Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3 2 ELETROTERAPIA .................................................................................................. 4 2.1 Produção de efeitos terapêuticos por determinados tipos de energias ................. 7 3 ELETROTERAPIA FACIAL .................................................................................. 10 4 ELETROLIFTING / GALVANOPUNTURA ........................................................... 11 5 DESINCRUSTE .................................................................................................... 13 6 MICROCORRENTES ............................................................................................ 15 7 LASERTERAPIA .................................................................................................. 17 8 VAPOR DE OZÔNIO ............................................................................................ 20 9 RADIOFRAQUÊNCIA FACIAL ............................................................................. 22 10 IONTOFORESE .................................................................................................... 24 11 ALTA FREQUÊNCIA ............................................................................................ 26 11.1 Efeitos Fisiológicos ........................................................................................... 27 12 PEELINGS DE DIAMANTE .................................................................................. 29 13 PEELING DE CRISTAL ........................................................................................ 31 14 ELETROTERAPIA CORPORAL .......................................................................... 33 14.1 CRIOLIPOLISE .................................................... Erro! Indicador não definido. 15 CARBOXITERAPIA .............................................................................................. 36 16 ULTRACAVITAÇÃO ............................................................................................. 38 17 CORRENTE RUSSA ............................................................................................ 41 18 NEUROESTIMULAÇÃO ELÉTRICA E TRANSCUTÂNEA (TENS) ..................... 43 19 REFERÊNCIA ....................................................................................................... 45 3 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 4 2 ELETROTERAPIA A eletroterapia é o uso da corrente elétrica para fins terapêuticos. O uso dessa tecnologia melhorou muito nas últimas décadas, à medida que novos recursos foram desenvolvidos. Mas tem sido usado para fins medicinais desde os tempos antigos, e pessoas como Aristóteles e Plutão usavam enguias elétricas visando provocar uma resposta de seus pacientes por meio de corrente elétrica (GUIRRO, E.; GUIRRO, R 2003; AGNE, 2017). Os egípcios, por volta de 5.000 a.C., usavam peixes (bagre do Nilo) que emitem eletricidade e eram até adorados como deuses. Por volta de 1000 a.C., foi relatada uma pedra negra, que foi atraída pelo ferro chamada magnesian (atualmente magnetita). Os romanos e gregos usavam a corrente elétrica gerada pela eletrocutação de peixes para tratar dores de cabeça e outras doenças. O médico italiano Luigi Galvani pesquisou e aplicou essa técnica em sapos para produzir contrações musculares. Sua pesquisa foi publicada na tese. De viribus electricitatis in motu muscalis (Sobre o efeito da eletricidade na contração muscular), exibida no Museu da Ciência em Bolonha, Itália. Este tipo de corrente contínua foi denominado em sua homenagem de corrente galvânica (GUIRRO; GUIRRO, 2003; AGNE, 2017). Outro método desenvolvido em 1745 foi a iontoforese, uma técnica que utiliza uma corrente elétrica para liberar drogas através da pele. A pesquisa de Pivati foi precursora da descoberta da técnica, enquanto outro pesquisador chamado Leduc fez uma descoberta usando o procedimento. Em 1855, Guillaume Duchenne estudou o uso da corrente alternada demonstrando que este modo era superior à corrente contínua na produção de estimulação terapêutica. Sua pesquisa mostrou que a corrente alternada produzia contrações mais fortes, independentemente do estado do tecido muscular estimulado. A pesquisadora também é autora de um estudo sobre pontos motores, que podem ser estimulados eletricamente para produzir contrações e movimentos musculares (GUIRRO; GUIRRO, 2003; AGNE, 2017). No Brasil, o surgimento da eletroterapia está associado à criação do Serviço de Eletromedicina no Rio de Janeiro por volta de 1879; E em 1919, na cidade de São 5 Paulo, o Ministério da Eletricidade Médica. Todo o desenvolvimento histórico da eletroterapia esteve associado à descoberta destes precursores, e com o advento de novas tecnologias foram desenvolvidos e aprovados meios para sua utilização de forma mais segura e confortável. Nesse campo de pesquisa e esforço, ainda há muitas possibilidades a serem exploradas e desenvolvidas, valendo a pena aguardar o surgimento de novas tecnologias (GUIRRO; GUIRRO, 2003; AGNE, 2017). A eletroterapia no tratamento estético Quando um profissional de estética recebe um cliente por vez, ele deve seguir um procedimento padrão que consiste em: Figura 1 – Procedimento Padrão de Atendimento Fonte: Pereira, 2019. Um protocolo de tratamento é a combinação lógica, corretamente sequenciada, de três tipos de técnicas ou tecnologias. 6 Técnicas manuais; Tecnologia farmacológica (cosméticos, cosméticos, cosmecêuticos, etc); Tecnologia de beleza elétrica. Os recursos eletrocosméticos são, portanto, um coadjuvante da sequência terapêutica, a estética elétrica não é o objetivo final. Em outras palavras: equipamentos que utilizam apenas recursos eletroestéticos não podem resolver problemas estéticos, pois o que resolve problemas estéticos é a capacidade dos profissionais que precisam de muito conhecimento e experiência para diagnosticar, avaliar corretamente, desenvolver tratamentos protocolares e aplicá-los com precisão. Objetivo do uso de equipamentos elétricos de beleza Como já apontado, o equipamento de eletroterapia sozinho não pode resolver problemas estéticos. Então, qual é o propósito de usá-lo? Em tratamento? Reduzir o tempo de resposta ao tratamento. O equipamento de qualidade permite que os profissionais trabalhem com para obter resultados em menos tempo. Isso é fundamental porque os clientes estão ansiosos para alcançar esses resultados. Melhorar a qualidade dos resultados do tratamento. O equipamento avançado permite que as esteticistas alcancem resultados que antes eram inimagináveis. Mas, para isso, os equipamentos devem ser fabricados com tecnologia de ponta,o que exige dos profissionais que os utilizam uma dose constante de conhecimento, obtidos com aprendizado contínuo e dedicação incansável. Aumente a lucratividade da clínica. Clínicas equipadas com tecnologia de ponta podem atender mais clientes com menos funcionários sem comprometer a qualidade do atendimento. Esta é uma das chaves para o sucesso de qualquer negócio: aumentar receitas, com a redução das despesas. 7 2.1 Produção de efeitos terapêuticos por determinados tipos de energias O objetivo do uso de métodos terapêuticos é estimular os tecidos do corpo, e isso só acontece quando a energia produzida é absorvida pelos tecidos. Os efeitos terapêuticos estão relacionados à forma de energia produzida por meio de recursos tecnológicos específicos que, de alguma forma, transferem energia para dentro ou para fora dos tecidos biológicos. Essa energia pode ser refletida, refratada, absorvida ou transmitida pelos tecidos biológicos. Segundo Agne (2017), à medida que a energia elétrica é aplicada aos tecidos, o pode produzir principalmente três efeitos fisiológicos, descritos a seguir, responsáveis pelo efeito terapêutico: Efeitos térmicos: relacionados à resistência do tecido, resistência e tempo de exposição. Efeitos eletromagnéticos: as correntes elétricas produzem efeitos eletromagnéticos e perturbações nas relações entre as moléculas que afetam os fenômenos químicos e biológicos. Efeito eletroquímico: Uma corrente elétrica pode expelir íons de uma solução, resultando em uma reação química. Assim, a energia elétrica é utilizada de tal forma que: causa modulação da dor por meio da estimulação de nervos sensoriais na pele; produzir contração muscular de acordo com o tipo de corrente e frequência; estimule a cicatrização do tecido e crie iontoforese através da modificação química do tecido (iontoforese). Para que a radiação eletromagnética produza efeito nos humanos, ela deve ser absorvida, havendo uma interação dessa radiação com as estruturas moleculares e celulares humanos. Essa interação dependerá dos mecanismos de reflexão, de refração de absorção (SERGE; FERREIRA, 2015). Quanto aos efeitos biológicos da radiofrequência, promovem aumento da circulação arterial, vasodilatação, melhorando assim a oxigenação e acidez dos tecidos, além de aumentar a drenagem venosa, aumentar a reabsorção de substâncias catastróficas e reduzir o edema em áreas de processos inflamatórios, 