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NR 9, 15, 16 e 17 (SCAPS 4)

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Normas regulamentadoras
NR 9 – programa de gerenciamento de 
riscos (PGR) 
A NR-9 objetiva garantir que os ambientes de trabalho 
apresentem condições ideais para não comprometer a 
saúde e segurança do trabalhador. 
Exemplo: trabalhador que trabalha em um posto de 
combustível, que está sempre exposto. 
Essa NR avalia o ambiente. 
A NR-9 tornou obrigatória a elaboração e execução do 
programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA) 
em todas as empresas com empregados. Em dezembro 
de 2021 foi substituído pelo programa de 
gerenciamento de riscos (PGR). 
Em síntese, a NR-9 atualizada busca promover a análise 
e controle dos agentes de risco do ambiente de 
trabalho de modo mais específico e abrangente para os 
tipos de riscos. 
A norma regulamenta riscos físicos, químicos, 
biológicos e outros que são considerados insalubres ou 
perigosos com o objetivo de estabelecer medidas de 
proteção para neutralizá-los ou eliminá-los. De 
maneira a antecipar o risco que o ambiente traz. 
Exemplo: trabalhador que trabalha com rede elétrica. 
PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS (PGR): 
Busca preservar a saúde e integridade física dos 
trabalhadores, através do reconhecimento, 
antecipação, avaliação e controle da ocorrência dos 
riscos ambientais que possam existir em uma empresa. 
A periculosidade e insalubridade de uma profissão 
podem representar ameaças graves à saúde e 
segurança no trabalho. Por isso, a NR-9 foi editada pela 
Portaria MTb nº 3.214, de 08 de junho de 1978, o 
classificando como “riscos ambientais” para proteger a 
integridade física do empregado. 
A PGR cita a periculosidade e insalubridade, mas 
quem regulamenta e especifica é a NR-15 e NR-16. 
Grupos de riscos identificados pela NR 9: 
• Grupo 1 (riscos físicos – verde): frio, umidade, 
vibrações, ruídos, pressões anormais, radiações 
ionizantes e não ionizantes; 
• Grupo 2 (riscos químicos – vermelho): substâncias 
compostas ou produtos químicos, névoas, neblina, 
gases, fumo e vapores; 
• Grupo 3 (riscos biológicos – marrom): fungos, 
protozoários, parasitas, bactérias e bacilos; 
 
 
 
• Grupo 4 (riscos ergonômicos – amarelo): 
levantamento e transporte de peso, esforço físico 
intenso, controle rígido de produtividade, 
imposição de ritmos excessivos, jornada de 
trabalho prolongada, monotonia e repetitividade, 
exigência de postura inadequada, trabalho 
noturno, causadores de estresse físico e/ou 
psíquico (NR 17); 
• Grupo 5 (riscos de acidentes – azul): iluminação 
inadequada, arranjo físico inadequado, 
armazenamento inadequado, máquinas e 
equipamentos sem proteção, ferramentas 
inadequadas ou defeituosas, probabilidade de 
incêndio ou explosão, eletricidade, animais 
peçonhentos e riscos que possam causar acidentes 
(NR 4, 5, 6 e 7). 
A NR-9 se aplica onde houver exposições ocupacionais 
aos agentes físicos, químicos e biológicos. 
Observamos que a abrangência e profundidade das 
medidas de prevenção dependem das características 
das exposições e das necessidades de controle. Cada 
caso é um caso, cada empresa vai exigir um PGR 
diferente. Uma coisa é um trabalhador que produz 
plástico e está respirando a substância X e outro 
trabalhador que produz gesso e respira a substância Y. 
Para fins de caracterização de atividades ou operações 
insalubres ou perigosas, devem ser aplicadas as 
disposições previstas na NR-15 (atividades e operações 
insalubres) e NR-16 (atividades e operações perigosas). 
A identificação das exposições ocupacionais aos 
agentes físicos, químicos e biológicos deverá 
considerar: 
• Descrição das atividades; 
• Identificação do agente e formas de exposição; 
• As possíveis lesões ou agravos à saúde 
relacionados às exposições identificadas; 
• Fatores determinantes da exposição; 
• Medidas de prevenção e segurança já existentes; 
• Identificação dos grupos de trabalhadores 
expostos. 
NR-15 – atividades e operações insalubres 
São aquelas que expõem os trabalhadores à agentes 
nocivos à saúde acima do permitido em lei. No caso, o 
ministério do trabalho determina uma tolerância – 
limite de tolerância (LT). 
Exemplo: radiação, poeira de gesso. 
 
