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Fundamentos e teoria organizacional Fabiana Morais Unidade 3 A TEORIA SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO • A Teoria Sistêmica é uma abordagem que utiliza diversas ciências, com destaque para cibernética, matemática e sistemas, tendo como base estudos em conceitos e princípios que contribuem nos processos de gestão utilizados nas organizações contemporâneas. • Na organização, cada um dos setores trabalha para o sistema maior, este é a empresa a qual é composto por vários sistemas ( conjunto de partes). • “Sistema é um conjunto de partes integrantes e interdependentes que, conjuntamente formam um todo e com determinado objetivo efetuam determinada função” (OLIVERIA,2010, P. 224). • A TGS diz que somente é possível compreender um sistema quando o estudamos globalmente, incluindo todas as interdependências entre os seus próprios subsistemas. TEORIA SISTÊMICA: CIBERNÉTICA, TEORIA MATEMÁTICA E TEORIA DE SISTEMAS • Cibernética: é a ciência da comunicação e do controle (seja nos seres vivos, ou seja nas máquinas). A comunicação é que torna os sistemas integrados e coerentes e o controle é que regula o seu comportamento. A cibernética compreende os processos físicos, fisiológico, psicológico etc. de transformação da informação. • Matemática: A Teoria da Matemática da Administração tem como um de seus objetivos simular situações de resolução de problemas que poderão surgir dentro de um processo organizacional e a forma como será a tomada de decisões (CHIAVENATO, 2014). • Envolve fatos reais e transforma em dados estatísticos, retratando probabilidades que irão demonstrar possíveis cenários futuros no processo decisório, que podem vir a impactar nos resultados da organização, desta forma o gestor tem dados quantitativos em seu processo decisório. • Sistemas: Sistema é “um conjunto de elementos, dinamicamente relacionados, formando uma atividade para atingir um objetivo, operando sobre dados/energia/ matéria para fornecer informação/energia/matéria” (CHIAVENATO, 2011, p. 380). • A Teoria geral de sistemas tem por objetivo uma análise da natureza dos sistemas e da interrelação entre eles em diferentes espaços, assim como a interrelação de suas partes. Ela ainda análisa as leis fundamentais dos sistemas. Um sistema , ou seja, uma união de várias partes, é formado de componentes ou elementos. A TEORIA CONTINGENCIAL DA ADMINISTRAÇÃO • De todas as Teorias ADM, a abordagem contingencial enfoca as organizações de dentro para fora colocando o ambiente como fator primordial na estrutura e no comportamento das organizações. De um lado o ambiente oferece oportunidades e recursos, de outro impões coações e ameaças à organização. • A origem da Teoria da Contingência parte do princípio de que não existe um modelo ideal para atender a todos os tipos de empresas e todos os seus cenários, pois existe uma única certeza, que é a constante necessidade de mudanças, em todos os aspectos, sejam eles internos ou externos (CHIAVENTATO 2014). • Nada é absoluto, e tudo é relativo e tudo dependendo das circunstâncias; • A teoria surge para verificar que tipo de estruturas organizacionais eram mais compatíveis com a realidade das industrias. Andrade;Amboni (2009); • Utilizou as premissas da T.G.S, a interdependência, e o sistema aberto; • Teoria da Contingência tem como seus principais aspectos básicos: • A organização é de natureza cíclica, ou seja, ela é um sistema aberto; • As organizações apresentam um complexo inter-relacionamento entre si e com o ambiente. • As organizações sofrem influência das variáveis externas como política, economia, inovação tecnológica, cultura, dentre outras. Assim sendo, precisam estar em constante adaptação, a fim de sobreviverem aos fatores que podem influenciar ou interferir de alguma maneira em seus produtos ou serviços. AS ORGANIZAÇÕES E SEUS NÍVEIS • As organizações, desde sempre, enfrentaram