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Exercícios - Filosofia da Educação - UNIDADE 4 - Aproximações entre educação e filosofia - questões que permeiam a atualidade do processo formativo

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Exercícios - Filosofia da Educação - UNIDADE 4 - Aproximações entre educação e 
filosofia: questões que permeiam a atualidade do processo formativo 
 
Questão 1 
Respondida 
"Costuma-se pensar a educação do ponto de vista da relação entre a ciência e a 
técnica ou, às vezes, do ponto de vista da relação entre teoria e prática. Se o par 
ciência/técnica remete a uma perspectiva positiva e retificadora, o par 
teoria/prática remete sobretudo a uma perspectiva política e crítica. De fato, 
somente nesta última perspectiva tem sentido a palavra 'reflexão' e expressões 
como 'reflexão crítica', 'reflexão sobre prática ou não prática', 'reflexão 
emancipadora' etc. Se na primeira alternativa as pessoas que trabalham em 
educação são concebidas como sujeitos técnicos que aplicam com maior ou 
menor eficácia as diversas tecnologias pedagógicas produzidas pelos cientistas, 
pelos técnicos e pelos especialistas, na segunda alternativa estas mesmas pessoas 
aparecem como sujeitos críticos que, armados de distintas estratégias reflexivas, se 
comprometem, com maior ou menor êxito, com práticas educativas concebidas na 
maioria das vezes sob uma perspectiva política." BONDíA, Jorge Larrosa. Notas sobre 
a experiência e o saber da experiência. 2002. In: Scielo. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n19/n19a02.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2017. 
A partir das ideias de Jorge Larrosa Bondía, contidas no trecho acima, assinale a 
alternativa correta. 
 Quando pensada a partir da relação teoria e prática, a educação pode ser 
vista em uma perspectiva reflexiva e crítica. 
 A relação ciência e técnica se refere a uma perspectiva de educação crítica. 
 Os sujeitos técnicos são aqueles que passaram por uma educação voltada 
para a reflexão entre teoria e prática. 
 Os sujeitos críticos são aqueles que passaram por uma educação voltada para 
a ciência e a técnica. 
 Ciência e técnica, teoria e prática são todos elementos que contribuem para 
se pensar uma educação reflexiva e crítica. 
Quando pensada a partir da relação teoria e prática, a educação pode ser vista 
em uma perspectiva reflexiva e crítica. Bondía ainda aponta que, a partir daí, pode-
se pensar uma educação para a formação de sujeitos críticos e não puramente 
afinados com a técnica. 
 
Questão 2 
Respondida 
1. “Em Jerusalém, Hannah Arendt presenciou o julgamento de um homem 
comum, cumpridor dos seus deveres, que não aparentava ser um sádico, não 
era um fanático de alguma ideologia e que cometeu o crime tão atroz de 
enviar milhares de seres humanos para serem executados. O único traço de 
sua personalidade que, de fato, chamou sua atenção foi a total irreflexão. 
Naquele momento, ela se perguntou se haveria alguma relação entre 
cometer aqueles crimes e a absoluta incapacidade de pensar, tão evidentes 
nas reações de Eichmann.” 
2. 
JARDIM, Eduardo. Hannah Arendt: pensadora da crise e de um novo início. Rio de 
Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. p. 113-114. 
Sobre as afirmações contidas no trecho, analise as seguintes sentenças: 
1963. I. O texto faz referência ao julgamento do carrasco nazista Adolf 
Eichmann, acusado de crime contra a humanidade, a que Hannah Arendt 
assistiu, em 1961, em Jerusalém, cujas anotações, feitas por ela no tribunal, 
serviram de base para seu livro Eichmann em Jerusalém, publicado em 1963. 
1964. II. Hannah Arendt entendia o perdão como única solução para algumas 
ações humanas, razão pela qual, ao assistir ao julgamento de um carrasco 
nazista, responsável por enviar milhares de judeus para o campo de 
concentração durante a Segunda Guerra, ela o perdoou, por entender que 
ele cumpria ordens de seus superiores. 
1965. III. O trecho descreve a sensação que Hannah Arendt experimentou 
durante o julgamento do nazista Adolf Eichmann, acusado de crimes de 
guerra, da qual resultou a expressão “banalidade do mal”, que expressa a 
insensibilidade moral, o mal burocratizado, sem consciência de sua natureza 
maléfica. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a correta: 
 
