Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ELETROTÉCNICA Rodrigo Rodrigues Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094 S719e Souza, Diogo Braga da Costa. Eletrotécnica [recurso eletrônico] / Diogo Braga da Costa Souza, Rodrigo Rodrigues. – Porto Alegre : SAGAH, 2017. Editado como livro em 2017. ISB N 978-85-9502-055-9 1. Eletrotécnica. 2. Engenharia elétrica. I. Rodrigues, Rodrigo. II. Título. CDU 621.3 Livro_Eletrotecnica.indb IILivro_Eletrotecnica.indb II 06/03/2017 15:20:1306/03/2017 15:20:13 Medições de corrente, tensão, resistência e potência II Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Defi nir a medição de resistência para medidores analógicos e digitais e indicar a unidade de medida. Identifi car procedimentos de segurança em medições. Realizar medições de resistência com leitura e interpretação de resultados. Introdução Neste capítulo, você vai continuar seus estudos relacionados à medição de grandezas elétricas, com foco agora na resistência, na continuidade e na potência elétrica, utilizando equipamentos analógicos e digitais, mas sempre tendo em mente, além da segurança, a confiabilidade de leitura das medições feitas e o cuidado com esses equipamentos. Unidade de medida da resistência elétrica A resistência elétrica é uma propriedade dos materiais que indica o grau de oposição ao fl uxo de corrente elétrica, ou seja, a oposição que um material apresenta à passagem da corrente elétrica. Todos os dispositivos elétricos e eletrônicos apresentam certa oposição à passagem da corrente elétrica. Essa resistência tem origem na sua estrutura atômica. Para que a aplicação de uma ddp a um material origine uma corrente elétrica, é necessário que a estrutura deste material disponibilize cargas elé- tricas livres para movimentação. Quando um material dispõe de um grande Eletrotecnica_U01_C04.indd 49Eletrotecnica_U01_C04.indd 49 06/03/2017 16:18:2306/03/2017 16:18:23 número de cargas livres, a corrente elétrica flui com facilidade por ele, assim, a sua resistência elétrica é pequena. Veja na Figura 1 a representação dessa resistência em condutores. Figura 1. Estrutura atômica de condutores, isolantes e semicondutores. Fonte: Petruzella (2013, p. 68). Por outro lado, nos materiais que dispõem de um pequeno número de cargas livres, a corrente elétrica flui com dificuldade, assim, a resistência elétrica destes materiais é grande. A resistência elétrica de um material depende da facilidade ou dificuldade com que este material libera cargas para a circulação. Eletrotécnica50 Eletrotecnica_U01_C04.indd 50Eletrotecnica_U01_C04.indd 50 06/03/2017 16:18:2606/03/2017 16:18:26 A unidade de medida da resistência elétrica é o Ohm e é representada pelo símbolo Ω. Essa unidade tem múltiplos e submúltiplos. Entretanto, na prática, são usados quase que exclusivamente os múltiplos (veja o Quadro 1). Denominação Símbolo Relação com a unidade Megohm MΩ 106Ω ou 1.000.000 Ω Quilohm kΩ 103Ω ou 1.000 Ω Ohm Ω - Quadro 1. Múltiplos do Ohm e seus símbolos. A conversão de valores obedece ao mesmo procedimento de outras unidades. 120Ω é o mesmo que 0,12kΩ 5,6kΩ é o mesmo que 5.600Ω 2,7MΩ é o mesmo que 2.700kΩ 390kΩ é o mesmo que 0,39MΩ 470Ω é o mesmo que 0,00047MΩ 680kΩ é o mesmo que 0,68MΩ 51Medições de corrente, tensão, resistência e potência II Eletrotecnica_U01_C04.indd 51Eletrotecnica_U01_C04.indd 51 06/03/2017 16:18:2606/03/2017 16:18:26 Aplicações da resistência elétrica O efeito causado pela resistência elétrica, que pode parecer inconveniente, possui muitas aplicações práticas não só em eletricidade e eletrônica, mas também no nosso dia a dia. Alguns exemplos práticos de aplicação da elevada resistência de alguns materiais são: Aquecimento: em chuveiros e ferros de passar. Iluminação: lâmpadas incandescentes. Instrumento de medição de resistência elétrica O voltímetro, o amperímetro e o ohmí metro são instrumentos de testes elétricos básicos usados para obter informações precisas sobre a tensão, a corrente e a resistência de um circuito. Eles podem ser analógicos ou digitais. Os medidores analógicos utilizam uma agulha (ponteiro) e um conjunto móvel para indicar a medição. O ímã permanente, a bobina