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OPTOMETRIA 1 REVISÃO FC Funcional FASUP FC Funcional FASUP Demanda Visual Ocupação Hobbies Qualidade da Correção visual Dt. último exame Ajuda óptica prescrita FC Funcional FASUP ANAMNESE A arte de recordar ou de adquirir memória Do grego anámnesis: “recordação” Parte do exame clínico em que se reúnem os dados pessoais e familiares do paciente anteriores à queixa atual, assim como do seu trabalho e ambiente e condições socioeconômicas Anamnese – Requisitos do examinador Criar um ambiente agradável Linguagem compreensível ao paciente Gerar Confiança ao ouvir atentamente ao paciente Empatia Habilidade em direcionar a anamnese FC Funcional FASUP O sucesso da anamnese está na observação das informações não verbais do paciente: Dificuldades de comunicação. Dificuldades de marcha Excesso ao piscar Sensibilidade a luz Posição compensatória de cabeça Outros FC Funcional FASUP É a razão pela qual o paciente veio a consulta. 1. O motivo deve ser detalhado pelo examinador, quanto: Há quanto tempo tem a queixa Horário e frequência que ocorre Correlacionar se a queixa esta associada ou não a atividades visuais. 2. O MOTIVO DA CONSULTA deve ser anotado TEXTUALMENTE conforme relatado pelo paciente. Exemplo: Paciente relata ter “dor nas vistas” ao ler de perto. FC Funcional FASUP FC Funcional FASUP Cardiovascular HAS Hipertensão Arterial Sistemica Vasculares AVC AVE Trombose Aneurisma Arterioesclerose Erisipela FC Funcional FASUP FC Funcional FASUP Doenças Neurológicas Alzeimer Mal de Parkinson Ansiedade Depressão FC Funcional FASUP FC Funcional FASUP ANTECEDENTES PESSOAIS GERAIS Enfermidades sistêmicas: DIABETES E HIPERTENSAO ARTERIAL. Enfermidades autoimunes: Lúpus, Vitiligo, etc QUAL O TIPO DE CONTROLE? Dieta ou medicamentos. Quais medicamentos usa? Alergias ou sensibilidades? Em mulheres gravidez prévia e verificar o uso de anticoncepcionais. Descrever tratamentos oftalmológicos prévios, drogas oculares e sistêmicas utilizadas no momento da consulta. FC Funcional FASUP FC Funcional FASUP ANTECEDENTES PESSOAIS OCULARES Defeito refrativos, corrigido ou não. Caso use correção visual: óculos, LC ou ambos. Quanto tempo usa correção visual. Tipo de uso da correção: constante, eventual ou não usa. Qualidade da correção: Conforto ou não Alterações oculares: caspa, conjuntivite, lacrimejamento, olho vermelho, traumas oculares e cirurgias oculares. FC Funcional FASUP ANTECEDENTES FAMILIARES 1. Oculares: Doenças oculares, erros de refração, doenças oculares de herança genética (retinose pigmentar). Ocorrência de cegos ou portadores de baixa visão. 2. Gerais: Doenças sistêmicas (diabetes e hipertensão arterial). FC Funcional FASUP FC Funcional FASUP SINAIS E SINTOMAS 1. Sintomas: tudo o que a paciente relate sentir. Subjetivo, a obtenção da informação depende do relato do paciente. Ex: dor ocular, coceira, ardência. 2. Sinal: toda manifestação física de uma enfermidade e/ou defeito refrativo. Objetivo, a obtenção da informação depende somente da observação do examinador. Ex: olho vermelho, pálpebra caída, olho desviado. Os sinais e sintomas devem ser descritos em termos clínicos. 18 ACUIDADE VISUAL 1. Definição: Quantificação da clareza da visão ou a habilidade do sistema visual em perceber detalhes. Define-se como a capacidade de identificar objetos muito pequenos (letras, números ou figuras), de acordo a uma escala de tamanhos diferentes disposta a uma distância determinada e com iluminação constante e regular. Medida objetiva ou subjetiva. 2. Pré-requisitos: Precisão do enfoque retiniano. Integridade dos elementos neurológicos do olho. Capacidade interpretativa do cérebro. ACUIDADE VISUAL A medida da AV deve ser feita imediatamente após a ANAMNESE. A determinação e melhoramento da acuidade visual são os propósitos básicos de toda prática refrativa. A AV é um dos componentes do sentido da visão A tomada de AV é um ato clínico importante pelas informações que contém, bem como as correlações clínicas, refrativas e patológicas que se pode suspeitar através dela. ACUIDADE VISUAL Classificação da AV Acuidade visual central: esta é tomada para longe e perto e avalia a área macular da retina. Acuidade visual periférica: corresponde à periferia da retina e é avaliada através dos exames de campo visual. Visão cromática e de contraste: é avaliada através dos testes de visão de cores e de sensibilidade ao contraste. OPTOTIPOS Optotipo de visão de longe São figuras destinadas a determinar o valor