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AVALIAÇÃO PSA UNIP 2023

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Prévia do material em texto

• Pergunta 1 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia a tirinha. 
 
 
O objetivo da tirinha é 
 
Resposta 
Selecionada: 
a. 
criticar a mercantilização da produção de opinião nas redes 
sociais. 
 
 
• Pergunta 2 
0,5 em 0,5 pontos 
Leia a charge. 
AVALIAÇÃO PSA
 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O objetivo da charge é criticar a criação de datas especiais para temas 
específicos. 
II. A charge critica o desmatamento, causado pela ação humana, que 
afeta os habitats naturais. 
III. A charge associa a destruição do meio ambiente à morte. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: d. 
II e III. 
 
 
• Pergunta 3 
0,5 em 0,5 pontos 
Leia a charge. 
 
 
 
 
O objetivo da charge é 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
valorizar o livro e as atividades pedagógicas não digitais como 
ferramentas importantes para a construção do conhecimento. 
 
 
• Pergunta 4 
0 em 0,5 pontos 
 
Leia a charge e o texto. 
 
 
 
Pobreza e extrema pobreza batem recorde no Brasil em 2021, diz IBGE 
O equivalente a 29,4% da população brasileira estava na pobreza no ano passado; 
ponta extrema alcança 8,4% da população 
Reuters – 02/12/2022 
 
A pobreza e a extrema pobreza bateram recordes no Brasil em 2021, como 
consequência dos efeitos negativos da pandemia de covid-19, informou nesta sexta-
feira (02/12/2022) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
A pobreza no País em 2021 alcançou 62,5 milhões de brasileiros, o equivalente a 
29,4% da população do país, enquanto 17,9 milhões de brasileiros se encontravam na 
extrema pobreza no ano passado (8,4% da população). 
Nos dois casos, os níveis são os mais altos da série do IBGE iniciada em 2012. 
“Esse aprofundamento da pobreza e extrema pobreza tem a ver com os impactos da 
pandemia de covid-19 e seus efeitos sobre o mercado de trabalho“, disse João Hallak, 
gerente da pesquisa de indicadores sociais do IBGE. “A situação dos trabalhadores no 
mercado de trabalho foi bem difícil em 2021, e isso tem reflexos nos indicadores 
sociais”. 
Disponível em <https://www.infomoney.com.br/economia/pobreza-e-extrema-pobreza-
batem-recorde-no-brasil-em-2021-diz-ibge/>. Acesso em 11 mar. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A charge tem por objetivo criticar as pessoas que vivem em condição de pobreza e 
não tentam mudar sua situação, conformando-se em ser meros números nas 
estatísticas. 
II. De acordo com o texto, em 2021, em média, 1 em cada 12 brasileiros vivia em 
condições de extrema pobreza. 
III. Segundo o gerente da pesquisa de indicadores sociais do IBGE, o 
aprofundamento da pobreza no Brasil em 2021 está vinculado aos impactos da covid-
19 sobre o mercado de trabalho. 
É correto apenas o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
III. 
 
 
• Pergunta 5 
0 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto, publicado em 11 de janeiro de 2023, pela agência de notícias da 
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). 
Inteligência artificial pode orientar o diagnóstico de pacientes com 
falência da medula óssea 
Um algoritmo de machine learning capaz de orientar o diagnóstico de 
síndromes de falência da medula óssea foi desenvolvido por pesquisadores 
da Universidade de São Paulo (USP) e colaboradores norte-americanos. Os 
resultados foram divulgados na revista Blood, da American Society of 
Hematology. 
 
Com base na análise de 25 variáveis clínicas e laboratoriais, o modelo 
consegue predizer se a condição é hereditária ou adquirida, o que tem 
implicações principalmente no manejo de casos graves de pancitopenia – 
condição em que há redução tanto dos glóbulos brancos e vermelhos do 
sangue quanto das plaquetas, resultando em anemia [deficiência de glóbulos 
vermelhos do sangue que pode causar fraqueza, cansaço, sonolência, falta 
de ar, entre outros problemas], leucopenia [menor capacidade de combater 
infecções por deficiência de glóbulos brancos do sangue] e trombocitopenia 
[maior risco de hemorragias por deficiência de plaquetas]. 
“A escolha de adiar o tratamento enquanto se aguarda o teste genético pode 
resultar em atraso significativo no tratamento de pacientes gravemente 
pancitopênicos. Por outro lado, o diagnóstico errado de insuficiência 
hereditária da medula óssea [BMF, na sigla em inglês] pode expor os 
pacientes a terapias ineficazes e caras, regimes de condicionamento de 
transplantes tóxicos e uso inapropriado de um membro da família afetado 
como doador de células-tronco”, afirmam os autores no artigo. 
Segundo os pesquisadores, a ferramenta poderia ser útil para hematologistas 
e outros profissionais de saúde que atuam em centros com poucos recursos, 
auxiliando na tomada de decisão clínica. 
O trabalho envolveu cientistas do Centro de Terapia Celular (CTC), um Centro 
de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Faculdade 
de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP). Um dos coordenadores da 
pesquisa foi Rodrigo Calado, chefe do Departamento de Imagens Médicas, 
Hematologia e Oncologia Clínica da FMRP-USP, diretor-presidente-executivo 
do Hemocentro de Ribeirão Preto e pesquisador principal do CTC. 
Para desenvolver a ferramenta, o grupo fez uso de machine learning, um 
método de análise de dados que automatiza a construção de modelos 
analíticos. É um ramo da inteligência artificial baseado na ideia de que 
sistemas podem aprender com dados, identificar padrões e tomar decisões 
com o mínimo de intervenção humana. 
Disponível em <https://agencia.fapesp.br/inteligencia-artificial-pode-orientar-o-
diagnostico-de-pacientes-com-falencia-da-medula-ossea/40446/>. Acesso em 
11 jan. 2023 (com adaptações). 
De acordo com as informações apresentadas no texto, avalie as afirmativas. 
I. O algoritmo é capaz de oferecer um diagnóstico preciso a respeito de 
síndromes de falência da medula óssea, dispensando quaisquer outros tipos 
de análises. 
II. O algoritmo foi produzido por pesquisadores da American Society of 
Hematology, com base na inteligência artificial, que é um ramo do machine 
learning. 
III. A ferramenta é capaz de predizer se a condição de falência da medula 
óssea é hereditária ou adquirida. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: e. 
I, II e III. 
 
 
• Pergunta 6 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
O deleite e as dores da superdotação 
A chama das altas habilidades, em mãos erradas ou desamparadas, pode 
causar um incêndio devastador, esclarecem especialistas 
Crianças com altas habilidades/superdotação (AH/SD) costumam sofrer 
durante toda a vida com problemas mentais e de relacionamento, com um 
sentimento de não pertencimento pela falta de diagnóstico e de atendimento 
de especialistas e, às vezes, com indiferença dentro das escolas. Segundo 
a Organização Mundial da Saúde, 5% das crianças e dos adolescentes estão 
nas salas de aula sem reconhecimento de seus potenciais, sem desfrutarem 
dos seus direitos garantidos na legislação brasileira. A Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional de 1996 traz quem é esse público e qual é o 
direito do superdotado e sustenta que a criança com altas 
habilidades/superdotação é público-alvo da educação especial. 
Altas habilidades/superdotação é uma habilidade acima da média em alguma 
área do conhecimento. Um dos aspectos mais marcantes da superdotação 
relaciona-se ao seu traço de heterogeneidade. Assim, algumas pessoas 
podem destacar-se em um setor, ou podem combinar várias áreas, explica 
Ângela Magda Rodrigues Virgolim, graduada e mestre em Psicologia pela 
Universidade de Brasília e fundadora do “Instituto Virgolim para Altas 
Habilidades e Superdotação”. 
“Destituídas de assistência efetiva, essas crianças têm predisposição para o 
desenvolvimento de transtornos mentais, como depressão e ansiedade; por 
isso, o processo de reconhecimento é fundamental”, alerta Denise Rocha 
Belfort Arantes-Brero,presidente do Conselho Brasileiro para Superdotação 
(ConBraSD). 
O professor é capaz de identificar a superdotação porque está todo dia em 
contato com o aluno e conhece seu desempenho, estando apto a fazer uma 
análise comparativa. “Uma professora de matemática é capaz de reconhecer 
qual aluno se destaca comparado aos seus pares etários. E isso é possível 
para o professor em qualquer disciplina”, afirma Denise Brero, que é também 
especialista em educação especial para dotados e talentosos pela 
Universidade Federal de Lavras (UFLA/MG) e doutora em Psicologia do 
desenvolvimento e da aprendizagem pela Universidade Estadual Paulista em 
Bauru. 
Crianças e adolescentes superdotados rompem com a sinergia do ambiente e 
se destacam, sendo visíveis em sala de aula. Muitas vezes, são ignorados por 
professores que não olham, não escutam e não são sensíveis a isso, 
esclarece Olzeni Ribeiro, consultora da Unesco e do Ministério da Educação 
na criação de cursos na área de altas habilidades/superdotação, além de 
doutora em Educação, neuropsicopedagoga clínica e institucional e 
especialista em altas habilidades/superdotação. 
 