8 aumentando a permeabilidade das membranas celulares e melhor transporte de metabólitos, estimulando o sistema imunológico e reduzindo os radicais livres (CARVALHO et al., 2011). No que diz respeito à energia térmica, as modalidades de termoterapia produzem um aumento da temperatura dos tecidos e a crioterapia produz uma diminuição da temperatura dos tecidos transferindo esta energia de uma fonte, aquecimento ou condução para o corpo. A taxa de transferência de calor entre um objeto e outro é proporcional à diferença na temperatura entre eles. Se dois objetos tiverem temperaturas muito próximas, a transferência de calor será lenta, mas se houver uma diferença de temperatura, a transferência de calor entre eles será mais rápida. Em geral, os efeitos terapêuticos de diferentes modos de energia estão associados a mudanças de gradiente de temperatura em tecidos superficiais e profundos, mudanças bioquímicas no nível celular, estimulação de respostas de produção de energia, estimulação de reprodução e regeneração de tecidos e estimulação excitatória do sistema nervoso periférico sensorial e motor, entre outros. Recursos eletroestéticos utilizados em estética Os meios eletroestéticos utilizados na estética podem ser agrupados em quatro famílias: a) Descarga elétrica: é um fluxo irregular de cargas elétricas de curta duração, um ponto entre duas pessoas Exemplo: Relâmpago. Nota. Toda faísca elétrica é uma descarga elétrica. b) A corrente elétrica: é um fluxo definido de cargas elétricas através de um caminho fechado. Observação: O usuário controla a duração da corrente com o interruptor. O caminho fechado através do qual a corrente flui é chamado de circuito elétrico c) Irradiação: é qualquer energia que viaja pelo espaço. Exemplos: som e luz. d) Meios mecânicos: são aqueles que utilizam motores, compressores, válvulas de pressão, câmaras pneumáticas, etc. 9 Cada uma dessas famílias tem características diferentes. Usos estéticos: (PEREIRA, 2019). Descarga elétrica Alta frequência Corrente elétrica Contínua e constante Contínua e intervalada Alternada sem modulação Alternada modulada Alternada, intervalada, sem modulação Alternada, intervalada, modulada Irradiação Ultrassom Radiofrequência Infravermelho Laser Recursos mecânicos Pressoterapia Vacuoterapia / Indermologia Dermoabrasão Carboxiterapia. Quais são as contra-indicações? Existem várias limitações ao uso de meios eletrostáticos. Eles podem causar reações alérgicas, queimaduras, danos nas articulações, etc. Conhecer as contraindicações de cada remédio é fundamental para a segurança e conforto do cliente. A esta altura, sabemos que o tratamento estético pode utilizar um ou mais dos recursos descritos, que se dividem em quatro famílias e cuja aplicação exige que o profissional consiga responder com segurança às quatro questões (PEREIRA, 2019). 10 3 ELETROTERAPIA FACIAL Fonte: https://bit.ly/3QKLafL. A eletricidade é uma das divisões da física, e como o corpo humano é um excelente condutor de eletricidade, devido às cargas livres sob a forma de íons, temos na eletroterapia um recurso a mais para obtermos os resultados esperados. A eletroterapia consiste em um recurso comum na estética, onde se utilizam correntes elétricas diversas para proporcionar resultados específicos. Auxilia no processo de revitalização da pele, melhorando a flacidez, o brilho e sua viscosidade, pois forma um campo bioelétrico natural, que promove a revitalização das células. Isso acontece pela atuação das microcorrentes que é profunda e pode atingir até o nível muscular, resultando em uma melhora imediata na camada cutânea e subcutânea. Dentre os principais tratamentos com o uso da eletroterapia, temos o eletrolifting, a ionização e as microcorrentes. As contraindicações da eletroterapia devem ser observadas, sendo elas: cardiopatias, portadores de marca-passo, patologias circulatórias, gestantes, hipertensão, processos infecciosos e inflamatórios, neoplasia, problemas renais crônicos, patologias pulmonares, epilepsia, regiões com dermatites ou dermatoses, lesões musculares, prótese metálica. A Eletroterapia, de modo geral, promove a revitalização cutânea, melhorando a flacidez muscular, a elasticidade, a viscosidade e o brilho da pele, devido à formação de um campo bioelétrico natural, que promove revitalização celular. 11 3.1 Eletrolifting / Galvanopuntura Fonte: https://bit.ly/3IQxJJi Ao longo dos anos, essa técnica foi usada em dois procedimentos: um para suavizar faciais e rugas, aqui chamado de “eletrolifting” e outro para minimizar estrias, aqui chamado de “galvanopuntura”. Eletrolifting é uma técnica desenvolvida em 1952, que tem por finalidade produzir um levantamento na pele e estruturas adjacentes, devido a isso surgiu à expressão lifting. A técnica é invasiva, porém superficial, reunindo os efeitos do eletrodo em forma de agulha junto ao efeito da corrente contínua. Além de Eletrolifting, a técnica pode ser chamada de “Galvanopuntura” ou “Microgalvanopuntura (BORGES, 2006 p. 229 – 233). O eletrolifting é indicado para o tratamento de estrias, rugas e marcas de expressão, pois estimula a produção de novas fibras que preenchem essas falhas na pele por meio de eletricidade. Pode ser realizado em todas as partes do corpo. Também é utilizado para "drugdelivery", uma técnica em que se infunde fármacos na pele através de aparelhos, mas este fim tem sido deixado de lado pelo baixo desempenho. A corrente galvânica, na prática, é a mesma corrente direta. No entanto, existem alguns equipamentos (que não são muito comuns) que produzem uma corrente chamada EGAV (estimulação galvânica de alta voltagem) e que pelo fato de ser pulsátil, não tem nada a ver com a corrente direta (PEIXOTO, 2007, p.23). Embora a nomenclatura difira denotando procedimentos, ação e metodologia em sua aplicação não. A técnica de eletrolifting/galvanopuntura utiliza corrente http://www.minhavida.com.br/saude/temas/estrias http://www.minhavida.com.br/saude/temas/rugas http://www.minhavida.com.br/guias/pele/ 12 contínua e uma ligada ao polo negativo, que é o polo ativo. O polo negativo, em contato com a pele, atrai íons positivos dando origem a um processo de "eletrólise”. O polo positivo é o passivo e deve ser onde vai atuar, fechando um campo elétrico (ROSSI, 2019). Efeitos fisiológicos A base dos efeitos fisiológicos desta técnica baseia-se na capacidade de a corrente causar eletrólise, que leva à formação de tecido fibroso que preenche os espaços tratados, principalmente no relevo da pele, aumentando a atividade metabólica, reativação de células e fibroblastos e processos de autocicatrização tecidual (VERARDO, 1996). Princípios básicos de uso Os procedimentos técnicos para a realização do eletrolifting podem ser de três grupos: deslizar a agulha dentro do canal da ruga; penetração da agulha em pontos adjacentes e no interior da ruga; e a escarificação, semelhante ao método deslizante, porém a agulha é posicionada a noventa graus, causando dano tecidual. A intensidade da corrente é dada pela sensibilidade do paciente (BARBOSA, 2013). A pele deve estar completamente limpa, sem loções ou produtos que reduzam a condutividade. Também deve ser realizada microesfoliação local, que reduz a impedância tecidual. (Figura 2). Figura 2 – Eletrodo ativo negativo “sem agulha” e passivo positivo em bastão Fonte: Pereira (2019). 13 Método de aplicação Este método pode ser um método de fricção, onde o microeletrodo deve ser deslizado continuamente sobre a área tratada até que ocorra hiperemia. a) Tempo de funcionamento: depende da abrangência do local. b) Intensidade: A intensidade utilizada nesta técnica é medida por um parâmetro que varia entre 0,15 e 0,90 microampères, dependendo da espessura do tecido, localização e procedimento. c) Eletrodo ativo: polo negativo. d) Eletrodo passivo: polo positivo. Alguns minutos após a aplicação, a hiperemia é restaurada devido à vasodilatação causada pela corrente. Esse microedema será reabsorvido em um período que pode durar de dois a três dias. Indicações Além de tratamentos para redução de linhas de expressão e estrias. Contraindicações Locais com feridas, inflamação ou qualquer lesão; prótese metálica no local de aplicação; varizes; pacientes com marca-passo; neoplasias; sensibilidade cutânea alterada. 