo de vidro se aproxima muito (milímetro) da pele. 
A ação germicida e desinfetante é catalisada principalmente pela formação de ozônio, 
que ocorre quando uma faísca (faísca) sai do eletrodo, fenômeno que ocorre ao 
passar pela pequena camada de ar presente entre o eletrodo e a pele. Este fenômeno 
é uma conversão física do oxigênio ambiente em ozônio, o que explica suas 
propriedades antibacterianas e desinfetantes (PEREIRA, 2019). 
Aplicação indireta 
Ação fisiológica: efeito tônico e estimulante 
 
 
29 
 
Esse procedimento ocorre quando o cliente usa um eletrodo de metal (também 
conhecido como saturador), que deve ser preso ao porta-eletrodo. Os profissionais ao 
realizar uma massagem devem certificar-se de colocar as mãos no rosto do cliente 
antes de usar o aparelho e aumentar a intensidade aos poucos. Desligue o dispositivo 
com uma mão antes de removê-lo do rosto (PEREIRA, 2019). 
Figura 6 – Aplicação indireta 
 
A cliente segura o eletrodo saturador conectado ao “porta eletrodo” 
enquanto a profissional realiza tamborilamentos sobre toda face. 
Fonte: Pereira, 2019 
 
A frequência alta também é usada na estética para cauterizar pequenas lesões 
cutâneas por efeito térmico. Essa técnica é aplicada a uma curta distância do corpo 
com um eletrodo pontiagudo chamado cauterizador, concentrando toda a energia em 
um único ponto. Com esta técnica, deve-se tomar cuidado para não provocar uma 
queimadura na pele. 
 
9 PEELINGS DE DIAMANTE 
 
A palavra peeling significa renovação, ou seja, peeling é um agente esfoliante 
cuja finalidade é esfoliar a pele. O procedimento usa produtos químicos ou 
ferramentas para raspar a pele para remover células mortas, afinar o estrato córneo e 
 
 
30 
 
induzir a regeneração do tecido para promover a renovação celular. Além disso, o 
peeling aumenta a permeabilidade dos tecidos, o que facilita a penetração dos 
cosméticos. 
O peeling do diamante é uma fonte de microdermoabrasão definida como o 
"polimento" da pele no estrato córneo e no nível granular. A ideia de “polir” a pele para 
melhorar sua aparência é uma técnica há muito utilizada por cirurgiões e 
dermatologistas, que tem mostrado consistentemente sempre deu resultado 
satisfatório em termos de melhora da pele. 
No peeling de diamante, uma das técnicas mais avançadas em 
microdermoabrasão, são utilizados equipamentos de pressão com pontas 
reutilizáveis, incrustadas com diamantes de diferentes tamanhos e texturas, para uso 
em todos os tipos de pele, desde do mais grosso ao mais fino (HILL, 2016). 
Parâmetros de ajustes do equipamento de peeling de diamante 
A ação está ligada a um dispositivo de pressão negativa que suga a pele, 
enquanto a cabeça diamantada facilita o desgaste da pele através do movimento 
deslizante da ponta habilmente processada. O tempo necessário para aplicar 
totalmente a técnica no rosto e pescoço depende do praticante. O número de 
passadas vária conforme a tolerância do cliente e o efeito que a profissional busca, 
mas geralmente duas passadas são suficientes para causar hiperemia na área de 
aplicação. Um ritmo acelerado aumenta o risco de petéquias, púrpura e danos à pele. 
Não apenas a velocidade e o número de golpes afetam os resultados, mas a pressão 
do vácuo também afeta a eficácia da técnica (FEITOSA et al., 2016). 
A frequência do tratamento vai depender do tipo de pele, da finalidade do 
tratamento, porém na região do pescoço e colo, quando realizada abrasão mais leve, 
um intervalo indicado de 5 a 7 dias após, e, quando há maior abrasão, o intervalo 
entre sessões pode variar de 12 a 15 dias. 
Vale a pena mencionar as condições em que microdermoabrasão o não é 
apropriado: rosácea, infecções de pele, infecções fúngicas, erupções cutâneas, 
infecções virais, acne ativa, cicatrizes tipo herpes. Além disso, a exposição ao sol não 
 
