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AVALIAÇÃO PSA 2023 UNIP

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• Pergunta 1 
 
 
Leia a charge. 
 
 
 
O objetivo da charge é 
Resposta 
Selecionada: 
c. valorizar o livro e as atividades pedagógicas não digitais como ferramentas 
importantes para a construção do conhecimento. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 2 
 
Leia a charge. 
AVALIAÇÃO PSA 2023 UNIP
 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O objetivo da charge é criticar a criação de datas especiais para temas específicos. 
II. A charge critica o desmatamento, causado pela ação humana, que afeta os habitats naturais. 
III. A charge associa a destruição do meio ambiente à morte. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: d. II e III. 
 
 
 
 
• Pergunta 3 
 
 
Leia a tirinha. 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O posicionamento do personagem Pudim representa o comportamento de pessoas que se recusam a ver 
novas perspectivas. 
II. A tirinha valoriza a superioridade e a empatia decorrente dessa superioridade. 
III. O objetivo da tirinha é criticar o mau comportamento de crianças que buscam diversão com ações 
inadequadas. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: a. I. 
 
 
 
 
• Pergunta 4 
 
 
Leia a charge e o texto de Eugenio Bucci. 
 
 
 
Há erros de informação, imprecisões, distorções de enfoque que, muitas vezes, não correspondem 
aos fatos e que são publicadas como notícias normais na imprensa convencional. Nós estamos 
diante de um fenômeno diferente. Nós estamos diante de uma usina de produção de notícias 
fraudulentas, com o propósito de fraudar os processos decisórios das democracias. É muito 
diferente, portanto, de um erro jornalístico, coisa que acontece todo dia. Uma boa redação 
jornalística, quando comete um erro, procura se corrigir. Uma notícia fraudulenta é fabricada por 
alguma central, algum grupo ou mesmo uma pessoa, que não age, publicamente, de boa-fé. 
Disponível em <https://mais.opovo.com.br/jornal/dom/2018/01/eugenio-bucci-e-evidente-que-
caminhamos-para-um-jornalismo-melhor.html>. Acesso em 28 fev. 2023 (com adaptações). 
 Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Segundo o texto, as fake news não se confundem com notícias mal elaboradas, pois, no caso 
das primeiras, elas são produzidas com a intenção de interferir politicamente na sociedade. 
II. De acordo com a charge, as fake news espalham-se mais rapidamente no meio rural, onde é 
maior o índice de analfabetismo. 
 
III. A charge e o texto apontam que a produção de fake news tem como propósito o consumo de 
informações por grande número de pessoas. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. I e III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 5 
 
 
Leia o texto a seguir. 
Varíola dos macacos 
A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. 
É considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) 
com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja 
clinicamente menos grave. O período de incubação da varíola dos macacos é, geralmente, de seis 
a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). 
O nome monkeypox se origina da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório 
dinamarquês em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República 
Democrática do Congo em 1970. Atualmente, segundo a OMS esclareceu, a maioria dos animais 
suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cães-da-pradaria. A transmissão 
ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais 
contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano 
para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos. O 
contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e 
outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar dos doentes, 
seja em uma unidade de saúde ou em casa. 
Disponível em <https://bvsms.saude.gov.br/02-6-variola-dos-macacos/>. Acesso em 04 fev. 2023. 
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. A varíola dos macacos é uma doença grave, representada por severa infecção bacteriana, que 
teve sua origem em animais silvestres, como os macacos, e se espalhou para o ser humano. 
PORQUE 
II. A transmissão dessa doença ocorre por contato físico de pessoas saudáveis com pessoas ou 
materiais contaminados. 
Assinale a alternativa correta. 
 
Resposta Selecionada: d. A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. 
 
 
 
 
• Pergunta 6 
 
 
Leia o texto. 
O deleite e as dores da superdotação 
A chama das altas habilidades, em mãos erradas ou desamparadas, pode causar um incêndio 
devastador, esclarecem especialistas 
Crianças com altas habilidades/superdotação (AH/SD) costumam sofrer durante toda a vida com 
problemas mentais e de relacionamento, com um sentimento de não pertencimento pela falta de 
diagnóstico e de atendimento de especialistas e, às vezes, com indiferença dentro das escolas. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 5% das crianças e dos adolescentes estão nas salas de 
aula sem reconhecimento de seus potenciais, sem desfrutarem dos seus direitos garantidos na 
legislação brasileira. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 traz quem é esse 
público e qual é o direito do superdotado e sustenta que a criança com altas 
habilidades/superdotação é público-alvo da educação especial. 
Altas habilidades/superdotação é uma habilidade acima da média em alguma área do 
conhecimento. Um dos aspectos mais marcantes da superdotação relaciona-se ao seu traço de 
heterogeneidade. Assim, algumas pessoas podem destacar-se em um setor, ou podem combinar 
várias áreas, explica Ângela Magda Rodrigues Virgolim, graduada e mestre em Psicologia pela 
Universidade de Brasília e fundadora do “Instituto Virgolim para Altas Habilidades e 
Superdotação”. 
“Destituídas de assistência efetiva, essas crianças têm predisposição para o desenvolvimento de 
transtornos mentais, como depressão e ansiedade; por isso, o processo de reconhecimento é 
fundamental”, alerta Denise Rocha Belfort Arantes-Brero, presidente do Conselho Brasileiro para 
Superdotação (ConBraSD). 
O professor é capaz de identificar a superdotação porque está todo dia em contato com o aluno e 
conhece seu desempenho, estando apto a fazer uma análise comparativa. “Uma professora de 
matemática é capaz de reconhecer qual aluno se destaca comparado aos seus pares etários. E isso 
é possível para o professor em qualquer disciplina”, afirma Denise Brero, que é também 
especialista em educação especial para dotados e talentosos pela Universidade Federal de Lavras 
(UFLA/MG) e doutora em Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem pela Universidade 
Estadual Paulista em Bauru. 
Crianças e adolescentes superdotados rompem com a sinergia do ambiente e se destacam, sendo 
visíveis em sala de aula. Muitas vezes, são ignorados por professores que não olham, não escutam 
e não são sensíveis a isso, esclarece Olzeni Ribeiro, consultora da Unesco e do Ministério da 
Educação na criação de cursos na área de altas habilidades/superdotação, além de doutora em 
 
