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Avaliação PSA 2023 UNIP COM GABARITO

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• Pergunta 1 
 
 
Leia a charge. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. De acordo com a charge, o indivíduo que se informa somente por mensagens enviadas por redes 
sociais tem uma visão limitada e não verdadeira sobre os acontecimentos, sendo induzido a 
interpretações erradas. 
PORQUE 
II. Apenas os cientistas têm discernimento sobre os fenômenos naturais e sociais, e a observação da 
realidade não é uma forma válida de conhecimento. 
Assinale a alternativa correta. 
 
Resposta Selecionada: c. 
A asserção I é verdadeira, e a II é falsa. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 2 
 
 
Leia a tirinha. 
Simulado Psa Unip 2023
 
 
O objetivo da tirinha é 
Resposta Selecionada: a. 
criticar a mercantilização da produção de opinião nas redes sociais. 
 
 
 
• Pergunta 3 
 
 
Leia a charge. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O objetivo da charge é criticar a criação de datas especiais para temas 
específicos. 
II. A charge critica o desmatamento, causado pela ação humana, que afeta os 
habitats naturais. 
III. A charge associa a destruição do meio ambiente à morte. 
É correto o que se afirma apenas em 
 
Resposta Selecionada: d. 
II e III. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 4 
 
 
Leia o texto a seguir. 
Varíola dos macacos 
A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero 
orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres 
humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em 
pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O período de 
incubação da varíola dos macacos é, geralmente, de seis a 13 dias, mas pode variar 
de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O nome 
monkeypox se origina da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório 
dinamarquês em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na 
República Democrática do Congo em 1970. Atualmente, segundo a OMS esclareceu, 
a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e 
cães-da-pradaria. A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos 
corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, 
segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo 
entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos. O contato próximo 
com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras 
roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar dos 
doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa. 
Disponível em <https://bvsms.saude.gov.br/02-6-variola-dos-macacos/>. Acesso em 04 fev. 2023. 
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. A varíola dos macacos é uma doença grave, representada por severa infecção bacteriana, 
que teve sua origem em animais silvestres, como os macacos, e se espalhou para o ser humano. 
PORQUE 
II. A transmissão dessa doença ocorre por contato físico de pessoas saudáveis com pessoas ou 
materiais contaminados. 
Assinale a alternativa correta. 
 
Resposta Selecionada: d. 
A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. 
 
 
 
• Pergunta 5 
 
 
Leia a tirinha e o texto. 
 
 
 
 
 
Lei torna mais severas as penas para crimes de intolerância religiosa 
Uma lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lei Nº 14.532, de 
11.01.2023) tornou mais severas as penas para crimes de intolerância religiosa. 
As religiões de matriz africana são o alvo mais frequente de quem não respeita a 
liberdade de crenças. Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos, só em 2022 
foram 1.200 ataques – um aumento de 45% em relação a 2020. 
A lei sancionada, que equipara o crime de injúria racial ao crime de racismo, também 
protege a liberdade religiosa. A lei, agora, prevê pena de 2 a 5 anos para quem obstar, 
impedir ou empregar violência contra quaisquer manifestações ou práticas religiosas. A 
pena será aumentada de metade se o crime for cometido por duas ou mais pessoas, 
além de pagamento de multa. Antes, a lei previa pena de 1 a 3 anos de reclusão. 
A punição agora é a mesma prevista pelo crime de racismo, quando a ofensa 
discriminatória é contra grupo ou coletividade, pela raça ou pela cor. A expectativa é de 
que a nova lei ajude a punir quem comete crimes religiosos e ajude a proteger a vítima, 
que muitas vezes não encontra amparo quando tenta fazer uma denúncia. 
Disponível em <https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/01/18/lei-torna-mais-severas-as-penas-para-crimes-de-
 intolerancia-religiosa.ghtml>. Acesso em 26 jan. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Segundo o texto, cerca de 45% das vítimas da intolerância religiosa no Brasil são 
adeptas de religiões de matriz africana. 
II. O racismo e a intolerância religiosa são formas de preconceito, que pode ser 
alimentado pelas relações sociais e pelas instituições, como mostram os 
quadrinhos. 
III. A expectativa em torno da lei criada é que ela busque proteger todas as religiões 
com ações e gestos concretos que garantam o direito à liberdade de crença. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: c. 
III. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 6 
 
 
Leia o texto e observe a imagem. 
Os filtros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real? 
Rede sociais, filtros do Instagram e cirurgia plástica 
“As redes sociais nos coagem a sempre maximizar o que é belo o tempo inteiro”, diz a 
historiadora Luciana de Almeida. Se antes a beleza seguia elementos definidos e mais 
permanentes, agora essa superexposição cobra ainda mais do nosso corpo e rosto. “O 
filtro mostra que, apesar da aparente perfeição, isso não basta. Temos sempre que tornar 
essa imagem mais interessante. Não podemos mais ter o nosso próprio rosto. A 
sensação é de que os filtros do Instagram roubaram os nossos rostos“, diz Luciana, 
autora da tese “Os sentidos das aparências: invenção do corpo feminino em Fortaleza 
(1900-1959)” e estudiosa da história da beleza. 
De acordo com o censo de 2016 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a busca 
por procedimentos estéticos não cirúrgicos aumentou 390% no país. O preenchimento 
labial é a intervenção mais buscada segundo o ranking do órgão, seguido por aplicação 
de botox e peeling, laser e suspensão com fios. Em 2017, um estudo da Academia 
Americana de Cirurgiões Plásticos revelou que a motivação de 55% das pessoas que 
fizeram rinoplastias em 2017 foi o desejo de sair melhor em selfies. Se antes 
procurávamos parecer mais bonitos na vida física, agora queremos estar bem nas fotos 
das redes sociais. “Estar o tempo inteiro clicando autorretratos muda a forma como nos 
vemos e como nos achamos bonitos ou feios”, explica Hilaine Yaccoub. “Queremos ser e 
ter na vida real aquele visual tão cuidadoso dos perfis da rede social”. 
Ao ir ao dermatologista ou ao cirurgião plástico, é comum pacientes levarem fotos de 
mulheres cujas características corporais lhe agradem e também uma foto com o filtro que 
as incentivaram a buscar a cirurgia. Os cirurgiões explicam que podem conseguir o efeito 
até certo ponto; o filtro serve de inspiração, mas é preciso alinhar as expectativas. Há 
riscos físicos e psicológicos na busca por uma aparência computadorizada. 
EIRAS, Natália. Os filtros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real? Revista Elle, publicado em 25 de 
maio de 2020. Disponível em <https://elle.com.br/beleza/filtros-instagram-nos-deixam-iguais-2>. Acesso em 12 fev. 2023 
(com adaptações). 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com os especialistas, as cirurgias plásticas realizam o sonho das mulheres de 
conseguir uma aparência igual às imagens obtidas por filtros e, assim, possibilitam a realização de 
selfies perfeitas. 
II. O dedo em riste na figura indica a determinaçãosocial de padrões de beleza, que, muitas 
 
vezes, levam as pessoas à busca por uma imagem considerada bonita e as fazem modificar os 
verdadeiros rostos. 
III. Não há relação entre a figura e o texto, pois a imagem refere-se à relação da mulher com o 
espelho, e não com as redes sociais. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: b. 
II. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 7 
 
