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Resultados de Teste de PSA sobre Conhecimentos Gerais

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Prévia do material em texto

Usuário ana.mota1 @aluno.unip.br 
Curso PSA 
Teste PSA 2023/1 
Iniciado 10/05/23 09:20 
Enviado 10/05/23 10:41 
Status Completada 
Resultado da tentativa 8,5 em 10 pontos 
Tempo decorrido 1 hora, 20 minutos 
Autoteste O aluno responde e o resultado do aluno não é visível ao professor. 
Resultados exibidos Respostas enviadas, Perguntas respondidas incorretamente 
 Pergunta 1 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia a charge. 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O objetivo da charge é criticar a criação de datas especiais para temas específicos. 
II. A charge critica o desmatamento, causado pela ação humana, que afeta os habitats naturais.
III. A charge associa a destruição do meio ambiente à morte. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: d. 
II e III. 
 
 Pergunta 2 
0,5 em 0,5 pontos 
Leia a tirinha. 
 
 
O objetivo da tirinha é 
Resposta Selecionada: a. 
criticar a mercantilização da produção de opinião nas redes sociais. 
 
 Pergunta 3 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia a tirinha. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O posicionamento do personagem Pudim representa o comportamento de pessoas que se recusam a ver 
novas perspectivas. 
II. A tirinha valoriza a superioridade e a empatia decorrente dessa superioridade. 
III. O objetivo da tirinha é criticar o mau comportamento de crianças que buscam diversão com ações 
inadequadas. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: a. 
I. 
 
 Pergunta 4 
0,5 em 0,5 pontos 
Leia a charge e o texto de Eugenio Bucci. 
 
 
 
 
Há erros de informação, imprecisões, distorções de enfoque que, muitas vezes, não 
correspondem aos fatos e que são publicadas como notícias normais na imprensa 
convencional. Nós estamos diante de um fenômeno diferente. Nós estamos diante de 
uma usina de produção de notícias fraudulentas, com o propósito de fraudar os 
processos decisórios das democracias. É muito diferente, portanto, de um erro 
jornalístico, coisa que acontece todo dia. Uma boa redação jornalística, quando 
comete um erro, procura se corrigir. Uma notícia fraudulenta é fabricada por alguma 
central, algum grupo ou mesmo uma pessoa, que não age, publicamente, de boa-fé. 
Disponível em <https://mais.opovo.com.br/jornal/dom/2018/01/eugenio-bucci-e-evidente-que-caminhamos-
para-um-jornalismo-melhor.html>. Acesso em 28 fev. 2023 (com adaptações). 
 Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Segundo o texto, as fake news não se confundem com notícias mal elaboradas, pois, no 
caso das primeiras, elas são produzidas com a intenção de interferir politicamente na 
sociedade. 
II. De acordo com a charge, as fake news espalham-se mais rapidamente no meio rural, 
onde é maior o índice de analfabetismo. 
III. A charge e o texto apontam que a produção de fake news tem como propósito o 
consumo de informações por grande número de pessoas. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. 
I e III, apenas. 
 
 
 Pergunta 5 
0 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
Brasil é penúltimo país em ranking global para aposentadoria com qualidade 
Brasil só ganha da Índia e perde para emergentes, como Chile, México e Colômbia em 
grupo de 44 países. 
O Brasil é o penúltimo em um ranking global que lista os melhores países para se 
aposentar com qualidade. Entre as 44 nações, o Brasil figura na 43ª posição, só à 
frente da Índia (44º), e atrás de países da América Latina como Chile (34º), México (36º) 
 
e Colômbia (42º). Os países no topo do ranking com melhor indicador de 
aposentadoria são Noruega (1º), Suíça (2º) e Islândia (3º). 
O estudo foi realizado pela Natixix Investment Managers, empresa americana de 
gestão de ativos. Entre as nações listadas estão membros da OCDE (Organização para 
a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e os grandes emergentes dos Brics 
(Brasil, Rússia, Índia e China). Quatro critérios são considerados para a nota recebida 
por cada país: saúde, bem-estar econômico, renda durante a aposentadoria e 
qualidade de vida. A maior nota do Brasil foi no índice de qualidade de vida (59%), 
seguida de renda (57%), e saúde (56%). A nota máxima possível é 100% em todas as 
categorias. A pior nota foi o critério macro de bem-estar econômico (4%), puxado 
especialmente pela falta de igualdade de renda. 
O ranking classifica 2022 como “um ano ruim para se aposentar” diante de inflação 
em patamares elevados ao redor do mundo. Os preços vertiginosos do petróleo, 
alimentos e moradia estão corroendo o poder de compra dos trabalhadores que 
pretendem se aposentar em breve. Outro desafio é a taxa de dependência, com 
pessoas mais velhas precisando de outros integrantes da família, em idade ativa, para 
bancar os benefícios previdenciários. Conforme a população mundial envelhece, há 
uma pressão nesta taxa, o que pode piorar as condições de aposentadoria. “Para as 
instituições, as populações que envelhecem rapidamente testarão os limites dos 
sistemas de benefícios para aposentadorias”, diz o estudo. “Em vez de esperar que 
seus investimentos e dinheiro guardado gerassem uma renda sustentável (movimento 
impulsionado por taxas de juros altas), os aposentados foram forçados a usar suas 
reservas durante esses últimos dois anos quando normalmente procuram preservar 
seu capital. Como resultado, ou as reservas foram fortemente afetadas ou os 
aposentados assumiram mais riscos para compensar o momento diante de um 
mercado volátil”, contextualiza a Natixix. 
Disponível em <https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/brasil-e-penultimo-pais-em-ranking-global-
para-aposentadoria-com-qualidade-veja-lista/>. Acesso em 21 fev. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A desigualdade de renda foi o item que mais pesou negativamente na avaliação do 
Brasil no ranking de qualidade da aposentadoria. 
II. O Brasil obteve uma nota em qualidade de vida maior do que as notas dos demais 
países da América Latina. 
III. O ano de 2022 foi considerado ruim para se aposentar devido à elevada inflação. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: e. 
III, apenas. 
 
 
 Pergunta 6 
0,5 em 0,5 pontos 
Leia os quadrinhos e o texto. 
 
