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Prévia do material em texto

Revisar envio do teste: PSA 2023/1PSA 6937-00 CONTEÚDO
Usuário emax.silva @aluno.unip.br
Curso PSA
Teste PSA 2023/1
Iniciado 09/05/23 10:09
Enviado 09/05/23 12:27
Status Completada
Resultado da tentativa 7 em 10 pontos  
Tempo decorrido 2 horas, 18 minutos
Autoteste O aluno responde e o resultado do aluno não é visível ao professor.
Resultados exibidos Respostas enviadas, Perguntas respondidas incorretamente
Pergunta 1
Resposta Selecionada: c. 
I. De acordo com a charge, o indivíduo que se informa somente por mensagens enviadas por redes sociais tem
uma visão limitada e não verdadeira sobre os acontecimentos, sendo induzido a interpretações erradas.
II. Apenas os cientistas têm discernimento sobre os fenômenos naturais e sociais, e a observação da realidade
não é uma forma válida de conhecimento.
Leia a charge.
 
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas.
PORQUE
Assinale a alternativa correta.
A asserção I é verdadeira, e a II é falsa.
Pergunta 2
Leia a tirinha.
UNIP EAD BIBLIOTECAS MURAL DO ALUNO TUTORIAIS
emax.silva @aluno.unip.br 1
CONTEÚDOS ACADÊMICOS
0,5 em 0,5 pontos
0,5 em 0,5 pontos
http://company.blackboard.com/
https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/execute/courseMain?course_id=_28560_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?course_id=_28560_1&content_id=_439332_1&mode=reset
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_10_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_27_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_47_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_29_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_25_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/login/?action=logout
Resposta Selecionada: a. 
 
O objetivo da tirinha é
criticar a mercantilização da produção de opinião nas redes sociais.
Pergunta 3
Resposta
Selecionada:
c.
Leia a charge.
 
O objetivo da charge é
valorizar o livro e as atividades pedagógicas não digitais como ferramentas importantes para a construção do
conhecimento.
Pergunta 4
Leia os quadrinhos e o texto.
0,5 em 0,5 pontos
0 em 0,5 pontos
Resposta Selecionada: [Sem Resposta]
I. Os quadrinhos revelam que as ações relacionadas à arquitetura hostil são planejadas, ideia também a�rmada
no texto.
II. Segundo o texto, o uso de determinados espaços vincula-se mais ao conceito de consumidor do que ao de
cidadão.
III. A administração dos espaços públicos por empresas privadas, de acordo com o texto, é uma solução para que
eles se tornem mais inclusivos.
Bancos com divisórias e formatos desconfortáveis, pedras pontiagudas embaixo de viadutos, grades no entorno de praças e jardins, muros
com pinos metálicos, construções sem marquises ou com gotejamento de água programado, cercas elétricas e arame farpado. Os elementos e
materiais utilizados para afastar pessoas dos espaços públicos são muitos e acabam in�uenciando a maneira como os indivíduos convivem e
vivenciam os municípios. A arquitetura hostil, termo que abrange todas as barreiras e desenhos urbanos que parecem dizer “não se sinta em
casa” — como de�ne a repórter Winnie Hu, do The New York Times —, é parte da realidade da maioria das cidades pelo mundo e vem
despertando debates sobre o impacto dessas ações, principalmente por meio das redes sociais.
A professora de antropologia do Centro de Graduação da Universidade da Cidade de Nova York, Setha Low, a�rmou em entrevista para
a Reuters que o risco que se corre com esse tipo de medida é mudar a natureza dos ambientes públicos de “inclusivos para exclusivos”.
Já o fotógrafo alemão Julius-Christian Schreiner ressaltou à reportagem que o aumento de locais públicos administrados pela iniciativa privada
acentuou o problema, deixando pouca área para as pessoas se “recostarem, vagarem ou socializarem sem a pressão de comprar algo”.
Schreiner é o idealizador do trabalho “Agentes Silenciosos” — uma série de imagens sobre arquitetura hostil realizada em lugares como
Londres, Paris, Hamburgo, Berlim e Nova York.
Para o fotógrafo, nos municípios, os cidadãos são mais vistos como clientes. “Se você é um bom consumidor, pode usar a infraestrutura. Mas,
se não for, não deveria estar nesse espaço”, declarou à Reuters. Ao mesmo tempo em que crescem os exemplos dessas iniciativas que barram a
permanência por mais tempo de pessoas consideradas “indesejadas” — e aqui entram também os skatistas e sua circulação pelos centros
urbanos —, a matéria cita grupos em diferentes localidades que estão se mobilizando para chamar a atenção para o assunto e tentar
amenizar os seus re�exos.
Disponível em <https://caosplanejado.com/arquitetura-hostil-quando-as-cidades-nao-sao-para-todos/?gclid=EAIaIQobChMI2dTn7Iqi_AIVtOBcCh0wLg_dEAMYASAAEgL
Vx_D_BwE>. Acesso em 14 dez. 2022 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as a�rmativas.
É correto o que se a�rma em
Pergunta 5
Leia o texto.
Brasil é penúltimo país em ranking global para aposentadoria com qualidade
Brasil só ganha da Índia e perde para emergentes, como Chile, México e Colômbia em grupo de 44 países.
O Brasil é o penúltimo em um ranking global que lista os melhores países para se aposentar com qualidade. Entre as 44 nações, o Brasil �gura
na 43ª posição, só à frente da Índia (44º), e atrás de países da América Latina como Chile (34º), México (36º) e Colômbia (42º). Os países no topo
do ranking com melhor indicador de aposentadoria são Noruega (1º), Suíça (2º) e Islândia (3º).
O estudo foi realizado pela Natixix Investment Managers, empresa americana de gestão de ativos. Entre as nações listadas estão membros da
OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e os grandes emergentes dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China). Quatro
critérios são considerados para a nota recebida por cada país: saúde, bem-estar econômico, renda durante a aposentadoria e qualidade de
vida. A maior nota do Brasil foi no índice de qualidade de vida (59%), seguida de renda (57%), e saúde (56%). A nota máxima possível é 100%
em todas as categorias. A pior nota foi o critério macro de bem-estar econômico (4%), puxado especialmente pela falta de igualdade de renda.
0 em 0,5 pontos
Resposta Selecionada: [Sem Resposta]
O ranking classi�ca 2022 como “um ano ruim para se aposentar” diante de in�ação em patamares elevados ao redor do mundo. Os preços
vertiginosos do petróleo, alimentos e moradia estão corroendo o poder de compra dos trabalhadores que pretendem se aposentar em breve.
Outro desa�o é a taxa de dependência, com pessoas mais velhas precisando de outros integrantes da família, em idade ativa, para bancar os
benefícios previdenciários. Conforme a população mundial envelhece, há uma pressão nesta taxa, o que pode piorar as condições de
aposentadoria. “Para as instituições, as populações que envelhecem rapidamente testarão os limites dos sistemas de benefícios para
aposentadorias”, diz o estudo. “Em vez de esperar que seus investimentos e dinheiro guardado gerassem uma renda sustentável (movimento
impulsionado por taxas de juros altas), os aposentados foram forçados a usar suas reservas durante esses últimos dois anos quando
normalmente procuram preservar seu capital. Como resultado, ou as reservas foram fortemente afetadas ou os aposentados assumiram mais
riscos para compensar o momento diante de um mercado volátil”, contextualiza a Natixix.
Disponível em <https://www.infomoney.com.br/minhas-�nancas/brasil-e-penultimo-pais-em-ranking-global-para-aposentadoria-com-qualidade-veja-lista/>. Acesso
em 21 fev. 2023. 
Com base na leitura, avalie as a�rmativas.