1. Todas as afirmativas estão incorretas. 
 
1. Apenas as afirmativas I, II estão corretas. 
 
1. Todas as afirmativas estão corretas. 
 
1. Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
 Apenas as afirmativas I e III estão corretas. 
Durante o julgamento do carrasco nazista Adolf Eichmann, Hannah Arendt cunhou 
a expressão “banalidade do mal”, modificação de um termo que ela havia usado 
em um livro anterior, “mal radical”, para qualificar o nazismo, mas que, segundo ela, 
não dava conta de abranger o que assistira no tribunal. A questão predominante 
na questão não é exatamente o perdão, mas a gratuidade do mal, a incongruência 
entre pensamento e moralidade, a irreflexão do pensamento. No livro A vida do 
espírito, ela escreveu: “[O mal] ‘desafia’ o pensamento, como eu disse, porque o 
pensamento tenta atingir a profundidade, tocar as raízes e no momento em que se 
ocupa do mal, frustra-se, porque não encontra nada. Esta é sua ‘banalidade’.” 
Como sugestão para conhecer um pouco mais sobre o pensamento de Hannah 
Arendt, sugere-se a obra introdutória Hannah Arendt, de Adriano Correa, da 
coleção Filosofia Passo a Passo, da editora Zahar. 
 
Questão 3 
Respondida 
A atual Constituição da República Federativa, promulgada em 5 de outubro de 
1998, ao mencionar a educação, no capítulo III, do título VIII, referente à ordem 
social, reconhece o seguinte: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da 
família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando 
ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e 
para sua qualificação para o trabalho” (Artigo 205). E, logo adiante, a mesma 
Constituição estabelece como princípios da educação: a igualdade de condições 
para o acesso e permanência na escola; a liberdade de aprender, ensinar, 
pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; o pluralismo de ideias e de 
concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de 
ensino; a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; a valorização 
dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de 
carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos 
das redes públicas; a gestão democrática do ensino público, na forma da lei; a 
garantia de padrão de qualidade; piso salarial profissional nacional para os 
profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal (Artigo 206). 
Apesar de previsão legal acerca da educação e de esforços pontuais no sentido 
de ampliar o acesso e a permanência das crianças nas redes de ensino, ainda há 
muito o que fazer. Lendo os supracitados princípios constitucionais sobre a 
educação, tendo as ideias de Hannah Arendt, Jorge Larossa Bondía, Pierre Bourdieu 
e Pierre Lévy como referência, assinale as seguintes sentenças: I – Sobre a liberdade 
de aprender, cabe destacar a ideia de Arendt sobre sua visão positiva em relação 
à Escola Nova, que, abandonando as tradições, permitir que os alunos tenham a 