“Quando eu peço aos pais que descrevam seus filhos superdotados, a palavra 
‘sensível’ aparece com mais frequência. E a sensibilidade assume muitas 
formas: os sentimentos são facilmente magoados, com possíveis crises de 
choro compulsivo. Eles ‘sentem os sentimentos’ dos outros, respondem às 
críticas de forma intensa e às vezes reagem a estímulos do ambiente como 
luz, ruído, texturas, poluição do ar e determinados alimentos. O 
perfeccionismo e a intensidade também surgem com frequência nas 
descrições dos pais”, descreve Olzeni. 
“O que precisa ser desmitificado é que a alta habilidade/superdotação não 
está somente relacionada com o Quociente de Inteligência (QI). O que pesa 
mais é a história de vida, o que a criança faz, seu desempenho, mais do que a 
pontuação do QI”, determina Denise Brero. 
Segundo Denise, muitos professores têm receio do aluno superdotado. 
Sentem-se desafiados. Para a especialista, a criança superdotada questiona 
mais, traz novidades e se interessa por um conteúdo mais aprofundado. Ela 
expressa que esses alunos enriquecem a turma e cita o médico Joseph 
Salvatore Renzulli, um dos maiores especialistas na educação de 
superdotados: “Uma maré crescente leva todos os navios. Mas os 
superdotados têm que ser olhados na sua individualidade e receber alguma 
atenção especial para continuarem a florescer, a desenvolver os seus 
potenciais. Devem se sentir pertencentes e autorrealizados para que sejam 
produtores de conhecimento e contribuam para o desenvolvimento da 
sociedade”. 
Quando há diagnóstico de superdotação, pais e professores devem estar 
atentos se aparecerem sintomas como desmotivação, vontade de faltar às 
aulas, dor de barriga e de cabeça, falta de envolvimento e de interesse, 
tristeza. Ao longo da vida, em alguns momentos, o superdotado precisará de 
um acompanhamento psicológico para lidar com essas questões – se 
aparecerem. 
Essas crianças têm direito a dois tipos de estratégias específicas dentro da 
escola: o enriquecimento curricular ou a aceleração de estudos. Cada caso é 
avaliado para definir qual estratégia beneficiará mais a criança. O desejo da 
criança deve ser respeitado, e todo o processo deve ser acompanhado, pois 
se trata de uma mudança abrupta. Em muitos casos, a aceleração de estudos 
(pular a série) é positiva, a criança se sente motivada. 
O superdotado que vai bem na escola é chamado de superdotado acadêmico, 
cujo conhecimento é devorar leituras, escrever muito bem, e a escola o adora 
pois ele não gera demandas, mas é muito prejudicado porque a escola 
bloqueia o desenvolvimento. “Toda escola no Brasil estabelece um teto de 
aprendizagem, o que prejudica o superdotado”, aponta Olzeni Ribeiro, autora 
do livro “Criatividade”, em uma perspectiva transdisciplinar: rompendo 
crenças, mitos e concepções, publicado com a chancela da Unesco. 
Crianças superdotadas são, por natureza, mais sensíveis. Reagem com mais 
força e expressão a um ambiente no qual suas habilidades não são 
percebidas e suas necessidades não são atendidas. Podem ter um 
comportamento social inadequado, revelando hostilidade e agressão com 
relação aos outros (pais, professores, figuras de autoridade) ou se entregando 
a atos de delinquência social. 
“Temos um número imenso de superdotados sendo tratados com remédios 
que diminuem a energia, a cognição e a intelectualidade da criança. O 
remédio é um freio para sua inteligência, e sua intelectualidade é destruída”, 
revela Olzeni, pedagoga, há 30 anos atuando na área da educação com altas 
habilidades/superdotação e outras condições especiais. 
Olzeni alerta: “Se um pai e uma mãe levarem essa questão da superdotação 
para a escola, pelo amor de Deus, não digam que esses pais são vaidosos. A 
superdotação é genética, não é fabricada. Se não for diagnosticada e 
devidamente trabalhada, esse adulto precisará de terapia, se não chegar ao 
suicídio”. Crianças com altas habilidades são um precioso recurso nacional 
que precisa ser protegido, nutrido e desenvolvido. 
Disponível em <https://revistaeducacao.com.br/2021/11/18/deleite-e-dores-
superdotacao/>. Acesso em 2 fev. 2023 (com adaptações). 
Com base nas informações do texto, é correto afirmar que 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
ter altas habilidades ou superdotação cognitiva enquadra a 
pessoa em uma condição especial de aprendizagem, que 
demanda das escolas uma forma diferenciada de trabalho 
pedagógico. 
 
 
• Pergunta 7 
0 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
Brasil é penúltimo país em ranking global para aposentadoria com 
qualidade 
Brasil só ganha da Índia e perde para emergentes, como Chile, México e 
Colômbia em grupo de 44 países. 
O Brasil é o penúltimo em um ranking global que lista os melhores países 
para se aposentar com qualidade. Entre as 44 nações, o Brasil figura na 43ª 
posição, só à frente da Índia (44º), e atrás de países da América Latina como 
Chile (34º), México (36º) e Colômbia (42º). Os países no topo do ranking com 
melhor indicador de aposentadoria são Noruega (1º), Suíça (2º) e Islândia 
(3º). 
O estudo foi realizado pela Natixix Investment Managers, empresa americana 
de gestão de ativos. Entre as nações listadas estão membros da OCDE 
(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e os 
grandes emergentes dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China). Quatro critérios 
são considerados para a nota recebida por cada país: saúde, bem-estar 
econômico, renda durante a aposentadoria e qualidade de vida. A maior nota 
do Brasil foi no índice de qualidade de vida (59%), seguida de renda (57%), e 
saúde (56%). A nota máxima possível é 100% em todas as categorias. A pior 
 
nota foi o critério macro de bem-estar econômico (4%), puxado especialmente 
pela falta de igualdade de renda. 
O ranking classifica 2022 como “um ano ruim para se aposentar” diante de 
inflação em patamares elevados ao redor do mundo. Os preços vertiginosos 
do petróleo, alimentos e moradia estão corroendo o poder de compra dos 
trabalhadores que pretendem se aposentar em breve. Outro desafio é a taxa 
de dependência, com pessoas mais velhas precisando de outros integrantes 
da família, em idade ativa, para bancar os benefícios previdenciários. 
Conforme a população mundial envelhece, há uma pressão nesta taxa, o que 
pode piorar as condições de aposentadoria. “Para as instituições, as 
populações que envelhecem rapidamente testarão os limites dos sistemas de 
benefícios para aposentadorias”, diz o estudo. “Em vez de esperar que seus 
investimentos e dinheiro guardado gerassem uma renda sustentável 
(movimento impulsionado por taxas de juros altas), os aposentados foram 
forçados a usar suas reservas durante esses últimos dois anos quando 
normalmente procuram preservar seu capital. Como resultado, ou as reservasforam fortemente afetadas ou os aposentados assumiram mais riscos para 
compensar o momento diante de um mercado volátil”, contextualiza a Natixix. 
Disponível em <https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/brasil-e-
penultimo-pais-em-ranking-global-para-aposentadoria-com-qualidade-veja-
lista/>. Acesso em 21 fev. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A desigualdade de renda foi o item que mais pesou negativamente na 
avaliação do Brasil no ranking de qualidade da aposentadoria. 
II. O Brasil obteve uma nota em qualidade de vida maior do que as notas 
dos demais países da América Latina. 
III. O ano de 2022 foi considerado ruim para se aposentar devido à elevada 
inflação. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: e. 
III, apenas. 
 
