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Gustavo Moreno T19 Aula 16: Osteoporose: Introdução: -Osteoporose – osso poroso -Pouco diagnosticada ainda, principalmente em homens -Aumento da mortalidade e morbidade -A fragilidade contribui para o aumento de quedas e fraturas -Muitos idosos com alto risco de fraturas não são identificados -Importância do diagnóstico precoce -O risco de fratura osteoporótica é multifatorial Obs: é assintomático, o paciente só lembra que tem quando fratura 2 células da massa óssea: osteoclasto (reabsorção), osteoblasto (formação) Definição: -Doença osteometabólica sistêmica caracterizada pela diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, com maior suscetibilidade a fraturas Epidemiologia: -Prevalência de 50% para as mulheres e 20% para os homens -Aumenta a incidência com a idade -Homens têm maior mortalidade que as mulheres nos casos de fraturas -Fraturas de quadril e vértebras são responsáveis por mortalidade de 20% em 1 ano -50% dos pacientes pós fratura ficam dependentes para as atividades da vida diária -Tem relação com a sarcopenia (diminuição da massa e da força muscular) Fatores de risco: -Raça asiática (+ comum) ou caucasiana, mulheres negras têm menos fraturas -Fatores genéticos -Pessoas magras ou baixo peso -Sedentarismo -Imobilidade (acamados perdem muita massa óssea) -Menor produção de vitamina D (por causa do envelhecimento) -Álcool, bebidas a base de cola (diminui a massa óssea) -Tabagismo (para pacientes com menos de 60 anos que fumam durante muito tempo, já pode pedir densitometria óssea) -Dieta pobre em cálcio -Antecedente de fraturas em parentes de 1º grau -Pouca exposição solar -Medicamentos → corticoides, anticonvulsivantes, imunossupressores, lítio, varfarina, heparina, mtx, -Hipogonadismo em homens -Fratura prévia -Menopausa precoce não tratada -Doenças que levam a perda óssea → leucemia, AR, CA, hipertireoidismo, mieloma múltiplo Classificação: Primária tipo I Predominantemente em mulheres, associada à menopausa Perda acelerada do osso trabecular Fraturas vertebrais comuns Primária tipo II Ocorre tanto em mulheres quanto em homens idosos Compromete ossos cortical e trabecular Ocorrência de fraturas vertebrais e de fêmur Secundária Endocrinopatias – tireotoxicose, hiperparatireoidismo e hipogonadismo Drogas – glicocorticóides, antiácidos contendo alumínio, hormonio tireoidiano, anticonvulsivantes, ciclosporina A Doenças genética – osteogenesis imperfecta AR Doenças TGI Transplante de órgãos Imobilização prolongada Mieloma múltiplo CA de mama Anemias crônicas Mastocitose Tto prolongado com heparina Secundária: Insuficiência renal crónica Hipercalciúria idiopática Paraplegia, quadriplegia Deficiência de proteína Medicamentos: inibidores de bomba de prótons, excesso de vitamina A, ISRS, glitazonas Locais de fraturas: Fêmur proximal Rádio distal – (+) idosos mais jovens Úmero proximal Quadro clínico: -Assintomático -Fratura de fêmur, punho, úmero e vertebrais (úmero é o menos frequente) -As fraturas de vértebras mais frequentes são as torácicas inferiores (T11/T12) e lombares superiores (L1/L2) -Causas das fraturas vertebrais – quedas, inclinar-se para frente, ao tossir, levantar um peso, sentar abruptamente -Dor de fratura vertebral é aguda, forte intensidade, dura de 6 a 8 semanas, piora com a digitopressão e com os pequenos movimentos (respirar, deitar) -Cifose – colapso vertebral progressivo, “corcunda de viúva" -Cifose – leva a obstipação, plenitude pós-prandial, dor abdominal, diminuição da expansibilidade pulmonar, problemas com a deglutição (compromete o estado geral do paciente) Fratura em tipo em bacalhau: → Fratura vertebral → Compressão de vertebral que gera achatamento vertebral → Fratura em tipo Bacalhau Candidíase inframamária Aumento de incidência de infecções pulmonares Pelas mamas que caem com o envelhecimento e por baixo das mamas por ser quente Exames complementares: Exames laboratoriais: -Hemograma (anemia? pensar em neoplasia → mieloma), eletroforese proteica (gamapatia monoclonal), creatinina, PTH (hiperparatireoidismo), Ca+ iônico (vai estar aumentado – lembrar que ele não está ligado a albumina), fósforo, vitamina D, calciúria de 24 horas (espoliação de Ca+ por via urinária), TSH (tireotoxicose) e fosfatase alcalina (vai estar aumentado, além das doenças hepáticas, tumores metastáticos ósseos) -Osteocalcina -Outros: LH, FSH, GH, anticorpos, anticorpos antitransglutaminase e endomísio (para ver doença celíaca → diarréia, emagrecimento e osteoporose) -Testosterona (principalmente após os 70 anos – baixa na testosterona maior chance de ter osteoporose) Exames radiológicos: -Rx de coluna dorsal e lombar – diminuição da densidade óssea, acentuação das corticais ósseas dos corpos vertebrais, acentuação do trabecular, vertebral côncavas, achatadas,a cunhadas ou por compressão. -Densitometria óssea → padrão ouro Duplas emissão com fontes de raio-x ⇒ T-Score: (+ usado no dia a dia) Indica que a densidade mineral óssea do usuário está sendo comparada a valores de referência de alguém do mesmo gênero, no pico de massa óssea entre 25 a 35 anos → compara com pacientes jovens!! ⇒ Z-Score: São os números de DMO de um usuário comparados com um grupo da mesma faixa etária, massa corporal e gênero Obs → quando pedir densitometria em pacientes sem fatores de risco? > 60 anos para as mulheres e >70 anos para os homens Normal // Osteopenia // Osteoporose // Osteoporose grave ⇒ Osteoporose: valores de DMO abaixo de -2,5 desvios padrão de referência com a normalidade ⇒ Osteopenia: valores de DMO entre -1,0 e -2,5 desvios padrão de referência com a normalidade ⇒ Normal: valores de DMO dentro da normalidade de referência → entre o 0 e -1,0 Tratamento: Preventivas: -Boa nutrição -Ingesta de cálcio – 1000 a 1500mg por dia -Bom aporte proteico (estimular a massa muscular) Atividade física, evitar o álcool e tabagismo -3x por semana, mínimo 30 minutos → musculação leve -Caminhadas diárias, por 40 minutos Controle do ambiente para evitar quedas -Tirar fios soltos, brinquedos dos netos e dos animais, tapetes -Boa iluminação noturna, barras de apoio Tratamento farmacológico: Anti reabsortivos ósseos Bifosfonatos – alendronato sódico, risedronato sódico, ibandronato sódico (“piorzinho” demonstrado por estudos), pamidronato *Inibem os precursores dos osteoclastos *86% de aumento da massa óssea *Reduz as fraturas axiais em 50% *Alendronato 70 mg em jejum/semana, Ibandronato 150 mg/mensal e Risedronato 35 mg/semana e 150 mg mensal *Não protege contra fratura de quadril *De todos, o ibandronato é o pior!! (ganho de massa óssea e de fêmur não foi tão significativo) Potência dos Bifosfonatos: *Ácido zoledronico → risedronato sódico, ibandronato → alendronato sódico Obs: alendronato: não protege o quadril *Ácido Zoledrônico: injetável, dar a cada 6 horas ou a cada 12 horas. É uma medicação cara e é usada quando o paciente não suporta mais a medicação oral ou quando quer essa opção terapêutica. Feito em ambiente hospitalar, pois tem caso de fibrilação atrial na pós medicação. *Ibandronato sódico – não protege contra fratura de quadril *Avaliar depois de 5 anos → risco de fraturas atípicas do fêmur *Tomar as medicações em jejum e não pode deitar depois que toma *Podem fazer osteonecrose em mandíbula Osteoformadores *Teriparatida!! *Injetável *$$ *Age sobre os osteoblastos, aumentando a ação dessas células *Ação precisa na osteoporose severa, com alto risco de fratura *Custo elevado *Contra indicado na Insuficiência renal Denosumab e Romosozumab *Injeção subcutânea *Indicação na falha, intolerância ou contraindicação aos bifosfonatos, pacientes graves ou de alto risco *Usado cada 6 meses *Evita a formação dos precursores dos osteoclastos. Suplementação de Ca++ e vitamina D *Avaliar risco e benefícios (pois o cálcio se deposita nas artérias, principalmente o carbonato de cálcio) *Carbonato de cálcio, fosfato tribásico de cálcio, cálcio citrato malato *Cálcio citrato malato usar naqueles com constipação ou com história de calculo renal*Reposição de vitamina D – 400 ui a 800 ui/dia *Deficiência de vitamina D – 50.000 ui/semana 8 semanas Estrogênios: *Não é a primeira opção no tratamento da osteoporose*** *VO ou transdérmico *Age como anti-reabsortivo ósseo *Aumenta o Risco de TVP e CA de mama *Para aquele paciente idoso + jovem *Se o paciente é fumante, não dar o estrogênio Raloxifeno: *Prevenção e tratamento da osteoporose *Aumento da massa óssea é menor do que dos estrogênios *Reduz fraturas de coluna em 50%, mas não reduz de quadril *Mais usado em idosas mais jovens e OP de coluna Calcitonina: Hoje em dia não é mais usada para tratamento para osteoporose Age nos osteoclastos, inibindo a reabsorção óssea Usada normalmente em pacientes com fraturas de vértebras Usada nos pacientes com fraturas para diminuir a dor, pois libera endorfinas Nasal na dose 200 UI por borrifada Aumento discreto da densidade mineral óssea Não é mais usada para tratamento de osteoporose hoje em dia – difícil de encontrar!!
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