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Prova Final – Filosofia da Educação – Ampli - Anhanguera Questão 1 (Resposta Errada) Respondida No decorrer do século XIV, os conceitos da Idade Média começaram a declinar. De acordo com Russel (2002), surgiram novas forças que fizeram nascer o mundo moderno. Enquanto o período medieval foi marcado pelas ideias relacionadas a Deus e à doutrina cristã, os pensadores do Renascimento se interessavam mais pelo homem. Assim, houve um novo movimento cultural, do qual também se origina a tendência humanista. Com as ciências, a sociedade passou a questionar a visão teológica e, com isso, houve uma superação do dogmatismo que a Igreja impunha para dominar os homens. Diferente do contexto medieval, o Renascimento marcou a grande confiança no poder do homem em alcançar o domínio da natureza, já que antes ele deveria se conformar com a posição em que havia nascido. A respeito dessa mudança de pensamento, observe as afirmativas a seguir: I. O pensamento moderno não trouxe à tona um esforço humano na superação das limitações da concepção medieval. II. As evidências de uma nova forma de pensamento foram surgindo no final do período medieval, assim como ocorreu com a Antiguidade. III. As mudanças no pensamento dos homens desse período ocorreram de maneira brusca, interrompendo um período e começando outro instantaneamente. IV. Do Renascimento até chegar ao Iluminismo há um sobressalto do método científico, culminando no empirismo e no racionalismo, duas formas de se pensar o conhecimento humano. Agora, escolha a alternativa que julga corretamente as afirmativas apresentadas: I e II estão corretas. I e III estão corretas. II e IV estão corretas. III e IV estão corretas. Todas as afirmativas estão corretas. Sua resposta III e IV estão corretas. O aluno deverá ser capaz de, a partir da leitura do Texto-Base e de seus conhecimentos sobre o assunto, inferir que, no decorrer da história, nada ocorreu de maneira brusca, interrompendo um período e começando outro instantaneamente. Pelo contrário, as evidências de uma nova forma de pensamento foram surgindo no final do período medieval, assim como ocorreu com a Antiguidade. Mas o pensamento moderno traz à tona um grande esforço humano na superação das limitações da concepção medieval. Nessa perspectiva, do Renascimento até chegar ao Iluminismo, há um sobressalto do método científico, culminando no empirismo e no racionalismo, duas formas de se pensar o conhecimento humano. O aluno deverá perceber também que isso se deu porque, com as ciências, a sociedade passou a questionar a visão teológica e, com isso, houve uma superação do dogmatismo que a Igreja impunha para dominar os homens. Diferente do contexto medieval, o Renascimento marcou a grande confiança no poder do homem em alcançar o domínio da natureza, já que antes ele deveria se conformar com a posição em que havia nascido. Dessa fora, é importante saber que, a partir do século XVII, as ciências físicas e matemáticas fazem rápidos progressos e, ao promoverem um grande desenvolvimento técnico, asseguram a posição dominante do Ocidente. A tradição científica, além de conferir benefícios materiais, é grande promotora do pensamento independente. Questão 2 (Resposta Errada) Respondida "é evidente que nem tudo o que dentre as crianças é semelhante a Deus pode-se denominar sua imagem, apenas o é a alma, à qual unicamente Deus lhe é superior. Só a alma é a expressão de Deus, pois natureza alguma se interpõe entre ela e ele." Agostinho teceu considerações importantes sobre a alma em seu projeto educativo cristão. Sobre isso, pode-se dizer que: Para ele, a alma garantia a superioridade do homem diante dos outros animais e estava ligada à razão e a Deus. A alma era a responsável pelo apego aos bens materiais, pois não estava ligada a Deus. Agostinho não deu importância à alma, mas à ética e às virtudes. A alma é o complemento do corpo, portanto também está ligada ao pecado. Para ele não há como pensar a alma sem antes pensar a conversão, pois é preciso estar no caminho de Deus para salvar a alma, responsável pelo pecado humano. Sua resposta Para ele não há como pensar a alma sem antes pensar a conversão, pois é preciso estar no caminho de Deus para salvar a alma, responsável pelo pecado humano. A alma não conduzia o homem ao pecado, mas permitia uma reflexão interior capaz de livrá-lo dessa condição. Questão 3 (Resposta Errada) Respondida O termo “filosofia” advém da junção dos termos gregos, filo (do grego philía – “amor”, “amigo”) e sofia (do grego sophia – “sabedoria”, “conhecimento”), atribuído por Pitágoras para nomear o filósofo como o “amigo do conhecimento”, ou ainda aquele que tem “amor pela sabedoria”, preocupando-se, assim, com a origem do conhecimento. A filosofia se constitui em um constante movimento de aproximar e afastar tendências e ideias que enriquecem as diferentes perspectivas filosóficas. Sobre a origem do pensamento filosófico, analise as afirmativas: I - O desenvolvimento do pensamento filosófico emerge de uma confluência de ideias e questionamentos acerca do conhecimento; II - O pensamento filosófico busca uma aproximação com a verdade e a existência humana. III - A busca incessante por formas de responder às perguntas sobre as relações que envolvem a sabedoria e o indivíduo demonstram uma constante preocupação com a compreensão do universo e do próprio pensamento. A partir da análise das afirmativas, qual a resposta correta? Assinale a alternativa correta: I e III I e II I apenas II e III I, II e III Sua resposta I apenas Todas as opções estavam corretas, e não somente a opção I que essa resposta apresenta Questão 4 (Resposta Correta) Respondida Na obra ética a Nicômaco – dedicada a seu pai Nicômaco –, Aristóteles aponta que o bem configura-se na finalidade a que todas as coisas tendem. A teoria ética trazida pelo filósofo nessa obra aponta para uma preocupação com o caráter ético-moral do homem. Sobre a concepção de ética trazida por Aristóteles em sua renomada obra, é correto afirmar: 1. Em ética a Nicômaco, a finalidade é o bem e, nesse sentido, todas as ações tendem a um fim, a felicidade, e a excelência moral é buscar o meio-justo. 1. Na ética a Nicômaco, o filósofo coloca o prazer como fim para todas as ações, o que significa dizer que as coisas só têm sentido se houver satisfação pessoal. 1. Agindo socialmente, o homem conseguirá a riqueza necessária para seu bem-estar, fundamento maior da ética. 1. Aristóteles se baseia em seu pai, pois ele foi exemplo de honra, tendo sido amplamente reconhecido, o que para ele é a finalidade maior de todas as ações. 1. A teoria ética aristotélica traz questionamento sobre a verdadeira função do homem, a saber, uma vida plena de realizações políticas, cujo fim é o mérito conquistado. Sua resposta Em ética a Nicômaco, a finalidade é o bem e, nesse sentido, todas as ações tendem a um fim, a felicidade, e a excelência moral é buscar o meio-justo. Ao falar sobre a ética, na obra dedicada a seu pai ética a Nicômaco, Aristóteles aponta a finalidade, ou seja, o objetivo maior da ética, como sendo o Bem e a felicidade. Dessa forma, esse pensador afirma que todas as ações do homem devem visar ao bem para que seja efetivamente feliz. Questão 5 (Resposta Correta) Respondida Quanto aos pontos de encontro entre Sócrates e os sofistas, pode-se assinalar três como mais marcantes, a saber: 1. ambos acreditam na capacidade de todo o ser humano conhecer e pensar; 2. ambos utilizam métodos para o processo de conhecimento, ainda que os empreguem de forma divergente; 3. tanto Sócrates ("Conhece-te a ti mesmo" e o conhecimento é virtude) como os sofistas ("o homem é a medida de todas as coisas") se atentam para questões antropológicase éticas em detrimento das científico-físicas. Quanto aos pontos de divergência entre o método socrático e o sofístico, podemos também apontar três principais características, cuja relação é impossível desfazer: 1. Sócrates se preocupa em descobrir a verdade ou o saber verdadeiro, em contrapartida os sofistas estão preocupados em vencer o discurso, com argumento retórico e não descobrir a verdade -; alguns são considerados até mesmo céticos ou relativistas, ou seja, que não acreditam em uma verdade ou não podem atingi-la; 2. Sócrates se considera um desconhecedor ou ignorante contra os sofistas que se consideram os verdadeiros sábios; 3. Sócrates modifica o centro do saber: "Sócrates aplicava uma forma particular de conversa e ensinamento. A situação normal, em que o discípulo pergunta e o mestre responde é, nele, invertida. é ele quem pergunta" (STÖRIG, 2009, p.124). Sobre Sócrates e os sofistas, assinale a alternativa correta: Os sofistas nunca eram criticados por ensinarem a defender "qualquer" verdade, pois eram tidos como homens de fé. Sócrates discordava dos sofistas a respeito de que a educação do bom guerreiro já não era suficiente para a sociedade grega. Por não se constituírem como cidadãos das cidades, os sofistas se