Bancos com divisórias e formatos desconfortáveis, pedras pontiagudas embaixo de viadutos, grades no 
entorno de praças e jardins, muros com pinos metálicos, construções sem marquises ou com gotejamento 
de água programado, cercas elétricas e arame farpado. Os elementos e materiais utilizados para afastar 
pessoas dos espaços públicos são muitos e acabam influenciando a maneira como os indivíduos convivem 
e vivenciam os municípios. A arquitetura hostil, termo que abrange todas as barreiras e desenhos 
urbanos que parecem dizer “não se sinta em casa” — como define a repórter Winnie Hu, do The New York 
Times —, é parte da realidade da maioria das cidades pelo mundo e vem despertando debates sobre o 
impacto dessas ações, principalmente por meio das redes sociais. 
A professora de antropologia do Centro de Graduação da Universidade da Cidade de Nova York, Setha Low, 
afirmou em entrevista para a Reuters que o risco que se corre com esse tipo de medida é mudar a natureza 
dos ambientes públicos de “inclusivos para exclusivos”. 
Já o fotógrafo alemão Julius-Christian Schreiner ressaltou à reportagem que o aumento de locais públicos 
administrados pela iniciativa privada acentuou o problema, deixando pouca área para as pessoas se 
“recostarem, vagarem ou socializarem sem a pressão de comprar algo”. Schreiner é o idealizador do 
trabalho “Agentes Silenciosos” — uma série de imagens sobre arquitetura hostil realizada em lugares como 
Londres, Paris, Hamburgo, Berlim e Nova York. 
Para o fotógrafo, nos municípios, os cidadãos são mais vistos como clientes. “Se você é um bom 
consumidor, pode usar a infraestrutura. Mas, se não for, não deveria estar nesse espaço”, declarou à 
Reuters. Ao mesmo tempo em que crescem os exemplos dessas iniciativas que barram a permanência por 
mais tempode pessoas consideradas “indesejadas” — e aqui entram também os skatistas e sua circulação 
pelos centros urbanos —, a matéria cita grupos em diferentes localidades que estão se mobilizando para 
chamar a atenção para o assunto e tentar amenizar os seus reflexos. 
Disponível em <https://caosplanejado.com/arquitetura-hostil-quando-as-cidades-nao-sao-para-
todos/?gclid=EAIaIQobChMI2dTn7Iqi_AIVtOBcCh0wLg_dEAMYASAAEgLVx_D_BwE>. Acesso em 14 dez. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Os quadrinhos revelam que as ações relacionadas à arquitetura hostil são planejadas, ideia 
também afirmada no texto. 
II. Segundo o texto, o uso de determinados espaços vincula-se mais ao conceito de consumidor 
do que ao de cidadão. 
III. A administração dos espaços públicos por empresas privadas, de acordo com o texto, é uma 
solução para que eles se tornem mais inclusivos. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. 
I e II, apenas. 
 
 Pergunta 7 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o fragmento de texto abaixo, que é um trecho da Constituição da República 
Federativa do Brasil. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude 
de lei; 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização 
por dano material, moral ou à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre 
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de 
culto e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades 
civis e militares de internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção 
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos 
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença. 
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 
2020. Disponível em <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em 4 fev. 
2023. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com o texto da Constituição, a liberdade religiosa é garantida no Brasil. 
II. A Constituição proíbe o uso da tortura no Brasil e a utilização de meios degradantes 
ou desumanos. Essa proibição inclui ações tomadas pelo próprio Estado brasileiro. 
III. O texto da Constituição garante a liberdade de expressão, destacando especialmente 
trabalhos de naturezas artística, intelectual e científica. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: e. 
I, II e III. 
 
 
 Pergunta 8 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
A questão da uberização ou plataformização do trabalho tem um potencial de se 
generalizar para todas as categorias profissionais. Ela já está avançando para setores da 
saúde (como cuidadoras e enfermeiras particulares), educação, serviços de limpeza 
doméstica (faxineiras), além de novas “modalidades” de trabalho, como as fazendas de 
cliques. Essa tendência de expansão só é possível por conta de novas tecnologias que têm 
sido implementadas no nosso cotidiano, em particular no mundo do trabalho (como é o caso 
da internet 5G, big data, internet das coisas etc.). Por exemplo, a modalidade de teletrabalho 
– hoje presente em várias categorias profissionais e um problema central para o mundo 
sindical – não deixa de ser uma forma de plataformização (isto é, um trabalho mediado por 
uma tecnologia informacional, como um tablet, um computador ou um celular). A diferença 
entre um entregador de uma plataforma digital e um servidor público do setor judiciário 
que trabalha hoje em home office é o contrato de trabalho, ou seja, os direitos adquiridos. 
A grande novidade das empresas-plataformas é que elas levaram ao extremo a 
exteriorização das atividades de trabalho, transferindo as responsabilidades aos 
trabalhadores. Dizem que estão apenas fazendo a intermediação entre clientes e 
trabalhadores (durante um tempo, tentaram chamar isso de “economia de 
compartilhamento”) e, por conta disso, não reconhecem o vínculo de emprego de seus 
entregadores ou motoristas. Mais que isso, deixam para eles todo o custo do processo de 
trabalho ou de serviço como, por exemplo, o aluguel ou o financiamento do carro ou da 
motocicleta, os custos com o combustível, a manutenção etc. Na verdade, o que essas 
empresas estão fazendo é litigioso, deixando milhões de trabalhadores e trabalhadoras sem 
qualquer direito ou assistência. Elas mesmas reconheceram isso quando aceitaram a 
inclusão de entregadores e motoristas no regime público de previdência social, com 
contrapartida financeira por parte delas. 
Mas a questão central, como muito bem apontaram as lideranças de entregadores e parte 
dos representantes sindicais, não está em incluí-los no regime de previdência e assegurar a 
eles um seguro saúde. Eles querem mais. Muitos dizem: “Nenhum direito a menos!”. E há 
uma compreensão, entre ativistas e pesquisadores, de que, se esta nova lógica de relação de 
trabalho das empresas-plataformas se estabelecer na legislação brasileira, serão abertas as 
portas para a plataformização de todas as categorias profissionais. Está em jogo, portanto, 
o futuro do mundo do trabalho e não apenas de uma ou outra categoria profissional. 
 
Disponível em <https://www.ihu.unisinos.br/626697-as-empresas-plataformas-sao-o-que-capital-financeiro-
capital-produtivo-rentistas-comercio-ou-produtoras-de-valor-a-maioria-delas-e-tudo-isso-ao-mesmo-tempo-
entrevista-especial-com-ricardo-festi?fbclid=IwAR2RACgqBJcwmbkA1FuqojtR7S38uAbXGc-
3_Ei9Vzl2rT8EMblKwNUIJgs>. Acesso em 07 mar. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A plataformização do trabalho beneficiou os trabalhadores de diferentes 
categorias, pois possibilitou a intermediação entre eles e os clientes e a 
garantia de seus direitos trabalhistas no momento da pandemia. 
 
II. A uberização, possibilitada pelas novas tecnologias, implica a 
precarização do trabalho, com a perda de direitos historicamente 
adquiridos. 
III. A plataformização representa uma evolução no mundo do trabalho, com 
a possibilidade de mais empregos e mais benefícios aos trabalhadores. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: c. 
Apenas a afirmativa II é correta. 
 
 
 Pergunta 9 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
Varíola dos macacos 
A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero 
orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres 
humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em 
pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O período de incubação 
da varíola dos macacos é, geralmente, de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 
dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O nome monkeypox se origina 
da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. 
O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática 
do Congo em 1970. Atualmente, segundo a OMS esclareceu, a maioria dos animais 
suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cães-da-pradaria. A 
transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículasrespiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de 
saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com 
contato físico próximo com casos sintomáticos. O contato próximo com pessoas 
infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e 
equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar dos doentes, seja 
em uma unidade de saúde ou em casa. 
Disponível em <https://bvsms.saude.gov.br/02-6-variola-dos-macacos/>. Acesso em 04 fev. 2023. 
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. A varíola dos macacos é uma doença grave, representada por severa infecção 
bacteriana, que teve sua origem em animais silvestres, como os macacos, e se espalhou 
para o ser humano. 
PORQUE 
II. A transmissão dessa doença ocorre por contato físico de pessoas saudáveis com 
pessoas ou materiais contaminados. 
Assinale a alternativa correta. 
 
Resposta Selecionada: d. 
A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. 
 
 
 Pergunta 10 
0,5 em 0,5 pontos 
Leia o texto. 
 