 
• Pergunta 8 
0,5 em 0,5 pontos 
Leia os quadrinhos e o texto. 
 
 
Bancos com divisórias e formatos desconfortáveis, pedras pontiagudas embaixo de viadutos, 
grades no entorno de praças e jardins, muros com pinos metálicos, construções sem 
marquises ou com gotejamento de água programado, cercas elétricas e arame farpado. Os 
elementos e materiais utilizados para afastar pessoas dos espaços públicos são muitos e 
acabam influenciando a maneira como os indivíduos convivem e vivenciam os municípios. 
A arquitetura hostil, termo que abrange todas as barreiras e desenhos urbanos que parecem 
dizer “não se sinta em casa” — como define a repórter Winnie Hu, do The New York Times —, 
é parte da realidade da maioria das cidades pelo mundo e vem despertando debates sobre o 
impacto dessas ações, principalmente por meio das redes sociais. 
A professora de antropologia do Centro de Graduação da Universidade da Cidade de Nova 
York, Setha Low, afirmou em entrevista para a Reuters que o risco que se corre com esse tipo 
de medida é mudar a natureza dos ambientes públicos de “inclusivos para exclusivos”. 
Já o fotógrafo alemão Julius-Christian Schreiner ressaltou à reportagem que o aumento de 
locais públicos administrados pela iniciativa privada acentuou o problema, deixando pouca área 
para as pessoas se “recostarem, vagarem ou socializarem sem a pressão de comprar algo”. 
Schreiner é o idealizador do trabalho “Agentes Silenciosos” — uma série de imagens sobre 
arquitetura hostil realizada em lugares como Londres, Paris, Hamburgo, Berlim e Nova York. 
Para o fotógrafo, nos municípios, os cidadãos são mais vistos como clientes. “Se você é um 
bom consumidor, pode usar a infraestrutura. Mas, se não for, não deveria estar nesse espaço”, 
declarou à Reuters. Ao mesmo tempo em que crescem os exemplos dessas iniciativas que 
barram a permanência por mais tempo de pessoas consideradas “indesejadas” — e aqui 
entram também os skatistas e sua circulação pelos centros urbanos —, a matéria cita grupos 
em diferentes localidades que estão se mobilizando para chamar a atenção para o assunto e 
tentar amenizar os seus reflexos. 
Disponível em <https://caosplanejado.com/arquitetura-hostil-quando-as-cidades-nao-sao-para-
todos/?gclid=EAIaIQobChMI2dTn7Iqi_AIVtOBcCh0wLg_dEAMYASAAEgLVx_D_BwE>. Acesso 
em 14 dez. 2022 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Os quadrinhos revelam que as ações relacionadas à arquitetura hostil são 
planejadas, ideia também afirmada no texto. 
II. Segundo o texto, o uso de determinados espaços vincula-se mais ao conceito 
de consumidor do que ao de cidadão. 
III. A administração dos espaços públicos por empresas privadas, de acordo com o 
texto, é uma solução para que eles se tornem mais inclusivos. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. 
I e II, apenas. 
 
• Pergunta 9 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
Especialista alerta sobre elo entre fatores que atrapalham o sono 
noturno, como a apneia, e o maior risco cardiovascular 
Engana-se quem pensa que o sono consiste apenas em um estado passivo 
na vida de um ser humano. Ele influencia e é influenciado por uma série de 
fatores fisiológicos e comportamentais. Nem o cérebro nem o coração param 
durante o sono, mas o repouso noturno é essencial para preservar esses 
órgãos vitais. Distúrbios do sono, sobretudo a apneia obstrutiva, 
comprometem o organismo e elevam com o tempo o risco de problemas no 
coração e nas artérias. A apneia está ligada a características anatômicas e ao 
estilo de vida, sendo mais frequente em alguns biotipos e com o ganho de 
peso. Quem sofre desse problema, mais famoso pelos roncos, fica com um 
sono extremamente fragmentado e desperta muitas vezes com uma sensação 
de sufocamento. Também existem reflexos na capacidade de queima da 
gordura corporal e na ação da insulina pelo corpo. A sobrecarga do coração 
não se restringe somente ao fato de o músculo cardíaco ter de trabalhar com 
maior intensidade. Estudos demonstram que ele também é alvo de 
substâncias inflamatórias liberadas em razão do estresse na parede do 
coração e dos vasos sanguíneos. 
Não é à toa que existem evidências ligando a apneia do sono ao aumento nas 
taxas de infarto, arritmia e derrame cerebral. Isso faz com que os distúrbios do 
sono sejam considerados fatores críticos na equação do risco cardiovascular. 
No entanto, não é tão simples diagnosticar esse tipo de problema. 
Normalmente, a pessoa passa anos sem sintomas, sem se dar conta dos 
roncos e das pausas na respiração, julgando que aquilo é normal e faz parte 
de sua constituição física. Dormir mal, portanto, pesa em termos de 
morbidade e mortalidade cardiovascular. Ainda não está claro, porém se, 
nesse grupo de pessoas, o tratamento dos distúrbios de sono é capaz de 
prevenir eventos cardiovasculares. 
Um ponto a destacar é a correlação estreita entre a apneia do sono e a 
obesidade. A redução do peso por meio de mudanças no estilo de vida pode 
 
ajudar a controlar a condição e suas repercussões, como o aumento da 
pressão arterial. O impacto do sono na saúde cardiovascular foi ainda mais 
valorizado recentemente, quando, em cima dos resultados de 
pesquisas, cientistas da Escola de Saúde Pública da Universidade Colúmbia, 
nos Estados Unidos, passaram a incluir um bom sono noturno na lista de itens 
decisivos para o bem-estar das artérias. O trabalho de Colúmbia nos faz 
justamente rever o estilo de vida e repensar cuidados com a saúde. E isso 
inclui buscar um sono reparador. O interessante é que o descanso noturno 
não está isolado num mar de outros fatores preventivos. Exemplifico: pessoas 
que praticam exercícios físicos regularmente tendem a dormir melhor; e quem 
dorme melhor tende a ter mais disposição para se exercitar. Um sono 
saudável está, portanto, bastante conectado com os outros sete itens para a 
qualidade de vida listados pelos pesquisadores americanos. E ganha 
relevância se pensarmos na associação direta entre um sono insuficiente e o 
surgimento e agravamento de doenças como obesidade, diabetes, 
hipertensão, câncer, insuficiência cardíaca, depressão e Alzheimer. Quanto 
dormir? Um ciclo saudável costuma ter entre 7 a 9 horas de descanso no 
período da noite. E descanso ininterrupto, sem as pausas provocadas por 
apneia ou insônia. Quando esse padrão se ajusta e se alia a outros hábitos 
equilibrados, ganhamos energia e uma proteção extra contra doenças. 
Disponível em <https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/meta-para-
2023-dormir-bem-pelo-seu-coracao/>. Acesso em 23 fev. 2023. 
 Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. As chances de desenvolvimento de problemas cardiovasculares em 
pessoas com distúrbios de sono tendem a ser maiores. 
PORQUE 
II. Um sono reparador é aquele em que a pessoa dorme de 7 a 9 horas, sem 
interrupções, e não depende de outros fatores do cotidiano. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: c. 
A asserção I é verdadeira, e a II é falsa. 
 