 
Leia o texto, publicado em 11 de janeiro de 2023, pela agência de notícias da Fundação de 
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). 
Inteligência artificial pode orientar o diagnóstico de pacientes com falência da 
medula óssea 
Um algoritmo de machine learning capaz de orientar o diagnóstico de síndromes de 
falência da medula óssea foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São 
Paulo (USP) e colaboradores norte-americanos. Os resultados foram divulgados na 
revista Blood, da American Society of Hematology. 
Com base na análise de 25 variáveis clínicas e laboratoriais, o modelo consegue 
predizer se a condição é hereditária ou adquirida, o que tem implicações 
principalmente no manejo de casos graves de pancitopenia – condição em que há 
redução tanto dos glóbulos brancos e vermelhos do sangue quanto das plaquetas, 
resultando em anemia [deficiência de glóbulos vermelhos do sangue que pode causar 
fraqueza, cansaço, sonolência, falta de ar, entre outros problemas], leucopenia [menor 
capacidade de combater infecções por deficiência de glóbulos brancos do sangue] e 
trombocitopenia [maior risco de hemorragias por deficiência de plaquetas]. 
“A escolha de adiar o tratamento enquanto se aguarda o teste genético pode resultar 
em atraso significativo no tratamento de pacientes gravemente pancitopênicos. Por 
outro lado, o diagnóstico errado de insuficiência hereditária da medula óssea [BMF, na 
sigla em inglês] pode expor os pacientes a terapias ineficazes e caras, regimes de 
condicionamento de transplantes tóxicos e uso inapropriado de um membro da família 
afetado como doador de células-tronco”, afirmam os autores no artigo. 
Segundo os pesquisadores, a ferramenta poderia ser útil para hematologistas e outros 
profissionais de saúde que atuam em centros com poucos recursos, auxiliando na 
tomada de decisão clínica. 
O trabalho envolveu cientistas do Centro de Terapia Celular (CTC), um Centro de 
Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Faculdade de Medicina 
de Ribeirão Preto (FMRP-USP). Um dos coordenadores da pesquisa foi Rodrigo 
Calado, chefe do Departamento de Imagens Médicas, Hematologia e Oncologia 
Clínica da FMRP-USP, diretor-presidente-executivo do Hemocentro de Ribeirão Preto 
e pesquisador principal do CTC. 
Para desenvolver a ferramenta, o grupo fez uso de machine learning, um método de 
análise de dados que automatiza a construção de modelos analíticos. É um ramo da 
inteligência artificial baseado na ideia de que sistemas podem aprender com dados, 
identificar padrões e tomar decisões com o mínimo de intervenção humana. 
Disponível em <https://agencia.fapesp.br/inteligencia-artificial-pode-orientar-o-diagnostico-de-pacientes-com-falencia-
da-medula-ossea/40446/>. Acesso em 11 jan. 2023 (com adaptações). 
De acordo com as informações apresentadas no texto, avalie as afirmativas. 
I. O algoritmo é capaz de oferecer um diagnóstico preciso a respeito de síndromes de falência 
 
da medula óssea, dispensando quaisquer outros tipos de análises. 
II. O algoritmo foi produzido por pesquisadores da American Society of Hematology, com 
base na inteligência artificial, que é um ramo do machine learning. 
III. A ferramenta é capaz de predizer se a condição de falência da medula óssea é hereditária 
ou adquirida. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: a. 
III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 8 
 
 
Leia o texto. 
Mas o que distingue o cinema de todos os outros meios de expressão culturais é o poder 
excepcional que lhe advém do fato de a sua linguagem funcionar a partir da reprodução 
fotográfica da realidade. Com efeito, com ele, são os próprios seres e as próprias coisas 
que aparecem e falam, dirigem-se aos sentidos e falam à imaginação: a uma primeira 
abordagem parece que qualquer representação (o significante) coincide de forma exata 
e unívoca com a informação conceptual que veicula (o significado). 
MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. Lisboa: Dinalivros, 2005, p.24. 
A seguir, temos a foto de uma cena do filme “O Poderoso Chefão” (1972). Essa obra-prima do 
cinema, ganhadora de diversos Oscars, inclusive o de Melhor Filme, mostra a trajetória de uma 
família mafiosa de Nova York de uma maneira que jamais havia sido vista antes. O roteiro do 
diretor Francis Ford Coppola, baseado no livro homônimo do escritor ítalo-americano Mario Puzo, 
apresenta o crime organizado como uma empresa capitalista qualquer e, ao fazer isso, põe no 
mesmo nível os capitalistas e os mafiosos. Em vez de apelar para os diálogos ou a atuação dos 
atores para evocar a onipresença do mal no universo de crimes e assassinatos perpetrados pela 
máfia, o filme emprega uma fotografia contrastada em claro/escuro, predominantemente sombria. 
Trata-se de uma maneira estritamente visual de trabalhar um tema, a característica essencial do 
cinema como linguagem autônoma. 
 
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. De acordo com o texto, o cinema é uma forma de arte exclusivamente imagética, que 
 
independe das palavras. 
PORQUE 
 
II. Os recursos visuais, como iluminação e fotografia, são importantes na construção da 
mensagem cinematográfica. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: d. 
A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. 
 