Especialista alerta sobre elo entre fatores que atrapalham o sono noturno, como 
a apneia, e o maior risco cardiovascular 
Engana-se quem pensa que o sono consiste apenas em um estado passivo na vida de 
um ser humano. Ele influencia e é influenciado por uma série de fatores fisiológicos e 
comportamentais. Nem o cérebro nem o coração param durante o sono, mas o 
repouso noturno é essencial para preservar esses órgãos vitais. Distúrbios do sono, 
sobretudo a apneia obstrutiva, comprometem o organismo e elevam com o tempo o 
risco de problemas no coração e nas artérias. A apneia está ligada a características 
anatômicas e ao estilo de vida, sendo mais frequente em alguns biotipos e com o 
ganho de peso. Quem sofre desse problema, mais famoso pelos roncos, fica com um 
sono extremamente fragmentado e desperta muitas vezes com uma sensação de 
sufocamento. Também existem reflexos na capacidade de queima da gordura corporal 
e na ação da insulina pelo corpo. A sobrecarga do coração não se restringe somente 
ao fato de o músculo cardíaco ter de trabalhar com maior intensidade. Estudos 
demonstram que ele também é alvo de substâncias inflamatórias liberadas em razão 
do estresse na parede do coração e dos vasos sanguíneos. 
Não é à toa que existem evidências ligando a apneia do sono ao aumento nas taxas de 
infarto, arritmia e derrame cerebral. Isso faz com que os distúrbios do sono sejam 
considerados fatores críticos na equação do risco cardiovascular. No entanto, não é 
tão simples diagnosticar esse tipo de problema. Normalmente, a pessoa passa anos 
sem sintomas, sem se dar conta dos roncos e das pausas na respiração, julgando que 
aquilo é normal e faz parte de sua constituição física. Dormir mal, portanto, pesa em 
termos de morbidade e mortalidade cardiovascular. Ainda não está claro, porém se, 
nesse grupo de pessoas, o tratamento dos distúrbios de sono é capaz de prevenir 
eventos cardiovasculares. 
Um ponto a destacar é a correlação estreita entre a apneia do sono e a obesidade. A 
redução do peso por meio de mudanças no estilo de vida pode ajudar a controlar a 
condição e suas repercussões, como o aumento da pressão arterial. O impacto do 
sono na saúde cardiovascular foi ainda mais valorizado recentemente, quando, em 
cima dos resultados de pesquisas, cientistas da Escola de Saúde Pública da 
Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos, passaram a incluir um bom sono 
noturno na lista de itens decisivos para o bem-estar das artérias. O trabalho de 
Colúmbia nos faz justamente rever o estilo de vida e repensar cuidados com a saúde. E 
isso inclui buscar um sono reparador. O interessante é que o descanso noturno não 
está isolado num mar de outros fatores preventivos. Exemplifico: pessoas que 
praticam exercícios físicos regularmente tendem a dormir melhor; e quem dorme 
melhor tende a ter mais disposição para se exercitar. Um sono saudável está, 
portanto, bastante conectado com os outros sete itens para a qualidade de vida 
listados pelos pesquisadores americanos. E ganha relevância se pensarmos na 
associação direta entre um sono insuficiente e o surgimento e agravamento de 
doenças como obesidade, diabetes, hipertensão, câncer, insuficiência cardíaca, 
depressão e Alzheimer. Quanto dormir? Um ciclo saudável costuma ter entre 7 a 9 
horas de descanso no período da noite. E descanso ininterrupto, sem as pausas 
provocadas por apneia ou insônia. Quando esse padrão se ajusta e se alia a outros 
hábitos equilibrados, ganhamos energia e uma proteção extra contra doenças. 
Disponível em <https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/meta-para-2023-dormir-bem-pelo-seu-
coracao/>. Acesso em 23 fev. 2023. 
 Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. As chances de desenvolvimento de problemas cardiovasculares em pessoas com 
distúrbios de sono tendem a ser maiores. 
PORQUE 
II. Um sono reparador é aquele em que a pessoa dorme de 7 a 9 horas, sem interrupções, 
e não depende de outros fatores do cotidiano. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: c. 
A asserção I é verdadeira, e a II é falsa. 
 
 
 Pergunta 11 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
O que faz o Brasil ter a maior população de domésticas do mundo 
Se organizasse um encontro de todos os seus trabalhadores domésticos, o Brasil 
reuniria uma população maior do que a da Dinamarca, compostos majoritariamente 
por mulheres negras, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) 
Marina Wentzel - 26 fev. 2018 
Segundo dados de 2017, o país emprega cerca de 7 milhões de pessoas no setor – o 
maior grupo no mundo. São três empregados para cada grupo de 100 habitantes – e a 
liderança brasileira nesse ranking só é contestada pela informalidade e falta de dados 
confiáveis de outros países. 
Com um perfil predominantemente feminino, afrodescendente e de baixa 
escolaridade, o trabalho doméstico é alimentado pela desigualdade e pela dinâmica 
social criada principalmente após a abolição da escravatura no Brasil, afirmam 
especialistas. 
Um estudo feito em parceria entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 
ligado ao Ministério do Planejamento, e a ONU Mulheres, braço das Nações Unidas 
que promove a igualdade entre os sexos, compilou dados históricos do setor de 1995 a 
2015 e construiu um retrato evolutivo das noções de raça e gênero associadas ao 
trabalho doméstico. 
(...) 
O professor e pesquisador americano David Evan Harris é um dos especialistas que 
defendem que o cenário do trabalho doméstico no Brasil atual é herança do período 
escravagista. 
"O Brasil foi um dos últimos países do mundo a acabar com a escravidão. Se olharmos 
para quem são as empregadas, veremos que elas tendem a ser negras", diz o 
acadêmico, formado pela Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, e mestre 
pela USP. 
 
"Analisando cidades como Rio e São Paulo, percebe-se que as domésticas muitas vezes 
são pessoas que migraram do Norte e Nordeste para o Sul e Sudeste. E, como se sabe, 
o Nordeste é para onde boa parte das populações de escravos foi originalmente 
trazida. Há uma situação de dinâmica geográfica, histórica e social que continua até 
hoje." 
Segundo a historiadora e escritora Marília Bueno de Araújo Ariza, mesmo após a 
abolição, em 1888, mulheres e homens negros continuaram sendo servos ou escravos 
informais, o que também deixou seu legado no mercado de trabalho. 
As domésticas de hoje são majoritariamente afrodescendentes porque "justamente 
eram essas pessoas que ocupavam os postos de trabalho mais aviltados na saída da 
escravidão e na entrada da liberdade no pós-abolição", afirmou ela à BBC Brasil. 
A ideia de ter um servo na família era muito comum, mesmo entre quem não era rico e 
vivia nas regiões semiurbanas do século 19, segundo Ariza. 
"A escravidão brasileira foi diversa, mas foi sobretudo uma escravidão de pequena 
posse.No Brasil, todo mundo tinha escravos. Quando as pessoas tinham dinheiro, elas 
compravam escravos com muita frequência". 
Em São Paulo, por exemplo, muitas famílias - mesmo as relativamente pobres, muitas 
delas chefiadas por mulheres brancas - "tinham uma ou duas escravas domésticas 
para realizar afazeres na casa ou na rua". 
Ariza acredita que o Brasil do século 21 herdou do passado colonial, imperial e 
escravista uma "profunda desigualdade na sociedade que não foi resolvida" e "um 
racismo estrutural". 
"Essas duas coisas combinadas nos levam a um quadro contemporâneo que usa 
racionalmente o trabalho doméstico porque ele é mal remunerado e, até 
recentemente, não tinha quaisquer direitos reconhecidos", resume. 
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43120953>. Acesso em 09 mar. 2023 (com 
adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O trabalho doméstico no Brasil é realizado principalmente por mulheres 
negras e é, geralmente, mal remunerado. 
II. No Brasil, a prática de ter alguém para realizar os afazeres domésticos é 
herança escravagista. 
III. A informalidade no trabalho doméstico sugere que, no Brasil, o número 
de pessoas que realizam tal função supera os 7 milhões. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: e. 
I, II e III. 
 
