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T2 Custos de aquisição e controle de estoque

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Custos de aquisição e controle de
estoque
Prof. Rodrigo de Oliveira Leite
Prof.ª Stephanie Kalynka
Descrição
Abordagem dos principais pontos sobre a contabilidade de custos aplicada ao controle de estoque.
Propósito
Compreender os principais aspectos do cálculo e da contabilização de custos para as empresas industriais
e as diversas maneiras da aplicação de ambos em cada produto individual, assim como o cálculo do custo
das mercadorias vendidas.
Preparação
Tenha em mãos uma calculadora ou um sistema eletrônico de planilhas (Excel) para fazer os cálculos
necessários durante a leitura deste conteúdo.
Objetivos
Módulo 1
Base de cálculo e lançamento contábil
Descrever a base de cálculo e o lançamento contábil do custo de aquisição de materiais.
Módulo 2
PEPS, UEPS, CMP e preço especí�co
Descrever as diferentes formas de cálculo do custo das mercadorias vendidas: PEPS, UEPS, CMP e preço
específico.
Módulo 3
Classi�cação dos custos
Classificar os custos em diretos, indiretos, fixos e variáveis.
Módulo 4
Custo total e unitário de produtos
Empregar o método do rateio para o cálculo do custo total e unitário de produtos.
Introdução
Abordaremos neste conteúdo os aspectos técnicos da contabilidade de custos para o cálculo e o registro
contábil dos custos de produção das empresas, bem como o custo de mercadorias vendidas.
Há diversos métodos utilizados pelas empresas:
Base de cálculo e lançamento contábil do custo de aquisição de materiais.
Fichas de controle de estoques pelos métodos PEPS, UEPS, CMP e preço específico.

Classificação dos custos em diretos, indiretos, fixos e variável.
Método de rateio do custo indireto de fabricação.
O presente conteúdo tenta ser completo, trazendo para você os principais métodos – ainda que de forma
simples e direta.
1 - Base de cálculo e lançamento contábil
Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever a base de
cálculo e o lançamento contábil do custo de aquisição de materiais.
Custo de aquisição de materiais: base de
cálculo e lançamento contábil
Para começar, é necessário que você saiba:
A Contabilidade é uma ciência que procura registrar eventos econômicos e
financeiros das empresas a fim de auxiliar na tomada de decisão delas.
Dessa maneira, a utilização da contabilidade de custos é de extrema importância para que as empresas e as
entidades tomem decisões corretas balizadas em informações confiáveis.
Para a tomada de decisões corretas sobre a operação de uma empresa industrial, informações sobre o
custo de aquisições de materiais são cruciais, pois os materiais são a base do produto acabado. Desse
modo, cada real economizado nas aquisições de materiais pode se transformar em um real a mais de
margem de lucro e um real de desconto no preço do produto, aumentando, assim, o volume de vendas.
Base de cálculo
A contabilidade de custos utiliza o princípio do “custo como base de valor” (também chamado de “custo
histórico”) para os lançamentos de custos.
O valor a ser lançado na contabilidade da empresa é o custo histórico, ou seja,
aquele efetivamente pago pelo produto – ou, nesse caso, pelas matérias-primas.
Entretanto, o custo de mercadorias, em muitas ocasiões, não é tão claro, gerando dúvidas sobre o seu
cálculo contábil. O exemplo a seguir contém uma ambiguidade no cálculo do custo de mercadorias:
Exemplo
Uma empresa compra 1.000kg de aço para produção de vigas. O custo unitário é de R$50,00 por quilo,
porém, como comprou tamanha quantidade de aço, ela conseguiu um desconto de 15% no preço final para
o pagamento à vista. O frete de R$2.000,00 foi pago pela empresa, que também incorreu em um seguro
obrigatório de R$200,00 pela carga.
Na nota fiscal, estão inclusos R$10.000,00 de impostos recuperáveis (Imposto sobre Operações relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação – ICMS, Programa de Integração Social – PIS e Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social – COFINS) que a empresa poderá usar para abater de vendas no futuro e R$800,00 de
Imposto sobre os Produtos Industrializados (IPI) já embutidos no preço original de R$50,00 por quilo.
Notemos que esse é bem complexo, porém uma compra real também é tão complexa quanto, senão mais.
Em muitos casos, encontramos situações nas quais o cálculo do custo depende do julgamento subjetivo do
contador.
O que deve guiar o contador ou o administrador é o princípio do “custo como base
de valor”. Esse princípio dita que o custo de um produto ou de uma matéria-prima
deve ser aquele para um ou outro estar disponível para uso ou venda da empresa.
Aplicaremos então esse princípio na compra do exemplo acima para obtermos o valor do custo total:
A empresa comprou R$50,00 x 1.000 = R$50.000,00 de aço. No entanto, observemos que ela obteve um
desconto de 15% no preço final; portanto, não foram pagos R$50.000,00, e sim R$42.500,00 (R$50.000,00
menos os 15% que totalizam R$7.500,00).
Utilizando o princípio do “custo como base de valor”, vemos que, na contabilização, tem de constar o valor
efetivamente pago. Com isso, obtemos uma base de cálculo de R$42.500,00. Entretanto, isso não é tudo,
tendo em vista que a empresa também incorreu em R$2.000,00 de custos de frete.
Se ela não fizesse o frete da matéria-prima, não poderia utilizá-la; por isso, a empresa precisa contabilizar
esses R$2.000,00 como custo, pois esse valor é um custo em que a empresa incorreu para ter a matéria-
prima disponível.
Isso eleva a base de cálculo para R$44.500,00. No entanto, a empresa incorreu em R$200,00 de seguro
obrigatório para o frete. Utilizando o mesmo raciocínio anterior, verificamos que o valor da base de cálculo
agora é de R$44.700,00.
Falaremos agora sobre os tributos recuperáveis.
Exemplo
Uma empresa compra um produto de R$100,00 pagando 18% de ICMS. Isso lhe gera um crédito de ICMS de
R$18,00 a ser utilizado pela empresa no futuro: se ela o vendesse por R$150,00, teria de pagar 18% x
R$150,00 = R$27,00 de ICMS; porém, como tem um crédito de R$18,00, ela pagará apenas R$27,00 –
R$18,00 = R$9,00 de ICMS.
Na prática, portanto, esse valor é um ativo para a empresa, que o utilizará para abater do pagamento de
impostos futuros.
Tributos recuperáveis
São aqueles que geram créditos futuros para descontos. Por exemplo, o ICMS, o PIS e a Cofins.
Tributos não recuperáveis
São aqueles que não geram créditos para a empresa. Por exemplo, o IPI.
No exemplo anterior, alcançamos o valor de R$44.700,00 sem consideramos os tributos na base de cálculo.
Atenção!
Os tributos recuperáveis geram um ativo que a empresa poderá utilizar para descontar de tributos futuros,
constituindo, portanto, um ativo em si mesmo de natureza diferente da mercadoria.
Utilizando o princípio do “custo como base de valor”, vemos que a empresa não gastou esses recursos na
mercadoria, e sim em créditos para impostos futuros; portanto, os R$10.000,00 não integram a base de
cálculo do custo. Desse modo, a base de cálculo será de R$44.700,00 – R$10.000,00 = R$34.700,00.
Já no caso do IPI, como a empresa não pode recuperar esse valor, ele é integrado ao produto. Nesse caso,
não precisamos fazer nada, pois os R$800,00 já constavam na nota fiscal. Dessa maneira, a base de cálculo
do custo dos 1.000kg de aço foi de R$34.700,00 (ou R$34,70 por quilo).
Podemos, de forma genérica, definir a base de cálculo do custo de aquisição da matéria-prima da seguinte
maneira:
Base de cálculo = valor integral - descontos + frete + seguro - tributos recuperáveis
Rotacione a tela. 
Dependendo da situação, pode haver outros custos de disponibilidade, como, por exemplo, montagem e
comissões. Além disso, outros tantos podem (ou não) ser incluídos na base de cálculo dos custos de
aquisição de materiais. Cabe ao contador e à administração da empresa a utilização de julgamentos
subjetivos nesses casos.
Lançamentos contábeis