desafios, tanto internos como externos, independente do seu tamanho ou natureza, porém, podemos observar que elas se diferenciam em três níveis organizacionais, divididos por Chiavenato (2014) como: • Nível institucional ou nível estratégico: é o nível mais alto de uma organização. • Nível intermédio: composto pela média gestão de uma organização. • Nível operacional, técnico: ligado às operações e processos básicos do dia a dia. PERSPECTIVAS CONTEMPORÂNEAS DA ADMINISTRAÇÃO • As contínuas mudanças ocorridas nos mercados e nas organizações geram necessidade e dinâmica por parte das organizações, revendo seus conceitos e modelos. • É importante salientar que as mudanças estão ficando cada vez mais rápidas. • Alguns fatores que afetam o nosso atual cenário global são: o desenvolvimento das tecnologias que na qual surgem novos produtos e serviços; a mudança de hábitos e até de cultura das populações frentes as tecnologias, ao mundo competitivo e mudanças climáticas e as facilidades nas comunicações e nos transportes que estreitam fronteiras tornando mais próximo o conceito de aldeia global, onde o sucesso de uns repercute de forma positiva ou negativa nos demais (BERNARDES & MARCONDES, 2006). • A visão do administrador deve estar dirigida não só dentro do seu ambiente nas suas tarefas rotineiras, mas também para o ambiente exterior, se antecipando às mudanças ao invés de esperar que elas venham para então reagir. • Para sobreviver diante do mercado, que com a globalização tornou-se um único, a teoria e a prática da administração deve se preocupar com certos fatores como: a Gestão do Conhecimento, Capital Humano e Capital Intelectual, Responsabilidade Social, entre outros. • Dinamismo, flexibilidade e inovação são pontos-chave para o futuro das organizações. Inúmeros fatores influenciarão cada vez mais este futuro. • https://administradores.com.br/artigos/as-perspectivas-futuras-da-administracao TEORIA DO DESENVOLVIMENTO • A partir de 1962 surge a abordagem do Desenvolvimento Organizacional – DO – acompanhando a evolução das teorias organizacionais somado a uma preocupação em relação a fomentar ao gestor ferramentas que permitissem avaliar o desempenho não apenas da organização, mas também avaliar o desempenho do próprio administrador. • A Teoria do Desenvolvimento é considerada democrática, participativa e voltada para administração de pessoas, sendo que, sua abordagem, recebe influências de vários autores, é considerada um desdobramento da Teoria Comportamental em direção à Teoria Sistêmica (CHIAVENATO, 2014). • O surgimento dessa abordagem está vinculado às necessiades constantes e às contínuas mudanças que as organizações passam. ABORDAGENS, ECOLOGIA POPULACIONAL, ESCOLHA ESTRATÉGICA E DETERMINISMO • O modelo de ecologia populacional busca explicar as mudanças organizacionais a partir da análise da natureza e da distribuição dos recursos no ambiente (ANDRADE; AMBONI, 2009). • A perspectiva da ecologia populacional está pautada sob a ótica de que a mudança e a variação sofridas no ambiente irão gerar uma seleção natural do indivíduo ou da organização, permanecendo ou sobrevivendo somente aquele que melhor se adaptar a este novo ambiente, ocorrendo desta forma uma seleção natural, em que sobrevivem os indivíduos ou organizações que mais rápido conseguem adaptar-se aos novos cenários. A TEORIA DE NOVAS ABORDAGENS DA ADMINISTRAÇÃO • A teoria administrativa tem pouco mais de cem anos. Ao longo dos anos ela passou por grandes transformações e agora enfrenta a forte turbulência da Era da Informação” (CHIAVENATO, 2014, p. 579), sendo que na Era da Informação o capital financeiro cede o trono para o capital intelectual. Fortemente influenciado pelo impacto provocado pelo desenvolvimento tecnológico e pela tecnologia da informação (TI). • Valoriza a capacidade de adaptação do homem às rápidas mudanças e fluidez da informação. Também considera a sustentabilidade social, no sentido de