I.    A desigualdade de renda foi o item que mais pesou negativamente na avaliação do Brasil no ranking de qualidade da
aposentadoria.
II.    O Brasil obteve uma nota em qualidade de vida maior do que as notas dos demais países da América Latina.
III.    O ano de 2022 foi considerado ruim para seaposentar devido à elevada in�ação.
É correto o que se a�rma em
Pergunta 6
Resposta Selecionada: a. 
I. Segundo o texto, cerca de 45% das vítimas da intolerância religiosa no Brasil são adeptas de religiões de matriz
africana.
II. O racismo e a intolerância religiosa são formas de preconceito, que pode ser alimentado pelas relações sociais
e pelas instituições, como mostram os quadrinhos.
III. A expectativa em torno da lei criada é que ela busque proteger todas as religiões com ações e gestos concretos
que garantam o direito à liberdade de crença.
Leia a tirinha e o texto.
 
 
Lei torna mais severas as penas para crimes de intolerância religiosa
Uma lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lei Nº 14.532, de 11.01.2023) tornou mais severas as penas para crimes de
intolerância religiosa.
As religiões de matriz africana são o alvo mais frequente de quem não respeita a liberdade de crenças. Segundo dados do Ministério dos
Direitos Humanos, só em 2022 foram 1.200 ataques – um aumento de 45% em relação a 2020.
A lei sancionada, que equipara o crime de injúria racial ao crime de racismo, também protege a liberdade religiosa. A lei, agora, prevê pena de
2 a 5 anos para quem obstar, impedir ou empregar violência contra quaisquer manifestações ou práticas religiosas. A pena será aumentada de
metade se o crime for cometido por duas ou mais pessoas, além de pagamento de multa. Antes, a lei previa pena de 1 a 3 anos de reclusão.
A punição agora é a mesma prevista pelo crime de racismo, quando a ofensa discriminatória é contra grupo ou coletividade, pela raça ou pela
cor. A expectativa é de que a nova lei ajude a punir quem comete crimes religiosos e ajude a proteger a vítima, que muitas vezes não encontra
amparo quando tenta fazer uma denúncia.
Disponível em <https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/01/18/lei-torna-mais-severas-as-penas-para-crimes-de- intolerancia-religiosa.ghtml>. Acesso em 26
jan. 2023.
Com base na leitura, avalie as a�rmativas.
É correto o que se a�rma apenas em
I e III.
0 em 0,5 pontos
Pergunta 7
Resposta Selecionada: d. 
Leia o texto.
Não vacinados representam 75% das mortes por covid-19, diz estudo brasileiro
Vacinação protegeu todas as faixas etárias de hospitalizações e mortes, inclusive indivíduos com mais de 80 anos
Publicado em 04/03/2022
Uma pesquisa conduzida em Londrina, no Paraná, mostrou que 75% das mortes por covid-19 registradas nos primeiros dez meses de 2021
ocorreram em indivíduos que não foram imunizados contra a doença. Entre os idosos, o índice de morte foi quase três vezes maior entre os
não vacinados do que entre os imunizados. Entre pessoas com menos de 60 anos, o número de mortes de não vacinados foi 83 vezes maior do
que nos imunizados. O estudo foi conduzido pela Universidade Estadual de Londrina, pela Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, pela
Universidade Federal de São Carlos e pela Faculdade de Medicina Albert Einstein dos EUA.
Foram incluídos no estudo dados de 59.853 casos con�rmados de covid-19 e 1.687 mortes pela doença, reportados entre janeiro e outubro de
2021. Dos óbitos registrados, 1.269 foram de indivíduos não vacinados. Já entre os casos con�rmados, 48.217 foram de pessoas que não
tomaram a vacina, 7.207 de indivíduos parcialmente imunizados e 4.429 de pessoas com esquema vacinal completo. Dos vacinados que foram
infectados, 54% tinham mais de 60 anos.
Os cientistas analisaram as taxas de letalidade (proporção entre o número de mortes e o número de casos) em três modelos: de acordo com a
idade dos participantes, com o status de vacinação e segundo a relação de ambas as características (idade e vacinação). No primeiro modelo,
quanto mais velhos os indivíduos, maior a letalidade observada. A segunda análise mostrou que os vacinados apresentam uma taxa de
letalidade 40,4% menor do que os não vacinados.
Já o terceiro modelo con�rmou que a vacinação reduziu as mortes em todas as faixas etárias. "Nossos achados reforçam que a vacinação é
uma medida de saúde pública essencial para reduzir os índices de fatalidade por covid-19 em todas as faixas etárias", a�rmam os autores do
artigo.
Os resultados da pesquisa corroboram os de outros trabalhos já publicados, como um estudo observacional com dados de 90 países que
mostrou que, a cada aumento de 10% na cobertura vacinal, a mortalidade reduz 7,6%.
Disponível em <https://butantan.gov.br/noticias/nao-vacinados-representam-75-das-mortes-por-covid-19-diz-estudo-brasileiro>. Acesso
em 13 fev. 2023 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as a�rmativas.
I.    A pesquisa indicou que a vacinação reduziu a morte e a contaminação por covid-19.
II.    Segundo os dados, 54% dos vacinados com mais de 60 anos foram infectados, mas, entre os imunizados, a taxa de letalidade foi
40,4% menor do que a observada entre os não vacinados.
III.    A pesquisa mostrou que 75% dos não vacinados morreram devido à covid-19. 
É correto o que se a�rma em
I e III, apenas.
Pergunta 8
Leia o texto.
São Paulo tem início de ano mais frio desde 1965, aponta Inmet
Os primeiros dias de 2023 na cidade de São Paulo (SP) foram os mais frios para um mês de janeiro desde 1965. Segundo o Instituto Nacional
de Meteorologia (Inmet), em pleno verão, a média de temperatura máxima observada nos dez primeiros dias deste ano �cou em 23,9ºC. É o
menor valor já registrado para o período desde 1965, quando a média chegou a 23,8ºC.
De acordo com o Inmet, na capital e em grande parte do estado de São Paulo, as temperaturas estão abaixo da média por causa da Zona de
Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), resultado do encontro de ventos úmidos vindos do Atlântico, mais frios, passando pela faixa leste do
estado, com ventos vindos da Bacia Amazônica. “Este sistema foi potencializado por águas costeiras mais frias que o normal para a época do
ano e por áreas de baixa pressão, assim ajudando a promover dias seguidos de tempo nublado a encoberto, volumes expressivos de chuva e
temperaturas abaixo da média”, diz nota do instituto.
Historicamente, a média de temperatura máxima que costuma ser registrada nos primeiros dez dias do mês de janeiro é em torno de 27,9ºC.
A média de temperatura mínima observada nos primeiros dez dias deste ano, estabelecida em 17,6ºC, também está abaixo da média histórica
para o período, que é em torno de 18,8ºC.
Chuvas
Segundo o Inmet, o acumulado de chuvas registrado entre os dias 1º e 10 de janeiro foi de 79,8 milímetros (mm), volume que se encontra
dentro da média para o período, em torno de 81mm.
Disponível em <https://www.metroworldnews.com.br/foco/2023/01/11/sao-paulo-tem-inicio-de-ano-mais-frio-desde-1965-aponta-inmet/>. Acesso em 17 jan. 2023. 
Com base na leitura, avalie as a�rmativas.
I.    A temperatura máxima média indica a temperatura mais elevada atingida no período em determinado local.
0 em 0,5 pontos
0,5 em 0,5 pontos
Resposta Selecionada: d. 
II.    Na cidade de São Paulo, os dez primeiros dias de janeiro de 2023 foram marcados por temperaturas mais baixas do que a média
histórica e o volume acumulado de chuva �cou acima dos volumes registrados desde 1965.
