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Hiperprolactinemia e Prolactinoma

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Hiperprolactinemia 
Prolactina Lilian Souza 
- hormonio sintetizado e secretado pelos lactotrópos (acidófilas) da adenohipófise 
- Níveis maiores durante o sono e menores na vigília 
- Lactotrofos: densamente e esparsamente granulados 
- Ação: 
▪ Lactação 
▪ Gonadal 
- Tipos de prolactina 
▪ Monomérica – forma biologicamente ativa e mais comum 
▪ Dimérica 
▪ Macroprolactina (ligada a uma imunoglogulina ou em forma agregada) – menos de 5% da prolactina 
circulante 
 
Fisiologia da secreção 
- A PRL é produzida e secretada principalmente pelas células lactotróficas da hipófise anterior 
- níveis mais altos ocorrem durante o sono, e os mais baixos, entre as 10h e o meio-dia 
- O hipotálamo exerce influência predominantemente inibitória: fatores inibitórios da PRL (PIF) 
➢ Dopamina (principal) 
➢ GABA 
➢ Somatostatina 
➢ calcitonina 
 
- Fatores hipotalâmicos estimuladores de PRL (PRF): papel 
secundário no controle da secreção; e outros estimuladores 
➢ TRH 
➢ Ocitocina 
➢ Peptídeo intestinal vasoativo (VIP) 
➢ GnRH 
➢ Estrogênio 
➢ Serotonina 
➢ angiotensina 
 
#OBS: Kisspeptina é um peptídeo que aumenta a secreção de PRL por meio da inibição dos neurônios 
dopaminérgicos tuberoinfundibulares. Mas a prolactina aumentada inibe a kisspeptina, o GnRH e consequentemente 
o LH e FSH. 
 
 
 
Ações da prolactina 
- Estimula o crescimento da gl mamária, síntese de leite e maturação da secreção 
- Inibe liberação do GnRH, com evolução para hipogonadismo 
- Gravidez: hipertrofia das gl mamárias 
o Durante a gestação da hipófise duplica de tamanho 
o 6 semanas após o parto, a secreção de estradiol diminui e a concentração basal de prolactina geralmente 
é normal , mesmo se amamenta 
 
#OBS: exame de imagem da mama ou exame físico das mamas não aumentam a secreção de PRL!! 
 
Epidemiologia 
- Alteração endócrina mais comum do eixo HH 
- Mais comum no sexo feminino 
- 0,4% da população geral 
- predomínio entre 25-34 anos 
 
Sintomas relacionados: 
o FEM: 10-15% das mulheres com amenorreia sec ou oligomenorreia; 30% galactorreia ou inferti 
o MASC: 
 
Etiologias 
▶ Fisiológicas: 
o Gravidez e amamentação 
o Estresse 
o Exercício 
o Relação sexual 
o Manipulação da mama 
o Sono 
 
▶ Farmacológicas: 
o Exceções: mirtazapina, bupropiona, trazodona, nortriptilina, aripriprazol 
 
#OBS: O papel do estrogênio na causa da hiperprolactinemia é controverso; 12 a 30% das mulheres que tomam 
contraceptivos orais que contêm estrogênio podem ter um pequeno aumento de PRL, mas esse achado é raramente 
uma indicação para tratamento 
 
▶ Patológicas: 
o Tumores e outros distúrbios hipofisários e hipotalâmicos (prolactinomas, adenomas hipofisários mistos ou 
não funcionantes, lesões infiltrativas, hipofisite, aneurismas, sela vazia e radioterapia) 
o Doenças sistêmicas (hipotireoidismo, doença de Addison, insuf renal, cirrose hepática) 
o Hiperprolactinemia neurogênica 
o Tumores extra-hipofisários secretores de PRL 
o Crise convulsiva resulta do desequilíbrio dos neurotransmissores da região hipotálamo-hipofisária 
o Malignidades: linfomas, 
carcinoma de mama, cólon, 
MM avançado 
o Doenças autoimunes: lupus, 
artrite reumatoide 
 
 
 
 
 
 
 
PROLACTINOMA 
Quanto ao tamanho, esses tumores são dividido em: 
▪ Microprolactinoma: < 10mm (1cm) 
▪ Macroprolactinoma: > ou = 10mm 
 
Os níveis de prolactina correlacionam-se com o tamanho do tumor: 
→ Níveis séricos de prolactina até 250ng/mL são compatíveis com microprolactinomas, e maiores que isso, 
sugerem macroprolactinomas 
 
#OBS: Caso um paciente tenha um macroprolactinoma com níveis 
séricos < 200ng/mL, deve-se considerar que o tumor não produz 
prolactina (pseudoprolactinoma ou tumor não funcionante), mas 
seu tamanho é suficiente para bloquear em parte a inibição 
pela dopamina que vêm do hipotálamo sobre as células normais 
produtoras de prolactina (lactotrofos) através da haste hipofisária. 
Dessa forma, existe uma desconexão do sinal inibidor da prolactina 
pela compressão da haste hipofisária. 
 
 
Diagnóstico 
 
Excluir causas fisiológicas e farmacológicas 
Dosagem de prolactina sérica 
→ Mulheres nao grávidas: 6,0 a 30 
→ Homens: 4,5 a 20 
→ Confirmação se níveis homonais não forem muito elevados 
→ Pesquisa de macroprolactinemia 
 
- Para descobrir se a hiperprolactinemia se dá às custas de prolactina ou de macroprolactina, é feito um teste de 
rastreamento que faz com que a macroprolactina precipite em uma substância chamada polietilenoglicol (PEG). 
Com a macroprolactina “capturada”, pode-se medir no sobrenadante da amostra a prolactina ativa: 
• Hiperprolactinemia verdadeira (forma monomérica) – recuperação > 65% da quantidade de 
prolactina inicial 
• Resultado inconclusivo – recuperação entre 30 e 65% 
• Presença de macroprolactina – recuperação < 30% da forma monomérica, isto é, aproximadamente 
70% da dosagem de prolactina inicial foi às custas da macroprolactina 
 
EFEITO GANCHO 
- Prolactina falsamente baixa a despeito dos sintomas de hiperprolactinemia 
 
EXAME DE IMAGEM - RM 
▪ Microadenoma x Macroadenoma 
▪ Pseudoprolactinoma 
▪ Incidentalomas 
 
 
 
https://drasuzanavieira.med.br/2018/03/18/prolactina-dopamina-impulsividade
TRATAMENTO 
 
- Agonistas dopaminérgicos 
o 1ª opção de tratamento em MIC e MAC 
o Bromocriptina, cabergolina 
o Microprolactinoma, tratar se sintomas 
o Macroprolactinomas – sempre trata! 
o Reduzem o tamanho do tumor e os niveis séricos da PRL 
 
- Retirada gradual dos adonistas dopaminergicos: 
1. Pacientes com normoprolactinemia por pelo menos 2 anos 
2. Sem remanescente tumoral visível a RM 
 
- Resistência aos AD 
o Incapacidade de atingir niveis normais de PRL e de conseguir redução de pelo menos 50% do tamanho do 
tumor 
 
- Outras opções: não são muito boas 
o Análogos da somatostatina (pariseotide, octreotide, lanreotide) 
o Temozolamida 
o Everolimo 
o Metformina 
 
- Cirurgia transesfeinodal 
▪ Em caso de insucesso do tto farmacológico ou intolerância 
▪ Sintomas compressivos 
▪ Pode melhorar a resistência aos AD 
 
- Radioterapia: 
▪ Indicação: prevenir crescimento do tumor residual

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