Agora que já sabemos calcular a base de cálculo para o custo de aquisição de matérias-primas,analisaremos como se faz o lançamento contábil de tais fatos. Nesta seção, continuaremos o exemplo da
seção anterior para sabermos como a empresa que produz vigas utilizará a contabilidade a fim de registrar
os fatos relacionados à compra de 1.000kg de aço. Mas, primeiramente, vamos relembrar a situação.
Relembrando!
A empresa comprou 1.000kg de aço e incorreu nos seguintes fatos:
Base de cálculo dos custos de aquisição: R$34.700,00
Tributos recuperáveis: R$10.000,00
Valor do frete: R$2.200,00
Valor do seguro: R$200,00
Valor pago pela compra: R$42.500,00
A partir dessas informações, nós já sabemos o suficiente para realizar os lançamentos contábeis.
Primeiramente, faremos o lançamento do valor pago pela compra dos 1.000kg de aço.
Esse lançamento é feito da seguinte forma (D se refere a débito e C a crédito):
D – Estoque de matéria-prima = R$32.500,00
D – Tributos a recuperar = R$10.000,00
C – Caixa = R$42.500,00
Vemos que o valor pago pela compra foi dividido em dois locais diferentes no ativo. O valor de R$10.000,00
– que se refere a tributos que a empresa poderá abater de seus impostos no futuro – está contabilizado em
uma conta diferente denominada “Tributos a recuperar”. Já o resto do valor de R$32.500,00 está
contabilizado na conta de “Estoque de matéria-prima”, virando, assim, parte da base de cálculo do custo de
aquisição de materiais.
Contudo, ainda temos de contabilizar o frete e o seguro, que serão dois novos conjuntos de lançamento:

D – Estoque de matéria-prima = R$2.000,00
C – Caixa = R$2.000,00

D – Estoque de matéria-prima = R$200,00
C – Caixa = R$200,00
Agora o valor contabilizado no “Estoque de materiais” somou o valor total da base de cálculo: R$32.500,00 +
R$2.000,00 + R$200,00 = R$34.700,00. Cada lançamento constitui uma contribuição diferente ao valor do
estoque:

Custo de aquisição

Frete

Seguro
Desse modo, os lançamentos contábeis serão feitos a débito na conta de “Estoques de matéria-prima” e a
crédito na conta de “Caixa”, caso o valor seja pago à vista, ou a crédito na conta de “Fornecedores a pagar”
no passivo, caso a compra seja feita a prazo.
Como já sabemos contabilizar a base de cálculo dos custos, faremos a seguir uma conclusão relativa ao
conteúdo deste módulo.
Custo de aquisição de materiais
Confira um pouco mais sobre o custo de aquisição de materiais: base de cálculo e lançamento contábil.

Re�exões sobre a base de cálculo e
lançamentos contábeis
Neste módulo, nós aprendemos a realizar o cálculo do custo de aquisição de matérias-primas. Vimos
também como se contabiliza o valor da aquisição de mercadorias, bem como o dos tributos a recuperar.
O estoque de matérias-primas é o primeiro passo na fabricação do produto final da
empresa. Contudo, também estão presentes o custo dos produtos vendidos e o do
estoque de produtos acabados e em processamento.
Veremos no próximo módulo como uma empresa gerencia os estoques de produtos acabados, obtendo,
assim, no custo das mercadorias vendidas.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Uma empresa precisa levantar os custos de produção de determinado mês e o profissional responsável
pela identificação desses custos buscou a nota de compra da matéria-prima utilizada na produção e
identificou as seguintes informações na Nota Fiscal:
Valor da Matéria-Prima: R$10.000
ICMS a recuperar: R$1.700
Frete: R$1.000
Seguro: R$1.500
Diante das informações, analise as afirmações a seguir e identifique aquela que corresponde ao correto
tratamento que o profissional responsável pelo custo procedeu para levantamento dos custos dos
produtos.
Parabéns! A alternativa D está correta.
Para encontrar o custo da matéria-prima utilizada é necessário realizar o seguinte cálculo:
Valor da Matéria-prima – ICMS a recuperar + Frete + Seguro = 10.000 – 1.700 + 1.000 + 1.500 = 10.800.
A
O valor do ICMS a recuperar foi considerado como custo de produção pois faz parte do
valor total da nota fiscal.
B
O frete não pode ser considerado como custo porque não tem relação com a produção
dos produtos.
C
O seguro não pode ser considerado como custo porque não tem relação com a
produção dos produtos.
D
O valor total considerado como custo de produção da matéria-prima foi R$10.800,
sendo a soma do valor da matéria-prima menos ICMS mais frete e mais seguro.
E
O valor total considerado como custo de produção da matéria-prima foi R$14.200,
sendo a soma do valor da matéria-prima mais ICMS mais frete e mais seguro.
Questão 2
Você está sendo contratado para identificar o custo unitário da matéria-prima de determinado produto.
Para isso você recebeu as seguintes informações da nota de compra da matéria-prima utilizada no
mês:
Valor da matéria-prima: R$5.000
ICMS a recuperar: R$1.000
IPI não recuperável: R$100
Frete: R$1.000
Seguro: R$1.000
Desconto comercial: R$100
Valor total da NF: 7.000
A empresa produziu 1.000 unidades com a matéria-prima utilizada.
Diante dessas informações, aponte o custo unitário do produto relacionado à matéria-prima utilizada.
Parabéns! A alternativa C está correta.
Para encontrar o custo unitário, primeiro é necessário encontrar o custo total da matéria-prima
utilizando o seguinte cálculo:
Valor da matéria-prima – ICMS a recuperar + IPI não recuperável + frete + seguro – desconto. Então:
5.000 – 1.000 + 100 + 1.000 + 1.000 – 100 = 6.000.
Na sequência, é necessário dividir o valor do custo da matéria-prima total pela quantidade produzida:
6.000 / 1.000 unidades = 6,00.
A R$4,00
B R$5,00
C R$6,00
D R$7,00
E R$8,00
2 - PEPS, UEPS, CMP e preço especí�co
Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever as diferentes
formas de cálculo do custo das mercadorias vendidas: PEPS, UEPS,
CMP e preço especí�co.
Controle do estoque de produtos
acabados e custo de mercadorias
vendidas
O controle de estoques de produtos acabados é de extrema importância para empresas comerciais e
industriais. As comerciais já os compram prontos, enquanto as industriais precisam produzir seus produtos.
Tendo isso em vista, descreveremos a seguir quatro métodos distintos do controle do estoque e do cálculo
do custo de mercadorias vendidas:
Primeiro que entra, primeiro que sai
(PEPS)
Mais conhecido pelo seu acrônimo PEPS, ele é uma das formas mais comuns de controle de estoque e de
cálculo de custo de mercadorias vendidas.
Nesse tipo de controle de estoque, como o próprio nome já o diz, ao ser realizada a
venda de um produto, ocorre justamente a baixa daquele mais antigo ainda em
estoque – ou seja, o primeiro a entrar é o primeiro a sair.
O PEPS tem como premissa que o tempo de estocagem de um produto é o menor possível; por isso, os
mais antigos em estoque são vendidos primeiramente. Isso também assegura que os produtos não fiquem
muito tempo no sistema de estoque.
Atenção!
Um ponto que pesa contra esse tipo de controle de estoque é o fato de que, para grandes estoques, esse
valor tende a diminuir o do custo de mercadorias vendidas. Isso acontece porque, com a inflação, o custo
dos produtos comprados ou produzidos tende a aumentar com o tempo. Por conta disso, os mais antigos
são aqueles com os menores custos – e, com isso, o custo das mercadorias vendidas tende a ser menor.
Último que entra, primeiro que sai (UEPS)
O UEPS é um método de controle de estoque que significa o inverso do método PEPS. Enquanto no PEPS
produto comprado há mais tempo é o que sofre a baixa primeiro, no UEPS é o mais recente que passa por
tal processo.
Esse método não é utilizado no Brasil, pois nosso país adota as regulações da
International Financial Reports Standards (IFRS). A IFRS não permite a sua adoção
pelo fato de os produtos antigos ficarem por tempo demasiadamente longo no
estoque, o que pode levar a uma possível sobrevalorização dos custos das
mercadorias vendidas.
Custo médio ponderado
O custo médio ponderado (CMP) é, assim como o método PEPS, um dos mais usados pelas empresas em
seus controles de estoque. Ele possuimuitas vantagens em relação aos métodos PEPS e UEPS, além de
facilitar a realização dos lançamentos contábeis.
O CMP se utiliza da premissa de que cada produto no estoque possui um valor de
mercado similar, pois todos, sendo os mesmos produtos, teriam o mesmo custo, o
qual, aliás, é a média de todos os custos dos produtos dividido pelo número de
produtos.
Isso acaba com o problema abordado anteriormente: o fato de o custo de mercadorias vendidas pelo
método PEPS tender a ser subvalorizado, enquanto o UEPS tem a tendência de ser supervalorizado. Além
disso, seu lançamento contábil é mais simples, tendo em vista que se deve apenas multiplicar o valor do
CMP pela quantidade de produtos vendidos para se dar a baixa no estoque. São duas maneiras para se
trabalhar com o CMP:
CMP móvel
Atualiza o custo unitário a cada entrada e saída de estoque.