III.    O encontro de ventos úmidos e frios vindos do Atlântico com ventos vindos da Bacia Amazônica foi responsável pelas baixas
temperaturas observadas em janeiro de 2023.
É correto o que se a�rma em
III, apenas.
Pergunta 9
Resposta Selecionada: b. 
Leia o texto e observe a imagem.
Os �ltros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real?
Rede sociais, �ltros do Instagram e cirurgia plástica
“As redes sociais nos coagem a sempre maximizar o que é belo o tempo inteiro”, diz a historiadora Luciana de Almeida. Se antes a beleza
seguia elementos de�nidos e mais permanentes, agora essa superexposição cobra ainda mais do nosso corpo e rosto. “O �ltro mostra que,
apesar da aparente perfeição, isso não basta. Temos sempre que tornar essa imagem mais interessante. Não podemos mais ter o nosso
próprio rosto. A sensação é de que os �ltros do Instagram roubaram os nossos rostos“,diz Luciana, autora da tese “Os sentidos das aparências:
invenção do corpo feminino em Fortaleza (1900-1959)” e estudiosa da história da beleza.
De acordo com o censo de 2016 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a busca por procedimentos estéticos não cirúrgicos aumentou
390% no país. O preenchimento labial é a intervenção mais buscada segundo o ranking do órgão, seguido por aplicação de botox e peeling,
laser e suspensão com �os. Em 2017, um estudo da Academia Americana de Cirurgiões Plásticos revelou que a motivação de 55% das pessoas
que �zeram rinoplastias em 2017 foi o desejo de sair melhor em sel�es. Se antes procurávamos parecer mais bonitos na vida física, agora
queremos estar bem nas fotos das redes sociais. “Estar o tempo inteiro clicando autorretratos muda a forma como nos vemos e como nos
achamos bonitos ou feios”, explica Hilaine Yaccoub. “Queremos ser e ter na vida real aquele visual tão cuidadoso dos per�s da rede social”.
Ao ir ao dermatologista ou ao cirurgião plástico, é comum pacientes levarem fotos de mulheres cujas características corporais lhe agradem e
também uma foto com o �ltro que as incentivaram a buscar a cirurgia. Os cirurgiões explicam que podem conseguir o efeito até certo ponto; o
�ltro serve de inspiração, mas é preciso alinhar as expectativas. Há riscos físicos e psicológicos na busca por uma aparência computadorizada.
EIRAS, Natália. Os �ltros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real? Revista Elle, publicado em 25 de maio de 2020. Disponível em <https://elle.com.
br/beleza/�ltros-instagram-nos-deixam-iguais-2>. Acesso em 12 fev. 2023 (com adaptações).
 
Com base na leitura, avalie as a�rmativas.
I.    De acordo com os especialistas, as cirurgias plásticas realizam o sonho das mulheres de conseguir uma aparência igual às
imagens obtidas por �ltros e, assim, possibilitam a realização de sel�es perfeitas.
II.    O dedo em riste na �gura indica a determinação social de padrões de beleza, que, muitas vezes, levam as pessoas à busca por
uma imagem considerada bonita e as fazem modi�car os verdadeiros rostos.
III.    Não há relação entre a �gura e o texto, pois a imagem refere-se à relação da mulher com o espelho, e não com as redes sociais.
É correto o que se a�rma apenas em
II.
Pergunta 10
Leia o texto.
Especialista alerta sobre elo entre fatores que atrapalham o sono noturno, como a apneia, e o maior risco cardiovascular
0,5 em 0,5 pontos
0,5 em 0,5 pontos
Resposta Selecionada: c. 
Engana-se quem pensa que o sono consiste apenas em um estado passivo na vida de um ser humano. Ele in�uencia e é in�uenciado por uma
série de fatores �siológicos e comportamentais. Nem o cérebro nem o coração param durante o sono, mas o repouso noturno é essencial para
preservar esses órgãos vitais. Distúrbios do sono, sobretudo a apneia obstrutiva, comprometem o organismo e elevam com o tempo o risco de
problemas no coração e nas artérias. A apneia está ligada a características anatômicas e ao estilo de vida, sendo mais frequente em alguns
biotipos e com o ganho de peso. Quem sofre desse problema, mais famoso pelos roncos, �ca com um sono extremamente fragmentado e
desperta muitas vezes com uma sensação de sufocamento. Também existem re�exos na capacidade de queima da gordura corporal e na ação
da insulina pelo corpo. A sobrecarga do coração não se restringe somente ao fato de o músculo cardíaco ter de trabalhar com maior
intensidade. Estudos demonstram que ele também é alvo de substâncias in�amatórias liberadas em razão do estresse na parede do coração e
dos vasos sanguíneos.
Não é à toa que existem evidências ligando a apneia do sono ao aumento nas taxas de infarto, arritmia e derrame cerebral. Isso faz com que
os distúrbios do sono sejam considerados fatores críticos na equação do risco cardiovascular. No entanto, não é tão simples diagnosticar esse
tipo de problema. Normalmente, a pessoa passa anos sem sintomas, sem se dar conta dos roncos e das pausas na respiração, julgando que
aquilo é normal e faz parte de sua constituição física. Dormir mal, portanto, pesa em termos de morbidade e mortalidade cardiovascular.
Ainda não está claro, porém se, nesse grupo de pessoas, o tratamento dos distúrbios de sono é capaz de prevenir eventos cardiovasculares.
Um ponto a destacar é a correlação estreita entre a apneia do sono e a obesidade. A redução do peso por meio de mudanças no estilo de vida
pode ajudar a controlar a condição e suas repercussões, como o aumento da pressão arterial. O impacto do sono na saúde cardiovascular foi
ainda mais valorizado recentemente, quando, em cima dos resultados de pesquisas, cientistas da Escola de Saúde Pública da Universidade
Colúmbia, nos Estados Unidos, passaram a incluir um bom sono noturno na lista de itens decisivos para o bem-estar das artérias. O trabalho
de Colúmbia nos faz justamente rever o estilo de vida e repensar cuidados com a saúde. E isso inclui buscar um sono reparador. O interessante
é que o descanso noturno não está isolado num mar de outros fatores preventivos. Exempli�co: pessoas que praticam exercícios físicos
regularmente tendem a dormir melhor; e quem dorme melhor tende a ter mais disposição para se exercitar. Um sono saudável está, portanto,
bastante conectado com os outros sete itens para a qualidade de vida listados pelos pesquisadores americanos. E ganha relevância se
pensarmos na associação direta entre um sono insu�ciente e o surgimento e agravamento de doenças como obesidade, diabetes, hipertensão,
câncer, insu�ciência cardíaca, depressão e Alzheimer. Quanto dormir? Um ciclo saudável costuma ter entre 7 a 9 horas de descanso no período
da noite. E descanso ininterrupto, sem as pausas provocadas por apneia ou insônia. Quando esse padrão se ajusta e se alia a outros hábitos
equilibrados, ganhamos energia e uma proteção extra contra doenças.
Disponível em <https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/meta-para-2023-dormir-bem-pelo-seu-coracao/>. Acesso em 23 fev. 2023.
 Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas.
I.    As chances de desenvolvimento de problemas cardiovasculares em pessoas com distúrbios de sono tendem a ser maiores.
PORQUE
II.    Um sono reparador é aquele em que a pessoa dorme de 7 a 9 horas, sem interrupções, e não depende de outros fatores do
cotidiano.
Assinale a alternativa correta.
A asserção I é verdadeira, e a II é falsa. 
Pergunta 11
Leia o texto.