 
 
• Pergunta 9 
 
 
Leia o texto. 
Não vacinados representam 75% das mortes por covid-19, diz estudo brasileiro 
Vacinação protegeu todas as faixas etárias de hospitalizações e mortes, inclusive 
indivíduos com mais de 80 anos 
Publicado em 04/03/2022 
Uma pesquisa conduzida em Londrina, no Paraná, mostrou que 75% das mortes por 
covid-19 registradas nos primeiros dez meses de 2021 ocorreram em indivíduos que 
não foram imunizados contra a doença. Entre os idosos, o índice de morte foi quase 
três vezes maior entre os não vacinados do que entre os imunizados. Entre pessoas 
com menos de 60 anos, o número de mortes de não vacinados foi 83 vezes maior do 
que nos imunizados. O estudo foi conduzido pela Universidade Estadual de Londrina, 
pela Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, pela Universidade Federal de São 
Carlos e pela Faculdade de Medicina Albert Einstein dos EUA. 
Foram incluídos no estudo dados de 59.853 casos confirmados de covid-19 e 1.687 
mortes pela doença, reportados entre janeiro e outubro de 2021. Dos óbitos 
registrados, 1.269 foram de indivíduos não vacinados. Já entre os casos confirmados, 
48.217 foram de pessoas que não tomaram a vacina, 7.207 de indivíduos parcialmente 
imunizados e 4.429 de pessoas com esquema vacinal completo. Dos vacinados que 
foram infectados, 54% tinham mais de 60 anos. 
Os cientistas analisaram as taxas de letalidade (proporção entre o número de mortes e 
o número de casos) em três modelos: de acordo com a idade dos participantes, com o 
status de vacinação e segundo a relação de ambas as características (idade e 
vacinação). No primeiro modelo, quanto mais velhos os indivíduos, maior a letalidade 
observada. A segunda análise mostrou que os vacinados apresentam uma taxa de 
letalidade 40,4% menor do que os não vacinados. 
Já o terceiro modelo confirmou que a vacinação reduziu as mortes em todas as faixas 
etárias. "Nossos achados reforçam que a vacinação é uma medida de saúde pública 
essencial para reduzir os índices de fatalidade por covid-19 em todas as faixas 
etárias", afirmam os autores do artigo. 
Os resultados da pesquisa corroboram os de outros trabalhos já publicados, como um 
estudo observacional com dados de 90 paísesque mostrou que, a cada aumento de 
10% na cobertura vacinal, a mortalidade reduz 7,6%. 
Disponível em <https://butantan.gov.br/noticias/nao-vacinados-representam-75-das-mortes-por-
covid-19-diz-estudo-brasileiro>. Acesso em 13 fev. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A pesquisa indicou que a vacinação reduziu a morte e a contaminação por covid-19. 
 
II. Segundo os dados, 54% dos vacinados com mais de 60 anos foram infectados, mas, entre 
os imunizados, a taxa de letalidade foi 40,4% menor do que a observada entre os não vacinados. 
III. A pesquisa mostrou que 75% dos não vacinados morreram devido à covid-19. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: e. 
I, II e III. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 10 
 
 
Leia o texto. 
São Paulo tem início de ano mais frio desde 1965, aponta Inmet 
Os primeiros dias de 2023 na cidade de São Paulo (SP) foram os mais frios para um 
mês de janeiro desde 1965. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 
pleno verão, a média de temperatura máxima observada nos dez primeiros dias deste 
ano ficou em 23,9ºC. É o menor valor já registrado para o período desde 1965, quando 
a média chegou a 23,8ºC. 
De acordo com o Inmet, na capital e em grande parte do estado de São Paulo, as 
temperaturas estão abaixo da média por causa da Zona de Convergência do Atlântico 
Sul (ZCAS), resultado do encontro de ventos úmidos vindos do Atlântico, mais frios, 
passando pela faixa leste do estado, com ventos vindos da Bacia Amazônica. “Este 
sistema foi potencializado por águas costeiras mais frias que o normal para a época do 
ano e por áreas de baixa pressão, assim ajudando a promover dias seguidos de tempo 
nublado a encoberto, volumes expressivos de chuva e temperaturas abaixo da média”, 
diz nota do instituto. 
Historicamente, a média de temperatura máxima que costuma ser registrada nos 
primeiros dez dias do mês de janeiro é em torno de 27,9ºC. 
A média de temperatura mínima observada nos primeiros dez dias deste ano, 
estabelecida em 17,6ºC, também está abaixo da média histórica para o período, que é 
em torno de 18,8ºC. 
Chuvas 
Segundo o Inmet, o acumulado de chuvas registrado entre os dias 1º e 10 de janeiro 
foi de 79,8 milímetros (mm), volume que se encontra dentro da média para o período, 
em torno de 81mm. 
Disponível em <https://www.metroworldnews.com.br/foco/2023/01/11/sao-paulo-tem-inicio-de-ano-mais-frio-desde-
1965-aponta-inmet/>. Acesso em 17 jan. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A temperatura máxima média indica a temperatura mais elevada atingida no período em 
determinado local. 
II. Na cidade de São Paulo, os dez primeiros dias de janeiro de 2023 foram marcados por 
temperaturas mais baixas do que a média histórica e o volume acumulado de chuva ficou acima 
dos volumes registrados desde 1965. 
III. O encontro de ventos úmidos e frios vindos do Atlântico com ventos vindos da Bacia 
Amazônica foi responsável pelas baixas temperaturas observadas em janeiro de 2023. 
É correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: d. 
III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 11 
 
 
Leia os quadrinhos e o texto. 
 
Bancos com divisórias e formatos desconfortáveis, pedras pontiagudas embaixo de 
viadutos, grades no entorno de praças e jardins, muros com pinos metálicos, construções 
sem marquises ou com gotejamento de água programado, cercas elétricas e arame 
farpado. Os elementos e materiais utilizados para afastar pessoas dos espaços públicos 
são muitos e acabam influenciando a maneira como os indivíduos convivem e vivenciam 
os municípios. A arquitetura hostil, termo que abrange todas as barreiras e desenhos 
urbanos que parecem dizer “não se sinta em casa” — como define a repórter Winnie Hu, 
do The New York Times —, é parte da realidade da maioria das cidades pelo mundo e 
vem despertando debates sobre o impacto dessas ações, principalmente por meio das 
redes sociais. 
A professora de antropologia do Centro de Graduação da Universidade da Cidade de 
Nova York, Setha Low, afirmou em entrevista para a Reuters que o risco que se corre 
com esse tipo de medida é mudar a natureza dos ambientes públicos de “inclusivos para 
exclusivos”. 
Já o fotógrafo alemão Julius-Christian Schreiner ressaltou à reportagem que o aumento 
de locais públicos administrados pela iniciativa privada acentuou o problema, deixando 
pouca área para as pessoas se “recostarem, vagarem ou socializarem sem a pressão de 
comprar algo”. Schreiner é o idealizador do trabalho “Agentes Silenciosos” — uma série 
de imagens sobre arquitetura hostil realizada em lugares como Londres, Paris, 
Hamburgo, Berlim e Nova York. 
Para o fotógrafo, nos municípios, os cidadãos são mais vistos como clientes. “Se você é 
um bom consumidor, pode usar a infraestrutura. Mas, se não for, não deveria estar nesse 
espaço”, declarou à Reuters. Ao mesmo tempo em que crescem os exemplos dessas 
iniciativas que barram a permanência por mais tempo de pessoas consideradas 
“indesejadas” — e aqui entram também os skatistas e sua circulação pelos centros 
 
