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Ebook sobre bases biologicas do comportamento humano

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09/05/2023 13:54 Bases biológicas do comportamento humano
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tX0T1Yt59xD1aNe398am1g%3d%3d&l=cAteSX9YU93WTYTC0ftcFg%3d%3d&cd=cVLHrDi… 1/23
BASES	BIOLÓGICAS	DO	COMPORTAMENTO
HUMANO
UNIDADE	2	-	NEUROGENE� TICA	E
EPIGENE� TICA
Autoria:	Sâmia	Paula	Santos	Neves	Oliveira	-	Revisão	técnica:	Maria	Luzia	Cuman
09/05/2023 13:54 Bases biológicas do comportamento humano
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tX0T1Yt59xD1aNe398am1g%3d%3d&l=cAteSX9YU93WTYTC0ftcFg%3d%3d&cd=cVLHrDi… 2/23
Introdução
O	comportamento	humano	sempre	 foi	uma	 área	de	bastante	 interesse	das	mais	diversas	 áreas	da	ciência.	E�
intrigante	 a	 diversidade	 de	 respostas	 quando	 vivenciamos	 situações	 estressoras,	 ou	 favoráveis,	 que
encontramos	 pelo	 mundo	 nas	 mais	 diversas	 culturas.	 Seja	 o	 comportamento	 saudável	 ou	 patológico,	 a
variedade	 com	 as	 quais	 nos	 deparamos	 tem	 despertado	 o	 interesse	 de	 diversos	 estudiosos	 na	 Psicologia,
Biologia,	 Sociologia,	 Antropologia,	 Medicina	 etc.	 E� 	 desa�iador	 compreender	 como	 um	 comportamento
acontece	e	quais	são	os	elementos	 in�luenciadores	e	condicionantes.	Muitas	respostas	 têm	sido	dadas,	mas
muitas	 perguntas	 surgem	 a	 cada	 estudo	 publicado.	 Por	 isso,	 é	 cada	 vez	 mais	 crescente	 o	 surgimento	 de
posicionamentos	 contraditórios,	 novas	 explicações	 e	 refutações	 no	 mundo	 que	 se	 dedica	 a	 explicar	 o
comportamento	dos	humanos.	 Com	o	 advento	da	 genética,	 dos	 conhecimentos	 sobre	 a	molécula	da	 vida,	 o
ácido	desoxirribonucleico	(DNA),	o	surgimento	da	engenharia	genética	e	projetos	arrojados,	como	o	Genoma
Humano,	 estamos	 encontrando	 elementos	 chave	 que	 desvendam	 ou	 apontam	 pistas	 importantes	 quando	 o
assunto	 é	 comportamento.	 Nesta	 unidade,	 nos	 dedicaremos	 aos	 seguintes	 tópicos:	 estudos	 genéticos	 do
comportamento	humano,	relação	entre	comportamento,	ambiente	e	genes	através	da	epigenética,	in�luência	da
relação	 social	 na	 expressão	 genética,	 o	 papel	 dos	 genes	 na	 determinação	 do	 comportamento	 e	 modelos
animais	de	experimentação.	
Fique	 atento(a)	 às	 seguintes	 questões	 para	 a	 nossa	 re�lexão	 e	 aprendizado:	 qual	 a	 contribuição	 da	 genética
para	 compreender	 o	 comportamento	 humano?	 A	 genética	 determina	 ou	 condiciona	 o	 comportamento
humano?	Há	 interação	entre	o	contexto	que	o	ser	humano	está	 inserido	e	a	sua	carga	genética?	E� 	possı́vel	o
estilo	de	vida	e	as	relações	sociais	in�luenciarem	a	expressão	dos	genes?	Qual	a	importância	para	a	Psicologia
da	pesquisa	de	experimentos	com	modelos	animais?
Bons	estudos!
2.1 Estudos genéticos do comportamento humano
A	 genética	 do	 comportamento	 se	 dedica	 aos	 estudos	 dos	 mecanismos	 genéticos	 e	 neurobiológicos,
relacionados	aos	diferentes	 comportamentos.	Conforme	Calegaro	 (2001),	 é	 possı́vel	 identi�icá-la	 como	uma
área	de	interface	entre	genética	e	as	ciências	comportamentais	dos	animais	e	humanos.
A	engenharia	genética	foi	um	grande	ganho	na	ciência	que	aprovisionou	um	aparato	de	ferramentas	essenciais
ao	estudo	do	comportamento	relacionado	à	genética	molecular.	Isso	viabilizou	progressivamente	o	avanço	na
identi�icação	de	genes	que	regulam	alguns	comportamentos,	e	também,	a	compreensão	de	como	estes	genes
interatuam	com	o	ambiente	na	constituição	de	caracterı́sticas	normais	e	patológicas	da	personalidade	humana
(PIMENTA;	LIMA,	2015).
O	impacto	desse	campo	de	conhecimento	na	Psicologia	 é	 incrı́vel.	Vivemos	uma	revolução	na	compreensão
do	 que	 causa	 o	 comportamento.	 Porém,	 a	 Psicologia,	 especialmente	 aqui	 no	 Brasil,	 está	 no	 caminho	 de
domı́nio	dos	referidos	avanços.	Um	conjunto	de	argumentos	teóricos	e	metodológicos	denominados	“modelo
padrão	 de	 causalidade	 do	 desenvolvimento	 da	 personalidade”,	 provocam	 implicações	 profundas	 sobre	 a
população	que	não	é	da	área	cientı́�ica	e,	lamentavelmente,	em	muitos	pro�issionais	da	Psicologia.	
A	 seguir,	 veremos	 duas	 temáticas	 importantes	 a	 serem	 compreendidas	 quando	 estamos	 diante	 de	 estudos
genéticos:	herdabilidade	e	determinismo	genético,	e	gêmeos	e	comportamento.	
09/05/2023 13:54 Bases biológicas do comportamento humano
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2.1.1 Herdabilidade e determinismo genético
Os	aportes	da	genética	do	comportamento	para	a	Psicologia,	compõem	um	cenário	que	para	ser	compreendido
é	essencial	apresentar	um	conceito	da	área,	usualmente	interpretado	de	forma	inadequada:	a	herdabilidade.
Herdabilidade	consiste	uma	medida	estatı́stica,	expressada	em	percentagem	(%),	que	con�igura	a	amplitude
de	 contribuição	dos	 fatores	genéticos	para	a	ocorrência	das	variações	 em	uma	dada	 caracterı́stica,	 entre	os
indivı́duos	de	uma	população.
Ao	 considerarmos	 que	 uma	 caracterı́stica	 é	 50%	 herdada,	 devemos	 entender	 que	 metade	 da	 variância	 é
relacionada	 à	 hereditariedade.	 Assim,	 torna-se	 possı́vel	 explicar	 as	 diferenças	 entre	 os	 indivı́duos.	 Nesse
contexto,	 podemos	 concluir	 que,	 quando	 um	 gene	 apresenta	 uma	 in�luência	 elevada	 em	 uma	 determinada
caracterı́stica,	a	herdabilidade	também	será	elevada.
Os	 dados	 das	 medidas	 da	 contribuição	 dos	 genes,	 em	 uma	 dada	 caracterı́stica,	 não	 favorecem	 o
determinismo	genético.	Ou	seja,	a	con�iguração	biológica	do	indivı́duo,	não	é	o	destino	dele.		Segundo	Costa
(2013)	e	 	 Francis	 (2015),	 os	 estudos	na	 área	da	genética	do	 comportamento	evidenciam	a	 importância	dos
aspectos	ambientais.	Ainda	que	uma	condição	tenha	alto	grau	de	herdabilidade,	a	exemplo	da	fenilcetonúria,	a
sua	expressão	 fenotı́pica	pode	ser	modulada	de	modo	crucial	pelo	ambiente.	Mudanças	na	alimentação,	por
exemplo,	permitem	que	o	 indivı́duo	portador	desses	genes	tenha	um	desenvolvimento	saudável.	 Importante
salientar	 que	 caso	 não	 se	 tenha	 as	 devidas	 restrições	 alimentares,	 certamente	 as	 manifestações	 clı́nicas
caracterı́sticas	da	disfunção	metabólica	aparecerão.	
