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Aula 3 Sondagem Nasogástrica Função: verificar como está o conteúdo gástrico; Verificar se o conteúdo que está no estômago é somente gástrico ou se tem conteúdo intestinal que esteja voltando para dentro do estômago. Objetivo: Terapêutico - esvaziamento gástrico (descompressão gastrointestinal) e diminuir a dor; Diagnóstico - nos ajuda avaliar o conteúdo presente no estômago; · Refluxo gástrico: Conteúdo proveniente do estômago - Normal; · Refluxo enterogástrico: Quando existe o refluxo de conteúdo intestinal para dentro do estômago. · Antes de fazer o procedimento avaliar: É preciso realizar ? Qual a queixa principal ? Qual é o caso e o quadro clínico do paciente ? Qual a suspeita ? É emergencial( em casos de distensão gástrica grave com muita dor, realizar a sondagem rapidamente pois o animal corre risco de ruptura gástrica - morte ) ou não ? OBS: Não são todos os casos que é necessário realizar esse procedimento, normalmente é utilizado em casos de cólicas (desconforto abdominal agudo). · Em casos de regurgitação de conteúdo pelas narinas: obstrução de esôfago ou distensão gástrica grave (refluxo gástrico ou enterogástrico). A sonda vai entrar pela narina, no meato ventral e vai até a região da laringe e estimular o cavalo a deglutir a sonda (trajeto naso-esofago-gastrica); · Tem que tomar cuidado para que a sonda não entre na traqueia, pois se administrarmos líquido (lavagem) ou medicamentos vai direto para o pulmão, causando uma pneumonia aspirativa que pode levar o animal a óbito. · O trajeto errado da sonda para o meato médio ou dorsal, pode levar a hemorragias de leves a graves. · Calibre de sonda: escolher de acordo com tamanho do animal; · Animal deve estar contido. · Lubrificar a sonda (a base de água). · Quando colocar a sonda na narina pelo meato ventral, pressionar a sonda para baixo facilita, empurrar devagar. · A sonda deve ter caminho livre, se começar a “bater” voltar e começar de novo, quando a sonda chega na laringe ela para, então podemos soprar a sonda para estimular a deglutição. · Quando percebemos que o animal fizer movimento de deglutição, empurrar a sonda e observar pelo lado esquerdo (esôfago mais superficial) ela descendo pelo trajeto do esôfago - indicativo de que está no local correto. · Quando a sonda estiver passando no esôfago o ideal é ir soprando a sonda para que ela vá abrindo o esôfago, o que facilita a entrada dela. · Como saber se a sonda já chegou no estômago - (as sondas possuem em média 2,5 M de comprimento) se já colocou metade ou mais da metade da sonda: Cheirar a sonda para sentir se tem cheiro de conteúdo gástrico, se não sentir nada soprar bem forte a sonda, e esperar voltar o cheiro característico. · Nunca colocar nada pela sonda sem saber se está no local correto. · Com a sonda no local correto, chupar/aspirar pela sonda para tentar recuperar o conteúdo, ou fazer um lavado, colocando um pouco de água e deixando voltar. Análise do conteúdo: · Volume · Tipo de conteúdo (líquido, capim, milho, ração) · Odor (fermentado, fétido, ácido) · Cor (verde, amarelo, marrom, avermelhado) · pH (Fita de pH, para verificar - Se ácido conteúdo estomacal, se básico - conteúdo intestinal). Paracentese Abdominal · Em casos de cólica, suspeita de peritonite, enterites; Análise do líquido peritoneal · Volume · Cor · Aspecto · Odor Normal: pouco, amarelo claro/palha, límpido e sem cheiro. · Aspecto turvo: aumento de proteínas, fibrinogênio, presença de bactérias. Laboratorial: proteínas totais, fibrinogênio, glicose, Ph, lactato. · Contagem total e diferencial celular (quando mais células mais grave a peritonite) · Presença de bactérias. · Ex: Quando puncionar e vir um líquido esverdeado/marrom com odor fétido - ou estamos colhendo material de uma alça intestinal ou esse animal possui uma