urbanos —, a matéria cita grupos em diferentes localidades que estão se mobilizando 
para chamar a atenção para o assunto e tentar amenizar os seus reflexos. 
Disponível em <https://caosplanejado.com/arquitetura-hostil-quando-as-cidades-nao-sao-para-
todos/?gclid=EAIaIQobChMI2dTn7Iqi_AIVtOBcCh0wLg_dEAMYASAAEgLVx_D_BwE>. Acesso em 14 dez. 2022 
(com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Os quadrinhos revelam que as ações relacionadas à arquitetura hostil são 
planejadas, ideia também afirmada no texto. 
II. Segundo o texto, o uso de determinados espaços vincula-se mais ao conceito de 
consumidor do que ao de cidadão. 
III. A administração dos espaços públicos por empresas privadas, de acordo com o 
texto, é uma solução para que eles se tornem mais inclusivos. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. 
I e II, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 12 
 
 
Leia o texto. 
O que faz o Brasil ter a maior população de domésticas do mundo 
Se organizasse um encontro de todos os seus trabalhadores domésticos, o Brasil 
reuniria uma população maior do que a da Dinamarca, compostos majoritariamente 
por mulheres negras, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) 
Marina Wentzel - 26 fev. 2018 
Segundo dados de 2017, o país emprega cerca de 7 milhões de pessoas no setor – o 
maior grupo no mundo. São três empregados para cada grupo de 100 habitantes – e a 
liderança brasileira nesse ranking só é contestada pela informalidade e falta de dados 
confiáveis de outros países. 
Com um perfil predominantemente feminino, afrodescendente e de baixa escolaridade, 
o trabalho doméstico é alimentado pela desigualdade e pela dinâmica social criada 
principalmente após a abolição da escravatura no Brasil, afirmam especialistas. 
Um estudo feito em parceria entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 
ligado ao Ministério do Planejamento, e a ONU Mulheres, braço das Nações Unidas 
que promove a igualdade entre os sexos, compilou dados históricos do setor de 1995 
a 2015 e construiu um retrato evolutivo das noções de raça e gênero associadas ao 
trabalho doméstico. 
(...) 
O professor e pesquisador americano David Evan Harris é um dos especialistas que 
defendem que o cenário do trabalho doméstico no Brasil atual é herança do período 
escravagista. 
"O Brasil foi um dos últimos países do mundo a acabar com a escravidão. Se olharmos 
para quem são as empregadas, veremos que elas tendem a ser negras", diz o 
acadêmico, formado pela Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, e mestre 
 
pela USP. 
"Analisando cidades como Rio e São Paulo, percebe-se que as domésticas muitas 
vezes são pessoas que migraram do Norte e Nordeste para o Sul e Sudeste. E, como 
se sabe, o Nordeste é para onde boa parte das populações de escravos foi 
originalmente trazida. Há uma situaçãode dinâmica geográfica, histórica e social que 
continua até hoje." 
Segundo a historiadora e escritora Marília Bueno de Araújo Ariza, mesmo após a 
abolição, em 1888, mulheres e homens negros continuaram sendo servos ou escravos 
informais, o que também deixou seu legado no mercado de trabalho. 
As domésticas de hoje são majoritariamente afrodescendentes porque "justamente 
eram essas pessoas que ocupavam os postos de trabalho mais aviltados na saída da 
escravidão e na entrada da liberdade no pós-abolição", afirmou ela à BBC Brasil. 
A ideia de ter um servo na família era muito comum, mesmo entre quem não era rico e 
vivia nas regiões semiurbanas do século 19, segundo Ariza. 
"A escravidão brasileira foi diversa, mas foi sobretudo uma escravidão de pequena 
posse. No Brasil, todo mundo tinha escravos. Quando as pessoas tinham dinheiro, 
elas compravam escravos com muita frequência". 
Em São Paulo, por exemplo, muitas famílias - mesmo as relativamente pobres, muitas 
delas chefiadas por mulheres brancas - "tinham uma ou duas escravas domésticas 
para realizar afazeres na casa ou na rua". 
Ariza acredita que o Brasil do século 21 herdou do passado colonial, imperial e 
escravista uma "profunda desigualdade na sociedade que não foi resolvida" e "um 
racismo estrutural". 
"Essas duas coisas combinadas nos levam a um quadro contemporâneo que usa 
racionalmente o trabalho doméstico porque ele é mal remunerado e, até 
recentemente, não tinha quaisquer direitos reconhecidos", resume. 
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43120953>. Acesso em 09 mar. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O trabalho doméstico no Brasil é realizado principalmente por mulheres 
negras e é, geralmente, mal remunerado. 
II. No Brasil, a prática de ter alguém para realizar os afazeres domésticos é 
herança escravagista. 
III. A informalidade no trabalho doméstico sugere que, no Brasil, o número de 
pessoas que realizam tal função supera os 7 milhões. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. 
I e II, apenas. 
 