3.2 Desincruste Desincruste é uma técnica usada em estética para retirar a oleosidade excessiva da pele ou do couro cabeludo. Essa reação ocorre como resultado de uma reação química entre uma solução (sal) de sebo produzida pela glândula sebácea e um fluxo contínuo de água. As soluções desincrustes são tipicamente alcalinas, como o cloreto de sódio 10% e o bicarbonato de sódio 10%, entre outros (SORIANO; PÉREZ; BAQUÉS, 2002). Quando essas substâncias são usadas, o polo ativo é negativo e o polo passivo é positivo. Nesse caso, o polo ativo (negativo) atrai íons positivos, formando o sódio hidróxido, que ao reagir com o óleo oleoso produzido pela glândula sebácea, 14 transforma - se em sabão, favorecendo a eliminação do excesso de oleosidade por ser solúvel em água. Na figura 3, observa-se o uso de Eletrodos ativos (negativos) deslizando pela face da cliente, que segura o eletrodo passivo (positivo) para o fechamento do campo elétrico. Figura 3 – Eletrodos ativos (negativos) e eletrodo passivo (positivo) Fonte: Adaptado de Pereira (2019). Efeitos Fisiológicos O objetivo dessa técnica é emulsionar a oleosidade da pele por um processo eletroquímico que combina corrente contínua com ação do sódio, promovendo a remoção do excesso de oleosidade e sebo da pele. Técnicas de Aplicação A pele deve estar livre de produtos de higiene (produtos de limpeza, cremes, esfoliantes, etc.). A solução desincrustante deve ser utilizada um algodão umedecido e olhar fixado a um eletrodo ativo. O tempo de aplicação no rosto deve ser entre três e quatro minutos. O intervalo de aplicação deve ser entre 15 e 20 dias (SORIANO; PÉREZ; BAQUÉS, 2002). Atenção: O objetivo desta vez é evitar a ação do rebote, ou seja, o efeito oposto ao desejado. 15 Indicações: Pele oleosa. Tratamento para oleosidade nos cabelos. Contraindicações: Áreas com lesões, inflamações ou qualquer tipo de lesão. Medição no local de aplicação. Cardíacos portadores de marca-passo. Lesões neoplásicas. Alteração na sensibilidade da pele. Atenção: O objetivo desta vez é evitar a ação do rebote, ou o efeito desejado. 3.3 Microcorrentes Fonte: Gerson et al, 2012. A técnica de microcorrente é um tratamento eletroterápico que consiste na aplicação de uma corrente elétrica por meio de eletrodos colocados na pele, com inversão regular da polaridade. O nome "micro" é usado por causa da baixa amperagem usada quando comparada a outros tipos de correntes. Neste caso, a técnica emprega intensidade na faixa de microampères. Os sinais elétricos produzidos pela tecnologia são muito semelhantes aos do corpo humano e seus objetivos são revitalizar a pele e aumentar a síntese de proteínas e, como resultado, aumentar a síntese de ATP, aumentando assim a viscosidade da pele e sua elasticidade (BELL, 2013). 16 Foi desenvolvido a partir dos conceitos de galvanização, porém, ele é mais específico e mais confortável para pacientes que não possuem percepção atual. Os dispositivos de microcorrente são projetados especificamente para imitar a amplificação dos sinais bioelétricos do corpo humano, aumentando sua capacidade de transportar nutrientes e resíduos metabólicos das áreas afetadas (CHENG VAN HOFF; BOCKX, 1982). Uma célula saudável tem uma carga negativa no interior e uma carga positiva no exterior. Nos casos em que ocorre situação de lesão, esta situação é inversa. Indicações: Pós-operatório; cicatrização; recuperação de queimaduras; acne; revitalização facial; rejuvenescimento; iontoforese. Contraindicações: Alergia à corrente elétrica; próteses ou implantes metálicos no local de aplicação; gestação; eixo de cardíaco; neoplasias. Aplicação das microcorrentes: Segundo Agne (2006), a microestimulação é sem dúvida a mais simples de todas as técnicas de eletroterapia. Os parâmetros a serem determinados referem-se principalmente a intensidades de corrente que variam entre 20 e 600 µA, e tempos de estimulação que variam de 15 minutos a 1 hora, sendo 1 a 30 minutos sugeridos por outros autores. Para os eletrodos móveis, é necessário realizar movimentos lentos, ora acompanhando o trajeto dos vasos, ora movimentos de vai e vem aproximando-os e afastando-os com “leves beliscões”, estimulando a epiderme e a circulação sanguínea. Pode-se também estimular a musculatura com movimentos de encurtamento e alongamento seguindo o mapa anatômico da musculatura. Devido aos seus efeitos polares, é sempre necessário revestir os cotonetes umedecidos em uma solução dependendo da finalidade do tratamento, por exemplo soluções ou rejuvenescedores. 17 4 LASERTERAPIA Fonte: https://bit.ly/3GVuVI6. Dois tipos de laser são utilizados na área médica: um é a radiação de alta potência (maior que 1 watt),também conhecida como ablativos, que tem potencial destrutivo e pode atingir temperaturas acima de 100°C. São utilizados na área médica, como a cirurgia de remoção de tumores, e na área cosmética, como a cirurgia de depilação (AGNE, 2013). Os lasers de baixa intensidade ou baixa potência, também conhecidos como lasers não ablativos, não produzem efeito térmico, seu efeito se deve à fotobioestimulação celular. O termo laserterapia de baixa intensidade refere-se ao uso terapêutico da energia da luz. Os raios de luz são direcionados aos tecidos-alvo onde ocorrem os efeitos primários, secundários e terapêuticos após serem absorvidos pelo cromóforo. Esses efeitos se devem ao processo fotobioestimulação, no qual a área tratada tende ao equilíbrio, ou seja, a um estado normalizado das células. Efeitos fisiológicos desencadeados pelo laser de baixa intensidade Quando você focaliza um feixe de luz no tecido-alvo, parte dessa energia é refletida, reduzindo a penetração da luz no organismo, e parte absorvida pelos cromóforos do tecido alvo. A interação da energia do laser de baixa intensidade com o produto das respostas primárias no local de aplicação, o qual é de natureza fotoquímica ou fotoelétrica, e darão origem às secundárias. As respostas aos 18 estímulos luminosos podem ser imediatas ou observadas horas, ou dias após a aplicação (LINS et al., 2010). Durante a reparação tecidual, temos dois tipos de respostas: Respostas de aplicação imediata, como redução da dor e do inchaço; Respostas tardias - Síntese de células e proteínas. A laserterapia de baixa intensidade produz efeitos fisiológicos primários e secundários ao aumentar o aporte de nutrientes, oxigênio e elementos de defesa, elimina os catabolitos do metabolismo celular, estimulando assim o ritmo de divisão celular e a produção de colágeno, além de promover a analgesia em decorrência da liberação de endorfinas e ter efeito anti-inflamatório pela produção de prostaglandinas e melhora a reparação tecidual. Também foi observada uma diminuição no edema e na estimulação do cabelo, bem como no crescimento do cabelo. Efeitos fisiológicos do laser no tratamento do fibroedema geloide e da gordura localizada As seguintes situações são consideradas contraindicações ao laser de baixa intensidade: Região ocular, promovendo lesões retinianas irreversíveis. Região periocular em pessoas com glaucoma. Irradiação da glândula tireoide, principalmente em caso de hipertireoidismo. Sobre as gônadas. Tecidos tumorais pelos efeitos fotobioestimulantes. Pessoas em tratamento com drogas como tetraciclina, fenotiazinas, glisefulvina 5 que são drogas fotossensibilizantes, devido ao risco de desenvolver fotodermatite. Em caso de hemorragia devido à vasodilatação induzida pelo laser, que pode contribuir para o agravamento do quadro. As indicações do tratamento estético com laserterapia são muito amplas. Faça uma avaliação e verifique se não há contraindicações. Devido aos seus efeitos bioquímicos e bioelétricos, a luz 19 laser de baixa intensidade é indicada para procedimentos que visam aumentar a mitose, a síntese de proteínas, o ATP celular e o aumento da microcirculação e seus efeitos antiedema, anti-inflamatório, analgésico e antioxidante; além disso, espera-se que estimule a fagocitose e a função imunológica. Pós-operatório. Revitalização da pele. Estrias hipertróficas e atróficas. Flacidez tecidual e muscular. Alopécia. Hidrolipodistrofia ginóide. Acne. Rugas e rítides. Prepara o paciente É obrigatório o uso de óculos específicos, tanto para o paciente quanto para o paciente, pois a incidência do laser na retina pode causar danos irreversíveis. Devem ser quimicamente esterilizados e deve ser utilizada uma gaze umedecida sob os óculos para proteger os olhos a aplicação é feita na região periocular. O tecido que receberá a irradiação deve estar limpo, livre de barreiras físicas, para aumentar a quantidade de energia. Modo de aplicação Agora que são conhecidos os parâmetros definidos no equipamento, deve-se atentar para a forma de aplicação do laser. Para que não haja dispersão a ponta deve estar posicionada perpendicularmente e no máximo ao tecido irradiado, quase totalmente em contato com o a pele. A aplicação da energia do laser na pele pode ser por aplicação pontual, por varredura ou por área, e a escolha está ligada à integridade da pele; nesse caso, a escolha deve ser por aplicação pontual, aumentando a absorção da radiação eletromagnética (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2003). 