2.1.2 Gêmeos e comportamento
VOCÊ QUER LER?
O	 livro	50	 Ideias	 de	 Genética,	 do	 autor	 Mark	 Hernderson,	 te	 ajudará	 a	 re�letir	 sobre
algumas	 questões	 como:	 a	 personalidades	 é	 herdada	 ou	 desenvolvida?	O	 que	 o	DNA
pode	 representar	 sobre	 as	 caracterıśticas	 humanas?	 Quais	 os	 ganhos	 ou	 perdas	 em
criar	 a	 ovelha	Dolly?	 Em	um	 futuro	 breve,	 poderemos	 escolher	 as	 caracterıśticas	 dos
nossos	 bebês?	 Mark	 Henderson	 é	 editor	 do	 jornal	 The	 Times,	 discute	 os	 conceitos
principais	desta	 ciência	 relativamente	nova,	 em	uma	 sequência	de	 cinquenta	 ensaios
curtos	e	esclarecedores.
09/05/2023 13:54 Bases biológicas do comportamento humano
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Você	já	pensou	se	os	genes	in�luenciam	comportamentos	complexos	relacionados	a	�idelidade,	por	exemplo?
Esse	é	um	exemplo	intrigante	e	polêmico.	Se	a	caracterı́stica	"inclinação	a	traição",	é	de	fato	in�luenciada	pelos
genes,	 é	 possı́vel	 prever	 que,	 se	 um	 gêmeo	 univitelino	 (com	 carga	 genética	 igual	 ao	 do	 irmão)	 trair,	 a
probabilidade	do	outro	ser	in�iel	poderia	ser	considerada,	visto	que	os	mesmos	genes	estariam	atuando	nos
dois	irmãos.	
#PraCegoVer:	Gêmeas	univitelinas	 com	caracterı́sticas	 fı́sicas	 idênticas.	Ambas	 são	morenas,	 com	cabelos
compridos,	vestindo	camisetas	listradas	e	sorriem	discretamente	para	a	foto	enquanto	apoiam	o	rosto	com	as
mãos.
	
Os	 gêmeos	 bivitelinos,	 não	 idênticos,	 não	 apresentariam	 essa	 relação	 tão	 forte,	 isso	 porque	 apresentam
semelhança	em	apenas	metade	dos	genes.
Figura	1	-	Gêmeos	univitelinos	ou	monozigóticos.	Reconhecidos	por	compartilhar	a	mesma	carga	genética.
Fonte:	Ozgurdonmaz,	iStock,	2013.
09/05/2023 13:54 Bases biológicasdo comportamento humano
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#PraCegoVer:	 irmãos	 bivitelinos	 com	 caracterı́sticas	 fı́sicas	 pouco	 semelhantes.	 O	 irmão	 da	 esquerda	 usa
óculos	 de	 grau	 e	 veste	 uma	 camiseta	 verde	 escura,	 o	 da	 direita,	 usa	 uma	 camiseta	 verde	 claro.	 Eles	 estão
abraçados,	lado	a	lado,	sorrindo	para	a	foto.
	
A	personalidade	do	adulto	é	con�igurada	a	partir	da	carga	genética	do	indivı́duo	associada	ao	ambiente	em	que
ele	passa	a	sua	infância.	O	estudo	da	relação	de	�ilhos	adotivos	criados	no	mesmo	lar	que	�ilhos	biológicos,
pode	ser	uma	boa	 ferramenta	para	avaliar	a	 in�luência	do	ambiente.	E� 	 esperado,	na	perspectiva	da	 teoria	da
causalidade	 clássica,	 no	 que	 diz	 respeito	 ao	 desenvolvimento	 da	 personalidade,	 nos	 depararmos	 com
impactos	frequentes,	visto	que	as	crianças	partilham	do	mesmo	contexto	familiar,	similar	em	aspectos	como:
per�il	dos	pais,	condição	socioeconômica,	cultura	e	crenças	religiosas.
E� 	claro	que	os	estı́mulos	dados	às	crianças,	que	moram	na	mesma	casa,	não	são	recebidos	e	processados	da
mesma	 forma.	 Portanto,	 é	 esperado	 que	 haja	 semelhança	 de	 comportamento	 entre	 �ilhos	 adotivos	 e
biológicos,	visto	que	há	semelhança	no	ambiente	em	que	foram	criadas	ao	longo	do	seu	desenvolvimento.
Estudos	 desenvolvidos	 na	 área	 de	 Psicologia	 e	 da	 genética	 do	 comportamento	 têm	 procurado	 esclarecer,
especialmente,	por	que	gêmeos	univitelinos	que	crescem	juntos	tornam-se,	na	maior	parte	das	vezes,	muito
diferentes	 (BACON,	2006,	 apud	VIEIRA;	BRANCO,	2010).	Muitas	 áreas	da	 ciência	buscam	elucidar	o	porquê
isso	ocorre	e	o	“quanto”	as	caracterı́sticas	comportamentais	e	os	padrões	de	desenvolvimento	são	justi�icados
pela	hereditariedade	e/ou	ambiente.	Geralmente,	para	avaliação	das	implicações	do	ambiente	e	da	genética,	é
reconhecido	 a	 importância	 dos	 investimentos	 em	 análises	 comparativas	 e	 correlacionais	 com	 gêmeos
idênticos	e	fraternos	criados	juntos	ou	afastados,	e	com	comparações	entre	gêmeos	e	não	gêmeos	(LYTTON;
SINGH;	GALLAGHER,	1995,	apud	VIEIRA;		BRANCO,	2010).	
Figura	2	-	Gêmeos	bivitelinos	ou	dizigóticos,	identi�icados	por	compartilhar	apenas	50%	da	carga	genética.
Fonte:	Cecilie_Arcurs,	iStock,	2017.
09/05/2023 13:54 Bases biológicas do comportamento humano
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VAMOS PRATICAR?
O	 estudo	 com	 gêmeos	 é	 bastante	 importante	 na	 abordagem	 sobre	 ge
comportamento.	 Apresente	 três	 vantagens	 quando	 se	 utiliza	 uma	 amos
esse	per�il,	a	saber:	gêmeos	monozigóticos	e	dizigóticos.
2.2 Relação entre comportamento, ambiente e genes
através da epigenética
Ao	 observarmos	 as	 comunidades	 humanas,	 podemos	 constatar	 a	 partir	 de	 observações	 simples,	 que	 as
diferentes	 caracterı́sticas	 fı́sicas	 nos	 grupos,	 como	 cor	 dos	 olhos,	 altura,	 formato	 das	 orelhas	 etc.	 são	 de
natureza	 biológica.	 Entretanto,	 será	 que	 quando	 estamos	 frente	 aos	 aspectos	 comportamentais	 nos
questionamos	mais	 facilmente	 se	 as	 diferenças	 de	 comportamento	 são	 condicionadas	 pela	 cultura	 ou	 pela
genética?