 
• Pergunta 13 
 
 
Leia o texto. 
Garimpo ilegal na Terra Yanomami cresceu 54% em 2022, aponta Hutukara 
O garimpo ilegal cresceu 54% em 2022 e devastou novos 1.782 hectares da Terra 
Indígena Yanomami (TIY), conforme levantamento feito por imagens de satélite. O 
monitoramento da Hutukara Associação Yanomami (HAY) aponta crescimento 
 
acumulado de 309% do desmatamento associado ao garimpo entre outubro de 2018 e 
dezembro de 2022. Nesse período, foram mais 3.817 hectares destruídos na maior terra 
indígena do país, atingindo um total de 5.053 hectares. Quando os indígenas começaram 
a monitorar os efeitos do garimpo, em outubro de 2018, havia 1.236 hectares devastados. 
Em 2021, o desmatamento chegou a 3.272 hectares, conforme apontou o relatório 
“Yanomami Sob Ataque: garimpo na Terra Indígena Yanomami” e propostas para 
combatê-lo. O “Sistema de Monitoramento do Garimpo Ilegal na TIY” é feito com imagens 
da “Constelação Planet”, rede de satélites de alta resolução espacial capazes de detectar 
com precisão e mais frequência de vigilância áreas muitas vezes não capturadas por 
outros satélites. Com o monitoramento manual, as atualizações são registradas duas 
vezes por mês. As maiores concentrações de destruição estão nos rios Uraricoera, ao 
Norte da Terra Indígena Yanomami, e Mucajaí, região central. A região de Waikás, no 
Uraricoera, concentra 40% do impacto, com cerca de 2 mil hectares devastados. 
Enquanto isso, o Rio Couto Magalhães, afluente do Mucajaí, sofre 20% do impacto, com 
cerca de mil hectares. A terceira região mais afetada é a de Homoxi, na cabeceira do 
Mucajaí, com 15% da devastação, o que corresponde a cerca de 760 hectares. “Os 
impactos do garimpo vão além do observados pelo satélite, que são focados no 
desmatamento. Eles também afetam as disseminações de doenças, deterioração no 
quadro de saúde das comunidades, produção de conflitos intercomunitários, aumento de 
casos de violência e diminuição da qualidade de água da população com destruição dos 
corpos hídricos. Tudo isso somado compromete a capacidade de viver nas 
comunidades”, explicou o geógrafo Estêvão Benfica, assessor do Instituto Socioambiental 
(ISA). Ainda segundo Benfica, a mobilidade dos garimpeiros de uma área para outra é 
um fator que resulta na proliferação de doenças. Os invasores chegam a levar novas 
cepas de malária de uma região para outra, por exemplo. De acordo com o Sivep 
Malária, sistema de monitoramento do Ministério da Saúde, entre 2020 e 2021, mais de 
40 mil casos de malária foram registrados na Terra Indígena Yanomami. Em 2021, foram 
21.883, o maior registro desde 2003. A explosão dos casos da doença no território 
indígena coincide com o aumento da área devastada pelo garimpo. O monitoramento do 
Mapbiomas, que utiliza o satélite Landsat, mostra saltos sucessivos no desmatamento 
pelo garimpo desde 2016. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O avanço do garimpo na região das terras indígenas Yanomami e o número de casos de malária 
estão inversamente relacionados desde 2016. 
II. A taxa de crescimento dos casos de malária foi maior no período de 2019 a 2020. 
III. As consequências do garimpo ilegal nas terras indígenas incluem a disseminação de doenças 
e a destruição ambiental. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: d. 
Apenas as afirmativas II e III são corretas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 14 
 
 
Leia o texto. 
Aluguel residencial sobe 16,55% em 2022 e tem a maior alta em 11 anos 
Os dados da pesquisa foram levantados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e 
incluem os preços de aluguel de imóveis residenciais (apenas apartamentos) em 25 cidades 
brasileiras com base em anúncios na internet. 
O preço médio de locação de imóveis residenciais no país subiu em 2022 quase três 
vezes acima da inflação do ano passado (5,79%), de acordo com o índice FipeZap. 
O aumento acumulado de 16,55% em 2022 é o maior resultado apurado pelo índice 
desde 2011 (17,30%). 
Segundo o economista Pedro Tenório, do DataZap+, entre os fatores que explicam a 
escalada de preços, estão: 
I. o aquecimento do mercado de trabalho, a partir da retomada das atividades na 
pandemia de covid-19, e repasse da inflação para o aluguel; 
II. a alta acima da média em cidades como Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Goiânia 
(GO), que vivem um momento de valorização imobiliária. 
Para 2023, a expectativa é que o cenário de avanço dos preços de locação seja 
freado, uma vez que a inflação deve ser mais contida. Além disso, tanto o PIB quanto 
o mercado de trabalho devem se estabilizar, o que contribui para o arrefecimento dos 
preços e para o crescimento do mercado em menor ritmo, seguindo a linha da 
inflação. 
Veja, a seguir, as maiores altas nos aluguéis entre as capitais. 
III. Goiânia (GO): 32,93% 
IV. Florianópolis (SC): 30,56% 
V. Curitiba (PR): 24,47% 
VI. Fortaleza (CE): 21,33% 
VII. Belo Horizonte (MG): 20,01% 
VIII. Rio de Janeiro: 17,93% 
IX. Recife (PE): 17,07% 
X. Salvador (BA): 16,56% 
XI. São Paulo: 14,63% 
XII. Porto Alegre (RS): 11,14% 
Disponível em <https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/01/17/preco-medio-aluguel-2022-
fipezap.htm>. Acesso em 17 jan. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com o texto, em 2022, os aluguéis residenciais mais altos estavam em Goiânia. 
 
II. Em 2022, a alta dos aluguéis residenciais em São Paulo ficou abaixo da média registrada 
no país. 
III. Segundo os dados, o preço do aluguel de um apartamento em Florianópolis é 
aproximadamente o dobro do aluguel de um apartamento equivalente em São Paulo. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. 
II, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 15 
 
 
Leia o texto e a charge, que se referem à libertação de trabalhadores em condições análogas à 
escravidão na produção de vinhos no suldo país. O fato foi muito noticiado em fevereiro de 2023. 
 
