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ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO E RESENHA-Senhora de José de Alencar

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COLÉGIO TIRADENTES 
DA BRIGADA MILITAR DE 
SANTO ÂNGELO 
 
 
 
 
 
GUSTAVO FIGUEIREDO PRESTES MANUELA BUENO LEMOS, 
BERNARDO CHAGAS, FABRÍCIO RIBAS HENKE 
 
 
 
 
ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO E RESENHA: A senhora de José de 
Alencar (1875) 
 
 
 
 
 
Professor (a): Cristiane Raquel Machado 
Componente Curricular: Literatura 
Santo Ângelo/RS 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santo Ângelo- RS 
2023 
 
GUSTAVO FIGUEIREDO PRESTES 
 
ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO E RESENHA: A senhora de José de 
Alencar (1875) 
 
Trabalho de leitura apresentado a disciplina de 
Literatura da turma 201 pelo 2ºano do Ensino Médio 
do Colégio Tiradentes da Brigada Militar de Santo 
Ângelo 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 01 
2 ELEMENTOS DA NARRATIVA ................................................................................. 02 
2.1 Personagens...................................................................................................................... 04 
2.2 Narrador .......................................................................................................................... 04 
2.3 Tempo ............................................................................................................................... 04 
2.4 Espaço ............................................................................................................................... 04 
2.5 Enredo .............................................................................................................................. 04 
2.6 Conflito ............................................................................................................................. 04 
3 ESTRUTURA DO ROMANCE ..................................................................................... 04 
3.1 Introdução ........................................................................................................................ 04 
3.2 Desenvolvimento .............................................................................................................. 04 
3.3 Clímax .............................................................................................................................. 04 
3.4 Conclusão ......................................................................................................................... 04 
4 ANÁLISE CONTEMPORÂNEA .................................................................................. 04 
5 RESENHA DO LIVRO .................................................................................................. 04 
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 04 
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 04 
 
 
 
 
04 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Senhora é um romance escrito por José de Alencar, publicado em 1874 na forma de folhetim. 
É um dos últimos romances do autor, que irá morrer três anos depois, e juntamente com 
“Iracema” e “Lucíola”, é um dos melhores livros escritos por ele. 
A obra pertence ao Romantismo, por sua temática, seu modo de escrita e seu final feliz. É 
conhecido por ser um romance urbano, que difere de outros romances campestres e indigenistas 
do autor. 
Sendo o livro Senhora uma obra da maturidade de José de Alencar, como acentuam muitos 
críticos, ela traz uma construção sofisticada do perfil da personagem principal e alguns de seus 
agregados e tem um narrador que, em sua onisciência, domina o discurso e faz, ele mesmo, a 
primeira interpretação da história que narra. Desta forma, Senhora incorpora algumas 
características já presentes no romance europeu e prepara o público leitor para experiências 
ainda mais ousadas no romance brasileiro. 
. 
04 
 
2 ELEMENTOS DA NARRATIVA 
"Senhora", de José de Alencar, é uma obra que apresenta os elementos fundamentais da 
narrativa, como personagens, enredo, tempo, espaço e narrador. 
 