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09/05/2023 13:54 Bases biológicas do comportamento humano
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2.2.1 Epigenética 
A	expressão	epigenética	tem	origem	do	pre�ixo	grego	epi,	que	equivale	a	“acima	ou	sobre	algo”	e	se	dedica	ao
estudo	das	modi�icações	herdadas	no	papel	dos	genes,	contempladas	na	genética,	que,	no	entanto,	não	causam
variações	nas	sequências	de	bases	de	nucleotı́deos	da	molécula	do	ácido	desoxirribonucleico.	Os	arquétipos
epigenéticos	 são	 condicionados	 pelas	 alterações	 do	 ambiente,	 as	 quais	 podem	 provocar	 mudanças	 no
fenótipo	que	serão	herdadas	pelos	descendentes.
Algumas	 caracterı́sticas	 que	 diferenciam	 a	 epigenética	 e	 a	 genética	 convencional:	 (1)	 a	 ser	 reversı́vel,	 (2)
sofrer	 implicações	 por	 conta	 da	 posição	 em	 que	 ocorre	 as	 modi�icações	 e	 a	 (3)	 possibilidade	 de	 ação	 a
distâncias	maiores	que	apenas	um	gene	(PEN� A;	LOYOLA,	2017).
Vejamos	a	seguir,	os	mecanismos	epigenéticos.	
2.2.2 Mecanismos epigenéticos
Há	alguns	mecanismos	relacionados	a	epigenética.	Aqui	destacamos	dois	principais:
alterações nas histonas;
nível de metilação do DNA. 
Sendo	que	ambos	estão	associados	a	variações	na	estrutura	das	ligações	covalentes	do	DNA.	Tais	estratégias
alteram	o	acesso	a	cromatina	para	o	controlar	a	transcrição	em	nı́vel	local	ou	global,	via	alterações	no	DNA	e
por	reestruturação	dos	nucleossomos	que	consistem	na	associação	da	molécula	de	DNA	e	proteı́nas	histonas
com	função	de	organizar	a	cromatina	(PEN� A;	LOYOLA,	2017).
VOCÊ QUER VER?
O	 �ilme	O	Quarto	 de	 Jack,	 dirigido	 por	 Lenny	 Abrahamson,	 é	 um	 drama	 que	 mostra
uma	mãe	que	viveu	con�inada	em	um	pequeno	quarto	com	seu	 �ilho,	por	cinco	anos.
Jack	 cresceu	 em	 um	 universo	 idealizado	 pela	 mãe,	 que	 apesar	 do	 encarceramento,
buscou	proporcionar-lhe	uma	vida	normal,	 tanto	quanto	possıv́el.	Em	dado	momento,
quando	 surge	 a	 possibilidade	 de	 sair	 do	 quarto,	 o	 medo	 do	 diferente	 aparece	 para
eles.	 Ou	 seja,	 o	 de	 enfrentamento	 do	mundo	 real.	 Nessa	 produção,	 baseada	 no	 livro
homônimo	 de	 Emma	 Donoghue,	 é	 mostrada	 a	 adaptação	 de	 uma	 criança	 em	 um
mundo	completamente	desconhecido	para	ela.	
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#PraCegoVer:	Na	parte	direita	superior	temos	a	histona,	representada	por	um	formato	circular	irregular,	com
pequenas	linhas	saindo	de	seu	interior,	chamadas	de	caudas.	Conectado	à	uma	linha	vermelha,	que	representa
o	 gene,	 o	 DNA	 está	 acessı́vel	 no	 nucleossomo.	 Entretanto,	 com	 a	 sequência	 do	 DNA,	 a	 cromatina,	 no	 lado
esquerdo	 inferior,	 é	 composta	 por	 sete	 histonas.	 Uma	 dessas	 sete	 histonas,	 possui	 um	 DNA	 inacessı́vel,
representado	por	uma	linha	vermelha	ao	redor	da	histona.	Isso	signi�ica	que	dessas	sete	histonas,	uma	possui
o	DNA	inacessı́vel,	por	conter	um	gene	inativo.
Os	 principais	 papéis	 desempenhados	 pelas	 células,	 como	 a	 estabilidade	 do	 genoma,	 a	 inativação	 do
cromossomo	X,	o	imprinting	gênico	e	a	reprogramação	de	genes	não	imprintados,	são	regulados	pelos
mecanismos	 epigenéticos.	 A	 plasticidade	 relacionada	 à	 exposição	 aos	 fatores	 endógenos	 ou	 exógenos,	 em
perı́odos	crı́ticos	que	modi�icam	de	forma	permanente	a	estrutura	e	a	função	particular	de	sistemas	orgânicos,
também	 estão	 sob	 atuação	 das	 estratégias	 epigenéticas.	 Assim,	 é	 possı́vel	 perceber	 que	 os	 eventos
epigenéticos	 são	 cruciais	 para	 o	 desenvolvimento	 normal	 e	 são	 essenciais	 para	 o	 estabelecimento	 da
programação	correta	da	expressão	gênica	(PEN� A;	LOYOLA,	2017).	
Figura	3	-	Principais	mecanismos	epigenéticos:	metilação	do	DNA	e	acetilação	das	histonas.
Fonte:	Mari-Leaf,	Shutterstock,	2020.
09/05/2023 13:54 Bases biológicas do comportamento humano
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E� 	 importante	 salientar	 que	 o	 alcoolismo	 pode	 estar	 associado	 a	 transmissão	 via	 genética	 convencional	 e
também	aos	mecanismos	epigenéticos,	cujo	os	gatilhos	podem	ser	os	hábitos	familiares,	exposição	às	drogas
na	vida	intrauterina	etc.
A	 organização	 nucleossômica	 está	 fortemente	 associada	 àexpressão	 gênica.	 Mudanças	 na	 estrutura	 da
cromatina	 in�luenciam	a	expressão	dos	genes.	Quando	a	cromatina	está	condensada,	os	genes	encontram-se
inativos,	 indisponı́veis	para	 serem	 lidos	 e	 copiados	 (COSTA;	PACHECO,	2013).	Diferentemente,	 quando	está
aberta,	não	condensada,	encontra-se	ativa,	e	assim	a	expressão	dos	genes	ocorre.	Esses	estados	dinâmicos	e
circunstanciais	da	cromatina	são	regulados	por	padrões	epigenéticos	reversı́veis	de	adição	de	radical	metil	ao
DNA	e	de	alterações	das	histonas	(PEN� A;	LOYOLA,	2017).
Há	 uma	 estreita	 relação	 entre	 a	 cromatina	 inativa	 e	 a	 metilação	 do	 DNA,	 visto	 que	 a	metilação	 silencia	 a
expressão	gênica.	Quando	poucos	radicais	metil	são	adicionados	ao	DNA	e	o	mesmo	estiver	hipometilado,	a
cromatina	se	encontrará	ativa,	possibilitando	a	transcrição	dos	genes.	No	entanto,	quando	muitos	radicais	de
metil	 forem	 adicionados	 à	 molécula	 de	 DNA,	 teremos	 o	 estado	 hipermetilado	 da	 molécula,	 na	 qual	 a
cromatina	estará	inativa	e	a	expressão	dos	genes	será	impedida	(PEN� A;	LOYOLA,	2017).
CASO
A	 seguir	 veja	 o	 relato	 de	 caso,	 de	 Garcia	 et	 al.	 (2007)	 sobre	 dois	 irmãos	 com
diagnóstico	genético	similar	no	que	diz	respeito	a	sıńdrome	alcoólica	fetal:
"Dois	irmãos	com	diagnóstico	da	Sıńdrome	Alcoólica	Fetal	(SAF):	S1,	sexo	feminino,	16
anos	 e	 S2,	 sexo	 masculino,	 8	 anos,	 alunos	 de	 escola	 especial,	 tiveram	 o	 per�il	 de
habilidades	de	comunicação	e	o	desempenho	testados.	Dados	de	avaliação	clıńica	com
S1	 mostraram	 prejuıźo	 grave	 de	 compreensão	 oral,	 não	 sendo	 capaz	 de	 seguir
instruções	 (verbal	 e	 gestual)	 simples.	 Não	 foi	 possıv́el	 obter	 dados	 relativos	 aos
desempenhos.	 Dados	 de	 avaliação	 clıńica	 com	 S2	 mostraram	 resultados	 bastante
diferentes.	 S2	 utiliza	 preferencialmente	 a	 fala	 para	 se	 comunicar,	 responde
perguntas,	 mantendo	 o	 tema	 e	 é	 capaz	 de	 seguir	 instruções	 verbais	 simples.