A escravidão é branca 
O problema da cura dessa cegueira seletiva não vai se resolver com escândalos pontuais, mas 
a partir de comprometimentos individuais e coletivos permanentes 
Por Rodrigo Trindade, juiz da Justiça do Trabalho da 4ª Região e professor 
José Saramago foi um dos mais importantes intelectuais da língua portuguesa e utilizou a 
literatura para fazer críticas à sociedade. Em seu livro “Ensaio sobre a Cegueira”, de 1995, 
utilizou a figura de uma epidemia que levava à perda da visão para denunciar a alienação do 
homem em relação a ele mesmo. A “cegueira branca” era a denúncia do egoísmo, da covardia e 
da perda de empatia. 
O episódio do resgate de trabalhadores em Bento Gonçalves também chama à reflexão em torno 
de um seletivo embaçamento perceptivo que simplesmente não vê ou tem dificuldades de enxergar 
duas centenas de pessoas escravizadas em sua vizinhança. Como se fosse possível que chegassem 
e trabalhassem invisíveis, para, logo depois, desaparecerem. 
Condições degradantes, castigos físicos, jornadas exaustivas, submissão a dívidas e impedimento 
de retorno a suas casas. Esses são, precisamente, os elementos que caracterizam a escravidão 
contemporânea e foram relatados por representantes dos resgatados. 
A prática da arregimentação de trabalhadores em outros Estados para colheitas no norte do RS 
existe há anos. Ocorre em condições, no mínimo, temerárias e com fiscalização historicamente 
insuficiente – principalmente pelo desaparelhamento dos órgãos responsáveis. Foi necessário que 
um escravizado fugisse e procurasse a polícia para alertar autoridades sobre a situação. 
Nos últimos anos, por todo o Brasil, se avolumam denúncias de trabalho escravo urbano e rural. 
Semanalmente, nos deparamos com notícias de empresas, quase sempre tomadoras de serviços, 
que se utilizam de terceirizados escravizados e se defendem com um “não sabia”, “não me 
avisaram”, “não vi”. 
O problema da cura dessa cegueira seletiva não vai se resolver com escândalos pontuais, mas a 
partir de comprometimentos individuais e coletivos permanentes. Sem desviar o olhar e dando os 
nomes certos aos fatos. 
Disponível em <https://gauchazh.clicrbs.com.br/opiniao/noticia/2023/03/a-escravidao-e-branca-
cleqa9yfh003h016mcemsd6xk.html?fbclid=IwAR1n2kByaIb6T3dFbsZ8YPquIdb3VpyJ6YM-
0Db1XgtFHZ6M6hwf4m6iVAQ>. Acesso em 02 mar. 2023. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Segundo o texto, a escravidão contemporânea difere da praticada na colonização por vários 
fatores; o principal deles é o de que os trabalhadores escravizados atualmente são brancos. 
II. A charge contraria o artigo, pois mostra que os consumidores não são alienados ou “cegos” e 
têm poder de escolha na hora do consumo. 
III. Para o autor do artigo, ações de combate ao trabalho escravo, como ocorreu em Bento 
Gonçalves, são inúteis, uma vez que se perdeu a empatia. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: b. 
Nenhuma afirmativa é correta. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 16 
 
 
Leia o texto. 
Desmatamento na Amazônia chega a quase 8 mil km2 em 2022, pior acumulado em 
15 anos. Apenas em agosto, foram derrubados 1.415 km². Além disso, a 
degradação florestal causada pela extração de madeira e pelas queimadas cresceu 
54 vezes. 
Em 2022, o desmatamento acumulado na Amazônia já chegou a quase 8 mil km² apenas 
em oito meses, sendo o maior dos últimos 15 anos. Segundo dados do Instituto do 
Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), somente em agosto foram derrubados 
1.415 km² de floresta, uma área quatro vezes maior do que Belo Horizonte. 
Outro problema foi a degradação florestal causada pela extração de madeira e pelas 
queimadas, que cresceu 54 vezes na região em relação ao mesmo mês do ano passado. 
A área degradada passou de 18 km² em agosto de 2021 para 976 km² em agosto de 
2022. 
Além de ameaçar diretamente a vida de povos e comunidades tradicionais e causar 
perdas na biodiversidade, esse aumento na destruição também afeta a camada de 
ozônio e contribui para o aquecimento global em um momento de emergência climática. 
Por isso, neste Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, é importante 
 
olhar para a floresta em pé como uma das soluções para proteger as populações das 
consequências desse desequilíbrio do clima, entre elas a maior frequência e intensidade 
de eventos extremos como secas e tempestades. 
“Já passamos da metade do ano e o que vem acontecendo são recorrentes recordes 
negativos de devastação da Amazônia, com o aumento no desmatamento e na 
degradação florestal. E infelizmente temos visto ações insuficientes para combater esse 
problema”, lamenta a pesquisadora Bianca Santos, do Imazon. 
O instituto classifica como desmatamento quando a vegetação foi totalmente removida, o 
chamado “corte raso”, e como degradação florestal quando parte da mata foi retirada por 
causa da extração de madeira ou afetada pelo fogo. Por isso, é comum que uma área 
classificada como degradada seja posteriormente desmatada. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O desmatamento da Amazônia tem implicações sociais e ambientais, pois afeta comunidades 
da região e contribui para o aquecimento global. 
II. Pelo gráfico, observa-se que a área degradada na Amazônia foi maior durante o ano de 2021 
do que durante o ano de 2022. 
III. Desmatamento e degradação florestal são termos sinônimos, que se referem à destruição das 
áreas verdes. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: c. 
Apenas a afirmativa I é correta. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 17 
 
 
Leia o texto, de autoria de Laura Mattos, e a charge. 
Inteligência artificial ajuda aluno a escrever redação nas escolas 
 