2.1 Personagens 
1. Fernando Seixas: Jovem estudante de Direito, bem vestido e apreciador da vida em 
sociedade. A falta de dinheiro o conduz a acreditar que a única maneira de evitar a ruína final 
é casando-se com um bom dote. Envolvido pelo amor de Aurélia, chega a pensar em abandonar 
os hábitos caros, mas acaba percebendo que não consegue viver longe da sociedade. Depois do 
casamento por interesse, é humilhado, arrepende-se e consegue resgatar o dinheiro que recebeu 
a Aurélia. 
 2. Aurélia Camargo: Moça pobre. Aurélia é decente e apaixonada por Fernando Seixas. A 
decepção amorosa transforma-a numa mulher vingativa e fria, mas que não consegue disfarçar 
seu verdadeiro sentimento por Seixas. Seu comportamento é típico de uma esquizofrênica, já 
que se vê dividida entre sentimentos contraditórios até o final do romance. O amor parece ser 
sua salvação, redimindo-a de perder o homem que ama por causa de seu orgulho. 
3. Dona Emília: Viúva, mãe de Aurélia. Mulher honesta e séria, que amargou imenso sofrimento 
por causa de seu amor por Pedro Camargo. 
4. Pedro Camargo: Pai de Aurélia, filho natural de um rico fazendeiro do interior de São Paulo, 
de quem nutria grande medo. Morre à mingua por não conseguir confessar seu casamento contra 
a vontade do pai. 
 5. Lourenço Camargo: Avô de Aurélia. Pai de Pedro. Homem duro e rústico, mas que procura 
ser justo depois que descobre a existência do casamento do filho. 
6. D. Firmina: Parente distante de Aurélia e que lhe serve de companhia quando fica rica. 
 7. Lemos: Tio de Aurélia. “Velho de pequena estatura, não muito gordo, mas rolho e bojudo como um 
vaso chinês. Apesar de seu corpo rechonchudo tinha certa vivacidade buliçosa e saltitante que lhe dava 
petulância de rapaz, e casava perfeitamente com seus olhinhos de azougue.” Foi escolhido por Aurélia 
como tutor porque a moça podia dominá-lo facilmente. 
 
04 
 
 
 
2.2 Narrador 
O romance é narrado em terceira pessoa por um narrador onisciente, ou seja, que tudo sabe 
sobre as personagens, penetrando em seus pensamentos e em sua alma. Esse narrador é também 
intruso, já que interfere em vários momentos, apresentando-se ao leitor. A técnica narrativa 
empregada por Alencar em Senhora é sem dúvida bem moderna, se tomarmos como base suas 
obras anteriores, já que o autor utiliza digressões. 
 
2.3 Tempo 
O tempo é cronológico, tomando como base o século XIX, durante o Segundo Império. 
Entretanto, não há linearidade, já que a história é contada a partir de flash-back, recursos 
narrativos extremamente importantes, já que auxiliam na narração de fatos passados. Nesse 
sentido, é divido em uma parte que há a reprodução do passado de Aurélia e um no presente, 
respectivamente dentro da história. 
2.4 Espaço 
O espaço central da narrativa é Rio de Janeiro. Mais especificadamente no bairro dos Limoeiros. 
 
2.5 Enredo 
Na primeira parte, intitulada "O Preço", Aurélia Camargo é apresentada ao leitor como uma 
jovem de 18 anos, linda e debutando nos bailes. A principal ação desta primeira parte do 
romance tem início quando Aurélia pede ao tio que ofereça ao jovem Fernando Seixas, recém-
chegado na corte após uma longa viagem ao Nordeste, a sua mão em casamento. Entretanto, 
uma aura de mistério cobre o pedido, pois Fernando não deve saber a identidade da pretendente 
e, além disso, a quantia do dote proposto deve ser irrecusável: cem contos de réis ou mais, se 
necessário. A habilidade mercantil de Lemos, que chega a ser caricata, e a péssima situação 
financeira de Fernando - moço elegante, mas pobre, que gastou o espólio deixado pelo pai e 
que precisava restituí-lo à família para a compra do enxoval da irmã - fazem com que os planos 
de Aurélia deem certo. Na noite de núpcias, Fernando se surpreendeao ver nas mãos de Aurélia 
um recibo assinado por ele aceitando um adiantamento do dote. Aurélia se enfurece e o acusa 
de mercenário e venal. Então, começa a contar a vida e os motivos que a levaram a comprá-lo. 
04 
 
 
Na segunda parte, "Quitação", conhecemos a vida de ambos os protagonistas e há um retorno 
aos acontecimentos em suas vidas, o que explica ao leitor o procedimento cruel de Aurélia em 
relação a Fernando. Já na terceira parte, "Posse", a história retorna ao quarto do casal. Vemos 
Fernando arrasado de vergonha, mas Aurélia toma o seu silêncio como cinismo. É o início da 
fase de hipocrisia conjugal. 
 