 
 Pergunta 12 
0 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
Não vacinados representam 75% das mortes por covid-19, diz estudo brasileiro 
Vacinação protegeu todas as faixas etárias de hospitalizações e mortes, inclusive 
indivíduos com mais de 80 anos 
Publicado em 04/03/2022 
Uma pesquisa conduzida em Londrina, no Paraná, mostrou que 75% das mortes por 
covid-19 registradas nos primeiros dez meses de 2021 ocorreram em indivíduos que 
não foram imunizados contra a doença. Entre os idosos, o índice de morte foi quase 
três vezes maior entre os não vacinados do que entre os imunizados. Entre pessoas 
com menos de 60 anos, o número de mortes de não vacinados foi 83 vezes maior do 
que nos imunizados. O estudo foi conduzido pela Universidade Estadual de Londrina, 
pela Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, pela Universidade Federal de São 
Carlos e pela Faculdade de Medicina Albert Einstein dos EUA. 
Foram incluídos no estudo dados de 59.853 casos confirmados de covid-19 e 1.687 
mortes pela doença, reportados entre janeiro e outubro de 2021. Dos óbitos 
registrados, 1.269 foram de indivíduos não vacinados. Já entre os casos confirmados, 
48.217 foram de pessoas que não tomaram a vacina, 7.207 de indivíduos 
parcialmente imunizados e 4.429 de pessoas com esquema vacinal completo. Dos 
vacinados que foram infectados, 54% tinham mais de 60 anos. 
Os cientistas analisaram as taxas de letalidade (proporção entre o número de mortes e 
o número de casos) em três modelos: de acordo com a idade dos participantes, com o 
status de vacinação e segundo a relação de ambas as características (idade e 
vacinação). No primeiro modelo, quanto mais velhos os indivíduos, maior a letalidade 
observada. A segunda análise mostrou que os vacinados apresentam uma taxa de 
letalidade 40,4% menor do que os não vacinados. 
Já o terceiro modelo confirmou que a vacinação reduziu as mortes em todas as faixas 
etárias. "Nossos achados reforçam que a vacinação é uma medida de saúde pública 
essencial para reduzir os índices de fatalidade por covid-19 em todas as faixas 
etárias", afirmam os autores do artigo. 
Os resultados da pesquisa corroboram os de outros trabalhos já publicados, como um 
estudo observacional com dados de 90 países que mostrou que, a cada aumento de 
10% na cobertura vacinal, a mortalidade reduz 7,6%. 
Disponível em <https://butantan.gov.br/noticias/nao-vacinados-representam-75-das-
mortes-por-covid-19-diz-estudo-brasileiro>. Acesso em 13 fev. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A pesquisa indicou que a vacinação reduziu a morte e a contaminação por covid-19. 
II. Segundo os dados, 54% dos vacinados com mais de 60 anos foram infectados, mas, 
entre os imunizados, a taxa de letalidade foi 40,4% menor do que a observada entre os 
não vacinados. 
III. A pesquisa mostrou que 75% dos não vacinados morreram devido à covid-19. 
É correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: e. 
I, II e III. 
 
 
 Pergunta 13 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto e a charge, que se referem à libertação de trabalhadores em condições análogas à escravidão na 
produção de vinhos no sul do país. O fato foi muito noticiado em fevereiro de 2023. 
 
A escravidão é branca 
cegueira seletiva não vai se resolver com escândalos pontuais, mas a partir de comprometimentos
individuais e coletivos permanentes 
Por Rodrigo Trindade, juiz da Justiça do Trabalho da 4ª Região e professor 
José Saramago foi um dos mais importantes intelectuais da língua portuguesa e utilizou a literatura para
críticas à sociedade. Em seu livro “Ensaio sobre a Cegueira”, de 1995, utilizou a figura de uma epidemia que
levava à perda da visão para denunciar a alienação do homem em relação a ele mesmo. A “cegueira branc
era a denúncia do egoísmo, da covardia e da perda de empatia. 
O episódio do resgate de trabalhadores em Bento Gonçalves também chama à reflexão em torno de um seletivo
embaçamento perceptivo que simplesmente não vê ou tem dificuldades de enxergar duas centenas de pessoas
escravizadas em sua vizinhança. Como se fosse possível que chegassem e trabalhassem invisíveis, para, logo
depois, desaparecerem. 
Condições degradantes, castigos físicos, jornadas exaustivas, submissão a dívidas e impedimento de retorno
suas casas. Esses são, precisamente, os elementos que caracterizam a escravidão contemporânea e foram
relatados por representantes dos resgatados. 
A prática da arregimentação de trabalhadores em outros Estados para colheitas no norte do RS existe há
Ocorre em condições, no mínimo, temerárias e com fiscalização historicamente insuficiente – principalmente
pelo desaparelhamento dos órgãos responsáveis. Foi necessário que um escravizado fugisse e procurasse 
polícia para alertar autoridades sobre a situação. 
Nos últimos anos, por todo o Brasil, se avolumam denúncias de trabalho escravo urbano e rural. 
Semanalmente, nos deparamos com notícias de empresas, quase sempre tomadoras de serviços, que se utilizam
de terceirizados escravizados e se defendem com um “não sabia”, “não me avisaram”, “não vi”. 
O problema da cura dessa cegueira seletiva não vai se resolver com escândalos pontuais, mas a partir de 
comprometimentos individuais e coletivos permanentes. Sem desviar o olhar e dando os nomes certos aos
Disponível em <https://gauchazh.clicrbs.com.br/opiniao/noticia/2023/03/a-escravidao-e-branca-
cleqa9yfh003h016mcemsd6xk.html?fbclid=IwAR1n2kByaIb6T3dFbsZ8YPquIdb3VpyJ6YM-0Db1XgtFHZ6M6hwf4m6iVAQ>. Acesso
02 mar. 2023. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Segundo o texto, a escravidão contemporânea difere da praticada na colonização por vários fatores; o 
principal deles é o de que os trabalhadores escravizados atualmente são brancos. 
II. A charge contraria o artigo, pois mostra que os consumidores não são alienados ou “cegos” e têm poder 
de escolha na hora do consumo. 
III. Para o autor do artigo, ações de combate ao trabalho escravo, como ocorreu em Bento Gonçalves, são 
inúteis, uma vez que se perdeu a empatia. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: b. 
Nenhuma afirmativa é correta. 
 