 
• Pergunta 10 
0,5 em 0,5 pontos 
Leia a tirinha e o texto. 
 
 
 
O Estadobrasileiro é laico? 
A situação de hoje é bem diferente daquela que vigia no Período Colonial e durante o 
Império, mas ainda está longe de caracterizar um Estado laico. As sociedades 
religiosas não pagam impostos (renda, IPTU, ISS etc.) e recebem subsídios 
financeiros para suas instituições de ensino e assistência social. O ensino religioso faz 
parte do currículo das escolas públicas, que privilegia o Cristianismo e discrimina 
outras religiões, assim como discrimina todos os não crentes. Em alguns estados, os 
professores de ensino religioso são funcionários públicos e recebem salários, 
configurando apoio financeiro do Estado a religiões, que, aliás, são as credenciadoras 
do magistério dessa disciplina. Certas sociedades religiosas exercem pressão sobre o 
Congresso Nacional, dificultando a promulgação de leis no que diz respeito à pesquisa 
científica, aos direitos sexuais e reprodutivos. A chantagem religiosa não é incomum 
nessa área, como a ameaça de excomunhão. Há símbolos religiosos nas repartições 
públicas, inclusive nos tribunais. 
Disponível em <http://ole.uff.br/o-estado-brasileiro-e-laico/>. Acesso em 25 fev. 2023 
(com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O efeito de humor da tirinha apoia-se no duplo significado da palavra 
“estado”, entendida como entidade política e como situação. 
II. De acordo com o texto, ainda são fortes as influências religiosas no 
Estado brasileiro, o que o impede de ser classificado como laico. 
III. A resposta do pai, nos quadrinhos, revela que ele é contra as pesquisas 
científicas, assim como são, segundo o texto, as instituições religiosas. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: c. 
Apenas as afirmativas I e II são corretas. 
 
 
• Pergunta 11 
0 em 0,5 pontos 
Leia o texto. 
 
Não vacinados representam 75% das mortes por covid-19, diz estudo 
brasileiro 
Vacinação protegeu todas as faixas etárias de hospitalizações e mortes, 
inclusive indivíduos com mais de 80 anos 
Publicado em 04/03/2022 
Uma pesquisa conduzida em Londrina, no Paraná, mostrou que 75% das 
mortes por covid-19 registradas nos primeiros dez meses de 2021 ocorreram 
em indivíduos que não foram imunizados contra a doença. Entre os idosos, o 
índice de morte foi quase três vezes maior entre os não vacinados do que 
entre os imunizados. Entre pessoas com menos de 60 anos, o número de 
mortes de não vacinados foi 83 vezes maior do que nos imunizados. O estudo 
foi conduzido pela Universidade Estadual de Londrina, pela Secretaria 
Municipal de Saúde de Londrina, pela Universidade Federal de São Carlos e 
pela Faculdade de Medicina Albert Einstein dos EUA. 
Foram incluídos no estudo dados de 59.853 casos confirmados de covid-19 e 
1.687 mortes pela doença, reportados entre janeiro e outubro de 2021. Dos 
óbitos registrados, 1.269 foram de indivíduos não vacinados. Já entre os 
casos confirmados, 48.217 foram de pessoas que não tomaram a vacina, 
7.207 de indivíduos parcialmente imunizados e 4.429 de pessoas com 
esquema vacinal completo. Dos vacinados que foram infectados, 54% tinham 
mais de 60 anos. 
Os cientistas analisaram as taxas de letalidade (proporção entre o número de 
mortes e o número de casos) em três modelos: de acordo com a idade dos 
participantes, com o status de vacinação e segundo a relação de ambas as 
características (idade e vacinação). No primeiro modelo, quanto mais velhos 
os indivíduos, maior a letalidade observada. A segunda análise mostrou que 
os vacinados apresentam uma taxa de letalidade 40,4% menor do que os não 
vacinados. 
Já o terceiro modelo confirmou que a vacinação reduziu as mortes em todas 
as faixas etárias. "Nossos achados reforçam que a vacinação é uma medida 
de saúde pública essencial para reduzir os índices de fatalidade por covid-19 
em todas as faixas etárias", afirmam os autores do artigo. 
Os resultados da pesquisa corroboram os de outros trabalhos já publicados, 
como um estudo observacional com dados de 90 países que mostrou que, a 
cada aumento de 10% na cobertura vacinal, a mortalidade reduz 7,6%. 
Disponível em <https://butantan.gov.br/noticias/nao-vacinados-representam-
75-das-mortes-por-covid-19-diz-estudo-brasileiro>. Acesso em 13 fev. 2023 
(com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A pesquisa indicou que a vacinação reduziu a morte e a contaminação por 
covid-19. 
II. Segundo os dados, 54% dos vacinados com mais de 60 anos foram 
infectados, mas, entre os imunizados, a taxa de letalidade foi 40,4% menor do 
que a observada entre os não vacinados. 
III. A pesquisa mostrou que 75% dos não vacinados morreram devido à 
covid-19. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
II, apenas. 
 
 
• Pergunta 12 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
São Paulo tem início de ano mais frio desde 1965, aponta Inmet 
Os primeiros dias de 2023 na cidade de São Paulo (SP) foram os mais frios 
para um mês de janeiro desde 1965. Segundo o Instituto Nacional de 
Meteorologia (Inmet), em pleno verão, a média de temperatura máxima 
observada nos dez primeiros dias deste ano ficou em 23,9ºC. É o menor valor 
já registrado para o período desde 1965, quando a média chegou a 23,8ºC. 
De acordo com o Inmet, na capital e em grande parte do estado de São 
Paulo, as temperaturas estão abaixo da média por causa da Zona de 
Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), resultado do encontro de ventos 
úmidos vindos do Atlântico, mais frios, passando pela faixa leste do estado, 
com ventos vindos da Bacia Amazônica. “Este sistema foi potencializado por 
águas costeiras mais frias que o normal para a época do ano e por áreas de 
baixa pressão, assim ajudando a promover dias seguidos de tempo nublado a 
encoberto, volumes expressivos de chuva e temperaturas abaixo da média”, 
diz nota do instituto. 
Historicamente, a média de temperatura máxima que costuma ser registrada 
nos primeiros dez dias do mês de janeiro é em torno de 27,9ºC. 
A média de temperatura mínima observada nos primeiros dez dias deste ano, 
estabelecida em 17,6ºC, também está abaixo da média histórica para o 
período, que é em torno de 18,8ºC. 
Chuvas 
Segundo o Inmet, o acumulado de chuvas registrado entre os dias 1º e 10 de 
janeiro foi de 79,8 milímetros (mm), volume que se encontra dentro da média 
para o período, em torno de 81mm. 
Disponível em <https://www.metroworldnews.com.br/foco/2023/01/11/sao-
paulo-tem-inicio-de-ano-mais-frio-desde-1965-aponta-inmet/>. Acesso em 17 
jan. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A temperatura máxima média indica a temperatura mais elevada atingida 
no período em determinado local. 
II. Na cidade de São Paulo, os dez primeiros dias de janeiro de 2023 foram 
marcados por temperaturas mais baixas do que a média histórica e o volume 
acumulado de chuva ficou acima dos volumes registrados desde 1965. 
III. O encontro de ventos úmidos e frios vindos do Atlântico com ventos 
 
vindos da Bacia Amazônica foi responsável pelas baixas temperaturas 
observadas em janeiro de 2023. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. 
III, apenas. 
 