 
31 
 
é permitida, os com telangiectasia devem ser evitados, cuidados devem ser tomados 
com diabéticos e um fator solar diário deve ser sempre recomendado (HILL, 2016). 
Após a aplicação da técnica, é importante seguir alguns cuidados, como usar 
FPS 30, ficar ao abrigo do sol por 8 horas após a aplicação, não usar produtos 
irritantes e depilar ou depilar a laser somente após 10 dias do procedimento. 
9.1 Peeling de cristal 
 
Fonte: https://bit.ly/3jC31JM. 
O peeling de cristal, o primeiro equipamento de microdermoabrasão surgiu em 
1985 e utiliza uma combinação de cristais sendo passados por uma caneta em um 
sistema fechado a vácuo. É uma técnica realizada por equipamento que consiste em 
um ar para duas saídas simultâneas, em que uma suga os cristais usados, e a outra 
exala os cristais de óxido sob pressão (FEITOSA et al., 2016). 
O mecanismo de ação do peeling de cristal é que a força dos microcristais 
explode na superfície da pele, erodindo a epiderme e estimulando seu crescimento, 
que resulta da esfoliação do estrato córneo, que leva à posterior regeneração da 
epiderme algumas camadas específicas da pele são esfoliadas. Isso potencializa a 
 
 
32 
 
indução da resposta inflamatória em tecidos mais profundos, pois o mediador estimula 
a produção de colágeno. 
Os procedimentos de peeling são adequados para tratamentos faciais e 
corporais, desde que tenham como objetivo estimular a renovação celular e remover 
as células mortas. O peeling de cristal pode ser usadopara tratar rugas, mas é 
importante que o médico avalie o tipo de rugas para ver se são superficiais ou 
profundas, estáticas ou dinâmicas, para garantir que um tratamento de 
microdermoabrasão irá tratar ou reduzir o tipo de ruga. 
Clientes com rugas mais profundas ou dinâmicas, têm menos probabilidade de 
ficarem satisfeitos com os resultados, já nas rugas finas estáticas, o resultado será 
com a aplicação do peeling de cristal, porém, nas rugas dinâmicas com grau 
moderado de severidade, indicamos o tratamento, mas os resultados serão 
moderados. 
De acordo com Gerson, et al (2011), a microdermoabrasão pode causar hipo 
ou hiperpigmentação, bem como irritação da pele, se usada incorretamente. É 
importante observar que qualquer esfoliação intensa da pele deve ser feita com 
cautela, principalmente evitando a luz solar e usando um fator de proteção solar diário. 
Os microcristais jateados são óxido de alumínio puro ou corindo, que são 
substâncias inertes, rígidas e estáveis que não irritam a pele. Segundo Tan et al 
(2001), esse material tem sido utilizado para abrasão dental e em procedimentos de 
substituição de articulações por muitos anos. 
É um componente inerte, insolúvel em água, e devido a sua massa, os cristais 
caem após a intervenção para se tornar um aerossol, portanto não apresentando 
nenhum respiratório. 
 
 
 