20 5 VAPOR DE OZÔNIO Desde a sua descoberta em meados do século XIX, o potencial terapêutico do gás ozônio (O3), ou seja, a terapia com ozônio, demonstrou descontaminar e reparar feridas gravemente infectadas, razão pela qual tem sido usado como agente cicatrizante, tem sido usado para tratar muitas doenças diferentes com efeitos colaterais mínimos detectados (RENNÓ; CINTIA, 2022). A função do O3 nos tecidos biológicos é semelhante à de um "pró-fármaco" ao interagir com uma molécula específica, produz mais substratos ativos que catalisam uma cadeia interna de reações. Sabe-se que ao ingerir O3, reage (oxida) com ácidos graxos poli-insaturados (PUFA) nas membranas celulares, resultando na formação de dois mensageiros principais: espécies reativas de oxigênio (ROS, do inglês reactive oxygen species, incluindo o peróxido de hidrogênio (H2O2), radical ânion superóxido (O-), radical hidroxila (OH-) e óxido nítrico (NO); e os subprodutos de peroxidação lipídica (LOP, do inglês lipid oxidation products), compostos principalmente por 4-HNE (de PUFA ômega-6) e 4-HHE (trans-4 hidróxi-2-hexenal de PUFA ômega-3). Do ponto de vista estético, é um aliado fundamental na limpeza da pele e pode ser usado com em cremes faciais e cuidados capilares. O vapor de ozônio é gerado por um dispositivo eletroestético específico que consiste em um tanque ou reservatório de água. Quando a máquina é ligada, a água ferve e libera vapor, que por sua vez evapora e produz ozônio. Muitos aparelhos no mercado têm a função de liberar vapor de água ou vapor de ozônio (SCHMITZ; LAURENTINO, 2018). A utilização do vapor de ozônio na limpeza da pele contribui para a fase de emoliência, fundamental para a extração dos cravos. Um dos motivos é o aumento da temperatura quando aplicado, pois o vapor de ozônio tem uma temperatura maior que a da pele, por conta disso, existe um processo de amaciamento das queratinas, facilitando a realização da extração. Além disso, devido às suas propriedades antissépticas, ajuda a desinfetar a pele e elimina os micróbios. Devido a essas propriedades, o vapor de ozônio tem várias vantagens sobre outros dispositivos emissores de calor, como vapor d'água e 21 máscaras térmicas. Devido a esses efeitos biológicos, essa técnica pode ser usada para controlar a acne. Finalmente, o vapor de ozônio também pode ser usado para cuidar dos cabelos. Este tratamento remove qualquer infecção bacteriana do couro cabeludo e cabelo e melhora, por exemplo, em caso de seborreia. Além disso, pode melhorar a circulação sanguínea, ajudar na regeneração e crescimento do cabelo, melhorar a vitalidade do cabelo e torná-lo mais bonito e brilhante (SCHMITZ; LAURENTINO, 2018). Aplicação da técnica do vapor de ozônio Segundo o autor, a aplicação em seus clientes, você precisa tomar algumas precauções. Primeiro, proteja os olhos com uma bola de algodão umedecida em água ou uma substância calmante, como camomila. Para pessoas com pele sensível, recomenda-se cobrir todo o rosto para evitar desconforto. Embora esta seja uma técnica segura, ela é contraindicada para clientes com vasinhos e rosácea. O vapor de ozônio tem alta temperatura e causa vasodilatação, podendo agravar essas condições clínicas e aumentar a vermelhidão da pele.Após essas etapas, devemos posicionar o vaporizador a uma distância de 40 a 60 cm do cliente, para que possamos realizar a aplicação, que dura de 10 a minutos. Caso essa técnica seja utilizada para cuidados com os cabelos, os mesmos cuidados devem ser tomados, como cobrir a região dos olhos e afastar-se do aparelho. Como o vapor de ozônio é usado com outros protocolos como limpeza e hidratação da pele, recomenda-se uma frequência média de uma vez por mês ou a cada dois meses (SCHMITZ; LAURENTINO, 2018). 22 6 RADIOFRAQUÊNCIA FACIAL Fonte: https://bit.ly/3iLuOXS. A história do Radiofrequência começa quando o médico e fisiologista francês Jacques A. Já D'Arsonval determinou em 1891 que o corpo humano poderia tolerar correntes elétricas em frequências acima de 10.000 Hz (10 kHz) sem efeitos colaterais significativos. A emissão de radiofrequência é dada pelas formas monopolar e multipolar. As regiões da face devem ser divididas durante o procedimento aproximadamente três vezes mais em relação à cabeça, ou seja, necessárias para atingir o desejado e a hiperemia tecidual. Como o equipamento está em alta potência no momento da aplicação em uma região maior, recomenda-se realizar corredeiras para que não haja queimaduras. Por outro lado, em aparelhos de baixa potência e regiões menores, devem ser feitos movimentos mais lentos, para atingir a temperatura ideal (BIANCHINI; TREVISAN, 2019). A radiofrequência é amplamente utilizada na medicina para excisão de tecidos, com bisturis elétricos, e agora também é usada em distúrbios cosméticos para tratar flacidez. Em 2002, a primeira indicação de radiofrequência aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos envolvia rugas na região ao redor dos olhos; portanto, é aprovado para uso em outras partes do corpo. Atualmente, as indicações da radiofrequência estão aumentando, e sabe-se que seu efeito se estende a outras doenças, como: fibrose gel-like edema (FEG), fibrose, aderências, acne em fase de cicatrização, gordura localizada, etc (PAGANIN, 2019). 23 Efeitos fisiológicos da radiofrequência As temperaturas elevadas também promovem a transformação das fibras colágenas e neocolagenase, resultando em aumento da espessura e densidade dos tecidos de sustentação, o que ajuda a melhorar a flacidez tecidual. Os aparelhos de radiofrequência permitem que as fibras de colágeno se contraiam, fornecendo corrente alternada da ponta do eletrodo para o tecido. A desnaturação inicial do colágeno que ocorre nos tecidos profundos modificados pelo calor leva ao encolhimento imediato do tecido, seguido pela formação de novo colágeno adicional que encolhe os tecidos pelo calor (AGNE, 2013). Com isso, o processo de neocolagenização do colágeno muda em diâmetro, espessura e frequência, resultando na reorganização das fibras colágenas e na consequente remodelação do tecido. Portanto, é possível investigar o efeito lifting imediato causado pela contração das fibras colágenas e pela contração da circulação sanguínea e das fibras colágenas devido à ativação do metabolismo celular após primeira aplicação da radiofrequência. Os efeitos tardios ocorrem estimulando os fibroblastos a produzir mais colágeno (aparece nas semanas e meses seguintes) (BORGES; SCORZA, 2016). A transmissão de radiofrequência de tecidos biológicos produz várias respostas fisiológicas, principalmente devido ao aumento da temperatura. Assim, seus efeitos fisiológicos são: desnaturação do colágeno seguida pela contração das fibrilas de colágeno; liberam proteínas de choque térmico (HSP47 e HSP72); Vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo e linfático; lipólise; aumentar o metabolismo local; aumento da secreção de catecolaminas; aumentar a elasticidade dos tecidos ricos em colágeno. Contraindicações Como todas as técnicas utilizadas na estética facial e corporal, a radiofrequência apresenta contraindicações absolutas e relativas; além disso, a aplicação incorreta dessa técnica pode causar riscos ou danos aos tecidos, o que afeta os resultados desejados. Entre nossas contraindicações absolutas: não utilizar na presença de marca-passos e/ou cerebelo, pois as ondas eletromagnéticas podem 24 alterar sua função; gravidez, principalmente antes do primeiro trimestre, pelo risco de malformação fetal; Câncer ou transporte e infecção sistêmica, para não agravar a situação. Técnica de aplicação: Limpe a área a ser tratada. A impedância da pele pode ser reduzida por esfoliação. Selecione a frequência de acordo com a região a ser tratada: aproximadamente 640 kHz para a região de 1200 kHz para o decote e pescoço 2400 kHz para as regiões do corpo. A intensidade varia de acordo com a sensibilidade relatada pelo feedback do paciente durante a aplicação é muito Para acoplamento deve ser usado meio condutor. O movimento deve ser constante e contínuo, os lentos favorecem um aquecimento rápido, os movimentos rápidos um lento. O movimento deve ser usado para controlar a temperatura sempre monitorando a temperatura usando um termômetro o medidor acompanha o equipamento, alguns equipamentos possuem medição de temperatura embutida (RODRIGUES; PETRI, 2010). 7 IONTOFORESE Na iontoforese, uma fonte de corrente produz uma corrente elétrica constante, constante e de baixa intensidade (corrente galvânica) que flui entre dois eletrodos condutores, aquecendo o tecido da pele e permitindo que a superfície do penetre no produto cosmético. Também é conhecida como corrente contínua, contínua, constante e unidirecional, ou seja, corrente na qual os elétrons fluem em apenas um sentido (BORGES, 2010). A iontoforese é uma técnica não invasiva que usa voltagem ou corrente elétrica para fornecer um método controlado para aumentar a entrega de vários medicamentos através da pele. Na iontoforese, uma corrente elétrica é transmitida de 25 um eletrodo para a pele por meio de uma solução contendo uma substância ativa (BORGES, 2006). Este é um processo útil quando usado com drogas hidrofílicas e de alto peso molecular (SILVA et al., 2012) Existem três vias possíveis para a passagem de substâncias através da pele para os tecidos subcutâneos: Folículos pilosos e suas glândulas sebáceas associadas; Os canais de suor; Pelo próprio estrato córneo, entre seus apêndices e espaços (vias intercelulares). Efeitos fisiológicos Os efeitos fisiológicos ocorrem conforme as substâncias utilizadas a que se destinam, mas, tendo em conta a qualidade da técnica, as vantagens, as desvantagens, sendo influenciados por vários fatores, a saber: a concentração do produto; a condição da pele; a quantidade de substância introduzida; a dimensão do eletrodo ativo; a duração da sessão; a frequência dos pedidos; o número de aplicações; a intensidade aplicada. Vantagens da iontoforese Seu efeito é local. Aplicação indolor. Pode ser usado por um longo tempo. Desvantagem da iontoforese Dificuldade de medir a quantidade exata que se aplica. Não se pode aplicar qualquer substância. 