“A inteligência artificial tornou-se uma ferramenta cada vez mais importante no campo da 
educação e uma das maneiras mais emocionantes de usá-la é ajudar os estudantes a 
melhorar suas habilidades de escrita”. 
Foi assim que a nova vedete da inteligência artificial, a plataforma ChatGPT, iniciou um 
texto de seis parágrafos quando a “Folha” lhe enviou a seguinte solicitação: "Escreva um 
artigo sobre o uso da inteligência artificial para estudantes aprenderem a escrever 
redação". 
O artigo ficou pronto em 50,5 segundos. Ainda no primeiro parágrafo, o robô prosseguiu 
afirmando que as ferramentas "podem fornecer aos estudantes feedback instantâneo 
sobre seus ensaios, ajudando-os a identificar erros e a melhorar sua escrita com o 
tempo". 
Se é realmente "emocionante", isso já é um juízo de valor feito pelo robô do ChatGPT, 
mas, de fato, como o texto aponta, essa ferramenta começa a se disseminar na 
educação, e escolas brasileiras, públicas e particulares, passaram a adotá-la. 
Em São Paulo, a inteligência artificial para esse fim deverá ser introduzida nas escolas 
estaduais ainda neste semestre, de acordo com o secretário de educação, Renato Feder. 
"Teremos um programa que apontará instantaneamente para o aluno erros gramaticais, 
ortográficos e de pontuação, além de explicar a regra", afirmou o secretário à “Folha”. 
Posteriormente, a redação deve ser encaminhada ao professor, e a plataforma 
sistematiza a sua correção fazendo ao docente perguntas como "Qual é a aderência do 
texto ao tema proposto?", "Trabalha com a argumentação?", "Usa raciocínio lógico?", 
"Traz uma conclusão?". 
Segundo Feder, a ferramenta será desenvolvida pela Secretaria de Educação, da mesma 
forma que o programa implementado nas escolas paranaenses quando ele foi secretário. 
O “Redação Paraná” foi criado no primeiro ano da pandemia e é utilizado por estudantes 
do 6º ao 9º ano e do ensino médio. 
O Governo do Espírito Santo também aderiu a essa tecnologia, a partir de parceria com 
uma startup, a Letrus. 
Essa mesma tecnologia já foi utilizada em escolas públicas da Paraíba, do Pará, de São 
Paulo e de Mato Grosso do Sul, por meio de projetos financiados por institutossociais, e 
atualmente está presente em escolas da Fundação Bradesco e em instituições voltadas à 
classe A de São Paulo, como a rede Pueri Domus e as escolas do Grupo Bahema, entre 
as quais a Escola da Vila e a Escola Viva. A Letrus diz ser utilizada por 180 mil 
estudantes no país - o custo médio programa gira em torno de R$ 100 por aluno por ano. 
Professor de língua portuguesa e fundador da empresa, Luís Junqueira admite que, por 
melhor que seja, uma ferramenta de inteligência artificial não consegue substituir o olhar 
humano. 
"Mas facilita o trabalho do professor e pode orientá-lo sobre que dificuldades devem ser 
observadas", diz ele. "Também é importante o estímulo que o estudante tem ao receber 
um feedback rápido da sua redação. No Brasil, a maioria dos estudantes não consegue 
ter os seus textos lidos por professores." 
A Letrus defende que a ferramenta precisa ser integrada ao currículo escolar, com 
treinamento dos professores, para que saibam utilizá-la em aula, além de monitorar o 
desenvolvimento de cada aluno por meio de um histórico de dados e estatísticas. 
Plataformas com essa proposta, portanto, segundo ele, diferenciam-se de sites e 
aplicativos que oferecem correção de redação instantânea gratuitamente (há serviços 
pagos, como o de escolher um tema livre). Entre elas já se tornaram conhecidas de 
professores brasileiros a Glau e a Grammarly. 
Além de erros gramaticais e ortográficos, as ferramentas se dizem capazes de analisar, 
em algum grau, a construção de frases e a fluência do texto e, também, de evitar plágios, 
pesquisando outros textos online ou barrando a possibilidade de copiar e colar. 
Mestre em linguística aplicada e professor do Instituto Singularidades, que forma 
professores e gestores da educação, Maurício Canuto afirma que essas ferramentas 
podem ser úteis, "desde que consideradas como complementares e sempre utilizadas 
com a mediação do docente". "A tecnologia pode apontar um erro de pontuação, por 
exemplo, e explicar a regra, mas não garante que o aluno entenderá." 
O professor dá aula de português na rede municipal de São Paulo e sugere essas 
ferramentas aos seus alunos. Ele diz ser preciso cuidado para que a criatividade não seja 
tolhida. "Essas ferramentas utilizam modelos de textos", diz. "Isso pode ir na contramão 
do que a BNCC [Base Nacional Comum Curricular] determina, que o aprendizado busque 
novas linguagens, interações e que evite fórmulas estáticas." 
Ponderação semelhante faz Adriano Chan, corretor de redação de vestibulares e 
doutorando da Unesp em linguística cognitiva, que lida com os modelos do pensamento 
algorítmico. "Na língua, temos os usos que seguem padrões e os que não seguem, e 
esses casos não são identificados por essas ferramentas." 
Para Chan, que é proprietário de um curso de redação em São Paulo, essas ferramentas 
"podem ajudar o professor a ser mais eficaz", desde que utilizadas com cautela. "Essas 
plataformas trabalham com modelos de texto. Procuram as palavras no primeiro 
parágrafo e avaliam como se relacionam com o restante da escrita. Isso não funciona 
para alunos mais criativos, para redações mais sofisticadas." 
A ponderação entre aspectos positivos e negativos, aliás, não está presente no texto do 
ChatGPT feito a pedido da “Folha”, que só apontou vantagens do uso da inteligência 
artificial. A conclusão do robô é que o uso "emocionante" da ferramenta pode transformar 
alunos em "escritores competentes". 
Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2023/02/escolas-adotam-inteligencia-artificial-para-ajudar-aluno-
a-escrever-
redacao.shtml#:~:text=%22A%20intelig%C3%AAncia%20artificial%20tornou%2Dse,melhorar%20suas%20habilidades%2
0de%20escrita.%22>. Acesso em 16 mar. 2023 (com adaptações). 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com a charge e com os especialistas apresentados no texto, a ferramenta ChatGPT 
substitui plenamente a figura humana, pois sua tecnologia permite que ela realize com eficiência 
todas as tarefas. 
II. O texto escrito pela ferramenta ChatGPT, mencionado no artigo, pondera sobre os aspectos 
positivos e negativos da inteligência artificial para os estudantes e é um exemplo claro do potencial 
dessa tecnologia. 
III. Segundo o secretário de educação de São Paulo, uma ferramenta específica será utilizada nas 
escolas públicas e apontará aos estudantes os erros gramaticais em seus textos. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
III, apenas. 
 
 
 
 
 
 
• Pergunta 18 
 
 
Leia o texto e o infográfico. 
Há muitas maneiras de adquirir o estilo de vida vegano. De acordo com a Organização The Vegan 
Society, do Reino Unido, o veganismo é uma filosofia e um estilo de vida que busca “excluir, na 
medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade com animais para 
alimentação, vestuário ou qualquer outro propósito”. A proposta da The Vegan Society é 
promover o desenvolvimento e o uso de alternativas livres de animais para o benefício dos seres 
humanos, dos seres vivos em geral e do meio ambiente. 
Uma dieta predominantemente à base de plantas e com baixo teor de sal, gorduras saturadas e 
açúcares adicionados é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como parte de 
um estilo de vida saudável em seu documento “Dietas à base de plantas e seu impacto na saúde, 
sustentabilidade e meio ambiente”, publicado em 2021. 
A OMS caracteriza seis estilos distintos de dietas à base de plantas, que enfatizam alimentos 
derivados de vegetais, juntamente com o consumo reduzido ou a exclusão total de produtos 
derivados de animais. As dietas sugeridas são vegana, lactovegetariana, ovolactovegetariana, 
ovovegetariana, peixe-vegetariana e semivegetariana. 
 