O deleite e as dores da superdotação
A chama das altas habilidades, em mãos erradas ou desamparadas, pode causar um incêndio devastador, esclarecem especialistas
Crianças com altas habilidades/superdotação (AH/SD) costumam sofrer durante toda a vida com problemas mentais e de relacionamento, com
um sentimento de não pertencimento pela falta de diagnóstico e de atendimento de especialistas e, às vezes, com indiferença dentro das
escolas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 5% das crianças e dos adolescentes estão nas salas de aula sem reconhecimento de seus
potenciais, sem desfrutarem dos seus direitos garantidos na legislação brasileira. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 traz
quem é esse público e qual é o direito do superdotado e sustenta que a criança com altas habilidades/superdotação é público-alvo da
educação especial.
Altas habilidades/superdotação é uma habilidade acima da média em alguma área do conhecimento. Um dos aspectos mais marcantes da
superdotação relaciona-se ao seu traço de heterogeneidade. Assim, algumas pessoas podem destacar-se em um setor, ou podem combinar
várias áreas, explica Ângela Magda Rodrigues Virgolim, graduada e mestre em Psicologia pela Universidade de Brasília e fundadora do
“Instituto Virgolim para Altas Habilidades e Superdotação”.
“Destituídas de assistência efetiva, essas crianças têm predisposição para o desenvolvimento de transtornos mentais, como depressão e
ansiedade; por isso, o processo de reconhecimento é fundamental”, alerta Denise Rocha Belfort Arantes-Brero, presidente do Conselho
Brasileiro paraSuperdotação (ConBraSD).
O professor é capaz de identi�car a superdotação porque está todo dia em contato com o aluno e conhece seu desempenho, estando apto a
fazer uma análise comparativa. “Uma professora de matemática é capaz de reconhecer qual aluno se destaca comparado aos seus pares
etários. E isso é possível para o professor em qualquer disciplina”, a�rma Denise Brero, que é também especialista em educação especial para
dotados e talentosos pela Universidade Federal de Lavras (UFLA/MG) e doutora em Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem pela
Universidade Estadual Paulista em Bauru.
Crianças e adolescentes superdotados rompem com a sinergia do ambiente e se destacam, sendo visíveis em sala de aula. Muitas vezes, são
ignorados por professores que não olham, não escutam e não são sensíveis a isso, esclarece Olzeni Ribeiro, consultora da Unesco e do
Ministério da Educação na criação de cursos na área de altas habilidades/superdotação, além de doutora em Educação, neuropsicopedagoga
clínica e institucional e especialista em altas habilidades/superdotação.
“Quando eu peço aos pais que descrevam seus �lhos superdotados, a palavra ‘sensível’ aparece com mais frequência. E a sensibilidade assume
muitas formas: os sentimentos são facilmente magoados, com possíveis crises de choro compulsivo. Eles ‘sentem os sentimentos’ dos outros,
0,5 em 0,5 pontos
Resposta
Selecionada:
e.
respondem às críticas de forma intensa e às vezes reagem a estímulos do ambiente como luz, ruído, texturas, poluição do ar e determinados
alimentos. O perfeccionismo e a intensidade também surgem com frequência nas descrições dos pais”, descreve Olzeni.
“O que precisa ser desmiti�cado é que a alta habilidade/superdotação não está somente relacionada com o Quociente de Inteligência (QI). O
que pesa mais é a história de vida, o que a criança faz, seu desempenho, mais do que a pontuação do QI”, determina Denise Brero.
Segundo Denise, muitos professores têm receio do aluno superdotado. Sentem-se desa�ados. Para a especialista, a criança superdotada
questiona mais, traz novidades e se interessa por um conteúdo mais aprofundado. Ela expressa que esses alunos enriquecem a turma e cita o
médico Joseph Salvatore Renzulli, um dos maiores especialistas na educação de superdotados: “Uma maré crescente leva todos os navios. Mas
os superdotados têm que ser olhados na sua individualidade e receber alguma atenção especial para continuarem a �orescer, a desenvolver os
seus potenciais. Devem se sentir pertencentes e autorrealizados para que sejam produtores de conhecimento e contribuam para o
desenvolvimento da sociedade”.
Quando há diagnóstico de superdotação, pais e professores devem estar atentos se aparecerem sintomas como desmotivação, vontade de
faltar às aulas, dor de barriga e de cabeça, falta de envolvimento e de interesse, tristeza. Ao longo da vida, em alguns momentos, o
superdotado precisará de um acompanhamento psicológico para lidar com essas questões – se aparecerem.
Essas crianças têm direito a dois tipos de estratégias especí�cas dentro da escola: o enriquecimento curricular ou a aceleração de estudos.
Cada caso é avaliado para de�nir qual estratégia bene�ciará mais a criança. O desejo da criança deve ser respeitado, e todo o processo deve
ser acompanhado, pois se trata de uma mudança abrupta. Em muitos casos, a aceleração de estudos (pular a série) é positiva, a criança se
sente motivada.
O superdotado que vai bem na escola é chamado de superdotado acadêmico, cujo conhecimento é devorar leituras, escrever muito bem, e a
escola o adora pois ele não gera demandas, mas é muito prejudicado porque a escola bloqueia o desenvolvimento. “Toda escola no Brasil
estabelece um teto de aprendizagem, o que prejudica o superdotado”, aponta Olzeni Ribeiro, autora do livro “Criatividade”, em uma
perspectiva transdisciplinar: rompendo crenças, mitos e concepções, publicado com a chancela da Unesco.
Crianças superdotadas são, por natureza, mais sensíveis. Reagem com mais força e expressão a um ambiente no qual suas habilidades não
são percebidas e suas necessidades não são atendidas. Podem ter um comportamento social inadequado, revelando hostilidade e agressão
com relação aos outros (pais, professores, �guras de autoridade) ou se entregando a atos de delinquência social.
“Temos um número imenso de superdotados sendo tratados com remédios que diminuem a energia, a cognição e a intelectualidade da
criança. O remédio é um freio para sua inteligência, e sua intelectualidade é destruída”, revela Olzeni, pedagoga, há 30 anos atuando na área
da educação com altas habilidades/superdotação e outras condições especiais.
Olzeni alerta: “Se um pai e uma mãe levarem essa questão da superdotação para a escola, pelo amor de Deus, não digam que esses pais são
vaidosos. A superdotação é genética, não é fabricada. Se não for diagnosticada e devidamente trabalhada, esse adulto precisará de terapia, se
não chegar ao suicídio”. Crianças com altas habilidades são um precioso recurso nacional que precisa ser protegido, nutrido e desenvolvido.
Disponível em <https://revistaeducacao.com.br/2021/11/18/deleite-e-dores-superdotacao/>. Acesso em 2 fev. 2023 (com adaptações).
Com base nas informações do texto, é correto a�rmar que
ter altas habilidades ou superdotação cognitiva enquadra a pessoa em uma condição especial de aprendizagem,
que demanda das escolas uma forma diferenciada de trabalho pedagógico.
Pergunta 12
I. O efeito de humor da tirinha apoia-se no duplo signi�cado da palavra “estado”, entendida como entidade
política e como situação.
Leia a tirinha e o texto.
O Estado brasileiro é laico?
A situação de hoje é bem diferente daquela que vigia no Período Colonial e durante o Império, mas ainda está longe de caracterizar um Estado
laico. As sociedades religiosas não pagam impostos (renda, IPTU, ISS etc.) e recebem subsídios �nanceiros para suas instituições de ensino e
assistência social. O ensino religioso faz parte do currículo das escolas públicas, que privilegia o Cristianismo e discrimina outras religiões,
assim como discrimina todos os não crentes. Em alguns estados, os professores de ensino religioso são funcionários públicos e recebem
salários, con�gurando apoio �nanceiro do Estado a religiões, que, aliás, são as credenciadoras do magistério dessa disciplina. Certas
sociedades religiosas exercem pressão sobre o Congresso Nacional, di�cultando a promulgação de leis no que diz respeito à pesquisa cientí�ca,
aos direitos sexuais e reprodutivos. A chantagem religiosa não é incomum nessa área, como a ameaça de excomunhão. Há símbolos religiosos
nas repartições públicas, inclusive nos tribunais.