 Pergunta 14 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto, de autoria de Laura Mattos, e a charge. 
Inteligência artificial ajuda aluno a escrever redação nas escolas
“A inteligência artificial tornou-se uma ferramenta cada vez mais importante no campo da educação e uma das 
maneiras mais emocionantes de usá-la é ajudar os estudantes a melhorar suas habilidades de escrita”.
Foi assim que a nova vedete da inteligência artificial, a plataforma ChatGPT, iniciou um texto de seis parágrafos 
quando a “Folha” lhe enviou a seguinte solicitação: "Escreva um artigo sobreo uso da inteligência artificial para 
estudantes aprenderem a escrever redação". 
O artigo ficou pronto em 50,5 segundos. Ainda no primeiro parágrafo, o robô prosseguiu afirmando que as 
ferramentas "podem fornecer aos estudantes feedback instantâneo sobre seus ensaios, ajudando
e a melhorar sua escrita com o tempo". 
Se é realmente "emocionante", isso já é um juízo de valor feito pelo robô do ChatGPT, mas, de fato, como o texto 
aponta, essa ferramenta começa a se disseminar na educação, e escolas brasileiras, públicas e particulares, passaram 
a adotá-la. 
Em São Paulo, a inteligência artificial para esse fim deverá ser introduzida nas escolas estaduais ainda neste semestre, 
de acordo com o secretário de educação, Renato Feder. "Teremos um programa que apontará instantaneamente para 
o aluno erros gramaticais, ortográficos e de pontuação, além de explicar a regra", afirmou o secretário à “Folha”. 
Posteriormente, a redação deve ser encaminhada ao professor, e a plataforma sistematiza a sua correção fazendo ao 
docente perguntas como "Qual é a aderência do texto ao tema proposto?", "Trabalha com a argume
raciocínio lógico?", "Traz uma conclusão?". 
Segundo Feder, a ferramenta será desenvolvida pela Secretaria de Educação, da mesma forma que o programa 
implementado nas escolas paranaenses quando ele foi secretário. O “Redação Paraná” foi criad
pandemia e é utilizado por estudantes do 6º ao 9º ano e do ensino médio. 
O Governo do Espírito Santo também aderiu a essa tecnologia, a partir de parceria com uma startup, a Letrus.
Essa mesma tecnologia já foi utilizada em escolas públicas da Paraíba, do Pará, de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, 
por meio de projetos financiados por institutos sociais, e atualmente está presente em escolas da Fundação Bradesco e 
em instituições voltadas à classe A de São Paulo, como a rede Pueri Domus e as escolas do Grupo Bahema, entre as 
quais a Escola da Vila e a Escola Viva. A Letrus diz ser utilizada por 180 mil estudantes no país -
programa gira em torno de R$ 100 por aluno por ano. 
Professor de língua portuguesa e fundador da empresa, Luís Junqueira admite que, por melhor que seja, uma 
ferramenta de inteligência artificial não consegue substituir o olhar humano. 
"Mas facilita o trabalho do professor e pode orientá-lo sobre que dificuldades devem ser observadas", diz ele. "Também 
é importante o estímulo que o estudante tem ao receber um feedback rápido da sua redação. No Brasil, a maioria dos 
estudantes não consegue ter os seus textos lidos por professores." 
A Letrus defende que a ferramenta precisa ser integrada ao currículo escolar, com treinamento dos professores, para 
que saibam utilizá-la em aula, além de monitorar o desenvolvimento de cada aluno por meio de um histórico de dados 
e estatísticas. 
Plataformas com essa proposta, portanto, segundo ele, diferenciam-se de sites e aplicativos que oferecem correção de 
redação instantânea gratuitamente (há serviços pagos, como o de escolher um tema livre). Entre elas já se tornaram 
conhecidas de professores brasileiros a Glau e a Grammarly. 
Além de erros gramaticais e ortográficos, as ferramentas se dizem capazes de analisar, em algum grau, a construção 
de frases e a fluência do texto e, também, de evitar plágios, pesquisando outros textos online ou barrando a 
possibilidade de copiar e colar. 
Mestre em linguística aplicada e professor do Instituto Singularidades, que forma professores e gestores da educação, 
Maurício Canuto afirma que essas ferramentas podem ser úteis, "desde que consideradas como complementares e 
sempre utilizadas com a mediação do docente". "A tecnologia pode apontar um erro de pontuação, por exemplo, e 
explicar a regra, mas não garante que o aluno entenderá." 
O professor dá aula de português na rede municipal de São Paulo e sugere essas ferramentas aos seus alunos. Ele diz 
ser preciso cuidado para que a criatividade não seja tolhida. "Essas ferramentas utilizam modelos de textos", diz. "Isso 
pode ir na contramão do que a BNCC [Base Nacional Comum Curricular] determina, que o aprendizado busque novas 
linguagens, interações e que evite fórmulas estáticas." 
Ponderação semelhante faz Adriano Chan, corretor de redação de vestibulares e doutorando da Unesp em linguística 
cognitiva, que lida com os modelos do pensamento algorítmico. "Na língua, temos os usos que seguem padrões e os 
que não seguem, e esses casos não são identificados por essas ferramentas." 
Para Chan, que é proprietário de um curso de redação em São Paulo, essas ferramentas "podem ajudar o professor a 
ser mais eficaz", desde que utilizadas com cautela. "Essas plataformas trabalham com modelos de texto. Procuram as 
palavras no primeiro parágrafo e avaliam como se relacionam com o restante da escrita. Isso não funciona para 
alunos mais criativos, para redações mais sofisticadas." 
A ponderação entre aspectos positivos e negativos, aliás, não está presente no texto do ChatGPT feito a pedido da 
“Folha”, que só apontou vantagens do uso da inteligência artificial. A conclusão do robô é que o uso "emocionante" da 
ferramenta pode transformar alunos em "escritores competentes". 
Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2023/02/escolas-adotam-inteligencia-artificial-para-ajudar
redacao.shtml#:~:text=%22A%20intelig%C3%AAncia%20artificial%20tornou%2Dse,melhorar%20suas%20habilidades%20de%20escrita.%22>.
em 16 mar. 2023 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com a charge e com os especialistas apresentados no texto, a ferramenta ChatGPT substi
figura humana, pois sua tecnologia permite que ela realize com eficiência todas as tarefas. 
II. O texto escrito pela ferramenta ChatGPT, mencionado no artigo, pondera sobre os aspectos positivos
inteligência artificial para os estudantes e é um exemplo claro do potencial dessa tecnologia. 
III. Segundo o secretário de educação de São Paulo, uma ferramenta específica será utilizada nas 
apontará aos estudantes os erros gramaticais em seus textos. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
III, apenas. 
 
 Pergunta 15 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto, observe a imagem e avalie as afirmativas. 
Brasil teve recorde de feminicídios no primeiro semestre de 2022 
O Brasil bateu recorde de feminicídios no primeiro semestre de 2022. De acordo com dados publicados pelo 
Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 699 casos foram registrados entre janeiro e junho, o que representa 
uma média de quatro mulheres mortas por dia. 
Em 2019, no mesmo período, foram registrados 631 casos. Dois anos depois, em 2021, 677 mulheres foram 
assassinadas em decorrência da violência de gênero. 
Os dados foram coletados com as pastas estaduais de Segurança Pública e representam somente os crimes 
que chegaram a ser registrados. 
Entre as regiões do país, o Norte liderou o aumento, com 75% a mais do que no primeiro semestre de 2019. 
Oeste, Sudeste e Nordeste registraram crescimento de 29,9%, 8,6% e 1%, respectivamente. Apenas na região 
Sul foi registrada uma queda de 1,7% dos casos. 
Os dados coletados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública acompanham a promulgação da Lei do 
Feminicídio (13.104/2015), que considera o assassinato que envolve violência doméstica e familiar, 
menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
"O primeiro ano completo que nós temos de estatísticas no Brasil é 2016. Contudo, em 2016 e em 2017, ainda 
temos um movimento nos Estados de adaptação à nova legislação”. 
Assessoria de Comunicação do IBDFAM. Publicado em 13 dez. 2022. Disponível 
em <https://ibdfam.org.br/noticias/10312/Brasil+teve+recorde+de+feminic%C3%ADdios+no+primeiro+semestre+de+2022>.
12 fev. 2023 (com adaptações). 
 