mó- vel e o galvanômetro são os elementos básicos da maioria dos medidores analógicos. Os medidores digitais usam um mostrador (display) digital eletrônico. Os medidores digitais têm tido preferência na escolha dos ele- tricistas, pois esse tipo de medidor, além da maior facilidade de leitura, tem mais precisão do que o medidor do tipo analógico, o que ajuda na redução de erros de usuários. O instrumento destinado à medição de resistência elétrica é o ohmímetro. É difícil encontrar um instrumento que seja unicamente um ohmímetro, pois, em geral, as medições de resistência elétrica são realizadas com um multímetro. O ohmí metro é utilizado para medir a quantidade de resistên- cia elétrica oferecida por um circuito completo ou por um componente de circuito. Como você viu há pouco na Tabela 1, as medições de resistência são feitas em ohms: para faixas superiores a 1.000 ohms, são adotadas as unidades quilohms (kΩ) e megaohms (MΩ). O ohmí metro analógico básico é constituído de um medidor de conjunto móvel, uma bateria, um resistor fixo e um resistor variável, conectados em série (Figura 2). Eletrotécnica52 Eletrotecnica_U01_C04.indd 52Eletrotecnica_U01_C04.indd 52 06/03/2017 16:18:2606/03/2017 16:18:26 Figura 2. Circuito de um ohmímetro analógico básico. Fonte: Petruzella (2013, p. 167). Segundo Petruzella (2013), o princípio de sua operação é simples: com a aplicação de uma tensão, o instrumento força a circulação de uma corrente através da resistência desconhecida. Em seguida, essa resistência é determi- nada pela medição do valor da corrente resultante. De acordo com a lei de Ohm, o valor do fluxo de corrente será inversamente proporcional ao valor da resistência. Isso quer dizer que o valor da corrente medida pelo medidor é uma indicação da resistência desconhecida. Então, feitos os devidos ajustes, a escala do medidor de conjunto móvel pode ser marcada em ohms. Antes de utilizar o ohmímetro do tipo analógico para efetuar uma medição, a escala do medidor deve ser ajustada para zero. Para ajustar o ponteiro para uma leitura de 0 Ω, junte as duas pontas de prova do ohmí metro e atue no botão de ajuste de zero até que o ponteiro do medidor esteja na marcação de 0 Ω da escala. Veja como fazer isso na Figura 3. 53Medições de corrente, tensão, resistência e potência II Eletrotecnica_U01_C04.indd 53Eletrotecnica_U01_C04.indd 53 06/03/2017 16:18:2606/03/2017 16:18:26 Figura 3. Ajuste de zero de um ohmímetro analógico. Fonte: Petruzella (2013, p. 168). Esse procedimento não é necessário para a maioria dos ohmímetros digitais, já que normalmente eles possuem ajuste de zero automático. Veja na Figura 4 o diagrama de blocos de um ohmímetro analógico. Figura 4. Ohmí metro digital. Fonte: Petruzella (2013, p. 168). O condicionador de sinal de resistência para uma tensão normalmente utiliza um método de razão para medir o valor da resistência desconhecida. Ao colocar o resistor desconhecido em série com um resistor interno de referência Eletrotécnica54 Eletrotecnica_U01_C04.indd 54Eletrotecnica_U01_C04.indd 54 06/03/2017 16:18:2606/03/2017 16:18:26 conhecido e com uma fonte de tensão, essa razão de tensão é feita, e, depois, é aplicada ao circuito conversor A/D. Circuitos extras são projetados dentro do conversor A/D de modo que ele possa ser usado para medir a razão de tensão e calcular a resistência desconhecida. A resistência de referência e o valor da tensão são alterados para diferentes faixas de medição de resistência. Os ohmí metros analógicos e digitais possuem alimentação própria por meio de uma bateria localizada dentro do medidor, por isso, podem ser danificados caso sejam conectadosa um circuito energizado. Para fazer uma medição de resistência fora do circuito com um ohmí metro (Figura 5a), simplesmente conecte os terminais do ohmímetro no componente (semelhante à conexão de um voltímetro) e ajuste o medidor para a faixa adequada de medição de resistência. Por outro lado, quando você utiliza um ohmímetro para medir um componente dentro de um circuito (Figura 5b), dois cuidados principais devem ser observados (PETRUZELLA, 2013): Figura 5. Medição de resistência (a) fora do circuito e (b) dentro do circuito. Fonte: Petruzella (2013, p. 169). 