Disponível em <http://ole.u�.br/o-estado-brasileiro-e-laico/>. Acesso em 25 fev. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as a�rmativas.
0,5 em 0,5 pontos
Resposta Selecionada: c. 
II. De acordo com o texto, ainda são fortes as in�uências religiosas no Estado brasileiro, o que o impede de ser
classi�cado como laico.
III. A resposta do pai, nos quadrinhos, revela que ele é contra as pesquisas cientí�cas, assim como são, segundo o
texto, as instituições religiosas.
Assinale a alternativa correta.
Apenas as a�rmativas I e II são corretas.
Pergunta 13
Resposta Selecionada: c. 
Leia o texto.
Desmatamento na Amazônia chega a quase 8 mil km2 em 2022, pior acumulado em 15 anos. Apenas em agosto, foram derrubados
1.415 km². Além disso, a degradação �orestal causada pela extração de madeira e pelas queimadas cresceu 54 vezes.
Em 2022, o desmatamento acumulado na Amazônia já chegou a quase 8 mil km² apenas em oito meses, sendo o maior dos últimos 15 anos.
Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), somente em agosto foram derrubados 1.415 km² de �oresta,
uma área quatro vezes maior do que Belo Horizonte.
Outro problema foi a degradação �orestal causada pela extração de madeira e pelas queimadas, que cresceu 54 vezes na região em relação ao
mesmo mês do ano passado. A área degradada passou de 18km² em agosto de 2021 para 976 km² em agosto de 2022.  
Além de ameaçar diretamente a vida de povos e comunidades tradicionais e causar perdas na biodiversidade, esse aumento na destruição
também afeta a camada de ozônio e contribui para o aquecimento global em um momento de emergência climática. Por isso, neste Dia
Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, é importante olhar para a �oresta em pé como uma das soluções para proteger as
populações das consequências desse desequilíbrio do clima, entre elas a maior frequência e intensidade de eventos extremos como secas e
tempestades.
“Já passamos da metade do ano e o que vem acontecendo são recorrentes recordes negativos de devastação da Amazônia, com o aumento no
desmatamento e na degradação �orestal. E infelizmente temos visto ações insu�cientes para combater esse problema”, lamenta a
pesquisadora Bianca Santos, do Imazon.
O instituto classi�ca como desmatamento quando a vegetação foi totalmente removida, o chamado “corte raso”, e como degradação �orestal
quando parte da mata foi retirada por causa da extração de madeira ou afetada pelo fogo. Por isso, é comum que uma área classi�cada como
degradada seja posteriormente desmatada.
 
Com base na leitura, avalie as a�rmativas. 
I.    O desmatamento da Amazônia tem implicações sociais e ambientais, pois afeta comunidades da região e contribui para o
aquecimento global.
II.    Pelo grá�co, observa-se que a área degradada na Amazônia foi maior durante o ano de 2021 do que durante o ano de 2022.
III.    Desmatamento e degradação �orestal são termos sinônimos, que se referem à destruição das áreas verdes.
Assinale a alternativa correta.
Apenas a a�rmativa I é correta.
Pergunta 14
0,5 em 0,5 pontos
0,5 em 0,5 pontos
Resposta Selecionada: e. 
Leia o texto.
Garimpo ilegal na Terra Yanomami cresceu 54% em 2022, aponta Hutukara
O garimpo ilegal cresceu 54% em 2022 e devastou novos 1.782 hectares da Terra Indígena Yanomami (TIY), conforme levantamento feito por
imagens de satélite. O monitoramento da Hutukara Associação Yanomami (HAY) aponta crescimento acumulado de 309% do desmatamento
associado ao garimpo entre outubro de 2018 e dezembro de 2022. Nesse período, foram mais 3.817 hectares destruídos na maior terra
indígena do país, atingindo um total de 5.053 hectares. Quando os indígenas começaram a monitorar os efeitos do garimpo, em outubro de
2018, havia 1.236 hectares devastados. Em 2021, o desmatamento chegou a 3.272 hectares, conforme apontou o relatório “Yanomami Sob
Ataque: garimpo na Terra Indígena Yanomami” e propostas para combatê-lo. O “Sistema de Monitoramento do Garimpo Ilegal na TIY” é feito
com imagens da “Constelação Planet”, rede de satélites de alta resolução espacial capazes de detectar com precisão e mais frequência de
vigilância áreas muitas vezes não capturadas por outros satélites. Com o monitoramento manual, as atualizações são registradas duas vezes
por mês. As maiores concentrações de destruição estão nos rios Uraricoera, ao Norte da Terra Indígena Yanomami, e Mucajaí, região central. A
região de Waikás, no Uraricoera, concentra 40% do impacto, com cerca de 2 mil hectares devastados. Enquanto isso, o Rio Couto Magalhães,
a�uente do Mucajaí, sofre 20% do impacto, com cerca de mil hectares. A terceira região mais afetada é a de Homoxi, na cabeceira do Mucajaí,
com 15% da devastação, o que corresponde a cerca de 760 hectares. “Os impactos do garimpo vão além do observados pelo satélite, que  são
focados no desmatamento. Eles também afetam as disseminações de doenças, deterioração no quadro de saúde das comunidades, produção
de con�itos intercomunitários, aumento de casos de violência e diminuição da qualidade de água da população com destruição dos corpos
hídricos. Tudo isso somado compromete a capacidade de viver nas comunidades”, explicou o geógrafo Estêvão Ben�ca, assessor do Instituto
Socioambiental (ISA). Ainda segundo Ben�ca, a mobilidade dos garimpeiros de uma área para outra é um fator que resulta na proliferação de
doenças. Os invasores chegam a levar novas cepas de malária de uma região para outra, por exemplo. De acordo com o Sivep Malária, sistema
de monitoramento do Ministério da Saúde, entre 2020 e 2021, mais de 40 mil casos de malária foram registrados na Terra Indígena Yanomami.
Em 2021, foram 21.883, o maior registro desde 2003. A explosão dos casos da doença no território indígena coincide com o aumento da área
devastada pelo garimpo. O monitoramento do Mapbiomas, que utiliza o satélite Landsat, mostra saltos sucessivos no desmatamento pelo
garimpo desde 2016.
 
Com base na leitura, avalie as a�rmativas.
I.    O avanço do garimpo na região das terras indígenas Yanomami e o número de casos de malária estão inversamente relacionados
desde 2016.
II.    A taxa de crescimento dos casos de malária foi maior no período de 2019 a 2020.
III.    As consequências do garimpo ilegal nas terras indígenas incluem a disseminação de doenças e a destruição ambiental.
Assinale a alternativa correta.
Apenas a a�rmativa III é correta.
Pergunta 15
Leia a charge e o texto.
0 em 0,5 pontos
Resposta Selecionada: a. 
 
As mulheres e o mercado de trabalho brasileiro
Um dos importantes fatores para se atingir o bem-estar em uma sociedade é o desenvolvimento econômico do país. E um dos principais
elementos para que esse desenvolvimento aconteça é a capacidade produtiva da sociedade, que envolve, entre outras coisas, a oferta de mão
de obra. Ou seja, o desenvolvimento e, consequentemente, o bem-estar, dependem de pessoas trabalhando e recebendo por isso.
Contudo, o mercado de trabalho brasileiro tem características que não contribuem de maneira ideal para que isso aconteça. Segundo o
relatório Global Gender Gap Report (Relatório Global sobre a Lacuna de Gênero, de 2020), do Fórum Econômico Mundial, o Brasil �gura na
130ª posição em relação à igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem funções semelhantes, em um ranking com 153 países.
