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Acabe com a Obesidade - Cristina Cairo

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Introdução 
 corpo humano é uma máquina maravilhosa. As células, os tecidos, os órgãos, 
os sistemas, tudo trabalha de forma integrada, em perfeita harmonia. É uma 
construção incrível, que funciona de modo automático, sem que precisemos 
pensar para que nossos olhos pisquem ou que nosso coração pulse. Quando todos os 
órgãos cumprem sua função corretamente, dizemos: "estamos com saúde". Entretanto, 
até um bebê, nas suas primeiras semanas de vida, pode sentir algo desagradável: 
a doença. 
Todas as manifestações do corpo, inclusive as doenças, são mensagens que o 
nosso organismo envia do que está se passando em nossa alma. Sabendo "ler" estas 
mensagens, temos poderosas ferramentas para o autoconhecimento e, 
conseqüentemente, para a cura das doenças. 
 
Antes mesmo de um indivíduo verbalizar seus pensamentos ou sentimentos, o 
corpo, através do sistema nervoso, transmite impulsos que geram movimentos 
musculares imperceptíveis. Esta comunicação não-verbal conta sobre o que se passa 
dentro do indivíduo. Portanto, através do conhecimento desta comunicação não-verbal 
de si mesmo e das outras pessoas, é possível entender os porquês de problemas 
pessoais ou de saúde. 
O corpo físico é como um anteparo onde se projetam as emoções. Emoções 
negativas somatizam-se em forma de doenças, a curto ou longo prazo. O inconsciente 
relaciona universalmente a função de um órgão a uma emoção equivalente. Por isso, 
devemos solucionar as questões problemáticas o mais rápido possível, impedindo o 
inconsciente de se comunicar através da doença para nos alertar sobre nossa conduta. 
Essa é a Linguagem do Corpo, ciência milenar que resgatei durante anos de 
estudo, debruçando-me sobre medicina chinesa, egípcia, encontrando ecos modernos 
na psicossomática, na psicanálise, na neurolingüística e na medicina holística em geral. 
Hoje em dia, os médicos estão percebendo cada vez mais que é preciso tratar o 
paciente como um todo, tanto nos seus aspectos físicos quanto nos psicológicos e 
espirituais, para se obter a cura. E constatam, na grande maioria dos casos, a eficiência 
dessa abordagem. Mas, para isso, é preciso estudar muito, conhecer profundamente o 
ser humano. 
 
Estou propondo, caro leitor, uma forma que vai resolver definitivamente seu 
problema da obesidade e qualquer outro problema de saúde e de estética que você tiver, 
bastando se dar a oportunidade de percorrer este caminho. 
Todo aquele que busca, encontra uma resposta, mas nem sempre aceita ou 
compreende a resposta que recebe. 
Muitos anos se passaram, até eu compreender isso. Os conselhos que eu dava 
O 
para as pessoas nem eu mesma seguia. Acreditava que estava colocando em prática o 
que tanto pregava, mas me indignava ao ver meu corpo se transformando em obeso ou, 
em muitas épocas, repleto de gorduras localizadas, flacidez e celulite. Isso me fazia 
refletir que eu ainda não havia compreendido o que seria praticar mudanças internas, 
ou seja, mudanças que se refletem no comportamento e na erradicação de vícios de 
pensamentos, causadores de certas emoções nocivas ao organismo, provocando 
doenças e problemas estéticos. 
Depois de muitos estudos, de ministrar cursos e palestras, e de milhares de 
atendimentos, comecei a colocar em prática o auto-amor e o auto-respeito. Assim, 
finalmente, meu corpo sorriu, emagreceu e dispensou gorduras e celulites de minha 
silhueta. 
Quero mostrar com isso que a Linguagem do Corpo nos fornece um guia completo de 
nossa personalidade, caráter, sofrimentos secretos ou mesmo alegrias do coração. O 
corpo nos revela, em cada pedacinho, o todo de nossa essência e cabe a nós 
reaprendermos a entendê-lo, para assim mudarmos aquilo que guardávamos 
inconscientemente contra nossa própria vida. 
Quando nos agarramos à crença da hereditariedade, todas as portas se fecham e 
nada pode ajudar ninguém. As pessoas se tornam escravas do tempo e da genética, e 
descartam soluções alternativas. Saiba que a ciência médica avançou destemidamente, e 
muitos livros já foram escritos por médicos, que comprovam que o corpo fala, ouve e 
pode ser transformado com a ajuda de nossa consciência. O médico americano, dr. Paul 
Pearsall, diz em sua obra Memória das Células1 que o ser humano deve ouvir mais o 
coração e saber usar a força misteriosa que existe nele, capaz de mover máquinas e 
transformar ambientes com apenas a energia desse órgão. Outro médico renomado, 
inglês, dr. Douglas Baker, escreveu Anatomia Esotérica2 em que define muito bem a 
ligação do corpo f í s ico com a mente, mostrando fisiologicamente o que uma 
concentração mental é capaz de produzir em nosso corpo. 
Desejo, portanto, com esta pequena obra, facilitar a sua compreensão da Linguagem do 
Corpo3 e fazer com que você consiga se desprender de crenças errôneas e valores 
prejudiciais 
Com isso, você conseguirá se desapegar de certas pessoas e situações que o fazem 
engordar. 
Caro leitor, caso queira saber mais sobre o assunto, você encontrará muitas 
informações importantes sobre os significados psicológicos dos problemas estéticos, 
obesidade, etc. no meu livro Linguagem do Corpo 2. E o CD de relaxamento e indução 
psíquica que acompanha esta obra também o ajudará em sua transformação interna, 
abrindo as portas do seu ser e quebrando os bloqueios e resistências inconscientes, que 
o impedem de emagrecer. 
Boa Sorte, querido leitor. 
E fique com Deus! 
 
 
 
 
 
1 Pearsall, Paul. Memória das Células, Editora Mercuryo, São Paulo, 1999. 
2 Baker, Douglas. Anatomia Esotérica, Editora Mercuryo, São Paulo. 1993. 
5 Cairo, Cristina. Linguagem do Corpo, Editora Mercuryo, São Paulo, 1999 
 
 
A obesidade 
 que é a obesidade? A obesidade é uma doença? É o reflexo de um desvio de 
comportamento? Ou é apenas uma questão de estética, cujos padrões variam 
de acordo com locais, moda ou épocas? 
Obesidade é um assunto polêmico, tanto em suas causas quanto em soluções. 
Dentre os profissionais de saúde, alguns colocam a causa em problemas orgânicos, 
como disfunção da tireóide ou problemas hormonais e de metabolismo, outros, em 
problemas emocionais. 
Para se emagrecer, vários são os métodos difundidos. Dietas, grupos de 
acompanhamento, cirurgias para diminuição do estômago, cirurgias plásticas, 
lipoaspirações, spas, remédios para cortar o apetite, para aprisionar a gordura do 
alimento, para diminuir a ansiedade, para aumentar a saciedade, medicações naturais, 
novas teorias vindas de outros países, academias de ginástica, programas de exercícios 
físicos e etc. 
Freqüentemente, aparecem soluções contraditórias, novas descobertas de dietas, 
umas baseadas em gorduras, outras em proteínas, abolindo os carboidratos, outras 
ainda defendendo uma determinada combinação de alimentos. 
E o obeso fica sem saber direito o que fazer. 
A maioria dos bebês nasce com um peso que é considerado normal, e que varia 
entre 2,5 e 4,5 quilos. Poucos são os bebês muito gordos, fruto de mães diabéticas ou 
com útero muito grande e também poucos são os bebês de baixo peso. Estes, 
provavelmente são prematuros ou então filhos de não fumantes ou viciadas em drogas 
ou com outra disfunção) fato é que ninguém nasce obeso. Por que, então, alguém torna-
se obeso? 
Há pessoas que se tornam obesas na infância e assim sosseguem por toda a vida. 
Há outras que engordam na adolescência. Há outros que, depois de um fato marcante, 
aumentam desenfreadamente de peso. E outros engordam na fase adulta. 
O gordo enfrenta inúmeros dissabores: insatisfação com s roupas, com sua 
imagem no espelho, problemas sociais, dificuldades no relacionamento afetivo, 
dificuldade de manter a dieta que se propôs e depois agüentar o sentimento de culpa. 
Seu dia é pautado por desejos, frustrações, ansiedade e culpa. Pensa em comida, 
ou na falta dela, o tempo todo. É sempre apontado como diferente. Aqueles alimentos 
deliciosos, que os magros por vezes rejeitam, são proibidos. E há os apelidos. Ele é 
simpático, mas, que pena, é tão gordinho! Dó e pena são sentimentos que ele desperta 
freqüentemente.E ele, então, já cansado de tantas frustrações, promessas, tentativas e fracassos, 
desanima. Alguns desistem neste ponto, conformando-se com sua silhueta roliça e 
pouco atraente. 
Perdendo a fé 
O obeso, que já experimentou de tudo, de repente dá de cara com ele mesmo. E 
ainda gordo. E acontece algo tristemente comum: ele passa a perder a fé nele próprio, 
nas soluções e nos médicos. Por que esta injustiça comigo? Por que não posso ser 
magro? 
O obeso acaba entrando em uma angústia profunda, e em um desânimo sem 
igual. A depressão vem em seguida. Sua ansiedade aumenta com essa carga interna de 
pressão e cobrança. 
O 
Há a pressão externa também. A sociedade cobra um padrão de comportamento e 
imagem condizentes com a média da população, ou seja, que o indivíduo não tenha 
excesso ou (alta de peso, sob a pena de ser taxado de diferente e, com isso, ser 
marginalizado e discriminado). 
Há também a grande pressão exercida pela mídia e pelos meios de comunicação 
que impõem, atualmente, um padrão de beleza calcado na magreza extrema. Com isso, 
todos perseguem aquela silhueta, que se convencionou ser a ideal. A moda, os 
cosméticos, os alimentos e muitos outros bens de consumo são comercializados para 
que a pessoa atinja aquele ideal de beleza. 
Muitos resultados desastrosos advêm desta corrida louca pela magreza. Bulimia, 
anorexia e distúrbios psicológicos são exemplos hoje muito comuns. E, por vezes, esta 
triste história termina até com a morte. 
Frente a todos estes problemas, o obeso faz algo para se aliviar e sua válvula de 
escape é comer ainda mais. E isto só aumenta seu problema. Sua auto-estima, que já 
estava microscópica, some de vez. Sua autoconfiança diminui. 
E é em si mesmo e em seu próprio Deus que o obeso acaba perdendo a fé. 
Esperando um milagre 
Para recuperar a fé perdida, só mesmo um milagre. E é mesmo um milagre que o 
gordo gostaria que acontecesse. Poderia aparecer alguém que o tocasse para que ele 
emagrecesse. Ou então, deveria surgir um remédio mágico que ele pudesse engolir e em 
pouco tempo se ver contente com a sua silhueta. Mas milagres não acontecem assim. 
Mas, afinal, onde está a solução? 
Eu digo que a solução está DENTRO de cada um. 
Enquanto você considerar a obesidade como problema hereditário, como um 
distúrbio emocional, ou de glândulas, descontrole alimentar, etc, ou seja, procurar a 
solução do lado de fora, não vai conseguir mudanças físicas significantes e duradouras. 
Assim, anos se passam e mais obesos aparecem, buscando soluções para este 
problema, que desencadeia tantas outras situações complicadas e constrangedoras em 
suas vidas. Alguns até já se conformaram e metade de seus pensamentos durante o dia 
é voltado para o controle de seus hábitos alimentares. 
Para que você, querido leitor, possa se beneficiar com o que está escrito neste 
livro e gravado neste CD de relaxamento, será preciso que abra o seu coração e 
entenda que não nascemos fixos e sim, podemos mudar nossa vida e nosso corpo, 
descobrindo através da imaginação o que seríamos e como reagiríamos se nosso corpo 
fosse diferente do que é hoje. Por exemplo: se você fosse bem mais magro ou magra, 
que tipo de emprego ou ofício você teria? Que tipo de lazer lhe traria prazer? 
 