Entretanto,	 observou-se	 desempenho	 inferior	 ao	 esperado	 para	 idade	 em	 situações
que	 requeriam	 narrativa	 de	 fatos	 e	 eventos,	 indicando	 prejuıźos	 em	 aspectos
sintáticos	 e	 semânticos	 da	 linguagem.	 No	 teste	 de	 desempenho	 obteve	 pontuação
inferior	 a	 idade	 cronológica	 em	 quase	 todos	 os	 subtestes.	 O	 pior	 desempenho	 foi
observado	nos	subtestes	que	envolviam	habilidades	perceptivas	auditivas.	
Esses	resultados	indicam	que,	apesar	de	ambos	terem	o	mesmo	diagnóstico	genético
e	viverem	sob	as	mesmas	condições	 familiares,	o	per�il	 fonoaudiológico	difere.	Pode-
se	 especular	que	prejuıźos	mais	 graves	 em	habilidades	 comunicativas	de	 S1	podem
estar	 relacionados	 a	 nıv́eis	 mais	 elevados	 de	 exposição	 ao	 álcool	 durante	 etapas
crıt́icas	do	desenvolvimento	fetal."
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O	DNA	do	núcleo	está	associado	às	proteı́nas	denominadas	histonas,	formando	o	nucleossomo	que	consiste
na	unidade	básica	da	cromatina.	Cada	nucleossomo	apresenta	dois	complexos	 idênticos,	cada	um	composto
por	 4	 proteı́nas	 histonas	 (a	 H2A,	 H2B,	 H3	 e	 H4),	 formando	 um	 octâmero.	 Duas	 voltas	 do	 �ilamento	 da
molécula	de	DNA	juntam-se	nessa	estrutura,	que	também	apresenta	a	proteı́na	histona	H1	relacionada	ao	DNA,
favorecendo	sua	condensação	(PEN� A;	LOYOLA,	2017;	ALBERTS	et	al.,	2017).
As	alterações	das	histonas	controlam	as	funções	da	cromatina,	modi�icando	o	acesso	do	DNA	aos	múltiplos
fatores	(a	exemplo	das	enzimas	de	transcrição,	ou	pela	demanda	de	proteı́nas	especı́�icas	que	identi�icam	as
alterações	nas	histonas).	E� 	possı́vel	que	a	acetilação	das	histonas	H3	e	H4	em	determinadas	porções	do	DNA
seja	 um	 sinal	 frequente	 para	 ativar	 a	 cromatina	 e	 elevar	 o	 acesso	 do	 aparato	 de	 transcrição.	 Esse	 sinal	 é
retirado	pela	ação	enzimas	denominadas	desacetilases	de	histonas	que	implicam	condensação	da	cromatina
(PENA� ;	LOYOLA,	2017).
Assim,	 diferentemente	 do	 genoma,	 que	 é	 igual	 nos	 tipos	 celulares	 distintos,	 o	 epigenoma	 é	 dinâmico	 e	 se
modi�ica	de	uma	célula	para	outra.	Visto	que	corresponde	à	cromatina,	às	proteı́nas	histonas	e	aos	padrões	de
alterações	covalentes	do	DNA	obtidos	pela	metilação	ou	acetilação	das	histonas,		e	possibilitam	a	organização
e	manutenção	dos	programas	de	expressão	gênica	(PEN� A;	LOYOLA,	2017;	ANELLI,	2020).
	
VAMOS PRATICAR?
A	 epigenética	 é	 uma	 linha	 da	 genética	 relativamente	 recente	 q
possibilitado	compreender	melhor	a	integração	entre	o	contexto,	a	carga	
e	 o	 estilo	 de	 vida.	 De�ina	 epigenética	 e	 explique	 os	 dois	 principais	 mec
epigenéticos.
2.3 Influência da relação social na expressão genética
A	 expressão	 dos	 genes	 pode	 ser	 in�luenciada	 por	 múltiplos	 fatores,	 tanto	 endógenos,	 quanto	 exógenos.	 O
estilo	 de	 vida,	 assim	 como	 o	 padrão	 e	 a	 qualidade	 das	 relações	 sociais	 também	 fazem	 parte	 do	 rol	 de
elementos	que	aumentam	ou	diminuem	a	expressão	dos	genes	(MELLO-FILHO,	2010).
Há	alguns	estudos	que	corroboram	a	in�luência	dos	genes	no	comportamento,	mas	deixam	claro	o	quanto	as
relações	sociais	fortalecem	determinado	comportamento.	Mendes	et	al.	publicou	em	2009	um	estudo	que	traz
a	 seguinte	 contribuição	 no	 que	 diz	 respeito	 a	 in�luência	 para	 o	 desenvolvimento	 de	 comportamento
agressivo:	
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Os	 principais	 fatores	 biológicos	 encontrados	 foram:	 genéticos	 (baixa	 expressão	 do	 gene
monoaminaoxidase	 e	do	 gene	 transportador	de	 serotonina,	 variações	nos	 genes	 transportador	 e
receptor	de	dopamina),	exposição	a	substâncias	durante	o	desenvolvimento	intrauterino	(tabaco,
álcool	 e	 cocaı́na)	 e	 nutricionais	 (desnutrição	 infantil).	 Os	 principais	 fatores	 socioambientais
encontrados	foram:	maus	tratos	na	infância,	pobreza,	criminalidade	e	comportamento	antissocial
na	 infância,	 sendo	 que	 o	 maior	 nı́vel	 de	 evidência	 esteve	 relacionado	 à	 negligência	 precoce.	 A
interação	 entre	 fatores	 biológicos	 e	 ambientais	 pode	 ser	 catalisada	 por	 um	 ambiente	 hostil
aumentando	os	riscos	para	o	desenvolvimento	de	comportamentos	agressivos.
Isto	 é,	 os	 fatores	 socioambientais,	 como	maus	 tratos	e	 comportamento	antissociais,	 favorecem	a	expressão
dos	genes,	nesse	caso,	um	dos	fatores	biológicos.
A	 busca	 forçada	 e	 permanente	 pela	 homeostase,	 leia-se	 equilı́brio	 dinâmico,	 frente	 aos	múltiplos	 desa�ios
psicossociais	 e	 aos	 ambientes	 inadequados	 ao	 bem-estar)	 provoca	 um	 prejuı́zo	 estrutural	 e	 funcional	 ao
organismo.	Entre	os	diversos	aspectos	que	favorecem	a	homeostase,	encontram-se	os	genes,	as	experiências	e
desenvolvimento	precoces,	bem	como	os	comportamentos	aprendidos	que	implicam	opções	de	vida	no	que
diz	respeito	aos	hábitos	alimentares,	corpo	e	movimento,	etc.	Todos	esses	aspectos	favorecem	a	forma	como
os	sistemas	reagem	e	produzem	os	mediadores	envolvidos	na	�isiologia	do	estresse.	