que o bem estar não deve ser negligenciado em detrimentodos resultados. A aplicação prática deste modelo pode ser observada através das mudanças que as corporações sofrem a partir de fusões e também na adoção de tecnologias. QUALIDADE TOTAL • A Qualidade Total vem para somar na melhoria dos processos organizacionais, cujas estratégias são voltadas para construir e disseminar a consciência de qualidade em toda organização. • Crosby traz a relação da qualidade total através da prática e da disseminação dos conceitos de “zero defeitos” e de “fazer desde a primeira vez”, em que defendeu que, a qualidade signifi ca conformidade com as especifi cações, e essencialmente devem estar em harmonia com as necessidades dos clientes, sejam eles internos ou externos, buscando o defeito zero e não apenas produzir de forma adequada. • Segundo Crosby, os verdadeiros responsáveis pela falta de qualidade são os gestores, e não os trabalhadores, as políticas de qualidade devem vir de cima para baixo, sendo fundamental o comprometimento e o envolvimento da alta gestão em busca da melhoria da qualidade como um processo contínuo. PDCA • Ainda sobre a abordagem da qualidade total, surge na década de 30 o ciclo PDCA. • Trata-se de um conceito que visa aprimorar-se continuamente, onde é necessário planejar, executar, controlar e agir, em um ciclo de repetição, porém é importante destacar que esse conceito de qualidade se tornou amplamente conhecido somente a partir dos anos 50. • O PDCA é uma ferramenta de qualidade que visa auxiliar os gestores no controle e monitoramento de algum problema, gerando a condição de padronização de um processo e, principalmente, gerar a melhoria contínua da qualidade. Como essa ferramenta possui um grande grau de confiabilidade, é muito utilizada para gerenciar os processos organizacionais redesenhando os mesmos e eliminado desperdícios. BENCHMARKING • Alinhada às estratégias de gestão da qualidade surge mais uma ferramenta de gestão, que é o Benchmarking, auxiliando nas métricas usadas para avaliar o desempenho e as necessidades das empresas de obterem formas comparativas e sistemáticas em seu setor de atuação, e desta forma identificar os fatores-chaves de sucesso e de insucesso. “Aplicar o benchmarking representa um esforço que nos permite vislumbrar oportunidades, antecipar ameaças competitivas e corrigir falhas que impedem o melhor desempenho” (KWASNICKA, 2006, p. 156). • O Benchmarking, de forma resumida, nada mais é do que a observação das melhores práticas efetuadas por organizações, sejam concorrentes ou não, cujos modelos destas práticas o gestor irá adotar e adaptar de forma melhorada em seus processos internos, visando o ganho de melhorias. • Importante destacar que o benchmarking é um processo contínuo de mensuração de produtos, serviços, de modo que a organização mantenha sua participação e competitividade em seu mercado de atuação A NOVA LÓGICA DAS ORGANIZAÇÕES • Trata-se da estratégia, que é um conceito que já vinha sendo muito usado no meio militar, especificamente na Grécia há mais de 2000 anos. • O planejamento estratégico envolve decisões de longo prazo, cujos objetivos devem ser traçados pelos gestores, analisando o ambiente no qual está inserida a organização. • Uma outra grande e importante contribuição na evolução do planejamento estratégico, essa nova contribuição partiu de Michael Porter, que publicou na década de 80 os livros “Estratégia Competitiva” e “Vantagem Competitiva” (apresentando os cinco diamantes ou forças de Porter), em ambas obras ele questiona os modelos e matrizes utilizadas até então nas organizações para efetuar o planejamento estratégico. • Estratégia competitiva é a forma pela qual uma organização pode se diferenciar da concorrência que existe no mercado. Assim, mesmo que concorrentes diretos ou indiretos se tornem uma ameaça, essa estratégia pode contê-la. • Vantagem competitiva é uma característica que uma empresa pode ter sobre seus concorrentes. Isto pode ser adquirido oferecendo aos clientes um valor melhor e maior. Publicidade de produtos ou serviços com preços mais baixos ou consumidores de maior qualidade. ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL • Temas que são amplamente discutidos nas organizações contemporâneas, inclusive nos aspectos estratégicos, são: a ética e a responsabilidade social, adotadas pelas mesmas em seus processos de gestão e a conduta de seus membros. • “O comportamento ético acontece quando a organização incentiva seus membros a se comportarem eticamente de maneira que os membros aceitem e sigam tais valores e princípios” (CHIAVENATO, 2011, p. 573) • “Ética é o conjunto estruturado e sustentado de valores considerados como ideias e que orientam o comportamento das pessoas, dos grupos, das organizações e da sociedade como um todo”, assim como sua definição para responsabilidade social: “responsabilidade social é a abordagem das organizações como instituições sociais, dentro de um contexto interativo de dependência e de auxílio à sociedade onde elas atuam” A ADMINISTRAÇÃO NA GLOBALIZAÇÃO • s primeiros impactos significativos da globalização foram percebidos com o advento da Segunda Guerra Mundial, pois a comunicação foi um divisor de águas em relação ao que entendemos e percebemos hoje como o conceito de globalização. • “A globalização se caracteriza pela integração crescente de todos os mercados (financeiro, de produtos, serviços e mão de obra), bem como dos meios de comunicação e transporte de todos os países do planeta”. • “a globalização de mercado refere-se à integração econômica contínua e à interdependência crescente entre os países no mundo. Ela permite às empresas vislumbrar o mundo como um mercado integrado”. • A necessidade de mudança somada ao fenômeno da globalização fez com que as nações começassem a expandir e abrir os seus mercados para produtos e serviços de outros países, evidenciando uma economia globalizada que refletiu de forma direta na evolução da teoria administrativa. CARACTERÍSTICAS DA GLOBALIZAÇÃO • Integração social, econômica e política; • união de mercado mundial (relações comerciais e financeiras); • fortalecimento das relações internacionais; • aumento da produção e do consumo de bens e serviços; • avanço tecnológico e dos meios de comunicação; • instantaneidade e velocidade das informações (por exemplo, via internet); • aumento da concorrência econômica e do nível de competição; • surgimento dos blocos econômicos e desaparição das fronteiras comerciais; • ampliação do uso de máquinas na execução de tarefas; • crescimento da economia informal; • valorização de mão-de-obra qualificada; • privatização de empresas estatais. • No cenário mundial, em relação à globalização, os maiores beneficiados atualmente são os quatro grandes países emergentes, conhecidos como os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), onde estão concentrados grandes volumes econômicos de exportação e importação. “Uma empresa sem estratégia faz qualquer negócio.” (Michael Porter) Slide 1 Slide 2 Slide 3: Unidade 3 A TEORIA SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO Slide 4 Slide 5: TEORIA SISTÊMICA: CIBERNÉTICA, TEORIA MATEMÁTICA E TEORIA DE SISTEMAS Slide 6 Slide 7: A TEORIA CONTINGENCIAL DA ADMINISTRAÇÃO Slide 8 Slide 9 Slide 10: AS ORGANIZAÇÕES E SEUS NÍVEIS Slide 11 Slide 12: PERSPECTIVAS CONTEMPORÂNEAS DA ADMINISTRAÇÃO Slide 13 Slide 14: TEORIA DO DESENVOLVIMENTO Slide 15: ABORDAGENS, ECOLOGIA POPULACIONAL, ESCOLHA ESTRATÉGICA E DETERMINISMO Slide 16: A TEORIA DE NOVAS ABORDAGENS DA ADMINISTRAÇÃO Slide 17: QUALIDADE TOTAL Slide 18: PDCA Slide 19: BENCHMARKING Slide 20: A NOVA LÓGICA DAS ORGANIZAÇÕES Slide 21 Slide 22: ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL Slide 23: A ADMINISTRAÇÃO NA GLOBALIZAÇÃO Slide 24: CARACTERÍSTICAS DA GLOBALIZAÇÃO Slide 25
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