Apenas pense, não há necessidade de revelar isso a ninguém, pois quem está gordinho 
dificilmente acredita que pode emagrecer e ser outra pessoa, não é mesmo? 
Você sabe o que é ser mágico? 
Eu lhe pergunto, querido leitor, você já foi magro? Sabe o que é ser magro? 
Sempre foi gordinho? Nunca teve a sensação do que é ser magro e para que ser magro? 
Ser magro não é privilégio de alguns, ser magro é ter pensamentos de magro. 
Vou explicar melhor. Se você pensa que não nasceu para ser magro e acredita que 
cada um é o que é, e que isso não pode ser mudado, então você tem pensamentos de 
gordo. Agora, se você acredita que tudo pode ser mudado e que um dia vai encontrar a 
porta certa para emagrecer, então você tem pensamentos de magro. Sentiu a diferença 
de conduta entre um gordo e um magro? Não? Calma, vou dar mais exemplos. 
Se alguém da família vem até você, traz um problema e joga-o em suas costas, o 
que é que você faz? 
Alternativa A: Pega o problema e tenta resolver, chorando ou não? 
Ou 
Alternativa B: Chama todos da família, na hora, delega responsabilidades, e não 
quer mais saber do assunto? 
 
Bem, se você respondeu a alternativa A, é um grande candidato à obesidade, mas 
se você respondeu a alternativa B, tem grandes chances de emagrecer, pois o magro não 
engole "sapos" e, como eu sempre digo em palestras: "Engolir sapo engorda", 
entendeu? Não?! 
Não se preocupe, darei mais exemplos de comportamentos e você compreenderá 
o que significa causa e efeito. 
Responda sem pestanejar: 
Se os amigos e a família esquecessem do seu aniversário ou convidassem todos 
para passear mas esquecessem de você, o que é que você faria? 
Alternativa A: Ficaria magoado e não falaria mais com eles, ou ligaria para eles 
brigando e se fazendo de criança rejeitada? Ou até os criticaria secretamente? 
Alternativa B: Ligaria para eles, dando a data do seu aniversário e até os avisaria, 
simpaticamente, que você ficaria feliz se fosse convidado para aquele passeio? 
Pois bem, você já está percebendo as posturas, não é mesmo? Se você escolheu a 
alternativa A, pensa como gordo, e se você escolheu a alternativa B, pensa como 
magro. Mas lembre-se de que as palavras e os comportamentos devem vir do coração, 
com sinceridade e não fazendo tipo. 
Já percebeu que a maioria dos gordos diz que todo magro é magro de ruindade? 
Brincadeira ou não, é a imagem que os gordos têm deles, pois enquanto o obeso não 
sabe dizer não, o magro diz vários nãos, sem cerimônia, não é? E enquanto o obeso 
abraça os problemas de todos e muitas vezes se anula em prol da família, ou do 
trabalho, o magro ajuda as pessoas, sem abraçar os problemas, delega poderes e 
responsabilidades, trata com "frieza" quem se faz de vítima e arranca "os vampiros" 
rapidinho de cima de seus ombros, sem sentir culpa. Quando digo frieza, quero dizer 
fibra e coragem. 
O gordo, ou quem acha que tem tendência a engordar, está, na maioria das vezes, 
jogando culpa para todos os lados. Sua carência afetiva não lhe permite ser livre. Tem 
medo de perder, de magoar, de ser magoado, da solidão e sente-se rejeitado, caso 
queira negar algo a alguém. Por que o obeso ou o gordinho não cresceu em sua criança 
interior? Por que é tão dramático em suas emoções, paixões ou discussões? E por que 
age de maneira infantil, quando se depara com perdas, traições, tragédias e até grandes 
alegrias? 
Muitos obesos têm medos que não combinam com a vida adulta e, com certeza, 
são mais emotivos do que os magros. 
Será que você gostaria de ser magro e ter que andar com as próprias pernas, sem 
depender emocionalmente de ninguém, não esperar nada de ninguém, não desabafar ou 
ouvir desabafos com tanta freqüência? E ainda, ignorar completamente chantagens 
emocionais dos outros sobre você, tocar sua vida sozinho, alegre, dinâmico, não se ver 
mais como vítima de situações e de pessoas. Tomar decisões rápidas, quando se trata de 
uma separação, mudança de residência, de trabalho ou quando se trata de se desapegar 
de certas pessoas que, só de pensar em sua partida, já lhe causa sofrimento? 
Você percebeu onde eu quero chegar, fazendo comparações de comportamentos? 
Exatamente! Quero fazer você pensar como magro, que é livre internamente a ponto de 
não sentir culpa ou arrependimento quando diz não a alguém. E mais, quero fazer você 
sentir o prazer de se desprender de certas emoções, que só combinam com a lixeira de 
sua casa, como por exemplo: 
"Olhe o que ele me fez!" 
"Não me deixam ser feliz." 
"Ela é feliz porque é magra." 
"Estou com preguiça de ir até lá." 
"Depois eu faço." 
"Alguém tenha dó de mim..." 
E vários outros pensamentos de preguiça, acomodação, auto-piedade, vítima, 
dependência, inveja, insegurança, raiva, etc. 
Se você acha quetodas as pessoas são assim, então leia esses pensamentos de 
magro: 
"Você não quer ir comigo? Então eu vou sozinho." 
"Alô, mãe, esqueci de avisar, mas estou viajando há quatro dias, eu e minha 
mochila." 
"Ela é feliz porque batalhou por isso." 
"Vou fazer agora e não depois." 
"Não caio em chantagem emocional, pois faço o que quero e ameaças não me 
metem medo." 
O que quero dizer é que, enquanto você olhar para a vida e a família com os 
medos e inseguranças de sua criança interior, estará sempre vulnerável a pessoas, 
paixões, perdas, dependências e obviamente magoado consigo mesmo, por negar 
freqüentemente , a si mesmo em prol de alguém. Ajudar as pessoas também significa 
soltá-las para deixá-las viver suas próprias lições. Portanto, se você arruma todo tipo de 
desculpas para não soltar aquela pessoa, lembre-se que é você o carente da história e 
seus medos o fazem segurar problemas que poderiam estar sendo resolvidos, se você se 
sentisse mais protegido e seguro, dentro de seu próprio coração. Se você fosse magro, 
entenderia, com alegria, que se desapegar e bom e que estar só não significa solidão. 
Todos os medos de perda e de abandono estão diretamente relacionados com 
perdas e abandonos ocorridos em sua primeira infância, ou seja, da época de sua 
mamada até os seus três anos de idade. Toda mãe ausente em seu olhar, durante essa 
fase, causa filhos obesos, tanto na infância, quanto na vida adulta. 
Isso porque o olhar da mãe nos olhos de seu filho, durante o desenvolvimento 
psíquico da criança, faz desenvolver em sua personalidade sensações de segurança e 
proteção, que o acompanharão para o resto de sua vida, dando-lhe estabilidade 
emocional e maturidade. Do contrário, o jovem ou o adulto que teve mãe ausente de 
alguma forma será inseguro, infantil, medroso e tremendamente carente no aspecto 
afetivo. (No capítulo 2 explico mais sobre esse assunto.) 
Por mais inteligente, culto ou rico que você seja, analise sua forma melindrosa de 
pensar em certas situações, tente ser mais objetivo, frio e rápido nas decisões, e veja 
como você se sentirá. Use sua inteligência para explorar sua criança íntima ferida e 
diga a ela que sua mãe tentou tudo que sabia e o que podia para fazê-lo feliz, portanto, 
ela merece ser libertada tanto de suas mágoas, quanto de seu apego exagerado por ela. 
O estilo de vida dos obesos e dos magros 
Repare o quanto o obeso é cinestésico, ou seja, necessita de muito conforto, boas 
comidas, abraços apertados, e tudo que lembre um bebê recebendo uma intensa 
maternagem. Isso tudo é muito gostoso, não é mesmo? Mas, quando se espera que 
outras pessoas lhe dêem essa maternagem, a ponto de você sentir-se como uma criança 
dependente, está demonstrando que não há dinâmica pessoal, pois na maioria das vezes 
tem medo de perder essa proteção e essa segurança. A preguiça é um grande aliado do 
obeso e mesmo havendo raras exceções, todo gordinho gosta muito de ser servido e 
acalentado, exatamente como um bebê. 
Um magro, por sua vez, também gosta de ser bem servido, mas se percebe que 
estão demorando, ele se adianta e toma a iniciativa de servir-se, sem nenhuma 
cerimônia. Ou seja, se um magro percebe que não terá o abraço, o conforto, a comida 
e os servos, ele rapidamente dá as costas para o passado e avança para conquistar seus 
objetivos sem esperar nada de ninguém. Na verdade, ele não espera porque sabe que 
cada pessoa tem seu tempo. 
Existem magros que muitas vezes se frustram e se anulam em prol de outras 
pessoas, mas isso só acontece quando eles possuem "bumbum achatado". Não ria, é 
sério. Magros que têm profundas inseguranças e dependências emocionais, apesar de 
lerem tido mães presentes, desenvolvem glúteos caídos ou achatados, mostrando que se 
defendem como cachorrinho ameaçado: ou agridem ou se anulam. Existem obesos que 
possuem glúteos achatados também e isso mostra o quanto são medrosos para viver sua 
própria vida sem depender emocionalmente dos outros. 
Em compensação, se encontrarmos um obeso com glúteos avantajados, esse será 
autoritário, dono do próprio nariz, mas a criança interna imatura o fará dramatizar os 
acontecimentos. Quanto maiores os glúteos, menos consegue lidar com contrariedades 
e frustrações, tornando-se nervoso ou muito acomodado, já que os outros não fazem o 
que ele quer. 
Agora, querido leitor, se você encontrar um magro com glúteos avantajados, além 
de ele ser independente, é também autoritário e jamais aceitará qualquer autoridade 
sobre si. 
 