Assim,	 a	 homeostase	 é	 re�lexo	 parcial	 da	 pouca	 e�iciência	 genética	 em	 vivenciar	 com	 os	 estressores
incomuns,	 os	 desa�ios	 e	 rotinas	 da	 vida	 diária,	 a	 exemplo	 da	 sede,	 fome,	 necessidade	 de	 dormir,	 e	 as
implicações		�isiológicas	indesejadas	proveniente	de	dieta	não-saudável,	como	por	exemplo,	o	sedentarismo,
uso	abusivo	de	álcool	ou	outras	drogas	(MELLO	et	al.,	2009).
2.3.1 Autismo, genética e psicoterapia
VOCÊ SABIA?
De	acordo	com	Mendes	e	Lazzari	 (2019),	em	seres	humanos	 foram	identi�icadas
relações	 entre	 o	 estresse	 pré-natal	 e	 perinatal	 e	 transtornos	 psiquiátricos	 e	 de
desenvolvimento.	 O	 cuidado	 materno	 negligente	 caracteriza	 um	 fator	 de	 risco
para	 o	 desenvolvimentode	 transtornos	 mentais,	 especialmente	 os	 que	 incluem
sintomas	de	desordem	social,	devido	a	produção	insu�iciente	de	ocitocina	(potente
mediador	das	interações	sociais,	con�iança	e	controle	da	ansiedade).
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O	transtorno	do	 espectro	 autista	 (TEA)	 é	 uma	 condição	 neurológica	 cujo	 inı́cio	 se	 dá	 precocemente.	 As
di�iculdades	associadas	ao	distúrbio	comprometem	o	desenvolvimento	do	indivı́duo,	de	modo	variado	e	com
diferentes	intensidades.	Comumente	apresenta	comportamentos	e	interesses	repetitivos	e	limitados,	além	de
possuir	as	habilidades	sociais	e	comunicativas	comprometidas	(ZANON	et	al.,	2014).
	
#PraCegoVer:	 �iguras	 ilustradas	 representando	 os	 diversos	 sinais	 e	 sintomas	 do	 autismo.	 A	 saber:
di�iculdade	 de	 aprendizagem,	 atraso	 no	 desenvolvimento	 da	 fala,	 transtorno	 obsessivo-compulsivo,
hiperatividade,	dispraxia,	transtorno	do	dé�icit	de	atenção	e	hiperatividade	(TDAH),	depressão,	não	responde,
prefere	jogar	sozinho,	problema	do	sono,	epilepsia,	rejeita	abraços.
	
O	autismo	 é	 caracterizado	 como	 profundamente	 genético,	 com	 herdabilidade	 estimada	 superior	 a	 90%.	 O
papel	central	dos	genes	na	�isiopatologia	do	autismo	e	suas	comorbidades	vem	sendo	investigado	há	alguns
anos.	 Mesmo	 que	 os	 cálculos	 tenham	 sido	 realizados	 sem	 o	 conhecimento	 dos	 genes	 responsáveis	 pelo
transtorno,	os	dados,	ainda	assim,	são	robustos.	Na	perspectiva	de	estudos	com	gêmeos,	em	relação	ao	TEA,
os	 números	 observados	 de	 concordância	 para	 o	 autismo	 clássico	 são	 de	 60%	 em	 gêmeos	 monozigóticos
contra	 0%	 em	 gêmeos	 dizigóticos.	 Seria	 esperado	 que	 a	 porcentagem	 no	 caso	 dos	 irmãos	 fraternos	 fosse
próxima	 do	 ı́ndice	 de	 recorrência	 de	 irmãos,	 caso	 a	 amostra	 fosse	 maior.	 Para	 diagnósticos	 de	 espectro,
considerando	 os	 três	 nı́veis	 (leve,	 moderado	 e	 severo),	 os	 ı́ndices	 de	 concordância	 são	 de	 92%	 contra
10%,	valores	altamente	discrepantes	que	sugerem	componente	genético	forte	do	risco	de	se	ter	o	transtorno.
Figura	4	-	Autismo:	sinais	e	sintomas.
Fonte:	Leremy,	Shutterstock,	2020.
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Diante	 do	 que	 está	 posto	 sobre	 o	 autismo,	 especi�icamente	 sobre	 o	 condicionamento	 genético,	 tem	 sido
relatado	por	diversos	cientistas	o	quanto	as	intervenções	precoces	são	e�icientes	para	que	os	comportamentos
tı́picos	 do	 autismo	 sejam	 superados.	 Seja	 no	 âmbito	 pro�issional	 ou	 familiar,	 com	 aplicação	 de	 estratégias
úteis	em	atrair	a	criança	autista	e	aplicação	de	atividades	adequadas,	é	possı́vel,	através	das	relações	sociais
saudáveis	 estabelecidas,	 promover	 o	 desenvolvimento	 da	 criança	 dentro	 do	 transtorno	 do	 espectro	 autista
(TEA)	(SALLY	et	al.,	2012).
2.3.2 Esquizofrenia, genética e a conversação
Segundo	Amorim	(2018)	e	Kaplan	et	al.	(2017),	a	esquizofrenia,	uma	doença	mental	crônica,	 é	caracterizada
por	distorções	do	pensamento	e	 também,	da	percepção.	Relacionadas,	na	maior	parte	do	 tempo,	a	um	afeto
embotado	ou	inadequado.	
VOCÊ O CONHECE?
Um	dos	especialistas	mais	importantes	em	autismo	da	Flórida	é	brasileiro.	Domiciliado
nos	EUA	há	mais	de	30	anos,	o	neurologista	Carlos	Gadia	é	sumidade	nesse	transtorno
que	impacta	a	interação	social	e	a	comunicação.	Gadia	está	na	direção	médica	do	Miami
Childrens	Hospital	USA,	um	dos	centros	de	referência	mundial	em	autismo.		
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#PraCegoVer:	 �iguras	 ilustradas	 representando	 os	 diversos	 sinais	 e	 sintomas	 da	 esquizofrenia.	 A	 saber:
alucinações,	paranoia,	delı́rios,	movimentos	anormais,	falta	de	concentração,	falta	de	motivação,	medicação,
ausência	de	expressões	faciais,	comportamento	bizarro,	apoio	emocional,	aconselhamento.
	
A	causa	do	desenvolvimento	da	esquizofrenia	tem	sido	apresentada	em	estudos	de	genética	epidemiológica,
com	uma	contribuição	de	oito	décadas	de	pesquisa,	con�irmando	a	in�luência	da	genética	para	o	transtorno.	A
partir	 de	 1980,	 diversos	 estudos	 moleculares	 buscaram	 identi�icar,	 com	 exatidão,	 os	 genes	 relativos	 à
suscetibilidade	para	esquizofrenia.
A	partir	dos	estudos	de	genética	e	de	fatores	de	risco	para	esquizofrenia,	 é	possı́vel	concluir,	de	acordo	com
Vallada	Filho	e	Samaia	(2000),	e	Rangel	e	Santos	(2013)	que
Figura	5	-	Esquizofrenia:	sinais	e	sintomas.
Fonte:	Leremy,	Shutterstock,	2020.
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As	pessoas	com	esquizofrenia	sentem-se	frequentemente	desajustadas,	necessitando	de	ajuda	para	de�inição
de	suas	habilidades,	interesses	e	talentos.	Através	de	um	processo	de	reabilitação	psicossocial,	é	oferecida	a
oportunidade	de	mobilizar	o	seu	nı́vel	potencial	de	funcionamento	pessoal	e	social,	sendo	a	conversação	uma
ferramenta	crı́tica	para	a	comunicação	com	o	outro.
