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Materiais de moldagem

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TUTORIA 2 M VI 
1) Identificar os materiais de moldagem, 
classificando-os. 
ABENO – Materiais Dentários 
Os materiais de moldagem são importantes e muito 
utilizados na odontologia. Sua finalidade é a 
reproducã̧o de estruturas bucais, dentre elas os 
dentes para a realizacã̧o de trabalhos restauradores 
que necessitem de uma etapa laboratorial. 
Para a obtencã̧o de uma boa moldagem, o material 
empregado deve reproduzir com fidelidade e executar 
com exatidão a réplica dos tecidos extra ou 
intrabucais, devendo preencher os seguintes 
requisitos: 
 
1. ter fluidez necessária para adaptar-se aos 
tecidos bucais; 
2. ter viscosidade suficiente para ficar contido na 
moldeira que o leva à boca; 
3. transformar-se em um material borrachoide 
ou rígido com um tempo de presa de menos 
de 7 minutos quando levado à boca; 
4. não se distorcer ou rasgar quando removido 
da boca; 
5. manter estabilidade dimensional para poder 
ser vazado e produzir um modelo de gesso 
com fidelidade. 
 
PHILLIPS - Materiais Dentários 
(6) ser biocompatíveis 
(7) apresentar um bom custo-benefício em termos do 
tempo gasto na obtenção do molde, bem como em 
relação aos custos dos equipamentos utilizados no 
processamento do material. 
CLASSIFICAÇÃO 
Os materiais de moldagem usados atualmente podem 
ser classificados de acordo com sua composição, seu 
mecanismo de presa, suas propriedades mecânicas e 
indicações. 
 Mecanismo De Presa 
Existem dois mecanismos de presa básicos: reversível 
e irreversível. Irreversível implica que reações 
químicas ocorreram e que o material não pode 
retornar ao estado prévio. Por exemplo, o alginato, a 
pasta de moldagem de óxido de zinco-eugenol (OZE), 
o gesso para moldagem e os materiais de moldagem 
elastoméricos, que tomam presa por reações 
químicas, são irreversíveis. Por outro lado, materiais 
reversíveis, tais como o ágar e a godiva (impression 
compound), amolecem quando aquecidos e se 
solidificam levemente acima da temperatura corpórea 
sem que ocorra reação química. 
 Propriedades Mecânicas 
Após a presa, os materiais de moldagem podem ser 
rígidos (anelásticos) ou elásticos. Um material rígido é 
altamente resistente à flexão e sofre fratura 
repentinamente sob tensão, de forma semelhante ao 
giz. A pasta de OZE, o gesso para moldagem e a godiva 
são materiais de moldagem anelásticos. O termo 
elástico significa que o material é flexível e pode ser 
deformado, retornando à sua forma original quando a 
tensão for eliminada. Exemplos de materiais elásticos 
incluem ágar, alginato e elastômeros. 
 Aplicação Clínica Dos Materiais De 
Moldagem 
Materiais de moldagem elásticos podem ser 
levemente esticados ou comprimidos, retornando ao 
estado anterior quando a moldeira é removida da 
boca. Eles são capazes de reproduzir com precisão as 
estruturas moles e duras da boca, incluindo retenções 
e espaços interproximais. A precisão do material é 
determinada pelo quanto ele retorna à forma inicial. 
Materiais de moldagem anelásticos, tais como a pasta 
de OZE e o gesso para moldagem, são ideais para 
obter moldes de mandíbulas edêntulas ou tecidos 
moles, porque na consistência apropriada eles não 
comprimem os tecidos durante o assentamento da 
moldeira. A godiva é utilizada com frequência na 
construção de moldeiras usadas na confecção de 
próteses totais. 
2) Caracterizar hidrocolóides irreversíveis. 
PHILLIPS - Materiais Dentários 
Um coloide é uma substância que está, ao nível 
microscópico, dispersa uniformemente em outra 
substância. Esta descrição parece semelhante à de 
uma solução. Ao contrário de uma verdadeira solução, 
que existe como uma fase única, um sistema coloidal 
consiste em duas fases separadas: a fase dispersa e a 
fase dispersante. Se a fase dispersante de um sistema 
coloidal é água, ele é chamado hidrocoloide. Os 
tamanhos das partículas do coloide variam entre 1 e 
200 nm. 
Características Dos Hidrocoloides 
Durante o ato de moldagem, o material toma presa de 
um estado fluido para um estado sólido. Esta 
mudança de estado associada a hidrocolóides é 
chamada de transformação sol-gel. Um sol é uma 
dispersão coloidal de partículas muito pequenas em 
um meio líquido contínuo, e um gel é uma suspensão 
que se comporta como um sólido elástico. Se um 
hidrocoloide contém uma concentração adequada de 
fase dispersa (sol), sob certas condições pode mudar 
para um gel. No estado gel, a fase dispersa origina 
aglomerados na forma de cadeias ou fibrilas, também 
chamadas micelas. As micelas podem se ramificar e se 
entrelaçar para formar uma estrutura que pode ser 
visualizada como galhos de árvores ou um amontoado 
de gravetos. O meio dispersante é mantido nos 
interstícios entre as micelas por atração capilar ou 
adesão. 
 Alginato (Hidrocoloide Irreversível) 
ABENO: No final do século passado, um quiḿico 
escocês observou que algas marrons produziam um 
extrato mucoso o qual chamou de algin. Essa 
substância foi mais tarde identificada como um 
poliḿero linear com inúmeros grupamentos de ácido 
carboxiĺico, conhecido também como ácido algińico. 