Veja que as partes do corpo mostram conflitos dentro de um todo, como por 
exemplo: obesas com seios pequenos não querem ser dependentes e brigam consigo 
mesmas para serem mais livres, em contrapartida, obesas de seios grandes são 
maternais com todos e muitas vezes se anulam para cuidar dos problemas da família ou 
de amigos. 
Quanto ao lazer, por exemplo: 
- Quantos obesos você encontra num camping? E quantos magros você vê 
acampando? 
- Quantos obesos você vê jogando bola? E quantos magros? 
- Quantos obesos levantam rápido da mesa durante as refeições e quantos 
magros você vê impacientes para saírem da mesa após as refeições? 
Você pode encontrar poucas exceções, mas com certeza o obeso não quer abrir 
mão do conforto ou da preguiça, enquanto o magro não quer perder tempo, mesmo que 
tenha que desistir de seus prazeres pessoais. 
Não sinta mágoa ou raiva do magro 
Se você está acima de seu peso ideal, ou seja, o peso correto que corresponde à 
sua altura, perceba que todo prazer que sente quando come algo gostoso, ou quando 
descansa, ao invés de praticar uma atividade, é totalmente esquecido e transforma-se 
em tristeza, desânimo, mágoa e raiva, quando seu corpo não acompanha certos amigos 
mais ligeiros, ou nenhuma roupa lhe cai bem. É mesmo desagradável ter que se 
conformar em vestir roupas de gordo ou ficar olhando as pessoas mais magras se 
divertirem. 
Muitos obesos garantem que são felizes e que não há desvantagem alguma em 
ser gordo. Com certeza, quando você se condiciona a viver em certos padrões sociais e 
se adapta a eles, sem almejar maior liberdade, tudo pode ficar bem, mas até que ponto 
o ser humano nasceu para se limitar? 
A tendência do universo e de todos os seres existentes é de se expandir. 
O próprio inconsciente não suporta limitações e repressões, por isso nos gera 
doenças, acidentes e problemas estéticos como forma de protesto. 
Ser magro ou obeso apenas difere da crença advinda da família e não da pura 
hereditariedade. Os estudos genéticos e a psicologia garantem que bebês de famílias 
obesas, que foram adotados por famílias de magros, não desencadearam a obesidade e 
sim os problemas físicos e psicológicos da família adotiva. 
O doutor Douglas Baker, em seu livro Anatomia Esotérica, nos mostra que o 
corpo humano se transforma, conforme os estímulos energéticos dos chakras sobre as 
glândulas endócrinas. A ação da hipófise no cérebro e certas glândulas tornam mais 
grosseiros os traços faciais e corporais. E diz, na página 114: 
"... Afirma-se também que os chakras desempenham um importante papel na 
estimulação e inibição das glândulas endócrinas a elas relacionadas. A Sabedoria 
Antiga ensina que, principalmente nos indivíduos espirituais, o ambiente interno 
desempenha um papel predominante na regulação das glândulas endócrinas por 
causa dos chakras etéricos correspondentes, que são, por sua vez, suscetíveis às 
experiências interiores, especialmente aquelas induzidas por atos da vontade (o 
Chakra Frontal) e através de práticas como a meditação (os centros da Cabeça), e 
o centro do coração e servir para o bem da humanidade (centros da garganta)..." 
 
Todo esse exercício aumenta a consciência, pois a energia cósmica é ampliada 
por todo o organismo 
 
Usando velhas armas 
ara compreender melhor o comportamento humano, que gera doenças, 
problemas estéticos e até acidentes, é preciso esclarecer pontos científicos 
importantes, como a capacidade sugestiva do subconsciente que, através das 
informaçõesque recebe desde a fecundação, convence o cérebro a aceitar como 
verdade única determinadas crenças errôneas. A partir daí, o cérebro reage 
obedientemente, mandando impulsos nervosos a órgãos internos, glândulas, músculos, 
ossos, etc, transformando a pessoa naquilo que ela acredita ou teme. É provado pela 
P 
psicanálise, pela PNL (programação neurolingüística), e mesmo pela medicina 
quântica, que as energias do cérebro e também as do coração (como diz o doutor Paul 
Pearsall, em seu Memória das Células, já citado), transformam não só o corpo físico, 
como também o ambiente. 
Esta é uma sabedoria milenar, conhecida dos poucos iluminados que tinham a 
capacidade de entendê-la pela ampliação da consciência, mas ignorada pelas pessoas 
comuns que, por isso, acreditavam que o ser humano era vítima de bruxarias, destino, 
carma, etc. Hoje, muita coisa foi desmistificada pela ciência moderna, permitindo a 
todas as pessoas o acesso a essa informação, através de livros, cursos e terapias 
alternativas. 
Na minha opinião, da mesma forma que existem as escolas católicas, judaicas, 
evangélicas, também deveriam existir escolas que tivessem em seus currículos toda a 
história mística do mundo. Resgataríamos assim conhecimentos dos sábios de todas as 
regiões do planeta, mostrando que podemos unificar conhecimentos que trariam de 
volta e com mais rapidez o autoconhecimento, tão escasso hoje em dia. 
A física quântica, a medicina psicossomática, a neurolingüística, a psicologia, a 
psicanálise e a medicina chinesa comprovam que o ser humano reflete em seu corpo 
aquilo que ele é. Sua personalidade, aquilo que você pensa mais constantemente, 
aquelas emoções que carrega no cotidiano, aquelas opiniões das quais não abre mão, 
tudo está projetado no seu corpo físico, seja em suas características físicas, seja nas 
doenças que o organismo somatiza. 
 
