Prévia do material em texto
2º ETAPA – 8º ANO - GABARITO DE HISTÓRIA – 3º BIMESTRE 1- (Enem-2010) Substitui-se então uma história crítica, profunda, por uma crônica de detalhes onde o patriotismo e a bravura dos nossos soldados encobrem a vilania dos motivos que levaram a Inglaterra a armar brasileiros e argentinos para a destruição da mais gloriosa república que já se viu na América Latina, a do Paraguai. CHIAVENATTO, J. J. Genocídio Americano: a Guerra do Paraguai. São Paulo: Brasiliense, 1979 (adaptado) O imperialismo inglês, “destruindo o Paraguai, mantém o status quo na América Meridional, impedindo a ascensão do seu único Estado economicamente livre”. Essa teoria conspiratória vai contra a realidade dos fatos e não tem provas documentais. Contudo essa teoria tem alguma repercussão. DORATIOTO, F. Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Cia das Letras, 2002 (adaptado). Uma leitura dessas narrativas divergentes demonstra que ambas estão refletindo sobre: (1,0) a) a carência de fontes para a pesquisa sobre os reais motivos dessa Guerra. b) o caráter positivista das diferentes versões sobre essa Guerra. c) o resultado das intervenções britânicas nos cenários de batalha. d) a dificuldade de elaborar explicações convincentes sobre os motivos dessa Guerra. e) o nível de crueldade das ações do exército brasileiro e argentino durante o conflito. 2- (UFES) A Guerra do Paraguai, considerada o maior conflito armado da história da América do Sul, além de provocar a morte de inúmeros paraguaios, brasileiros, argentinos e uruguaios, foi a causa do desequilíbrio econômico e do aumento substancial das dívidas externas dos países envolvidos no conflito. Apesar disso, a guerra foi um "bom negócio" para: (1,0) a) os paraguaios, que conquistaram territórios estratégicos para seu desenvolvimento na Bacia do Prata; b) os argentinos, que conquistaram vastas porções do território paraguaio e anexaram áreas do Rio Grande do Sul; c) os norte-americanos, que aumentaram a sua exportação de açúcar e trigo para o Uruguai e para o Brasil; d) os brasileiros, que não tiveram grandes prejuízos com a guerra e conquistaram parte do território argentino e paraguaio; e) os ingleses, que emprestaram milhões de libras para os países da Tríplice Aliança, com juros altos, através de seus bancos. 3- O forte e bem treinado exército paraguaio venceu as primeiras batalhas durante a Guerra do Paraguai, impondo baixas e conquistando territórios. Porém, a partir de certo momento, passou a sofrer sérias derrotas, que comprometeram suas defesas. A primeira derrota dos paraguaios que ficou célebre foi a Batalha: (1,0) a) de Riachuelo b) de Uruguaiana. c) de Tuiuti. d) Batalha de Humaitá. e) de Lomas Valentinas 4- (UNESP) O transporte ferroviário no Brasil, da segunda metade do Século XIX ao início do Século XX, mereceu prioritariamente o interesse estatal e particular. As condições históricas relacionadas com a ampliação da rede em ritmo crescente foram: (1,0) a) expansão da cafeicultura, principalmente em São Paulo, e o escoamento da produção para o exterior. b) reservas de minério de ferro, do quadrilátero ferrífero, pouco acessíveis e demasiado distantes dos centros urbanos mais expressivos. c) políticas de industrialização e de reflorestamento. d) capitais externos em busca de lucros para a indústria automotiva e para as empresas distribuidoras de petróleo. e) devastações de pinhais para a extração de madeira e para a produção de papel. 5- (IFBA 2012) Publicado em 1865 como propaganda da guerra do Paraguai, o cartaz acima reflete a defesa do conflito por membros da elite intelectual, que apresentava, entre outros, o argumento de que o presidente do Paraguai, Solano Lopes: (1,0) a) ameaçou a soberania brasileira ao tentar incorporar territórios na região nordeste do país. b) criou a Confederação do Prata, aliando-se à Argentina e ao Uruguai contra os interesses econômicos do Brasil. c) rompeu as relações comerciais com o Brasil, prejudicando a exportação brasileira, que dependia do mercado paraguaio. d) invadiu e conquistou áreas territoriais brasileiras na região do Mato Grosso, para garantir a construção do Grande Paraguai. e) estabeleceu regras para assegurar a livre navegação na bacia do Prata, que prejudicavam o monopólio brasileiro na região. 