Com a escassez do ágar na Segunda Guerra Mundial, 
inúmeras pesquisas foram necessárias para encontrar 
um material de moldagem substituto. O resultado foi 
o hidrocoloide irreversiv́el ou alginato, assim chamado 
devido à reacã̧o quiḿica do ácido algińico. Seu 
sucesso foi imediato graca̧s a aspectos como fácil 
manipulacã̧o do material, conforto para o paciente e 
baixo custo, por não exigir equipamentos sofisticados. 
 
ABENO- INDICACÕ̧ES 
O alginato é empregado para a realizacã̧o de 
moldagens que têm por objetivo a obtencã̧o de 
modelos de estudo e também modelos utilizados para 
a construcã̧o de moldeiras individuais para que uma 
segunda e mais precisa moldagem seja feita. Alginatos 
de melhor qualidade são utilizados para moldagens 
cujos modelos produzidos servirão para a confeccã̧o 
de próteses removiv́eis. 
 
Composição 
O principal ingrediente ativo do alginato é um dos 
alginatos solúveis, como os alginatos de sódio, 
potássio ou trietanolamina. A terra diatomácea age 
como uma carga para aumentar a resistência e a 
rigidez do gel de alginato. Ela também produz uma 
textura lisa e garante a formação de uma superfície 
firme e não pegajosa no gel. O óxido de zinco também 
age como carga e tem alguma influência sobre as 
propriedades físicas e o tempo de presa do gel. O 
sulfato de cálcio di-hidratado é o reagente que 
fornece íons cálcio para a reticulação do sol. Um 
retardador é adicionado para controlar o tempo de 
presa. Um fluoreto, como o fluoreto de potássio e 
titânio, é adicionado como acelerador para a presa do 
gesso usado no preenchimento do molde, visando 
garantir uma superfície densa e dura do modelo. O 
fluoreto também é chamado de endurecedor de 
superfície. 
Quando o pó no frasco de alginato é agitado para 
descompactar as partículas, a terra diatomácea, que é 
composta por finas partículas de sílica porosa, fica em 
suspensão no ar quando a tampa é removida. 
Exposições a longo prazo pela inalação dessas 
partículas finas de sílica podem causar silicose e 
hipersensibilidade pulmonar. Como uma tentativa de 
reduzir a poeira criada pela agitação os fabricantes 
introduziram um alginato “sem poeira” (dustless), no 
qual polietilenoglicol ou polipropileno glicol é 
incorporado no pó de alginato para aglomerar as 
partículas. Isso faz com que o pó se torne mais denso 
e menos capaz de ficar suspenso no ar. Indicadores de 
cor também são adicionados em algumas formulações 
para revelar o estágio da reação de presa. Isso auxilia 
o operador na decisão de quando prosseguir para o 
passo seguinte do processo de moldagem. 
Materiais de moldagem à base de alginato em duas 
pastas também estão disponíveis; eles são conhecidos 
como alginatos modificados. Uma pasta contém umsol de alginato, agentes de carga, retardador e outros 
ingredientes, como glicóis e dextrose. A outra pasta 
contém di-hidrato de gesso, agentes de carga, 
retardadores, glicerol ou glicóis, modificadores da 
superfície do gesso e um pouco de óleo de silicone. 
Processo de Geleificação 
A reação sol-gel típica pode ser descrita simplesmente 
como uma reação do alginato solúvel com íons cálcio 
do sulfato de cálcio e a formação de um alginato de 
cálcio insolúvel. Estruturalmente, os íons cálcio 
substituem os íons sódio ou potássio de duas 
moléculas adjacentes para produzir um complexo de 
ligações cruzadas (polímero reticulado). A produção 
do alginato de cálcio é tão rápida que não permite um 
tempo de trabalho suficiente. Um sal de fosfato 
hidrossolúvel (por exemplo, fosfato trissódico) é 
adicionado na composição como um retardador para 
prolongar o tempo de trabalho. A estratégia 
empregada é que os íons cálcio irão reagir 
preferencialmente com os íons fosfato na solução. 
Assim, a reação rápida entre os íons cálcio e o alginato 
solúvel é adiada até que os íons fosfato do fosfato 
trissódico se esgotem. A quantidade de retardador é 
ajustada para garantir um tempo de trabalho 
apropriado. Um processo semelhante de geleificação 
é esperado nos alginatos modificados. 
Controlando o Tempo de Presa 
Uma leve modificação na relação água/pó ou no 
tempo de espatulação podem apresentar efeitos 
marcantes em duas propriedades importantes do gel, 
a resistência ao rasgamento e a elasticidade; assim, o 
tempo de presa é controlado de maneira mais 
eficiente pela quantidade de retardador adicionado 
durante o processo de fabricação. Usualmente, os 
fabricantes produzem alginatos de presa rápida (1,5 a 
3 minutos) e de presa normal (3 a 4,5 minutos) para 
dar aos clínicos opções de materiais que se adaptem 
melhor ao seu estilo de trabalho. 