Como as características do corpo são apenas resultado e reflexo de uma 
determinada personalidade, buscar a mudança pelo lado externo seria, no mínimo, 
ineficaz. Mudar a forma física seria mexer no efeito. Não na causa. Por este caminho, 
as pessoas não vão conseguir fazer grandes mudanças. Elas até podem, por determinado 
período de tempo, sustentar um certo peso. Mas - e isto é sabido por todos - ao primeiro 
descuido, o peso antigo volta. E o chamado efeito-sanfona. Engorda, emagrece. 
Engorda, emagrece. Qual o gordo que não passou por isso? 
O que ocorre é semelhante àquela brincadeira de cabo-de-guerra. Um time puxa 
uma corda para um lado, fazendo força. O outro time segura a corda pela outra 
extremidade e puxa para o lado oposto. São duas forças fazendo pressões opostas sobre 
a corda. Por vezes, ela vai para um lado. Por vezes, ela vai para o outro. E não é o 
gordo o centro desta pressão? E o que fazer quando a corda arrebenta? 
Portanto, é preciso mexer na causa. Aqueles padrões comportamentais velhos, 
ultrapassados, que o obeso insiste em prosseguir utilizando, tentando com eles 
consertar seus erros do dia-a-dia, são armas antigas e ineficazes. As mesmas práticas 
levarão aos mesmos resultados, aos mesmos efeitos. Para se conseguir resultados 
diferentes, é preciso mudar de tática e de armas. E preciso mudar o comportamento. 
As pessoas que engordam com facilidade ou as que são originárias de famílias de 
obesos devem procurar mais o próprio interior e descobrir nele a raiz de seu problema. 
Pois mesmo a hereditariedade pode ser mudada, já que herdamos os comportamentos 
familiares. E uma vez mudando a forma de pensar e assim de agir, mudamos até os 
genes! 
Descobrindo a raiz dos problemas e utilizando as armas corretas, com certeza se 
chegará ao sucesso nesta guerra contra a obesidade. 
A raiz dos problemas 
O estudo da psicologia, da medicina chinesa, da psicanálise e de outras ciências 
afins leva ao conhecimento de que os distúrbios da obesidade estão diretamente 
relacionados com a MÃE. 
Mãe? Por que a mãe? Porque a ligação entre mãe e filho é um dos vínculos mais 
fortes, senão o MAIS forte, que existe nas relações humanas. 
Desde a concepção e até os sete anos de idade, a criança está totalmente ligada à 
mãe. No âmbito físico, a vida de uma pessoa começa DENTRO do organismo materno. 
Recebe alimento, calor, oxigênio, e tudo o mais que necessita, sem que precise 
trabalhar ou lutar por isso. 
A criança está completamente suprida em suas necessidades fisiológicas pelo 
corpo da mãe, que se modifica e se adapta para colocar como prioritárias a geração e 
gestação da criança. 
Depois do nascimento, a mãe nutre o pequeno bebê ainda com o seu corpo, 
através do leite que jorra de seus seios. No ato de amamentar, comida, calor, proteção, 
carinho e aconchego remetem o bebê ao paraíso que era o útero materno. 
Depois da fase de amamentação, mesmo sem o enorme contato físico, a mãe 
ainda é a referência de alimentação, carinho, proteção, aconchego e paraíso para a 
criança. E é através dela, direta ou indiretamente, que o bem estar físico é oferecido à 
criança. 
No âmbito psicológico e emocional, é enorme o correlacionamento da criança 
com a mãe. Desde o útero, a mãe transmite seus sentimentos e sensações para a criança. 
Depois que nasce, a mãe é a referência para o seu filho do que é bom e do que é mau, 
do que é certo e do que é errado, do que é agradável e do que é desagradável. Se a mãe 
está no mesmo ambiente da criança, mesmo que não esteja diretamente se relacionando 
com ela, ela estará tranqüila e segura. Se a mãe some do campo visual do pequeno, 
imediatamente ele pára o que está fazendo e a busca. Se a enxerga, tudo está bem 
novamente. Se não a vê, está perdido e começa o desespero. Se o filho está com a mãe, 
mesmo que no meio do deserto do Saara, ele estará seguro e com referência. 
Até os três anos de idade, segundo a psicologia, toda a personalidade de uma 
criança estará formada. A partir dos sete anos de idade, inicia-se a fase 
verdadeiramente social de uma pessoa. É uma fase em que a criança já desenvolveu a 
auto-suficiência e a independência física. É um período em que ela consegue "se virar 
sozinha", no que diz respeito às suas necessidades principais (comer, vestir-se, tomar 
banho, ir ao banheiro, etc). Com isso, ela já estará pronta para começar a enfrentar o 
mundo, que é repleto de pessoas diferentes, com diferentes necessidades. É o início da 
fase social. Coincide com o período em que irá para a escola primária (ensino 
fundamental), depois de completa ou parcialmente alfabetizada. 
Curiosamente, é neste período que seu corpo físico completou o desenvolvimento 
total de seus órgãos e sistemas, principalmente endócrino e de defesa. A próxima 
grande mudança física se dará com a puberdade. Até lá, a criança passará uma fase 
relativamente "estável", crescendo e se desenvolvendo linearmente, pois os hormônios 
responsáveis pelo crescimento ainda estão em desenvolvimento nessa fase, até os 21 
anos. 
No âmbito psicológico e emocional, aos sete anos ela já terá passado pelas fases 
oral, anal e genital, e já deverá ter superado seus complexos de Édipo ou Electra 
(fixação afetiva com a mãe ou com o pai). No subconsciente da criança já estará 
gravada toda a carga emocional da mãe - e também da avó, já que é uma seqüência, 
uma corrente contínua. 
Nesta fase, a criança passa a compreender melhor a sua autoliderança. Na escola, 
aos sete anos, ela começa a dar ordens e estipular regras para o seu grupinho de 
colegas. E é neste grupo que as personalidades irão interagir, com conflitos e 
resultados. A base disto tudo, entretanto, veio do vínculo entre filho-mãe, criado e 
solidificado até então. Toda vez que a criança precisar de referência, segurança, 
atenção, afeto ou confirmação para suas atitudes, buscará em sua mãe. 
Esse primeiro vínculo acontece porque é nessa fase que se dá o desenvolvimento 
do hemisfério cerebral direito, relacionado com os aspectos femininos (yin). Após os 
sete até os catorze anos de idade, seus sentimentos estarão reproduzindo o sistema 
emocional do pai,devido ao desenvolvimento do hemisfério cerebral esquerdo (yang), 
relacionado à razão e à lógica. 
Onde está a minha mãe? 
Muitas vezes, por diversas razões, a mãe de uma criança pequena não está por 
perto. Muitas mães voltam a trabalhar depois do período de licença-maternidade, 
quando o bebê tem apenas 4 meses de vida ou até menos. Outras vão para o mercado 
de trabalho um pouco depois disto. Trabalham por necessidade econômica, por 
realização pessoal ou ainda por outros motivos. Muitas mães, entretanto, ainda que 
raro nos dias de hoje, optam por não trabalhar e ficam com seus filhos em casa. 
Estando longe ou perto, a mãe dá a sua cota de atenção e cuidados para o filho. 
A medida, ou seja, a dose desta atenção e cuidado tem grande importância. Muitas 
mães oferecem aos filhos muita atenção, mimos e zelo. Outras oferecem pouco. 
Entretanto, o mais importante é o que oferecem de amor e comunicação verdadeiros. 
E eu estou me referindo à quantidade (?. qualidade. 
Uma criança pode ter recebido muitos mimos e presentes de uma mãe que 
trabalha fora. Talvez isto tenha ocorrido para que a mãe compense o tempo em que 
esteve distante do filho. Mas o que a criança realmente necessitava, amor e ligação 
reais, «da não recebeu. 
Não estou aqui condenando as mães que trabalham fora!! O mesmo pode ocorrer 
com uma mãe que fica as 24 horas do lia com seu filho. Uma mãe pode estar 
fisicamente com sua criança e mesmo assim estar AUSENTE. 
Talvez motivos de doença, como por exemplo uma surdez na mãe, façam com que 
ela esteja distante de seu filho, independentemente da distância física que se encontre 
dele. Muitos conflitos, problemas pessoais ou excesso de trabalho da mãe podem fazer 
com que ela tente passar, em suas horas vagas, um exagero de cuidados e 
superproteção, talvez por carregar em seu coração o sentimento de culpa ou de falta de 
experiência, sempre acreditando que não está dando o suficiente e que não está sendo 
uma mãe perfeita. 
Com o excesso de cuidados e proteção, a mãe, sem perceber, vai desenvolvendo 
em seu filho uma lentidão nos atos que requerem iniciativa, pois ela faz tudo por ele. 
Ao mínimo gesto ou balbucio de sua criança, a mãe corre para suprir suas 
necessidades. Com isto, seu filho quase não precisa se movimentar, nem em 
pensamentos e nem em iniciativas, para conseguir as coisas que deseja. 
Tendo uma mãe distante, seja por problemas de doença, por intrigas, por solidão 
ou por outros motivos, a criança cresce sem se lembrar conscientemente de todas as 
raivas e mágoas que teve até os 3 anos de vida. Nos momentos em que a criança mais 
precisou da mãe, para desabafar, para tentar tirar alguma dúvida crucial daquele 
momento da sua infância, que para um adulto pode não ter importância, mas que para 
uma criança é muito valoroso, ela estava ausente, mesmo que próxima fisicamente. 
Aqueles anseios mais profundos de seu filho, a mãe não correspondeu. 
Mesmo antes desta fase, quando o filho ainda é bebê, isto pode ser vivenciado no 
ato da amamentação. Durante a mamada, via de regra, a mãe e a criança olham-se 
fixamente, olhos nos olhos, com sentimento profundo em uma troca de extremo prazer 
e sensibilidade. Esta atitude é muito importante para a criança, pois no olhar da mãe ela 
busca segurança e proteção, e isto se repete, como marcante referência, até os 3 anos de 
idade. Algumas mães, entretanto, não conseguem olhar nos olhos de seus filhos. E o 
filho, que não encontra o olhar acolhedor e protetor de sua mãe, não a sente por perto. 
E, de fato, mães que não encaram seus filhos nos olhos por um longo tempo permitindo 
à criança satisfazer uma comunicação de sua alma com a da mãe, mostram-se mães 
ausentes. 
Com tudo isso, aos poucos, a criança vai juntando mágoas, raivas e 
descontentamentos por seus anseios não correspondidos, mesmo os mínimos. 
A criança fica com um sentimento ambíguo em relação à mãe, pois nos 
momentos em que menos precisa, a mãe está lá, com ela no colo, dando amor, comida, 
numa tentativa se suprir o estômago e também o seu vazio interno. Muitas vezes o ato 
de alimentar, o ato de dar presentes e mimos, é usado como substituto da atenção, da 
presença ou do afeto. E nos momentos em que precisa de atenção, de apoio para sua 
insegurança, de referência de conforto e proteção, a mãe está ausente. E isso gera um 
sentimento de raiva. 
Para uma criança, aceitar este sentimento duplo por sua mãe é muito difícil. Seu 
pequeno cérebro não consegue elaborar pensamentos que façam isto parecer razoável. 
E sua personalidade não tem estrutura ainda para lidar com o fato. Cria-se um conflito 
grande dentro do pequeno ser e o melhor local para armazenar este conflito e estes 
sentimentos contraditórios é o seu inconsciente. E isto é como um mecanismo de 
proteção, para que ela consiga prosseguir em sua vida sem arrastar, conscientemente, 
uma carga destas, pesada demais para uma criança de menos de sete anos. 
Se uma pessoa, em algum instante, resolver fazer uma terapia de regressão, com 
certeza ela relembrará dos momentos marcantes deste seu desenvolvimento, daqueles 
momentos nos quais quando mais precisou de sua mãe, ela estava ausente. 
Portanto, a mãe simboliza o aconchego, a segurança, a base para desenvolver a 
autoconfiança. E a falta disso, em qualquer fase da vida, leva aos mecanismos de 
compensação. Podemos compensar de várias maneiras, não só nos envolvendo em 
camadas protetoras de gordura. 
Por que a mãe c não o pai? 
Quando um grande problema vier e lhe trouxer angústias, medos, incertezas, 
depressões e ansiedade, e você não souber sua causa, lembre-se de que estes 
sentimentos são sintomas de algo que faz parte de seu passado, de sua infância. 
Sempre que você relacionar um acontecimento de sua vida atual com desamparo, 
falta de amor, falta de reconhecimento, não-aceitação, rejeição profissional, rejeição 
amorosa, você estará, inconscientemente, associando estas sensações com aquelas 
sensações da sua primeira infância, relacionada à sua mãe. 
E por que com a mãe e não com o pai? 
Vários são os aspectos relacionados com esta questão. A obesidade, ou seja, os 
tecidos adiposos, as gorduras, são referentes ao fator yin, descrito pela cultura chinesa. 
Segundo os chineses, o Universo é uma unidade de fluxo de energia, à qual 
chamam ki . Para que o mundo fosse criado, o Universo manifestou dois aspectos 
opostos e complementares, negativo e positivo. Os chineses chamam estes dois 
processos de yin e yang. 
O fator yin, que descreve a dualidade com o fator yang, refere-se à mulher. A 
gordura e a mulher estão relacionadas à maternidade. O homem possui mais músculos. 
A mulher possui mais gordura. E isto faz parte de uma sabedoria milenar e refere-se à 
estrutura física do ser humano. 
A razão disto é muito interessante. As mulheres geram filhos. Para gerar os 
filhos, elas precisam de mais energia e a reserva energética de seus corpos é sua reserva 
de gordura. No metabolismo do corpo humano, duas são as fontes de energia: açúcares 
e gordura. Primeiramente, o corpo, para obter energia para desempenhar suas funções e 
atividades, queima (e literalmente é uma queima química) o açúcar, que está disponível 
na corrente sangüínea e nos músculos. Quando este açúcar não é suficiente, o corpo 
lança mão de suas reservas de gordura e as utiliza para transformá-las em energia. 
Quando uma mulher está grávida ou amamentando, ela precisa de mais energia, 
para manter-se e manter seu filho. Além do mais, a gordura aquece e é uma barreira 
natural de proteção dos órgãos e do corpo. Cada vez que um ser humano engorda, 
significa que ele está armazenando mais gordura e aumentando a quantidade de seu 
tecido adiposo. 
 