O	 enfermeiro	 Carlos	 Melo-Dias	 publicou	 em	 2015	 sua	 a	 tese	 de	 doutorado,	 cujo	 objetivo	 foi	 investigar	 o
desenvolvimento	 de	 práticas	 sistematizadas,	 a	 �im	 de	 recuperar	 pessoas	 com	 doença	 mental	 de
comprometimento	grave,	favorecendo	a	migração	do	ambiente	controlado,	previsı́vel	e	seguro	da	clı́nica,	para
o	ambiente	imprevisı́vel	da	comunidade.	Como	resultados	encontrados,	Melo-Dias	(2015)	relata	a	construção
da	relação	de	con�iança	essencial	entre	terapeuta	e	usuários,	a	personalização	e	individualização	dos	perı́odos
e	dos	assuntos	a	serem	debatidos	em	cada	etapa	da	formação.	Foram	encontradas	melhorias	estatisticamente
signi�icativas	 no	 que	 diz	 respeito	 a	 enfrentar	 a	 ansiedade	 e	 o	 estresse,	 a	 noção	 de	 auto	 e�icácia	 e	 do
desempenho	 pessoal	 e	 social.	 O	 autor	 salienta	 que	 as	 melhorias	 foram	 signi�icativas,	 apenas	 quando
considerados	os	subgrupos	de	participantes	do	grupo	experimental,	e	em	alguns	momentos,	de	avaliação	pós-
formação	e/ou	follow-up.	Assim,	é	possı́vel	concluir	que	há	um	impacto	na	melhoria	da	gestão	do	estresse	e
na	 auto	 avaliação	 das	 capacidades,	 bem	 como,	 no	 funcionamento	 pessoal	 e	 social	 observado	 pelos
cuidadores.
Assim	 temos,	 novamente,	 a	 in�luência	 das	 relações	 sociais	 sobre	 a	 expressão	 gênica.	 A	 estratégia	 de
conversação	orientada,	uma	dentre	tantas	outras	possibilidades	de	atividades	pertinentes	às	relações	sociais,
provoca	mudanças	 satisfatórias	 em	pessoas	 com	 esquizofrenia,	 transtorno	 com	 forte	 in�luência	 genética.	 A
partir	 da	 conversação,	 estruturada	 e	mediada	 pelo	 pro�issional	 de	 saúde,	 ocorrem	 alterações	 na	 expressão
gênica	 que	 geram	 mudanças	 �isiológicas	 que	 re�letem	 em	 conforto	 e	 bem-estar	 dos	 indivı́duos	 com	 o
transtorno.	
a)
estudos	 com	 famı́lias,	 gêmeos	 e	 adotados	 indicam	 a	 existência	 do	 componente
genético	para	esquizofrenia;
b)
estima-se	que	o	componente	genético	 represente	de	70%	a	80%	da	suscetibilidade
total	para	desenvolver	a	doença;	
c)
os	 estudos	 de	 genética	 molecular	 (de	 ligação	 e	 de	 associação)	 encontram-se	 em
andamento,	tendo	apresentado	até	o	momento	apenas	resultados	sugestivos;		
d)
fatores	 pré	 e	 perinatais	 parecem	 aumentar	 o	 risco	 para	 o	 desenvolvimento	 da
esquizofrenia;		
e)
por	ser	uma	doença	complexa	e	comum,	a	esquizofrenia	é,	muito	provavelmente,	um
transtorno	etiologicamente	heterogêneo,	isto	é,	devem	existir,	por	exemplo,	casos	de
esquizofrenia	da	forma	"genética"e	da	forma	"ambiental".	
2.4 O papel dos genes na determinação do comportamento 
Então,	 caro	 estudante,	 conforme	 o	 que	 foi	 visto	 nesta	 unidade,	 o	 que	 você	 pensa	 sobre	 a	 determinação	 do
comportamento?	 Aliás,	 determinação...	 seria	 esse	 o	 termo	 mais	 adequado?	 Ou	 poderı́amos	 falar	 em
condicionamento	ou	in�luência?
Assim,	 não	 deixarı́amos	 de	 lado	 os	múltiplos	 fatores	 que	 também	 dizem	 respeito	 ao	 comportamento,	 seja
patológico,	 normal	 ou	 saudável.	Quais	 outros	 fatores	 seriam	esses,	 também	 responsáveis	por	 in�luenciar	 o
comportamento?
Neste	tópico,	o	nosso	objetivo	será	tratar	da	função	dos	genes	no	comportamento.	
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Para	tanto,	iremos	tratar	de	caracterı́sticas	comportamentais	e	de	comportamento	associado	ao	transtorno.
Vamos	lá?
2.4.1 Inteligência e personalidade
Temas	 curiosos	 e	 intrigantes,	 dentre	 tantos	 outros,	 são	 a	 inteligência	e	 a	personalidade.	 Ao	 conjunto	 de
habilidades	 intelectuais	 mensuradas	 através	 de	 testes,	 que	 normalmente	 avaliam	 as	 áreas	 verbais	 e	 de
desempenho,	 denominamos	 inteligência.	 Na	 área	 verbal	 são	 consideradas	 as	 funções:	 �luência	 verbal,
vocabulário,	 raciocı́nio,	 habilidade	 numérica	 e	 compreensão.	 Quando	 tratamos	 de	 desempenho,	 aspectos
relacionados	a	percepção	espacial,	rapidez	e	exatidão	são	importantes.
Dentre	 as	 diversas	 caracterı́sticas	 do	 comportamento,	 a	 inteligência	 se	 destaca.	 No	 entanto,	 o	 que	 se	 pode
considerar	 sobre	o	 seu	 condicionamento	genético	 é	 que	 existem	muitos	 genes	 relacionados,	 caracterizando
um	 tipo	 de	 herança	 multifatorial.	 Salientando	 que	 algumas	 habilidades	 parecem	 sofrer	 mais	 in�luência
genética	do	que	outras.	Em	ordem	crescente,	temos:	raciocı́nio	verbal,	habilidades	numéricas,	�luência	verbal,
vocabulário	e	relações	espaciais.
E� 	 importante	lembrar	que	a	escolarização	in�luencia	bastante	nos	múltiplos	aspectos	da	inteligência.	Outros
fatores	 ambientais	 importantes	 são:	 nutrição,	 estimulação	 precoce,	 ordem	 de	 nascimento	 e	 tamanho	 da
famı́lia,	atitudes	dos	genitores	e	relações	interpessoais.
Estudar	 a	 personalidade,	 considerando	 a	 genética,	 é	 mais	 árduo	 do	 que	 desbravar	 os	 elementos	 da
inteligência.	 Possivelmente,	 o	 seu	 modo	 de	 herança	 também	 é	 multifatorial.	 Para	 testá-la,	 devem	 ser
considerados	aspectos	relacionados	à	cultura,	considerando	os	extremos	introversão	e	extroversão.	No	estudo
apresentado	por	Borges-Osório	e	Robinson	(2013),	com	45	pares	de	gêmeos	univitelinos	e	46	de	bivitelinos
sobre	 personalidade,	 foi	 encontrado	 que	 as	 dimensões	 da	 emotividade	 e	 repercussão	 das	 impressões
apresentaram	herdabilidade	de	48%	e	47%,	respectivamente.
Outros	 estudos	 têm	 se	 dedicado	 a	 um	 modelo	 de	 personalidade	 que	 contempla	 os	 seguintes	 fatores:
capacidade	 de	 externar	 os	 sentimentos,	 capacidade	 de	 concordar,	 desejo	 de	 realizar,	 negatividade	 e
inteligência.	 Assim,	 é	 considerado	 que	 a	 personalidade	 global,	 que	 abrange	 esses	 fatores,	 apresenta	 uma
herdabilidade	de	50%	(BORGES-OSO� RIO;	ROBINSON,	2013).