 
• Pergunta 13 
0 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
Perfil de imóveis ociosos no centro de São Paulo revela manutenção da herança 
mercantil brasileira 
Estudo mostra que muitas das construções abandonadas estão em posse de gerações 
de herdeiros, que veem o imóvel como problema ou têm expectativas irreais sobre o 
mercado; do outro lado, estão numerosas famílias vivendo em habitações precárias na 
periferia 
Camilla Almeida - 06/03/2023 
Uma construção ociosa é aquela que está desocupada, inativa ou subutilizada, sem 
cumprir sua função social. A Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento 
(Smule) de São Paulo estima que 881 imóveis estejam nesta condição apenas no 
distrito da Sé. Ana Gabriela Akaishi, doutora pela Faculdade de Arquitetura eUrbanismo (FAU) da USP, analisou os perfis dos donos de imóveis ociosos e explicou 
os entraves colocados por esses proprietários para a comercialização, com destaque 
para herdeiros e instituições religiosas. 
O estudo revelou que 74% dos analisados são herdeiros rentistas e instituições 
religiosas, denominados pela urbanista como “o arcaico setor proprietário rentista 
imobiliário”. “Esses proprietários carregam raízes históricas e geracionais vinculadas a 
capitais familiares antigos de caráter mercantil, que aplicavam inicialmente em prédios 
de aluguel no momento em que o centro de São Paulo estava em um boom no 
processo de verticalização”, explica a pesquisadora. 
Para chegar a estes dados, a pesquisadora verificou os perfis dos 50 donos dos 
imóveis de maior valor venal da área – número que estima o preço do bem, obtido por 
meio de uma avaliação pela prefeitura. Por meio de entrevistas com agentes 
imobiliários, associações beneficentes religiosas e com integrantes do mercado 
imobiliário em geral, Ana Gabriela Akaishi conseguiu traçar a genealogia econômica, 
política e social desses proprietários. Ela também realizou um levantamento em bases 
de dados e acervos históricos da Prefeitura de São Paulo por intermédio da plataforma 
GeoSampa. 
Contraste 
Foi o contraste entre a carência populacional por habitação na cidade e a grande 
quantidade de imóveis ociosos que a instigou a pesquisar o tema. São Paulo conta 
com um enorme déficit habitacional, que pode chegar a 450 mil famílias a serem 
realocadas. “Temos quase 3 milhões de pessoas vivendo em aglomerados como 
favelas, loteamentos precários e moradias irregulares, principalmente nas periferias. E 
 
essas pessoas têm que se deslocar diariamente por horas até o seu local de trabalho, 
que geralmente é nas áreas centrais”. 
Enquanto isso, no centro, estão prédios fechados e em ruínas, terrenos baldios e 
construções abandonadas sendo usados como estacionamentos rotativos. “Em todos 
esses casos temos a subutilização da terra urbana num dos lugares com a melhor 
estrutura na cidade”, pontua a pesquisadora ao “Jornal da USP”. 
Historicamente, a área central de São Paulo era considerada um centro comercial e 
cultural desde a fundação da cidade, sendo predominantemente ocupada pela classe 
dominante. Grandes empresas e corporações mantinham suas sedes na região, com 
arranha-céus e prédios que chamavam atenção de quem passava por lá. Lojas e 
casarões de barões do café também se destacavam junto a obras arquitetônicas 
grandiosas, como o Teatro Municipal. Contudo, com a mudança do centro comercial 
para outros bairros da cidade na década de 1960, a área passou por um grave e 
acelerado processo de decadência e deterioração, com aumento da especulação 
imobiliária. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O texto evidencia o contraste entre a carência de moradia digna para cerca de 3 
milhões de pessoas na cidade de São Paulo e a existência de imóveis ociosos na área 
central. 
II. Até a década de 1960, o centro de São Paulo era uma área nobre, ocupada pela 
elite paulistana. 
III. Atualmente, 74% dos imóveis do centro da cidade de São Paulo são ociosos e 
pertencem a herdeiros e a instituições religiosas. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: a. 
I, II e III. 
 
 
• Pergunta 14 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto, observe a imagem e avalie as afirmativas. 
Brasil teve recorde de feminicídios no primeiro semestre de 2022 
O Brasil bateu recorde de feminicídios no primeiro semestre de 2022. De acordo com dados publicados pelo Fórum Brasileiro de 
Segurança Pública, 699 casos foram registrados entre janeiro e junho, o que representa uma média de quatro mulheres mortas por 
dia. 
Em 2019, no mesmo período, foram registrados 631 casos. Dois anos depois, em 2021, 677 mulheres foram assassinadas em 
decorrência da violência de gênero. 
Os dados foram coletados com as pastas estaduais de Segurança Pública e representam somente os crimes que chegaram a ser 
registrados. 
Entre as regiões do país, o Norte liderou o aumento, com 75% a mais do que no primeiro semestre de 2019. Oeste, Sudeste e 
Nordeste registraram crescimento de 29,9%, 8,6% e 1%, respectivamente. Apenas na região Sul foi registrada uma queda de 1,7% 
dos casos. 
Os dados coletados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública acompanham a promulgação da Lei do Feminicídio 
(13.104/2015), que considera o assassinato que envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição 
de mulher. 
"O primeiro ano completo que nós temos de estatísticas no Brasil é 2016. Contudo, em 2016 e em 2017, ainda temos um 
movimento nos Estados de adaptação à nova legislação”. 
Assessoria de Comunicação do IBDFAM. Publicado em 13 dez. 2022. Disponível 
em <https://ibdfam.org.br/noticias/10312/Brasil+teve+recorde+de+feminic%C3%ADdios+no+primeiro+semestre+de+2022>. Acesso 
em 12 fev. 2023 (com adaptações). 
 
 
 
I. Com base nos números apresentados na notícia, entre 2019 e 2022, no período de janeiro a junho, houve aumento de cerca 
de 10% nos casos de feminicídio registrados. 
II. Na região Norte, em 2022, ocorreu o maior número de casos de feminicídios no país. 
III. Na imagem, explora-se o duplo significado da palavra “luto”, como verbo e como substantivo. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
I e III, apenas. 
 
• Pergunta 15 
0 em 0,5 pontos 
 
Leia os textos. 
 
 
 
As fortes chuvas, os alagamentos, as inundações, as enchentes trazem, no correr da 
água, o risco da leptospirose. Quem vive em condições precárias de moradia e de 
saneamento básico também é aquele que costuma ser mais afetado por um problema 
de saúde pública muitas vezes negligenciado. De 2021 a 2022, o número de casos 
aumentou 52% e, de mortes, 70%. 
Disponível em <https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/02/13/numero-de-
mortes-por-leptospirose-aumenta-mais-de-70percent-nos-ultimos-dois-
anos.ghtml>. Acesso em 21 fev. 2023. 
Todos os anos, principalmente nos meses de verão, as chuvas se intensificam, 
podendo causar inundações e enchentes. Com isso, as populações podem ficar 
suscetíveis ao contato com a urina de animais infectados ou água e lama 
contaminadas pela bactéria causadora da leptospirose, doença considerada zoonose 
de importância mundial. Um amplo espectro de animais serve como reservatório para 
a persistência de focos de infecção, sendo os principais, roedores, especialmente o 
rato-de-esgoto. Além dele, suínos, bovinos, equinos, ovinos e cães também podem 
transmitir a doença. A leptospirose apresenta como principais sintomas febre, dor de 
cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata da perna), e podem 
também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Nas formas mais graves, geralmente 
aparece icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de 
cuidados especiais em caráter de internação hospitalar. O doente também pode 
apresentar hemorragia, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória, que 
podem levar à morte. O diagnóstico é feito pela análise dos sintomas, mas a 
confirmação vem através de um exame de sangue. Já o tratamento é baseado no uso 
de medicamentos e outras medidas de suporte, orientado sempre por um médico, 
 
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/02/13/numero-de-mortes-por-leptospirose-aumenta-mais-de-70percent-nos-ultimos-dois-anos.ghtml-
conforme os sintomas apresentados. Os casos leves podem ser tratados em 
ambulatório, mas os graves precisam de internação hospitalar. A automedicação não é 
indicada, pois pode agravar a doença. 
Disponível em <https://bvsms.saude.gov.br/aumento-das-chuvas-no-verao-e-o-risco-
da-leptospirose-saiba-mais-sobre-a-doenca/>. Acesso em 21 fev. 2023 (com 
adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. As águas das enchentes podem estar contaminadas como agente transmissor da 
leptospirose, o que explica sua ocorrência exclusiva em áreas periféricas dos centros 
urbanos. 
II. As condições precárias de moradia e de saneamento básico aumentam o risco de 
infecção por leptospirose. 
III. Em 2021, cerca de 10% das pessoas infectadas por leptospirose morreram. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: e. 
II, apenas. 
 