 
r ^
Apccto Yin Aspecto Yang 
Feminino Masculino 
Contração Expansão 
Noite Dia
Mental Físico 
Depressão Ansiedade 
Passivo Ativo
Onda Curta Onda Longa 
Interior Periferia 
Escuro Claro 
Frio Calor 
Espaço Tempo 
Leve Pesado
Descendente Ascendente 
Dentro Fora 
Suavidade Agressividade 
Doce, Picante, AzedoSalgado, Amargo 
Ortossimpático Parassimpático 
Próton Elétron
Gordura Músculo 
V ---------------------------------------- -t 
 
Existe sempre uma correlação entre o físico e o psicológico, que é feita pela mente 
humana. Perceba como as coisas ocorrem. Se uma pessoa está adquirindo maior 
quantidade de adiposidade, ela está, internamente, aproximando-se da maternidade, seja 
ela homem, seja mulher. Ao se aproximar da maternidade, ela se aproxima de sua mãe. 
E é aí que ocorre uma ambivalência de sentimentos. 
Nesta dualidade de sentimentos, de amor e de ódio, a pessoa engorda. As 
incertezas e as culpas, que foram totalmente mal resolvidas em sua infância, vêm à 
tona. Seus sentimentos da infância retornam. Uma infância em que a pessoa não pôde 
conversar satisfatoriamente com sua mãe e que não pôde ouvir sua voz esclarecendo as 
coisas da vida para a mente em desenvolvimento daquele ser em amadurecimento; uma 
época em que era importante ouvir da boca de sua mãe palavras de esclarecimento 
quanto ao seu próprio eu, pequenininho, da infância. 
Por esta razão é que obesidade está relacionada com a mãe. A figura do pai, 
como referência de formação, só vai surgir após os 7 anos, mais precisamente durante 
o período que vai dos 7 aos 14 anos, época em que o pai terá maior influência sobre a 
criança. 
No âmbito físico, exatamente pelo desenvolvimento de testosterona, e também 
nos aspectos psicológicos, a idade entre os 7 e 14 anos é o momento em que a criança 
adquire independência, iniciando seu auto-reconhecimento. E independência lembra 
homem, aspecto masculino. Remete ao yang. Refere-se ao fato de andar com as 
próprias pernas, em um momento em que a criança vai começar a identificar-se com o 
pai. 
Nesta nova etapa de desenvolvimento do ser humano, outros problemas surgirão, 
desta vez relacionados com o pai. Todos os aspectos emocionais que o pai tiver, 
secretamente ou não, estarão em contato direto com a criança, que tem uma capacidade 
incrível de captar o não-verbal. A criança passará a ter uma atenção inconsciente 
voltada para a figura paterna e captará tudo o que se passa com ela. Desta maneira, com 
a antena voltada para o pai, ou mesmo através do inconsciente coletivo, a criança 
estará, nesta etapa dos 7 aos 14 anos, somatizando ou vivenciando em sua 
personalidade, em seu caráter, em seus pensamentos e em sua conduta, os aspectos 
relacionados aos conflitos internos do pai. 
Lembre-se de que, pela sabedoria oriental milenar, pais adotivos são pais 
legítimos energeticamente e, portanto, os filhos adotivos estão sujeitos às mesmas 
conseqüências psicossomáticas daqueles que os criam. 
É possível mudar o passado 
Se concluímos que a raiz dos problemas relacionados à obesidade estão na 
infância, ela se localiza em um passado, em uma história já escrita. Como fazer, então, 
para resolvê-los? É possível mudar o passado? 
Sim. Eu digo que é possível mudar o passado e resolver a obesidade. E o 
primeiro passo é o obeso perceber que a terapia para isto é o reconhecimento, o 
autoconhecimento. E possível reconstruir uma nova mãe em seu passado, ter uma nova 
história. Você pode se libertar de carências que aprendeu a ter na infância. Descobrir 
que, hoje, não depende mais de ninguém e que você é dono(a) da sua própria vida, que 
pode escrever o seu próprio destino. 
Há muitos recursos para isso. A programação neurolingüística trabalha neste 
sentido, fazendo reprogramações, criando novas histórias de vida para que a pessoa 
viva em função deste passado melhor. 
A crença comum é que o passado não pode ser modificado. Mas a todo o 
momento se descobre uma nova e fantástica função relacionada ao funcionamento da 
mente. O conceito de presente, passado e futuro são parâmetros relativos do tempo, 
como o próprio Einstein enunciou. A moderna física quântica nos mostra que o 
pensamento funciona por ondas quânticas de vibração, que viajam à velocidade da luz. 
Ora, tudo o que viaja nesta velocidade limite ou acima dela é livre para ir e vir no 
tempo, tanto do futuro para o passado quanto do passado para o futuro. E possível, sim, 
recriar um passado com uma nova história no subconsciente do ser humano, onde 
reside a mente, que funciona por ondas que viajam através do tempo. 
 
Entrando em contato com o que aconteceu no passado e que deixou marcas, você 
fará uma retrospectiva do que ocorreu. Sua estrutura psicológica atual é bem diferente 
daquela que tinha quando vivenciou os fatos e por esta razão terá respaldo para resolver 
o que não ficou resolvido. Assim, passará a projetar, no seu dia-a-dia, um novo futuro, 
um novo destino, já que é o nosso passado que nos faz criar o que vivemos hoje. 
Entretanto, ao fazer este retrocesso através de terapia, você irá esbarrar, 
constantemente, em pedras no seu caminho, representadas por transferências e 
resistências, numa tentativa, por parte de seu inconsciente, de autoproteção. Você 
resiste, inconscientemente, de rever aquilo que causa dor 
 
Pedras no meio do caminho 
uando se mexe no inconsciente do ser humano, muitos mecanismos 
inerentes a este próprio inconsciente são disparados. A transferência e a 
resistência são alguns deles. Eles acontecem no ser humano exatamente 
quando se tenta remontar o passado de uma pessoa para que ela possa elaborar 
um futuro melhor. E isto pode ser feito direta ou indiretamente, através de 
ajuda de profissionais como psicólogos, psicanalistas ou psiquiatras. No caso do obeso, 
a reconstrução deste passado é necessária para que ele possa se encontrar com aquela 
criança mal-resolvida que ficou dentro dele e finalmente resolver a questão. O que 
significa perdoar, compreender, elaborar ou entender esta história do passado. 
Você já pensou no que significa a palavra perdão? A grande perda, o soltar de 
mágoas, ressentimentos, o que deixa você livre para começar de novo, que torna o seu 
presente uma página em branco na qual você escreve um novo destino. 
Para você conseguir isso, precisa entender que o inconsciente sempre trabalha a 
favor do ser humano, em uma tentativa constante de trazer bem-estar. Por isso, ele 
possui mecanismos de defesa contra agressões que podem vir de fora ou mesmo de 
dentro da pessoa. Ao tentar reviver o passado e lembrar-se de coisas aparentemente 
impossíveis de serem lembradas, a pessoa irá se aproximar dos sentimentos e das 
emoções vividas em um passado longínquo e que provocaram sofrimento, ou seja, mal-
estar. Desta forma, seu inconsciente entrará em ação, no sentido de protegê-la. No 
entanto, o que está realmente acontecendo é uma auto-sabotagem. Com o intuito de 
evitar que a pessoa se machuque mais, o inconsciente a deixa cada vez mais distante da 
resolução dos problemas. E isto é uma reação natural no ser humano, similar ao que 
ocorre quando seu sistema imunológico é acionado no caso de uma doença ou quando 
uma casca de ferida se forma para cicatrizar um machucado. 
A auto-sabotagem vem camuflada de várias formas. Cada vez que o inconsciente 
percebe que a pessoa, por ela mesma ou através de ajuda terapêutica, está conseguindo 
trazer para a consciência aquilo que estava reprimido, ele irá fazer de tudo para que a 
Q 
pessoa não se lembre dos fatos. Inúmeras coisas podem acontecer: o cérebro fará a 
pessoa ter sensações e experiências sensoriais para que ela desista desta prática de 
relembrar os acontecimentos. Podem ocorrer impulsos comportamentais, através de 
palavras e de pensamentos, que a pessoa julga serem reais. Entretanto, eles são apenas 
impressões subjetivas, criadas pelo inconsciente como uma proteção. Só que falsa. 
E mesmo incrível tudo o que pode acontecer em nome deste mecanismo de defesa 
que utiliza como recursos resistências e transferências. A pessoa, por exemplo, pode 
começar a sentir enjôos. E estes enjôos podem apenas simbolizar repulsa, repúdio, por 
um tratamento. O paciente pode também, por exemplo, passar a ter raiva do terapeuta, 
associando-o a um tipo de pessoa que ele não gosta. Ou então passar a pensare a 
acreditar que está gastando dinheiro à toa com uma terapia que não está surtindo bons 
efeitos. E que tal uma amnésia temporária? Misteriosamente, a pessoa esquece ou perde 
a chave do carro em algum lugar para não conseguir sair de casa para ir até a sessão. 
Existem inúmeras artimanhas do inconsciente para sabotar a ajuda que alguém 
está lhe fornecendo, quando você se propõe a descobrir a verdade. 
Mas os psicólogos não poderiam simplesmente contar a verdade aos seus clientes 
e "antecipar" a consciência das pessoas? Digo que pouco isto adiantaria. Não é uma 
simples questão de saber a verdade e sim de aceitar a verdade. Contar para uma pessoa 
não surte efeito porque ela não iria acreditar. Iria criar, sim, mais resistências 
inconscientes, tornando-se uma pessoa teimosa ou puramente racional ou intelectual, 
sem interiorizar aquilo que o psicólogo tenta passar para ela. Ela mesma precisa ver 
para aceitar a verdade. Veja como não é fácil mergulhar na mente humana! 
E por que o inconsciente age desta maneira? Porque ele acredita que, se você se 
lembrar da primeira dor da sua infância, que é onde tudo começou, vai entrar em 
transtornos irreversíveis, porque não possui preparo psicológico suficiente para lidar 
com estas sensações originadas na infância. Não foram desenvolvidos mecanismos 
conscientes de conhecimento de si mesmo. Por isso, o ato de se lembrar, de evidenciar 
a marca deste psiquismo triste de sua infância, vai fazer com que você piore de seus 
problemas, já que não tem estrutura para lidar com eles e reconstruir uma nova história. 
Na verdade, o que ocorre é uma reação paradoxal quando se quer sanar 
problemas relativos ao inconsciente. Você precisa trazer à tona estes aspectos, para que 
eles sejam resolvidos. Entretanto, o inconsciente resiste, para protegê-lo de mais 
sofrimento. 
Então, os psicólogos e terapeutas, reconhecendo este mecanismo do inconsciente 
(aliás, os bons psicólogos e terapeutas), avisam seus clientes que isto vai acontecer para 
que eles não desistam no meio do caminho. Incentivam seus pacientes 
para que lutem contra todas aquelas sensações que serão provocadas no seu interior, 
que são fomentadas pelo inconsciente justamente para que eles desistam. 
Todo pensamento gera situações semelhantes 
Se você não consegue ir a um cinema sozinho, não consegue viajar ou almoçar 
sem companhia, não consegue ficar quieto, em silêncio, sem televisão, rádio ou 
telefone, então você não se conhece o suficiente para sentir-se bem em sua própria 
companhia. Ou seja, é uma pessoa que mantém pensamentos ligados nos 
acontecimentos do mundo externo e acredita em fatalidades e coincidências. Quero 
dizer com isso que os fatores externos têm grande influência e poder sobre suas 
decisões e seus sentimentos. 
Se você é uma pessoa que gosta de estar consigo mesma e não tem medo da 
solidão e ainda passeia ou descansa sem a necessária companhia, então você se 
conhece melhor e com certeza seus pensamentos são gerados pelo que seu coração diz 
e não pelas supostas fatalidades do mundo. 
Quanto mais você tiver pensamentos alegres, esperançosos, de compaixão, de 
desapego, de elogio, de agradecimento, tanto mais você criará situações positivas em 
seu ambiente e em seu corpo. E é lógico que alguém que está de bem com a vida, em 
paz, sereno e seguro, sente menos fome e menos carência afetiva. 
 