oportunidade de aprender por si mesmos sem os cuidados dos professores. II – 
Considerando a arte e o saber, podemos enfatizar a importância do saber 
relacionado à sensibilidade que, segundo Bondía, dá às experiências que tocam os 
indivíduos uma maior importância do que o mero acúmulo de informações. III – Em 
relação à liberdade de ensinar e aprender e ao pluralismo de ideias, podemos trazer 
à tona pensamento de Bourdieu, para quem, as escolas utilizam de violência 
simbólica, afim de inculcar nos alunos das classes mais baixas aquilo que é tido como 
cultura padrão pelas classes hegemônicas. IV – Ainda sobre a liberdade de ensinar 
e aprender, as ideias de Lévy são válidas, à medida que seu pensamento em 
relação à inteligência coletiva sugere que saberes compartilhados são positivos, 
pois, favorecem a interligaçãodos sujeitos, o sentimento de grupo e a pluralidade 
de perspectivas. V – Sobre a qualidade da educação, pode-se destacar a ideia de 
Bondía ao enfatizar a importância do bom aproveitamento do tempo e a 
experiência em busca de um conhecimento meramente científico. 
Agora, considerando as sentenças apresentadas, assinale a alternativa que contém 
a reposta CORRETA: 
 As afirmações I, II e III estão corretas. 
 As afirmações II, III e IV estão corretas. 
 As afirmações I, III e V estão corretas. 
 As afirmações III, IV e V estão corretas. 
 As afirmações I, III e IV estão corretas. 
As afirmações corretas são as seguintes: II – Considerando a arte e o saber, podemos 
enfatizar a importância do saber relacionado à sensibilidade que, segundo Bondía, 
dá às experiências que tocam os indivíduos uma maior importância do que o mero 
acúmulo de informações. III – Em relação à liberdade de ensinar e aprender e ao 
pluralismo de ideias, podemos trazer à tona pensamento de Bourdieu, para quem, 
as escolas utilizam de violência simbólica, afim de inculcar nos alunos das classes 
mais baixas aquilo que é tido como cultura padrão pelas classes hegemônicas. IV – 
Ainda sobre a liberdade de ensinar e aprender, as ideias de Lévy são válidas, à 
medida que seu pensamento em relação à inteligência coletiva sugere que saberes 
compartilhados são positivos, pois, favorecem a interligação dos sujeitos, o 
sentimento de grupo e a pluralidade de perspectivas. A afirmação I está incorreta, 
pois Arendt tinha uma visão negativa a iniciativas como a Escola Nova, justamente 
por abandonar as tradições e permitir que os alunos aprendam coisas dissociadas 
do mundo, longe dos cuidados dos professores. A este cabia a autoridade no 
processo educacional, sem que, no entanto, isso implicasse autoritarismo. Da mesma 
forma, a afirmação I é incorreta porque Bondía tece críticas à importância do bom 
aproveitamento do tempo ("tempo é dinheiro"). Para ele, o saber originário das 
experiências de tudo aquilo que toca, sensibiliza, o sujeito, possui mair importância 
do que o mero acúmulo de informações, inclusive os científicos. 
 