Disponível em <https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2022/10/o-que-e-veganismo>. Acesso em 05 jan. 2023 
(com adaptações). 
 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A recomendação da OMS por dietas à base de vegetais, como o veganismo, está baseada em 
estudos que comprovam os malefícios da carne e de outros derivados animais para a saúde humana. 
II. No período pesquisado, o veganismo no Brasil não cresceu, colocando nosso país em último 
lugar na representatividade desse estilo de vida entre os países avaliados. 
III. O veganismo representa uma preocupação com a saúde e com o meio ambiente. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. 
III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 19 
 
 
Leia o texto, observe a imagem e avalie as afirmativas. 
Brasil teve recorde de feminicídios no primeiro semestre de 2022 
O Brasil bateu recorde de feminicídios no primeiro semestre de 2022. De acordo com 
dados publicados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 699 casos foram 
registrados entre janeiro e junho, o que representa uma média de quatro mulheres 
mortas por dia. 
Em 2019, no mesmo período, foram registrados 631 casos. Dois anos depois, em 2021, 
677 mulheres foram assassinadas em decorrência da violência de gênero. 
Os dados foram coletados com as pastas estaduais de Segurança Pública e representam 
 
somente os crimes que chegaram a ser registrados. 
Entre as regiões do país, o Norte liderou o aumento, com 75% a mais do que no primeiro 
semestre de 2019. Oeste, Sudeste e Nordeste registraram crescimento de 29,9%, 8,6% e 
1%, respectivamente. Apenas na região Sul foi registrada uma queda de 1,7% dos casos. 
Os dados coletados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública acompanham a 
promulgação da Lei do Feminicídio (13.104/2015), que considera o assassinato que 
envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de 
mulher. 
"O primeiro ano completo que nós temos de estatísticas no Brasil é 2016. Contudo, em 
2016 e em 2017, ainda temos um movimento nos Estados de adaptação à nova 
legislação”. 
Assessoria de Comunicação do IBDFAM. Publicado em 13 dez. 2022. Disponível 
em <https://ibdfam.org.br/noticias/10312/Brasil+teve+recorde+de+feminic%C3%ADdios+no+primeiro+semestre+de+2022>. Acesso em 12 fev. 2023 (com adaptações). 
 
 
 
I. Com base nos números apresentados na notícia, entre 2019 e 2022, no período de janeiro a 
junho, houve aumento de cerca de 10% nos casos de feminicídio registrados. 
II. Na região Norte, em 2022, ocorreu o maior número de casos de feminicídios no país. 
III. Na imagem, explora-se o duplo significado da palavra “luto”, como verbo e como 
substantivo. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
I e III, apenas. 
 
 
 
 
 
 
• Pergunta 20 
 
 
Leia a charge e o texto. 
 
 
 
 
Um artigo publicado recentemente na revista 9ª Arte tem como tema a baixa 
participação da população negra na arte do Brasil, mais especificamente nos 
quadrinhos, apesar de serem a maioria da população. No trabalho intitulado “A maioria 
da população brasileira é minoria nos quadrinhos”, Roberto Elísio dos Santos, livre-
docente em Ciências da Comunicação na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da 
USP, tomou como inspiração os estudos do pesquisador Nobu Chinen sobre a quase 
inexistência do negro como personagem da chamada 9ª arte, as histórias em 
quadrinhos (HQs). Visto que a maioria da população brasileira é negra, não faz sentido 
tão poucos personagens negros nas histórias em quadrinhos. 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo 
levantamento populacional, 43,1% dos brasileiros entrevistados se declaram brancos, 
9,3% pretos e 46,5% pardos. 
A situação de preconceito, nos meios artísticos, vem mudando aos poucos, “mas a 
presença de personagens negros nos produtos midiáticos não reflete os dados sociais 
do país. Se somos, então, um país negro, onde estão os pretos e pardos nos meios de 
comunicação?”, questiona Chinen. A história brasileira mostra 400 anos de escravidão, 
ao longo dos quais a exclusão, a discriminação e o racismo determinaram as condições 
econômicas precárias, desumanas, acompanhadas pelo difícil acesso dos 
afrodescendentes à educação e ao digno convívio social de igualdade. 
A arte, em particular as histórias em quadrinhos, reflete as condições preconceituosas 
enfrentadas pela população negra, expressas graficamente com a imagem negativa do 
negro nesse tipo de publicação artística. Os padrões europeus dos corpos conceituados 
como “normais e perfeitos” sempre colocaram à margem etnias diferentes. Santos cita a 
revista Gibi, lançada em 1939 e publicada até os anos 1990, em que o personagem 
Pererê, historicamente o mais bem-sucedido personagem negro das histórias em 
quadrinhos, não é baseado em um ser real, é um ser mitológico do folclore brasileiro. Na 
revista “O Tico-Tico” (de 1905 a 1962), o garoto negro Giby era empregado da família. 
O artista J. Carlos, em 1924, apresenta sua personagem Lamparina, uma menina negra, 
como alguém “que ostenta um aspecto de animal […], com os braços nas proporções de 
um chimpanzé”. Destaca-se que, segundo o pesquisador Chinen, esse “talvez seja o 
caso mais notório de uma representação negativa do negro nos quadrinhos brasileiros”. 
As precárias condições de vida dos afrodescendentes brasileiros foram retratadas de 
maneira crítica, em nossa história mais recente, por cartunistas engajados socialmente 
como Novaes, Henfil e, mais notadamente Edgar Vasques. Nobu Chinen, afirma Santos, 
“faz um inventário dos personagens negros infantis”, pondo em cena “personagens 
pouco conhecidos ou esquecidos que formaram, por meio dos quadrinhos, uma visão 
dos afrodescendentes brasileiros, mais próximos ou distantes da grande parcela da 
população do Brasil”. 
Disponível em <https://jornal.usp.br/ciencias/qual-o-papel-dos-personagens-negros-nas-historias-em-quadrinhos-
brasileiras/>. Acesso em 7 mar. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O texto afirma que a população negra é sub-representada nas histórias em quadrinhos como 
consequência do fato de uma minoria dos brasileiros (9,3% do total) se considerar preta. 
II. A charge mostra que muitos negros conseguiram ser reconhecidos pelos seus feitos, o que refuta 
as informações presentes no texto. 
III. O fato de o Pererê ser o personagem negro mais bem-sucedido na história dos quadrinhos 
brasileiros deve-se a ele representar um ser mitológico. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: b. 
Nenhuma afirmativa é correta. 
 
 
Segunda-feira, 8 de Maio de 2023 20h22min56s GMT-03:00

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