Educação, neuropsicopedagoga clínica e institucional e especialista em altas 
habilidades/superdotação. 
“Quando eu peço aos pais que descrevam seus filhos superdotados, a palavra ‘sensível’ aparece 
com mais frequência. E a sensibilidade assume muitas formas: os sentimentos são facilmente 
magoados, com possíveis crises de choro compulsivo. Eles ‘sentem os sentimentos’ dos outros, 
respondem às críticas de forma intensa e às vezes reagem a estímulos do ambiente como luz, 
ruído, texturas, poluição do ar e determinados alimentos. O perfeccionismo e a intensidade 
tambémsurgem com frequência nas descrições dos pais”, descreve Olzeni. 
“O que precisa ser desmitificado é que a alta habilidade/superdotação não está somente 
relacionada com o Quociente de Inteligência (QI). O que pesa mais é a história de vida, o que a 
criança faz, seu desempenho, mais do que a pontuação do QI”, determina Denise Brero. 
Segundo Denise, muitos professores têm receio do aluno superdotado. Sentem-se desafiados. Para 
a especialista, a criança superdotada questiona mais, traz novidades e se interessa por um 
conteúdo mais aprofundado. Ela expressa que esses alunos enriquecem a turma e cita o médico 
Joseph Salvatore Renzulli, um dos maiores especialistas na educação de superdotados: “Uma 
maré crescente leva todos os navios. Mas os superdotados têm que ser olhados na sua 
individualidade e receber alguma atenção especial para continuarem a florescer, a desenvolver os 
seus potenciais. Devem se sentir pertencentes e autorrealizados para que sejam produtores de 
conhecimento e contribuam para o desenvolvimento da sociedade”. 
Quando há diagnóstico de superdotação, pais e professores devem estar atentos se aparecerem 
sintomas como desmotivação, vontade de faltar às aulas, dor de barriga e de cabeça, falta de 
envolvimento e de interesse, tristeza. Ao longo da vida, em alguns momentos, o superdotado 
precisará de um acompanhamento psicológico para lidar com essas questões – se aparecerem. 
Essas crianças têm direito a dois tipos de estratégias específicas dentro da escola: o 
enriquecimento curricular ou a aceleração de estudos. Cada caso é avaliado para definir qual 
estratégia beneficiará mais a criança. O desejo da criança deve ser respeitado, e todo o processo 
deve ser acompanhado, pois se trata de uma mudança abrupta. Em muitos casos, a aceleração de 
estudos (pular a série) é positiva, a criança se sente motivada. 
O superdotado que vai bem na escola é chamado de superdotado acadêmico, cujo conhecimento é 
devorar leituras, escrever muito bem, e a escola o adora pois ele não gera demandas, mas é muito 
prejudicado porque a escola bloqueia o desenvolvimento. “Toda escola no Brasil estabelece um 
teto de aprendizagem, o que prejudica o superdotado”, aponta Olzeni Ribeiro, autora do livro 
“Criatividade”, em uma perspectiva transdisciplinar: rompendo crenças, mitos e concepções, 
publicado com a chancela da Unesco. 
Crianças superdotadas são, por natureza, mais sensíveis. Reagem com mais força e expressão a 
um ambiente no qual suas habilidades não são percebidas e suas necessidades não são atendidas. 
Podem ter um comportamento social inadequado, revelando hostilidade e agressão com relação 
aos outros (pais, professores, figuras de autoridade) ou se entregando a atos de delinquência 
social. 
“Temos um número imenso de superdotados sendo tratados com remédios que diminuem a 
energia, a cognição e a intelectualidade da criança. O remédio é um freio para sua inteligência, e 
sua intelectualidade é destruída”, revela Olzeni, pedagoga, há 30 anos atuando na área da 
educação com altas habilidades/superdotação e outras condições especiais. 
Olzeni alerta: “Se um pai e uma mãe levarem essa questão da superdotação para a escola, pelo 
amor de Deus, não digam que esses pais são vaidosos. A superdotação é genética, não é 
fabricada. Se não for diagnosticada e devidamente trabalhada, esse adulto precisará de terapia, 
se não chegar ao suicídio”. Crianças com altas habilidades são um precioso recurso nacional que 
precisa ser protegido, nutrido e desenvolvido. 
Disponível em <https://revistaeducacao.com.br/2021/11/18/deleite-e-dores-
superdotacao/>. Acesso em 2 fev. 2023 (com adaptações). 
Com base nas informações do texto, é correto afirmar que 
Resposta 
Selecionada: 
e. ter altas habilidades ou superdotação cognitiva enquadra a pessoa em uma 
condição especial de aprendizagem, que demanda das escolas uma forma 
diferenciada de trabalho pedagógico. 
 
 
 
 
• Pergunta 7 
 
 
Leia o texto e observe a imagem. 
Os filtros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real? 
Rede sociais, filtros do Instagram e cirurgia plástica 
“As redes sociais nos coagem a sempre maximizar o que é belo o tempo inteiro”, diz a historiadora Luciana 
de Almeida. Se antes a beleza seguia elementos definidos e mais permanentes, agora essa superexposição 
cobra ainda mais do nosso corpo e rosto. “O filtro mostra que, apesar da aparente perfeição, isso não 
basta. Temos sempre que tornar essa imagem mais interessante. Não podemos mais ter o nosso próprio 
rosto. A sensação é de que os filtros do Instagram roubaram os nossos rostos“, diz Luciana, autora da tese 
“Os sentidos das aparências: invenção do corpo feminino em Fortaleza (1900-1959)” e estudiosa da 
história da beleza. 
De acordo com o censo de 2016 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a busca por procedimentos 
estéticos não cirúrgicos aumentou 390% no país. O preenchimento labial é a intervenção mais buscada 
segundo o ranking do órgão, seguido por aplicação de botox e peeling, laser e suspensão com fios. Em 
2017, um estudo da Academia Americana de Cirurgiões Plásticos revelou que a motivação de 55% das 
pessoas que fizeram rinoplastias em 2017 foi o desejo de sair melhor em selfies. Se antes procurávamos 
parecer mais bonitos na vida física, agora queremos estar bem nas fotos das redes sociais. “Estar o tempo 
inteiro clicando autorretratos muda a forma como nos vemos e como nos achamos bonitos ou feios”, explica 
Hilaine Yaccoub. “Queremos ser e ter na vida real aquele visual tão cuidadoso dos perfis da rede social”. 
Ao ir ao dermatologista ou ao cirurgião plástico, é comum pacientes levarem fotos de mulheres cujas 
características corporais lhe agradem e também uma foto com o filtro que as incentivaram a buscar a 
cirurgia. Os cirurgiões explicam que podem conseguir o efeito até certo ponto; o filtro serve de inspiração, 
mas é preciso alinhar as expectativas. Há riscos físicos e psicológicos na busca por uma aparência 
computadorizada. 
EIRAS, Natália. Os filtros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real? Revista Elle, 
publicado em 25 de maio de 2020. Disponível em <https://elle.com.br/beleza/filtros-instagram-nos-deixam-
iguais-2>. Acesso em 12 fev. 2023 (com adaptações). 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com os especialistas, as cirurgias plásticas realizam o sonho das mulheres de conseguir uma 
aparência igual às imagens obtidas por filtros e, assim, possibilitam a realização de selfies perfeitas. 
II. O dedo em riste na figura indica a determinação social de padrões de beleza, que, muitas vezes, levam 
as pessoas à busca por uma imagem considerada bonita e as fazem modificar os verdadeiros rostos. 
III. Não há relação entre a figura e o texto, pois a imagem refere-se à relação da mulher com o espelho, e 
não com as redes sociais. 
É correto o que se afirma apenas em 
 
Resposta Selecionada: b. II. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 8 
 
 
Leia o texto. 
Não vacinados representam 75% das mortes por covid-19, diz estudo brasileiro 
Vacinação protegeu todas as faixas etárias de hospitalizações e mortes, inclusive indivíduos com 
mais de 80 anos 
Publicado em 04/03/2022 
Uma pesquisa conduzida em Londrina, no Paraná, mostrou que 75% das mortes por covid-19 
registradas nos primeiros dez meses de 2021 ocorreram em indivíduos que não foram imunizados 
contra a doença. Entre os idosos, o índice de morte foi quase três vezes maior entre os não 
vacinados do que entre os imunizados. Entre pessoas com menos de 60 anos, o número de mortes 
de não vacinados foi 83 vezes maior do que nos imunizados. O estudo foi conduzido pela 
Universidade Estadual de Londrina, pela Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, pela 
Universidade Federal de São Carlos e pela Faculdade de Medicina Albert Einstein dos EUA. 
Foram incluídos no estudo dados de 59.853 casos confirmados de covid-19 e 1.687mortes pela 
doença, reportados entre janeiro e outubro de 2021. Dos óbitos registrados, 1.269 foram de 
indivíduos não vacinados. Já entre os casos confirmados, 48.217 foram de pessoas que não 
tomaram a vacina, 7.207 de indivíduos parcialmente imunizados e 4.429 de pessoas com esquema 
vacinal completo. Dos vacinados que foram infectados, 54% tinham mais de 60 anos. 
Os cientistas analisaram as taxas de letalidade (proporção entre o número de mortes e o número 
de casos) em três modelos: de acordo com a idade dos participantes, com o status de vacinação e 
segundo a relação de ambas as características (idade e vacinação). No primeiro modelo, quanto 
mais velhos os indivíduos, maior a letalidade observada. A segunda análise mostrou que os 
vacinados apresentam uma taxa de letalidade 40,4% menor do que os não vacinados. 
Já o terceiro modelo confirmou que a vacinação reduziu as mortes em todas as faixas etárias. 
"Nossos achados reforçam que a vacinação é uma medida de saúde pública essencial para reduzir 
os índices de fatalidade por covid-19 em todas as faixas etárias", afirmam os autores do artigo. 
Os resultados da pesquisa corroboram os de outros trabalhos já publicados, como um estudo 
observacional com dados de 90 países que mostrou que, a cada aumento de 10% na cobertura 
vacinal, a mortalidade reduz 7,6%. 
Disponível em <https://butantan.gov.br/noticias/nao-vacinados-representam-75-das-mortes-por-
covid-19-diz-estudo-brasileiro>. Acesso em 13 fev. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A pesquisa indicou que a vacinação reduziu a morte e a contaminação por covid-19. 
II. Segundo os dados, 54% dos vacinados com mais de 60 anos foram infectados, mas, entre os 
imunizados, a taxa de letalidade foi 40,4% menor do que a observada entre os não vacinados. 
III. A pesquisa mostrou que 75% dos não vacinados morreram devido à covid-19. 
É correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: a. I, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 9 
 