CMP �xo
Encontra o custo unitário em um período específico depois que todas as entradas e saídas
aconteceram.
Preço especí�co
O método do preço específico surgiu com o fato de que, atualmente, é muito mais fácil digitalizar os
estoques de uma empresa com cada produto possuindo uma tag e código específico. Assim sendo, sabe-se
o quanto cada um custou.
Resultado: pode-se dar a baixa no produto específico no estoque e calcular o custo
de mercadorias vendidas de forma mais precisa.
A grande vantagem desse método é a precisão no cálculo e no controle. Como cada produto é controlado
individualmente, a contabilidade de custos fica extremamente precisa. Contudo, sua desvantagem é o custo,
que pode ser proibitivo para pequenas e médias empresas, pois ele requer o investimento em sistemas,
tags, leitores e pessoal para controlar o estoque.
Por isso, embora o método do preço específico seja o melhor, muitas empresas
ainda utilizam o PEPS ou CMP pelo fato de esses métodos serem bem mais
baratos de se implementar.
Contabilização e comparação entre os
métodos
Verificaremos agora a contabilização de um mesmo exemplo com quatro métodos diferentes. Em seguida,
faremos a contabilização de cada método.
Exemplo
Uma determinada empresa contratou um profissional da área de custos para ajudá-la a identificar o custo
da matéria-prima utilizada na produção de seus produtos. A empresa precisa dessa ajuda porque comprou a
mesma matéria-prima em dias diferentes por valores diferentes e não está sabendo como encontrar esse
custo.
Veja os dados apresentados pela empresa referente à movimentação do estoque da matéria-prima.
1. Dia 01.04 - Compra de 100kg de matéria-prima a R$2,00 cada.
2. Dia 05.04 - Compra de 50kg de matéria-prima a R$2,50 cada.
3. Dia 10.04 - Utilização de 110kg de matéria-prima.
4. Dia 11.04 - Compra de 50kg de matéria-prima a R$3,00 cada.
5. Dia 15.04 - Utilização de 60kg de matéria-prima.
Diante dos dados apresentados o especialista de custo utilizou os seguintes métodos para cálculo dos
custos:
Pelo método PEPS (Primeiro que entra, primeiro que sai) vamos efetuar os seguintes cálculos para
identificação do custo da matéria-prima:
MP utilizada em 10.04: 110kg
100kg a R$2,00 adquiridos em 01.04 + 10kg a R$2,50 adquiridos em 05.04.
Custo da Matéria-Prima utilizada em 10.04 = 200 + 25 = R$225.
MP utilizada em 15.04: 60kg
40kg a R$2,50 adquiridos em 05.04 + 20kg a R$3,00 adquiridos em 11.04.
Custo da matéria-prima utilizada em 15.04 = 100 + 60 = R$160.
Primeiro que entra, primeiro que sai 
Sobraram no estoque 30kg de matéria-prima ao custo de R$3,00 cada = R$90.
Pelo método UEPS (Último que entra, primeiro que sai) vamos efetuar os seguintes cálculos para
identificação do custo da matéria-prima:
MP utilizada em 10.04: 110kg
50kg a R$2,50 adquiridos em 05.04 + 60kg a R$2,00 adquiridos em 01.04.
Custo da Matéria-Prima utilizada em 10.04 = 125 + 120 = R$245.
MP utilizada em 15.04: 60kg
50kg a R$3,00 adquiridos em 11.04 + 10kg a R$2,00 adquiridos em 01.04.
Custo da matéria-prima utilizada em 15.04 = 150 + 20 = R$170.
Sobraram no estoque 30kg de matéria-prima ao custo de R$2,00 cada = R$60.
Pelo método CMP Móvel (Custo médio ponderado móvel) vamos efetuar os seguintes cálculos para
identificação do custo da matéria-prima:
MP utilizada em 10.04: 110kg
100kg a R$2,00 cada + 50kg a R$2,50 cada = R$200 + R$125 = R$ 325 / 150kg = R$2,166 cada
Custo da matéria-prima utilizada em 10.04 = 110kg a R$2,1666 cada = R$238,33.
MP utilizada em 15.04: 60kg
40kg a R$2,1666 cada + 50kg a R$3,00 cada = R$86,67 + R$150 = R$236,67 / 90kg = R$2,62963
cada
Custo da matéria-prima utilizada em 15.04 = 60kg a R$2,62963 cada = R$157,78.
Sobraram no estoque 30kg de matéria-prima ao custo de R$2,62963 cada = R$78,89.
Último que entra, primeiro que sai 
Custo médio ponderado móvel 
Pelo método CMP Fixo (Custo médio ponderado fixo) vamos efetuar os seguintes cálculos para
identificação do custo da matéria-prima:
100kg a R$2,00 cada = R$200
50kg a R$2,50 cada = R$125
50kg a R$3,00 cada = R$150
Total da compra em valor dividido pelo total da compra em kg = R$475/200kg = R$2,375
MP utilizadas:
110Kg + 60kg = 170kg x R$2,375 = R$403,75
Saldo em estoque: 30kg x R$2,375= R$71,25
Para cálculo do preço específico é necessário saber o custo de cada kg que foi utilizado. Para isso, é
necessário um controle individual na empresa. Imagine que a empresa tenha feito o seguinte
controle:
Dos 110kg utilizados pela empresa, 90kg foram adquiridos a R$2,00 cada e 20kg a R$2,50 cada =
R$230.
E dos 60kg utilizados pela empresa, 10kg foram adquiridos a R$2,00 cada, 30kg a R$2,50 cada e
20kg a R$3,00 cada = R$155.
Então, nesse caso o custo da matéria-prima utilizada será: 180 + 50 + 20 + 75 + 60 = R$385.
Saldo do estoque: 30kg a R$3,00 cada = R$90.
Custo de mercadorias vendidas
Custo médio ponderado fixo 
Preço específico 