33 
 
10 ELETROTERAPIA CORPORAL 
10.1 Criolipólise 
 
Fonte: https://bit.ly/3iLOQS0. 
A criolipólise é uma técnica relativamente nova técnica indicada para redução 
de gordura localizada, cujo princípio é a localização não invasiva do tecido adiposo 
com temperaturas variando de –5 ºC a –15 ºC, sendo esta temperatura medida na 
placa de resfriamento do equipamento utilizado, resultando em uma diminuição da 
temperatura na superfície do tecido (BORGES; SCORZA, 2016). 
Em 2000 forma feitas algumas pesquisas americanas por Rox Anderson que 
se referia a uma publicação da década de 1970 em que pesquisadores observaram 
que crianças que comiam muito sorvete após amigdalectomia começaram a ter 
covinhas nas bochechas, acreditando que isso se devia a uma redução de gordura 
localizada na parte da face exposta à radiação devido à baixa temperatura do picolé. 
Rox então estudou o efeito do frio nas células de gordura e como a técnica poderia 
ser usada para promover a perda de gordura localizada. Dessa forma, eles puderam 
verificar que a criolipólise remove seletivamente os adipócitos sem danificar os tecidos 
adjacentes, uma vez que os tecidos ricos em gordura são mais suscetíveis ao frio do 
que os tecidos ricos em água (BARNES, 2017). 
 
 
34 
 
Após estudos sobre o assunto e atestado a sua veracidade, devido à eficácia e 
segurança dessa tecnologia, em 2010 o Food and Drug Administration (FDA) aprovou 
o uso da criolipólise na região do flanco. Em 2012 para o procedimento abdominal e 
novamente em 2014, a cirurgia foi realizada na região gordurosa da coxa. Como 
resultado, a criolipólise foi desenvolvida e ainda é considerada uma das técnicas não 
invasivas mais populares para redução de gordura localizada. 
Segundo Borges e Scorza (2016), o aparelho utilizado possui um aplicador em 
forma de taça (cabo) que utiliza o vácuo para colapsar regiões de gordura localizada. 
Dentro do aplicador há duas placas frias, que ao serem acionadas realizam a 
transferência de calor extraindo calor da área, reduzindo significativamente a 
temperatura naquele local e provocando a formação de cristais lipídicos, provocando 
o processo de conversão. 
O citoplasma das células de gordura, levando à destruição dessas células. Isso 
causa paniculite lobular, um processo inflamatório que consiste em infiltrados 
perivasculares com presença de neutrófilos e células mononucleares. À medida que 
o processo avança, a paniculite torna-se mais intensa, levando à indução da apoptose 
celular que atinge o pico em cerca de 14 dias, e então até 30 dias após a exposição 
ao frio, macrófagos estão presentes no infiltrado e fagocitose de adipócitos 
apoptóticos como uma resposta natural do organismo à ferida. É importante enfatizar 
que o dano causado ao tecido adiposo é significativamente maior à medida que a 
temperatura diminui e a exposição do tecido ao frio aumenta (BORGES; SCORZA, 
2016). 
 
Indicações, Contraindicações e Reações adversas 
A criolipólise é contraindicada em pacientes com hemoglobinúria paroxística 
fria, doença da aglutinina fria, pacientes com anemia e mulheres grávidas. Além disso, 
doenças sensíveis ao frio, como o fenômeno de Raynaud e a urticária ao frio, devem 
ser tratadas com cautela. É importante sublinhar que esta técnica pode causar o 
aparecimento de efeitos indesejáveis após a sua aplicação. 
Um estudo de revisão sistemática mostrou que os eventos adversos mais 
comuns ocorridos após a realização do procedimento incluem eritema, parestesia, 
 
 
35 
 
hematoma e edema nos locais. As complicações mais graves incluem dor, atraso 
persistente, disestesia, alteração na tez de neuropatia motora, irregularidade do 
contorno corporal e gordura paradoxal. No entanto, geralmente, os eventos adversos 
mais comuns desaparecem por conta própria em cerca de uma semana (RENNÓ, 
CINTIA, 2022). 
Parâmetros 
Nível de vácuo: Vácuo: é um parâmetro presente apenas em equipamento de 
criolipólise por sucção, responsável pela sucção de pele e tecido adiposo no aplicador. 
Não existe um consenso entre os fabricantes sobre a unidade de medida para esse 
parâmetro; alguns se apresentam em %, outros em mmHg e outros em kPa, mas 
sabe-se quanto maior o valor programado, maior a sucção. Recomenda-se programar 
um valor alto deste parâmetro no início do tratamento, para garantir uma boa postura, 
e reduzir o valor logo após, deixando apenas o espaço necessário para segurar a alça. 
 