26 8 ALTA FREQUÊNCIA Embora o termo "alta frequência" em eletrotermofototerapia frequentemente se refira a um parâmetro de modulação relacionado ao número de repetições de uma quantidade específica de energia na forma de ondas ou elétrons, o nome dessa técnica amplamente utilizada vem do fato de ter uma frequência elevada de ondas eletromagnéticas (BORGES, 2006). Figura 4 – Eletrodos de vidro do equipamento de alta frequência Da esquerda para direita: fulgurador, standard, esférico, saturador, forquilha e pente. Fonte: Pereira, 2019. É um aparelho que utiliza corrente alternada de alta frequência entre 100.000 e 200.000 Hz, oscilando entre 25.000 e 40.000 volts, com potência de cerca de 100 mA. O dispositivoconsiste em um gerador de alta frequência colocado em um porta- eletrodo ao qual são conectados vários tipos de eletrodos de vidro, e uma corrente alternada de alta frequência passa pelo interior do eletrodo, ajudando a transmitir a alta tensão para o outro fim do eletrodo. Ao passar pelo ar que separa os eletrodos da pele, a centelha quebra a ligação covalente de uma molécula de oxigênio (O2) e libera seus átomos (BORGES, 2010). 27 Eletrodos Rolo: utilizado para estimular a pele, promove ação antibacteriana após procedimentos de limpeza e possui propriedades cicatrizantes e calmantes, podendo auxiliar no tratamento de linhas de expressão facial. É recomendado para peles hipertróficas ou rosáceas. Pente: usado como estimulante em veias capilares, veias bulbares e cristas capilares. Estimula a circulação sanguínea e amacia os fios, além de prevenir a queda. Saturador (tem mola no interior): é o único recomendado para uso cosmético, pois aumenta a vascularização da pele e a permeação dos princípios ativos. Fulgurador: também conhecido como cauterizador (BORGES; SCORZA, 2016), este aparelho é utilizado para tratar cicatrizes inflamadas de acne com aplicação direta. Standart (cebolinha): usado na fabricação direta ou fundente. Standard esférico (cebolão): usado em fluxação ou faiscamento direto, seu formato anatômico facilita a passagem da corrente. É usado para estimular a pele. Possui propriedades cicatrizantes e calmantes que podem ser utilizadas após procedimentos de extração e depilação, além de propriedades antibacterianas que podem ser utilizadas após procedimentos de limpeza de pele. Forquilha: utilizada no contorno facial ou corporal direto ou, fluxante. 8.1 Efeitos Fisiológicos Térmico O efeito térmico é causado pela passagem do arco elétrico que, em contato com o cliente, deixa uma certa quantidade de energia na forma de calor na pele. Vasodilatador A alta frequência produz um estímulo na circulação que, causa uma ação vasodilatadora (PEREIRA, 2019). 28 Métodos de aplicação Ação fisiológica: calmante e descongestionante Esta técnica é realizada com o eletrodo aplicado diretamente na pele para ficar permanentemente ali. Esta aplicação deve ser realizada, se necessário, por um movimento suave e lento em toda a superfície. Figura 5 – Aplicação de alta frequência com eletrodo esférico. Fonte: Pereira, 2019. Aplicação direta a uma pequena distância Ação fisiológica: bactericida e antisséptica Isso é ativado quando o eletrodo de vidro se aproxima muito (milímetro) da pele. A ação germicida e desinfetante é catalisada principalmente pela formação de ozônio, que ocorre quando uma faísca (faísca) sai do eletrodo, fenômeno que ocorre ao passar pela pequena camada de ar presente entre o eletrodo e a pele. Este fenômeno é uma conversão física do oxigênio ambiente em ozônio, o que explica suas propriedades antibacterianas e desinfetantes (PEREIRA, 2019). Aplicação indireta Ação fisiológica: efeito tônico e estimulante 29 Esse procedimento ocorre quando o cliente usa um eletrodo de metal (também conhecido como saturador), que deve ser preso ao porta-eletrodo. Os profissionais ao realizar uma massagem devem certificar-se de colocar as mãos no rosto do cliente antes de usar o aparelho e aumentar a intensidade aos poucos. Desligue o dispositivo com uma mão antes de removê-lo do rosto (PEREIRA, 2019). Figura 6 – Aplicação indireta A cliente segura o eletrodo saturador conectado ao “porta eletrodo” enquanto a profissional realiza tamborilamentos sobre toda face. Fonte: Pereira, 2019 A frequência alta também é usada na estética para cauterizar pequenas lesões cutâneas por efeito térmico. Essa técnica é aplicada a uma curta distância do corpo com um eletrodo pontiagudo chamado cauterizador, concentrando toda a energia em um único ponto. Com esta técnica, deve-se tomar cuidado para não provocar uma queimadura na pele. 9 PEELINGS DE DIAMANTE A palavra peeling significa renovação, ou seja, peeling é um agente esfoliante cuja finalidade é esfoliar a pele. O procedimento usa produtos químicos ou ferramentas para raspar a pele para remover células mortas, afinar o estrato córneo e 30 induzir a regeneração do tecido para promover a renovação celular. Além disso, o peeling aumenta a permeabilidade dos tecidos, o que facilita a penetração dos cosméticos. O peeling do diamante é uma fonte de microdermoabrasão definida como o "polimento" da pele no estrato córneo e no nível granular. A ideia de “polir” a pele para melhorar sua aparência é uma técnica há muito utilizada por cirurgiões e dermatologistas, que tem mostrado consistentemente sempre deu resultado satisfatório em termos de melhora da pele. No peeling de diamante, uma das técnicas mais avançadas em microdermoabrasão, são utilizados equipamentos de pressão com pontas reutilizáveis, incrustadas com diamantes de diferentes tamanhos e texturas, para uso em todos os tipos de pele, desde do mais grosso ao mais fino (HILL, 2016). Parâmetros de ajustes do equipamento de peeling de diamante A ação está ligada a um dispositivo de pressão negativa que suga a pele, enquanto a cabeça diamantada facilita o desgaste da pele através do movimento deslizante da ponta habilmente processada. O tempo necessário para aplicar totalmente a técnica no rosto e pescoço depende do praticante. O número de passadas vária conforme a tolerância do cliente e o efeito que a profissional busca, mas geralmente duas passadas são suficientes para causar hiperemia na área de aplicação. Um ritmo acelerado aumenta o risco de petéquias, púrpura e danos à pele. Não apenas a velocidade e o número de golpes afetam os resultados, mas a pressão do vácuo também afeta a eficácia da técnica (FEITOSA et al., 2016). A frequência do tratamento vai depender do tipo de pele, da finalidade do tratamento, porém na região do pescoço e colo, quando realizada abrasão mais leve, um intervalo indicado de 5 a 7 dias após, e, quando há maior abrasão, o intervalo entre sessões pode variar de 12 a 15 dias. Vale a pena mencionar as condições em que microdermoabrasão o não é apropriado: rosácea, infecções de pele, infecções fúngicas, erupções cutâneas, infecções virais, acne ativa, cicatrizes tipo herpes. Além disso, a exposição ao sol não 31 é permitida, os com telangiectasia devem ser evitados, cuidados devem ser tomados com diabéticos e um fator solar diário deve ser sempre recomendado (HILL, 2016). Após a aplicação da técnica, é importante seguir alguns cuidados, como usar FPS 30, ficar ao abrigo do sol por 8 horas após a aplicação, não usar produtos irritantes e depilar ou depilar a laser somente após 10 dias do procedimento. 9.1 Peeling de cristal Fonte: https://bit.ly/3jC31JM. O peeling de cristal, o primeiro equipamento de microdermoabrasão surgiu em 1985 e utiliza uma combinação de cristais sendo passados por uma caneta em um sistema fechado a vácuo. É uma técnica realizada por equipamento que consiste em um ar para duas saídas simultâneas, em que uma suga os cristais usados, e a outra exala os cristais de óxido sob pressão (FEITOSA et al., 2016). O mecanismo de ação do peeling de cristal é que a força dos microcristais explode na superfície da pele, erodindo a epiderme e estimulando seu crescimento, que resulta da esfoliação do estrato córneo, que leva à posterior regeneração da epiderme algumas camadas específicas da pele são esfoliadas. Isso potencializa a 32 indução da resposta inflamatória em tecidos mais profundos, pois o mediador estimula a produção de colágeno. Os procedimentos de peeling são adequados para tratamentos faciais e corporais, desde que tenham como objetivo estimular a renovação celular e remover as células mortas. O peeling de cristal pode ser usadopara tratar rugas, mas é importante que o médico avalie o tipo de rugas para ver se são superficiais ou profundas, estáticas ou dinâmicas, para garantir que um tratamento de microdermoabrasão irá tratar ou reduzir o tipo de ruga. Clientes com rugas mais profundas ou dinâmicas, têm menos probabilidade de ficarem satisfeitos com os resultados, já nas rugas finas estáticas, o resultado será com a aplicação do peeling de cristal, porém, nas rugas dinâmicas com grau moderado de severidade, indicamos o tratamento, mas os resultados serão moderados. De acordo com Gerson, et al (2011), a microdermoabrasão pode causar hipo ou hiperpigmentação, bem como irritação da pele, se usada incorretamente. É importante observar que qualquer esfoliação intensa da pele deve ser feita com cautela, principalmente evitando a luz solar e usando um fator de proteção solar diário. Os microcristais jateados são óxido de alumínio puro ou corindo, que são substâncias inertes, rígidas e estáveis que não irritam a pele. Segundo Tan et al (2001), esse material tem sido utilizado para abrasão dental e em procedimentos de substituição de articulações por muitos anos. É um componente inerte, insolúvel em água, e devido a sua massa, os cristais caem após a intervenção para se tornar um aerossol, portanto não apresentando nenhum respiratório. 