Confira um pouco mais sobre o custo de mercadorias vendidas.
Importância do controle de estoque
Neste módulo, nós conhecemos as diferentes formas de se estimar o custo de mercadorias vendidas:
PEPS
Os produtos mais antigos são vendidos primeiramente.
UEPS
Os mais novos são vendidos em primeiro lugar.
CMP
Os produtos têm todos o mesmo custo.
Preço especí�co
Cada produto pode ser controlado e estimado individualmente.
Agora que já compreendemos a forma de controle na venda do estoque dos produtos acabados, nós
estudaremos no próximo módulo sobre como se dá a classificação dos custos quanto ao objeto e ao
volume a fim de podermos calcular o custo a ser alocado no estoque desses produtos.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Você foi contratado por uma empresa para encontrar o custo da matéria-prima utilizada nos produtos
do mês. Os seguintes dados foram apresentados pela empresa:
01.04 - Compra de 10 unidades de MP por R$50,00 cada.
02.04 - Compra de 5 unidades de MP por R$55,00 cada.
03.04 - Utilização de 12 unidades de MP.
Encontre a alternativa correta em relação ao custo da MP utilizada.
Parabéns! A alternativa A está correta.
10 unidades a R$50 cada = R$500
2 unidades a R$55 cada = R$110
R$500 + R$110 = R$610.
A
O custo da MP será de R$610 se você utilizar o método PEPS como critério de avaliação
de estoque.
B
O custo da MP será de R$620 se você utilizar o método UEPS como critério de avaliação
de estoque.
C
O custo da MP será de R$625 se você utilizar o método CMP móvel como critério de
avaliação de estoque.
D
O custo da MP será de R$630 se você utilizar o método CMP fixo como critério de
avaliação de estoque.
E
O custo da MP será de R$635 se você utilizar o método preço específico como critério
de avaliação de estoque.
Questão 2
Você foi contratado como especialista de custo para encontrar o custo da matéria-prima utilizada nos
produtos do mês. Os seguintes dados foram apresentados pela empresa:
01.04 - Compra de 15 unidades de MP por R$20,00 cada.
02.04 - Compra de 5 unidades de MP por R$25,00 cada.
03.04 - Compra de 10 unidades de MP por R$27,00 cada.
04.04 - Utilização de 25 unidades de MP.
Encontre a alternativacorreta em relação ao custo aproximado da MP utilizada pelo método CMP fixo
como critério de avaliação de custo.
Parabéns! A alternativa B está correta.
15 unidades a R$20 cada = R$300
5 unidades a R$25 cada = R$ 125
10 unidades a R$27 cada = R$ 270
R$300 + R$125 + R$270 = R$695 / 30 unidades = R$23,17
Custo da MP utilizada: 25 unidades x R$23,17 = R$579 aproximadamente
A 560
B 579
C 580
D 595
E 690
3 - Classi�cação dos custos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de classi�car os custos em
diretos, indiretos, �xos e variáveis.
Classi�cação dos custos quanto ao objeto
e ao volume
Neste módulo, descreveremos a classificação dos custos quanto ao:
Objeto
Direto versus indireto.
Volume
Fixo versus variável.

Pontuaremos ainda a ambiguidade na classificação dos custos quanto ao volume, por exemplo: custos
semifixos ou semivariáveis.
A classificação dos custos é muito importante, pois isso influencia tanto no cálculo
dos custos a serem apropriados no ativo quanto daqueles que serão tratados como
despesas, as quais, por sua vez, serão lançadas diretamente na demonstração de
resultado do exercício da entidade.
Este módulo está estruturado da seguinte maneira: primeiramente, vamos abordar os custos divididos por
objeto; depois, os custos divididos por volume; e, por fim, a ambiguidade na classificação dos custos, bem
como a relação entre a abordagem por objetivos e a por volume. No final, faremos ainda uma revisão do
conteúdo abordando os principais pontos tratados.
Classi�cação quanto ao objeto
Na classificação dos custos de produção quanto ao objeto, a divisão é feita quanto ao objeto de custo. O
propósito é saber se os custos estão relacionados de forma direta ou indireta com o objeto que se quer
analisar. O objeto de análise pode ser um departamento, por exemplo, ou o produto, dentre outros.
O que importa nessa classificação, portanto, não é como os gastos se comportam com o passar do tempo,
e sim qual o objeto a ser analisado.
Essa distinção é importante, pois, mais à frente, demonstraremos como os gastos se comportam ao passar
o tempo e como isso pode influenciar a classificação deles.
A classificação dos gastos que possuem relação com a produção quanto ao objeto se dá em duas
categorias:
Diretos
São aqueles custos que possuem relação direta com o objeto de custeio. Um exemplo é a matéria-
prima em relação ao produto. Ou seja, sendo o produto o objeto de análise, consideramos a matéria-
prima um custo direto a ele.
Indiretos
O aluguel da fábrica é um exemplo de custo indireto quando o objeto de custeio é o produto, porque
não tem relação direta com ele, necessitando de um critério de rateio para distribuição dos custos.
Os custos diretos mais comuns são a matéria-prima e a mão de obra direta. Já os custos indiretos mais
comuns são os de depreciação, manutenção de maquinário, aluguel de fábrica, mão de obra indireta e
outros materiais usados indiretamente na produção.
Matéria-prima
Matéria-prima são os matérias usados seja na fabricação dos produtos seja na fabricação das embalagens.
Mão de obra direta
Funcionários que trabalham diretamente na confecção, na montagem e na embalagem do produto.
Mão de obra indireta
Funcionários de gerência, limpeza, segurança etc.
Produção
Exemplos de outros custos de produção são a água utilizada no processo de tingimento de um tecido, energia
elétrica utilizada para a produção etc.
Classi�cação quanto ao volume