Isso signi�ca que as mulheres enfrentam um cenário de desigualdade e discriminação no mercado de trabalho do país. Mas por que isso ainda
acontece no Brasil? Será que não temos leis e direitos su�cientes para proteger as mulheres dessa situação?  
Segundo o IPEA (2019), a presença feminina no mercado de trabalho brasileiro, ou seja, a quantidade de mulheres entre 17 e 70 anos
empregadas no país, passou de 56,1% em 1992 para 61,6% em 2015, com projeção para atingir 64,3% no ano de 2030, ou seja, 8.2 pontos
percentuais acima da taxa em 1992. Enquanto isso, o mesmo estudo indica que a taxa de participação masculina no mercado de trabalho
tende a cair, projetando que em 2030 ela será de 82,7%, inferior aos 89,6% observados em 1992.
Entretanto, apesar do maior número de mulheres trabalhando no país, esses mesmos dados mostram a grande disparidade existente entre a
participação de homens e mulheres no mercado de trabalho. Essa diferença ocorre, entre outros fatores, pelo papel social e cultural imposto às
mulheres como as principais responsáveis pelos cuidados familiares e pelos trabalhos domésticos.
Além de menor participação, retornando ao dado do Global Gender Gap Report, a diferença salarial entre gêneros ainda é signi�cativa no
Brasil, fazendo o país integrar a 130ª posição em igualdade de salário.
Isso signi�ca que a entrada das mulheres no mercado de trabalho brasileiro não foi acompanhada por uma diminuição das desigualdades
pro�ssionais entre homens e mulheres, o que representa que a maior parte dos empregos formais femininos está concentrada em setores e
cargos de menor valorização e que as mulheres continuam sofrendo discriminação em relação às suas atividades pro�ssionais.
Além disso, as mulheres continuam sofrendo abusos e assédios morais e sexuais no ambiente de trabalho. Segundo a Agência Patrícia Galvão
(2020), cerca de 40% das mulheres já foram xingadas ou ouviram gritos em ambiente de trabalho, contra apenas 13% dos homens.
Hoje em dia, a legislação trabalhista nacional garante direitos fundamentaisà mulher em relação ao trabalho, prevendo formalmente a
proteção e a promoção das mulheres na esfera pro�ssional. Mas apenas a existência de regras não acarreta, necessariamente, mudanças
comportamentais e culturais na sociedade. A questão da igualdade salarial entre gêneros é um bom exemplo, pois, por mais que essa norma
esteja vigente desde 1988, os dados apresentados ao longo do texto mostram que a remuneração das mulheres ainda é inferior se comparada
à dos homens.
Disponível em <https://www.politize.com.br/equidade/blogpost/mulheres-e-o-mercado-de-trabalho/?https://www.politize.com.br/&gclid=Cj0KCQiAxbefBhDfARIsAL4X
LRoL472Xu02qQ7UBOemx9LsFR2hT6E44TJcLmqTG75Hli0Uk52LuAYoaAokVEALw_wcB>. Acesso em 16 fev. 2023 (com adaptações).
Com base na leitura da charge e do texto, avalie as a�rmativas. 
I.    Considerando os países avaliados no Relatório Global sobre a Lacuna de Gênero (2020), o Brasil está entre as nações mais desiguais
em relação aos salários de homens e de mulheres que exercem funções semelhantes. 
II.    Segundo o IPEA (2019), o número de mulheres empregadas em 2015 era 5,5% maior do que em 1992. 
III.    A charge sugere que as mulheres enfrentam mais di�culdades do que os homens para estabelecer sua carreira pro�ssional. De
acordo com o texto, essas di�culdades decorrem, entre outros fatores, do papel social e cultural imposto às mulheres. 
É correto apenas o que se a�rma em
I e II.
Pergunta 16
Leia o texto. 
Per�l de imóveis ociosos no centro de São Paulo revela manutenção da herança mercantil brasileira
Estudo mostra que muitas das construções abandonadas estão em posse de gerações de herdeiros, que veem o imóvel como problema ou têm
expectativas irreais sobre o mercado; do outro lado, estão numerosas famílias vivendo em habitações precárias na periferia
0 em 0,5 pontos
Resposta Selecionada: c. 
Camilla Almeida - 06/03/2023
Uma construção ociosa é aquela que está desocupada, inativa ou subutilizada, sem cumprir sua função social. A Secretaria Municipal de
Urbanismo e Licenciamento (Smule) de São Paulo estima que 881 imóveis estejam nesta condição apenas no distrito da Sé. Ana Gabriela
Akaishi, doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, analisou os per�s dos donos de imóveis ociosos e explicou os
entraves colocados por esses proprietários para a comercialização, com destaque para herdeiros e instituições religiosas.
O estudo revelou que 74% dos analisados são herdeiros rentistas e instituições religiosas, denominados pela urbanista como “o arcaico setor
proprietário rentista imobiliário”. “Esses proprietários carregam raízes históricas e geracionais vinculadas a capitais familiares antigos de
caráter mercantil, que aplicavam inicialmente em prédios de aluguel no momento em que o centro de São Paulo estava em um boom no
processo de verticalização”, explica a pesquisadora.
Para chegar a estes dados, a pesquisadora veri�cou os per�s dos 50 donos dos imóveis de maior valor venal da área – número que estima o
preço do bem, obtido por meio de uma avaliação pela prefeitura. Por meio de entrevistas com agentes imobiliários, associações bene�centes
religiosas e com integrantes do mercado imobiliário em geral, Ana Gabriela Akaishi conseguiu traçar a genealogia econômica, política e social
desses proprietários. Ela também realizou um levantamento em bases de dados e acervos históricos da Prefeitura de São Paulo por intermédio
da plataforma GeoSampa. 
Contraste
Foi o contraste entre a carência populacional por habitação na cidade e a grande quantidade de imóveis ociosos que a instigou a pesquisar o
tema. São Paulo conta com um enorme dé�cit habitacional, que pode chegar a 450 mil famílias a serem realocadas. “Temos quase 3 milhões
de pessoas vivendo em aglomerados como favelas, loteamentos precários e moradias irregulares, principalmente nas periferias. E essas
pessoas têm que se deslocar diariamente por horas até o seu local de trabalho, que geralmente é nas áreas centrais”. 
Enquanto isso, no centro, estão prédios fechados e em ruínas, terrenos baldios e construções abandonadas sendo usados como
estacionamentos rotativos. “Em todos esses casos temos a subutilização da terra urbana num dos lugares com a melhor estrutura na cidade”,
pontua a pesquisadora ao “Jornal da USP”.
Historicamente, a área central de São Paulo era considerada um centro comercial e cultural desde a fundação da cidade, sendo
predominantemente ocupada pela classe dominante. Grandes empresas e corporações mantinham suas sedes na região, com arranha-céus e
prédios que chamavam atenção de quem passava por lá. Lojas e casarões de barões do café também se destacavam junto a obras
arquitetônicas grandiosas, como o Teatro Municipal. Contudo, com a mudança do centro comercial para outros bairros da cidade na década
de 1960, a área passou por um grave e acelerado processo de decadência e deterioração, com aumento da especulação imobiliária. 
 
Com base na leitura, avalie as a�rmativas.
I.    O texto evidencia o contraste entre a carência de moradia digna para cerca de 3 milhões de pessoas na cidade de São Paulo e a
existência de imóveis ociosos na área central.
II.    Até a década de 1960, o centro de São Paulo era uma área nobre, ocupada pela elite paulistana.
III.    Atualmente, 74% dos imóveis do centro da cidade de São Paulo são ociosos e pertencem a herdeiros e a instituições religiosas.