Os clínicos, entretanto, podem influenciar com 
segurança o tempo de trabalho alterando a 
temperatura da água. Fica evidente que quanto maior 
a temperatura, menor é o tempo de presa. A 
temperatura da água de mistura deve ser controlada 
cuidadosamente dentro de um ou dois graus da 
temperatura padrão, normalmente 20 °C, de modo 
que um tempo de presa constante e confiável possa 
ser obtido. Em ambientes com temperatura elevada 
deve-se utilizar água fria para a mistura de modo a 
evitar a geleificação prematura. Pode ser necessário 
até mesmo resfriar o gral e a espátula, especialmente 
quando pequenas quantidades de material estão 
sendo manipuladas. 
A água da torneira naturalmente apresenta alguma 
quantidade de íons metálicos, principalmente cálcio e 
magnésio. Foi demonstrado que, em comparação com 
a água destilada, o uso da água da torneira com maior 
quantidade de minerais pode acelerar a presa do 
alginato. Se for observado que o tempo de presa 
diminuiu em um novo consultório ou uma nova 
localização, o efeito da composição da água da 
torneira sobre o tempo de presa deve ser considerado 
como uma possível causa. 
Preparação de Materiais de Moldagem à Base de 
Alginato 
Uma mistura correta entre o pó e a água é essencial. 
O pó mensurado é adicionado lentamente à água pré-
mensurada, colocada em um gral de borracha limpo. 
O pó é incorporado à água misturando-se 
cuidadosamente com uma espátula metálica ou 
plástica suficientemente flexível para se adaptar bem 
às paredes do gral. Se o pó for colocado em primeiro 
lugar no gral, a penetração da água até o fundo do 
gral é inibida e um tempo maior de mistura pode ser 
necessário para garantir uma mistura homogênea. 
Deve-se tomar cuidado para evitar a incorporação 
excessiva de ar durante a espatulação. Um 
movimento vigoroso na forma de “número oito” é o 
mais indicado, pressionando-se a mistura contra as 
laterais do gral de borracha para remover as bolhas de 
ar. Todo o pó deve ser completamente incorporado à 
água. 
O tempo de mistura é particularmente importante; 45 
segundos a 1 minuto em geral é suficiente, 
dependendo da marca e do tipo de alginato (presa 
rápida ou presa regular). As instruções da embalagem 
devem ser seguidas precisamente em relação ao 
tempo de mistura, tempo de trabalho e tempo de 
presa para o material utilizado. O resultado deve ser 
uma mistura lisa e cremosa que não escorre 
rapidamente da espátula quando esta é levantada do 
gral. Diversos equipamentos para espatulação 
mecânica estão disponíveis para materiais à base de 
alginato. Dentre eles, um gral para mistura rotatória, 
um espatulador mecânico com unidade de controle 
de tempo, um espatulador a vácuo para misturas 
pó/água e um espatulador mecânico dinâmico, 
semelhante àquele usado para elastômeros os 
produtos de alginato apresentados na forma de duas 
pastas. Seus principais benefícios são conveniência, 
velocidade e redução do erro humano. 
Equipamentos limpos são importantes, porque muitos 
dos problemas e falhas são atribuídos a dispositivos 
de mistura sujos ou contaminados. Contaminantes 
como pequenas quantidades de gesso de uma mistura 
prévia deixadas no gral podem acelerar a presa. A 
melhor conduta é utilizar instrumentos diferentes 
para misturas de alginato e de gesso. 
Idealmente, o pó deve ser pesado e não mensurado 
volumetricamente com uma colher. Entretanto, a 
menos que um método grosseiramente incorreto ou 
inconsistente seja usado ao proporcionar o pó com a 
colher, variações nas misturas individuais não devem 
ter efeito mensurável sobre as propriedades físicas. 
Moldando com Alginato 
É imperativo que o molde fique retido na moldeira de 
modo que possa ser removido do perímetro dos 
dentes. Portanto, uma moldeira metálica perfurada é 
preferível. Se uma moldeira plástica ou uma moldeira 
com friso metálico for selecionada, uma camada fina 
de adesivo de moldeira para alginato deve ser 
aplicado e deixado secar completamente antes da 
manipulação e do carregamento do alginato na 
moldeira. O alginato é um material fraco; portanto, é 
necessário dispor de um volume suficiente de 
material. A espessura do molde de alginato entre a 
moldeira e os tecidos deve ser pelo menos de 3 mm. 
Como mostrado na Tabela 8-10, a resistência à 
compressão do alginato dobra durante os primeiros 4 
minutos após a geleificação, mas não aumenta 
consideravelmente após este período. A maior parte 
dos alginatos melhora sua elasticidade ao longo do 
tempo; isso minimiza a distorção do material durante 
a remoção do molde, permitindo dessa forma uma 
melhor reprodução de áreas retentivas. Dados 
indicam claramente que o molde de alginato não deve 
ser removido da boca por pelo menos três minutos 
após ter ocorrido a geleificação. Por outro lado, é 
possível deixar um molde de alginato na boca por 
tempo demais. Com alguns alginatos, foi mostrado 
que se o molde for mantido por 6 a 7 minutos após a 
geleificação, ao invés de 3 minutos, pode ocorrer uma 
distorção significativa. 
Como o alginato é um material viscoelástico, sua 
resistência ao rasgamento aumenta quando o molde é 
removido ao longo do eixo vertical, em um 
movimento único e rápido. A velocidade de remoção 
deve ser um compromisso entre o movimento rápido 
e uma velocidade confortável para o paciente. 