Na classificação dos custos de produção quanto ao volume, a divisão é feita quanto à forma como o custo
se comporta com o passar do tempo e a mudança do volume da produção: se não varia com a mudança
desse volume, tal custo é determinado como fixo; se sofre mudança, é considerado variável.
Diferentemente da classificação referente ao objeto:
A classi�cação relativa ao volume não se importa com a natureza
do gasto, e sim com o comportamento dele com o passar do
tempo.
Isso é importante para a administração da empresa, já que, para seus planejamentos futuros, pode haver
alterações no volume de produção, como novas decisões sobre orçamento ou ampliação/redução de
produção.
Custos �xos
São aqueles que não variam em relação a quantidade produzida. Os mais comuns são a depreciação,
os aluguéis e a mão de obra, pois eles não tendem a variar em relação a produção.
Custos variáveis
São aqueles que variam em relação a quantidade produzida. São aqueles que, mesmo com uma
mudança pequena de volume, sofrem uma alteração. Exemplos: matéria-prima..
Ambiguidades na classi�cação dos

custos quanto ao volume e sua relação
com custos diretos e indiretos
A classificação de custos quanto ao volume é ambígua, pois quase todos eles variam com o passar do
tempo e com a variação do volume da produção. Sendo assim, nenhum custo é totalmente fixo. Exibiremos
a seguir exemplos de custos:
Exemplo de custo �xo
O custo com depreciação quando ela é feita pelo método de cotas constantes. Nesse tipo, não há
variação de valor devido ao volume. Independentemente de a empresa produzir a 0% (ou seja, não fazer
nada) ou a 100% da capacidade (produção total), o custo da depreciação será o mesmo.
Exemplo de custo semi�xo
Compare com a mão de obra direta: caso a empresa reduza 10% na sua produção, ela talvez não
precise demitir funcionários. Isso é diferente no caso da matéria-prima, pois uma redução de 10% na
produção resulta em uma diminuição de 10% no consumo de matéria-prima.
Existem também os custos semivariáveis, que são custos nos quais existe uma parcela fixa e outra variável
em sua composição.
Na energia elétrica, na água e no gás, são cobrados valores fixos referentes à taxa de disponibilidade.
Eles não variam da mesma forma que a matéria-prima, a qual, aliás, não possui componente fixo. Em
casos assim, encontra-se uma ambiguidade na classificação de custos, especialmente entre os
semifixos e os semivariáveis.
A administração da empresa e a contabilidade deverão decidir como classificar os custos de acordo com a
sua realidade. No entanto, existe uma relação muito importante entre os custos por objeto e aqueles por
volume.
Atenção!

Normalmente, os custos diretos são classificados como variáveis, enquanto os indiretos o são como fixos.
Mas há exceções: o custo de mão de obra direta, embora seja direto (como o próprio nome diz), é tratado
como fixo, pois ele tende a se manter estável de um mês para o outro. Já um exemplo de custo indireto
variável é a energia elétrica ou a água.
Exempli�cação no cálculo de custo
Empregaremos a seguir um exemplo para o cálculo de uma matriz de classificação de custos.
Primeiramente, nós apenas o leremos. Em seguida, faremos a matriz com a divisão entre o custo e a
despesa. Se ela for um custo, haverá uma nova divisão em fixo versus variável e direto versus indireto.
Uma determinada indústria calculou os seguintes gastos no mês de março: R$35.000,00 de matéria-prima,
R$45.000,00 de mão de obra direta, R$28.000,00 de mão de obra indireta, R$18.000,00 de aluguel do espaço
da fábrica, R$5.000,00 de aluguel de espaço da loja, R$4.000,00 de depreciação do maquinário e R$2.000,00
de despesa financeira.
Agora faremos a tabela da seguinte maneira:
Custo
Tipo de gasto Valor Despesa Fixo V
Matéria-prima R$35.000,00 x
Mão de obra direta R$45.000,00 x
Mão de obra
indireta
R$28.000,00 x
Aluguel fábrica R$18.000,00 x
Aluguel loja R$5.000,00 x
Depreciação R$4.000,00 x
Despesa financeira R$2.000,00 x
Tabela: Matriz de classificação dos custos. 
Rodrigo de Oliveira Leite.
Primeiramente, falaremos das despesas. Elas são duas nesse cenário:
Aluguel de loja
Ele está relacionado com a venda de produtos, e não com a sua produção.
Despesa �nanceira
Como o próprio nome indica, ela é uma despesa, e não um custo.
Com relação aos custos variáveis, existe apenas um nesse exemplo: a matéria-prima. Esse custo também é
direto, pois se trata de um que integra o produto final. Os demais custos são fixos:

Mão de obra direta

Mão de obra indireta
Aluguel da fábrica

Depreciação
Ainda falando dos custos fixos, apenas a mão de obra é um custo direto, pois esse custo se faz presente no
valor final do produto (sendo diretamente relacionado a ele). Todos os outros custos fixos (mão de obra
indireta, aluguel da fábrica e depreciação) são indiretos nesse exemplo.
Pressupondo que todos os gastos foram pagos com o caixa disponível da empresa, seus lançamentos
contábeis seriam:

D Estoques de produto acabado = R$35.000,00
C Estoques de matéria-prima = R$35.000,00
D Estoques de produto acabado = R$45.000,00
C Caixa = R$45.000,00 (pagamento da mão de obra direta)
D Estoques de produto acabado = R$28.000,00
C Caixa = R$28.000,00 (pagamento da mão de obra indireta)
D Estoques de produto acabado = R$ 18.000,00
C Caixa = R$ 18.000,00 (pagamento do aluguel da fábrica)
D Despesas com aluguéis = R$ 5.000,00
C Caixa = R$ 5.000,00 (pagamento do aluguel da loja)
D Estoques de produto acabado = R$ 4.000,00
C Depreciação acumulada do maquinário = R$ 4.000,00
D Despesas financeiras = R$2.000,00
C Caixa = R$2.000,00
Tabela: Lançamentos contábeis. 
Viviane dos Santos.
Objeto e volume
Confira agora um pouco mais sobre a classificação dos custos quanto ao objeto e ao volume.

Ponderações sobre os métodos de
custeio
Os métodos de custeio deste módulo estiveram focados no cálculo do custo do estoque de produtos
acabados, enquanto os de controle de estoque do módulo anterior eram aplicáveis na conversão dos
estoques de produtos acabados em custo de mercadorias vendidas.
Os métodos analisados se dividiram em dois:

Quanto ao objeto (direto versus indireto)