preocupavam com a questão moral e acreditavam que não existia uma única verdade. Os sofistas foram os primeiros filósofos e inclusive o próprio Sócrates mostrou-se a favor dos sofistas, afirmando terem "amor pela sabedoria e respeito pela verdade". Os sofistas eram estrangeiros pagos para ensinar a arte do bem falar e a vida política e também as técnicas de persuasão para os jovens, que aprendiam a defender sua posição ou opinião. Sua resposta Os sofistas eram estrangeiros pagos para ensinar a arte do bem falar e a vida política e também as técnicas de persuasão para os jovens, que aprendiam a defender sua posição ou opinião. O aluno deverá ser capaz de analisar as afirmativas apresentadas e perceber que é incorreto afirmar que os sofistas nunca eram criticados, pois foram fortemente criticados por ensinarem a defender "qualquer" verdade, considerando que não existe um princípio único para as coisas. Isso, para muitos, feria o pensamento filosófico. Do mesmo modo, é incorreto afirmar que Sócrates discordava dos sofistas a respeito de que a educação do bom guerreiro já não era suficiente para a sociedade grega, pois o grande filósofo concordava com os sofistas também a respeito de que a filosofia com foco na cosmologia também não se constituía como fonte segura para o conhecimento verdadeiro. Da mesma maneira, entenderá o aluno que os sofistas foram fortemente criticados por ensinarem a defender "qualquer" verdade, considerando que não existe um princípio único para as coisas. Isso, para muitos, feria o pensamento filosófico. O aluno também deverá recordar que os sofistas eram estrangeiros pagos para ensinar a arte do bem falar, a vida política e, justamente por não se constituírem como cidadãos das cidades, não se preocupavam com a questão moral. Compartilhavam a ideia de democracia e acreditavam que não existia uma única verdade, mas cada um podia ter sua verdade relativa. Questão 6 (Resposta Correta) Respondida 1. “Em Jerusalém, Hannah Arendt presenciou o julgamento de um homem comum, cumpridor dos seus deveres, que não aparentava ser um sádico, não era um fanático de alguma ideologia e que cometeu o crime tão atroz de enviar milhares de seres humanos para serem executados. O único traço de sua personalidade que, de fato, chamou sua atenção foi a total irreflexão. Naquele momento, ela se perguntou se haveria alguma relação entre cometer aqueles crimes e a absoluta incapacidade de pensar, tão evidentes nas reações de Eichmann.” 2. JARDIM, Eduardo. Hannah Arendt: pensadora da crise e de um novo início. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. p. 113-114. Sobre as afirmações contidas no trecho, analise as seguintes sentenças: 1963. I. O texto faz referência ao julgamento do carrasco nazista Adolf Eichmann, acusado de crime contra a humanidade, a que Hannah Arendt assistiu, em 1961, em Jerusalém, cujas anotações, feitas por ela no tribunal, serviram de base para seu livro Eichmann em Jerusalém, publicado em 1963. 1964. II. Hannah Arendt entendia o perdão como única solução para algumas ações humanas, razão pela qual, ao assistir ao julgamento de um carrasco nazista, responsável por enviar milhares de judeus para o campo de concentração durante a Segunda Guerra, ela o perdoou, por entender que ele cumpria ordens de seus superiores. 1965. III. O trecho descreve a sensação que Hannah Arendt experimentou durante o julgamento do nazista Adolf Eichmann, acusado de crimes de guerra, da qual resultou a expressão “banalidade do mal”, que expressa a insensibilidade moral, o mal burocratizado, sem consciência de sua natureza maléfica. Agora, assinale a alternativa que apresenta a correta: 1. Todas as afirmativas estão incorretas. 1. Apenas as afirmativas I, II estão corretas. 1. Todas as afirmativas estão corretas. 1. Apenas as afirmativas II e III estão corretas. Apenas as afirmativas I e III estão corretas. Sua resposta Apenas as afirmativas I e III estão corretas. Durante o julgamento do carrasco nazista Adolf Eichmann, Hannah Arendt cunhou a expressão “banalidade do mal”, modificação de um termo que ela havia usado em um livro anterior, “mal radical”, para qualificar o nazismo, mas que, segundo ela, não dava conta de abranger o que assistira no tribunal. A questão predominante na questão não é exatamente o perdão, mas a gratuidade do mal, a incongruência entre pensamento e moralidade, a irreflexão do pensamento. No livro A vida do espírito, ela escreveu: “[O mal] ‘desafia’ o pensamento, como eu disse, porque o pensamento