Modalidades de aplicação: no equipamento que permite esta escolha, o 
terapeuta deve escolher entre uma das quatro modalidades: convencional, 
preparação, reperfusão e contraste. Esses termos são descritos abaixo: 
 Criolipólise convencional: Extração ou resfriamento de temperatura 
realizado por toda a duração da terapia, normalmente 45-60 minutos. 
 Criolipólise de preparo: consiste em realizar um aquecimento inicial seguido 
de resfriamento por 60 minutos a -8 °C. O objetivo dessa técnica é gerar 
vasodilatação tecidual, seguida de vasoconstrição, diminuindo o risco de 
hematomas amolecendo os tecidos mais compactos. 
 Criolipólise de reperfusão: Neste modo, o resfriamento ocorre por 60 
minutos, seguido de aquecimento final (5 a 10 minutos a 40°C). O objetivo é 
que, após vasoconstrição prolongada, ocorra vasodilatação, retornando à 
circulação local e exacerbando os danos às células adiposas. 
 Criolipólise de contraste: esta técnica primeiro aquece por 5 a 10 minutos 
(40°C), depois esfria por 45 a 60 minutos (-8°C) e finalmente reaquece o 
dispositivo por 5 a 10 minutos (40°C). O objetivo desta aplicação é a soma dos 
 
 
36 
 
efeitos, favorecendo a cristalização de mais células de gordura e possivelmente 
levando a uma maior destruição celular. 
Quantidade de Aplicações: Não existe regra quanto à quantidade ideal para 
melhores resultados. Em alguns casos, resultados satisfatórios podem ser observados 
com apenas uma aplicação. No entanto, a maioria dos regimes de tratamento consiste 
em mais de uma sessão de tratamento. 
 
11 CARBOXITERAPIA 
 
A técnica da carboxiterapia surgiu na França em 1932. Inicialmente, o 
tratamento era administrado por via transdérmica (através da pele), usando os 
chamados banhos de água quente com gás ou aplicando dióxido de carbono saturado 
com água diretamente na pele do paciente. Nessa época, essa técnica também era 
utilizada no tratamento de doenças arteriais e feridas. Atualmente, a carboxiterapia é 
utilizada no tratamento de diversas patologias frequentemente encontradas na prática 
da dermatologia clínica e estética, como obesidadede abdômen, flancos, coxas e 
joelhos, além de flacidez tecidual, estrias e cicatrizes (RENNÓ; CINTIA, 2022). 
A carboxiterapia caracteriza-se pelo uso terapêutico do dióxido de carbono 
medicinal, comumente conhecido como ácido carbônico, que, ao ser infundido no 
tecido subcutâneo, promove uma série de alterações fisiológicas no tecido, como 
vasodilatação periférica, congestão, aumento do volume local e no segmento anterior 
do dispositivo existe uma porta na qual o dispositivo é inserido, que direciona o gás 
para a área de aplicação. Na extremidade do dispositivo há um conector rosqueado 
para colocar a agulha. 
Há algum tempo, as agulhas hipodérmicas utilizadas nessa técnica tinham 
força de trabalho de 30 G x ½. Hoje, as agulhas 27G x ½, 26G x ½ e 24G x ¾ (todas 
hipodérmicas) são utilizadas após múltiplos estudos e desenvolvimento de métodos 
de aplicação. Alguns aparelhos possuem um meio de aquecer o gás durante a 
aplicação, o que melhora o conforto e reduz a dor durante a aplicação. Outro ponto 
importante é o ângulo de injeção de CO2, que pode variar de 15° a 90° dependendo 
do medidor (RENNÓ; CINTIA, 2022). 
 
 
37 
 
Figura 7 – Ângulos de inclinação da agulha de acordo com o plano. 
 