55Medições de corrente, tensão, resistência e potência II Eletrotecnica_U01_C04.indd 55Eletrotecnica_U01_C04.indd 55 06/03/2017 16:18:2606/03/2017 16:18:26 1. Desligue a fonte de alimentação do circuito. Se possível, desconecte o equipamento da fonte de alimentação. 2. Desconecte, se possível, um dos terminais do componente para abrir quaisquer caminhos paralelos, de modo que apenas a resistência do componente isolado seja medida. Além de medir a resistência, um ohmí metro serve para fazer testes de continuidade. Esses testes mostram se há ou não um caminho elétrico fechado de baixa resistência entre um ponto de teste e outro (Figura 6). Figura 6. Utilização de um ohmí metro para testar a continuidade de um fusível. Fonte: Petruzella (2013, p. 169). Ao realizar um teste de continuidade, o ohmí metro é ajustado para sua faixa de resistência mais baixa. Um caminho condutor completo é indicado por uma leitura de resistência baixa. O valor da leitura não é importante, desde que ele seja baixo. Um caminho aberto, ou incompleto, é indicado por uma leitura de resistência infinita. Se houver continuidade, mas a leitura de resistência for alta, é porque há uma quantidade excessiva de resistência no circuito. Em alguns multímetros digitais, a indicação de continuidade é feita com um sinal sonoro. Se a resistência entre os terminais for menor do que aproximadamente 150 ohms (Figura 7), um sinal sonoro contínuo tocará. Eletrotécnica56 Eletrotecnica_U01_C04.indd 56Eletrotecnica_U01_C04.indd 56 06/03/2017 16:18:2606/03/2017 16:18:26 Figura 7. Sinal sonoro de continuidade. Fonte: Petruzella (2013, p. 170). O teste de continuidade também é muito utilizado para verificar curtos e terras. No circuito de teste da Figura 8, uma leitura de resistência nula é indicada por meio dos dois terminais da bobina de um solenoide CC. Isso indica que a isolação do fio tornou-se defeituosa, causando um curto-circuito entre as espiras de fio da bobina, que deverá ser substituída. Figura 8. Teste de continuidade para curto-circuito. Fonte: Petruzella (2013, p. 170). 57Medições de corrente, tensão, resistência e potência II Eletrotecnica_U01_C04.indd 57Eletrotecnica_U01_C04.indd 57 06/03/2017 16:18:2606/03/2017 16:18:26 No circuito de teste mostrado na Figura 9, uma leitura de resistência nula é indicada entre o enrolamento do transformador e o núcleo, o que significa que o invólucro metálico do transformador estará no potencial da terra (ater- rado). A isolação do fio tornou-se defeituosa em algum ponto e, como essa condição pode ser perigosa ou fazer o circuito operar de forma inadequada, o transformador deverá ser substituído. Figura 9. Teste de continuidade para circuito aterrado. Fonte: Petruzella (2013, p. 171). Medição de resistência com o multímetro Os multímetros têm uma escala no painel e algumas posições da chave seletora destinadas à medição de resistência elétrica. A Figura 10 mostra um multímetro, destacando a posição da chave seletora destinada à medição de resistência. Eletrotécnica58 Eletrotecnica_U01_C04.indd 58Eletrotecnica_U01_C04.indd 58 06/03/2017 16:18:2606/03/2017 16:18:26 Figura 10. Medição de resistência com multímetro. Fonte: Petruzella (2013, p. 96). Multímetro (usado como ohmímetro) R1 R3 R2 R1 R2R3 Circuito esquemático Ohms Resistência Unidades para quantidades muito pequenas Unidades para quantidades muito grandes Unidade base Símbolo Multiplicador Pronunciado como Ω 1 Ohm μΩ 0,000001 Microhm mΩ 0,001 Miliohm kΩ 1.000 Quilo-ohm MΩ 1.000.000 Megaohm Os bornes do multímetro onde são colocadas as pontas de prova para a medição de resistência são os mesmos utilizados para as medições de tensão. Em alguns multímetros pode existir um borne específico para a função de ohmímetro, indicado pelo símbolo Ω. Para a medição de resistência elétrica com um multímetro, você precisa obedecer a seguinte sequência de procedimentos para que o valor obtido seja confiável e o instrumento não seja danificado: 59Medições de corrente, tensão, resistência e potência II Eletrotecnica_U01_C04.indd 59Eletrotecnica_U01_C04.indd 59 06/03/2017 16:18:2606/03/2017 16:18:26 A resistência a ser medida deverá estar