ruptura de víscera (estômago ou intestinos). Para diferenciar deve se analisar a clínica do animal, se ela apresenta uma determinada parametria, um nível de dor e a paracentese vem com esse conteúdo, esse animal não tem clínica de ruptura, mas se o animal apresenta parametria alterada, muita dor, desidratado, entrando em choque, com essas características do líquido peritoneal- provavelmente o animal tem ruptura. Técnica: Com uma agulha ou cânula mamária. · Tricotomia · Assepsia cirúrgica (água, sabão, álcool e iodo) e utilização de material estéril. · Puncionar em torno de 4 a 5 dedos atrás da cartilagem xifóide na linha alba. · O ideal é que a agulha passe pela linha alba, pois minimiza o risco de contaminação com sangue. · O ideal é coletar em tubo com anticoagulante (EDTA) e em outro sem, pois quando há alteração o líquido peritoneal coagula (normal ele não coagula). · Caso suspeite de peritonite séptica , coletamos e enviamos para o laboratório de microbiologia para se fazer o cultivo e identificação, e um antibiograma. A - Normal Restantes alterados. Tiflocentese: Punção do Ceco É feito quando há distensão do ceco por gás, também chamado de timpanismo cecal. · Punção transabdominal para retirar o gás. · Fazendo tricotomia, assepsia e utilizar material estéril. · Utiliza-se agulhas longas (de cateter venoso ou agulha subdural dependendo do tamanho do animal). · Inserir a agulha com uma angulação em torno de 45º. · Objetivo: descompressão ou esvaziamento do ceco. · Colocar a agulha e encaixar uma seringa com um um pouco de solução fisiológico ou água, quando estiver saído gás vai ficar borbulhando e quando parar quer dizer que acabou gás e podemos retirar a agulha. Palpação Transretal · Exame sistemático: Para verificar as vísceras, se estão normal ou não. · 25 a 30% da cavidade abdominal pode ser avaliada. · Avaliar: Dor, Distensão, compactação e deslocamento visceral. · Cuidados: animal em tronco de contenção, se o animal estiver com muita dor, podemos sedar o animal. · Colocamos a luva de palpação, lubrificar a luva, pode se lubrificar com xilocaína em gel para ir anestesiando (principalmente em animais que nunca foram palpados, machos), e fazer a varredura do abdome. · Inserimos a mão no anus, e a mão chega na ampola retal até o cólon menor. · E com a mão dentro do cólon menor que começamos fazer a varredura. Mão do lado direito: Alto e baixo Mão do lado esquerdo: Alto e baixo Mais ventral Mais dorsal - aorta abdominal · Saber o que é normal é básico. Indicação: casos de cólicas, diarreia, animais com dificuldade de defecar, para esvaziar a ampola retal para realizar biópsia intestinal ou outros problemas do sistema digestório. OBS: Utilizar anestésico local no anus para ir relaxando a musculatura, causando uma dessensibilização; Bastante lubrificante na luva e também o anestésico em gel. · Começo a introduzir a mão devagar, caso tenha fezes no trajeto, vai retirando e já analisando as fezes; · Limpar toda a ampola retal e chegando no cólon menor e então começar a examinar. OBS: Conhecimento Anatomotopográfico · Esfíncter e ampola retal · Sensibilidade ao toque · Distensão líquida ou gasosa · Massa semi-sólida ou gasosa · Deslocamentos · Característica das fezes A - vista lateral: Fígado, estômago, baço, Flexura diafragmática - Cólon dorsal - Flexura pélvica, cólon ventral - flexura esternal; intestino delgado, cólon menor e ampola retal. B - vista cranial: Fígado, estômago, cólon dorsal - flexura diafragmática, cólon ventral - flexura esternal. C - Vista Caudal: ampola retal, cólon direito, fígado, duodeno, baço, rim esquerdo, (entre o rim esquerdo e baço, tem uma prega - ligamento nefroesplênico),base do ceco. D - Vista Lateral direita: Fígado, estômago, rim, duodeno, ceco, cólon dorsal e cólon ventral.
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