Na quarta parte, "Resgate", temos o desenrolar da trama. Intensificam-se os caprichos e as 
contradições do comportamento de Aurélia, ora ferina, mordaz, insaciável na sua sede de 
vingança, ora ciumenta, doce, apaixonada. Intensifica-se também a transformação de Fernando, 
que não usufrui da riqueza de Aurélia, tornando-se modesto nos trajes, assíduo na repartição 
onde trabalhava, e assim adquirindo, sem perder a elegância, uma dignidade de caráter que 
nunca tivera. 
 
No final, um ano após o casamento, Fernando negocia com Aurélia o seu resgate. Devolve-lhe 
os vinte contos de réis, que correspondiam ao adiantamento do montante total do dote com o 
qual possibilitava o casamento da irmã, e mais o cheque que Aurélia lhe dera, de oitenta contos 
de réis, na noite de núpcias. Separam-se, então, a esposa traída e o marido comprado, para se 
reencontrarem como amantes. A última recusa de Seixas é debelada quando Aurélia lhe mostra 
o testamento que fizera, quando casaram, revelando-lhe o seu amor e destinando-lhe toda a sua 
fortuna. 
 
2.6 Conflito 
O conflito amoroso entre os protagonistas nasce desse choque entre os sentimentos e o interesse 
econômico. Aurélia Camargo é uma mulher de personalidade forte, carregada de 
sentimentalismo romântico. Daí sua contradição, sua personalidade marcada por extremos 
psíquicos: dá maior valor aos sentimentos, mas vale-se do dinheiro para atingir seu objetivo de 
obter o grande amor de sua vida, Fernando Seixas. Dessa forma, o dinheiro acaba impondo o 
valor burguês que lhe era atribuído na sociedade do século XIX. A realização amorosa só se 
cumpre depois de Aurélia vencer a aparente esquizofrenia que parece conduzi-la á dúvida 
quanto às intenções de Fernando Seixas. O comportamento esquizoide manifesta-se nas atitudes 
antitéticas de desejar o amor do marido com todas as suas forças, mas lutar contra o mesmo até 
suas últimas reservas. 
04 
 
 
3 ESTRUTURA DO ROMANCE 
"Senhora" é um romance e sua estrutura é dividida em quatro partes: "O Preço", "Quitação", 
"Posse" e "Resgate". Cada parte tem um desenvolvimento narrativo próprio e juntas formam 
a trama completa da obra. Nesse sentido, cada fragmento da obra representa, de certa 
forma, a introdução, desenvolvimento, clímax e conclusão. 
3.1 Introdução 
Primordialmente, a obra faz a caracterização do espaço, introduzindo os personagens em 
torno de uma sociedade elitizada. Nesse sentido, há a introdução dos personagens principais, 
do espaço e do tempo, havendo ainda a apresentação da escassez de linearidade da obra, 
posteriormente é apresentado uma problemática em que haverá um desenvolvimento. 
Ademais, nesta primeira parte, conhecemos Aurélia Camargo, uma jovem rica, que frequenta 
as melhores festas da alta sociedade carioca. Ao se questionar sobre seu futuro, juntamente 
com seu tutor o Sr. Lemos, Aurélia lhe pede que faça uma proposta de casamento a um rapaz 
chamado Fernando Seixas. 
 Lemos faz a proposta de casamento a Fernando Seixas, que, mesmo sem conhecer a noiva, 
recebe o valor de 100 contos (valor do dote) aceitando, portanto, o compromisso de 
casamento. Quando é apresentado à Aurélia, Seixas sente uma profunda humilhação, pois em 
tempos passados havia rompido seu noivado com Aurélia para ficar noivo de outra moça, por 
esta ser mais rica. 
 