6- (PITÁGORAS) Observe a charge a seguir: Disponível em: http://www.brasilescola.com/historiab/parlamentarismo-as-avessas. https://1.bp.blogspot.com/-oU_vGFqKD50/VKaQiwIFP4I/AAAAAAAABqM/Fll_tFYM-Uo/s1600/Segundo%2Breinado.jpg Na charge, D. Pedro II aparece controlando o “carrossel político” durante o Segundo Reinado. Sobre o modelo de Estado vigente neste período é CORRETO afirmar que: (1,0) A) As fraudes eleitorais foram contidas, sendo as eleições disputadas democraticamente entre os principais partidos da época – o liberal e o conservador. B) Foi adotado o parlamentarismo, sendo que este era completamente “avesso” ao modelo inglês por concentrar grandes poderes nas mãos do imperador. C) Os partidos políticos – liberal e conservador, possuíam divergências políticas e ideológicas muito fortes, levando-os a uma disputa intensa no período. D) Caracterizou-se pela descentralização política favorecendo o poder de mando das elites regionais ao restabelecer a Guarda Nacional. 7- (Unirio) (Bandeira do Brasil Imperial, século XIX, Rio de Janeiro, Museu Histórico Nacional, apud: ALENCASTRO, Luiz Felipe de (org.). HISTÓRIA DA VIDA PRIVADA NO BRASIL volume 2. São Paulo, Companhia das Letras, 1997.) A bandeira imperial, mostrada anteriormente, bem representa a arquitetura política que se constrói em torno da Coroa e que se consolida no Segundo Reinado. Os ramos de café e tabaco, circundando a Coroa, querem representar as bases de sustentação da mesma, ao passo que ela - Coroa - representa a articulação daqueles interesses que a sustentam. Podemos afirmar que, a partir da Maioridade, a sustentação da Coroa e o seu poder de articulação e representação de interesses foram garantidos por um(a): (1,0) a) pacto anticentralismo que, inspirado no modelo parlamentar inglês, reforçava o poder dos presidentes de províncias e das assembléias provinciais. b) pacto entre liberais e conservadores que, ao limitar o poder da Coroa, abria espaços para uma livre atuação das elites no nível local. c) pacto das elites em torno da manutenção dos interesses escravistas que a Coroa deveria garantir. d) articulação dos conservadores com a Coroa, que previa uma completa exclusão dos liberais do cenário político. e) reforma constitucional que, ao limitar o Poder Moderador, garantia os espaços de atuação de liberais e conservadores. 8- (Fatec) "O negro não só é o trabalhador dos campos, mas também o mecânico, não só racha a lenha e vai buscar água, mas também, com a habilidade de suas mãos, contribui para fabricar os luxos da vida civilizada. O brasileiro usa-o em todas as ocasiões e de todos os modos possíveis..." (Thomaz Nelson - 1846) Com relação à utilização do trabalho escravo na economia brasileira do século XIX, é correto afirmar: (1,0) a) com a independência de 1822, a sociedade escravista se modificou profundamente, abrindo espaços para uma produção industrial voltada para o mercado interno. b) a utilização do negro africano na economia colonial brasileira gerou um grande conflito entre os vários proprietários de terras que mantinham o monopólio de utilização do braço indígena. c) devido a sua indolência e incapacidade física, o índio brasileiro não se adaptou ao trabalho escravo. d) a utilização de ferramentas e máquinas foi muito restrita na sociedade escravista; com isso, o escravonegro foi o elemento principal de toda a atividade produtiva colonial. e) a abolição da escravidão, em 1888, deve-se principalmente à resistência dos escravos nos quilombos e às ideias abolicionistas dos setores mercantis. 9- (FUVEST) O lema "Ordem e Progresso" inscrito na bandeira do Brasil, associa-se aos: (1,0) a) monarquistas. b) abolicionistas. c) positivistas. d) regressistas. e) socialistas. 10- (FUVEST) O descontentamento do Exército, que culminou na Questão Militar no final do Império, pode ser atribuído: (1,0) a) às pressões exercidas pela Igreja junto aos militares para abolir a monarquia. b) à propaganda do militarismo sul-americano na imprensa brasileira. c) às tendências ultrademocráticas das forças armadas, que desejavam conceder maior participação política aos analfabetos. d) à ambição de iniciar um programa de expansão imperialista na América Latina. e) à predominância do poder civil que não prestigiava os militares e lhes proibia o debate político pela imprensa.