 
• Pergunta 16 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
Aluguel residencial sobe 16,55% em 2022 e tem a maior alta em 11 anos 
Os dados da pesquisa foram levantados pela Fipe (Fundação Instituto de 
Pesquisas Econômicas) e incluem os preços de aluguel de imóveis 
residenciais (apenas apartamentos) em 25 cidades brasileiras com base 
em anúncios na internet. 
O preço médio de locação de imóveis residenciais no país subiu em 2022 
quase três vezes acima da inflação do ano passado (5,79%), de acordo com o 
índice FipeZap. 
O aumento acumulado de 16,55% em 2022 é o maior resultado apurado pelo 
índice desde 2011 (17,30%). 
Segundo o economista Pedro Tenório, do DataZap+, entre os fatores que 
explicam a escalada de preços, estão: 
I. o aquecimento do mercado de trabalho, a partir da retomada 
das atividades na pandemia de covid-19, e repasse da inflação 
para o aluguel; 
II. a alta acima da média em cidades como Curitiba (PR), 
Florianópolis (SC) e Goiânia (GO), que vivem um momento de 
valorização imobiliária. 
Para 2023, a expectativa é que o cenário de avanço dos preços de locação 
seja freado, uma vez que a inflação deve ser mais contida. Além disso, tanto o 
PIB quanto o mercado de trabalho devem se estabilizar, o que contribui para o 
 
arrefecimento dos preços e para o crescimento do mercado em menor ritmo, 
seguindo a linha da inflação. 
Veja, a seguir, as maiores altas nos aluguéis entre as capitais. 
III. Goiânia (GO): 32,93% 
IV. Florianópolis (SC): 30,56% 
V. Curitiba (PR): 24,47% 
VI. Fortaleza (CE): 21,33% 
VII. Belo Horizonte (MG): 20,01% 
VIII. Rio de Janeiro: 17,93% 
IX. Recife (PE): 17,07% 
X. Salvador (BA): 16,56% 
XI. São Paulo: 14,63% 
XII. Porto Alegre (RS): 11,14% 
Disponível 
em <https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/01/17/preco-medio-
aluguel-2022-fipezap.htm>. Acesso em 17 jan. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com o texto, em 2022, os aluguéis residenciais mais altos 
estavam em Goiânia. 
II. Em 2022, a alta dos aluguéis residenciais em São Paulo ficou abaixo da 
média registrada no país. 
III. Segundo os dados, o preço do aluguel de um apartamento em 
Florianópolis é aproximadamente o dobro do aluguel de um apartamento 
equivalente em São Paulo. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. 
II, apenas. 
 
 
• Pergunta 17 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto, de autoria de Laura Mattos, e a charge. 
Inteligência artificial ajuda aluno a escrever redação nas escolas 
“A inteligência artificial tornou-se uma ferramenta cada vez mais importante no campo da educação e uma das maneiras mais emocionantes de usá-la 
é ajudar os estudantes a melhorar suas habilidades de escrita”. 
Foi assim que a nova vedete da inteligência artificial, a plataforma ChatGPT, iniciou um texto de seis parágrafos quando a “Folha” lhe enviou a 
seguinte solicitação: "Escreva um artigo sobre o uso da inteligência artificial para estudantes aprenderem a escrever redação". 
O artigo ficou pronto em 50,5 segundos. Ainda no primeiro parágrafo, o robô prosseguiu afirmando que as ferramentas "podem fornecer aos 
estudantes feedback instantâneo sobre seus ensaios, ajudando-os a identificar erros e a melhorar sua escrita com o tempo". 
Se é realmente "emocionante", isso já é um juízo de valor feito pelo robô do ChatGPT, mas, de fato, como o texto aponta, essa ferramenta começa a 
se disseminar na educação, e escolas brasileiras, públicas e particulares, passaram a adotá-la. 
Em São Paulo, a inteligência artificial para esse fim deverá ser introduzida nas escolas estaduais ainda neste semestre, de acordo com o secretário de 
educação, Renato Feder. "Teremos um programa que apontará instantaneamente para o aluno erros gramaticais, ortográficos e de pontuação, além 
de explicar a regra", afirmou o secretário à “Folha”. Posteriormente, a redação deve ser encaminhada ao professor, e a plataforma sistematiza a sua 
correção fazendo ao docente perguntas como "Qual é a aderência do texto ao tema proposto?", "Trabalha com a argumentação?", "Usa raciocínio 
lógico?", "Traz uma conclusão?". 
Segundo Feder, a ferramenta será desenvolvida pela Secretaria de Educação, da mesma forma que o programa implementado nas escolas 
paranaenses quando ele foi secretário. O “Redação Paraná” foi criado no primeiro ano da pandemia e é utilizado por estudantes do 6º ao 9º ano e do 
ensino médio. 
O Governo do Espírito Santo também aderiu a essa tecnologia, a partir de parceria com uma startup, a Letrus. 
Essa mesma tecnologia já foi utilizada em escolas públicas da Paraíba, do Pará, de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, por meio de projetos 
financiados por institutos sociais, e atualmente está presente em escolas da Fundação Bradesco e em instituições voltadas à classe A de São Paulo, 
como a rede Pueri Domus e as escolas do Grupo Bahema, entre as quais a Escola da Vila e a Escola Viva. A Letrus diz ser utilizada por 180 mil 
estudantes no país - o custo médio programa gira em torno de R$ 100 por aluno por ano. 
Professor de língua portuguesa e fundador da empresa, Luís Junqueira admite que, por melhor que seja, uma ferramenta de inteligência artificial não 
consegue substituir o olhar humano. 
"Mas facilita o trabalho do professor e pode orientá-lo sobre que dificuldades devem ser observadas", diz ele. "Também é importante o estímulo que o 
estudante tem ao receber um feedback rápido da sua redação. No Brasil, a maioria dos estudantes não consegue ter os seus textos lidos por 
professores." 
A Letrus defende que a ferramenta precisa ser integrada ao currículo escolar, com treinamento dos professores, para que saibam utilizá-la em aula, 
além de monitorar o desenvolvimento de cada aluno por meio de um histórico de dados e estatísticas. 
Plataformas com essa proposta, portanto, segundo ele, diferenciam-se de sites e aplicativos que oferecem correção de redação instantânea 
gratuitamente (há serviços pagos, como o de escolher um tema livre). Entre elas já se tornaram conhecidas de professores brasileiros a Glau e a 
Grammarly. 
Além de erros gramaticais e ortográficos, as ferramentas se dizem capazes de analisar, em algum grau, a construção de frases e a fluência do texto e, 
também, de evitar plágios, pesquisando outros textos online ou barrando a possibilidade de copiar e colar. 
Mestre em linguística aplicada e professor do Instituto Singularidades, que forma professores e gestores da educação, Maurício Canuto afirma que 
essas ferramentas podem ser úteis, "desde que consideradas como complementares e sempre utilizadas com a mediação do docente". "A tecnologia 
pode apontar um erro de pontuação, por exemplo, e explicar a regra, mas não garante que o aluno entenderá." 
O professor dá aula de português na rede municipal de São Paulo e sugere essas ferramentas aos seus alunos. Ele diz ser preciso cuidado para que a 
criatividade não seja tolhida. "Essas ferramentas utilizam modelos de textos", diz. "Isso pode ir na contramão do que a BNCC [Base Nacional Comum 
Curricular] determina, que o aprendizado busque novas linguagens, interações e que evite fórmulas estáticas." 
Ponderação semelhante faz Adriano Chan, corretor de redação de vestibulares e doutorando da Unesp em linguística cognitiva, que lida com os 
modelos do pensamento algorítmico. "Na língua, temos os usos que seguem padrões e os que não seguem, e esses casos não são identificados por 
essas ferramentas." 
Para Chan, que é proprietário de um curso de redação em São Paulo, essas ferramentas "podem ajudaro professor a ser mais eficaz", desde que 
utilizadas com cautela. "Essas plataformas trabalham com modelos de texto. Procuram as palavras no primeiro parágrafo e avaliam como se 
relacionam com o restante da escrita. Isso não funciona para alunos mais criativos, para redações mais sofisticadas." 
A ponderação entre aspectos positivos e negativos, aliás, não está presente no texto do ChatGPT feito a pedido da “Folha”, que só apontou vantagens 
do uso da inteligência artificial. A conclusão do robô é que o uso "emocionante" da ferramenta pode transformar alunos em "escritores competentes". 
Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2023/02/escolas-adotam-inteligencia-artificial-para-ajudar-aluno-a-escrever-
redacao.shtml#:~:text=%22A%20intelig%C3%AAncia%20artificial%20tornou%2Dse,melhorar%20suas%20habilidades%20de%20escrita.%22>. Acesso 
em 16 mar. 2023 (com adaptações). 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com a charge e com os especialistas apresentados no texto, a ferramenta ChatGPT substitui plenamente a figura humana, pois sua 
tecnologia permite que ela realize com eficiência todas as tarefas. 
II. O texto escrito pela ferramenta ChatGPT, mencionado no artigo, pondera sobre os aspectos positivos e negativos da inteligência artificial para os 
estudantes e é um exemplo claro do potencial dessa tecnologia. 
III. Segundo o secretário de educação de São Paulo, uma ferramenta específica será utilizada nas escolas públicas e apontará aos estudantes os 
erros gramaticais em seus textos. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
III, apenas. 
 
