TIC's 5 - Paisagem sonora

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FAHESP – Faculdade de Ciências Humanas, Extas e da Saúde do Piauí.
IESVAP – Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA.
Disciplina: Sistemas Orgânicos integrados II (SOI II)
Aluno (a): Ana Darla Mendes Figueira.
	TIC’S – SEMANA 5	
Paisagem sonora
1. O sistema Dolby Atmos permite uma melhor definição da paisagem sonora em uma sala de cinema. Como, do ponto neurofisiológico, realizamos a localização de uma fonte sonora?
De acordo com o Tortora, a audição consiste na capacidade de perceber os sons. A orelha humana possui seus receptores sensitivos que permitem a transdução de vibrações sonoras com amplitudes minimamente pequenas em sinais elétricos mil vezes mais rápidos do que qualquer fotorreceptor. Por sua vez, o som se caracteriza como uma energia mecânica, que é resultado das ondas de energias de partículas de ar em vibração. A parte externa da orelha capta as ondas sonoras e encaminhá-las para a orelha média, ajudando na localização da onda. Dessa forma, a audição humana utiliza de diversos mecanismos para a localização de uma fonte sonora no espaço. 
A localização sonora é uma habilidade auditiva para determinar a posição de uma fonte sonora, no qual se utiliza tanto as pistas mononaurais – apenas uma orelha- quanto binaurais – duas orelhas. A percepção da direção dos sons é inconsciente e está presente desde muito cedo na vida dos seres humanos, sendo possível identificar e diferenciar a intensidade, frequência e tempo de cada tipo de onda. A localização de fontes das ondas sonoras ocorre, principalmente, devido a influência de características físicas da onda sonora, gerando diferenças nos aspectro dessa onda entre as orelhas, sendo os principais fatores a diferença de tempo interaural, as diferenças de intensidade interaural e a diferença de intensidade entre as orelhas.
No plano horizontal, um único ouvido não consegue determinar a origem do som. O retardo temporal interauricolar permite a determinação da posição som, ou seja, as diferenças existentes de intensidade, e a determinação de tempo na chegada das ondas aos ouvidos permite localizar em um plano horizontal entre 20 a 2.000Hz. Se determinada fonte sonora chega pela frente, não ocorre retardo interauricolar, já quando a onda está em um dos lados, primeiro chega no ouvido que está exposto, e só depois contorna a cabeça e chega no outro ouvido. A captação desses sons é realizado pelos neurônios especializados do tronco encefálico, após sofrerem a captação e transdução. O retardo permite localizar a fonte sonora no plano horizontal. A localização dos mecanismos de detecção do som no tronco-encefálico é associado ao complexo olivar superior (oliva lateral e oliva superior medial) à localização no plano horizontal. 
REFERÊNCIAS:
TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo Humano-: Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. Artmed Editora, 2016.
FERNANDES, Luciana Castelo Branco Camurça et al. Estudo de prospecção das patentes de localização sonora componentes da avaliação do processamento auditivo central. Research, Society and Development, v. 10, n. 8, p. e27910817333-e27910817333, 2021. 
OLIVEIRA, Aline Cabral de et al. Localização de fontes sonoras: a importância das diferenças dos limiares auditivos interaurais. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Acessado no dia 08 de março de 2023. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsbf/a/TGhdzMdTRPhmTHTp5ZGpy4C/?format=pdf&lang=pt