33 10 ELETROTERAPIA CORPORAL 10.1 Criolipólise Fonte: https://bit.ly/3iLOQS0. A criolipólise é uma técnica relativamente nova técnica indicada para redução de gordura localizada, cujo princípio é a localização não invasiva do tecido adiposo com temperaturas variando de –5 ºC a –15 ºC, sendo esta temperatura medida na placa de resfriamento do equipamento utilizado, resultando em uma diminuição da temperatura na superfície do tecido (BORGES; SCORZA, 2016). Em 2000 forma feitas algumas pesquisas americanas por Rox Anderson que se referia a uma publicação da década de 1970 em que pesquisadores observaram que crianças que comiam muito sorvete após amigdalectomia começaram a ter covinhas nas bochechas, acreditando que isso se devia a uma redução de gordura localizada na parte da face exposta à radiação devido à baixa temperatura do picolé. Rox então estudou o efeito do frio nas células de gordura e como a técnica poderia ser usada para promover a perda de gordura localizada. Dessa forma, eles puderam verificar que a criolipólise remove seletivamente os adipócitos sem danificar os tecidos adjacentes, uma vez que os tecidos ricos em gordura são mais suscetíveis ao frio do que os tecidos ricos em água (BARNES, 2017). 34 Após estudos sobre o assunto e atestado a sua veracidade, devido à eficácia e segurança dessa tecnologia, em 2010 o Food and Drug Administration (FDA) aprovou o uso da criolipólise na região do flanco. Em 2012 para o procedimento abdominal e novamente em 2014, a cirurgia foi realizada na região gordurosa da coxa. Como resultado, a criolipólise foi desenvolvida e ainda é considerada uma das técnicas não invasivas mais populares para redução de gordura localizada. Segundo Borges e Scorza (2016), o aparelho utilizado possui um aplicador em forma de taça (cabo) que utiliza o vácuo para colapsar regiões de gordura localizada. Dentro do aplicador há duas placas frias, que ao serem acionadas realizam a transferência de calor extraindo calor da área, reduzindo significativamente a temperatura naquele local e provocando a formação de cristais lipídicos, provocando o processo de conversão. O citoplasma das células de gordura, levando à destruição dessas células. Isso causa paniculite lobular, um processo inflamatório que consiste em infiltrados perivasculares com presença de neutrófilos e células mononucleares. À medida que o processo avança, a paniculite torna-se mais intensa, levando à indução da apoptose celular que atinge o pico em cerca de 14 dias, e então até 30 dias após a exposição ao frio, macrófagos estão presentes no infiltrado e fagocitose de adipócitos apoptóticos como uma resposta natural do organismo à ferida. É importante enfatizar que o dano causado ao tecido adiposo é significativamente maior à medida que a temperatura diminui e a exposição do tecido ao frio aumenta (BORGES; SCORZA, 2016). Indicações, Contraindicações e Reações adversas A criolipólise é contraindicada em pacientes com hemoglobinúria paroxística fria, doença da aglutinina fria, pacientes com anemia e mulheres grávidas. Além disso, doenças sensíveis ao frio, como o fenômeno de Raynaud e a urticária ao frio, devem ser tratadas com cautela. É importante sublinhar que esta técnica pode causar o aparecimento de efeitos indesejáveis após a sua aplicação. Um estudo de revisão sistemática mostrou que os eventos adversos mais comuns ocorridos após a realização do procedimento incluem eritema, parestesia, 35 hematoma e edema nos locais. As complicações mais graves incluem dor, atraso persistente, disestesia, alteração na tez de neuropatia motora, irregularidade do contorno corporal e gordura paradoxal. No entanto, geralmente, os eventos adversos mais comuns desaparecem por conta própria em cerca de uma semana (RENNÓ, CINTIA, 2022). Parâmetros Nível de vácuo: Vácuo: é um parâmetro presente apenas em equipamento de criolipólise por sucção, responsável pela sucção de pele e tecido adiposo no aplicador. Não existe um consenso entre os fabricantes sobre a unidade de medida para esse parâmetro; alguns se apresentam em %, outros em mmHg e outros em kPa, mas sabe-se quanto maior o valor programado, maior a sucção. Recomenda-se programar um valor alto deste parâmetro no início do tratamento, para garantir uma boa postura, e reduzir o valor logo após, deixando apenas o espaço necessário para segurar a alça. Modalidades de aplicação: no equipamento que permite esta escolha, o terapeuta deve escolher entre uma das quatro modalidades: convencional, preparação, reperfusão e contraste. Esses termos são descritos abaixo: Criolipólise convencional: Extração ou resfriamento de temperatura realizado por toda a duração da terapia, normalmente 45-60 minutos. Criolipólise de preparo: consiste em realizar um aquecimento inicial seguido de resfriamento por 60 minutos a -8 °C. O objetivo dessa técnica é gerar vasodilatação tecidual, seguida de vasoconstrição, diminuindo o risco de hematomas amolecendo os tecidos mais compactos. Criolipólise de reperfusão: Neste modo, o resfriamento ocorre por 60 minutos, seguido de aquecimento final (5 a 10 minutos a 40°C). O objetivo é que, após vasoconstrição prolongada, ocorra vasodilatação, retornando à circulação local e exacerbando os danos às células adiposas. Criolipólise de contraste: esta técnica primeiro aquece por 5 a 10 minutos (40°C), depois esfria por 45 a 60 minutos (-8°C) e finalmente reaquece o dispositivo por 5 a 10 minutos (40°C). O objetivo desta aplicação é a soma dos 36 efeitos, favorecendo a cristalização de mais células de gordura e possivelmente levando a uma maior destruição celular. Quantidade de Aplicações: Não existe regra quanto à quantidade ideal para melhores resultados. Em alguns casos, resultados satisfatórios podem ser observados com apenas uma aplicação. No entanto, a maioria dos regimes de tratamento consiste em mais de uma sessão de tratamento. 11 CARBOXITERAPIA A técnica da carboxiterapia surgiu na França em 1932. Inicialmente, o tratamento era administrado por via transdérmica (através da pele), usando os chamados banhos de água quente com gás ou aplicando dióxido de carbono saturado com água diretamente na pele do paciente. Nessa época, essa técnica também era utilizada no tratamento de doenças arteriais e feridas. Atualmente, a carboxiterapia é utilizada no tratamento de diversas patologias frequentemente encontradas na prática da dermatologia clínica e estética, como obesidadede abdômen, flancos, coxas e joelhos, além de flacidez tecidual, estrias e cicatrizes (RENNÓ; CINTIA, 2022). A carboxiterapia caracteriza-se pelo uso terapêutico do dióxido de carbono medicinal, comumente conhecido como ácido carbônico, que, ao ser infundido no tecido subcutâneo, promove uma série de alterações fisiológicas no tecido, como vasodilatação periférica, congestão, aumento do volume local e no segmento anterior do dispositivo existe uma porta na qual o dispositivo é inserido, que direciona o gás para a área de aplicação. Na extremidade do dispositivo há um conector rosqueado para colocar a agulha. Há algum tempo, as agulhas hipodérmicas utilizadas nessa técnica tinham força de trabalho de 30 G x ½. Hoje, as agulhas 27G x ½, 26G x ½ e 24G x ¾ (todas hipodérmicas) são utilizadas após múltiplos estudos e desenvolvimento de métodos de aplicação. Alguns aparelhos possuem um meio de aquecer o gás durante a aplicação, o que melhora o conforto e reduz a dor durante a aplicação. Outro ponto importante é o ângulo de injeção de CO2, que pode variar de 15° a 90° dependendo do medidor (RENNÓ; CINTIA, 2022). 37 Figura 7 – Ângulos de inclinação da agulha de acordo com o plano. Fonte: Rennó, Cintia, 2022. Contraindicações e Reações adversas Cardiovasculares: Infarto agudo do miocárdio; Angina instável; Insuficiência cardíaca; Doença cardiovascular aguda não tratada e episódios vasovagais; Hipertensão arterial; Trombose aguda; Pulmonares: Insuficiência respiratória ou problemas respiratórios agudos; Doença pulmonar recente de embolia; Renais: Insuficiência renal; Neurológicas: Epilepsia; Distúrbios psiquiátricos (RENNÓ; CINTIA, 2022). 