 
Bianca Louvain 
 
 
2 
Até determinado limite de concentração, intensidade e 
tempo de exposição a esses agentes são considerados 
aceitáveis. Acima disso, já é vista como uma situação 
danosa e, portanto, insalubre. 
É uma norma regulamentadora que estabelece as 
atividades consideradas insalubres. Gerando, assim, 
direitos adicionais aos profissionais que as 
desempenham. 
A NR 15 é separada em duas partes: geral e anexos. 
• A parte geral regulamenta a execução do trabalho 
considerando as atividades, instalações ou 
equipamentos utilizados. Tudo isso sem estar 
condicionado setores ou atividades específicas; 
• Em contrapartida, os 13 anexos definem os limites 
de tolerância (LT) para agentes físicos, químicos e 
biológicos. Listando ou mencionando situações em 
que o trabalho é considerado insalubre. 
Quem organiza o PGR precisa entender essas 
tolerâncias e insalubridades. Apesar da NR-9 não citar, 
é necessário conhecer o limite de tolerância, o agente 
que o trabalhador está sendo exposto. 
A NR-15 foi editada, originalmente, pela Portaria MTB 
nº 3.214, de 8 de junho de 1978. Desde então, o texto 
sofreu uma série de alterações pontuais. Ao todo, 
foram 19 portarias, sendo que a mais recente está 
datada de 2019. Nela, foi alterado o anexo 3, que 
aborda os limites de tolerância para exposição ao calor 
(sol, fornalia). A partir do momento que uma NR foi 
atualizada, as empresas precisam se adequar. 
O trabalho insalubre assegura ao colaborador o 
recebimento de um adicional. O percentual incide 
sobre o valor do salário mínimo regional e não sobre o 
salário que ele recebe. Ele varia de acordo com o grau 
de insalubridade: 
• 40% (quarenta por cento) para insalubridade de 
grau máximo; 
• 20% (vinte por cento) nos casos de insalubridade 
de grau médio; 
• 10% (dez por cento) se a atuação for de grau 
mínimo. 
Quando o profissional da saúde dá plantão noturno ele 
tem direito ao adicional noturno máximo (40%). 
No caso da incidência de mais de um fator de 
insalubridade, irá prevalecer o grau mais elevado, ou 
seja, não há acréscimo cumulativo. 
Independentemente do fornecimento dos EPIs 
adequados e da adoção de medidas que conservem o 
ambiente dentro dos limites de tolerância (LT) a 
empresa deverá pagar a insalubridade. 
O profissional pode ser exposto a: ruído contínuo e/ou 
intermitente, ruído de impacto, agentes químicos, 
biológicos e contaminantes, calor, frio e umidade, 
poeira mineral, vibrações e ar comprimido (no caso de 
mergulho). 
Agentes químicos com limite de tolerância (LT) é o 
maior grupo, composto por aproximadamente 200 
produtos químicos – conforme disposto no anexo 11 da 
norma, que dispõem de uma a tabela, onde agente 
relacionado a insalubridade é especificado. Entre eles, 
destacamos: carvão, chumbo, cromo, fósforo, 
mercúrio e arsênico. 
AGENTES BIOLÓGICOS 
• Grau máximo: trabalho ou operações que tenham 
contato permanente com: 
o Pacientes em isolamento por doenças infecto-
contagiosas e seus objetos de uso; 
o Partes do corpo e dejeções de animais com 
doenças infecto-contagiosas; 
o Esgotos; 
o Lixo urbano. 
• Grau médio: trabalho ou operações em que haja 
contato permanente com pacientes, animais ou 
materiais contaminados em: 
o Hospitais, ambulatórios, enfermarias e demais 
estabelecimentos que cuidam da saúde 
humana; 
o Laboratórios; 
o Hospitais veterinários e outros 
estabelecimentos destinados ao atendimento 
e tratamento de animais; 
o Cemitérios. 
CALOR 
Trata-se de qualquer situação que resulte em 
sobrecarga térmica. E, consequentemente, ponha em 
risco a saúde do colaborador. No anexo 3, atualizado 
em 2019, é possível conferir uma tabela com diversas 
situações. Elas são apresentadas com o seu respectivo 
limite de exposição ocupacional. 
UMIDADE 
Segundo o anexo 10, todas as atividades ou operações 
executadas em locais alagados ouencharcados são 
consideradas insalubres. A umidade excessiva pode 
desencadear em danos à saúde dos trabalhadores. 
É preciso realizar um laudo de inspeção no local de 
trabalho. 
VIBRAÇÕES 
O anexo 8 estabelece critérios para caracterização da 
condição de trabalho insalubre decorrente da 
exposição às vibrações de mãos e braços e de corpo 
inteiro. Um deles é a falta de proteção adequada e 
tempo excessivo de exposição. 
É necessária a realização de um laudo de perícia no 
local. Ele deve ser conduzido conforme os limites de 
tolerância da organização internacional para a 
normatização (ISO). 
 