É correto o que se a�rma em
I e III, apenas.
Pergunta 17
Leia o texto.
Aluguel residencial sobe 16,55% em 2022 e tem a maior alta em 11 anos
Os dados da pesquisa foram levantados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e incluem os preços de aluguel de imóveis residenciais (apenas
apartamentos) em 25 cidades brasileiras com base em anúncios na internet.
O preço médio de locação de imóveis residenciais no país subiu em 2022 quase três vezes acima da in�ação do ano passado (5,79%), de
acordo com o índice FipeZap.
0,5 em 0,5 pontos
Resposta Selecionada: b. 
o aquecimento do mercado de trabalho, a partir da retomada das atividades na pandemia de covid-19, e repasse da
in�ação para o aluguel;
a alta acima da média em cidades como Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Goiânia (GO), que vivem um momento de
valorização imobiliária.
Goiânia (GO): 32,93%
Florianópolis (SC): 30,56%
Curitiba (PR): 24,47%
Fortaleza (CE): 21,33%
Belo Horizonte (MG): 20,01%
Rio de Janeiro: 17,93%
Recife (PE): 17,07%
Salvador (BA): 16,56%
São Paulo: 14,63%
Porto Alegre (RS): 11,14%
O aumento acumulado de 16,55% em 2022 é o maior resultado apurado pelo índice desde 2011 (17,30%).
Segundo o economista Pedro Tenório, do DataZap+, entre os fatores que explicam a escalada de preços, estão:
Para 2023, a expectativa é que o cenário de avanço dos preços de locação seja freado, uma vez que a in�ação deve ser mais contida. Além
disso, tanto o PIB quanto o mercado de trabalho devem se estabilizar, o que contribui para o arrefecimento dos preços e para o crescimento do
mercado em menor ritmo, seguindo a linha da in�ação.
Veja, a seguir, as maiores altas nos aluguéis entre as capitais.
Disponível em <https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/01/17/preco-medio-aluguel-2022-�pezap.htm>. Acesso em 17 jan. 2023 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as a�rmativas.
I.    De acordo com o texto, em 2022, os aluguéis residenciais mais altos estavam em Goiânia.
II.    Em 2022, a alta dos aluguéis residenciais em São Paulo �cou abaixo da média registrada no país.
III.    Segundo os dados, o preço do aluguel de um apartamento em Florianópolis é aproximadamente o dobro do aluguel de um
apartamento equivalente em São Paulo. 
É correto o que se a�rma em
II, apenas.
Pergunta 18
Leia o texto.
América Latina deveria ser região com menos fome no mundo, diz pesquisador
Gerardo Lissardy
Por trás da sua última refeição, pode ter existido uma história de grandes interesses.
Não se trata apenas de quem proporcionou o alimento, mas de uma série de fatores que vão desde a produção até sua chegada ao mercado.E, em cada uma dessas etapas, pode haver interesses em jogo entre países ou corporações, segundo Juan José Borrell, autor do livro
“Geopolítica y Alimentos: el Desafío de la Seguridad Alimentaria Frente a la Competencia Internacional por los Recursos Naturales” (“Geopolítica
e alimentos: o desa�o da segurança alimentar frente à concorrência internacional pelos recursos naturais”, em tradução livre).
“Os alimentos são um fator de poder”, a�rma Borrell, que é professor e pesquisador de geopolítica da Universidade de Rosário e da
Universidade da Defesa Nacional, na Argentina. Ele também foi assessor da delegação argentina no Comitê de Segurança Alimentar Mundial da
FAO, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.
Borrell participou do Hay Festival Cartagena, promovido na Colômbia entre 26 e 29 de janeiro de 2023. A seguir, leia os principais pontos da
sua conversa com a BBC News Mundo.
BBC News Mundo: Como os alimentos se tornaram uma questão geopolítica?
Juan José Borrell Os alimentos sempre foram importantes. O ser humano estruturou sua existência em torno da busca pelo abastecimento
alimentar desde antes do Neolítico.
0,5 em 0,5 pontos
Mas podemos dizer que os alimentos se transformaram em assunto geopolítico depois da Segunda Guerra Mundial, com o grande salto dado
pelos Estados Unidos no cenário internacional. No marco da doutrina da contenção, da ajuda humanitária e da criação de organismos como a
ONU, temas como a fome e a pobreza – que giram em torno da produção de alimentos - adquiriram alcance internacional.
Vivemos nas últimas décadas um interesse renovado por uma série de fenômenos geopolíticos que voltaram a colocar o tema do fornecimento
de alimentos na agenda maior da política internacional. Por exemplo, o crescimento das novas economias, a concorrência pelos recursos, o
aumento da população mundial ou os danos aos ecossistemas.
(...)
BBC: Qual é o objetivo dos países nisso tudo? Garantir sua própria segurança alimentar ou ganhar in�uência político-econômica por
meio dos alimentos?
Borrell: Ambas. Os alimentos são um fator de poder. Produção, sementes, patentes, insumos, comércio, portos, frota, preços ou produtos nas
gôndolas dos mercados são uma enorme fonte de poder, capacidade de in�uência e geração de riqueza.
As grandes potências concorrem por espaços de mercado, para ganhar renda e ter maior autonomia alimentar.
Outros países servem para extração de renda, como é o caso da Argentina. Não existe uma política alimentar estratégica que solucione o
problema do acesso da população aos alimentos.
O fato de um país dispor de um sistema de produção agrícola intensiva não garante que as necessidades alimentares da sua população sejam
automaticamente satisfeitas.
BBC: Segundo um relatório da ONU, no ano passado, o mundo retrocedeu nos seus esforços para acabar com a fome, a insegurança
alimentar e a desnutrição. Por que existe cada vez mais fome se temos melhor tecnologia para produzir alimentos?
Borrell: Existe um grande mito: o de que, graças à tecnologia, os rendimentos aumentarão e, consequentemente, maior quantidade de pessoas
terá acesso a um maior fornecimento de alimentos.
Ou, ao contrário, que existe fome onde faltam alimentos ou há excesso de população.
O professor indiano Amartya Sen, ganhador do prêmio Nobel de Economia, demonstrou que, em muitas fomes históricas, havia fornecimento
de alimentos, mas a população não tinha forma de adquiri-los.
De fato, o sistema de produção intensiva não gera necessariamente alimentos. Ele gera uma matéria-prima que também pode ser empregada,
por exemplo, para alimentação de animais ou fabricação de biocombustíveis.
A Argentina é o maior produtor de biodiesel de soja do mundo e os Estados Unidos fabricam etanol com mais de um terço da sua colheita de
milho.
BBC: Ou seja, o problema da fome não se deve necessariamente à quantidade de alimentos disponíveis...
Borrell: Exato. Tem a ver, como demonstra a FAO, com a questão do acesso.
Mais de 85% da população mundial têm acesso aos alimentos disponíveis no mercado. Mas, se não tenho os meios econômicos para procurá-
los, meu acesso será prejudicado.
BBC: Que papel desempenha a América Latina no mapa agroalimentar global?
Borrell: O que ocorre na América Latina e no Caribe representa um grande paradoxo.
Entre as regiões que eram consideradas em vias de desenvolvimento, nosso continente é o que tem a menor quantidade de pessoas que sofrem
de fome crônica. Os últimos relatórios do Banco Mundial calculavam, em média, cerca de 55 milhões de pessoas.
Mas, atualmente, a América Latina produz alimentos para 1,3 bilhão de pessoas e tem capacidade de produzir ainda mais.