 
Leia o texto. 
Brasil é penúltimo país em ranking global para aposentadoria com qualidade 
Brasil só ganha da Índia e perde para emergentes, como Chile, México e Colômbia em grupo de 
44 países. 
O Brasil é o penúltimo em um ranking global que lista os melhores países para se aposentar com 
qualidade. Entre as 44 nações, o Brasil figura na 43ª posição, só à frente da Índia (44º), e atrás de 
países da América Latina como Chile (34º), México (36º) e Colômbia (42º). Os países no topo do 
ranking com melhor indicador de aposentadoria são Noruega (1º), Suíça (2º) e Islândia (3º). 
O estudo foi realizado pela Natixix Investment Managers, empresa americana de gestão de ativos. 
Entre as nações listadas estão membros da OCDE (Organização para a Cooperação e 
Desenvolvimento Econômico) e os grandes emergentes dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China). 
Quatro critérios são considerados para a nota recebida por cada país: saúde, bem-estar 
econômico, renda durante a aposentadoria e qualidade de vida. A maior nota do Brasil foi no 
índice de qualidade de vida (59%), seguida de renda (57%), e saúde (56%). A nota máxima 
possível é 100% em todas as categorias. A pior nota foi o critério macro de bem-estar econômico 
(4%), puxado especialmente pela falta de igualdade de renda. 
O ranking classifica 2022 como “um ano ruim para se aposentar” diante de inflação em 
patamares elevados ao redor do mundo. Os preços vertiginosos do petróleo, alimentos e moradia 
estão corroendo o poder de compra dos trabalhadores que pretendem se aposentar em breve. 
Outro desafio é a taxa de dependência, com pessoas mais velhas precisando de outros integrantes 
da família, em idade ativa, para bancar os benefícios previdenciários. Conforme a população 
mundial envelhece, há uma pressão nesta taxa, o que pode piorar as condições de aposentadoria. 
“Para as instituições, as populações que envelhecem rapidamente testarão os limites dos sistemas 
de benefícios para aposentadorias”, diz o estudo. “Em vez de esperar que seus investimentos e 
dinheiro guardado gerassem uma renda sustentável (movimento impulsionado por taxas de juros 
altas), os aposentados foram forçados a usar suas reservas durante esses últimos dois anos 
quando normalmente procuram preservar seu capital. Como resultado, ou as reservas foram 
fortemente afetadas ou os aposentados assumiram mais riscos para compensar o momento diante 
de um mercado volátil”, contextualiza a Natixix. 
Disponível em <https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/brasil-e-penultimo-pais-em-
ranking-global-para-aposentadoria-com-qualidade-veja-lista/>. Acesso em 21 fev. 2023. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A desigualdade de renda foi o item que mais pesou negativamente na avaliação do Brasil no 
ranking de qualidade da aposentadoria. 
II. O Brasil obteve uma nota em qualidade de vida maior do que as notas dos demais países da 
América Latina. 
III. O ano de 2022 foi considerado ruim para se aposentar devido à elevada inflação. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. I e III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 10 
 
 
Leia o texto. 
O que faz o Brasil ter a maior população de domésticas do mundo 
Se organizasse um encontro de todos os seus trabalhadores domésticos, o Brasil reuniria uma 
população maior do que a da Dinamarca, compostos majoritariamente por mulheres negras, de 
acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) 
Marina Wentzel - 26 fev. 2018 
Segundo dados de 2017, o país emprega cerca de 7 milhões de pessoas no setor – o maior grupo 
no mundo. São três empregados para cada grupo de 100 habitantes – e a liderança brasileira 
nesse ranking só é contestada pela informalidade e falta de dados confiáveis de outros países. 
Com um perfil predominantemente feminino, afrodescendente e de baixa escolaridade, o trabalho 
doméstico é alimentado pela desigualdade e pela dinâmica social criada principalmente após a 
abolição da escravatura no Brasil, afirmam especialistas. 
Um estudo feito em parceria entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado ao 
Ministério do Planejamento, e a ONU Mulheres, braço das Nações Unidas que promove a 
igualdade entre os sexos, compilou dados históricos do setor de 1995 a 2015 e construiu um 
retrato evolutivo das noções de raça e gênero associadas ao trabalho doméstico. 
(...) 
O professor e pesquisador americano David Evan Harris é um dos especialistas que defendem que 
o cenário do trabalho doméstico no Brasil atual é herança do período escravagista. 
"O Brasil foi um dos últimos países do mundo a acabar com a escravidão. Se olharmos para quem 
são as empregadas, veremos que elas tendem a ser negras", diz o acadêmico, formado pela 
Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, e mestre pela USP. 
 
"Analisando cidades como Rio e São Paulo, percebe-se que as domésticas muitas vezes são 
pessoas que migraram do Norte e Nordeste para o Sul e Sudeste. E, como se sabe, o Nordeste é 
para onde boa parte das populações de escravos foi originalmente trazida. Há uma situação de 
dinâmica geográfica, histórica e social que continua até hoje." 
Segundo a historiadora e escritora Marília Bueno de Araújo Ariza, mesmo após a abolição, em 
1888, mulheres e homens negros continuaram sendo servos ou escravos informais, o que também 
deixou seu legado no mercado de trabalho. 
As domésticas de hoje são majoritariamente afrodescendentes porque "justamente eram essas 
pessoas que ocupavam os postos de trabalho mais aviltados na saída da escravidão e na entrada 
da liberdade no pós-abolição", afirmou ela à BBC Brasil. 
A ideia de ter um servo na família era muito comum, mesmo entre quem não era rico e vivia nas 
regiões semiurbanas do século 19, segundo Ariza. 
"A escravidão brasileira foi diversa, mas foi sobretudo uma escravidão de pequena posse. No 
Brasil, todo mundo tinha escravos. Quando as pessoas tinhamdinheiro, elas compravam escravos 
com muita frequência". 
Em São Paulo, por exemplo, muitas famílias - mesmo as relativamente pobres, muitas delas 
chefiadas por mulheres brancas - "tinham uma ou duas escravas domésticas para realizar 
afazeres na casa ou na rua". 
Ariza acredita que o Brasil do século 21 herdou do passado colonial, imperial e escravista uma 
"profunda desigualdade na sociedade que não foi resolvida" e "um racismo estrutural". 
"Essas duas coisas combinadas nos levam a um quadro contemporâneo que usa racionalmente o 
trabalho doméstico porque ele é mal remunerado e, até recentemente, não tinha quaisquer direitos 
reconhecidos", resume. 
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43120953>. Acesso em 09 mar. 2023 
(com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O trabalho doméstico no Brasil é realizado principalmente por mulheres negras e é, 
geralmente, mal remunerado. 
II. No Brasil, a prática de ter alguém para realizar os afazeres domésticos é herança 
escravagista. 
III. A informalidade no trabalho doméstico sugere que, no Brasil, o número de pessoas 
que realizam tal função supera os 7 milhões. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: e. I, II e III. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 11 
 