Quanto ao volume (�xo versus varável)
Comentamos também sobre a ambiguidade dos custos quanto ao volume, dando origem aos semifixos e
aos semivariáveis. Analisamos ainda como os custos diretos tendem a ser fixos e os indiretos, variáveis.
Por fim, observamos os lançamentos contábeis dos custos totais, mas não analisamos como o rateio é feito
entre os produtos. Veremos isso no próximo módulo.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Você foi contratado para analisar os custos de uma determinada indústria e para isso precisa identificar
estratégias para a empresa diminuir seus custos.
A empresa atualmente produz 2.000 unidades de seu produto e possui os seguintes gastos:
Aluguel da fábrica: R$10.000 por mês
Matéria-Prima: R$50,00 por unidade
Mão de Obra Direta: R$5.000 por mês
Diante dessa tarefa, encontre a alternativa que apresenta uma correta análise da situação da empresa.
Parabéns! A alternativa A está correta.
O custo unitário é calculado da seguinte maneira:
2.000 unidades x 50,00 cada = 100.000 + 10.000 + 5.000 = 115.000 / 2.000 unidades = R$57,50.
A Atualmente a empresa possui um custo unitário por produto de R$57,50.
B
Caso a empresa diminua o aluguel em 10%, o custo unitário também irá reduzir na
mesma proporção.
C Atualmente a empresa possui um custo fixo total de R$115.000 mensal.
D
Caso a empresa diminua a mão de obra direta em 5%, conseguirá uma redução de
R$0,50 no custo unitário.
E
Caso a empresa passe a produzir apenas 1.500 unidades conseguirá reduzir o custo
unitário de cada produto.
Questão 2
A indústria Limpa Tudo Ltda fabrica dois tipos de álcool em Gel - álcool em gel de 200ml e álcool em gel
de 500ml - sendo que no mês de junho de 2021 a empresa fabricou 3.000 unidades e 2.000 unidades,
respectivamente. A empresa apresentou nesse mesmo período os seguintes gastos:
Compra de MP: R$15.000
Mão de obra direta: R$8.000, sendo R$6.000 para produção das unidades do álcool em gel 200ml e
R$2.000 para a produção das unidades do álcool em gel 500ml.
Depreciação das máquinas utilizadas na produção de todos os álcool em Gel: R$500
Matéria-prima utilizada: 60% da matéria-prima adquirida foi utilizada. Metade da MP utilizada foi na
fabricação das unidades do álcool em gel de 200ml e a outra metade na fabricação do álcool em gel
de 500ml.
Salário do supervisor da produção de todos os tipos de álcool em gel: R$2.000
Energia elétrica da fábrica: R$1.000
Aluguel da fábrica: R$2.000
Salário do administrador: R$5.500
Você foi contratado como especialista de custos para ajudar a empresa na análise dos seus custos.
Diante dos dados, encontre o total dos custos indiretos da empresa.
Parabéns! A alternativa C está correta.
Os custos indiretos são:
Depreciação das máquinas utilizadas na produção de todos os álcool em Gel: R$500
Salário do supervisor da produção de todos os tipos de álcool em gel: R$2.000
Energia elétrica da fábrica: R$1.000
A 2.500
B 4.500
C 5.500
D 11.000
E 19.000
4 - Custo total e unitário de produtos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de empregar o método do
rateio para o cálculo do custo total e unitário de produtos.
Rateio dos custos indiretos
Neste módulo, veremos como é feito o rateio de custos entre diferentes estoques de produtos. Em muitas
oportunidades, as empresas possuem um parque fabril para a produção de diversos produtos. Eles
possuem custos em comum: são os chamados indiretos.
Exemplo
Eletricidade, segurança, depreciação e manutenção.
Mas resta uma dúvida: como uma empresa pode fazer o rateio do custo de produção indireto para
diferentes produtos? Veremos a seguir como isso é possível. Além disso, apresentaremos os lançamentos
Aluguel da fábrica: R$2.000
Portanto os custos indiretos são R$5.500.
contábeis referentes a esse tipo de operação.
Critérios de rateio dos custos indiretos
Antes, vamos voltar um pouco em um assunto importante:
Relembrando
Os custos indiretos são aqueles que não conseguem ser traçados para nenhum tipo de produto em
específico. Como são “comuns” a todos os produtos, eles devem ser rateados. Os diretos, por sua vez, não
precisam ser rateados, pois podem ser calculados e alocados diretamente nos produtos.
Para fazer um rateio dos custos indiretos de fabricação (CIF), é necessário definir um critério de rateio.
Nesta seção, abordaremos quatro critérios diferentes:
Rateio pelo método do consumo de
matéria-prima
Nesse método, emprega-se o custo da matéria-prima como critério para alocar os CIF. Ou seja, os produtos
têm seus custos indiretos proporcionais ao consumo de matéria-prima de cada um. Vejamos um exemplo a
seguir:
Exemplo
Determinada indústria produz 6.000 unidades vigas, 3.000 unidades vergalhões e 1.000 unidades placas de
aço. Todos esses produtos são fabricados na mesma fábrica e possuem custos indiretos em comum. A
empresa incorreu em R$900.000,00 de custos indiretos, sendo que as vigas de aço consumiram
R$200.000,00 de aço; os vergalhões, R$50.000,00; e as placas, R$150.000,00.
Transformemos os valores da matéria-prima em porcentagens: as vigas consumiram 50% da matéria-prima;
os vergalhões, 12,5%; e as placas, 37,5%. Nesse caso, o rateio dos produtos se dá da seguinte maneira:
R$900.000,00 x 50% = R$450.000,00 para as vigas, R$900.000,00 x 37,5% = R$337.500,00 para as placas e
R$900.000,00 x 12,5% = R$112.500 para os vergalhões.
Rateio pelo método do consumo de mão
de obra direta
Emprega-se nesse método a mão de obra direta no lugar do consumo de matéria-prima. O rateio, portanto,
se dá pela proporção do uso da mão de obra direta por cada produto.
Vejamos mais um exemplo para solidificar esse conceito (com o mesmo caso da indústria anterior):
Exemplo
A empresa incorreu em R$900.000,00 de custos indiretos, sendo que as vigas de aço consumiram
R$125.000,00 de mão de obra direta; os vergalhões, R$250.000,00; e as placas, R$75.000,00.