Normalmente, o molde de alginato não adere aos 
tecidos orais tão bem quanto alguns elastômeros; 
portanto, é mais fácil remover rapidamente o molde 
de alginato. Entretanto, é sempre recomendável 
evitar movimentos de báscula durante a tentativa de 
remoção rápida. Mais especificamente, o cabo da 
moldeira deve ser minimamente utilizado durante o 
rompimento do selamento de ar (“sucção”) ou a 
remoção da moldeira dos dentes. 
Resistência 
As instruções dos fabricantes, fornecidas com o 
produto, devem ser seguidas em todos os aspectos. 
Qualquer desvio pode ter efeitos adversos sobre a 
resistência do gel. Por exemplo, se água a mais ou a 
menos for utilizada na mistura, o gel finalficará 
enfraquecido, tornando-se menos elástico. 
Espatulação insuficiente pode resultar na dissolução 
insuficiente dos ingredientes para que a reação 
química possa correr uniformemente em todo o 
material. Por outro lado, a manipulação em excesso 
quebra a rede de alginato de cálcio e reduz sua 
resistência. 
Prazo de Validade 
Os dois principais fatores que afetam o prazo de 
validade dos alginatos são temperatura de 
armazenamento e contaminação com umidade do ar 
ambiente. O pó do alginato pode ser comprado em 
embalagens individuais seladas ou em quantidades 
maiores. As embalagens individuais são preferíveis, 
pois existe menor chance de contaminação durante o 
armazenamento, e uma correta relação água/pó é 
garantida. Entretanto, embalagens com quantidades 
maiores são certamente mais populares. Se o pó do 
alginato estiver armazenado em um frasco grande, a 
tampa deve ser firmemente recolocada assim que 
possível após o proporcionamento do pó, de modo a 
minimizar a contaminação por umidade. 
A data de validade sob uma dada a condição de 
armazenamento deve ser claramente identificada 
pelo fabricante em cada embalagem. É recomendável 
não estocar no consultório um suprimento para 
períodos maiores do que um ano. O material deve ser 
armazenado em local fresco e seco. 
3) Caracterizar materiais elastoméricos. 
Materiais elastoméricos de moldagem 
Os elastômeros formam um grupo de materiais de 
moldagem poliméricos sintéticos que são 
quimicamente reticulados após a presa e que podem 
ser esticados, recuperando rapidamente suas 
dimensões originais quando a tensão é liberada, de 
modo semelhante à borracha natural vulcanizada. 
Quimicamente, existem três elastômeros que 
apresentam um eixo de cadeias poliméricas: 
polissulfeto, silicone (por condensação e por adição) e 
poliéter. 
Os elastômeros são fornecidos em dois componentes, 
a pasta base e a pasta catalisadora (ou líquido 
catalisador), que são misturados antes de se realizar a 
moldagem. Em muitos casos eles são formulados em 
diferentes consistências, incluindo extrabaixa, baixa, 
média, pesada e massa, em ordem crescente de 
conteúdo de carga. As formas extrabaixa e massa 
estão disponíveis apenas para os silicones por 
condensação e por adição. O polissulfeto é fornecido 
apenas nas consistências leve e pesada. Não existe 
consistência pesada para o silicone por condensação. 
Pigmentos são adicionados para dar cores diferentes a 
cada material. 
Hidrocoloides, discutidos em sessões posteriores, são 
materiais elásticos de moldagem, mas não são 
categorizados como elastômeros. 
Polissulfeto 
A pasta-base é um polímero de polissulfeto que 
contém uma mercaptana multifuncional (-SH) 
chamada polímero de polissulfeto, uma carga 
apropriada (como litopônio ou dióxido de titânio) para 
fornecer resistência mecânica, um plastificante (como 
o dibutil ftalato) para conferir viscosidade apropriada 
à pasta e uma pequena quantidade de enxofre, 
aproximadamente 0,5%, como acelerador. A pasta 
catalisadora (ou aceleradora) contém dióxido de 
chumbo, ácido oleico ou esteárico como retardador 
para controlar a velocidade da reação de presa, além 
de carga e plastificante, como na pasta base. O 
dióxido de chumbo é o componente que dá ao 
polissulfeto a sua cor marrom característica. Os 
termos catalisador e acelerador, usados aqui e com os 
outros materiais de moldagem, são na verdade pouco 
precisos. Reagente é um termo mais apropriado para 
as reações associadas ao polissulfeto e aos outros 
tipos de materiais de moldagem. 
Cada pasta é fornecida em um tubo dispensador com 
diâmetro de saída apropriado, de maneira que 
comprimentos iguais de cada pasta fornecem a 
proporção correta de polímero e agente de ligação 
cruzada. Como a composição do material nos tubos é 
balanceada, deve-se sempre utilizar o conjunto de 
pastas fornecido pelo fabricante. 
A reação começa no início da mistura e alcança sua 
velocidade máxima logo após o término da 
espatulação (Figura 8-3). Nesta fase, uma rede 
resiliente começa a se formar. Durante a presa final 
forma-se um material com elasticidade e resistência 
adequadas, que pode ser prontamente removido de 
regiões retentivas. Umidade e temperatura 
apresentam um efeito significativo no curso da 
reação. Em particular, condições quentes e úmidas 
irão acelerar a presa do polissulfeto. A reação produz 
a água como subproduto. A perda dessa pequena 
molécula do material após a presa tem um efeito 
significativo sobre a estabilidade dimensional do 
molde. 