2.4.2 Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e seus
aspectos genéticos
O	 transtorno	 de	 dé�icit	 de	 atenção	 e	 hiperatividade	 (TDAH)	 é	 caracterizado	 por	 uma	 desordem	 do
desenvolvimento	do	autocontrole	que	 interfere	na	atenção,	no	 controle	de	 impulsos	e	no	nı́vel	de	atividade
(SIGNOR;	 SANTANA,	 2016).	 Tem	 sido	 reconhecido	 como	 um	 transtorno	 do	 desenvolvimento	 neurológico,
com	impacto	sobre	o	comportamento.	O	transtorno	e	a	validade	do	seu	diagnóstico	carecem	da	investigação
dos	 seus	 aspectos	 biológicos	 e	 cerebrais	 bem	 como	 dos	 cálculos	 de	 seu	 risco	 potencial.	 Apesar	 da	 causa
especı́�ica	do	TDAH	ainda	estar	sob	investigação,	há	evidências	que	relacionam	as	vastas	estruturas	cerebrais
e	neuroquı́micas,	que	não	são	os	únicos	fatores	in�luenciadores	do	desenvolvimento	do	transtorno,	mas	sem
sombra	de	dúvidas,	são	os	mais	importantes	(SILVA,	2014).
A	 causa	 do	 TDAH	 é	 multifatorial,	 isto	 é,	 o	 fenótipo	 do	 transtorno	 é	 resultante	 da	 interação	 de	 diversos
elementos	biológicos,	genéticos,	neurológicos	e	ambientais	que	desempenham	um	papel	na	manifestação	dos
variados	 quadros	 clı́nicos.	 A	 partir	 das	 pesquisas	 na	 área	 de	 neurologia,	 com	 uso	 de	 exames	 de	 imagem
encefálica,	como	ressonância	magnética	e	os	achados	de	redução	da	atividade	neural	na	região	frontal,	córtex
cingulado	 anterior	 e	 nos	 gânglios	 da	 base	 de	 pessoas	 com	 TDAH	 e	 estudos	 de	 biologia	 molecular,	 a
compreensão	 e	 o	 diagnóstico	 tem	 �icado	menos	difı́cil	 (PICON,	 2014).	O	 transtorno	de	 dé�icit	 de	 atenção	 e
hiperatividade	é	reconhecido	como	uma	caracterı́stica	genética	complexa	e	não	pode	ser	justi�icado	somente
por	 fatores	 culturais	 e	 ambientais,	 visto	 que	 a	 interação	 entre	 variantes	 genéticas	 combinadas	 à	 exposição
ambiental	 e	eventos	 casuais,	 auxiliam	a	desencadear,	 antecipar	ou	 resguardar	 contra	o	 transtorno	 (SANTOS;
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VASCONCELOS,	 2001).	 Por	 este	 motivo,	 os	 integrantes	 da	 mesma	 famı́lia	 partilham	 mais	 informações
genéticas	 e	 exposições	 ambientais	 do	 que	 os	 indivı́duos	 escolhidos	 ao	 acaso	 na	 população.	 Sendo	 que	 os
indivı́duos	afetados	por	herança	consanguı́nea,	são	mais	suscetı́veis	às	interações	gene-gene	e	gene-ambiente
e	à	apresentarem	o	transtorno	no	probando,	do	que	em	indivı́duos	não	relacionados	a	ele.
2.5 Modelos animais de experimentação
E� 	 tão	 bom	 ter	 respostas	 para	 as	 nossas	 inquietações,	 para	 as	 demandas	 que	 assolam	 as	 comunidades
humanas,	não	é	mesmo?
Na	 psicologia	 comportamental,	 área	 que	 se	 dedica	 ao	 desenvolvimento	 e	 aplicação	 de	métodos	 que	 façam
observação	 das	 atitudes	 fı́sicas	 e	mentais	 dos	 indivı́duos,	 há	 uma	 busca	 pela	 compreensão	 das	 emoções	 e
pensamentos	 das	 pessoas.	 O	 objetivo	 dessa	 abordagem	 cientı́�ica,	 perpassa	 as	 sensações,	 percepções,
aprendizagens	e	inteligências	que	implicam	no	modo	de	ser	de	um	indivı́duo.
Para	 tanto,	 seriam	 necessários	 métodos	 de	 observação	 ou	 métodos	 experimentais.	 Essa	 segunda
possibilidade,	nos	auxilia	 à	responder	algumas	perguntas	surgidas	na	comunidade	cientı́�ica,	no	 âmbito	dos
comportamentos	 normais	 e	 patológicos.	 No	 entanto,	 há	 muitos	 aspectos	 à	 serem	 considerados	 como	 a
amostra,	sobretudo	os	que	dizem	respeito	a	ética.	Seriam	testados	os	humanos?	Os	cientistas	submeteriam	os
indivı́duos	 das	 amostras,	 às	 manipulações	 e	 condicionamentos	 necessários?	 Uma	 grande	 saı́da	 é	 o
experimento	com	animais.
	
#PraCegoVer:	 a	 imagem	 apresenta	 um	 camundongo,	 com	 pelagem	 de	 cor	 branca,	 recebendo	 medicação
endovenosa	ao	lado	de	alguns	comprimidos.	
A	compreensão	dos	fenômenos	associados	aos	transtornos	psiquiátricos	é	de	grande	valia,	sobretudo	àqueles
que	se	tornaram	demanda	de	saúde	pública.	Entender	para	diagnosticar	e	tratar	de	forma	acertada	são	etapas
cruciais	para	o	alcance	da	qualidade	de	vida	do	indivı́duo	portador	das	doenças,	bem	como	de	seus	familiares.	
Dessa	forma,	nos	dedicaremos	a	esses	assuntos	no	tópico	a	seguir.
Figura	6	-	Animal	em	experimentação
Fonte:	Artufully	Photographer,	Mediapool,	2017.
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2.5.1 Modelos animais para transtornos psiquiátricos 
Há	possibilidadede	usar	os	modelos	animais	em	todos	os	campos	da	pesquisa	biológica.	Considerando	os
modelos	experimentais,	é	essencial	conceituar	a	patologia	animal,	aquela	cujos	mecanismos	patológicos	são
su�icientemente	semelhantes	àqueles	de	uma	doença	humana,	con�igurando	assim	um	modelo	adequado.	Essa
referência	 animal,	 necessariamente,	 deve	 viabilizar	 a	 investigação	 de	 fenômenos	 biológicos	 naturais,
induzidos	ou	comportamentais,	comparáveis	aos	fenômenos	humanos	em	estudo	(WATANABE	et	al.,	2014).	
Na	 Idade	 Média,	 os	 animais	 de	 laboratório	 eram	 utilizados	 como	 meros	 "instrumentos	 de	 trabalho",
colaborando	 na	 busca	 pelo	 diagnóstico	 de	 pesquisas	 distintas,	 sem	 considerar	 os	 aspectos	 sanitários	 e
genéticos.	Com	o	avanço	cientı́�ico,	essas	condições	passaram	a	ser	exigências,	necessitando	a	criação	de	uma
especialidade,	a	ciência	em	animais	de	laboratório.	
Nos	dias	atuais	os	pesquisadores	exigem	que	os	animais	estejam	sob	condições	ideais,	que	sejam	criados	em
ambiente	controlado,	para	que	sejam	atendidos	os	parâmetros	de	qualidade	sanitária	e	genética,	visto	que	são
"reagentes	biológicos",	e	os	resultados	dos	experimentos	podem	ser	in�luenciados	pelas	condições	em	que	os
indivı́duos	pesquisados	se	encontram	(NEVES	et	al.,	2013).