38 12 ULTRACAVITAÇÃO Fonte: https://bit.ly/3IZ3Q9M. O som é caracterizado por vibrações mecânicas ou ondas. O ouvido humano pode detectar sons com frequências entre 16 Hz e 21 kHz, e as ondas sonoras acima dessa frequência, que o ouvido humano não consegue ouvir, são chamadas de ultrassom. A frequência do ultrassom está entre 20.000 e 20.000.000 ciclos por segundo (1 ciclo = 1 Hz), e se propaga na forma de ondas de pressão, provocando a excitação das partículas por onde se propaga, seja no estado líquido, sólido ou gasoso (BORGES; SCORZA, 2016). Essas ondas são geradas por transdutores feitos de materiais piezoelétricos naturais, como quartzo ou cerâmica sintética, como titanato de zircônio de chumbo (PZT), que são polarizados durante o carregamento. Esses transdutores convertem energia elétrica em energia mecânica, que faz com que um cristal (quartzo ou PZT) vibre, produzindo um efeito piezoelétrico. Esse uso resulta em uma quantidade imensurável de microbolhas de gás que acumulam energia e crescem até se tornarem instáveis e explodirem nas cavidades do líquido intersticial do tecido adiposo. Uma explosão de microbolhas libera energia, que cria pressão sobre a membrana celular do tecido adiposo, promove o respingo de gordura no fluido tecidual, preserva outras estruturas teciduais, como vasos sanguíneos, nervos e principalmente o 39 sistema linfático, que é necessário para o acúmulo de triglicerídeos e diglicerídeos (BORGES; SCORZA, 2016). De acordo com Fatemi e Kane (2010): Danos aos adipócitos levam a uma resposta inflamatória, consistindo principalmente de macrófagos, neutrófilos, células plasmáticas e linfócitos que participam da fagocitose e transportam as células danificadas o resultado é uma redução do tecido adiposo (FATEMI; KANE, 2010, p. 577). A cavitação é um fenômeno que ocorre em qualquer aplicação de ultrassom, porque as ondas emitidas pelo sonotrodo causam oscilações periódicas de moléculas e células e são diretamente proporcionais à intensidade de saída do gerador de ondas. Cavitação estável: a física tradicional funciona com base no princípio da cavitação gerada de forma controlada e depois repetidas microbolhas. Posteriormente, quebra a estrutura dura de depósitos lipídicos locais resistentes a uma dieta (ISABRATE, 2020). Cavitação instável: é o uso de dispositivos que geram ondas de duas frequências diferentes combinadas em paralelo com a geração de microbolhas, produzindo um aumento da temperatura interna levando à destruição seletiva da substância a ser tratada. Você pode combinar este tratamento com a endermologia, que estimula a oxigenação dos tecidos e uma melhor irrigação sanguínea. Este tratamento é diferente de outros tratamentos porque cria uma ação sônica que penetra nos ingredientes ativos. Isso significa uma contribuição significativa de nutrientes que são muito benéficos para o corpo. Dupla cavitação comprovada para combater depósitos gordura em áreas difíceis (ISABRATE, 2020). A ultracavitação focalizado de alta intensidade, também conhecida como HIFU (High Intensity Focused Ultrasound), é caracterizada pelo uso de um padrão de emissão de ondas sonoras pouco espaçadas, a energia do ultrassom é focada precisamente para gerar calor intenso na área de tratamento e, portanto, alto poder destrutivo. Dependendo do material utilizado, a focalização do feixe pode ser obtida de várias maneiras: materiais piezoelétricos, por focalização eletrônica, usando lentes acústicas côncavas ou piezocerâmicas cilíndricas, usando refletores parabólicos para criar um feixe focalizado. 40 Efeitos fisiológicos Essas microbolhas são perturbadas por sua alta frequência, e essa perturbação do tecido subcutâneo fará com que a membrana das células adiposas se rompa, resultando em vazamento de gordura. Essa quebra pode ocorrer devido a alguns impactos, conforme descrito a seguir. Efeitos mecânicos: produzidos por cavitação, que favorecem a ruptura do diafragma usual quando se utilizam equipamentos planares de baixa frequência. Efeito térmico: Converte energia mecânica em energia térmica e promove elevação de temperatura, comum em equipamentos focalizados de alta frequência, também conhecidos como HIFU. Efeito químico: clivagem de macromoléculas, formação de radicais livres e destruição de células de gordura. Indução de apoptose: causada pela fragmentação do DNA celular, que causa aumento de caspase (BORGES; SCORZA, 2016). Contraindicações e riscos da ultracavitação Embora nenhum tratamento cosmético substitua um estilo de vida saudável, a ultracavitação é indicada para gordura localizada, ou seja, em áreas onde a gordura resiste à atividade física e à dieta, além da lipoaspiração. No edema fibrogelatinoso, ocorre quando há depósitos de gordura na área tratada. No entanto, como todos os métodos utilizados, a ultracavitação pode ter contra-indicações específicas relacionadas ao seu mecanismo de ação, em particular: Doença hepática - Devido ao metabolismo fisiológico da gordura durante a lipólise, que pode sobrecarregar o fígado e causar complicações; Dislipidemia - Embora estudos tenham sido feitos para mostrar que não há alterações nos níveis de lipídios no sangue, deve-se tomar cuidado para evitar pré-existentes Grávidas - Quando aplicado no abdômen de uma mulher grávida, pode causar danos devido a efeitos cavitacionais ou anomalias fetais; 41 Tumores e metástases - Para prevenir o desenvolvimento da doença; Lesões de pele (inflamação ou dermatite) - Podem causar desconforto térmico causado por imperfeições da pele; Insuficiência renal - Sobrecarga renal devido à eliminação de glicerol durante o metabolismo da gordura; Doenças metabólicas - Podem afetar diretamente o metabolismo das gorduras; Deficiência auditiva - Pode causar desconforto auditivo, principalmente zumbido em equipamentos de baixa frequência (BORGES; SCORZA, 2016). Tanto a ultracavitação focada quanto a ultracavitação plana podem ser consideradas seguras, desde que sejam recomendadas precauções ao realizar e conhecimento de todo o mecanismode ação. Os equipamentos que causam efeitos térmicos podem ser desconfortáveis para o cliente, por isso é importante respeitar a sensibilidade de todos para que nenhum tipo de queimadura seja causado. Também é importante utilizar o meio de acoplamento, gel de contato, suficiente para diminuir qualquer desconforto durante a aplicação, por quanto mais contato o transdutor deve ter com a região aplicada (BORGES; SCORZA, 2016). 13 CORRENTE RUSSA Fonte: https://bit.ly/3CZRBWO. A corrente russa é definida como corrente alternada com uma frequência portadora que pode variar de 2500 Hz a 5000 Hz, modulada por rajadas de 10 a 100 42 Hz. Em relação à frequência portadora, assumiu-se que correntes de média frequência (4000 Hz) seriam capazes de despolarizar as fibras motoras profundas devido à baixíssima impedância da pele nessa frequência. Assim, a corrente pode ser ativada em profundidades maiores. Porém, se não for modulado em baixas frequências, causa fadiga maciça das fibras nervosas (EVANGELISTA et al., 2003). Quando falamos em eletroestimulação muscular, a corrente russa se destaca pela capacidade de modular a corrente em baixa frequência, o que possibilita trabalhar os diferentes tipos de fibra muscular que compõem os músculos. Para estimular as fibras musculares do tipo IIb, que um comportamento dinâmico, é necessário modular a frequência entre e 150 Hz. Já para eletroestimulação de fibras musculares do tipo I que possuem um comportamento estático, a modulação de frequência entre 20 e 30 Hz. Entre as vantagens que as correntes russas trouxeram a nível terapêutico, podemos destacar: Possíveis alterações nas propriedades das fibras musculares em função da modulação da frequência. Dependendo da frequência da despolarização, as fibras musculares podem se tornar mais rígidas ou mais graduais. Essa alteração é reversível, dependendo da função desempenhada pelo músculo, ou seja, se ele tiver um comportamento de contração rápida (fásica) e for estimulado com uma frequência de modulação entre 10 e 30 Hz, as propriedades dessas fibras mudam e se comportam como uma fibra tônico. Mas se a função muscular não se adapta à nova estrutura da fibra, ela retorna ao seu estado original. Ativar 30- 40% unidades motoras a mais do que os exercícios normais. Isso se deve à despolarização do nervo motor alfa, se não do neurônio, como ocorre durante o movimento ativo. A ativação do nervo motor alfa produz propriedades despolarizantes artificiais capazes de ativar todas as unidades motoras simultaneamente. Isso aumenta a eficácia da estimulação elétrica muscular induzida por corrente russa porque o exercício físico voluntário recruta unidades motoras para contrair os músculos de forma assíncrona, enquanto a 43 contração muscular induzida por estimulação elétrica muscular recruta e dispara unidades motoras de forma síncrona. Ganhos de resistência a curto prazo; este reforço é feito artificialmente. Melhor estabilidade das articulações durante a imobilização (PEREIRA, 2019). Esses benefícios levaram as pessoas a procurar a corrente russa para construir músculos que não conseguiriam com exercícios físicos na academia. Se esses indivíduos, de acordo com a predisposição genética, tiverem um grande número de fibras fásica em sua formação corporal, somente atividades de alta intensidade ou alta velocidade terão um efeito modelador efetivo, recrutando fibras de fase. Mas esse esforço de recrutamento voluntário de fibras fásicas só pode ser minimizado com o uso da estimulação elétrica (BORGES, 2006). Outra vantagem é a diminuição da porcentagem de indivíduos eletroestimulados em um período menor do que o obtido apenas com exercícios. Veja abaixo alguns cuidados e contraindicações para o uso da corrente elétrica russa (BORGES, 2006): Evite a aplicação no peito e seios carotídeos. Não use correntes durante a gravidez. Não é adequado para próteses metálicas. Evite o uso por pessoas com problemas cardíacos, como arritmias graves e insuficiência cardíaca. Use com cuidado em indivíduos hipossensíveis. Não use corrente elétrica em áreas afetadas por tumores ou infecções. Não aplique em pacientes que não podem fornecer informações claras. 