Silicone Por Condensação 
Os materiais são fornecidos como uma pasta-base e 
um líquido catalisador de baixa viscosidade (ou pasta 
catalisadora), um sistema de duas pastas ou um 
sistema de duas massas. A massa pode ser utilizada 
como material de moldeira em conjunto com o 
silicone de baixa viscosidade, o que é conhecido como 
técnica da dupla moldagem (putty-wash technique). 
A pasta-base é constituída pelo poli(dimetilsiloxano) 
com terminações α-ω-hidroxila (Figura 8-4). A presa 
desse material envolve a reação de silicatos de alquila 
tri e tetrafuncionais na presença do octoato de 
estanho como catalisador. O material toma presa pela 
formação de ligações cruzadas entre os grupos 
terminais dos polímeros de silicone e o silicato de 
alquila para formar uma rede tridimensional (Figura 8-
4). O álcool etílico é um subproduto da reação de 
condensação. Sua posterior evaporação é responsável 
por grande parte da contração que acontece no 
molde após a presa. 
Silicone Por Adição 
Este material é frequentemente chamado de 
poli(vinilsiloxano) (PVS) ou vinil polisiloxano (VPS). 
Diferentemente do silicone por condensação, o 
silicone por adição é baseado na polimerização por 
adição do divinilpolisiloxano e do polimetil-
hidrosiloxano, com um sal de platina como catalisador 
(Figura 8-5). A pasta-base contém polimetil-
hidrosiloxano, bem como o divinilpolisiloxano. A pasta 
catalisadora (ou aceleradora) contém 
divinilpolisiloxano e um sal de platina. O sal de platina 
e o polimetil-hidrosiloxano estão separados antes da 
mistura. Ambas as pastas contêm carga. 
Não são formados subprodutos na reação desde que 
sejam utilizadas as proporções corretas de 
divinilpolisiloxano e polimetil-hidrosiloxano e não haja 
impurezas. Entretanto, moléculas residuais do 
polimetil-hidrosiloxano no material podem sofrer 
reações secundárias entre si ou com a umidade, 
produzindo gás hidrogênio. Tecnicamente, o 
hidrogênio é um subproduto da reação que não afeta 
a estabilidade dimensional do molde. Entretanto, o 
gás hidrogênio formado pode resultar em porosidades 
diminutas dos modelos de gesso vazados logo após a 
remoção do molde da boca. Os fabricantes podem 
adicionar um metal nobre, como o paládio, como um 
reagente para o gás hidrogênio liberado. Se o modelo 
for construído com resina epóxi, o molde deve ser 
vazado apenas no dia seguinte. 
Uma das desvantagens dos materiais de moldagem à 
base de silicone (incluindo silicone por condensação) é 
sua natureza inerentemente hidrofóbica. Um 
surfactante não iônico pode ser adicionado à pasta no 
processo de fabricação para conferir um certo grau de 
hidrofilia à superfície do material. Este surfactante 
migra para a superfície do material de moldagem e 
tem seu segmento hidrofílico orientado para a 
superfície – um fenômeno que torna a superfície mais 
compatível com a água. Mesmo assim, esses materiais 
de moldagem ainda necessitam de um campo seco 
durante a moldagem. O vazamento do molde após a 
presa com uma mistura de gesso é facilitada porque o 
gesso tem uma maior afinidade pela superfície 
hidrofílica. O significado clínico de aditivos hidrofílicos 
é discutido nas seções seguintes. 
A contaminação com enxofre originado das luvas de 
látex natural inibe a presa do silicone. Algumas luvas 
vinílicas podem apresentar o mesmo efeito pelapresença de um estabilizador contendo enxofre, 
utilizado no processo de fabricação. A contaminação é 
tão insidiosa que o simples contato do dente com as 
luvas de látex antes da inserção da moldeira pode 
inibir a presa na superfície próxima ao dente. 
Silicones por adição de consistência média podem ser 
utilizados para moldagem com o propósito de se 
obter modelos para diagnóstico, como um substituto 
do alginato (discutido mais tarde). A vantagem desses 
chamados substitutos do alginato é a capacidade de 
se produzir múltiplos modelos de diagnóstico precisos 
a partir de um mesmo molde. Estudos laboratoriais 
relataram que esses materiais apresentam uma 
melhor reprodução de detalhes e menor variabilidade 
em alteração dimensional linear do que o 
hidrocoloide irreversível. 
Poliéter 
Existem dois tipos de poliéter. O primeiro é baseado 
na polimerização pela abertura de anéis de aziridina, 
localizados nas extremidades das moléculas 
ramificadas do poliéter (Figura 8-6, esquerda). A 
cadeia principal é provavelmente um copolímero de 
óxido de etileno e tetra-hidrofurano. Reticulação e 
presa são promovidas por um iniciador e o éster 
sulfonato aromático (Figura 8-6, topo), onde R é um 
grupo alquila. Isso produz reticulação através de 
polimerização catiônica dos grupos terminais imina 
(Figura 8-6). O material é fornecido em duas pastas. A 
pasta-base contém o polímero de poliéter, sílica 
coloidal como carga e um plastificante como éter 
glicólico ou ftalato. A pasta aceleradora contém um 
sulfonato aromático alquílico, além de carga e 
plastificante. Os eixos poliméricos formados 
predominantemente por grupos éter fazem desse 
grupo de materiais o mais hidrofílico dentre todos os 
materiais de moldagem elastoméricos. 
O segundo tipo é baseado na polimerização por 
condensação catalisada por ácidos de pré-polímeros 
de poliéter com grupos terminais alcoxisilano. O 
mecanismo é semelhante àquele observado no 
silicone por condensação, apresentando alcoóis de 
baixo peso molecular como subprodutos. Esse 
material é frequentemente chamado de híbrido. 