 
Leia o texto, publicado em 11 de janeiro de 2023, pela agência de notícias da Fundação de Amparo 
à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). 
Inteligência artificial pode orientar o diagnóstico de pacientes com falência da medula óssea 
Um algoritmo de machine learning capaz de orientar o diagnóstico de síndromes de falência da 
medula óssea foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e 
colaboradores norte-americanos. Os resultados foram divulgados na revista Blood, da American 
Society of Hematology. 
Com base na análise de 25 variáveis clínicas e laboratoriais, o modelo consegue predizer se a 
condição é hereditária ou adquirida, o que tem implicações principalmente no manejo de casos 
graves de pancitopenia – condição em que há redução tanto dos glóbulos brancos e vermelhos do 
sangue quanto das plaquetas, resultando em anemia [deficiência de glóbulos vermelhos do sangue 
que pode causar fraqueza, cansaço, sonolência, falta de ar, entre outros problemas], leucopenia 
[menor capacidade de combater infecções por deficiência de glóbulos brancos do sangue] e 
trombocitopenia [maior risco de hemorragias por deficiência de plaquetas]. 
“A escolha de adiar o tratamento enquanto se aguarda o teste genético pode resultar em atraso 
significativo no tratamento de pacientes gravemente pancitopênicos. Por outro lado, o diagnóstico 
errado de insuficiência hereditária da medula óssea [BMF, na sigla em inglês] pode expor os 
pacientes a terapias ineficazes e caras, regimes de condicionamento de transplantes tóxicos e uso 
inapropriado de um membro da família afetado como doador de células-tronco”, afirmam os 
autores no artigo. 
Segundo os pesquisadores, a ferramenta poderia ser útil para hematologistas e outros 
profissionais de saúde que atuam em centros com poucos recursos, auxiliando na tomada de 
decisão clínica. 
O trabalho envolveu cientistas do Centro de Terapia Celular (CTC), um Centro de Pesquisa, 
Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 
(FMRP-USP). Um dos coordenadores da pesquisa foi Rodrigo Calado, chefe do Departamento de 
Imagens Médicas, Hematologia e Oncologia Clínica da FMRP-USP, diretor-presidente-executivo 
do Hemocentro de Ribeirão Preto e pesquisador principal do CTC. 
Para desenvolver a ferramenta, o grupo fez uso de machine learning, um método de análise de 
dados que automatiza a construção de modelos analíticos. É um ramo da inteligência artificial 
baseado na ideia de que sistemas podem aprender com dados, identificar padrões e tomar 
decisões com o mínimo de intervenção humana. 
Disponível em <https://agencia.fapesp.br/inteligencia-artificial-pode-orientar-o-diagnostico-de-
pacientes-com-falencia-da-medula-ossea/40446/>. Acesso em 11 jan. 2023 (com adaptações). 
 
De acordo com as informações apresentadas no texto, avalie as afirmativas. 
I. O algoritmo é capaz de oferecer um diagnóstico preciso a respeito de síndromes de falência da 
medula óssea, dispensando quaisquer outros tipos de análises. 
II. O algoritmo foi produzido por pesquisadores da American Society of Hematology, com base 
na inteligência artificial, que é um ramo do machine learning. 
III. A ferramenta é capaz de predizer se a condição de falência da medula óssea é hereditária ou 
adquirida. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: a. III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 12 
 
 
Leia o texto. 
Especialista alerta sobre elo entre fatores que atrapalham o sono noturno, como a apneia, e o 
maior risco cardiovascular 
Engana-se quem pensa que o sono consiste apenas em um estado passivo na vida de um ser 
humano. Ele influencia e é influenciado por uma série de fatores fisiológicos e comportamentais. 
Nem o cérebro nem o coração param durante o sono, mas o repouso noturno é essencial para 
preservar esses órgãos vitais. Distúrbios do sono, sobretudo a apneia obstrutiva, comprometem o 
organismo e elevam com o tempo o risco de problemas no coração e nas artérias. A apneia está 
ligada a características anatômicas e ao estilo de vida, sendo mais frequente em alguns biotipos e 
com o ganho de peso. Quem sofre desse problema, mais famoso pelos roncos, fica com um sono 
extremamente fragmentado e desperta muitas vezes com uma sensação de sufocamento. Também 
existem reflexos na capacidade de queima da gordura corporal e na ação da insulina pelo corpo. 
A sobrecarga do coração não se restringe somente ao fato de o músculo cardíaco ter de trabalhar 
com maior intensidade. Estudos demonstram que ele também é alvo de substâncias inflamatórias 
liberadas em razão do estresse na parede do coração e dos vasos sanguíneos. 
Não é à toa que existem evidências ligando a apneia do sono ao aumento nas taxas de infarto, 
arritmia e derrame cerebral. Isso faz com que os distúrbios do sono sejam considerados fatores 
críticos na equação do risco cardiovascular. No entanto, não é tão simples diagnosticar esse tipo 
de problema. Normalmente, a pessoa passa anos sem sintomas, sem se dar conta dos roncos e das 
pausas na respiração, julgando que aquilo é normal e faz parte de sua constituição física. Dormir 
mal, portanto, pesa em termos de morbidade e mortalidade cardiovascular. Ainda não está claro, 
 
porém se, nesse grupo de pessoas, o tratamento dos distúrbios de sono é capaz de prevenir 
eventos cardiovasculares. 
Um ponto a destacar é a correlação estreita entre a apneia do sono e a obesidade. A redução do 
peso por meio de mudanças no estilo de vida pode ajudar a controlar a condição e suas 
repercussões, como o aumento da pressão arterial. O impacto do sono na saúde cardiovascular foi 
ainda mais valorizado recentemente, quando, em cima dos resultados de pesquisas, cientistas da 
Escola de Saúde Pública da Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos, passaram a incluir um 
bom sono noturno na lista de itens decisivos para o bem-estar das artérias. O trabalho de 
Colúmbia nos faz justamente rever o estilo de vida e repensar cuidados com a saúde. E isso inclui 
buscar um sono reparador. O interessante é que o descanso noturno não está isolado num mar de 
outros fatores preventivos. Exemplifico: pessoas que praticam exercícios físicos regularmente 
tendem a dormir melhor; e quem dorme melhor tende a ter mais disposição para se exercitar. Um 
sono saudável está, portanto, bastante conectado com os outros sete itens para a qualidade de 
vida listados pelos pesquisadores americanos. E ganha relevância se pensarmos na associação 
direta entre um sono insuficiente e o surgimento e agravamento de doenças como obesidade, 
diabetes, hipertensão, câncer, insuficiência cardíaca, depressãoe Alzheimer. Quanto dormir? Um 
ciclo saudável costuma ter entre 7 a 9 horas de descanso no período da noite. E descanso 
ininterrupto, sem as pausas provocadas por apneia ou insônia. Quando esse padrão se ajusta e se 
alia a outros hábitos equilibrados, ganhamos energia e uma proteção extra contra doenças. 
Disponível em <https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/meta-para-2023-dormir-bem-
pelo-seu-coracao/>. Acesso em 23 fev. 2023. 
 Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. As chances de desenvolvimento de problemas cardiovasculares em pessoas com distúrbios de 
sono tendem a ser maiores. 
PORQUE 
II. Um sono reparador é aquele em que a pessoa dorme de 7 a 9 horas, sem interrupções, e não 
depende de outros fatores do cotidiano. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: c. A asserção I é verdadeira, e a II é falsa. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 13 
 
 
Leia o texto e a charge, que se referem à libertação de trabalhadores em condições análogas à escravidão na 
produção de vinhos no sul do país. O fato foi muito noticiado em fevereiro de 2023. 
 
