Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INTRODUÇÃO Os cromossomos (cromatina condensada) são corpúsculos compactos que carregam a informação genética. É constituído por uma longa e linear molécula de DNA associada a proteínas. A citogenética clinica é o estudo dos cromossomos, mostrando as anomalias cromossômicas, por meio da alteração do número ou na estrutura do cromossomo. MUTAÇÕES ESTRUTURAIS As alterações cromossômicas estruturais ocorrem principalmente na meiose (processo que forma células germinativas, 4 células) Na replicação (duplicação) do DNA pode haver um erro também, causando alteração cromossômicas Os microtúbulos no processo de meiose ii, pode causa dano estrutural se “puxarem errado”. Crossing-over: garante a variabilidade genética. Os cromossomos homólogos fazem um looping e que nessas curvas que eles trocam as informações, podendo haver erro também. Momento muito crítico. Motivos externos: Físicos = radiação (raios x, alfa, beta e gama), radiação ultravioleta, temperatura. Químicos = Colchicina, gás mostarda, talidomida, alcatrão, benzeno, brometo de etídeo (ele intercala no DNA na hora da replicação). Biológicos = vírus (Oncovírus), bactérias e alguns protozoários (toxoplasmas). TIPOS Alteração cromossômica estrutural = rearranjo estruturais são considerados balanceado, se não houver perda ou ganho de material, se houver, será desbalanceado. Deleções e duplicações: Deleções: deletar, apagar. Uma parte do cromossomo foi apagada/deletada/retirada, isso pode causar um desbalanço de informação. Duplicação: parece ser menos prejudicial, uma vez que a duplicação resulta em um desbalanço cromossômico levando a uma anomalia fenotípica (mais raro) DELEÇÃO Síndrome CRI DU CHAT: Deleção no segmento braço curto do cromossomo 5, essa parte do segmento é responsável pela: fala (formação das cordas vocais), choro miado, retardo mental, fenotípico facial. Microcefalia, hipertelorismo, pregas epicânticas 1 a cada 15.000 Síndrome de WOLF-HIRSCHHORN Uma deleção, um caso raro, 1/3 morrem nos primeiros anos de vida. Ocorre no segmento do braço curto do cromossomo 4. Como identifica um paciente: 46, XX, del. (4) (p15.1). Características fenotípicas: microcefalia, dimorfismo facial (alteração óssea), ptose palpebral (perda do controle da pálpebra), glabela proeminente (região da sobrancelha projetada, nariz largo. OBS.: Identificação no cromossomo: 1. número de cromossomos 2. cromossomo sexual 3. a mutação 4. região do braço (p curto e q longo) 5. o número do segmento TRANSLOCAÇÃO Uma forma comum de rearranjo cromossómico. Ocorre nos cinco pares de cromossomas humanos que são acrocêntricos: 13, 14, 15, 21 e 22. (Age no cromossomo e não no gene). Os braços curtos são perdidos Alguns rearranjos são estáveis, mas os gametas ficam desbalanceados. Portadores de translocações robertsonianas envolvendo cromossomo 21 estão sob o risco de terem criança com síndrome de Down por translocação A = Complementos normais e balanceados. B = Desbalanceado, um produto com cromossomo de translocação e o cromossomo 21 normal e o produto recíproco com apenas o cromossomo 14. C = Desbalanceado, um produto com o cromossomo de translocação e o cromossomo 14, e o produto recíproco com apenas o cromossomo 21. OBS.: Teoricamente, há seis tipos possíveis de gametas, mas três deles parecem incapazes de levar à prole viável. Apenas os três gametas sombreados à esquerda podem levar a uma prole viável CROMOSSOMO ANEL Geralmente originam-se da delação de ambos os braços de um cromossomo com a subsequente fusão das extremidades e perda do segmento distal. 