Como as ligações éter constituem o principal 
componente das cadeias poliméricas, esses materiais 
se comportam de maneira muito semelhante ao 
primeiro tipo de poliéter. 
Propriedades dos materiais elastoméricos de 
moldagem 
O objetivo do ato de moldagem é produzir um molde 
preciso, que possibilite a obtenção de um modelo ou 
troquel que reproduza, tanto quanto possível, os 
detalhes de superfície e a forma precisa do tecido 
original. Para isso, as dimensões do molde devem 
permanecer estáveis durante a produção de modelos 
ou troquéis. Nesta seção são descritas as 
propriedades importantes para a obtenção de moldes. 
Tempos De Trabalho E De Presa 
A Tabela 8-3 lista os tempos de trabalho e de presa 
para os vários tipos de materiais elastoméricos 
medidos por um reômetro oscilatório. O tempo de 
trabalho, que começa no início da mistura e termina 
imediatamente antes do desenvolvimento de 
propriedades elásticas, deve ser mais longo do que o 
tempo necessário para mistura, preenchimento da 
seringa e/ou moldeira, injeção do material sobre o 
dente preparado e assentamento da moldeira. O 
tempo de presa é o tempo transcorrido do início da 
mistura até que o processo de cura (polimerização) 
tenha avançado suficientemente para que o molde 
possa ser removido da boca sem distorção. Lembre-
se, entretanto, que a polimerização pode continuar 
por um tempo considerável após a presa. Um 
aumento na temperatura acelera a reação de 
polimerização de todos os materiais de moldagem 
elastoméricos; portanto, o efeito da temperatura 
sobre o tempo de trabalho e o tempo de presa deve 
ser levado em consideração. 
O tempo de trabalho e o tempo de presa diminuem à 
medida que o conteúdo de carga dos materiais 
aumenta. A alteração da proporção base/catalisador 
irá alterar a velocidade da reação desses materiais de 
moldagem. Normalmente, a presença de mais pasta-
base na mistura tende a aumentar o tempo de 
trabalho e de presa. Deve-se estar atento para o fato 
de que isso não é econômico, pois uma porção de 
pasta catalisadora será desperdiçada. Além disso, 
como a pasta aceleradora contém um retardador 
além do reagente, o aumento da relação 
base/acelerador pode não produzir uma mudança 
previsível na taxa de polimerização. 
Reprodução De Detalhes Da Estrutura Oral 
Um teste de reprodução da superfície é um requisito 
de normas para materiais de moldagem 
elastoméricos. Não existem dúvidas de que esses 
elastômeros podem reproduzir detalhes em graus 
muito finos. Quando o gesso-pedra é vazado sobre a 
superfície desses moldes de teste, os detalhes mais 
finos nem sempre são reproduzidos. A razão para essa 
situação é que os materiais de moldagem 
elastoméricos são capazes de reproduzir detalhes de 
maneira mais precisa do que estes podem ser 
transferidos para um modelo ou troquel de gesso, que 
pode não ser capaz de tamanha precisão. 
O significado clínico dos testes de reprodução de 
superfície não está totalmente evidente. É possível 
que os detalhes obtidos com materiais de moldagem 
elastoméricos em condições de teste in vitro sejam 
maiores do que aqueles obtidos na boca devido à 
hidrofobia exibida por alguns desses materiais. 
Propriedades Reológicas 
Materiais de moldagem são introduzidos na boca 
como pastas viscosas com propriedades de 
escoamento precisamente ajustadas. O 
comportamento viscoso e de escoamento dos 
componentes antes da mistura também é importante 
no que diz respeito à facilidade de manipulação, ao 
aprisionamento de ar durante a mistura e à tendência 
do ar aprisionado de escapar durante o assentamento 
da moldeira. 
Idealmente, o material de moldagem deve fluir 
livremente e molhar o tecido à medida que é injetado 
para conseguir uma boa adaptação, e então resistir ao 
escoamento que possa afastá-lo das áreas de 
interesse. O mesmo procedimento irá facilitar o 
espalhamento de materiais de viscosidade alta sobre 
a moldeira e fará com que eles fiquem retidos na 
moldeira. Este fenômeno é chamado de afinamento 
sob cisalhamento (shear thinning) (Capítulo 3). 
Essencialmente, um material que apresenta 
afinamento sob cisalhamento se torna menos viscoso 
sob tensão, por exemplo, durante a injeção, e 
recupera sua viscosidade quando em repouso sobre o 
tecido ou sobre a moldeira. Todos os materiais de 
moldagem elastoméricos exibem características de 
afinamento sob cisalhamento antes da presa. 
Existem duas categorias de fenômenos de afinamento 
sob cisalhamento, pseudoplasticidade e tixotropia, 
dependendo da forma como o material responde à 
tensão e como ele se comporta em repouso. Um 
material pseudoplástico apresenta viscosidade 
decrescente com o aumento da tensão de 
cisalhamento, e recupera sua viscosidade 
imediatamente após a redução da tensão cisalhante. 
Um material tixotrópico não flui até que energia 
suficiente na forma de uma força de impacto ou força 
de vibração seja aplicada para superar a tensão de 
escoamento do material. Em repouso, ele leva um 
tempo específico para readquirir seu estado viscoso 
inicial. Testes de gotejamento ou fluidez, que 
registram a quantidade de material de moldagem que 
escorre a partir do preparo, têm sido utilizados para 
demonstrar o fenômeno de tixotropia. 