A escravidão é branca 
O problema da cura dessa cegueira seletiva não vai se resolver com escândalos pontuais, mas a partir 
de comprometimentos individuais e coletivos permanentes 
Por Rodrigo Trindade, juiz da Justiça do Trabalho da 4ª Região e professor 
José Saramago foi um dos mais importantes intelectuais da língua portuguesa e utilizou a literatura para 
fazer críticas à sociedade. Em seu livro “Ensaio sobre a Cegueira”, de 1995, utilizou a figura de uma 
epidemia que levava à perda da visão para denunciar a alienação do homem em relação a ele mesmo. A 
“cegueira branca” era a denúncia do egoísmo, da covardia e da perda de empatia. 
O episódio do resgate de trabalhadores em Bento Gonçalves também chama à reflexão em torno de um 
seletivo embaçamento perceptivo que simplesmente não vê ou tem dificuldades de enxergar duas centenas de 
pessoas escravizadas em sua vizinhança. Como se fosse possível que chegassem e trabalhassem invisíveis, 
para, logo depois, desaparecerem. 
Condições degradantes, castigos físicos, jornadas exaustivas, submissão a dívidas e impedimento de retorno 
a suas casas. Esses são, precisamente, os elementos que caracterizam a escravidão contemporânea e foram 
relatados por representantes dos resgatados. 
A prática da arregimentação de trabalhadores em outros Estados para colheitas no norte do RS existe há 
anos. Ocorre em condições, no mínimo, temerárias e com fiscalização historicamente insuficiente – 
principalmente pelo desaparelhamento dos órgãos responsáveis. Foi necessário que um escravizado fugisse 
e procurasse a polícia para alertar autoridades sobre a situação. 
Nos últimos anos, por todo o Brasil, se avolumam denúncias de trabalho escravo urbano e rural. 
Semanalmente, nos deparamos com notícias de empresas, quase sempre tomadoras de serviços, que se 
utilizam de terceirizados escravizados e se defendem com um “não sabia”, “não me avisaram”, “não vi”. 
O problema da cura dessa cegueira seletiva não vai se resolver com escândalos pontuais, mas a partir de 
comprometimentos individuais e coletivos permanentes. Sem desviar o olhar e dando os nomes certos aos 
fatos. 
Disponível em <https://gauchazh.clicrbs.com.br/opiniao/noticia/2023/03/a-escravidao-e-branca-
cleqa9yfh003h016mcemsd6xk.html?fbclid=IwAR1n2kByaIb6T3dFbsZ8YPquIdb3VpyJ6YM-
0Db1XgtFHZ6M6hwf4m6iVAQ>. Acesso em 02 mar. 2023. 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Segundo o texto, a escravidão contemporânea difere da praticada na colonização por vários fatores; o 
principal deles é o de que os trabalhadores escravizados atualmente são brancos. 
II. A charge contraria o artigo, pois mostra que os consumidores não são alienados ou “cegos” e têm poder 
de escolha na hora do consumo. 
III. Para o autor do artigo, ações de combate ao trabalho escravo, como ocorreu em Bento Gonçalves, são 
inúteis, uma vez que se perdeu a empatia. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: b. Nenhuma afirmativa é correta. 
 
 
 
 
• Pergunta 14 
 
Leia a charge e o texto. 
 
 
 
 
Um artigo publicado recentemente na revista 9ª Arte tem como tema a baixa participação da 
população negra na arte do Brasil, mais especificamente nos quadrinhos, apesar de serem a 
maioria da população. No trabalho intitulado “A maioria da população brasileira é minoria nos 
quadrinhos”, Roberto Elísio dos Santos, livre-docente em Ciências da Comunicação na Escola de 
Comunicações e Artes (ECA) da USP, tomou como inspiração os estudos do pesquisador Nobu 
Chinen sobre a quase inexistência do negro como personagem da chamada 9ª arte, as histórias em 
quadrinhos (HQs). Visto que a maioria da população brasileira é negra, não faz sentido tão 
poucos personagens negros nas histórias em quadrinhos. 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo 
levantamento populacional, 43,1% dos brasileiros entrevistados se declaram brancos, 9,3% pretos 
e 46,5% pardos. 
A situação de preconceito, nos meios artísticos, vem mudando aos poucos, “mas a presença de 
personagens negros nos produtos midiáticos não reflete os dados sociais do país. Se somos, então, 
um país negro, onde estão os pretos e pardos nos meios de comunicação?”, questiona Chinen. A 
história brasileira mostra 400 anos de escravidão, ao longo dos quais a exclusão, a discriminação 
e o racismo determinaram as condições econômicas precárias, desumanas, acompanhadas pelo 
difícil acesso dos afrodescendentes à educação e ao digno convívio social de igualdade. 
A arte, em particular as histórias em quadrinhos, reflete as condições preconceituosas enfrentadas 
pela população negra, expressas graficamente com a imagem negativa do negro nesse tipo de 
publicação artística. Os padrões europeus dos corpos conceituados como “normais e perfeitos” 
sempre colocaram à margem etnias diferentes. Santos cita a revista Gibi, lançada em 1939 e 
publicada até os anos 1990, em que o personagem Pererê, historicamente o mais bem-sucedido 
personagem negro das histórias em quadrinhos, não é baseado em um ser real, é um ser 
mitológico do folclore brasileiro. Na revista “O Tico-Tico” (de 1905 a 1962), o garoto negro Giby 
era empregado da família. 
O artista J. Carlos, em 1924, apresenta sua personagem Lamparina, uma menina negra, como 
alguém “que ostenta um aspecto de animal […], com os braços nas proporções de um 
chimpanzé”. Destaca-se que, segundo o pesquisador Chinen, esse “talvez seja o caso mais notório 
de uma representação negativa do negro nos quadrinhos brasileiros”. As precárias condições de 
vida dos afrodescendentes brasileiros foram retratadas de maneira crítica, em nossa história mais 
recente, por cartunistas engajados socialmente como Novaes, Henfil e, mais notadamente Edgar 
Vasques. Nobu Chinen, afirma Santos, “faz um inventário dos personagens negros infantis”, 
pondo em cena “personagens pouco conhecidos ou esquecidos que formaram, por meio dos 
quadrinhos, uma visão dos afrodescendentes brasileiros, mais próximos ou distantes da grande 
parcela da população do Brasil”. 
Disponível em <https://jornal.usp.br/ciencias/qual-o-papel-dos-personagens-negros-nas-historias-
em-quadrinhos-brasileiras/>. Acesso em 7 mar. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O texto afirma que a população negra é sub-representada nas histórias em 
quadrinhos como consequência do fato de uma minoria dos brasileiros (9,3% do 
total) se considerar preta. 
II. A charge mostra que muitos negros conseguiram ser reconhecidos pelos seus 
feitos, o que refuta as informações presentes no texto. 
III. O fato de o Pererê ser o personagem negro mais bem-sucedido na história dos 
quadrinhos brasileiros deve-se a ele representar um ser mitológico. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada:b. Nenhuma afirmativa é correta. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 15 
 
Leia o texto. 
 