Fonte: Rennó, Cintia, 2022. 
Contraindicações e Reações adversas 
 Cardiovasculares: Infarto agudo do miocárdio; Angina instável; Insuficiência 
cardíaca; Doença cardiovascular aguda não tratada e episódios vasovagais; 
Hipertensão arterial; Trombose aguda; 
 Pulmonares: Insuficiência respiratória ou problemas respiratórios agudos; 
Doença pulmonar recente de embolia; 
 Renais: Insuficiência renal; 
Neurológicas: Epilepsia; Distúrbios psiquiátricos (RENNÓ; CINTIA, 2022). 
 
 
 
 
 
38 
 
12 ULTRACAVITAÇÃO 
 
 
Fonte: https://bit.ly/3IZ3Q9M. 
O som é caracterizado por vibrações mecânicas ou ondas. O ouvido humano 
pode detectar sons com frequências entre 16 Hz e 21 kHz, e as ondas sonoras acima 
dessa frequência, que o ouvido humano não consegue ouvir, são chamadas de 
ultrassom. A frequência do ultrassom está entre 20.000 e 20.000.000 ciclos por 
segundo (1 ciclo = 1 Hz), e se propaga na forma de ondas de pressão, provocando a 
excitação das partículas por onde se propaga, seja no estado líquido, sólido ou gasoso 
(BORGES; SCORZA, 2016). 
Essas ondas são geradas por transdutores feitos de materiais piezoelétricos 
naturais, como quartzo ou cerâmica sintética, como titanato de zircônio de chumbo 
(PZT), que são polarizados durante o carregamento. Esses transdutores convertem 
energia elétrica em energia mecânica, que faz com que um cristal (quartzo ou PZT) 
vibre, produzindo um efeito piezoelétrico. 
 Esse uso resulta em uma quantidade imensurável de microbolhas de gás que 
acumulam energia e crescem até se tornarem instáveis e explodirem nas 
cavidades do líquido intersticial do tecido adiposo. Uma explosão de 
microbolhas libera energia, que cria pressão sobre a membrana celular do 
tecido adiposo, promove o respingo de gordura no fluido tecidual, preserva 
outras estruturas teciduais, como vasos sanguíneos, nervos e principalmente o 
 
 
39 
 
sistema linfático, que é necessário para o acúmulo de triglicerídeos e 
diglicerídeos (BORGES; SCORZA, 2016). 
De acordo com Fatemi e Kane (2010): 
Danos aos adipócitos levam a uma resposta inflamatória, consistindo 
principalmente de macrófagos, neutrófilos, células plasmáticas e linfócitos 
que participam da fagocitose e transportam as células danificadas o resultado 
é uma redução do tecido adiposo (FATEMI; KANE, 2010, p. 577). 
 
A cavitação é um fenômeno que ocorre em qualquer aplicação de ultrassom, 
porque as ondas emitidas pelo sonotrodo causam oscilações periódicas de moléculas 
e células e são diretamente proporcionais à intensidade de saída do gerador de ondas. 
Cavitação estável: a física tradicional funciona com base no princípio da 
cavitação gerada de forma controlada e depois repetidas microbolhas. 
Posteriormente, quebra a estrutura dura de depósitos lipídicos locais resistentes a 
uma dieta (ISABRATE, 2020). 
Cavitação instável: é o uso de dispositivos que geram ondas de duas 
frequências diferentes combinadas em paralelo com a geração de microbolhas, 
produzindo um aumento da temperatura interna levando à destruição seletiva da 
substância a ser tratada. Você pode combinar este tratamento com a endermologia, 
que estimula a oxigenação dos tecidos e uma melhor irrigação sanguínea. Este 
tratamento é diferente de outros tratamentos porque cria uma ação sônica que penetra 
nos ingredientes ativos. Isso significa uma contribuição significativa de nutrientes que 
são muito benéficos para o corpo. Dupla cavitação comprovada para combater 
depósitos gordura em áreas difíceis (ISABRATE, 2020). 
A ultracavitação focalizado de alta intensidade, também conhecida como HIFU 
(High Intensity Focused Ultrasound), é caracterizada pelo uso de um padrão de 
emissão de ondas sonoras pouco espaçadas, a energia do ultrassom é focada 
precisamente para gerar calor intenso na área de tratamento e, portanto, alto poder 
destrutivo. Dependendo do material utilizado, a focalização do feixe pode ser obtida 
de várias maneiras: materiais piezoelétricos, por focalização eletrônica, usando lentes 
acústicas côncavas ou piezocerâmicas cilíndricas, usando refletores parabólicos para 
criar um feixe focalizado. 
 