Essencialmente, esses testes determinam se o 
material de moldagem em repouso continua a fluir 
sob a influência da gravidade. Os fabricantes que 
enfatizam a tixotropia dos seus materiais também 
ressaltam que o material não exibe escoamento sob o 
próprio peso quando injetado em uma superfície 
vertical. Eles normalmente não mencionam após 
quanto tempo de mistura o escoamento foi 
observado. Nesse contexto, o fenômeno deveria ser 
denominado afinamento sob cisalhamento extremo 
(extreme shear thinning), pois o material permanece 
no estado imóvel emrepouso, mas escorre livremente 
sob tensão. 
O benefício da tixotropia no ato de moldagem tem 
sido discutido, uma vez que a duração necessária para 
que o material recupere a devida viscosidade para um 
molde bem feito pode ser inaceitável. Outros relatos 
sugerem que um material tixotrópico facilita a 
manipulação e favorece moldes de melhor qualidade. 
Entretanto, a última afirmação não menciona o efeito 
do tempo sobre o processo de moldagem. 
Gerações anteriores de silicones por adição não 
apresentavam propriedades tixotrópicas, enquanto 
formulações recentes exibem diferentes graus de 
tixotropia. Não está claro se o efeito é resultante de 
uma alteração na formulação ou no método de 
mensuração. Deve-se estar atento para o fato de que 
esses estudos frequentemente são feitos com as 
pastas-base e catalisadora não misturadas. Do ponto 
de vista do procedimento de moldagem, a viscosidade 
de um material de moldagem uniformemente 
misturado também aumenta com a polimerização, 
independentemente do efeito da tixotropia; portanto, 
o impacto da tixotropia durante o ato de moldagem 
pode não ser crítico. Além disso, afirmar a natureza 
tixotrópica de um material sem especificar o tempo 
necessário antes que ele retorne às condições 
intrínsecas de viscosidade não tem significado. 
Mesmo assim, o fenômeno da tixotropia ainda 
necessita de maiores investigações. 
Finalmente, é importante notar que a propriedade de 
afinamento sob cisalhamento do silicone por adição e 
do poliéter permitem ao clínico utilizar uma técnica 
de moldagem monofásica para capturar os detalhes 
necessários para próteses fixas e produzir um molde 
mais estável e resistente à distorção do que aquele 
obtido com o material de viscosidade baixa. 
Elasticidade E Viscoelasticidade 
À medida que é removido da boca, um material de 
moldagem sofre alguma deformação, mas é 
importante que ele retorne a suas dimensões pré-
remoção. Um molde com um limite de elasticidade 
suficientemente alto não deveria sofrer deformação 
permanente. As propriedades elásticas dos materiais 
de moldagem elastoméricos melhoram com um maior 
tempo de presa na boca, uma vez que o tempo de 
presa declarado pelo fabricante nem sempre é 
adequado para o desenvolvimento de elasticidade 
suficiente para evitar a deformação permanente 
causada durante a remoção do molde. Um tempo 
extra de um ou dois minutos antes da remoção pode 
ser benéfico. 
A quantidade relativa de deformação permanente em 
compressão decorrente da deformação induzida 
durante a remoção aumenta na seguinte ordem para 
os materiais de moldagem elastoméricos: silicone por 
adição, silicone por condensação, poliéter e 
polissulfeto. A recuperação elástica é mais lenta para 
o polissulfeto do que para os outros três tipos de 
material de moldagem. 
Resistência Ao Rasgamento 
Os materiais moldagem de baixa viscosidade são 
utilizados em áreas interproximais e subgengivais 
durante o ato de moldagem. As regiões subgengivais 
do molde são, em geral, muito finas e podem rasgar 
durante a remoção do molde, deixando uma pequena 
porção do material presa dentro do sulco gengival 
(Figura 8-12). A quantidade de força necessária para 
rasgar um corpo de prova específico dividido pela 
espessura do espécime é chamada de resistência ao 
rasgamento. Não existe uma padronização para o 
teste de resistência ao rasgamento de materiais de 
moldagem, uma vez que a ISO 4823 (Dentistry - 
Elastomeric impression materials) não inclui este 
método de teste. A Figura 8-13 apresenta duas 
configurações descritas em uma norma não 
odontológica (ISO 34-1; Rubber, vulcanized or 
thermoplastic - Determination of tear strength - Part I: 
Trouser, angle and crescent test pieces) que tem sido 
utilizada pela comunidade odontológica para o teste 
de materiais de moldagem. 
A resistência ao rasgamento é influenciada pela 
consistência e pelo modo de remoção dos materiais. 
Uma consistência mais espessa normalmente 
aumenta a resistência ao rasgamento do material. A 
adição de um solvente à mistura reduz levemente a 
resistência ao rasgamento, mas aumenta 
substancialmente a flexibilidade. Um movimento 
rápido durante a remoção do molde normalmente 
aumenta a resistência ao rasgamento, uma vez que 
esse procedimento aumenta a resistência do material 
à deformação. 
Molhabilidade E Hidrofilização 
O ângulos de contato da água destilada sobre moldes 
de silicone são de aproximadamente 100°, o que 
torna este grupo de materiais os mais hidrofóbicos 
entre todos os elastômeros. O uso de materiais de 
moldagem mais hidrofóbicos pode levar a uma alta 
incidência de vazios na superfície do modelo de gesso. 