A América Latina é um grande produtor de alimentos, mas parte da sua população não tem acesso ao abastecimento. A América Latina é o
lugar onde deveria haver menos pessoas com fome no mundo. É talvez o continente mais rico em recursos, terras férteis, água potável,
biodiversidade...
BBC: Então, qual é o problema?
Borrell: É a economia política, uma combinação de políticas extremamente liberais e políticas extremamente socialistas. Ambas geraram
aumento da pobreza, retrocesso dos setores de classe média e mudanças do tipo de alimentação.
Estamos observando um fenômeno que não existia meio século atrás. As pessoas que conseguem ter acesso ao abastecimento alimentar
consomem alimentos com qualidade nutricional mais baixa. É um fenômeno que não �ca circunscrito apenas à pobreza, mas também atinge a
classe média.
Os setores da classe média que dispõem de recursos, automóveis, boa moradia, celulares e bem-estar sofrem de excesso de peso, obesidade
mórbida ou outros problemas, devido aos maus hábitos alimentares ou produtos industriais com baixa qualidade nutricional.
Fome no mundo
Atualmente, segundo a FAO, cerca de 828 milhões de pessoas passam fome no mundo. Esse índice seguia praticamente inalterado desde 2015,
próximo de 8% da população global. Mas, com a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia, o número saltou nos últimos anos.
A situação é particularmente preocupante na Ásia, onde cerca de 20% da população enfrentou a fome em 2021 (os últimos dados
disponibilizados pela ONU). No mesmo período, no continente africano, 9% da população sofria de fome, e na América Latina e Caribe, 8,6%.
No Brasil, segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19, conduzido pela Rede PENSSAN e
divulgado em junho passado, 33,1 milhões de brasileiros vivem em situação de fome no país. No �m de 2020, eram 19,1 milhões.
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/articles/cgr08mvgjmzo>. Acesso em 02 fev. 2023 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as a�rmativas.
I.    De acordo com Borrell, a fome no mundo é causada pela baixa produção agrícola nos países subdesenvolvidos, especialmente na
América Latina, onde, paradoxalmente, os alimentos são um fator de poder.
II.    Segundo o professor, a tecnologia atual permite maior rendimento na produção de alimentos, o que garantirá o �m da insegurança
alimentar no mundo nos próximos anos.
Resposta Selecionada: b. 
III.    O Brasil é um grande produtor de alimentos, mas cerca de 33 milhões de brasileiros vivem em situação de fome, pois não têm
acesso aos alimentos.
É correto o que se a�rma em
III, apenas.
Pergunta 19
Resposta Selecionada: c. 
Leia o texto, publicado em 10 de janeiro de 2023, pela agência de notícias do Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística (IBGE).
In�ação sobe 0,62% em dezembro e fecha 2022 com alta de 5,79%
Com alta de 0,62% em dezembro, a in�ação fechou o ano de 2022 com um aumento de 5,79%, abaixo dos 10,06% registrados em 2021. Com o
resultado, é a quarta vez consecutiva que a in�ação �ca acima da meta de�nida pelo Conselho Monetário Nacional, que em 2022 era de 3,5%
e teto de 5%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (10) pelo IBGE.
O resultado de 2022 foi in�uenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas (11,64%),que teve o maior impacto (2,41 p.p.) no
acumulado do ano. Em seguida, Saúde e cuidados pessoais, com 11,43% de variação e 1,42 p.p. de impacto. A maior variação veio do grupo
Vestuário (18,02%), que teve altas acima de 1% em 10 dos 12 meses do ano. O grupo Habitação �cou próximo da estabilidade, com 0,07% de
variação, e os Transportes (-1,29%) tiveram a maior queda e o impacto negativo mais intenso (-0,28 p.p.) entre os nove grupos pesquisados.
 
A alimentação no domicílio (13,23%) exerceu a maior in�uência na alta de 11,64% do grupo “alimentação e bebidas”. Os destaques foram a
cebola (130,14%), que teve a maior alta entre os 377 subitens que compõem o IPCA, e o leite longa vida (26,18%), que contribuiu com o maior
impacto (0,17 p.p.) entre os alimentos para consumo no domicílio. Vale mencionar também a batata-inglesa (51,92%), as frutas (24,00%) e o
pão francês (18,03%).
A alimentação fora do domicílio, por sua vez, subiu 7,47%. Enquanto a refeição teve aumento de 5,86%, a alta do lanche foi de 10,67%.
No grupo “saúde e cuidados pessoais” (11,43%), a principal contribuição (0,61 p.p.) veio dos itens de higiene pessoal (16,69%), em especial os
perfumes (22,61%) e os produtos para cabelo (14,97%). Outro destaque foi o plano de saúde, com alta de 6,90% e impacto de 0,25 p.p. no IPCA
acumulado do ano. Vale destacar também a alta de 13,52% dos produtos farmacêuticos.
Disponível em <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/36051-in�acao-sobe-0-62- em-dezembro-e-fecha-2022-com-a
lta-de-5-79>. Acesso em 11 jan. 2023 (com adaptações).
De acordo com as informações apresentadas no texto, avalie as a�rmativas.
I.    Considerado apenas o período disponível no grá�co, 2015 foi o ano com maior in�ação acumulada no país.
II.    A pesquisa do IBGE considera que o item “alimentação no domicílio” é uma subcategoria do grupo “alimentação e bebidas”.
III.    O IBGE considerou nove grupos na pesquisa. Entre eles, estão os grupos “alimentação e bebidas”, “saúde e cuidados pessoais” e
“higiene pessoal”. 
É correto o que se a�rma em
I e II, apenas.
Pergunta 20
0,5 em 0,5 pontos
0,5 em 0,5 pontos
Terça-feira, 9 de Maio de 2023 12h27min50s GMT-03:00
Resposta Selecionada: c. 
Leia o texto, observe a imagem e avalie as a�rmativas.
Brasil teve recorde de feminicídios no primeiro semestre de 2022
O Brasil bateu recorde de feminicídios no primeiro semestre de 2022. De acordo com dados publicados pelo Fórum Brasileiro de Segurança
Pública, 699 casos foram registrados entre janeiro e junho, o que representa uma média de quatro mulheres mortas por dia.
Em 2019, no mesmo período, foram registrados 631 casos. Dois anos depois, em 2021, 677 mulheres foram assassinadas em decorrência da
violência de gênero.
Os dados foram coletados com as pastas estaduais de Segurança Pública e representam somente os crimes que chegaram a ser registrados.
Entre as regiões do país, o Norte liderou o aumento, com 75% a mais do que no primeiro semestre de 2019. Oeste, Sudeste e Nordeste
registraram crescimento de 29,9%, 8,6% e 1%, respectivamente. Apenas na região Sul foi registrada uma queda de 1,7% dos casos.
Os dados coletados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública acompanham a promulgação da Lei do Feminicídio (13.104/2015), que
considera o assassinato que envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
"O primeiro ano completo que nós temos de estatísticas no Brasil é 2016. Contudo, em 2016 e em 2017, ainda temos um movimento nos
Estados de adaptação à nova legislação”.
Assessoria de Comunicação do IBDFAM. Publicado em 13 dez. 2022. Disponível em <https://ibdfam.org.br/noticias/10312/Brasil+teve+recorde+de+feminic%C3%ADdi
os+no+primeiro+semestre+de+2022>. Acesso em 12 fev. 2023 (com adaptações).
 
 
I.    Com base nos números apresentados na notícia, entre 2019 e 2022, no período de janeiro a junho, houve aumento de cerca de
10% nos casos de feminicídio registrados.
II.    Na região Norte, em 2022, ocorreu o maior número de casos de feminicídios no país.
III.    Na imagem, explora-se o duplo signi�cado da palavra “luto”, como verbo e como substantivo.
É correto o que se a�rma em
I e III, apenas.
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