 
40 
 
Efeitos fisiológicos 
Essas microbolhas são perturbadas por sua alta frequência, e essa perturbação 
do tecido subcutâneo fará com que a membrana das células adiposas se rompa, 
resultando em vazamento de gordura. Essa quebra pode ocorrer devido a alguns 
impactos, conforme descrito a seguir. 
 Efeitos mecânicos: produzidos por cavitação, que favorecem a ruptura do 
diafragma usual quando se utilizam equipamentos planares de baixa 
frequência. 
 Efeito térmico: Converte energia mecânica em energia térmica e promove 
elevação de temperatura, comum em equipamentos focalizados de alta 
frequência, também conhecidos como HIFU. 
 Efeito químico: clivagem de macromoléculas, formação de radicais livres e 
destruição de células de gordura. 
 Indução de apoptose: causada pela fragmentação do DNA celular, que causa 
aumento de caspase (BORGES; SCORZA, 2016). 
 
Contraindicações e riscos da ultracavitação 
Embora nenhum tratamento cosmético substitua um estilo de vida saudável, a 
ultracavitação é indicada para gordura localizada, ou seja, em áreas onde a gordura 
resiste à atividade física e à dieta, além da lipoaspiração. No edema fibrogelatinoso, 
ocorre quando há depósitos de gordura na área tratada. No entanto, como todos os 
métodos utilizados, a ultracavitação pode ter contra-indicações específicas 
relacionadas ao seu mecanismo de ação, em particular: 
 Doença hepática - Devido ao metabolismo fisiológico da gordura durante a 
lipólise, que pode sobrecarregar o fígado e causar complicações; 
 Dislipidemia - Embora estudos tenham sido feitos para mostrar que não há 
alterações nos níveis de lipídios no sangue, deve-se tomar cuidado para evitar 
pré-existentes 
 Grávidas - Quando aplicado no abdômen de uma mulher grávida, pode causar 
danos devido a efeitos cavitacionais ou anomalias fetais; 
 
 
41 
 
 Tumores e metástases - Para prevenir o desenvolvimento da doença; 
 Lesões de pele (inflamação ou dermatite) - Podem causar desconforto térmico 
causado por imperfeições da pele; 
 Insuficiência renal - Sobrecarga renal devido à eliminação de glicerol durante 
o metabolismo da gordura; 
 Doenças metabólicas - Podem afetar diretamente o metabolismo das 
gorduras; 
 Deficiência auditiva - Pode causar desconforto auditivo, principalmente 
zumbido em equipamentos de baixa frequência (BORGES; SCORZA, 2016). 
 
Tanto a ultracavitação focada quanto a ultracavitação plana podem ser 
consideradas seguras, desde que sejam recomendadas precauções ao realizar e 
conhecimento de todo o mecanismode ação. Os equipamentos que causam efeitos 
térmicos podem ser desconfortáveis para o cliente, por isso é importante respeitar a 
sensibilidade de todos para que nenhum tipo de queimadura seja causado. Também 
é importante utilizar o meio de acoplamento, gel de contato, suficiente para diminuir 
qualquer desconforto durante a aplicação, por quanto mais contato o transdutor deve 
ter com a região aplicada (BORGES; SCORZA, 2016). 
 