 
I. Com base nos números apresentados na notícia, entre 2019 e 2022, no período de janeiro a junho, 
aumento de cerca de 10% nos casos de feminicídio registrados. 
II. Na região Norte, em 2022, ocorreu o maior número de casos de feminicídios no país. 
III. Na imagem,explora-se o duplo significado da palavra “luto”, como verbo e como substantivo. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
I e III, apenas. 
 
 Pergunta 16 
0,5 em 0,5 pontos 
Leia a charge e o texto. 
 
 
 
As mulheres e o mercado de trabalho brasileiro 
Um dos importantes fatores para se atingir o bem-estar em uma sociedade é o desenvolvimento econômico do país. E um dos principais 
elementos para que esse desenvolvimento aconteça é a capacidade produtiva da sociedade, que envolve, entre outras coisas, a ofert
de mão de obra. Ou seja, o desenvolvimento e, consequentemente, o bem-estar, dependem de pessoas trabalhando e recebendo por 
isso. 
Contudo, o mercado de trabalho brasileiro tem características que não contribuem de maneira ideal para que isso aconteça. Seg
relatório Global Gender Gap Report (Relatório Global sobre a Lacuna de Gênero, de 2020), do Fórum Econômico Mundial, o Bra
na 130ª posição em relação à igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem funções semelhantes, em um ranking com 15
países. 
Isso significa que as mulheres enfrentam um cenário de desigualdade e discriminação no mercado de trabalho do 
isso ainda acontece no Brasil? Será que não temos leis e direitos suficientes para proteger as mulheres dessa situação?
Segundo o IPEA (2019), a presença feminina no mercado de trabalho brasileiro, ou seja, a quantidade de mulheres entr
empregadas no país, passou de 56,1% em 1992 para 61,6% em 2015, com projeção para atingir 64,3% no ano de 2030, ou seja, 8.2 
pontos percentuais acima da taxa em 1992. Enquanto isso, o mesmo estudo indica que a taxa de participação masculina 
de trabalho tende a cair, projetando que em 2030 ela será de 82,7%, inferior aos 89,6% observados em 1992.
Entretanto, apesar do maior número de mulheres trabalhando no país, esses mesmos dados mostram a grande disparidade existente
entre a participação de homens e mulheres no mercado de trabalho. Essa diferença ocorre, entre outros fatores, pelo papel social e 
cultural imposto às mulheres como as principais responsáveis pelos cuidados familiares e pelos trabalhos domésticos.
Além de menor participação, retornando ao dado do Global Gender Gap Report, a diferença salarial entre gêneros ainda é significativa 
no Brasil, fazendo o país integrar a 130ª posição em igualdade de salário. 
Isso significa que a entrada das mulheres no mercado de trabalho brasileiro não foi acompanhada por uma diminuição das 
desigualdades profissionais entre homens e mulheres, o que representa que a maior parte dos empregos formais femininos está 
concentrada em setores e cargos de menor valorização e que as mulheres continuam sofrendo discriminação em relação às suas 
atividades profissionais. 
Além disso, as mulheres continuam sofrendo abusos e assédios morais e sexuais no ambiente de trabalho. Segundo a Agência
Galvão (2020), cerca de 40% das mulheres já foram xingadas ou ouviram gritos em ambiente de trabalho, contra apenas 13% dos 
homens. 
Hoje em dia, a legislação trabalhista nacional garante direitos fundamentais à mulher em relação ao trabalho, prev
proteção e a promoção das mulheres na esfera profissional. Mas apenas a existência de regras não acarreta, necessariamente, 
mudanças comportamentais e culturais na sociedade. A questão da igualdade salarial entre gêneros é um bom exemplo
que essa norma esteja vigente desde 1988, os dados apresentados ao longo do texto mostram que a remuneração das mulheres aind
é inferior se comparada à dos homens. 
Disponível em <https://www.politize.com.br/equidade/blogpost/mulheres-e-o-mercado
trabalho/?https://www.politize.com.br/&gclid=Cj0KCQiAxbefBhDfARIsAL4XLRoL472Xu02qQ7UBOemx9LsFR2hT6E44TJcLmqTG75Hli0Uk52LuAYoa
em 16 fev. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura da charge e do texto, avalie as afirmativas. 
I. Considerando os países avaliados no Relatório Global sobre a Lacuna de Gênero (2020), o Brasil está entre as nações mais desi
relação aos salários de homens e de mulheres que exercem funções semelhantes. 
II. Segundo o IPEA (2019), o número de mulheres empregadas em 2015 era 5,5% maior do que em 1992.
III. A charge sugere que as mulheres enfrentam mais dificuldades do que os homens para estabelecer sua carreira profissional. De a
com o texto, essas dificuldades decorrem, entre outros fatores, do papel social e cultural imposto às mulheres.
É correto apenas o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
I e III. 
 
 Pergunta 17 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
Aluguel residencial sobe 16,55% em 2022 e tem a maior alta em 11 anos 
Os dados da pesquisa foram levantados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e 
incluem os preços de aluguel de imóveis residenciais (apenas apartamentos) em 25 cidades 
brasileiras com base em anúncios na internet. 
O preço médio de locação de imóveis residenciais no país subiu em 2022 quase três 
vezes acima da inflação do ano passado (5,79%), de acordo com o índice FipeZap. 
O aumento acumulado de 16,55% em 2022 é o maior resultado apurado pelo índice 
desde 2011 (17,30%). 
Segundo o economista Pedro Tenório, do DataZap+, entre os fatores que explicam a 
escalada de preços, estão: 
 o aquecimento do mercado de trabalho, a partir da retomada das 
atividades na pandemia de covid-19, e repasse da inflação para o 
aluguel; 
 a alta acima da média em cidades como Curitiba (PR), Florianópolis 
(SC) e Goiânia (GO), que vivem um momento de valorização 
imobiliária. 
 
Para 2023, a expectativa é que o cenário de avanço dos preços de locação seja freado, 
uma vez que a inflação deve ser mais contida. Além disso, tanto o PIB quanto o 
mercado de trabalho devem se estabilizar, o que contribui para o arrefecimento dos 
preços e para o crescimento do mercado em menor ritmo, seguindo a linha da 
inflação. 
Veja, a seguir, as maiores altas nos aluguéis entre as capitais. 
 Goiânia (GO): 32,93% 
 Florianópolis (SC): 30,56% 
 Curitiba (PR): 24,47% 
 Fortaleza (CE): 21,33% 
 Belo Horizonte (MG): 20,01% 
 Rio de Janeiro: 17,93% 
 Recife (PE): 17,07% 
 Salvador (BA): 16,56% 
 São Paulo: 14,63% 
 Porto Alegre (RS): 11,14% 
Disponível em <https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/01/17/preco-medio-aluguel-2022-
fipezap.htm>. Acesso em 17 jan. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com o texto, em 2022, os aluguéis residenciais mais altos estavam em 
Goiânia. 
II. Em 2022, a alta dos aluguéis residenciais em São Paulo ficou abaixo da média 
registrada no país. 
III. Segundo os dados, o preço do aluguel de um apartamento em Florianópolis é 
aproximadamente o dobro do aluguel de um apartamento equivalente em São Paulo. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. 
II, apenas. 
 