1 a cada 27.000 Pode ocorrer em todos cromossomos, mas é recorrente no 13 e 18. Pode resultar em monossomia (Indivíduo apresenta apenas um cromossomo de um determinado par) MUTACÕES NÚMERICAS A disjunção de cromossomos homólogos ocorre durante a meiose 1. Nessa separação, a um alinhamento entre os dois homólogos, precisa que as conexões (sinapses) com outros estejam fortes, depois uma interação com o fuso mitótico, seu desprendimento e do movimento subsequente para polos opostos e para as diferentes células- filhas. TIPOS Diploide (2n) = característico das células somáticas normais, dois outros complementos cromossômicos euploides. Triploide (3n) e tetraploide (4n) TRIPLOIDIA A triploidia = as crianças triploides podem nascer vivas, embora eles não sobrevivem por muito tempo, mas maioria vivem até o primeiro trimestre da gestação, a maioria resulta da fertilização do óvulo por dois espermatozoides (dispermia). Outros casos são causados pela falha em uma das divisões meióticas em um dos genitores, resultando num óvulo ou espermatozoide diploide. OBS.: trio em vez de pares ANEUPLOIDIA Distúrbio mais comum, ocorrendo em pelo menos 5% de todas as gestações reconhecidas. Pacientes aneuploides: Trissomia (maioria) = três em vez do par normal em determinado cromossomo. Pode ocorrer em qualquer cromossomo, que será compatível a vida, a amis comum é a trissomia 21, Síndrome de Down (cariótipo 47, XX, +21 ou 47, XY, +21). OBS.: Também é comum a trissomia 18 e 13. Assim, é notável que a trissomia do 13, 18 e 21, são as mais comuns, porque possuem menor número de genes. OBS.: Trissomia em autossomos com maior numero de genes quase sempre é letal. Monossomia (minoria) = apenas um representante de um determinado cromossomo. OBS.: A monossomia em um cromossomo inteiro quase sempre é tela, com exceção da monossomia do cromossomo X (Síndrome de Turner) SÍNDROME DE TURNER Ausência de um cromossomo X, sempre do sexo feminino. 98% de todos os fetos sofrem aborto espontâneo durante a gestação. Monossomia completa: Mosaicismo = 30% dos casos Inativação do cromossomo X depende do centro de inativação do X (CIX). Nos cromossomos X normais, o CIX reside em Xq13.2, que contém alguns genes de RNA não codificantes (RNAnc), incluindo o XIST, o gene de controle de inativação mestre do X. No desenvolvimento inicial em embriões XX, o RNA do XIST estende-se ao longo do comprimento de um X, que se tornará o X inativo (Xi), com silenciamento epigenético da maioria dos genes naquele cromossomo X, resultando em expressão monoalélica da maioria, mas não de todos os genes ligados ao X Sintomas externos: baixa estatura, pele extra no pescoço, tórax largo, mamilos afastados, escoliose, dedos pequenos. Sintomas internos: ovários subdesenvolvidos, infertilidade, ausência de menstruação, problemas cardíacos, hipertensão arterial, problemas de audição, dificuldades visuais e auditivas, problemas renais e nas tireoides, osteoporose. SÍNDROME DE EDWARDS Cariótipo: 47, XX ou XY +18. Incidência de 1 a cada 8.000 RN. Sintomas: baixo peso ao nascimento, microcefalia, micrognatia (def. mandíbula), crises cianose, distúrbios mentais graves, tremores e convulsões, hipertonia, orelhas malformadas, genitais anormais. Expectativa de vida baixa, pela malformação de alguns órgãos. SÍNDROME DE PATEU Cariótipo: 47, XX ou XY +13 Malformação do sistema nervoso central e cardíaco. Defeitos na formação dos olhos ou ausência dos mesmos. Problemas auditivos, anormalidade no controle da respiração. Fenda palatina ou lábio leporino. Rins policísticos e polidactilia. Expectativa de vida muito baixa (6meses de via). SÍNDROME DE DOWNCariótipo: 47 XY/XX Malformação cardíacas e pulmonares, problemas sanguíneos, infertilidade masculina. Epicanto (dobra no olho), machas de Brushield na íris, orelhas pequenas, perda da audição, sobredobramento de ramo horizontal de hélix. SÍNDROME DE KLINEFELTER Cariótipo: 47, XXY Características: calvície frontal ausente, tendência para crescer menos pelos, desenvolvimento de seios, pelos pubianos femininos, testículos reduzidos, fraco crescimento de barba, ombros estreitos, ancas largas (quadril), braço e perna compridos. Adolescência: estatura maior que média. Puberdade ausente, atrasada ou incompleta. Músculos poucos desenvolvidos, pênis pequeno, ginecomastia, problemas mentais. Adulto: infertilidade, testículo e pênis pequenos, ossos fracos, diminuição dos pelos na face e corpo, ginecomastia e diminuição do desejo sexual.
Compartilhar