• Pergunta 18 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o artigo e a charge, de Laerte. 
O que anima e o que assusta no ChatGPT, a nova inteligência artificial 
Nas últimas semanas, a emergência do ChatGPT, novo chatbot desenvolvido 
pela OpenAI, chamou a atenção internacional. Essa nova ferramenta de 
inteligência artificial (IA) pode revolucionar um leque extremamente amplo de 
atividades humanas, mas não deixou de despertar também um considerável 
número de preocupações entre especialistas de tecnologia. 
É altamente provável que reguladores sejam os próximos a se interessar por 
esta tecnologia. 
 
O ChatGPT é uma das últimas aplicações do modelo algorítmico Generative 
Pretrained Transformer 3 (GPT-3). Este modelo de processamento de 
linguagem natural de última geração foi apresentado pela primeira vez em 
2020, levantando diversos questionamentos éticos em relação ao seu uso. 
O ChatGPT é capaz de entender a linguagem humana natural e gerar uma 
resposta semelhante ao fruto do intelecto humano após receber um pedido. A 
ferramenta ganhou destaque por três razões principais. 
Primeiramente, pelo nível extremamente refinado de suas respostas. A sua 
simulação quase fiel de textos escritos por humanos e suas respostas 
precisas e coerentes na enorme maioria de perguntas, mesmo as mais 
complexas, é impressionante. 
Tal evolução torna-se extremamente útil para facilitar uma miríade de tarefas 
e, consequentemente, extremamente lucrativa para quem conseguir alcançar 
este nível de sofisticação. Neste sentido, a segunda –mas talvez deveríamos 
considerá-la a primeira– razão pela qual o ChatGPT chamou a atenção dos 
especialistas foram os incessantes rumores sobre o vultoso investimento de 
US$ 10 bilhões que a OpenAI, liderada por Elon Musk e Sam Altman, estaria 
negociando com a Microsoft, depois de já ter recebido um investimento de 
US$ 1 bilhão da Microsoft em 2019. 
Segundo Sam Altman, CEO da OpenAI, o ChatGPT já teria atingido a marca 
de 1 milhão de usuários, mesmo tendo sido lançado há menos de um mês. 
Por enquanto, o sistema de IA está sendo disponibilizado "gratuitamente", 
alistando usuários numa gigantesca operação de propaganda e teste da 
tecnologia. 
Em terceiro lugar, e em perspectiva mais geral, o ChatGPT destaca a 
chegada de uma nova fase de automação na qual a IA não desempenha 
somente uma tarefa limitada, mas pode interagir de maneira muito mais 
refinada com o usuário, assistindo de maneira muito mais elaborada, desde a 
redação de um artigo, até a correção de código de software, no espaço de 
alguns segundos. 
Por exemplo, o chamado "debug de código" é o primeiro exemplo oferecido 
no seu site oficial sobre como o ChatGPT pode contribuir para examinar e 
melhorar os códigos, a partir de um "diálogo" com o programador. 
Essa capacidade de gerar respostas para qualquer tipo de pergunta é 
extremamente promissora, mas também assustadora. Quando um usuário 
pede a elaboração de malware (ou seja, software malicioso tipicamente usado 
para ataques de hackers), o ChatGPT entrega rapidamente um ótimo 
rascunho de código que permitiria – ou pelo menos facilitaria enormemente – 
ataques particularmente perniciosos, mesmo se o perpetrador fosse um 
novato. 
Por enquanto, ninguém parece ainda ter pedido ao ChatGPT para elaborar 
uma série de notícias falsas para causar danos a personalidades ou 
instituições públicas, mas o sistema performou muito bem na redação de 
emails de phishing a ser enviados para golpes online. Pode-se imaginar que o 
mesmo tipo de performance de alto nível possa ser alcançado com a 
elaboração de fake news. 
Talvez uma das aplicações de maior sucesso do chat poderia ser a pesquisa 
acadêmica, que nos obriga a repensar radicalmente como as competências 
intelectuais dos indivíduos são avaliadas. Que sentido pode fazer avaliar um 
estudante com um trabalho de conclusão de curso ou um ensaio se tais 
trabalhos podem ser elaborados em poucos segundos pelo ChatGPT? 
A ICML (International Conference on Machine Learning), uma das mais 
prestigiadas conferências de IA do mundo, já proibiu o uso de ferramentas 
como o ChatGPT para escrever ou corrigir artigos científicos. Essa decisão 
deu ensejo a um debate ético na academia e entre os profissionais de 
machine learning. 
Algumas das questões éticas levantadas pela conferência foram a dificuldade 
em distinguir textos escritos pelo chat de textos de autoria humana e que seu 
uso permite a reformulação de textos disponíveis na internet, sem creditar os 
autores originais. 
O plágio é considerado um problema grave nas instituições de ensino, mas 
sistemas como o ChatGPT tornam a prática extremamente mais fácil e, ao 
mesmo tempo, difícil de se detectar. Embora a proibição estabelecida pela 
ICML seja totalmente compreensível, sua implementação parece 
extremamente difícil. Ainda não está claro como o comitê organizador da 
ICML –ou qualquer outra pessoa– poderia determinar se um texto foi 
elaborado com o auxílio dessas ferramentas. 
As aplicações do ChatGPT podem ser extremamente valiosas e poupar 
milhões de horas de trabalho em redação de emails, notas, planos, projetos, 
software etc. Porém, ao lado de usos amigáveis e de boa-fé vêm muitos 
outros potenciais (ab)usos muito menos nobres. 
A finalidade pela qual qualquer tecnologia é usada depende de seu usuário. 
Mas o desenvolvedor não pode ser totalmente isento de responsabilidade e 
deve ter um dever de cuidado quando a tecnologia pode facilmente ser 
utilizada para finalidades nocivas. 
O ChatGPT levanta questões muito relevantes de cibersegurança, de 
proteção de dados, de pedagogia e de ética. Nos obriga a repensar nossa 
relação com IA a fim de começar a considerar a necessidade de evoluir com 
ela, nos tornando mais inteligentes e preparados graças a ela. A outra opção, 
mais preguiçosa, e muito mais perniciosa: nos tornar dependentes ao invés de 
protagonistas da IA. 
A chegada de um tipo de IA mais complexo e desafiador nos obriga a analisar 
todos os efeitos, sejam positivos ou negativos, de tais avanços, a nos 
preparar de maneira séria e entender como regular de forma eficiente. 
(*) Luca Belli é professor e coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade 
da FGV Direito Rio. Nina da Hora é pesquisadora especialista em IAe 
cibersegurança no CTS-FGV. 
Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/tec/2023/01/chatgpt-o-que-
anima-e-o-que-assusta-na-nova-inteligencia-artificial.shtml>. Acesso em 28 
fev. 2023. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O objetivo da charge é evidenciar os benefícios da tecnologia, 
especialmente da inteligência artificial, que supera a capacidade humana na 
elaboração de textos, aspecto também abordado pelo artigo de opinião. 
II. Segundo o artigo, as finalidades nocivas de qualquer tecnologia 
dependem dos usuários e, por isso, os desenvolvedores de novas 
ferramentas devem ser isentos de qualquer responsabilidade. 
III. O artigo e a charge revelam questões éticas no uso do ChatGPT, pois 
abordam o problema da autoria no uso da ferramenta na produção de textos. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: e. 
Apenas a afirmativa III é correta. 
 
