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5º SEMESTRE TUTORIA 05 OBJETIVOS: 1. Estudar as doenças inflamatórias intestinais 2. Revisar as hepatites virais 3. Entender a indicação do exame solicitado (screening fecal) 4. Compreender o processo da introdução alimentar no primeiro ano de vida 5. Relembrar antidiarreicos, antiespasmódicos , SRO; Objetivo 1 – Estudar as doenças inflamatorias intestinais As doenças inflamatórias intestinais (DII) são distúrbios inflamatórios crônicos que acometem qualquer porção do trato intestinal. Quando falamos de doenças inflamatórias intestinais, estamos se referindo principalmente a duas doenças, que e a doença de crohn e a retocolite ulcerativa, porem em algumas vezes não conseguimos inicialmente classifica-las e nesse caso chamamos de colite indeterminada, isso acontece em 15% dos casos, ao longo do tempo ocorre uma diferenciação e podemos diferencia-las. Precisamos entender também que elas são doenças multifatoriais e caracterizadas por surtos de remissão e exacerbação. Fisiopatologia A fisiopatologia das DII e muito complexa pois envolve uma interação entre susceptibilidade genética, ambiente onde se vive e resposta imunológica. Então indivíduos predispostos geneticamente, quando entram em contato com algum agente desencadeante geram uma resposta imune desregulada, o que vai gerar uma inflamação também desregulada. Como fatores genéticos foi-se identificados genes que causam susceptibilidade em alguns estudos: • Na doença de crohn os genes NOD2 / CARD 15 • Retrocolite ulcerativa Alelos HLA Como fatores ambientais algumas teorias como higiene, dieta, tabagismo e alteração da microbiota intestinal Fatores de risco Idade entre 15 – 40 anos, tabagismo, genética (parentes de 1º grau), dieta, sedentarismo, obesidade, uso de aines e antibióticos Retocolite Ulcerativa E uma doença que afeta o reto e o colon, e uma doença restrita, que afeta as mucosas do colo e do reto, além de ser uma doença continua e ascendente, reto, sigmoide e colon esquerdo Doença de crohn E uma doença que afeta todo o trato digestivo, desde a boca até a região perianal, ela e extensa e transmural, ou seja, não afeta só a mucosa, ela pode ser descontinua, afetar regiões aleatórias, mais comum no intestino delgado distal e colon direito, e uma doença granulomatosa não caseosa, ou seja não contem área central de necrose, geralmente poucos granulomas são vistos. Quando se encontra muitos granulomas pensa-se em diagnósticos diferenciais Quadro clinico O quadro clinico e muito amplo muito amplo, onde ocorre manifestações no sistema digestivo, extra intestinal e inespecíficos, pois as DII são doenças sistêmicas e também tem manifestações fora do intestino Gastrointestinais – manifestações que dependem de qual segmento do trato gastrointestinal estão envolvidos. Pacientes com doença de retocolite distal vão ter diarreia invasiva, tenesmo (vontade intensa de evacuar), muco, pus ou desinteria. Pacientes com doença de crohn de íleo com abcesso ou com estenose tem quadro de sub- oclusão ou até de oclusão intestinal (impede ou dificulta a progressão do conteúdo através do mesmo), pode cursar com abdome agudo, dor abdominal, náuseas, vômitos. Por se uma doença mais invasiva essas manifestações vão ser mais exuberantes e típicas podendo apresentar estenoses fistulas, abscessos, doença perianal (típica de doença de crohn) e se acometer intestino delgado pode ocorrer problemas de disabsorção Inespecíficos – pode variar muito, desde fadiga, perda de peso, febre e desnutrição, não são típicas de DII Extra intestinais – são importantes pra compreender o contesto inflamatório sistêmico. • Hepatobiliar – colangite esclerosante primaria, que é uma inflamação, com cicatrização progressiva e estreitamento dos ductos biliares dentro e fora do fígado, causando uma diminuição ou interrupção do fluxo biliar, mais comum em retrocolite ulcerativa, doença progressiva, ocorre dilatações e estenoses da arvore biliar, aumenta