Transformemos os valores da mão de obra direta em porcentagens: as vigas consumiram 27,8% da mão de
obra direta; os vergalhões, 55,6%; e as placas, 16,6%. Nesse caso, o rateio dos produtos se dá da seguinte
maneira: R$900.000,00 x 27,8% = R$250.200,00 para as vigas, R$900.000,00 x 55,6% = R$500.400,00 para os
vergalhões e R$900.000,00 x 16,6% = R$149.400 para as placas.
Notemos a diferença no rateio dos custos utilizando os dois critériosdiferentes:
Método MP Método MOD
Vigas de aço R$ 450.000,00 R$ 250.200,00
Vergalhões de aço R$ 112.500,00 R$ 500.400,00
Placas de aço R$ 337.500,00 R$ 149.400.00
Isso poderá afetar a política de preço da empresa: se, no método do rateio do CIF (por meio do custo de
matéria-prima), parece que a empresa pode cobrar mais barato no vergalhão e deve cobrar um preço mais
caro na viga de aço, o método de rateio do CIF (por intermédio do custo de mão de obra direta) mostra que
os vergalhões precisam ter um preço mais alto, enquanto as placas podem ter um preço mais barato.
Contraditório, não é?
Atenção!
Esse é o motivo pelo qual muitos gestores atacam o método de rateio do CIF utilizando tais critérios, pois,
caso o critério seja mudado, o valor dos custos dos produtos poderá ser alterado radicalmente.
Rateio pelo método dos custos primários
Buscando um meio-termo entre os dois métodos anteriores, pode-se utilizar o rateio do CIF por meio dos
custos primários. Nesse método, não são empregados a mão de obra direta nem o consumo de matéria-
prima, e sim a soma desses dois custos.
“Custo primário” é o nome pelo qual é conhecida a soma dos custos
de matéria-prima e mão de obra.
Ou seja, nesse método, o rateio se dá pela proporção da soma de ambos por cada produto. Como frisamos,
pode-se obter, assim, um meio-termo entre os dois métodos abordados anteriormente.
Veja um exemplo:
Exemplo
Utilizaremos o mesmo caso da empresa do exemplo anterior. Ela incorreu em R$900.000,00 de custos
indiretos. Seus custos primários são os seguintes: as vigas de aço consumiram R$125.000,00 de mão de
obra indireta e R$200.000,00 de materiais; os vergalhões, R$250.000,00 de mão de obra direta e
R$50.000,00 de matéria-prima; e as placas, R$75.000,00 de mão de obra direta e R$150.00,00 de matéria-
prima.
A partir desses números, podemos calcular os custos primários para cada produto: R$325.000,00 para as
vigas de aço, R$300.000,00 para os vergalhões e R$225.000,00 para as placas. Com isso, obtemos os
percentuais de rateio: 38,2%, 35,3%, e 26,5%, respectivamente.
Os valores a serem lançados como custos, portanto, são estes: 38,2% x R$900.000,00 = R$343.800,00 para
as vigas, 35,3% x R$900.000,00 = R$317.700,00 para os vergalhões e 26,5% x R$900.000,00 = R$238.500,00
para as placas.
Comparemos esse método com os outros dois abordados anteriormente:
Método MP Método MOD Método CP
Vigas de aço R$ 450.000,00 R$ 250.200,00 R$343.800,00
Vergalhões de aço R$ 112.500,00 R$ 500.400,00 R$317.700,00
Placas de aço R$ 337.500,00 R$ 149.400.00 R$238.500,00
Notemos que o método do custo primário possui valores menos extremos que o de rateio com a matéria-
prima ou o de rateio com a mão de obra direta.
Esse tipo de análise, contudo, exige algum cuidado. Qualquer tipo de rateio, afinal, é subjetivo e arbitrário.
Cada empresa tem de tomar decisões baseadas na forma mais adaptável à sua estrutura de custos.
Exemplo
Uma empresa extremamente automatizada que não possui muitos gastos com mão de obra pode usar o
rateio com a matéria-prima de forma eficiente. Isso já não é o caso de outra em que a maior parte do custo
de um produto (ou de um serviço) diz respeito justamente à mão de obra.
Dessa forma, devemos sempre ter cuidado com “regras simples e gerais”. O ideal é utilizar o nosso
julgamento profissional para uma melhor tomada de decisão.
Rateio pela quantidade produzida
Emprega-se nesse método a quantidade produzida. O rateio, portanto, se dá pela proporção da quantidade
produzida de cada produto.
Vejamos mais um exemplo para solidificar esse conceito (com o mesmo caso da indústria anterior):
Exemplo
Determinada indústria produz 6.000 unidades vigas, 3.000 unidades vergalhões e 1.000 unidades placas de
aço. Todos esses produtos são fabricados na mesma fábrica e possuem custos indiretos em comum. A
empresa incorreu em R$900.000,00 de custos indiretos, sendo que as vigas de aço consumiram
R$200.000,00 de aço; os vergalhões, R$50.000,00; e as placas, R$150.000,00.
Transformemos as quantidades produzidas em porcentagens: as vigas 60% da quantidade produzida; os
vergalhões, 30%; e as placas, 10%. Nesse caso, o rateio dos produtos se dá da seguinte maneira: Vigas:
R$540.000; Vergalhões: 270.000; e Placas de aço: R$90.000.
Comparemos esse método com os anteriormente:
Método MP Método MOD Método CP M
Vigas de aço R$450.000,00 R$250.200,00 R$343.800,00 R
Vergalhões de aço R$112.500,00 R$500.400,00 R$317.700,00 R
Método MP Método MOD Método CP M
Placas de aço R$337.500,00 R$149.400,00 R$238.500,00 R
Veja que a escolha do método a ser utilizado para distribuir os custos indiretos pode impactar muito o custo
dos produtos.
Custos indiretos: rateio
Confira agora o rateio dos custos indiretos.
Lançamentos contábeis
Analisaremos a seguir os lançamentos contábeis que devem ser feitos para a correta contabilização e
evidenciação dos fatos ocorridos.
Tendo em vista que, independentemente do método utilizado, a contabilização é a mesma, serão utilizados
nos exemplos abaixo os números do exemplo com o rateio pelo método do custo primário. Nesse caso, a
empresa incorreu em custos indiretos que somam R$900.000,00: R$343.800,00 para as vigas, R$317.700,00
para os vergalhões e R$238.500,00 para as placas.
Normalmente, as empresas utilizam uma conta de transição que chamaremos de “custos indiretos a
apropriar”. Ela sempre é zerada no fim do período e acumula os valores dos custos indiretos para a