Toda pessoa que não trabalha a força de vontade para ser mais dinâmica no 
comportamento, nas decisões, na eliminação dos ressentimentos, está fadada a 
engordar. 
O cérebro necessita de açúcar no sangue, como combustível para fazer funcionar 
a máquina da inteligência, do raciocínio, da dedução rápida, dos pensamentos lógicos. 
Esse açúcar está depositado nos reservatórios do corpo em forma de gordura. São os 
famosos carboidratos. Quando uma pessoa está apenas pensando, o cérebro solicita uma 
certa quantidade desses açúcares para se alimentar, portanto, quanto mais dinâmicos 
seus pensamentos se tornarem, mais combustível seu cérebro necessitará, retirando das 
gorduras de seu corpo. 
Uma pessoa magra possui pensamentos muito rápidos e normalmente não tem 
paciência para esperar pessoas e coisas. Ela parte logo para a decisão e resolve seus 
problemas o mais rápido que pode. Isso faz com que seu cérebro utilize muito açúcar de 
seu corpo, ocorrendo uma queima natural de gordura generalizada. 
Uma pessoa obesa alega que é lenta devido a seu peso, mas eu não estou me 
referindo à agilidade do corpo e sim à rapidez dos pensamentos para elaborar emoções 
e transformá-las em alegria e desapego. 
O corpo torna-se ágil conforme o ritmo dos pensamentos. 
Um magro que se alimenta muito e não consegue engordar, precisa apenas 
desacelerar os pensamentos e tentar deixar para 
 
depois coisas que quer fazer hoje e agora. Para uma pessoa ansiosa e dinâmica, esse 
conselho não é fácil, não é mesmo? Mas a saída que tanto um obeso, que muitas vezes 
se desacelera por medo ou por carência, quanto um magro, que vive com o pé no 
acelerador dos pensamentos, precisa encontrar é um ponto de equilíbrio, pois os dois 
tipos vivem nos extremos devido à insegurança. 
Emagrecer é esvaziar-se dos ressentimentos 
Como abordei em meus livros anteriores, nossa mente é dividida, para objetivos de 
estudo e compreensão, em compartimentos que a psicologia denomina de consciente, 
pré-consciente e inconsciente, ou id, superego e ego, ou mente subconsciente, segundo 
a ciência da parapsicologia. Essa divisão mostra o mecanismo psíquico pelo qual o ser 
humano lida com a sua realidade, que informações ele guarda em que compartimento 
para poder sobreviver, ou seja, um mecanismo fabuloso da mente humana para se 
adaptar à sociedade ou à cultura onde vive. Ressentir-se ou magoar-se significa dar 
valor e atenção demais a fatores que julgamos importantes. Mas será que o que 
julgamos importante para nós, outros não achariam insignificante? Cada cultura traz 
consigo histórias de seus antepassados, ou seja, conceitos do que é certo e o que é 
errado, que muitas vezes se tornam leis morais, e até mesmo leis que hoje fazem parte 
dos códigos penais. O que quero dizer é que nossa mente nos faz reagir com 
sentimentos como raiva, culpa, ansiedade, angústia e medo, com relação aos 
acontecimentos da nossa vida, tais como perdas, traições, abandonos e intrigas, e às 
pessoas pelas quais temos apego e afeição, conforme o nosso conjunto de valores. 
Cada pessoa sente um mesmo problema de maneira ou intensidade diferente e o 
que vai gerar essa diferença é exatamente o tipo de educação que ela teve na infância. A 
infância marca nossa vida adulta, com o eco desse passado, sem que tomemos 
consciência de que estamos revivendo sensações dessa infância, na fase adulta. A 
mente guarda no inconsciente os fatos que provocaram dores na primeira infância para 
proteger nosso consciente dessas dores. Mas o registro, embora completamente 
esquecido, dos grandes traumas dita a nossa conduta de adulto evocando em nós 
sensações fortes e estranhas a nossa lógica consciente. 
Como eu disse anteriormente, cada pessoa sente de maneira diferente um mesmo 
problema. Uns dramatizam, outros ignoram e outros ainda encaram com naturalidade. E 
é exatamente da forma como sentimos e vemos um problema que será impressa em 
nosso corpo a marca da coragem ou do medo, através da saúde e beleza ou da doença e 
obesidade. 
Sei que não é fácil esvaziar o coração, mas também sei que jamais você se verá 
livre das dependências emocionais enquanto não buscar o autoconhecimento e aplicar 
em seu cotidiano pensamentos, palavras e atitudes diferentes das que você vivenciou 
até hoje. 
Uma criança, por mais rebelde ou inteligente que seja, ainda assim, é dependente 
emocional e financeiramente de quem a cria, não é mesmo? 
Então, perceba que toda pessoa acima do seu peso normal tem cara de criança, 
chora como criança, brinca e briga como criança. É só observar a si mesmo ou os seus 
parentes e amigos obesos. 
Ser criança alegre é positivopara a felicidade do ser humano. Mas ser criança 
frente aos problemas da vida, magoando-se, tendo autopiedade, culpando pessoas, 
guardando raiva, sentindo-se vítima e esperando que as pessoas o elogiem ou o amem, 
é desejar, inconscientemente, ser notado e ser pego no colo. 
Não se zangue comigo, ou pior, não veja esse comentário como coisa bonita em 
você, pois as conseqüências desses comportamentos acima citados são sempre 
desastrosas para qualquer pessoa. Agir assim lhe causa problemas de relacionamento 
na família, no amor, no trabalho e você acaba adquirindo o hábito de comer coisinhas 
durante o dia, para abafar a ansiedade gerada pela sua falta de desprendimento perante 
um problema. E mais, todo problema que ocorre na tireóide é o seu inconsciente se 
manifestando para lhe dizer o quanto você não fala por você mesmo e não se sente no 
direito de ser feliz. É uma espécie de complexo de inferioridade que diz: "Todos 
podem ser felizes, menos eu". 
Você pode ter todo o motivo do mundo para dizer que são os outros que o 
magoam, ou o perseguem com intrigas, mas será que você ainda não notou que tipo de 
pensamentos você carrega durante sua vida para atrair esses acontecimentos? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há algo que eu não quero soltar 
Toda vez que uma pessoa estiver engordando ela deve parar e se perguntar: o que 
é que eu não quero soltar? A resposta pode ser: um objeto, uma pessoa, uma situação, 
um costume, um hábito, um trabalho, um vício... 
Em se tratando de pessoas, uma pergunta é pertinente: por que eu dependo 
emocionalmente desta pessoa? Ou desta família? 
Em se tratando de "algo", cabe a mesma pergunta: por que eu dependo deste 
trabalho? Desta situação? Deste contexto em minha vida? 
Quando uma pessoa vive acima de seu peso já há muitos anos, ela também, 
provavelmente, vivência um comportamento de resistências há muito tempo. Esta 
pessoa passa a criar, ao seu redor, - com seus familiares, com seus amigos e com seus 
colegas de profissão - um sistema de comunicação totalmente baseado e formulado em 
resistências emocionais. Logicamente, não é fácil para ela se desvincular deste 
comportamento. Durante muito tempo, foram criados fatores externos, sobre os quais a 
pessoa se estabelece, se apoia e se baseia, a fim de se estabilizar psicologicamente. É 
como uma plataforma, sobre a qual ela coloca todas as suas relações afetivas e 
psicológicas, representadas pelos seus relacionamentos amorosos, familiares, 
financeiros, profissionais, de amizade, etc. É uma vida baseada em resistências 
e dependências. 
É necessário que isto seja mudado. Algo precisa ser solto. As dependências 
precisam ser cortadas. E é lógico que nada disto é fácil. Não se muda da noite para o 
dia. Tudo o que pode ser mudado da noite para o dia, certamente é algo ilusório e 
transitório. Ou perigoso. A pessoa pode se desestabilizar e "quebrar" a qualquer 
momento. 
Observe. O gordo "veste" as situações e "engole" os problemas, as pessoas e 
todas as ocorrências da sua vida e da vida dos outros. Ele não consegue separar o joio 
do trigo. E como se ele colocasse para dentro e "comesse" tudo o que está à sua volta, 
interiorizando algo que não deveria ser interiorizado, retendo algo que deveria ser 
depurado e depois jogado para fora. 
Ele se envolve na camada protetora da gordura para suprir sua carência, 
qualquer que ela seja no presente, para se proteger do mundo que sente ameaçador. 
Como já disse, uma pessoa carente não necessariamente supre suas necessidades com 
a comida, tornando-se gorda. Pode supri-las com outros subterfúgios, como o 
cigarro, por exemplo, ou o álcool. 
Veja se você, ao ver os problemas dos outros, não tem vontade de recolhê-los 
todos no seu colo, resolver todos, acalentar a pessoa atormentada, querendo poupá-la 
do sofrimento. Veja se lá no fundo você não quer mesmo é garantir com isso ser aceito 
e amado. Veja se você consegue distinguir o que lhe cabe carregar e o que cabe ao 
outro. Veja se você permite que cada um aprenda as próprias lições. 
A conduta do magro é bem diferente. Aquele magro que é moderado (e não o 
extremamente magro, porque os dois extremos denotam desequilíbrio neste esquema 
psíquico) olha para aquele problema ou a pessoa que o trouxe e diz: "Isso não é 
comigo!". Os magros a que me refiro são as pessoas que possuem o peso ideal. 
O peso ideal 
E o que significa peso ideal? Peso ideal é o peso que corresponde geneticamente 
a sua altura. Existem tabelas de peso x altura que são constituídas considerando-se a 
saúde do ser humano, o equilíbrio, a distribuição da massa muscular e da gordura pelo 
organismo, etc. 
Nestas tabelas, fazendo-se cálculos de adiposidade do corpo humano, pode-se 
prever margens de tolerância de pesos em relação à altura, levando-se em conta a 
variabilidade de constituições que o ser humano pode ter segundo sua raça, região 
geográfica onde vive e outros parâmetros. Para cada altura, portanto, existe um 
intervalo de pesos ideais. Quando a pessoa ultrapassa este intervalo, estando acima de 
seu peso ideal, ela estará engordando e entrando em um esquema de obesidade. O que 
indica, portanto, que ela possui uma resistência em soltar algo ou alguém. 
Há uma forma prática de se avaliar o peso ideal para uma pessoa segundo sua 
altura, pela fórmula do índice de Massa Corpórea (IMC). Basta dividir o seu peso pelo 
quadrado da altura. O índice encontrado indicará obesidade ou não: 
IMC = peso (em quilogramas) altura x altura (em metros) 
Se o IMC for abaixo de 20, considera-se que a pessoa está abaixo do seu peso 
ideal. Entre 20 e 25, a pessoa está na faixa de peso ideal. Entre 25 e 30, a pessoa está 
acima de seu peso adequado. Acima de 30, a pessoa estará obesa. E acima de 35, o 
indivíduo é considerado como portador de obesidade mórbida. 
Por exemplo, se uma pessoa pesa 56 kg e tem 1,64 m de altura: 56 dividido por 
1,64 x 1,64 que é igual a 2,69 dá 20,81. Portanto, esta pessoa está na faixa de peso 
ideal. 
 