o risco de colangiocarcinoma (câncer nas vias biliares). • Osteoarticulares – podem ser variadas como artralgia, artrite periférica (associada a atividade da doença) ou espondilite • Dermatológica – pode ocorrer eritema nodoso (paniculite, nódulos dolorosos avermelhados) ou pioderma gangrenoso (lesões ulceradas, extensas, profundas e debilitantes em mãos ou regiões de tendões, pouco dolorosas e de rápida evolução). • Oculares – uveite (é a inflamação em qualquer lugar do revestimento interior pigmentado do olho), episclerite (é uma inflamação do tecido que se encontra entre a esclera e a conjuntiva) e conjuntivite (inflamação da conjuntiva) • Renais – litíase renal por oxalato de cálcio e ácido úrico • Hematológica – pacientes em atividade da doença apresentam hipercoagulabilidade que é a facilidade de ocorrer fenômenos tromboembólicos, paciente internado em atividade da doença, sangrando muito, deve-se usar heparina, pra se evitar trombose venosa profunda ou trombo embolismo pulmonar Diagnostico Para se investigar DII pede-se exames laboratoriais, biomarcadores, exame endoscópico e exames radiológicos Laboratoriais – hemograma (sinais de anemia, plaquetopenia ou leucopenia), avaliação nutricional (albumina sérica, acido fólico e vit B12), provas de atividade inflamatória (PCR e VHS, para avaliar a gravidade da doença e o grau de inflamação). Biomarcadores – existem dois Calprotectina Fecal (mais acessível, alto valor preditivo negativo ajuda mais no diagnostico diferencial, auxilia na conduta, mas não é definidor) e Lactoferrina Fecal (menos utilizada) Exames endoscópicos – colonoscopia (mais útil na maioria dos casos, pois a DII atinge mais reto colo e íleo colonica), endoscopia (quando sintomas de TGI alto), enteroscopia e capsula endoscópica (investigação do delgado, mais caros, contra indicado em estenose de intestino delgado) Exame radiológico – trânsito intestinal, enterografia (tomografia e ressonância magnética), ultrasson, servem para visualizar onde está inflamado e diagnostico, além de ser usado para planejamento operatório, tem a vantagem de não ser invasivo e de fácil acesso Classificação Para de iniciar o tratamento de DII, incialmente devemos classificar o paciente em relação a extensão, gravidade e prognostico em relação a apresentação clínica. Para isso levamos em consideração dados clínicos, laboratoriais e endoscópicos. Para retocolite usamos a classificação de montreal para estadiar a extensão da doença • Proctite/ retite – doença limitada ao reto • Colite esquerda/distal – doença que vai do reto até a flexura esplênica • Pancolite – tudo aquilo que vai além da flexura esplênica Para doença de crohn também, utilizamos a classificação de montreal. Tratamento Tem como objetivo a remissão clínica (remissão dos sintomas), endoscópica (diminuição da atividade inflamatória). O tratamento e dividido em global e medicamentoso Global – suporte nutricional e psicológico, vacinações, evitar AINE’s, tabagismo e rastreio de neoplasias Medicamento – tem algumas técnicas pra guiar qual tratamento escolhe • Step up – otimização progressiva da terapia, conforme a resposta clínica da doença ou exarcebações da doença percebidas pelo paciente ou médico. • Top down – inicio da terapia com drogas potentes (biológicas/imunossupressoras) em casos graves com fatores de mau prognostico e conforme a doença vai ficando mais controlada, vamos descalonando a terapia Medicamentos utilizados: • Derivados de 5-AZA – sulfassalazina e mesalazina, indicados na retocolite ou em quadro articular associado • Corticosteroides – utilizados apenas nas exarcebações da doença, não devem ser utilizados como terapia de manutenção • Imunossupressores – azarioprina (mais utilizada), metrotexate e ciclosporina • Terapia biológica – infliximabe, adalimumabe, certolizumabe, etc, reservada a pacientes mais graves, Objetivo 2 – revisar as hepatitesvirais PDF gledna Objetivo 3 – entender o screening fecal O sangramento no