13 CORRENTE RUSSA 
 
 
Fonte: https://bit.ly/3CZRBWO. 
A corrente russa é definida como corrente alternada com uma frequência 
portadora que pode variar de 2500 Hz a 5000 Hz, modulada por rajadas de 10 a 100 
 
 
42 
 
Hz. Em relação à frequência portadora, assumiu-se que correntes de média 
frequência (4000 Hz) seriam capazes de despolarizar as fibras motoras profundas 
devido à baixíssima impedância da pele nessa frequência. Assim, a corrente pode ser 
ativada em profundidades maiores. Porém, se não for modulado em baixas 
frequências, causa fadiga maciça das fibras nervosas (EVANGELISTA et al., 2003). 
Quando falamos em eletroestimulação muscular, a corrente russa se destaca 
pela capacidade de modular a corrente em baixa frequência, o que possibilita trabalhar 
os diferentes tipos de fibra muscular que compõem os músculos. Para estimular as 
fibras musculares do tipo IIb, que um comportamento dinâmico, é necessário modular 
a frequência entre e 150 Hz. Já para eletroestimulação de fibras musculares do tipo I 
que possuem um comportamento estático, a modulação de frequência entre 20 e 30 
Hz. 
Entre as vantagens que as correntes russas trouxeram a nível terapêutico, 
podemos destacar: 
 Possíveis alterações nas propriedades das fibras musculares em função da 
modulação da frequência. Dependendo da frequência da despolarização, as 
fibras musculares podem se tornar mais rígidas ou mais graduais. Essa 
alteração é reversível, dependendo da função desempenhada pelo músculo, 
ou seja, se ele tiver um comportamento de contração rápida (fásica) e for 
estimulado com uma frequência de modulação entre 10 e 30 Hz, as 
propriedades dessas fibras mudam e se comportam como uma fibra tônico. 
Mas se a função muscular não se adapta à nova estrutura da fibra, ela retorna 
ao seu estado original. 
 Ativar 30- 40% unidades motoras a mais do que os exercícios normais. Isso se 
deve à despolarização do nervo motor alfa, se não do neurônio, como ocorre 
durante o movimento ativo. A ativação do nervo motor alfa produz propriedades 
despolarizantes artificiais capazes de ativar todas as unidades motoras 
simultaneamente. Isso aumenta a eficácia da estimulação elétrica muscular 
induzida por corrente russa porque o exercício físico voluntário recruta 
unidades motoras para contrair os músculos de forma assíncrona, enquanto a 
 
 
43 
 
contração muscular induzida por estimulação elétrica muscular recruta e 
dispara unidades motoras de forma síncrona. 
 Ganhos de resistência a curto prazo; este reforço é feito artificialmente. 
 Melhor estabilidade das articulações durante a imobilização (PEREIRA, 2019). 
 
Esses benefícios levaram as pessoas a procurar a corrente russa para construir 
músculos que não conseguiriam com exercícios físicos na academia. Se esses 
indivíduos, de acordo com a predisposição genética, tiverem um grande número de 
fibras fásica em sua formação corporal, somente atividades de alta intensidade ou alta 
velocidade terão um efeito modelador efetivo, recrutando fibras de fase. Mas esse 
esforço de recrutamento voluntário de fibras fásicas só pode ser minimizado com o 
uso da estimulação elétrica (BORGES, 2006). 
Outra vantagem é a diminuição da porcentagem de indivíduos 
eletroestimulados em um período menor do que o obtido apenas com exercícios. 
Veja abaixo alguns cuidados e contraindicações para o uso da corrente elétrica 
russa (BORGES, 2006): 
 Evite a aplicação no peito e seios carotídeos. 
 Não use correntes durante a gravidez. 
 Não é adequado para próteses metálicas. 
 Evite o uso por pessoas com problemas cardíacos, como arritmias graves e 
insuficiência cardíaca. 
 Use com cuidado em indivíduos hipossensíveis. 
 Não use corrente elétrica em áreas afetadas por tumores ou infecções. 
 Não aplique em pacientes que não podem fornecer informações claras. 
 