Além	disso,	quanto	mais	uniformes	forem	os	animais,	no	que	diz	respeito	às	variáveis	ambientais,	genéticas	e
experimentais,	 menor	 vai	 ser	 a	 quantidade	 amostral	 mı́nima	 de	 animais	 necessários	 para	 a	 pesquisa	 ser
realizada.	 Dessa	 forma,	 os	 animais	 utilizados	 em	 experimentos,	 podem	 ser	 classi�icados	 de	 acordo	 com	 a
condição	sanitária,	o	genótipo	e	o	modelo	experimental	(DAMY	et	al.,	2010).
Os	 modelos	 animais	 usados	 para	 investigar	 os	 transtornos	 psiquiátricos	 abrangem	 estudos	 sobre
esquizofrenia,	 depressão,	 ansiedade,	 transtorno	 do	 espectro	 autista	 etc.	 que	 acometem	 uma	 parcela
signi�icativa	da	população	mundial.	Apesar	de	alcançar	um	amplo	número	de	pessoas	e	criar	uma	demanda	de
saúde	 pública,	 os	 estudos	 que	 envolvem	 essas	 doenças	 são	 raros	 e	 desenvolvidos	 lentamente.	 Por	muitos
anos,	a	neurobiologia	esteve	dedicada	ao	estudo	do	papel	das	regiões	encefálicas	e	as	 limitações	 éticas	e	de
ordem	prática.	Assim,	os	modelos	animais	enfrentaram	esse	desa�io	e	produziram	resultados	não-invasivos
ao	investigar	as	estruturas	e	funções	neurais.
2.5.2 Implicações éticas nos experimentos com animais
Os	modelos	experimentais	com	animais	possibilitam	o	conhecimento	dos	aspectos	�isiológicos,	a	causa	das
doenças	e	da	ação	das	drogas	medicamentosas	que	estão	diretamente	associadas	às	condutas	terapêuticas.	No
Brasil,	a	atenção	à	ética	para	o	uso	de	animais	para	�ins	cientı́�icos	foi	consolidada	com	a	Lei	nº	11.794/2008,
a	 qual	 de�ine	 os	 procedimentos	 éticos,	 contemplando	 os	 aspectos	 sanitários,	 genéticos	 e	 experimentais.
Assim,	 a	 aplicação	 da	 ética	 no	 uso	 de	 animais	 para	 �ins	 cientı́�icos	 e	 a	 obtenção	 de	 dados	 robustos	 e	 de
qualidade	 contribuem	 de	 forma	 signi�icativa,	 uma	 vez	 que	 fornecem	 subsı́dios	 para	 relacionar	 aspectos
�isiopatológicos	e	a	clı́nica	do	usuário	(GUIMARA� ES	et	al.,	2016;	WATANABE	et	al.,	2014).
Os	 princı́pios	 éticos	 e	 do	 bem-estar	 animal,	 conduziram	 ao	 estabelecimento,	 os	 preceitos	 dos	 três	 R:
reposição,	redução	e	re�inamento.	A	pesquisa	realizada	a	partir	de	experimentos	com	animais	faz	com	que
os	ambientes	sejam	controlados	para	o	atendimento	dos	parâmetros	sanitários	e	genéticos,	os	quais	garantem
a	 uniformidade	 quando	 consideramos	 as	 variáveis	 ambientais,	 genéticas	 e	 experimentais.	 E� 	 importante
salientar	 que	 a	 prioridade	 da	 pesquisa	 é	 o	 bem-estar	 dos	 animais	 de	 laboratório,	 sendo	 que	 deve	 haver
respeito	 aos	 seus	 direitos,	 conforme	 a	 Lei	 nº	 11.794/2008	 que	 de�ine	 os	 procedimentos	 para	 �ins	 de	 uso
cientı́�ico	 de	 animais.	 Assim,	 a	 pesquisa	 experimental	 com	 animais	 pode	 se	 tornar	 contribuições
inquestionáveis	 e	 oferecer	 subsı́dios	 conceituais	 para	 relacionar	 mecanismos	 �isiopatológicos,	 ação	 de
medicamentos	e	a	clı́nica	do	paciente.	(WATANABE	et	al.,	2014).
2.5.3 Estudo de caso: exercício físico na memória e comportamento
ansioso de camundongos expostos à separação materna
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A	exposição	ao	estresse	no	perı́odo	inicial	da	vida	está	relacionada	a	psicopatologias	distintas	na	idade	adulta,
a	exemplo	dos	transtornos	de	humor	e	ansiedade.	Em	estudos	com	modelos	animais,	o	padrão	de	separação
mãe-�ilhote	 é	muito	utilizado	para	avaliar	as	 implicações	em	longo	prazo	do	estresse	na	fase	inicial	da	vida
(QUARANTINI	 et	 al.,	 2009).	 Ponderando	 os	 efeitos	 adversos	 do	 estresse	 no	 desenvolvimento,	 surgem
evidências	que	a	atividade	fı́sica	atenuaria	ou	até	mesmo	reverteria	os	efeitos	deletérios	do	estresse	(FREITAS
et	al.,	2014).	Em	2015,	Wearick-Silva	publicou	um	estudo	no	qual	se	propôs	a	avaliar	o	impacto	do	exercı́cio
fı́sico	no	comportamento	ansioso	e	memória	espacial	de	camundongos	fêmeas	expostas	a	separação	materna.
Como	método	utilizado	apresentou:
Os	�ilhotes	foram	expostos	a	um	protocolo	de	separação	materna	no	qual	eram	separados	da	mãe
diariamente	 por	 180	minutos,	 do	 segundo	 dia	 pós	 natal	 (P2)	 ao	 P15.	 O	 protocolo	 de	 exercı́cio
fı́sico	 foi	 realizado	 no	 P24,	 e	 consiste	 em	 uma	 semana	 de	 habituação	 a	 esteira	 elétrica	 e	 três
semanas	 de	 exercı́cio,	 com	 5	 sessões	 por	 semana	 de	 60	 minutos	 cada,	 a	 uma	 velocidade	 de
10m/min.	 O	 comportamento	 no	 teste	 de	 campo	 aberto	 foi	 avaliado	 para	 investigar	 a	 atividade
locomotora	e	o	comportamento	ansioso.	O	teste	de	reconhecimento	de	objetos	foi	realizado	para
investigar	o	efeito	do	exercı́cio	e	da	separação	materna	na	memória	espacial.	
Com	 o	 estudo,	 foi	 possı́vel	 concluir	 que	 provavelmente	 a	 interpelação	 do	 caminho	 normal	 do
desenvolvimento	seja	malé�ica	para	um	adequado	desenvolvimento	e	pode	causar	di�iculdades	cognitivas	e
comportamentais	na	fase	adulta.	Ademais,	a	participação	precoce	em	programa	de	exercı́cios	fı́sicos	pode	ser
e�icaz	na	reversão	dos	prejuı́zos	causados	pelo	estresse	na	fase	inicial	da	vida	(WEARICK-SILVA,	2015).
Conclusão
Nesta	 unidade,	 nos	 debruçamos	 sobre	 a	 contribuição	 da	 genética	 para	 compreender	 o	 comportamento
humano.	Conhecemos	como	a	epigenética	é	in�luenciada	pela	relação	entre	comportamento	e	ambiente,	além
de	entendermos	a	 importância	do	contexto	social	para	 identi�icar	 transtornos	comportamentais	e	genéticos.
Por	�im,	aprendemos	como	funciona	e	o	que	rege	os	princı́pios	para	a	experimentação	animal.		
Nesta	unidade,	você	teve	a	oportunidade	de:
conhecer os estudos genéticos do comportamento humano;
compreender a relação entre comportamento, ambiente e genes
através da epigenética;
entender a influência da relação social na expressão genética;
estudar o papel dos genes na determinação do comportamento e
modelos animais de experimentação.
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Bibliografia
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