sistema digestivo pode ser causado por algo insignificante, como uma leve irritação, ou grave, como um câncer. Substâncias químicas podem ser utilizadas para detectar uma quantidade de sangue nas fezes que é muito pequena para poder ser vista a olho nu ou alterar a aparência das fezes (o denominado sangue oculto). A detecção dessas quantidades muito pequenas de sangue pode fornecer indícios precoces da presença de úlceras, câncer ou outras alterações. Exames de fezes para detectar material genético oriundo de células cancerosas pode também ser utilizado para detectar câncer. Exame fecal com guáiaco Para esse exame, uma substância química denominada guáiaco é utilizada pra detectar sangue nas fezes. A amostra de fezes para esse exame pode ser obtida pelo médico durante um exame de toque retal com um dedo enluvado. Essa amostra é colocada sobre um pedaço de papel de filtro impregnado com guáiaco. Uma segunda substância química líquida (peroxidase) é acrescentada e a amostra muda de cor se houver sangue presente. A pessoa pode levar para casa um kit contendo os papéis de filtro, o que é preferível. A pessoa coloca as amostras de fezes de aproximadamente três evacuações diferentes sobre os papéis de filtro, que então são enviados ao médico para serem examinadas. Se for detectado sangue, outros exames serão necessários para determinar a fonte. Antes de fazer esse exame, possivelmente será recomendado à pessoa que evite determinados alimentos (por exemplo, carne vermelha) e limite o consumo de vitamina C para menos de 250 miligramas por dia por três dias antes do exame. Teste imuno-histoquímico fecal (FIT) O teste imunoquímico fecal (do inglês fecal immunochemical test, FIT) utiliza anticorpos direcionados contra a hemoglobina humana (uma proteína nos glóbulos vermelhos que faz com que o sangue tenha cor vermelha) para detectar sangue nas fezes. Para esse exame, a pessoa coleta amostras com um kit caseiro parecido com o utilizado para o exame fecal com guáiaco. Se for detectado sangue, outros exames serão necessários para determinar a fonte. Esse exame não exige nenhuma restrição em relação à dieta, medicamentos ou vitaminas. Esses exames imunoquímicos mais recentes são mais exatos que os exames fecais com guáiaco mais antigos e a maioria das diretrizes de associações médicas dá preferência àqueles exames para a realização de exames preventivos para o câncer colorretal. Recomenda-se a realização anual do teste imuno-histoquímico fecal como exame preventivo para o câncer colorretal. Exame fecal genético (exame FIT-DNA) Essa abordagem utiliza uma combinação de um exame de material genético (DNA) associado ao câncer colorretal e o teste imunoquímico fecal (FIT, no qual anticorpos direcionados contra a hemoglobina humana são utilizados para detectar sangue nas fezes). A pessoa coleta amostras para esse exame com um kit caseiro e depois envia as amostras ao laboratório. Se o resultado do exame for alterado, serão necessários outros exames para determinar a fonte. Esse exame não exige nenhuma restrição em relação à dieta, medicamentos ou vitaminas. Esse exame é mais exato que o teste imunológico fecal e é realizado a cada três anos. Contudo, o teste FIT-DNA é mais caro Objetivo 4 compreender o processo de introdução alimentar https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/tumores-do-sistema-digestivo/c%C3%A2ncer-colorretal#v35603715_pt Objetivo 5 – relembrar antidiarreicos, antiespasmosticos e SRO Trato gastrintestinal (TGI): os efeitos da acetilcolina sobre o TGI são reduzidos pela ação antimuscarínica. Os antagonistas muscarínicos causam diminuição do tônus muscular, reduzindo a motilidade do TGI, assim como também reduzem as suas secreções (p.ex., secreção salivar). Contudo, o TGI também apresenta inervação pelo sistema autônomo entérico. Dessa forma, os antagonistas muscarínicos não conseguem causar o bloqueio total das atividades desses órgãos
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