É possível borrifar um surfactante sobre esses moldes 
hidrofóbicos antes do vazamento. Um surfactante não 
iônico, como aquele baseado em um copolímero em 
bloco de grupos siloxano e éter, pode ser adicionado 
ao corpo do material durante o processo de 
fabricação. O grupo siloxano é hidrofóbico, e esta 
propriedade facilita a dispersão do surfactante no 
corpo do PVS. O grupo éter é hidrofílico e fica 
orientado em direção à superfície quando o 
surfactante migra por difusão para regiões da 
superfície. Este tipo de PVS é chamado PVS 
hidrofilizado. 
 
Estudos in vitro sobre a molhabilidade superficial de 
moldes tipicamente utilizam água destilada como 
líquido de teste. Os resultados confirmam que existem 
reduções significantes nos ângulos de contato do PVS 
hidrofilizado em relação aos materiais 
correspondentes não hidrofilizados. O uso de uma 
solução aquosa saturada com CaSO4 fornece 
resultados semelhantes. O exame de modelos de 
gesso-pedra confirma que elastômeros que exibem 
menor ângulo de contato com a água também 
produzem modelos com menos defeitos. 
Biocompatibilidade 
A relevância clínica de testes para avaliar a 
citotoxicidade de materiais dentários é amplamente 
reconhecida. Vários tipos de testes estão cobertos 
pela ISO 10993-5, Biological Evaluation of Medical 
Devices: Tests for In vitro Citotoxicity. A comparação 
da citotoxicidade para os diferentes materiais de 
moldagem revela que o polissulfeto causa a contagem 
mais baixa de morte celular e que o poliéter produz o 
maior valor de citotoxicidade (Figura 8-15). Resultados 
semelhantes também foram observados em testes de 
exposições múltiplas. 
Prazo De Validade 
Materiais de moldagem fabricados de forma 
apropriada não se deterioram consideravelmente na 
embalagem antes do prazo de validade, se forem 
armazenados em ambiente seco e ao abrigo do calor. 
A saída de um líquido transparente juntamente com o 
material é uma indicação de segregação do 
plastificante causada por erro de fabricação ou 
extremos excessivos de temperatura durante o 
armazenamento. 
Efeito Da Manipulação Incorreta 
A falha em produzir um modelo de gesso ou epóxi 
preciso está mais provavelmente associada a erros na 
manipulação do material de moldagem do que a uma 
possível deficiência nas propriedades do material. 
4) Descrever as técnicas de moldagem e suas 
indicações. 
Materiais e técnicas de moldagem em prótese fixa-
Revisão de Literatura – MESQUITA, Vandré – Revista 
Saber Científico, 2012 
 
 Técnica de um só tempo 
É aquela na qual a pasta densa e a leve irão 
simultaneamente à arcada do paciente. Apresenta 
como vantagem a economia de material e também de 
tempo clínico (JOHNSON & CRAIG 1986). No entanto, 
tem como desvantagem, a necessidade de uma 
segunda pessoa para manipular uma das pastas, pois 
estas devem ser preparadas ao mesmo tempo. Deve 
ser utilizada para a realização desta moldagem uma 
moldeira de estoque. 
 Técnica com alívio interdental 
Técnica muito utilizada pelos profissionais na qual 
insere a pasta densa juntamente com a moldeira de 
estoque, em seguida realiza um desgaste nas zonas 
interdentais e em seguida, adiciona a pasta fluída no 
molde com a massa densa, assimcomo na arcada do 
paciente. É uma técnica bastante simples de ser 
executada. No entanto segundo a literatura afirma 
existir uma pressão interna no molde, impedindo o 
escoamento do material fluído (IDRIS et al., 1995). 
 Técnica utilizando casquete de resina auto-
polimerizável 
Esta técnica apresenta a vantagem da camada do 
material de moldagem ser menor e mais homogênea 
em todos os seus pontos, o que teoricamente 
apresentará moldes mais fiéis e em consequência, 
troquéis mais exatos. Nesta técnica existe a 
necessidade de um alívio de 2 mm entre o preparo e o 
casquete que será ocupado pelo material de 
moldagem. Além disso, apresenta como 
desvantagem, um gasto maior de tempo clínico para a 
confecção do casquete de moldagem em resina 
autopolimerizável (MEZZOMO et al., 2006). 
 Técnica de reembasamento com espaçador de 
2 mm 
Esta técnica utiliza um espaçador durante a moldagem 
com a pasta densa para que a pasta leve seja utilizada 
numa segunda impressão. (NISSAN et al., 2000). É 
uma técnica bastante simples e rápida de ser 
executada. Pode-se utilizar como espaçador, a própria 
restauração provisória, facilitando assim a realização 
da moldagem (MARSHAK et al., 1999). 
 Técnica de reembasamento utilizando o PVC 
Esta técnica utiliza o PCV como material a ser 
interposto nos preparos dentários executados. Com 
isso, o PVC proporciona um espaço que será ocupado 
pela pasta fluída, após a polimerização da massa 
densa (NISSAN et al., 2000). 
 Técnica de reembasamento utilizando lençol 
de borracha 
É a mesma técnica de reembasamento com PVC. No 
entanto, utiliza-se o lençol de borracha, como alívio 
na massa densa que será ocupado pela pasta fluída 
(NISSAN et al., 2000). 
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