desconectada de qualquer fonte de energia elétrica (pilhas, bateria ou tomada elétrica). Selecione a escala ou o fator multiplicativo. Ajuste o zero do instrumento. Conecte o instrumento à resistência. Interprete a medida. Você vai ver agora de forma detalhada cada um desses procedimentos. Desconexão da resistência Devido às suas características internas, os ohmímetros não podem ser utilizados para medir resistências que estejam em funcionamento. Se a medição é feita em uma resistência que está energizada, o ohmímetro pode ser danifi cado. Seleção da escala ou do fator multiplicativo A chave seletora dos multímetros, em geral, tem 3 ou 4 posições para a medição de resistência, conforme ilustrado na Figura 11. Figura 11. Posição da chave seletora para a medição de resistência. Fonte: Sadiku, Musa e Alexander (2014, p. 43). Eletrotécnica60 Eletrotecnica_U01_C04.indd 60Eletrotecnica_U01_C04.indd 60 06/03/2017 16:18:2606/03/2017 16:18:26 Quando o valor a ser medido é completamente desconhecido, podemos iniciar selecionando a escala x1 (ou R x 1). Ajuste do zero Para a medição de resistência, o multímetro utiliza uma fonte de energia interna (pilhas) que fi ca alojada no seu interior. Como as pilhas sofrem um desgaste com o passar do tempo, as medições podem ser prejudicadas. Para solucionar esse problema, os ohmímetros analógicos dispõem de um controle denominado ajuste do zero, que permite a compensação do desgaste destas fontes de energia por meio de um ajuste. Para isso, existe um controle que está colocado no painel frontal do multímetro, conforme ilustrado na Figura 12. Figura 12. Controle do ajuste do zero de um multímetro. Fonte: Sadiku, Musa e Alexander (2014, p. 43). Para ajustar o zero do instrumento, é preciso unir as pontas de prova e atuar no controle de ajuste até que o ponteiro fique posicionado exatamente sobre o “0” da escala de Ohms, conforme ilustrado na Figura 13. 61Medições de corrente, tensão, resistência e potência II Eletrotecnica_U01_C04.indd 61Eletrotecnica_U01_C04.indd 61 06/03/2017 16:18:2606/03/2017 16:18:26 Figura 13. Procedimento para o ajuste do zero de um multímetro. Fonte: Sadiku, Musa e Alexander (2014, p. 43). As pontas de prova devem permanecer curto-circuitadas somente o tempo suficiente para a realização do ajuste, evitando o desgaste das pilhas do ins- trumento. O ajuste do zero deve ser conferido sempre que for executada uma troca de posição na chave seletora, por exemplo, de R x 1 para R x 10. O ajuste do zero do instrumento deve ser feito toda vez que você for posicioná-lo para a leitura de resistência e também a cada troca de escala efetuada. O botão de ajuste do zero tem influência apenas nas medições de resistência, portanto, não interfere nas medições das demais grandezas. Eletrotécnica62 Eletrotecnica_U01_C04.indd 62Eletrotecnica_U01_C04.indd 62 06/03/2017 16:18:2606/03/2017 16:18:26 Uma medição de resistência efetuada sem que o zero tenha sido ajustado indicará um valor incorreto. Conexão do instrumento à resistência Após a seleção da escala de resistência e o ajuste do zero, aspontas de prova são conectadas sobre a resistência que se deseja medir. A ordem de colocação das pontas de prova não infl uencia no valor indicado pelo instrumento. Interpretação da leitura Como os multímetros possuem apenas uma escala para a resistência, a inter- pretação da indicação do ohmímetro para determinar o valor ôhmico de uma resistência é muito simples: basta você fazer a leitura da indicação do ponteiro na escala e multiplicar pelo fator indicado pela chave seletora (X l, X 10...). Sempre que possível, a chave seletora deve ser posicionada de forma que, ao medir a resistência, o ponteiro indicador fique situado na região central da escala, como mostrado na Figura 14. Figura 14. Indicação da posição central da escala. Fonte: Sadiku, Musa e Alexander (2014, p. 43). 