 
 Pergunta 18 
0 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
Perfil de imóveis ociosos no centro de São Paulo revela manutenção da herança mercantil brasileira
Estudo mostra que muitas das construções abandonadas estão em posse de gerações de herdeiros, que veem 
o imóvel como problema ou têm expectativas irreais sobre o mercado; do outro lado, estão numerosas 
famílias vivendo em habitações precárias na periferia 
Camilla Almeida - 06/03/2023 
Uma construção ociosa é aquela que está desocupada, inativa ou subutilizada, sem cumprir sua função 
social. A Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (Smule) de São Paulo estima que 881 imóveis 
estejam nesta condição apenas no distrito da Sé. Ana Gabriela Akaishi, doutora pela Faculdade de Arquitetura 
e Urbanismo (FAU) da USP, analisou os perfis dos donos de imóveis ociosos e explicou os entraves colocados 
por esses proprietários para a comercialização, com destaque para herdeiros e instituições religiosas.
O estudo revelou que 74% dos analisados são herdeiros rentistas e instituições religiosas, denominados pela 
urbanista como “o arcaico setor proprietário rentista imobiliário”. “Esses proprietários carregam raízes 
históricas e geracionais vinculadasa capitais familiares antigos de caráter mercantil, que aplicavam 
inicialmente em prédios de aluguel no momento em que o centro de São Paulo estava em um boom
processo de verticalização”, explica a pesquisadora. 
Para chegar a estes dados, a pesquisadora verificou os perfis dos 50 donos dos imóveis de maior valor venal 
da área – número que estima o preço do bem, obtido por meio de uma avaliação pela prefeitura. Por meio de 
entrevistas com agentes imobiliários, associações beneficentes religiosas e com integrantes do mercado 
imobiliário em geral, Ana Gabriela Akaishi conseguiu traçar a genealogia econômica, política e social desses 
proprietários. Ela também realizou um levantamento em bases de dados e acervos históricos da Prefeitura de 
São Paulo por intermédio da plataforma GeoSampa. 
Contraste 
Foi o contraste entre a carência populacional por habitação na cidade e a grande quantidade de imóveis 
ociosos que a instigou a pesquisar o tema. São Paulo conta com um enorme déficit habitacional, que pode 
chegar a 450 mil famílias a serem realocadas. “Temos quase 3 milhões de pessoas vivendo em aglomerados 
como favelas, loteamentos precários e moradias irregulares, principalmente nas periferias. E essas pessoas 
têm que se deslocar diariamente por horas até o seu local de trabalho, que geralmente é nas áreas centrais”.
Enquanto isso, no centro, estão prédios fechados e em ruínas, terrenos baldios e construções abandonadas 
sendo usados como estacionamentos rotativos. “Em todos esses casos temos a subutilização da terra urbana 
num dos lugares com a melhor estrutura na cidade”, pontua a pesquisadora ao “Jornal da USP”. 
Historicamente, a área central de São Paulo era considerada um centro comercial e cultural desde a fundação 
da cidade, sendo predominantemente ocupada pela classe dominante. Grandes empresas e corporações 
mantinham suas sedes na região, com arranha-céus e prédios que chamavam atenção de quem passava por 
lá. Lojas e casarões de barões do café também se destacavam junto a obras arquitetônicas grandiosas, como 
o Teatro Municipal. Contudo, com a mudança do centro comercial para outros bairros da cidade na década 
de 1960, a área passou por um grave e acelerado processo de decadência e deterioração, com aumento da 
especulação imobiliária. 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O texto evidencia o contraste entre a carência de moradia digna para cerca de 3 milhões de pessoas na cidade 
de São Paulo e a existência de imóveis ociosos na área central. 
II. Até a década de 1960, o centro de São Paulo era uma área nobre, ocupada pela elite paulistana. 
III. Atualmente, 74% dos imóveis do centro da cidade de São Paulo são ociosos e pertencem a herdeiros e a 
instituições religiosas. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
I e III, apenas. 
 
 Pergunta 19 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto, publicado em 10 de janeiro de 2023, pela agência de notícias do Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE). 
Inflação sobe 0,62% em dezembro e fecha 2022 com alta de 5,79% 
Com alta de 0,62% em dezembro, a inflação fechou o ano de 2022 com um aumento de 5,79%, abaixo dos 
10,06% registrados em 2021. Com o resultado, é a quarta vez consecutiva que a inflação fica acima da meta 
definida pelo Conselho Monetário Nacional, que em 2022 era de 3,5% e teto de 5%. Os dados são do Índice 
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (10) pelo IBGE. 
O resultado de 2022 foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas (11,64%), que teve o 
maior impacto (2,41 p.p.) no acumulado do ano. Em seguida, Saúde e cuidados pessoais, com 11,43% de 
variação e 1,42 p.p. de impacto. A maior variação veio do grupo Vestuário (18,02%), que teve altas acima de 
1% em 10 dos 12 meses do ano. O grupo Habitação ficou próximo da estabilidade, com 0,07% de variação, e 
os Transportes (-1,29%) tiveram a maior queda e o impacto negativo mais intenso (-0,28 p.p.) entre os nove 
grupos pesquisados. 
 
 
A alimentação no domicílio (13,23%) exerceu a maior influência na alta de 11,64% do grupo “alimentação e 
bebidas”. Os destaques foram a cebola (130,14%), que teve a maior alta entre os 377 subitens que compõem 
o IPCA, e o leite longa vida (26,18%), que contribuiu com o maior impacto (0,17 p.p.) entre os alimentos para 
consumo no domicílio. Vale mencionar também a batata-inglesa (51,92%), as frutas (24,00%) e o pão francês 
(18,03%). 
A alimentação fora do domicílio, por sua vez, subiu 7,47%. Enquanto a refeição teve aumento de 5,86%, a 
alta do lanche foi de 10,67%. 
No grupo “saúde e cuidados pessoais” (11,43%), a principal contribuição (0,61 p.p.) veio dos itens de higiene 
pessoal (16,69%), em especial os perfumes (22,61%) e os produtos para cabelo (14,97%). Outro destaque foi 
o plano de saúde, com alta de 6,90% e impacto de 0,25 p.p. no IPCA acumulado do ano. Vale destacar 
também a alta de 13,52% dos produtos farmacêuticos. 
Disponível em <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/36051-inflacao-sobe
dezembro-e-fecha-2022-com-alta-de-5-79>. Acesso em 11 jan. 2023 (com adaptações). 
De acordo com as informações apresentadas no texto, avalie as afirmativas. 
I. Considerado apenas o período disponível no gráfico, 2015 foi o ano com maior inflação acumulada 
II. A pesquisa do IBGE considera que o item “alimentação no domicílio” é uma subcategoria do grupo
“alimentação e bebidas”. 
III. O IBGE considerou nove grupos na pesquisa. Entre eles, estão os grupos “alimentação e bebidas”, 
cuidados pessoais” e “higiene pessoal”. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
I e II, apenas. 
 