14 NEUROESTIMULAÇÃO ELÉTRICA E TRANSCUTÂNEA (TENS) A Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) é um método simples e não invasivo de alívio da dor amplamente utilizado na área da saúde por fisioterapeutas, enfermeiros e fonoaudiólogos. Pode ser usado na clínica por profissionais de saúde ou em casa por pacientes que compram um dispositivo TENS 44 diretamente do fabricante. A TENS é usada principalmente para tratar a dor aguda sintomática e a dor crônica benigna. Durante uma aplicação de TENS, um gerador de pulso portátil gera correntes de pulso que são enviadas para toda a superfície da pele através de placas condutoras chamadas eletrodos. Na medicina, a estimulação elétrica nervosa transcutânea é a terapia elétrica mais comumente usada para alívio da dor. É popular porque é não invasivo, fácil de administrar e tem poucos efeitos colaterais ou interações medicamentosas. Como não há toxicidade ou overdose potencial, os pacientes podem usar apenas TENS e ajustar a dose do tratamento conforme necessário. A TENS funciona rapidamente na maioria dos pacientes, então os benefícios são vistos quase imediatamente, sendo ela é menos dispendiosa do que a terapia medicamentosa de longo prazo (KITCHEN, 2003). Tens Convencional Evidências de estudos em animais e humanos suportam a hipótese de que a TENS convencional produz analgesia segmentar, com rápido início e cessação, localizada no dermátomo. Durante a TENS convencional, as correntes costumam ter uma frequência entre 10 e 200 pps com duração de 100-200 µs com uma amplitude de pulso dosada e produz uma parestesia intensa, mas indolor. Este modo geralmente designa uma estimulação com alta frequência e longa duração de pulso, a intensidade ajustada para uma contração muscular, que nesta faixa de frequência pode causar fadiga muscular importante com estimulação. A TENS de curta intensidade atua em parte como um contra-irritante, pode ser aplicada durante um curto período de tempo, útil para, por exemplo, remover suturas ou trocar curativos (CAMILO, 2015). Tens Acupuntura Este modo é caracterizado, pela maioria dos autores, por estímulos de alta amplitude e baixa frequência. Fox e Melzack foram os primeiros a relatar que a colocação de TENS em pontos de acupuntura teve bons resultados, sugerindo que a estimulação elétrica transcutânea é mais conveniente pôr em comparação com a 45 acupuntura convencional, pois deve ser administrado sob a supervisão de pessoal paramédico. Evidências sugerem que a acupuntura TENS produz analgesia semelhante à sugerida para a acupuntura tradicional. No entanto, a maioria dos comentaristas acredita que a acupuntura TENS pode ser definida como a indução de contrações musculares rítmicas visivelmente fortes, mas não dolorosas nos miótomos relacionadas à dor (CAMILO, 2015). Mecanismos de ação De acordo com o local anatômico de ação, a analgesia induzida por estímulo pode ser classificada como periférica, segmentar ou externa. Em geral, o principal efeito da TENS convencional é a analgesia segmentar mediada pela atividade da fibra. O principal efeito da acupuntura TENS é a analgesia extracorpórea mediada pela atividade dos miorreceptores. O efeito primário da estimulação nervosa elétrica de curta intensidade é a analgesia extracorpórea por meio da atividade do em nervos aferentes cutâneos de pequeno diâmetro. O TENS normal e o TENS de curto prazo também podem fazer com que o bloco periférico receba informações sobre o tipo de fibra que está sendo ativada (KITCHEN, 2003).46 15 REFERÊNCIA AGNE, J. E. Eletrotermofototerapia. 2. ed. Santa Maria, 2013. BARNES, D. Criolipólise: abordagem científica baseada em evidências II. Porto Alegre: Essência do Saber, 2017. BELL, N. How microcurrent facials work and how they relate to botoxTM. FutureDerm, 29 May 2013. Disponível em: <https://www.futurederm.com/how- microcurrent-facials-work-and-how-they-relate-to-botox/>. Acesso em: 19 jan 2023. BIANCHINI, A. C; TREVISAN, J. Benefícios da radiofrequência com associação da vitamina C para rejuvenescimento facial. Revista Científica Área da Saúde Fasipe, v. 1, n. 1, p. 61-76, 2019. BORGES, F. S; SCORZA, F. A. Terapêutica em estética: conceitos e técnicas. São Paulo: Phorte, 2016. BORGES, F.S., Dermatofuncional Modalidades Terapêuticas nas disfunções Estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. CAMILO, F. M. Proposta de novo método de aplicação da TENS e eficácia clínica em mulheres com dismenorreia primária: estudo controlado randomizado duplo cego. São Carlos: UFSCar, 2015. CARVALHO, G. F. de et al. Avaliação dos efeitos da radiofrequência no tecido conjuntivo. RBM, São Paulo, v. 68, n. Especial Dermatologia, p. 10-25, abr. 2011. CHENG, N. VAN HOFF, H. BOCKX, E. The effect of electric currents on ATP generation protein synthesis, and membrane transport in rat skin. Clin Orthop, 1982. EVANGELISTA, A. R. et al. Estudo comparativo do uso de eletroestimulação na mulher associada com atividade física visando à melhora da performance muscular e redução do perímetro abdominal. Fisioterapia Brasil, v. 4, n.1, p-49-59, 2003. FATEMI A, KANE M. A. High-intensity focused ultrasound effectively reduces waist circumference by ablating adipose tissue from the abdomen and flanks: a retrospective case series. Aesthetic Plast Surg. 2010; 34(5): p. 577. FEITOSA, G. P. V. et al. Análise crítica das técnicas de microdermoabrasão por jateamento e lixamento: revisão de literatura. InterfacEHS: saúde, meio ambiente e sustentabilidade, São Paulo, v. 11, n. 2, p. 2-15, dez. 2016. FOX, E. J.; MELZACK, R. Transcutaneous electrical stimulation and acupuncture: comparison of treatment for low-back pain. Pain, v.2, p.141-8, 1976. 47 GERSON, J, et al. Fundamentos de Estética - Volume 2 - Ciências gerais - Tradução da 10ª edição norte-americana. Cengage Learning Brasil, 2012. GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos, patologias. 3. ed. Barueri: Manole, 2003. HILL, P. Milady microdermoabrasão. São Paulo: Cengage Learning, 2016. ISABRATE, A. A utilização do ultrassom, associado à terapia manual na lipodistrofia localizada de abdome. 2020. Trabalho de Conclusão (Tecnólogo em Estética e Cosmética) - Faculdades Integradas de Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, 2020. KITCHEN, S. Eletroterapia: prática baseada em evidências: tradução da il.ed. original Lilia Breternitz Ribeiro; revisão científica Raquel Casarotto. - 2.ed.- Barueri, SP: Manole, 2003. LINS, R. D. A. U. et al. Efeitos bioestimulantes do laser de baixa potência no processo de reparo. Anais Brasileiros de Dermatologia, Rio de Janeiro, v. 85, n. 6, p. 849-855, 2010. PAGANIN, C. Radiofrequência. In: PEREIRA, M. F. L. (org.) Eletroterapia. São Caetano do Sul: Difusão, 2019. PEIXOTO, A.M., Apostila do curso Eletrotermofototerapia, 2007. PEREIRA, M. F. L. Eletroterapia. São Paulo: Difusão, 2019. RENNÓ, A. C. M; CINTIA, C. S. M. Manual prático de cosmetologia e estética: do básico ao avançado. Editora Manole, 2022. ROBINSON, A. J; SNYDER-MACKLER, L. Eletrofisiologia Clínica: eletroterapia e teste eletrofisiológico. 3. ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2010. ROSSI, M. H. P. Eletrolifting. In: PEREIRA, M. F. L. (org.) Eletroterapia. São Caetano do Sul: Difusão, 2014. SCHMITZ, D. S.; LAURENTINO, L. Estética facial e corporal: uma revisão bibliográfica. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Tecnologia em Cosmetologia e Estética), 2010. SERGE, L. J; FERREIRA, M. D. S. Laser terapêutico: proposta de guia de estudo. 2015. 54 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) -Faculdade São Lucas, Porto Velho, 2015. TAN, M. H. et al. The evaluation of aluminum oxide crystal microdermabrasion for photodamage. Dermatologic Surgery, v. 27, n. 11, p. 943-949, nov. 2001. VERARDO, M. L. lontoforesis: conocimientos generales. Buenos Aires: Artres, 1996.
Compartilhar