Questão 4 
Respondida 
Para Theodor Wiesengrund-Adorno, a realidade em que vivia estava sofrendo várias 
transformações, principalmente, na dimensão econômica. O Comércio tinha se 
fortalecido após as revoluções industriais ocorridas na Europa e, com isso, o 
Capitalismo havia se fortalecido definitivamente, principalmente, com as novas 
descobertas científicas e, consequentemente, com o avanço tecnológico. O 
homem havia perdido a sua autonomia e, em consequência disso, a humanidade 
estava cada vez mais se tornando desumanizada. Em outras palavras, poderíamos 
dizer que o nosso caro filósofo contemplava uma geração de homens doentes, 
talvez gravemente. O domínio da razão humana, que no Iluminismo era como uma 
doutrina, passou a dar lugar para o domínio da razão técnica. Os valores humanos 
haviam sido deixados de lado em troca do interesse econômico. O que passou a 
reger a sociedade foi a lei do mercado, e com isso, quem conseguisse acompanhar 
esse ritmo e essa ideologia de vida, talvez, conseguiria sobreviver; aquele que não 
conseguisse acompanhar esse ritmo e essa ideologia de vida ficava a mercê dos 
dias e do tempo, isto é, seria jogado à margem da sociedade. Nessa corrida pelo 
ter, nasce o individualismo, que, segundo o nosso filósofo, é o fruto de toda 
essa Indústria Cultural. A partir dessa perspectiva, analise as afirmativas a seguir: 
I. Adorno considera que a própria educação tornou-se um objeto de mercado, 
buscando atrair os olhares dos consumidores. 
II. O filósofo considera que há uma priorização das técnicas e das máquinas em 
detrimento da dimensão humana. 
III. Para Adorno, se não houver sujeito autônomo, ainda assim a democracia pode 
ser considerada verdadeira. 
IV. O autor enfatizou que o objetivo maior da educação deve ser a emancipação. 
Sobre os itens apresentados, assinale a alternativa correta: 
 Todas as afirmativas estão corretas. 
 Somente a afirmativa III está correta. 
 As afirmativas I, II e III estão corretas. 
 As afirmativas I, II e IV estão corretas. 
 As afirmativas II e III estão corretas. 
O aluno deverá ser capaz de testar seus conhecimentos e perceber que é correto 
afirmar que o único item incorreto é o que afirma que para Adorno, se não houver 
sujeito autônomo, ainda assim a democracia pode ser considerada e 
verdadeira. Adorno (1995) também se preocupou com a dificuldade do ser humano 
em realizar experiências e, por isso, enfatizou que o objetivo maior da educação 
deve ser a emancipação, a autonomia de pensamento que permita aos sujeitos 
darem voz ao seu próprio pensamento e se abrirem para vivências dotadas de 
sentido. Em meio a uma sociedade cujo desenvolvimento tecnológico avança 
constantemente, há uma priorização das técnicas e das máquinas em detrimento 
da dimensão humana. Nesse sentido, Adorno (1995) destaca que a própria 
educação tornou-se um objeto de mercado, buscando atrair os olhares dos 
consumidores. Segundo Adorno, na Indústria Cultural tudo se torna 
negócio. Enquanto negócios, seus fins comerciais são realizados por meio de 
sistemática e programada exploração de bens considerados culturais. Um exemplo 
disso, dirá ele, é o cinema. O que antes era um mecanismo de lazer, ou seja, uma 
arte, agora se tornou um meio eficaz de manipulação. Portanto, podemos dizer que 
a Indústria Cultural traz consigo todos os elementos característicos do mundo 
industrial moderno e nele exerce um papel específico, qual seja, o de portadora da 
ideologia dominante, a qual outorga sentido a todo o sistema. 
 
Questão 5 
Respondida 
"A palavra experiência vem do latim experiri, provar (experimentar). A experiência é 
em primeiro lugar um encontro ou uma relação com algo que se experimenta, que 
se prova. O radical é periri, que se encontra também em periculum, perigo. A raiz 
indo-europeia é per, com a qual se relaciona antes de tudo a ideia de travessia, e 
secundariamente a ideia e prova. [...] A palavra experiência tem o ex de exterior, 
de estrangeiro, de exílio, de estranho e também o ex de existência." 
Bondía, no trecho citado, aponta para a origem da palavra experiência, buscando 
formas de melhor conceituá-la. Com base nisso e em seus conhecimentos de 
filosofia, assinale a alternativa correta. 
 Bondía menciona a experiência como a travessia e demonstra que o indivíduo 
está no mundo de passagem, por isso não deve evitar que as coisas passem 
rapidamente. 
 Para o autor, a experiência é a passagem da existência e está relacionada a 
um sujeito que se deixa tocar pelo momento, de maneira singular. 
 Para ele, a experiência se refere ao existir de maneira singular, deixando que 
a avalanche de informações se sobressaia ao indivíduo e, com isso, valorize 
seu acúmulo de saberes. 
 Para Bondía, a experiência se refere ao perigo, pois para viver experiência é 
preciso viver perigosamente. 
 Para esse pensador contemporâneo, a experiência é o mesmo que 
aprendizagem e, portanto, se dá somente em meio à relação professor-aluno. 
Para o autor, a experiência é a passagem da existência e está relacionada a um 
sujeito que se deixa tocar pelo momento, de maneira singular. Bondía (2002) ressalta 
a importância de ser um sujeito aberto aos acontecimentos, para que nada 
simplesmente passe despercebido. O indivíduo precisa existir e também se deixar 
sentir pelos fatos da vida.

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