3.2 Desenvolvimento 
Com relação à segunda parte, a história da personagem principal, Aurélia Camargo, é 
contada com detalhes. É narrado desde a infância pobre da família de Aurélia até a morte de 
sua mãe, que a deixa órfã e desamparada. Algum tempo depois, Aurélia conhece Fernando 
Seixas e ambos se apaixonam. No entanto, ao perceber que Aurélia era muito pobre e que 
eles não teriam um futuro próspero juntos, Fernando se arrepende e arranja outra noiva com 
mais posses. Dessa forma, essa segunda parte termina quando Aurélia recebe uma herança 
inesperada de um avô paterno que ela não conhecia, deixando toda a sua herança abastada 
para ela por conhecer a existência de uma neta muito pobre. Após a decepção amorosa de 
Aurélia, ela jamais se esqueceria da traição de Fernando. É por isso que, por intermédio de 
04 
 
seu tutor, o Sr. Lemos, Aurélia decide fazer a proposta de casamento a Fernando sem que ele 
soubesse quem era a noiva. Fernando aceita a proposta de casamento sem imaginar que a 
noiva era Aurélia Camargo, conforme mencionado acima. 
3.3 Clímax 
Na terceira parte do romance, podemos verificar toda a rotina da vida de casados de Aurélia 
Camargo e Fernando Seixas, que vivem de aparências, já que para toda a sociedade carioca, 
eles parecem ser um casal feliz, contudo, quando estão a sós, Aurélia faz questão de humilhar 
Fernando financeiramente ou seja, sempre deixando claro que Fernando se “vendeu” por 
dinheiro ao aceitar a proposta de casamento. Apesar de serem apaixonados, vivem como “cão 
e gato”, pois o orgulho, vaidade, vingança e o despeito, não deixam que eles se entendam e se 
perdoem para serem verdadeiramente felizes. 
 
3.4 Conclusão 
Os principais acontecimentos finais do romance ocorrem nesta quarta parte, nas últimas folhas 
do romance. Bem como o relacionamento complicado entre os dois personagens apenas fica 
esclarecido ao (a) leitor(a) na última parte do romance. 
Fernando, com o dinheiro de seu trabalho, arrecada o valor de 100 contos (valor do dote pago) 
e assim, reembolsa Aurélia todo o dinheiro da compra e venda do casamento arranjado. Após 
esse episódio, Fernando pede o divórcio a Aurélia. 
Nesse momento, Aurélia fica desesperada com a possibilidade da ruptura matrimonial, e 
impede que ele vá embora, confessando e manifestando seu amor por Fernando. Os 
personagens principais do romance finalmente se perdoam e se aceitam como marido e 
mulher. 
Por fim, entendemos que a real motivação de Aurélia ao se casar com Fernando nunca foi a 
vingança. O casal apenas conquista a felicidade 11 meses após o casamento, já que fica 
esclarecido para ambos que o verdadeiro motivo da união não foi o dinheiro, tampouco a 
revanche, e sim o amor que, por mero orgulho, não ousavam revelar um ao outro. 
 
 
 
 
04 
 
4 ANÁLISE CONTEMPORÂNEA 
"A Senhora" é um romance escrito por José de Alencar em meados do século XIX, que retrata 
a história de Aurélia Camargo, uma jovem órfã e pobre que se casa com Fernando Seixas, um 
rapaz que a rejeitara por causa de sua condição social, mas que acaba aceitando casar-se com 
ela sem saber que ela era a misteriosa noiva oferecida por seu tio. 
Embora seja uma obra literária de ficção escrita há mais de 150 anos, "A Senhora" apresenta 
temas e problemas que ainda são relevantes na sociedade atual. Um deles é a questão da 
desigualdade social e a luta por ascensão social. Aurélia é uma personagem que representa a 
busca pela mobilidade social em uma sociedade que valoriza a riqueza e o status, e essa 
questão ainda é muito atual, especialmente em países com altos níveis de desigualdade como 
o Brasil. 
Outro tema presente no livro é a questão do poder nas relações interpessoais, especialmente 
nas relações amorosas. Aurélia, após ser rejeitada por Fernando, usa o dinheiro como forma 
de controlar a situação e conseguir se casar com ele. Esse tema ainda é muito atual, visto que 
em muitas relações amorosas, umdos parceiros pode ter mais poder financeiro ou social e 
usar isso para controlar a outra pessoa. 
Além disso, a obra também retrata a questão da identidade feminina e o papel da mulher na 
sociedade. Aurélia é uma personagem forte e decidida que luta por seus interesses e sua 
independência, mesmo em uma sociedade que valoriza a submissão feminina. Esse tema 
também é muito atual e ainda é objeto de muitas discussões e lutas feministas. 
Em suma, apesar de ter sido escrito há mais de um século, "A Senhora" ainda é uma obra 
relevante e atual que retrata temas importantes e problemas sociais que ainda são presentes na 
sociedade contemporânea 
 
 
 
. 
 