tenta atingir a profundidade, tocar as raízes e no momento em que se ocupa do mal, frustra-se, porque não encontra nada. Esta é sua ‘banalidade’.” Como sugestão para conhecer um pouco mais sobre o pensamento de Hannah Arendt, sugere-se a obra introdutória Hannah Arendt, de Adriano Correa, da coleção Filosofia Passo a Passo, da editora Zahar. Questão 7 (Resposta Errada) Respondida A influência da teologia era tão grande, e dessa forma, os ideais da Igreja passaram a exercer grande influência nas ideias filosóficas que se mantiveram vinculadas ao clero. O poder religioso e a grande preocupação em colocar Deus no centro de tudo desvinculou a tendência antropológica da filosofia antiga e dos pensadores socráticos. Sobre contexto da Teologia Medieval, analise as afirmativas: I - Esse período pode ser dividido em dois grandes momentos: o Empirismo e Racionalismo, que tiveram características distintas, marcadas pelas contribuições de seus principais precursores, Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, respectivamente; II - O uso da expressão “filosofia medieval” para referir-se a filosofia na Idade Média é paradoxal, pois é difícil encontrar alguém, nesse período, que se considerasse filósofo, cuja preocupação fosse exclusivamente filosófica, ou que compusesse apenas obras filosóficas; III - Os autores medievais [...] viam a si mesmos mais como teólogos [...] Para eles, os filósofos eram os antigos, Platão e Aristóteles. A partir da análise das afirmativas, qual a resposta correta? Assinale a alternativa correta: I e II I e III II apenas II e III I, II e III Sua resposta I, II e III Alternativa correta: está correta a alternativa D As alternativas A, B, C, E estão incorretas, pois apresentam a afirmativa I que não está de acordo com o período da Teologia Medieval, essas abordagens descritas (Empirismo e Racionalismo) serão foco da Filosofia Moderna. Questão 8 (Resposta Errada) Respondida "Há sem dúvida uma estreita afinidade entre a mente de Santo Tomás e a deAristóteles. [O filósofo] Brentano fala, com uma palavra feliz, de uma congenialidade; isso faz com que em muitos pontos a exposição das doutrinas tomistas equivalha a das aristotélicas; é o que ocorre com a lógica, com as linhas gerais de sua física e de sua metafísica, com o esquema de sua psicologia e de sua ética; mas não devemos esquecer que as mesmas ideias aristotélicas são utilizadas com fins bem distintos, há dezesseis séculos de distância e, antes de tudo, com o cristianismo entre um e outro; além disso, Santo Tomás era filosoficamente genial demais para simplesmente se dobrar ao aristotelismo, e o sentido geral de seu sistema difere profundamente dele. Basta pensar que toda a atividade intelectual de Santo Tomás se volta para a fundamentação da teologia cristã, baseada em pressupostos totalmente alheios à mente helênica." MARíAS, Juliás. História da filosofia. Tradução Claudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes, 2004. p. 181. Avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: I. A congenialidade referida pelo filósofo Brentano equipara filosoficamente o pensamento de Aristóteles e o de Tomás de Aquino de modo absoluto. PORQUE II. Apesar de serem utilizados para fins bem distintos e não obstante à distância cronológica entre eles, ambos se baseiam nas questões práticas que Aristóteles havia aplicado em sua ética na pólis grega. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta: As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não é uma justificativa da I. A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. As asserções I e II são proposições falsas. A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa da I. Sua resposta A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. A questão requer uma leitura minuciosa do texto-base e principalmente das asserções. O termo "congenialidade", usado por Brentano, de fato coloca Aristóteles e Tomás de Aquino no mesmo patamar; no entanto, o texto de Juliás Marías atenua essa equivalência, tornando falsa a asserção I, que a caracteriza como absoluta. A asserção II também é falsa, pois, embora Tomás de Aquino tenha sofrido a influência do aristotelismo, as questões práticas que Aristóteles tratou na Grécia antiga eram bem diferentes das questões tratadas por Aquino na Idade Média -; basta dizer que na Antiguidade em que Aristóteles viveu o cristianismo não existia. Sendo falsas as duas asserções, não pode haver relações de causalidade plausíveis entre elas. Como sugestão de leitura sobre os embates entre filosofia e religião na Idade Média, recomendam-se dois livros da coleção Filosofias: o prazer de pensar, da editora Martins Fontes: Religião, de Juvenal Savian Filho, publicado em 2012; e Deus, de Francisco Catão, de 2012. Questão 9 (Resposta Correta) Respondida Do estudo dos menores astros do sistema solar às mais distantes galáxias, a astronomia é uma ciência que não conhece limites. Ela tenta responder às perguntas fundamentais: de onde viemos? Estamos sós? Apesar disso, ainda é uma ciência na qual os amadores podem ter um papel importante. (RIDPATH, Ian. Astronomia – Guia Ilustrado Zahar. 