 
BiancaLouvain 
 
 
3 
NR 16 – atividades e operações perigosas 
A NR-16 trata diretamente as atividades que 
exponham os trabalhadores a riscos constantes, com 
potencial de causar danos a sua segurança e saúde. 
São situações em que o trabalhador está 
constantemente em risco e exposto. 
Exemplo: frentista. 
Não é possível determinar um nível de tolerância. É 
perigoso e ponto. 
Diferente da insalubridade que pode ser controlada 
abaixo dos limites de tolerância, a periculosidade 
mantém o trabalhador exposto, devido a metodologia 
de trabalho ou a própria natureza da atividade. 
Trabalhadores que atuem em atividades perigosas 
deverão receber um valor indenizatório, equivalente a 
30% do seu salário base em carteira. 
A norma regulamentadora 16 da Portaria 3.214 de 
1978 define as atividades e operações perigosas, 
atuando diretamente sobre as atividades que 
contenham grau de risco permanente, devido à 
natureza ou método de trabalho e que exponham o 
trabalhador a condições permanentes de risco. 
• O que é periculosidade? Periculosidade é a 
condição de trabalho que exponha o trabalhador 
constantemente a riscos que possam causar danos 
a sua saúde e segurança, devido a própria natureza 
das atividades ou métodos de trabalho; 
• O que é insalubridade? Insalubridade é definida 
através da presença de agentes de risco que 
possam causar danos à saúde do trabalhador, e 
que estejam acima dos limites de tolerância 
descritas na NR-15. 
As atividades são divididas em: atividades que 
envolvam combustíveis e materiais inflamáveis, que 
envolvam explosivos, que atuem com energia elétrica, 
segurança pessoal ou patrimonial, atividades que 
envolvam substâncias radioativas e atividades 
realizadas por motociclistas. 
TIPOS DE LAUDOS EMITIDOS POR MÉDICO DO TRABALHO 
OU POR ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
• Laudo de insalubridade: NR-15. 
O laudo técnico de insalubridade é o documento que 
avalia se os empregados trabalham expostos a agentes 
físicos, químicos ou biológicos capazes de causar danos 
à sua saúde, considerando os limites máximos de 
tolerância estabelecidos pela legislação vigente. 
O laudo estabelece se os empregados têm direito a 
receber o adicional de insalubridade, que varia entre 
10%, 20% ou 40% do salário mínimo, dependendo do 
agente prejudicial a que estão expostos. 
Os critérios técnicos que devem ser considerados na 
confecção do laudo são estabelecidos pela NR-15. 
 