América Latina deveria ser região com menos fome no mundo, diz pesquisador 
Gerardo Lissardy 
Por trás da sua última refeição, pode ter existido uma história de grandes interesses. 
Não se trata apenas de quem proporcionou o alimento, mas de uma série de fatores que vão desde 
a produção até sua chegada ao mercado. 
E, em cada uma dessas etapas, pode haver interesses em jogo entre países ou corporações, 
segundo Juan José Borrell, autor do livro “Geopolítica y Alimentos: el Desafío de la Seguridad 
Alimentaria Frente a la Competencia Internacional por los Recursos Naturales” (“Geopolítica e 
alimentos: o desafio da segurança alimentar frente à concorrência internacional pelos recursos 
naturais”, em tradução livre). 
“Os alimentos são um fator de poder”, afirma Borrell, que é professor e pesquisador de 
geopolítica da Universidade de Rosário e da Universidade da Defesa Nacional, na Argentina. Ele 
também foi assessor da delegação argentina no Comitê de Segurança Alimentar Mundial da FAO, 
a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. 
Borrell participou do Hay Festival Cartagena, promovido na Colômbia entre 26 e 29 de janeiro de 
2023. A seguir, leia os principais pontos da sua conversa com a BBC News Mundo. 
BBC News Mundo: Como os alimentos se tornaram uma questão geopolítica? 
Juan José Borrell Os alimentos sempre foram importantes. O ser humano estruturou sua 
existência em torno da busca pelo abastecimento alimentar desde antes do Neolítico. 
Mas podemos dizer que os alimentos se transformaram em assunto geopolítico depois da Segunda 
Guerra Mundial, com o grande salto dado pelos Estados Unidos no cenário internacional. No 
marco da doutrina da contenção, da ajuda humanitária e da criação de organismos como a ONU, 
temas como a fome e a pobreza – que giram em torno da produção de alimentos - adquiriram 
alcance internacional. 
Vivemos nas últimas décadas um interesse renovado por uma série de fenômenos geopolíticos que 
voltaram a colocar o tema do fornecimento de alimentos na agenda maior da política 
internacional. Por exemplo, o crescimento das novas economias, a concorrência pelos recursos, o 
aumento da população mundial ou os danos aos ecossistemas. 
(...) 
BBC: Qual é o objetivo dos países nisso tudo? Garantir sua própria segurança alimentar ou 
ganhar influência político-econômica por meio dos alimentos? 
Borrell: Ambas. Os alimentos são um fator de poder. Produção, sementes, patentes, insumos, 
comércio, portos, frota, preços ou produtos nas gôndolas dos mercados são uma enorme fonte de 
poder, capacidade de influência e geração de riqueza. 
As grandes potências concorrem por espaços de mercado, para ganhar renda e ter maior 
autonomia alimentar. 
Outros países servem para extração de renda, como é o caso da Argentina. Não existe uma 
política alimentar estratégica que solucione o problema do acesso da população aos alimentos. 
O fato de um país dispor de um sistema de produção agrícola intensiva não garante que as 
necessidades alimentares da sua população sejam automaticamente satisfeitas. 
BBC: Segundo um relatório da ONU, no ano passado, o mundo retrocedeu nos seus esforços 
para acabar com a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição. Por que existe cada vez mais 
fome se temos melhor tecnologia para produzir alimentos? 
Borrell: Existe um grande mito: o de que, graças à tecnologia, os rendimentos aumentarão e, 
consequentemente, maior quantidade de pessoas terá acesso a um maior fornecimento de 
alimentos. 
Ou, ao contrário, que existe fome onde faltam alimentos ou há excesso de população. 
O professor indiano Amartya Sen, ganhador do prêmio Nobel de Economia, demonstrou que, em 
muitas fomes históricas, havia fornecimento de alimentos, mas a população não tinha forma de 
adquiri-los. 
De fato, o sistema de produção intensiva não gera necessariamente alimentos. Ele gera uma 
matéria-prima que também pode ser empregada, por exemplo, para alimentação de animais ou 
fabricação de biocombustíveis. 
A Argentina é o maior produtor de biodiesel de soja do mundo e os Estados Unidos fabricam 
etanol com mais de um terço da sua colheita de milho. 
BBC: Ou seja, o problema da fome não se deve necessariamente à quantidade de alimentos 
disponíveis... 
Borrell: Exato. Tem a ver, como demonstra a FAO, com a questão do acesso. 
Mais de 85% da população mundial têm acesso aos alimentos disponíveis no mercado. Mas, se 
não tenho os meios econômicos para procurá-los, meu acesso será prejudicado. 
BBC: Que papel desempenha a América Latina no mapa agroalimentar global? 
Borrell: O que ocorre na América Latina e no Caribe representa um grande paradoxo. 
Entre as regiões que eram consideradas em vias de desenvolvimento, nosso continente é o que tem 
a menor quantidade de pessoas que sofrem de fome crônica. Os últimos relatórios do Banco 
Mundial calculavam, em média, cerca de 55 milhões de pessoas. 
Mas, atualmente, a América Latina produz alimentos para 1,3 bilhão de pessoas e tem capacidade 
de produzir ainda mais. 
A América Latina é um grande produtor de alimentos, mas parte da sua população não tem acesso 
ao abastecimento. A América Latina é o lugar onde deveria haver menos pessoas com fome no 
mundo. É talvez o continente mais rico em recursos, terras férteis, água potável, biodiversidade... 
BBC: Então, qual é o problema? 
Borrell: É a economia política, uma combinação de políticas extremamente liberais e políticas 
extremamente socialistas. Ambas geraram aumento da pobreza, retrocesso dos setores de classe 
média e mudanças do tipo de alimentação. 
Estamos observando um fenômeno que não existia meio século atrás. As pessoas que conseguem 
ter acesso ao abastecimento alimentar consomem alimentos com qualidade nutricional mais 
baixa. É um fenômeno que não fica circunscrito apenas à pobreza, mas também atinge a classe 
média. 
Os setores da classe média que dispõem de recursos, automóveis, boa moradia, celulares e bem-
estar sofrem de excesso de peso, obesidade mórbida ou outros problemas, devido aos maus 
hábitos alimentares ou produtos industriais com baixa qualidade nutricional. 
Fome no mundo 
Atualmente, segundo a FAO, cerca de 828 milhões de pessoas passam fome no mundo. Esse índice 
seguia praticamente inalterado desde 2015, próximo de 8% da população global. Mas, com a 
pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia, o número saltou nos últimos anos. 
A situação é particularmente preocupante na Ásia, onde cerca de 20% da população enfrentou a 
fome em 2021 (os últimos dados disponibilizados pela ONU). No mesmo período, no continente 
africano, 9% da população sofria de fome, e na América Latina e Caribe, 8,6%. 
No Brasil, segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia 
da Covid-19, conduzido pela Rede PENSSAN e divulgado em junho passado, 33,1 milhões de 
brasileiros vivem em situação de fome no país. No fim de 2020, eram 19,1 milhões. 
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/articles/cgr08mvgjmzo>. Acesso em 02 fev. 
2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com Borrell, a fome no mundo é causada pela baixa produção agrícola nos países 
subdesenvolvidos, especialmente na América Latina, onde, paradoxalmente, os alimentos são um 
fator de poder. 
II. Segundo o professor, a tecnologia atual permite maior rendimento na produção de alimentos, 
o que garantirá o fim da insegurança alimentar no mundo nos próximos anos. 
III. O Brasil é um grande produtor de alimentos, mas cerca de 33 milhões de brasileiros vivem 
em situação de fome, pois não têm acesso aos alimentos. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 16 
 