 
• Pergunta 19 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto, publicado em 10 de janeiro de 2023, pela agência de notícias do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Inflação sobe 0,62% em dezembro e fecha 2022 com alta de 5,79% 
Com alta de 0,62% em dezembro, a inflação fechou o ano de 2022 com um aumento 
de 5,79%, abaixo dos 10,06% registrados em 2021. Com o resultado, é a quarta vez 
consecutiva que a inflação fica acima da meta definida pelo Conselho Monetário 
Nacional, que em 2022 era de 3,5% e teto de 5%. Os dados são do Índice Nacional de 
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (10) pelo IBGE. 
O resultado de 2022 foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas 
(11,64%), que teve o maior impacto (2,41 p.p.) no acumulado do ano. Em seguida, 
 
Saúde e cuidados pessoais, com 11,43% de variação e 1,42 p.p. de impacto. A maior 
variação veio do grupo Vestuário (18,02%), que teve altas acima de 1% em 10 dos 12 
meses do ano. O grupo Habitação ficou próximo da estabilidade, com 0,07% de 
variação, e os Transportes (-1,29%) tiveram a maior queda e o impacto negativo mais 
intenso (-0,28 p.p.) entre os nove grupos pesquisados. 
 
 
 
A alimentação no domicílio (13,23%) exerceu a maior influência na alta de 11,64% do 
grupo “alimentação e bebidas”. Os destaques foram a cebola (130,14%), que teve a 
maior alta entre os 377 subitens que compõem o IPCA, e o leite longa vida (26,18%), 
que contribuiu com o maior impacto (0,17 p.p.) entre os alimentos para consumo no 
domicílio. Vale mencionar também a batata-inglesa (51,92%), as frutas (24,00%) e o 
pão francês (18,03%). 
A alimentação fora do domicílio, por sua vez, subiu 7,47%. Enquanto a refeição teve 
aumento de 5,86%, a alta do lanche foi de 10,67%. 
No grupo “saúde e cuidados pessoais” (11,43%), a principal contribuição (0,61 p.p.) 
veio dos itens de higiene pessoal (16,69%), em especial os perfumes (22,61%) e os 
produtos para cabelo (14,97%). Outro destaque foi o plano de saúde, com alta de 
6,90% e impacto de 0,25 p.p. no IPCA acumulado do ano. Vale destacar também a 
alta de 13,52% dos produtos farmacêuticos. 
Disponível em <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-
de-noticias/noticias/36051-inflacao-sobe-0-62- em-dezembro-e-fecha-2022-com-alta-
de-5-79>. Acesso em 11 jan. 2023 (com adaptações). 
De acordo com as informações apresentadas no texto, avalie as afirmativas. 
I. Considerado apenas o período disponível no gráfico, 2015 foi o ano com maior 
inflação acumulada no país. 
II. A pesquisa do IBGE considera que o item “alimentação no domicílio” é uma 
subcategoria do grupo “alimentação e bebidas”. 
III. O IBGE considerou nove grupos na pesquisa. Entre eles, estão os grupos 
“alimentação e bebidas”, “saúde e cuidados pessoais” e “higiene pessoal”. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
I e II, apenas. 
 
 
• Pergunta 20 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
Garimpo ilegal na Terra Yanomami cresceu 54% em 2022, aponta Hutukara 
O garimpo ilegal cresceu 54% em 2022 e devastou novos 1.782 hectares da Terra 
Indígena Yanomami (TIY), conforme levantamento feito por imagens de satélite. O 
monitoramento da Hutukara Associação Yanomami (HAY) aponta crescimento 
acumulado de 309% do desmatamento associado ao garimpo entre outubro de 2018 e 
dezembro de 2022. Nesse período, foram mais 3.817 hectares destruídos na maior 
terra indígena do país, atingindo um total de 5.053 hectares. Quando os indígenas 
começaram a monitorar os efeitos do garimpo, em outubro de 2018, havia 1.236 
hectares devastados. Em 2021, o desmatamento chegou a 3.272 hectares, conforme 
apontou o relatório “Yanomami Sob Ataque: garimpo na Terra Indígena Yanomami” e 
propostas para combatê-lo. O “Sistema de Monitoramento do Garimpo Ilegal na TIY” é 
feito com imagens da “Constelação Planet”, rede de satélites de alta resolução 
espacial capazes de detectar com precisão e mais frequência de vigilância áreas 
muitas vezes não capturadas por outros satélites. Com o monitoramento manual, as 
atualizações são registradas duas vezes por mês. As maiores concentrações de 
destruição estão nos rios Uraricoera, ao Norte da Terra Indígena Yanomami, e 
Mucajaí, região central. A região de Waikás, no Uraricoera, concentra 40% do impacto, 
com cerca de 2 mil hectares devastados. Enquanto isso, o Rio Couto Magalhães, 
afluente do Mucajaí, sofre 20% do impacto, com cerca de mil hectares. A terceira 
região mais afetada é a de Homoxi, na cabeceira do Mucajaí, com 15% da 
devastação, o que corresponde a cerca de 760 hectares. “Os impactos do garimpo vão 
além do observados pelo satélite, que são focados no desmatamento. Eles também 
afetam as disseminações de doenças, deterioração no quadro de saúde das 
comunidades, produção de conflitos intercomunitários, aumento de casos de violência 
e diminuição da qualidade de água da população com destruição dos corpos hídricos. 
Tudo isso somado compromete a capacidade de viver nas comunidades”, explicou o 
geógrafo Estêvão Benfica, assessor do Instituto Socioambiental (ISA). Ainda segundo 
Benfica, a mobilidade dos garimpeiros de uma área para outra é um fator que resulta 
na proliferação de doenças. Os invasores chegam a levar novas cepas de malária de 
uma região para outra, por exemplo. De acordo com o Sivep Malária, sistema de 
monitoramento do Ministério da Saúde, entre 2020 e 2021, mais de 40 mil casos de 
malária foram registrados na Terra Indígena Yanomami. Em 2021, foram 21.883, o 
maior registro desde 2003. A explosão dos casos da doença no território indígena 
coincide com o aumento da área devastada pelo garimpo. O monitoramento do 
Mapbiomas, que utiliza o satélite Landsat, mostra saltos sucessivos no desmatamento 
pelo garimpo desde 2016. 
 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O avanço do garimpo na região das terras indígenas Yanomami e o número de 
casos de malária estão inversamente relacionados desde 2016. 
II. A taxa de crescimento dos casos de malária foi maior no período de 2019 a 2020. 
III. As consequências do garimpo ilegal nas terras indígenas incluem a disseminação 
de doenças e a destruição ambiental. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: e. 
Apenas a afirmativa III é correta.

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