 
• Laudo de Periculosidade: NR-16. 
O laudo de periculosidade é um documento obrigatório 
a todas às empresas que possuam empregados, cujas 
atividades ou operações os expõem a riscos, que por 
sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem em 
contato permanente com explosivos, energia elétrica 
ou inflamáveis em condições de risco acentuado. 
O objetivo do laudo é identificar os riscos do ambiente 
de trabalho, a fim de prevenir acidentes, e concluir se 
há ou não periculosidade. 
Os critérios técnicos que devem ser considerados na 
confecção do laudo são estabelecidos pela NR-16. 
NR 17 – norma da ergonomia 
Qual atividade o profissional faz? A ergonomia vai ser 
diferente de acordo com a profissão, de acordo com a 
atividade exercida e exposta. 
Exemplo: quem manuseia mais o leito do paciente? 
A NR-17 é conhecida como norma da ergonomia. Isso 
porque, essa regulamentação trata sobre a saúde 
ocupacional do colaborador. A ergonomia, no entanto, 
pode ser aplicada em todo e qualquer local de 
trabalho. 
A ergonomia é considerada o estudo do 
relacionamento entre o homem e o seu trabalho, 
equipamento e ambiente de trabalho e dispositivos 
que possam ser utilizados com o máximo de conforto, 
segurança e eficiência. 
O entendimento do ministério do trabalho para a 
questão da ergonomia se vale dos altos índices de 
doenças ocupacionais e compreende que o cuidado e 
manutenção da saúde do trabalhador pode ajudar as 
empresas a manter a qualidade de vida e reduzir os 
afastamentos por doenças. 
A NR-17 normatiza sobre: 
• Levantamento e transporte individuais de 
carga/materiais, mobílias e equipamentos dos 
postos de trabalho; 
• Condições ambientais de trabalho (iluminação, 
ruídos, etc); 
• Organização do trabalho; 
• Trabalho dos operadores de checkout e trabalho 
em teleatendimento/telemarketing. 
Além de regulamentar as questões pertinentes à 
ergonomia, visa estabelecer parâmetros para a 
adaptação das condições de trabalho às características 
psicofisiológicas dos trabalhadores, propiciando o 
máximo de conforto, segurança e desempenho 
eficiente. 
A ergonomia abrange o meio em que o homem 
trabalha e os instrumentos, as matérias primas, os 
métodos e a organização desse trabalho, além de 
relacionar a tudo a natureza do próprio homem que 
inclui suas habilidades, capacidades e limitações. 
BiancaLouvain 
 
 
4 
A NR-17 tem como objetivo estabelecer os parâmetros 
que permitam a adaptação das condições de trabalho 
às características psicofisiológicas dos trabalhadores, 
de modo a proporcionar um máximo de conforto, 
segurança e desempenho eficiente. 
A NR-17 é de grande importância visto que a maioria 
das doenças do trabalho são desenvolvidas a partir da 
exposição ao risco ergonômico como: trabalhos 
realizados em pé durante toda a jornada, esforços 
repetitivos (LER), levantamentos de cargas e 
monotonia. 
Além da saúde do trabalhador o desconforto do 
trabalho pode envolver também a baixa produtividade 
nas empresas e, portanto, o não cumprimento desta 
norma não é vantajoso em nenhuma circunstância. 
RISCOS ERGONÔMICOS 
As condições de trabalho são representadas por um 
conjunto de fatores interdependentes, que atuam, 
direta ou indiretamente, na qualidade de vida de quem 
trabalha e nos resultados obtidos por eles. 
O homem, a atividade e o ambiente laboral são os 
elementos componentes da situação de trabalho. 
Vários são os fatores de riscos laborais: físicos, 
químicos, biológicos, ergonômicos, psicossociais, 
mecânicos e acidentais. 
• Riscos ergonômicos: esforço físico intenso, postura 
inadequada, situações de estresse físico e 
psicológico, ritmo excessivo de trabalho, jornadas 
de trabalho ininterruptas que podem provocar 
distúrbios psicológicos e fisiológicos ao 
trabalhador prejudicando sua vida produtiva. 
Exemplo: médico que dá um plantão atrás do outro 
por vários dias. 
A carga de estressores mentais possui importante 
influência no desenvolvimento de dores musculares no 
trabalhador que se for exposto a extensas jornadas de 
trabalho, por exemplo, desgaste físico que acarreta em 
estresse, desmotivação, sonolência, queda na 
qualidade de serviço e baixa autoestima, entre outros 
problemas. 
Considera-se a carga de trabalho, que é o resultado da 
inter-relação entre os elementos do processo de 
trabalho + reflexos no corpo do trabalhador, 
resultando em dores, lesões e adoecimentos como um 
nexo causal biopsíquico. Portanto, tem que analisar o 
processo de trabalho, compreendendo suas 
particularidades, para poder investigar a carga de 
trabalho e o seu desfecho. 
Embora não sejam doenças recentes, as LER/DORT 
vêm assumindo caráter epidêmico, sendo patologias 
crônicas e recorrentes, de terapia difícil, gerando que 
não se resume apenas ao ambiente de trabalho, 
levando incapacidade para a vida. 
 