 
Leia o texto, de autoria de Laura Mattos, e a charge. 
Inteligência artificial ajuda aluno a escrever redaçãonas escolas 
“A inteligência artificial tornou-se uma ferramenta cada vez mais importante no campo da educação e uma das maneiras mais emocionantes de usá-la é ajudar os estudantes a 
melhorar suas habilidades de escrita”. 
Foi assim que a nova vedete da inteligência artificial, a plataforma ChatGPT, iniciou um texto de seis parágrafos quando a “Folha” lhe enviou a seguinte solicitação: "Escreva 
um artigo sobre o uso da inteligência artificial para estudantes aprenderem a escrever redação". 
O artigo ficou pronto em 50,5 segundos. Ainda no primeiro parágrafo, o robô prosseguiu afirmando que as ferramentas "podem fornecer aos estudantes feedback instantâneo 
sobre seus ensaios, ajudando-os a identificar erros e a melhorar sua escrita com o tempo". 
Se é realmente "emocionante", isso já é um juízo de valor feito pelo robô do ChatGPT, mas, de fato, como o texto aponta, essa ferramenta começa a se disseminar na educação, 
e escolas brasileiras, públicas e particulares, passaram a adotá-la. 
Em São Paulo, a inteligência artificial para esse fim deverá ser introduzida nas escolas estaduais ainda neste semestre, de acordo com o secretário de educação, Renato Feder. 
"Teremos um programa que apontará instantaneamente para o aluno erros gramaticais, ortográficos e de pontuação, além de explicar a regra", afirmou o secretário à “Folha”. 
Posteriormente, a redação deve ser encaminhada ao professor, e a plataforma sistematiza a sua correção fazendo ao docente perguntas como "Qual é a aderência do texto ao 
tema proposto?", "Trabalha com a argumentação?", "Usa raciocínio lógico?", "Traz uma conclusão?". 
Segundo Feder, a ferramenta será desenvolvida pela Secretaria de Educação, da mesma forma que o programa implementado nas escolas paranaenses quando ele foi secretário. 
O “Redação Paraná” foi criado no primeiro ano da pandemia e é utilizado por estudantes do 6º ao 9º ano e do ensino médio. 
O Governo do Espírito Santo também aderiu a essa tecnologia, a partir de parceria com uma startup, a Letrus. 
Essa mesma tecnologia já foi utilizada em escolas públicas da Paraíba, do Pará, de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, por meio de projetos financiados por institutos sociais, 
e atualmente está presente em escolas da Fundação Bradesco e em instituições voltadas à classe A de São Paulo, como a rede Pueri Domus e as escolas do Grupo Bahema, 
entre as quais a Escola da Vila e a Escola Viva. A Letrus diz ser utilizada por 180 mil estudantes no país - o custo médio programa gira em torno de R$ 100 por aluno por ano. 
Professor de língua portuguesa e fundador da empresa, Luís Junqueira admite que, por melhor que seja, uma ferramenta de inteligência artificial não consegue substituir o 
olhar humano. 
"Mas facilita o trabalho do professor e pode orientá-lo sobre que dificuldades devem ser observadas", diz ele. "Também é importante o estímulo que o estudante tem ao receber 
um feedback rápido da sua redação. No Brasil, a maioria dos estudantes não consegue ter os seus textos lidos por professores." 
A Letrus defende que a ferramenta precisa ser integrada ao currículo escolar, com treinamento dos professores, para que saibam utilizá-la em aula, além de monitorar o 
desenvolvimento de cada aluno por meio de um histórico de dados e estatísticas. 
Plataformas com essa proposta, portanto, segundo ele, diferenciam-se de sites e aplicativos que oferecem correção de redação instantânea gratuitamente (há serviços pagos, 
como o de escolher um tema livre). Entre elas já se tornaram conhecidas de professores brasileiros a Glau e a Grammarly. 
Além de erros gramaticais e ortográficos, as ferramentas se dizem capazes de analisar, em algum grau, a construção de frases e a fluência do texto e, também, de evitar plágios, 
pesquisando outros textos online ou barrando a possibilidade de copiar e colar. 
Mestre em linguística aplicada e professor do Instituto Singularidades, que forma professores e gestores da educação, Maurício Canuto afirma que essas ferramentas podem ser 
úteis, "desde que consideradas como complementares e sempre utilizadas com a mediação do docente". "A tecnologia pode apontar um erro de pontuação, por exemplo, e 
explicar a regra, mas não garante que o aluno entenderá." 
O professor dá aula de português na rede municipal de São Paulo e sugere essas ferramentas aos seus alunos. Ele diz ser preciso cuidado para que a criatividade não seja 
tolhida. "Essas ferramentas utilizam modelos de textos", diz. "Isso pode ir na contramão do que a BNCC [Base Nacional Comum Curricular] determina, que o aprendizado 
busque novas linguagens, interações e que evite fórmulas estáticas." 
Ponderação semelhante faz Adriano Chan, corretor de redação de vestibulares e doutorando da Unesp em linguística cognitiva, que lida com os modelos do pensamento 
algorítmico. "Na língua, temos os usos que seguem padrões e os que não seguem, e esses casos não são identificados por essas ferramentas." 
Para Chan, que é proprietário de um curso de redação em São Paulo, essas ferramentas "podem ajudar o professor a ser mais eficaz", desde que utilizadas com cautela. "Essas 
plataformas trabalham com modelos de texto. Procuram as palavras no primeiro parágrafo e avaliam como se relacionam com o restante da escrita. Isso não funciona para 
alunos mais criativos, para redações mais sofisticadas." 
A ponderação entre aspectos positivos e negativos, aliás, não está presente no texto do ChatGPT feito a pedido da “Folha”, que só apontou vantagens do uso da inteligência 
artificial. A conclusão do robô é que o uso "emocionante" da ferramenta pode transformar alunos em "escritores competentes". 
Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2023/02/escolas-adotam-inteligencia-artificial-para-ajudar-aluno-a-escrever-
redacao.shtml#:~:text=%22A%20intelig%C3%AAncia%20artificial%20tornou%2Dse,melhorar%20suas%20habilidades%20de%20escrita.%22>. Acesso em 16 mar. 2023 (com 
adaptações). 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com a charge e com os especialistas apresentados no texto, a ferramenta ChatGPT substitui plenamente a figura humana, pois sua tecnologia permite que ela 
realize com eficiência todas as tarefas. 
II. O texto escrito pela ferramenta ChatGPT, mencionado no artigo, pondera sobre os aspectos positivos e negativos da inteligência artificial para os estudantes e é um exemplo 
claro do potencial dessa tecnologia. 
III. Segundo o secretário de educação de São Paulo, uma ferramenta específica será utilizada nas escolas públicas e apontará aos estudantes os erros gramaticais em seus textos. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 17 
 
 
Leia o texto, publicado em 10 de janeiro de 2023, pela agência de notícias do Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE). 
Inflação sobe 0,62% em dezembro e fecha 2022 com alta de 5,79% 
Com alta de 0,62% em dezembro, a inflação fechou o ano de 2022 com um aumento de 5,79%, abaixo dos 
10,06% registrados em 2021. Com o resultado, é a quarta vez consecutiva que a inflação fica acima da meta 
definida pelo Conselho Monetário Nacional, que em 2022 era de 3,5% e teto de 5%. Os dados são do Índice 
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (10) pelo IBGE. 
O resultado de 2022 foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas (11,64%), que teve o 
maior impacto (2,41 p.p.) no acumulado do ano. Em seguida, Saúde e cuidados pessoais, com 11,43% de 
variação e 1,42 p.p. de impacto. A maior variação veio do grupo Vestuário (18,02%), que teve altas acima 
de 1% em 10 dos 12 meses do ano. O grupo Habitação ficou próximo da estabilidade, com 0,07% de 
variação, e os Transportes (-1,29%) tiveram a maior queda e o impacto negativo mais intenso (-0,28 p.p.) 
entre os nove grupos pesquisados. 
 
 
 
A alimentação no domicílio (13,23%) exerceu a maior influência na alta de 11,64% do grupo “alimentação 
e bebidas”. Os destaquesforam a cebola (130,14%), que teve a maior alta entre os 377 subitens que 
compõem o IPCA, e o leite longa vida (26,18%), que contribuiu com o maior impacto (0,17 p.p.) entre os 
alimentos para consumo no domicílio. Vale mencionar também a batata-inglesa (51,92%), as frutas 
(24,00%) e o pão francês (18,03%). 
A alimentação fora do domicílio, por sua vez, subiu 7,47%. Enquanto a refeição teve aumento de 5,86%, a 
alta do lanche foi de 10,67%. 
No grupo “saúde e cuidados pessoais” (11,43%), a principal contribuição (0,61 p.p.) veio dos itens de 
higiene pessoal (16,69%), em especial os perfumes (22,61%) e os produtos para cabelo (14,97%). Outro 
destaque foi o plano de saúde, com alta de 6,90% e impacto de 0,25 p.p. no IPCA acumulado do ano. Vale 
destacar também a alta de 13,52% dos produtos farmacêuticos. 
Disponível em <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-
noticias/noticias/36051-inflacao-sobe-0-62- em-dezembro-e-fecha-2022-com-alta-de-5-79>. Acesso em 11 
jan. 2023 (com adaptações). 
De acordo com as informações apresentadas no texto, avalie as afirmativas. 
I. Considerado apenas o período disponível no gráfico, 2015 foi o ano com maior inflação acumulada no 
país. 
II. A pesquisa do IBGE considera que o item “alimentação no domicílio” é uma subcategoria do grupo 
“alimentação e bebidas”. 
III. O IBGE considerou nove grupos na pesquisa. Entre eles, estão os grupos “alimentação e bebidas”, 
“saúde e cuidados pessoais” e “higiene pessoal”. 
É correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: c. I e II, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 18 
 
 
Leia o texto e o infográfico. 
Há muitas maneiras de adquirir o estilo de vida vegano. De acordo com a Organização The Vegan Society, 
do Reino Unido, o veganismo é uma filosofia e um estilo de vida que busca “excluir, na medida do possível 
e praticável, todas as formas de exploração e crueldade com animais para alimentação, vestuário ou 
qualquer outro propósito”. A proposta da The Vegan Society é promover o desenvolvimento e o uso de 
alternativas livres de animais para o benefício dos seres humanos, dos seres vivos em geral e do meio 
ambiente. 
Uma dieta predominantemente à base de plantas e com baixo teor de sal, gorduras saturadas e açúcares 
adicionados é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como parte de um estilo de vida 
saudável em seu documento “Dietas à base de plantas e seu impacto na saúde, sustentabilidade e meio 
ambiente”, publicado em 2021. 
A OMS caracteriza seis estilos distintos de dietas à base de plantas, que enfatizam alimentos derivados de 
vegetais, juntamente com o consumo reduzido ou a exclusão total de produtos derivados de animais. As 
dietas sugeridas são vegana, lactovegetariana, ovolactovegetariana, ovovegetariana, peixe-vegetariana e 
semivegetariana. 
 