 Pergunta 20 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o artigo e a charge, de Laerte. 
O que anima e o que assusta no ChatGPT, a nova inteligência artificial 
Nas últimas semanas, a emergência do ChatGPT, novo chatbot desenvolvido pela 
OpenAI, chamou a atenção internacional. Essa nova ferramenta de inteligência 
artificial (IA) pode revolucionar um leque extremamente amplo de atividades 
humanas, mas não deixou de despertar também um considerável número de 
preocupações entre especialistas de tecnologia. 
É altamente provável que reguladores sejam os próximos a se interessar por esta 
tecnologia. 
O ChatGPT é uma das últimas aplicações do modelo algorítmico Generative Pretrained 
Transformer 3 (GPT-3). Este modelo de processamento de linguagem natural de última 
geração foi apresentado pela primeira vez em 2020, levantando diversos 
questionamentos éticos em relação ao seu uso. 
O ChatGPT é capaz de entender a linguagem humana natural e gerar uma resposta 
semelhante ao fruto do intelecto humano após receber um pedido. A ferramenta 
ganhou destaque por três razões principais. 
Primeiramente, pelo nível extremamente refinado de suas respostas. A sua simulação 
quase fiel de textos escritos por humanos e suas respostas precisas e coerentes na 
enorme maioria de perguntas, mesmo as mais complexas, é impressionante. 
Tal evolução torna-se extremamente útil para facilitar uma miríade de tarefas e, 
consequentemente, extremamente lucrativa para quem conseguir alcançar este nível 
de sofisticação. Neste sentido, a segunda –mas talvez deveríamos considerá-la a 
primeira– razão pela qual o ChatGPT chamou a atenção dos especialistas foram os 
incessantes rumores sobre o vultoso investimento de US$ 10 bilhões que a OpenAI, 
liderada por Elon Musk e Sam Altman, estaria negociando com a Microsoft, depois de 
já ter recebido um investimento de US$ 1 bilhão da Microsoft em 2019. 
Segundo Sam Altman, CEO da OpenAI, o ChatGPT já teria atingido a marca de 1 milhão 
de usuários, mesmo tendo sido lançado há menos de um mês. Por enquanto, o 
sistema de IA está sendo disponibilizado "gratuitamente", alistando usuários numa 
gigantesca operação de propaganda e teste da tecnologia. 
Em terceiro lugar, e em perspectiva mais geral, o ChatGPT destaca a chegada de uma 
nova fase deautomação na qual a IA não desempenha somente uma tarefa limitada, 
mas pode interagir de maneira muito mais refinada com o usuário, assistindo de 
maneira muito mais elaborada, desde a redação de um artigo, até a correção de 
código de software, no espaço de alguns segundos. 
Por exemplo, o chamado "debug de código" é o primeiro exemplo oferecido no seu site 
oficial sobre como o ChatGPT pode contribuir para examinar e melhorar os códigos, a 
partir de um "diálogo" com o programador. 
 
Essa capacidade de gerar respostas para qualquer tipo de pergunta é extremamente 
promissora, mas também assustadora. Quando um usuário pede a elaboração de 
malware (ou seja, software malicioso tipicamente usado para ataques de hackers), o 
ChatGPT entrega rapidamente um ótimo rascunho de código que permitiria – ou pelo 
menos facilitaria enormemente – ataques particularmente perniciosos, mesmo se o 
perpetrador fosse um novato. 
Por enquanto, ninguém parece ainda ter pedido ao ChatGPT para elaborar uma série 
de notícias falsas para causar danos a personalidades ou instituições públicas, mas o 
sistema performou muito bem na redação de emails de phishing a ser enviados para 
golpes online. Pode-se imaginar que o mesmo tipo de performance de alto nível possa 
ser alcançado com a elaboração de fake news. 
Talvez uma das aplicações de maior sucesso do chat poderia ser a pesquisa 
acadêmica, que nos obriga a repensar radicalmente como as competências 
intelectuais dos indivíduos são avaliadas. Que sentido pode fazer avaliar um estudante 
com um trabalho de conclusão de curso ou um ensaio se tais trabalhos podem ser 
elaborados em poucos segundos pelo ChatGPT? 
A ICML (International Conference on Machine Learning), uma das mais prestigiadas 
conferências de IA do mundo, já proibiu o uso de ferramentas como o ChatGPT para 
escrever ou corrigir artigos científicos. Essa decisão deu ensejo a um debate ético na 
academia e entre os profissionais de machine learning. 
Algumas das questões éticas levantadas pela conferência foram a dificuldade em 
distinguir textos escritos pelo chat de textos de autoria humana e que seu uso permite 
a reformulação de textos disponíveis na internet, sem creditar os autores originais. 
O plágio é considerado um problema grave nas instituições de ensino, mas sistemas 
como o ChatGPT tornam a prática extremamente mais fácil e, ao mesmo tempo, difícil 
de se detectar. Embora a proibição estabelecida pela ICML seja totalmente 
compreensível, sua implementação parece extremamente difícil. Ainda não está claro 
como o comitê organizador da ICML –ou qualquer outra pessoa– poderia determinar 
se um texto foi elaborado com o auxílio dessas ferramentas. 
As aplicações do ChatGPT podem ser extremamente valiosas e poupar milhões de 
horas de trabalho em redação de emails, notas, planos, projetos, software etc. Porém, 
ao lado de usos amigáveis e de boa-fé vêm muitos outros potenciais (ab)usos muito 
menos nobres. 
A finalidade pela qual qualquer tecnologia é usada depende de seu usuário. Mas o 
desenvolvedor não pode ser totalmente isento de responsabilidade e deve ter um dever 
de cuidado quando a tecnologia pode facilmente ser utilizada para finalidades 
nocivas. 
O ChatGPT levanta questões muito relevantes de cibersegurança, de proteção de 
dados, de pedagogia e de ética. Nos obriga a repensar nossa relação com IA a fim de 
começar a considerar a necessidade de evoluir com ela, nos tornando mais inteligentes 
e preparados graças a ela. A outra opção, mais preguiçosa, e muito mais perniciosa: 
nos tornar dependentes ao invés de protagonistas da IA. 
A chegada de um tipo de IA mais complexo e desafiador nos obriga a analisar todos os 
efeitos, sejam positivos ou negativos, de tais avanços, a nos preparar de maneira séria 
e entender como regular de forma eficiente. 
(*) Luca Belli é professor e coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV 
Direito Rio. Nina da Hora é pesquisadora especialista em IA e cibersegurança no CTS-
FGV. 
Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/tec/2023/01/chatgpt-o-que-anima-e-o-que-assusta-na-nova-
inteligencia-artificial.shtml>. Acesso em 28 fev. 2023. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O objetivo da charge é evidenciar os benefícios da tecnologia, especialmente da 
inteligência artificial, que supera a capacidade humana na elaboração de textos, aspecto 
também abordado pelo artigo de opinião. 
II. Segundo o artigo, as finalidades nocivas de qualquer tecnologia dependem dos 
usuários e, por isso, os desenvolvedores de novas ferramentas devem ser isentos de 
qualquer responsabilidade. 
III. O artigo e a charge revelam questões éticas no uso do ChatGPT, pois abordam o 
problema da autoria no uso da ferramenta na produção de textos. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: e. 
Apenas a afirmativa III é correta.

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