63Medições de corrente, tensão, resistência e potência II Eletrotecnica_U01_C04.indd 63Eletrotecnica_U01_C04.indd 63 06/03/2017 16:18:2606/03/2017 16:18:26 Wattímetro A potência elétrica é medida pelo wattímetro (Figura 15) que, basicamente, consiste em duas bobinas: uma bobina de corrente e uma bobina de tensão. Figura 15. Um wattímetro analógico. Fonte: Sadiku, Musa e Alexander (2014, p. 53). Segundo Sadiku, Musa e Alexander (2014), uma vez que definimos a potência como o produto entre a tensão e a corrente, qualquer medidor pro- jetado para medir a potência deve considerar tanto a tensão como a corrente. Os wattímetros normalmente são projetados tendo como base o movimento de medidores dinamômetros, que empregam ao mesmo tempo as bobinas de tensão e de corrente para mover a agulha (veja na Figura 16 a bobina medidora de corrente na horizontal e a bobina medidora de tensão na vertical). Figura 16. Um wattímetro conectado a uma carga. Fonte: Sadiku, Musa e Alexander (2014, p. 53). Eletrotécnica64 Eletrotecnica_U01_C04.indd 64Eletrotecnica_U01_C04.indd 64 06/03/2017 16:18:2606/03/2017 16:18:26 A força de movimento de um wattímetro é gerada pelo campo de sua bobina de corrente e pelo campo de sua bobina de tensão. A força que atua sobre a bobina móvel em qualquer instante (tendendo a movê -la) é proporcional ao produto dos valores instantâneos de corrente e de tensão. Mesmo existindo wattímetros digitais, a maior parte dos wattímetros usados é analógica. Recen- temente, com a ênfase na economia de energia, aumentou o uso do wattímetro digital de pequeno porte. Seu funcionamento é simples: basta conectá-lo na tomada de parede e ligar nele o aparelho que se deseja medir. Cuidados com o multímetro O multímetro é um instrumento utilizado no dia a dia de profi ssionais que trabalham com eletrônica e eletricidade. Alguns procedimentos relativos à segurança, à conservação e ao manejo contribuem para que o equipamento apresente boas condições de uso durante muito tempo e são apresentados a seguir. Procedimentos de segurança Mantenha o multímetro sempre longe das extremidades da bancada. Nunca coloque o multímetro sobre qualquer outro objeto ou equipa- mento, devido ao risco de queda. Sempre que o instrumento não estiver em uso coloque a chave seletora de escala na posição desligado (OFF). Procedimentos de conservação Limpe o instrumento apenas com pano limpo e seco. Procedimentos de manuseio A posição da chave seletora deve ser adequada para cada tipo de medição. As pontas de prova devem ser introduzidas nos bornes correspondentes. Nas medições de tensão CC, sempre deve ser observada a polaridade. Na medição da tensão, o valor determinado pela chave seletora do instrumento não deve ser excedido. 65Medições de corrente, tensão, resistência e potência II Eletrotecnica_U01_C04.indd 65Eletrotecnica_U01_C04.indd 65 06/03/2017 16:18:2606/03/2017 16:18:26 1. Medição de continuidade também pode ser considerada medição de: a) Tensão sobre o componente. b) Resistência do componente. c) Corrente do componente. d) Impedância do componente. e) Potência do componente. 2. O wattímetro mede: a) Resistência b) Potência elétrica c) Continuidade d) Tensão e) Corrente 3. Um material que permite a passagem da corrente elétrica com facilidade tem baixa ______________, sendo denominado _____ __________________. a) Tensão, condutor b) Potência, isolante c) Corrente, semicondutor d) Impedância, isolante e) Resistência, condutor 4. É importante conhecer os múltiplos do Ohm (Ω). Neste caso, 1 megohm (MΩ) e 1 quilohm (kΩ) equivalem, respectivamente, a: a) 10.000 Ω e 1.000.000 Ω b) 1.000.000 Ω e 1.000 Ω c) 10 Ω e 100 Ω d) 100Ω e 1.000Ω e) 1.000.000Ω e 10.000Ω 5. Medições de baixa resistência caracterizam um ______________ e medições de resistência infinita caracterizam __________________. a) Circuito aberto, curto. b) Descontinuidade, curto. c) Curto, circuito aberto. d) Circuito aberto, descontinuidade. e) Mau contato, curto. PETRUZELLA, F. D. Eletrotécnica I. Porto Alegre: AMGH, 2013. (Série Tekne). SADIKU, M. N. O.; MUSA, S.; ALEXANDER, C. K. Análise de circuitos elétricos com aplicações. Porto Alegre: AMGH, 2014. Leitura recomendada FOWLER, R. Fundamentos de eletricidade: corrente alternada e instrumentos de medição. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. (Corrente Alternada e Instrumentos de Medição, v. 2). Eletrotécnica66 Eletrotecnica_U01_C04.indd 66Eletrotecnica_U01_C04.indd 66 06/03/2017 16:18:2606/03/2017 16:18:26 Conteúdo:
Compartilhar