3. ed. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2011. p. 10). Tanto a narrativa mítica quanto a lógica interessavam-se pelos astros e pela ordem presente em seus percursos, bem como em todos os fenômenos naturais. A grandeza e a regularidade do mundo deixava-os estupefatos. Tendo por base a passagem do mito à razão é correto afirmar que: Foi graças ao contato com as mais diferentes culturas, sobretudo as orientais, que a razão suplantou o mito, pois tais culturas encontravam-se inquestionavelmente em patamares superiores de compreensão de mundo, uma vez que suas observações astronômicas aproximavam-se daquelas encontradas posteriormente em Galileu Galilei. O mito começou a sucumbir quando as religiões olímpicas deixaram de ser aceitas pela aristocracia grega que aderira às compreensões fornecidas pelos mistérios órficos. O thaumazein (espanto, admiração) diante do kosmos presente na physis foi um dos elementos que contribuiu para que os primeiros pensadores buscassem explicações racionais para os fenômenos da natureza. A natureza prenhe de infindáveis mutações encontrou-se amadurecida no século VI a.C. e o surgimento da filosofia foi o resultado de um longo processo de observação e reflexão o qual surgiu de modo espontâneo e amadurecido na sociedade grega. Foi somente devido ao desenvolvimento de uma democracia peculiar que previa a participação direta em assuntos públicos, permitindo ao espírito grego alcançar níveis inimagináveis de especulações lógicas que chegou-se ao pleno amadurecimento desse processo que culminou com o surgimento da filosofia. Sua resposta O thaumazein (espanto, admiração) diante do kosmos presente na physis foi um dos elementos que contribuiu para que os primeiros pensadores buscassem explicações racionais para os fenômenos da natureza. Correta, o thaumazein (espanto, admiração) diante do kosmos presente na physis foi um dos elementos que contribuiu para que os primeiros pensadores buscassem explicações racionais para os fenômenos da natureza. Questão 10 (Resposta Correta) Respondida “[...] na organização da Cidade-Estado – ou pólis – o exercício político se fará em um meio social regido pela associação de cidadãos com direitos iguais, com um certo prazer em se associar – que constitui a amizade e a rivalidade – e um gosto especial pela troca de opiniões. Nessa sociedade de iguais a democracia se esboça: os cidadãos assumem o poder de decisão e constituem leis que irão zelar pelo espírito igualitário que garantirá a expansão das cidades” (MACIEL JÚNIOR. A. Pré-socráticos: A invenção da Razão. São Paulo: Odysseus, 2003. p. 20). Em meio ao contexto descrito, diante da influência da argumentação e da troca de opiniões políticas, é correto afirmar que: A má-utilização das palavras acabou por prejudicar aqueles que detinham o poder da verdade, deixando a palavra divina sobrepor-se novamente (e de maneira exclusiva) nas pólis. Embora tenha uma aparente abertura política, esse cenário ainda se efetiva em meio ao autoritarismo e à dificuldade de expressão, porém de maneira camuflada. O mito acabou ganhado espaço também na oralidade e a razão, em paralelo, ocupou espaço secundário, embora tenha se mantido presente. As marcas do surgimento da pólis e o contexto político da época em nada influenciaram no pensamento e nas tradições gregas. A palavra surge como o principal instrumento de poder, meio de comandar, opinar e, também, uma forma de direito político adquirido pelos cidadãos gregos. Sua resposta A palavra surge como o principal instrumento de poder, meio de comandar, opinar e, também, uma forma de direito político adquirido pelos cidadãos gregos. Correta, a palavra surge como o principal instrumento de poder, meio de comandar, opinar e, também, uma forma de direito político adquirido pelos cidadãos gregos.
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