apropriação no transcorrer dele.
Nesse caso, suponhamos que os custos indiretos sejam o seguinte:
R$50.000,00 de depreciação
R$550.000,00 de mão de obra indireta
R$60.000,00 de energia elétrica
R$40.000,00 de água
R$150.000,00 de manutenção no maquinário
R$50.000,00 de outros custos indiretos
Cada um desses custos foi lançado a débito na conta de “custos indiretos a apropriar”, gerando um saldo de
R$900.000,00 para a alocação nos produtos. A partir disso, pode-se fazer a alocação em cada item do
estoque da seguinte maneira:
D – Estoque de vigas acabadas = R$343.800,00 
C – Custos indiretos a apropriar = R$ 343.800,00
D – Estoque de vergalhões acabados = R$ 238.500,00 
C – Custos indiretos a apropriar = R$238.500,00
D – Estoque de placas acabadas = R$317.700,00 
C – Custos indiretos a apropriar = R$317.700,00
Observemos que agora houve R$900.000,00 de crédito em uma conta devedora no mesmo saldo, ou seja, a
conta de “custos indiretos a apropriar” está zerada.
Observações sobre os métodos de rateio
e sua contabilização
Os métodos de rateio abordados neste módulo são alguns dos muitos disponíveis, porém eles estão entre
aqueles mais utilizados. Conforme frisamos anteriormente:
A utilização de tais métodos de rateio precisa ser feita com todo o cuidado, pois
sua má utilização pode gerar problemas para a empresa ao estimar custos errados
de produtos.
Por isso, os conhecimentos adquiridos por você devem ser utilizados de forma conjunta com a experiência
e a subjetividade para uma tomada de decisões corretas e eficientes.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Uma indústria fabricou em determinado período 5.000 unidades de dois modelos de mesas: Mesa A e
Mesa B, sendo 2.000 unidades do modelo da Mesa A e 3.000 unidades do modelo da Mesa B. A
empresa apresentou nesse período, os seguintes saldos de gastos:
Aluguel do escritório administrativo: R$2.000
Comissão sobre vendas: R$500
Depreciação das máquinas utilizada na produção dos dois produtos: R$1.000
Salário dos colaboradores que fabricam as mesas: R$3.000, sendo R$1.000 dos que fabricam a Mesa
A e R$2.000 dos que fabricam a Mesa B.
Salário do supervisor, responsável pela supervisão da produção de todos os modelos de Mesa:
R$4.000
Matéria-prima adquirida: R$4.000.
Matéria-prima consumida: toda a matéria-prima adquirida foi consumida na produção, sendo metade
da matéria consumida pele Mesa A e metade pela Mesa B.
Aluguel do galpão da fábrica onde as mesas são produzidas:R$5.000
Você foi contratado como especialista de custos e precisa calcular os custos unitários de cada produto
utilizando a quantidade produzida como critério de rateio dos custos indiretos. Quais os custos
unitários das mesas A e B?
A 3,17 e 3,56.
B 3,50 e 3,33.
Parabéns! A alternativa B está correta.
Para calcular o custo unitário, primeiro é necessário classificar os gastos. Então tem-se:
Aluguel do escritório administrativo: R$2.000 (despesa)
Comissão sobre vendas: R$500 (despesa)
Depreciação das máquinas utilizada na produção dos dois produtos: R$1.000 (custo indireto)
Salário dos colaboradores que fabricam as mesas: R$3.000, sendo R$1.000 dos que fabricam a Mesa
A e R$2.000 dos que fabricam a Mesa B (custo direto)
Salário do supervisor, responsável pela supervisão da produção de todos os modelos de Mesa:
R$4.000 (custo indireto)
Matéria-prima adquirida: R$4.000 (investimento)
Matéria-prima consumida: toda a matéria-prima adquirida foi consumida na produção, sendo metade
da matéria consumida pele Mesa A e metade pela Mesa B (custo direto)
Aluguel do galpão da fábrica onde as mesas são produzidas: R$5.000 (custo indireto)
Na sequência, deve-se distribuir os custos indiretos:
Os custos indiretos totais são 10.000 (1.000+4.000+5.000) e o critério é a quantidade produzida. Mesa
A: 2.000 unidades e Mesa B: 3.000 unidades. Mesa A: 40% e Mesa B 60%. Então: R$4.000 de CI para
mesa A e R$6.000 para Mesa B.
Agora somam-se os custos indiretos com os diretos para cada produtos:
Dados Mesa A Mesa B
Matéria-prima R$2.000 R$2.000
C 3,64 e 3,24.
D 4,00 e 3,00.
E 4,10 e 4,05.
Dados Mesa A Mesa B
Mão de Obra Direta R$1.000 R$2.000
Custo Indiretos R$4.000 R$6.000
Custos Totais R$7.000 R$10.000
Por fim, divide-se os custos totais de cada produto pela quantidade produzida. Então, temos:
R$7.000 / 2.000 unidades = R$3,50
R$ 10.000 / 3.000 unidades = R$3,33
Questão 2
Uma indústria fabricou em determinado período 5.000 unidades de dois modelos de mesas: Mesa A e
Mesa B, sendo 2.000 unidades do modelo da Mesa A e 3.000 unidades do modelo da Mesa B. A
empresa apresentou nesse período, os seguintes saldos de gastos:
Aluguel do escritório administrativo: R$2.000
Comissão sobre vendas: R$500
Depreciação das máquinas utilizada na produção dos dois produtos: R$1.000
Salário dos colaboradores que fabricam as mesas: R$3.000, sendo R$1.000 dos que fabricam a Mesa
A e R$2.000 dos que fabricam a Mesa B.
Salário do supervisor, responsável pela supervisão da produção de todos os modelos de Mesa:
R$4.000
Matéria-prima adquirida: R$4.000.
Matéria-prima consumida: toda a matéria-prima adquirida foi consumida na produção, sendo metade
da matéria consumida pele Mesa A e metade pela Mesa B.
Aluguel do galpão da fábrica onde as mesas são produzidas: R$5.000
Você foi contratado como especialista de custos e precisa calcular os custos unitários de cada produto
utilizando a matéria-prima como critério de rateio dos custos indiretos.
Quais os custos unitários das mesas A e B?
Parabéns! A alternativa D está correta.
Para calcular o custo unitário, primeiro é necessário classificar os gastos. Então tem-se:
Aluguel do escritório administrativo: R$2.000 (despesa)
Comissão sobre vendas: R$500 (Despesa)
Depreciação das máquinas utilizada na produção dos dois produtos: R$1.000 (custo indireto)
Salário dos colaboradores que fabricam as mesas: R$3.000, sendo R$1.000 dos que fabricam a Mesa
A e R$2.000 dos que fabricam a Mesa B. (Custo direto)
Salário do supervisor, responsável pela supervisão da produção de todos os modelos de Mesa:
R$4.000 (custo indireto)
Matéria-prima adquirida: R$4.000. (investimento)
Matéria-prima consumida: toda a matéria-prima adquirida foi consumida na produção, sendo metade
da matéria consumida pele Mesa A e metade pela Mesa B. (custo direto)
Aluguel do galpão da fábrica onde as mesas são produzidas: R$5.000 (custo indireto).
Na sequência, deve-se distribuir os custos indiretos:
Os custos indiretos totais são 10.000 (1.000+4.000+5.000) e o critério é a matéria-prima. Mesa A:
R$2.000 e Mesa B: R$2.000. Mesa A: 50% e Mesa B 50%. Então: R$5.000 de CI para mesa A e R$5.000
para Mesa B.
A 3,17 e 3,56.
B 3,50 e 3,33.
C 3,64 e 3,24.
D 4,00 e 3,00.
E 4,10 e 4,05.
Considerações �nais
Apresentamos neste conteúdo os principais pontos sobre a contabilidade de custos aplicada ao controle de
estoque. Compreendemos, com isso, a base de cálculo e o lançamento contábil do custo de aquisição de
materiais.
Conhecemos as fichas de controle de estoques pelos métodos PEPS, UEPS, CMP e preço específico.
Apontamos a classificação dos custos em diretos, indiretos, fixos, descrevendo ainda a variável do método
de rateio do custo indireto de fabricação entre diferentes produtos.
Também destacamos o fato de que cada profissional deve utilizar sua experiência e subjetividade para
escolher o melhor tipo de rateio. Com isso, estabelecemos os principais aspectos do cálculo e da
contabilização de custos para as empresas industriais.
A partir deste trabalho, você já sabe calcular e contabilizar os custos de cada produto individual de diversas
maneiras, assim como o custo das mercadorias vendidas.
Agora soma-se os custos indiretos com os diretos para cada produtos:
Dados Mesa A Mesa B
Matéria-prima R$2.000 R$2.000
Mão de Obra Direta R$1.000 R$2.000
Custo Indiretos R$5.000 R$5.000
Custos Totais R$8.000 R$9.000
Por fim, divide-se os custos totais de cada produto pela quantidade produzida. Então temos:
R$7.000 / 2.000 unidades = R$4,00
R$ 9.000 / 3.000 unidades = R$3,00
Podcast
Ouça agora o professor respondendo a perguntas sobre a temática.
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Referências
GELBCKE, E.; DOS SANTOS, A.; IUDÍCIBUS, S.; MARTINS, E. Manual de contabilidade societária: aplicável a
todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. 3. ed. Barueri: Atlas, 2018.
LEONE, G. S. G. Curso de contabilidade de custos. 4. ed. Barueri: Atlas, 2010.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 11. ed. Barueri: Atlas, 2018.
MARTINS, E.; ROCHA, W. Contabilidade de custos – livro de exercícios. 11. ed. Barueri: Atlas, 2015.
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Para aqueles que não são da área da Contabilidade e estejam em dúvida sobre alguns conceitos abordados
neste conteúdo, recomendamos um livro de Sérgio de Iudícibus e José Carlos Marion que aborda a
linguagem contábil de forma fácil e bastante explicativa:
IUDÍCIBUS, S.; MARION, J. C. Curso de Contabilidade para não contadores: para as áreas de Administração,
Economia, Direito e Engenharia. 7. ed. Barueri: Atlas, 2011.

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