14 NEUROESTIMULAÇÃO ELÉTRICA E TRANSCUTÂNEA (TENS) 
 
A Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) é um método simples e 
não invasivo de alívio da dor amplamente utilizado na área da saúde por 
fisioterapeutas, enfermeiros e fonoaudiólogos. Pode ser usado na clínica por 
profissionais de saúde ou em casa por pacientes que compram um dispositivo TENS 
 
 
44 
 
diretamente do fabricante. A TENS é usada principalmente para tratar a dor aguda 
sintomática e a dor crônica benigna. 
Durante uma aplicação de TENS, um gerador de pulso portátil gera correntes 
de pulso que são enviadas para toda a superfície da pele através de placas condutoras 
chamadas eletrodos. Na medicina, a estimulação elétrica nervosa transcutânea é a 
terapia elétrica mais comumente usada para alívio da dor. É popular porque é não 
invasivo, fácil de administrar e tem poucos efeitos colaterais ou interações 
medicamentosas. Como não há toxicidade ou overdose potencial, os pacientes podem 
usar apenas TENS e ajustar a dose do tratamento conforme necessário. A TENS 
funciona rapidamente na maioria dos pacientes, então os benefícios são vistos quase 
imediatamente, sendo ela é menos dispendiosa do que a terapia medicamentosa de 
longo prazo (KITCHEN, 2003). 
 
Tens Convencional 
Evidências de estudos em animais e humanos suportam a hipótese de que a 
TENS convencional produz analgesia segmentar, com rápido início e cessação, 
localizada no dermátomo. Durante a TENS convencional, as correntes costumam ter 
uma frequência entre 10 e 200 pps com duração de 100-200 µs com uma amplitude 
de pulso dosada e produz uma parestesia intensa, mas indolor. 
Este modo geralmente designa uma estimulação com alta frequência e longa 
duração de pulso, a intensidade ajustada para uma contração muscular, que nesta 
faixa de frequência pode causar fadiga muscular importante com estimulação. A TENS 
de curta intensidade atua em parte como um contra-irritante, pode ser aplicada 
durante um curto período de tempo, útil para, por exemplo, remover suturas ou trocar 
curativos (CAMILO, 2015). 
Tens Acupuntura 
Este modo é caracterizado, pela maioria dos autores, por estímulos de alta 
amplitude e baixa frequência. Fox e Melzack foram os primeiros a relatar que a 
colocação de TENS em pontos de acupuntura teve bons resultados, sugerindo que a 
estimulação elétrica transcutânea é mais conveniente pôr em comparação com a 
 
 
45 
 
acupuntura convencional, pois deve ser administrado sob a supervisão de pessoal 
paramédico. 
Evidências sugerem que a acupuntura TENS produz analgesia semelhante à 
sugerida para a acupuntura tradicional. No entanto, a maioria dos comentaristas 
acredita que a acupuntura TENS pode ser definida como a indução de contrações 
musculares rítmicas visivelmente fortes, mas não dolorosas nos miótomos 
relacionadas à dor (CAMILO, 2015). 
Mecanismos de ação 
De acordo com o local anatômico de ação, a analgesia induzida por estímulo 
pode ser classificada como periférica, segmentar ou externa. 
Em geral, o principal efeito da TENS convencional é a analgesia segmentar 
mediada pela atividade da fibra. O principal efeito da acupuntura TENS é a analgesia 
extracorpórea mediada pela atividade dos miorreceptores. O efeito primário da 
estimulação nervosa elétrica de curta intensidade é a analgesia extracorpórea por 
meio da atividade do em nervos aferentes cutâneos de pequeno diâmetro. O TENS 
normal e o TENS de curto prazo também podem fazer com que o bloco periférico 
receba informações sobre o tipo de fibra que está sendo ativada (KITCHEN, 2003).46 
 
15 REFERÊNCIA 
 
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