LER E DORT 
• LER: lesões por esforços repetitivos. 
• DORT: doenças osteomusculares relacionadas ao 
trabalho – são responsáveis pela alteraçãodas 
estruturas osteomusculares – tendões, 
articulações, músculos e nervos. 
LER é uma síndrome constituída por um grupo de 
doenças (tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, 
síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho) que 
afeta músculos, nervos e tendões dos membros 
superiores e sobrecarrega o sistema 
musculoesquelético. Provoca dor e inflamação e pode 
alterar a capacidade funcional da região 
comprometida. 
DORT é uma “síndrome clínica” caracterizada por dor 
crônica, acompanhada ou não por alterações objetivas 
e que se manifesta, principalmente, no pescoço, 
cintura escapular e/ou membros superiores em 
decorrência do trabalho (INSS/1998). 
DORT foi introduzida para substituir a sigla LER, pelas 
razões: 
• A maioria dos trabalhadores com sintomas no 
sistema musculoesquelético não apresenta 
evidência de lesão em qualquer estrutura; 
• Além do esforço repetitivo (sobrecarga dinâmica), 
outros tipos de sobrecargas no trabalho podem ser 
nocivas para o trabalhador como sobrecarga 
estática (uso de contração muscular por períodos 
prolongados para manutenção de postura), 
excesso de força, uso de instrumentos que 
transmitam vibração excessiva, trabalhos 
executados e posturas inadequadas. 
Doenças crônicas relacionadas ao trabalho mais 
prevalentes no Brasil são os cânceres, os transtornos 
mentais, as LER e DORT. 
LER e DORT representam 67.599 casos entre os 
trabalhadores do país nos últimos 10 anos. 
Sendo mais frequente em mulheres, decorrentes de 
diferenças anatomofisiológicas em relação aos homens 
(altura, peso, composição osteomuscular, além de 
outros como a “dupla jornada” assumida pelas 
mulheres). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BiancaLouvain 
 
 
5 
ERGONOMIA 
• Ergonomia física – se ocupa das características da 
anatomia humana, antropometria, fisiologia e 
biomecânica, relacionando-os com a atividade 
física; 
• Ergonomia cognitiva – se ocupa dos processos 
mentais, como a percepção, memória, raciocínio e 
resposta motora, relacionados com as interações 
entre as pessoas e outros elementos de um 
sistema (carga mental, tomada de decisões, 
interação homem-computador, estresse ou 
treinamentos); 
• Ergonomia organizacional – é a comunicação no 
ambiente de trabalho, projeto de trabalho, 
programação do trabalho em grupo, projeto 
participativo, trabalho cooperativo, cultura 
organizacional, organizações em rede, teletrabalho 
e gestão de qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES PROFISSIONAIS 
Especificamente em relação às atividades profissionais, 
sabe-se que o sistema osteoarticular pode ser agredido 
por fatores relacionados ao: 
• Transporte de cargas inadequado, levantamentos 
repetitivos, horas excessivas de trabalho, 
condições ambientais do posto de trabalho e pela 
própria organização do trabalho. 
Cargas excessivas: pacientes acamados e com o 
excesso de esforço físico ao transportá-los por equipe 
insuficiente. 
• Tipos de transportes, equipamentos utilizados, 
espaço físico disponível e segurança e conforto do 
colaborador. 
Cargas excessivas: existem duas formas de trabalho, o 
estático e o dinâmico. 
• O trabalho estático pode lesionar articulações, 
tendões e ligamentos. Manter-se em pé, em um 
mesmo local por longo tempo, não só causa fadiga 
muscular como também um desconforto que é 
produzido por retorno venoso insuficiente. 
Alterar a postura durante a jornada de trabalho. 
Por que investir na ginástica laboral? 
A ginastica laboral é uma série de exercícios praticados 
no local de trabalho com o objetivo de proporcionar 
boas condições físicas e mentais à equipe. 
A ginástica laboral é baseada em técnicas de 
alongamento, respiração, reeducação postural, 
controle e percepção corporal e compensação dos 
músculos. 
Benefícios da ginástica laboral no ambiente de 
trabalho. 
• Prevenção de doenças laborais; 
• Redução do sedentarismo; 
• Melhora o condicionamento físico 
• Reduz a fadiga; 
• Combate tensões; 
• Melhora a autoestima. 
• Aumento da produtividade. 
• Diminuição dos afastamentos. 
 
 
BiancaLouvain