Disponível em <https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2022/10/o-que-e-veganismo>. Acesso 
em 05 jan. 2023 (com adaptações). 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A recomendação da OMS por dietas à base de vegetais, como o veganismo, está baseada em estudos que 
comprovam os malefícios da carne e de outros derivados animais para a saúde humana. 
II. No período pesquisado, o veganismo no Brasil não cresceu, colocando nosso país em último lugar na 
representatividade desse estilo de vida entre os países avaliados. 
III. O veganismo representa uma preocupação com a saúde e com o meio ambiente. 
É correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: c. II e III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 19 
 
Leia a charge e o texto. 
 
 
 
 
As mulheres e o mercado de trabalho brasileiro 
Um dos importantes fatores para se atingir o bem-estar em uma sociedade é o desenvolvimento econômico do país. E um dos principais elementos para que esse desenvolvimento aconteça é a capacidade produtiva 
da sociedade, que envolve, entre outras coisas, a oferta de mão de obra. Ou seja, o desenvolvimento e, consequentemente, o bem-estar, dependem de pessoas trabalhando e recebendo por isso. 
Contudo, o mercado de trabalho brasileiro tem características que não contribuem de maneira ideal para que isso aconteça. Segundo o relatório Global Gender Gap Report (Relatório Global sobre a Lacuna de 
Gênero, de 2020), do Fórum Econômico Mundial, o Brasil figura na 130ª posição em relação à igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem funções semelhantes, em um ranking com 153 países. 
Isso significa que as mulheres enfrentam um cenário de desigualdade e discriminação no mercado de trabalho do país. Mas por que isso ainda acontece no Brasil? Será que não temos leis e direitos suficientes para 
proteger as mulheres dessa situação? 
Segundo o IPEA (2019), a presença feminina no mercado de trabalho brasileiro, ou seja, a quantidade de mulheres entre 17 e 70 anos empregadas no país, passou de 56,1% em 1992 para 61,6% em 2015, com 
projeção para atingir 64,3% no ano de 2030, ou seja, 8.2 pontos percentuais acima da taxa em 1992. Enquanto isso, o mesmo estudo indica que a taxa de participação masculina no mercado de trabalho tende a 
cair, projetando que em 2030 ela será de 82,7%, inferior aos 89,6% observados em 1992. 
Entretanto, apesar do maior número de mulheres trabalhando no país, esses mesmos dados mostram a grande disparidade existente entre a participação de homens e mulheres no mercado de trabalho. Essa 
diferença ocorre, entre outros fatores, pelo papel social e cultural imposto às mulheres como as principais responsáveis pelos cuidados familiares e pelos trabalhos domésticos. 
Além de menor participação, retornando ao dado do Global Gender Gap Report, a diferença salarial entre gêneros ainda é significativa no Brasil, fazendo o país integrar a 130ª posição em igualdade de salário. 
Isso significa que a entrada das mulheres no mercado de trabalho brasileiro não foi acompanhada por uma diminuição das desigualdades profissionais entre homens e mulheres, o que representa que a maior parte 
dos empregos formais femininos está concentrada em setores e cargos de menor valorização e que as mulheres continuam sofrendo discriminação em relação às suas atividades profissionais. 
Além disso, as mulheres continuam sofrendo abusos e assédios morais e sexuais no ambiente de trabalho. Segundo a Agência Patrícia Galvão (2020), cerca de 40% das mulheres já foram xingadas ou ouviram 
gritos em ambiente de trabalho, contra apenas 13% dos homens. 
Hoje em dia, a legislação trabalhista nacional garante direitos fundamentais à mulher em relação ao trabalho, prevendo formalmente a proteção e a promoção das mulheres na esfera profissional. Mas apenas a 
existência de regras não acarreta, necessariamente, mudanças comportamentais e culturais na sociedade. A questão da igualdade salarial entre gêneros é um bom exemplo, pois, por mais que essa norma esteja 
vigente desde 1988, os dados apresentados ao longo do texto mostram que a remuneração das mulheres ainda é inferior se comparada à dos homens. 
Disponível em <https://www.politize.com.br/equidade/blogpost/mulheres-e-o-mercado-de-
trabalho/?https://www.politize.com.br/&gclid=Cj0KCQiAxbefBhDfARIsAL4XLRoL472Xu02qQ7UBOemx9LsFR2hT6E44TJcLmqTG75Hli0Uk52LuAYoaAokVEALw_wcB>. Acesso em 16 fev. 2023 (com 
adaptações). 
Com base na leitura da charge e do texto, avalie as afirmativas. 
I. Considerando os países avaliados no Relatório Global sobre a Lacuna de Gênero (2020), o Brasil está entre as nações mais desiguais em relação aos salários de homens e de mulheres que exercem funções 
semelhantes. 
II. Segundo o IPEA (2019), o número de mulheres empregadas em 2015 era 5,5% maior do que em 1992. 
III. A charge sugere que as mulheres enfrentam mais dificuldades do que os homens para estabelecer sua carreira profissional. De acordo com o texto, essas dificuldades decorrem, entre outros fatores, do papel 
social e cultural imposto às mulheres. 
É correto apenas o que se afirmaem 
Resposta Selecionada: c. I e III. 
 
 
 
 
• Pergunta 20 
 
 
Leia o texto. 
Desmatamento na Amazônia chega a quase 8 mil km2 em 2022, pior acumulado em 15 anos. Apenas em 
agosto, foram derrubados 1.415 km². Além disso, a degradação florestal causada pela extração de 
madeira e pelas queimadas cresceu 54 vezes. 
Em 2022, o desmatamento acumulado na Amazônia já chegou a quase 8 mil km² apenas em oito meses, 
sendo o maior dos últimos 15 anos. Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia 
(Imazon), somente em agosto foram derrubados 1.415 km² de floresta, uma área quatro vezes maior do que 
Belo Horizonte. 
Outro problema foi a degradação florestal causada pela extração de madeira e pelas queimadas, que 
cresceu 54 vezes na região em relação ao mesmo mês do ano passado. A área degradada passou de 18 km² 
em agosto de 2021 para 976 km² em agosto de 2022. 
Além de ameaçar diretamente a vida de povos e comunidades tradicionais e causar perdas na 
biodiversidade, esse aumento na destruição também afeta a camada de ozônio e contribui para o 
aquecimento global em um momento de emergência climática. Por isso, neste Dia Internacional para a 
Preservação da Camada de Ozônio, é importante olhar para a floresta em pé como uma das soluções para 
proteger as populações das consequências desse desequilíbrio do clima, entre elas a maior frequência e 
intensidade de eventos extremos como secas e tempestades. 
“Já passamos da metade do ano e o que vem acontecendo são recorrentes recordes negativos de devastação 
da Amazônia, com o aumento no desmatamento e na degradação florestal. E infelizmente temos visto ações 
insuficientes para combater esse problema”, lamenta a pesquisadora Bianca Santos, do Imazon. 
O instituto classifica como desmatamento quando a vegetação foi totalmente removida, o chamado “corte 
raso”, e como degradação florestal quando parte da mata foi retirada por causa da extração de madeira ou 
afetada pelo fogo. Por isso, é comum que uma área classificada como degradada seja posteriormente 
desmatada. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O desmatamento da Amazônia tem implicações sociais e ambientais, pois afeta comunidades da região e 
contribui para o aquecimento global. 
II. Pelo gráfico, observa-se que a área degradada na Amazônia foi maior durante o ano de 2021 do que 
durante o ano de 2022. 
III. Desmatamento e degradação florestal são termos sinônimos, que se referem à destruição das áreas 
verdes. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: c. Apenas a afirmativa I é correta.

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