Gordura localizada e seus significados Rosto 
Rosto muito magro é indício de pessoa desconfiada e de temperamento pouco 
dócil. O peso ideal, portanto, é o peso proporcional à altura do indivíduo, 
independentemente de sua ossatura. Músculo pesa mais que gordura. Músculos 
tonificados e com fibras musculares desenvolvidas aumentam o peso corporal, o que 
obviamente não significa que você engordou. Rosto rechonchudo indica uma pessoa 
que se magoa com facilidade e, por ter medo de perder ou da solidão, é difícil para ela 
dizer não a alguém. 
Papeira 
O acúmulo de gordura debaixo do queixo é característico de pessoas que não 
aceitam ser criticadas, mas são muito críticas com relação aos outros, mesmo em 
pensamentos. Procuram passar uma imagem de perfeição, mas no fundo são inseguras e 
carentes. Defendem-se com agressividade, "guardando no papo" seus verdadeiros 
sentimentos. 
 
Braços 
Os braços simbolizam as conquistas, as ambições, as buscas no campo afetivo e 
no campo do trabalho, dentro ou fora de casa. As frustrações nesses aspectos geram 
raiva, e essa energia contida, não utilizada, se transforma em gordura. A pessoa não se 
permite soltar os acontecimentos, "segura" tudo com os braços, acreditando que assim 
encontrará afeto e amor. 
Peito e mamas 
Os músculos peitorais bem desenvolvidos, tonificados e as mamas expressam a 
coragem, a ousadia, a força interior que não se abala nem desaba, a mente ágil e dócil 
que não se confronta, mas que se contrai e se expande, moldando-se ao ambiente. A 
flacidez do peito e das mamas indica falta de iniciativa e força de vontade para vencer. 
Aparentemente trabalhadora e empenhada, a pessoa, na verdade, se arrasta com 
dificuldades e sem alegrias. 
Gordura localizada nos músculos peitorais e flacidez das mamas significa que a 
pessoa está guardando ressentimentos e desistiu de lutar pelos seus objetivos, por 
sentir-se oprimida ou por acreditar que não pode mudar o destino. "Tem de ter peito 
para enfrentar". 
Mamas pequenas denotam uma mulheryang, que não admite autoridade sobre 
ela e que repudia a idéia de ficar presa ou ser comandada por alguém ou alguma 
situação. Tem necessidade de liberdade e de poucos vínculos. Quer ser dona cio 
próprio nariz e, por isso, aparenta ser autoritária. 
Mamas grandes denotam uma mulher yin, com tendência a anular-se devido a 
um instinto maternal exagerado. Acolhe, protege e supre as necessidades de quem a 
solicita. A verdadeira "mãezona" de todos, não só dos seus filhos. Magoa-se com 
facilidade e muitas vezes deixa de realizar seus sonhos em prol dos de outras pessoas, 
principalmente de familiares. Seu comportamento é maternal e superprotetor. 
Cintura 
Os "pneus" nessa área denunciam pessoas de comportamento negligente, 
relapsas no sentido psíquico e espiritual. Têm emoções desequilibradas. O tópico 
"abdome" também serve para as pessoas que desenvolveram gorduras nas laterais da 
cintura e cios quadris. Os pneus simbolizam o excesso de contrariedacles que você 
acumula e de que não se desapega. Armazenando situações mal resolvidas, você precisa 
afrouxar o cinto da calça, como quando come demais. Você não se sente confortável 
com o tipo de vida que está levando. Tem pouco "jogo de cintura" para olhar os dois 
lados da questão. 
 
Abdome 
O centro de equilíbrio de nosso corpo está localizado na região do ventre. 
Os órgãos situados no abdome, estômago, intestinos, bexiga, processam o 
alimento e eliminam os resíduos, e útero nas mulheres e próstata (embora não se situe 
no abdome, falamos aqui para mostrar o paralelismo com a mulher) nos homens 
cuidam da reprodução da espécie. 
Pessoas controladoras, apegadas a pensamentos antigos, possuem intestinos 
presos. Segundo os orientais, a prisão de ventre é a materialização do medo de perder 
as coisas, como dinheiro, família, amigos, a pessoa amada. 
A bexiga está associada ao controle das tristezas. O indivíduo que tem lágrimas 
contidas acaba tendo mais micção que o normal. 
O sentimento de anulação da mulher se reflete no útero. As cólicas menstruais 
estão relacionadas com um comportamento yang: mulher inflexível em suas opiniões e 
que não se permite ser amada. Abortos estão relacionados com preocupações 
inconscientes da mulher com desarmonias com a família, com o companheiro e com 
sua liberdade. Isso a faz rejeitar a maternidade e não o filho. Seu inconsciente se 
encarrega do aborto ou da infertilidade. 
Os problemas da próstata estão relacionados com a tristeza e humilhação 
inconscientes do homem com sua mãe e as mulheres de seu relacionamento amoroso. 
Homem anulado pela falta de perdão em seu coração ganha um câncer na próstata. 
A retenção mental resulta em retenção fisiológica, causando aumento do volume 
do abdome e acúmulo de gordura na região. 
No abdome se localiza o centro umbilical, relacionado à força de vontade. 
Quando a energia desse chacra está equilibrada, manifesta-se uma personalidade 
determinada e corajosa. O excesso causa estresse e agressividade resultante da vontade 
mal administrada. A falta torna a pessoa passiva, dominada por suas emoções 
negativas, com necessidade de manipular os outros. Todo esse fluxo irregular resulta 
em acúmulo de energia e, conseqüentemente, de gordura. 
Portanto, abdome saliente significa conflitos internos não resolvidos, forte 
sentimento de posse com relação a pessoas e coisas. Significa "empurrar a vida com a 
barriga". 
Culote 
Excesso de gordura no culote está relacionado ao acúmulo de mágoas e 
ressentimentos contra a figura paterna, que pode ser o pai ou o companheiro. A coxa 
simboliza o passado. Quanto mais próximo dos quadris (centro do poder e equilíbrio de 
nosso corpo e espírito), tanto mais nos aproximamos de nossa origem nesta vida. O pai, 
literalmente, é a nossa origem. O culote se desenvolve em mulheres que tiveram pai ou 
marido ausente ou repressor. 
 
Quadris 
Os quadris simbolizam o feminino, os ombros, o masculino. 
O acúmulo de gordura nos quadris significa a predominância do princípio 
feminino, tanto para o homem quanto para o mulher. Indica pessoa dependente, que se 
sente desamparada, com sensibilidade exacerbada, que se magoa com facilidade. É 
dedicada ao lar e aos filhos. Quando aliada com ombros estreitos, indica ausência de 
coragem e predominância do sentimento de vítima. A mulher com quadris largos é 
procurada, instintivamente, por homens que desejam família, filhos e uma segunda 
mãe. A de quadris estreitos é mais independente, gosta de aventuras, viagens, trabalho 
fora de casa, esportes, e os homens que a procuram sentem que ela será uma ótima 
companhia de "batalhas fora do lar". 
Celulite 
Celulite não é gordura e sim acúmulo de líquidos e substâncias gelatinosas no 
tecido conjuntivo. Implosões de raiva e nervosismo contra autoridades no lar ou no 
trabalho desencadeiam a celulite. Acalmar e serenar a mente, diariamente, junto com 
exercícios físicos, é o melhor remédio para esse problema estético. 
 
Analise o significado de acúmulo de gordura em cada região de seu corpo, 
mergulhe no seu interior e se liberte dos males que poluem sua mente e seu coração. E 
conquiste um corpo harmonioso e esteticamente agradável. É só então que ginástica, 
cirurgias corretivas e dieta irão funcionar para você. Quanto mais livre de mágoas, 
ressentimentos e nervosismos, tanto mais seu corpo estará livre das incômodas 
gordurinhas. 
 
 
4 – UMA ESTRADA A PERCORRER 
 
 O gordo ainda não tentou o principal 
importante mostrar o conhecimento sobre a resistência que os obesos 
encontrarão na estrada que têm para percorrer até o corpo ideal. E digo isto 
porque as pessoas que se encontram obesas já estão cansadas das inúmeras explicações 
que ouvem por aí sobre a obesidade. E também estão cansadas das inúmeras tentativas 
que já fizeram para mudar sua situação. Entretanto, digo que elas ainda não tentaram o 
principal. As pessoas ainda não tentaram algo que faz com que elas escapem deste 
esquema de auto-proteção, destas regras do inconsciente que trabalha para que ela 
melhor se estabeleça na Terra, mas que, no entanto, sabota seus planos de se conhecer, 
realmente, tal qual é. 
 