04 
 
5 RESENHA DO LIVRO 
" Senhora" é um romance escrito por José de Alencar, publicado originalmente em 1875. A 
obra narra a história de Aurélia Camargo, uma jovem órfã que herda uma grande fortuna após 
a morte de seu avô. Aurélia, que antes era pobre e desconsiderada pela sociedade, torna-se 
uma das mulheres mais ricas e poderosas do Rio de Janeiro. Diante desse contexto, ao se 
tornar rica, Aurélia começa a ser cortejada por diversos pretendentes, incluindo Fernando 
Seixas, um antigo amor da juventude, que agora está falido e depende do dote da jovem para 
se casar. Aurélia, porém, não quer se casar com alguém que só a quer por seu dinheiro, e 
decide se vingar de todos os homens que a desprezaram no passado, mostrando que ela agora 
é uma mulher poderosa e influente. 
Nessa perspectiva, o livro retrata a sociedade brasileira do século XIX, com seus valores e 
costumes rígidos, especialmente no que se refere ao papel da mulher na sociedade. A 
personagem de Aurélia é uma representação da mulher forte e independente, que luta contra 
as convenções sociais impostas às mulheres de sua época. Dessarte, o romance é repleto de 
reviravoltas e intrigas, mas é também notório pela excessividade de adjetivos que permeiam 
sua narrativa. 
Portanto, ao ler "Senhora", é impossível não notar a profusão de adjetivos que Alencar utiliza 
para descrever cada detalhe, cenário e personagens da trama. Ainda que isso possa ser visto 
como uma característica estilística do autor, a verdade é que essa excessividade acaba 
prejudicando a fluidez da leitura e tornando-a cansativa. Sob essa ótica, quando se descreve a 
beleza de Aurélia, o autor não se contenta em chamá-la apenas de "bonita" ou "atraente", mas 
usa expressões como "radiante de formosura" e "sobrenaturalmente bela". 
Outrossim, apesar de ser um clássico da literatura brasileira, " Senhora" apresenta algumas 
falhas em sua trama. A construção dos personagens masculinos, por exemplo, é fraca, com 
muitos deles sendo retratados como superficiais e interesseiros. Além disso, a história 
apresenta alguns momentos previsíveis e clichês, principalmente quando se trata do romance 
entre Aurélia e Fernando. 
Depreende-se, portanto, que apesar da excessividade de adjetivos e falhas em sua trama, é 
inegável que "Senhora" é uma obra importante da literatura brasileira. O romance aborda 
temas como o papel da mulher na sociedade e as relações de poder entre os sexos, além de 
04 
 
trazer à tona questões relacionadas à honra e ao dinheiro. Mesmo assim, a história de Aurélia 
continua atraindo leitores até os dias de hoje. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
04 
 
6 CONCLUSÃO 
Em conclusão, "Senhora" de José de Alencar é uma obra clássica e atemporal da literatura 
brasileira, que retrata de forma vívida a sociedade brasileira do século XIX, suas hierarquias e 
valores, bem como os conflitos emocionais que permeiam as relações amorosas e de poder. 
Além disso, a obra apresenta uma protagonista forte e determinada, que desafia os padrões 
sociais de sua época e luta para conquistar seus objetivos. 
Trabalhar "Senhora" em sala de aula pode ser uma excelente oportunidade para discutir 
questões como a desigualdade social, o papel da mulher na sociedade, a influência do dinheiro 
e do poder nas relações interpessoais, e o impacto da herança cultural em nossas vidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
04 
 
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: Martin Claret, 2018. 
ALENCAR, José de. Senhora. 2. ed. São Paulo: Ática, 1987 
BAPTISTA, Ana Maria Haddad: Senhora: a mulher que soube construir sua liberdade e a 
essência de uma grande paixão: In: ALENCAR, J. M, de, Senhora, 34 ed. São Paulo. 2006. p. 
7-11.

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