 
Todos devem buscar seu verdadeiro eu. E isto é o principal. Através da 
espiritualidade, pode-se chegar até a verdade e várias são as estradas que se pode trilhar 
para alcançar este objetivo. Você pode buscar a essência de seu eu através do silêncio, 
da meditação ou de uma oração silenciosa. Desta maneira, você poderá suportar toda a 
angústia que virá - sim, porque ela virá! - representando a resistência inconsciente, a 
negação, para que você não veja a verdade que tanto lhe dói, mas que tanto lhe é cara. 
Muitas pessoas dizem: "Eu já tentei, mas não gosto de meditar, isto não faz a 
minha linha." Elas, na realidade, estão se justificando, quando dizem não gostar da 
meditação. Porém, isto é algo conhecido, e se chama resistência inconsciente. É mais 
uma vez o inconsciente mascarando a verdade com seus diversos disfarces. 
Você deve parar de acreditar que a origem de seus problemas está em fatores 
externos. A raiz de tudo sempre pode ser encontrada no seu interior. É comum ouvir de 
pessoas gordas: "Sou assim porque é uma predisposição genética da minha família!." 
Mais uma vez a resistência inconsciente se manifesta. 
A medicina psicossomática ensina que os genes das pessoas podem sofrer 
alterações quando existe uma mudança comportamental e psicológica em um ser 
humano. Tudo se transforma. Pela Linguagem do Corpo, sabemos que o organismo é o 
reflexo total dos pensamentos conscientes e inconscientes de uma pessoa. 
A técnica do autoconhecimento 
Uma sugestão, é fazer o seguinte: sentar-se sozinho, entre quatro paredes, sem 
E 
ninguém por perto, sem nenhuma dependência emocional, e ficar em silêncio. Inicie 
uma meditação fazendo silêncio e comece um mergulho em si mesmo, para perceber o 
que há dentro de você, de bom e de ruim. 
Quando conseguir isto, passará a compreender que existem energias que até então 
vocêdesconhecia e que existem facetas suas que você não sabia. E este 
desconhecimento advinha do fato de estar sempre perto de alguém e nunca sozinho. 
Se não conseguir fazer isto sozinho, busque ajuda de profissionais que trabalhem 
seriamente com exercícios e técnicas de meditação. Certamente, desta maneira, 
conseguirá. 
O magro egoísta e o gordo altruísta 
Verifique se você é uma pessoa que não aprecia estar só (e quando digo só não 
quero dizer solitário). Há sempre alguém ao seu lado, para ampará-lo. Lute contra a 
dependência que você possui das pessoas. E esta dependência é uma carência, um 
medo de não ser aceito e amado. Por esta razão, perceba que você possa estar vivendo 
sua vida controlando tudo e todos, num eterno medo de não perder coisas e pessoas. 
Faz de tudo na busca do amor e da aceitação das pessoas. Olhe à sua volta, veja como 
são as pessoas gordinhas: é sempre alguém simpático, solícito, subserviente até. Muitos 
gordinhos metem-se com filantropia e outras formas de ajuda, não exatamente 
pensando no auxílio ao próximo, mas visando a aceitação e o amor que ele poderá 
obter. E poderá agir assim inconscientemente. Pode até sofrer por alguém, sem saber 
que está sofrendo por si mesmo, vendo-se na outra pessoa, como num espelho interior. 
E fato que a maioria não percebe que age desta maneira e isto ocorre porque é 
sincero o que ele sente. Realmente se sensibiliza com as pessoas que lhe pedem ajuda. 
Mas assim ele se transforma na muleta das pessoas que têm problemas como ele, ou 
seja, alimenta uma dependência emocional. 
É muito diferente do que acontece com o magro. O magro, normalmente, é 
taxado de egoísta pelo gordo. O magro não se submete a condição de ser muleta para as 
pessoas com problemas. Ele dificilmente cairá em um esquema de dependência 
emocional. Quando o magro percebe uma situação como esta, não se mostra conivente 
com alguém que quer uma muleta para apoiar sua dependência. E nega ajuda! 
Para que o obeso não aja mais desta forma, é necessário, em primeiro lugar, que 
tome consciência de seus atos e das razões que o levam a agir da forma que age. E é 
isto o que eu me proponho a fazer através deste livro. Depois disto, deverá 
compreender e aceitar os fatos, com flexibilidade. Aos poucos, esta maneira de agir irá 
desaparecer e, gradativamente, a resistência será quebrada. 
 
O caminho mais difícil 
Já que você quer realmente se livrar do problema, por que não tentar exatamente 
o caminho mais difícil? Aquele caminho que o inconsciente lhe nega, e que o faz sentir 
raiva e repúdio. Quem sabe é aí que estará a resposta para sua recuperação interna. 
Muitos dirão: "Estou contente com o meu corpo, mesmo estando gordo! A minha 
gordura não interfere na minha vida." Só que, dizendo isto, aceitando e conformando-
se com esta situação, ele estará escondendo, das pessoas e dele mesmo, aquelas 
angústias secretas que ele acha serem próprias da vida. 
Nesta altura dos acontecimentos, o obeso tenta aceitar as angústias como algo que 
faz parte da vida. Ora, angústias não fazem parte da vida. A vida pede e é para ser 
vivida sem angústias! Angústia, para a Psicologia, significa medo do novo. 
O obeso tem um grande medo de soltar suas velhas coisas, de se desfazer de 
certos relacionamentos repentinamente. Como enfrentar o novo? Ele pode não ser 
aceito! Ele pode não encontrar outro amor! O gordo tem medo de viver só, de estar na 
solidão. 
Todos estes medos foram gerados lá atrás, na infância, naquele comecinho, 
onde ele precisou ser amparado por causa de suas dúvidas, que o deixavam tão só 
dentro daquele corpinho! 
E como ele não conseguiu a resposta e nem a correspondência com sua mãe, 
cresceu dentro de um invólucro para se proteger das suas próprias angústias, 
depressões e ansiedades. Uma capa (de gordura) protetora contra os ataques hostis do 
mundo externo. 
A estrada que leva as pessoas ao novo é o caminho mais difícil, mas é 
exatamente o atalho que você deve tomar para chegar ao seu objetivo de se livrar da 
obesidade. 
O grande segredo para o coração e o cérebro comandarem o emagrecimento é 
encontrar no âmago o "perdão à sua mãe", mesmo que você não tenha motivos 
conscientes para isso. Pense em perdoar sua mãezinha, onde quer que ela esteja. 
Acredite, isso o tornará mais forte e muito mais feliz. 
Experimente! 
Ajuda profissional 
Eu mencionei a importância e a necessidade da meditação e da reflexão. Quando 
não se sabe ou não se consegue lidar com os mecanismos de defesa do inconsciente, 
que age dominando a consciência, é importante buscar ajuda profissional. A pessoa, por 
si só, pode encontrar na literatura os métodos para a própria regressão e para a sua cura. 
Entretanto, um profissional qualificado possui todos os recursos e conhece as técnicas 
adequadas para reconstruir a sua história, para neutralizar o passado e para perdoar a 
quem se deve. Por isto, deve-se aceitar docilmente a ajuda de um profissional que 
compreenda perfeitamente o funcionamento da mente e do inconsciente. 
O profissional não precisa ser, necessariamente, um psicanalista. Deve, porém, 
possuir a base da psicanálise e conhecer técnicas que ajudam a conhecer melhor o 
funcionamento da mente, como profissional da PNL, da psicologia comportamental, 
reichiniana e junguiana. 
Você só irá emagrecer no momento em que romper com as crenças antigas e com 
o comodismo que há dentro delas, que tenta convencê-lo de que não é preciso mudar. 
Seu apego às antigas crenças e seu comodismo existem em função do impulso negativo 
que vem do seu inconsciente. 
Com este livro, você está recebendo um CD, que muito poderá auxiliá-lo em seus 
exercícios de relaxamento e meditação. Ao praticá-los, certamente você encontrará uma 
porta. Poderá utilizar as técnicas de relaxamento para se desfazer de suas angústias e 
meditar para se reencontrar consigo mesmo. 
O relaxamento e a meditação possuem importância comprovada pela Ciência. Ao 
relaxar os pensamentos e os músculos, todo o organismo é beneficiado. O sistema 
nervoso age de forma eficaz sobre os órgãos e funções do corpo, toda a energia que 
estava bloqueada passa a fluir normalmente. Com isso, as enzimas e as substâncias 
químicas funcionarão melhor dentro do organismo, que passa a ter um ótimo 
metabolismo. 
Caso você não obtenha bons resultados praticando esta técnica sozinho, 
aconselho que busque a ajuda de um profissional e leve a sério sua luta contra a 
obesidade. Rompendo com as pressões internas, que querem impedi-lo de encontrar o 
bem estar, você, com certeza, encontrará a felicidade, já que nasceu com o direito a ser 
feliz. 
 
 
 5 – EXPANDINDO A CONSCIÊNCIA 
 
xpandir a consciência é tornar-se livre das amarras emocionais. É ver o mundo 
com olhos de gigante e não mais com os de um pequeno ser indefeso e carente. 
É ver e sentir os fenômenos que causamos com nossos pensamentos e assumir a 
responsabilidade por tudo que nos acontece, pois sabemos que a lei de causa e efeito 
existente por todo o universo é uma dádiva que podemos controlar. 
Quando se expande a consciência, através de atos espiritualizados e desprendidos, 
somos inundados de um prazer imensurável e inexplicável, muito superior a qualquer 
prazer dos cinco sentidos. O emagrecimento ocorre a partir da transformação do medo 
em segurança e desapego. 
Quando o obeso compreender que retém sentimentos negativos, certas pessoas e 
situações, desnecessariamente, percebendo assim que não vale a pena sofrer, e se abrir 
para novas oportunidades, então desencadeará em sua mente novas ambições, 
carregadas de alegria e dinamismo, fazendo com que tudo ao seu redor mude para 
entrar em sintonia com a nova atitude. 
Lembre-se de que qualquer sentimento de medo, culpa, remorso, abandono são 
gerados pela sua cultura e educação e não são a verdade. 
Peça ajuda profissional, caso você não consiga se desfazer dessa hiper-
sensibilidade. Acredite que seu coração quer que você se liberte das amarras de suas 
emoções e aprenda que amar e zelar

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