da Acuidade Visual (AV). OPTOTIPO de LONGE OPTOTIPO de PERTO 25 OPTOTIPOS Cada letra do optotipo pode ser colocada em um quadrado cujo o tamanho é cinco vezes maior que o braço que compõe a letra. Este quadrado, ou seja, a letra completa forma um ângulo visual de 5’ quando vistos a uma distância específica. A avaliação da AV depende do tamanho do ângulo visual. Para produzir uma imagem o objeto deve ter um ângulo visual mínimo de um minuto (1’). Mínimo visível Determinação da acuidade visual na percepção da menor superfície, cuja luminosidade é diferente do fundo no qual ela se apresenta. Contraste mínimo visível do objeto. Uma linha preta sobre um fundo branco é perceptivel devido aos estimulo dos cones, formando contraste. Mínimo Separável Gil Del Rio, o mínimo separável corresponde a distancia em que na retina ocupa um cone da Fóvea. O ângulo visual mínimo esta determinado pelo tamanho dos cones da Fóvea. O ângulo de visão, juntamente com a distância é que determina o valor do tamanho da letra e de seu mínimo separável. Para se produzir uma imagem do tamanho mínimo é necessário o objeto ter uma ângulo visual mínimo de 1’. Mínimo reconhecível Capacidade do sistema visual de reconhecer corretamente formas ou objetos ou sua orientação. Segundo Gil del Rio, o tamanho da imagem retiniana é diretamente proporcional ao tamanho real do objeto visto e inversamente proporcional a distancia deste objeto. Equivalência entre tabelas de Optotipo Fatores que modificam a AV Iluminação do Ambiente Fotópica Mesópica Escotópica Diâmetro Pupilar Miose Midríase Defeitos Refrativos Distância Estado fisiológico Iluminação e Contraste Movimentos oculares durante a fixação. TIPOS DE AV – Segundo Optotipo Morfoscópicas Baseia-se no mínimo separável e refere-se a AV medida com optotipos em linha. TIPOS DE AV – Segundo o Optotipo Angular Baseia-se no mínimo visível. Optotipos de cartelas individuais de figuras ou caracteres. É utilizada geralmente em casos de ambliopia ou para crianças muito pequenas e não colaboradoras. TIPOS DE AV B. SEGUNDO A VISÃO DE CADA OLHO OU AMBOS 1. MONOCULAR: toma-se a AV em cada olho por separado. Começando sempre pelo OD (olho direito) e OE (olho esquerdo ocluído) e vice-versa. 2. BINOCULAR: toma-se com ambos os olhos desocluídos, em visão de longe e visão de perto, sem correção e com correção, sendo sempre maior que a monocular. Deve-se levar em conta que não exista uma diferença maior de duas linhas entre a visão de ambos os olhos, para que a avaliação da AV em ambos os olhos seja sensata. TIPOS DE AV C. SEGUNDO A DISTÂNCIA DO OPTOTIPO Visão de longe: 6 metros Visão de perto: 33 cm a 40 cm D. SEGUNDO A CORREÇÃO S/C (sem correção óptica) C/C (com correção óptica) Tomada de AV - Objetivos Conhecer a capacidade de discriminação visual monocular do paciente. Anotar quantitativamente, ou qualitativamente a acuidade visual. Anotar a AV inicial para comparar com os dados finais do paciente (correlação de dados). Medir a acuidade binocular do paciente. Tomada de AV – Req. do examinador Estar emetropizado. Conhecer amplamente o teste empregado. Habilidade em manusear diferentestestes. Manter a atenção no paciente de forma a observar se realiza alguma manobra para visualizar melhor o optotipo. Jamais pressionar o paciente a ler algum outro nível visual. A leitura deve ser feita de forma sem esforço. Inclina a cabeça Gira a cabeça MANOBRAS – Compensação de cabeça Aproxima-se do optotipo Fenda Palpebral Manobras Tomada de AV VL PROCEDIMENTO A tomada de AV de ser feita com a correção habitual do Px para a distância que se vai medir (com correção - CC) e sem correção (SC). Será medida a AV de VL e VP em todas as idades. Começa-se o teste do OD, e repete-se todo o procedimento para OE. Peça ao paciente que segure o oclusor. Apresente a tabela segundo idade e escolaridade Observar sempre o paciente e nunca a tabela de optotipo (Ideal que o optometrista memorize a tabela). Peça ao paciente que oclua o olho esquerdo e que não feche o olho ou mude a posição da cabeça. Pergunte ao paciente até que linha consegue enxergar claro e nítido. Se o paciente consegue ler mais da metade da linha passe para a linha mais abaixo ou de acuidade visual mais exigente. Se o paciente não consegue ler a linha 20/200 da tabela a 6 metros, os seguintes passos devem ser tomados: Tomada de AV VL Paciente não lê a primeira linha do optotipo a 6m (20/200) Aproxime o paciente a 3m do optotipo. Se o paciente consegue ler a primeira linha, anota-se AV 20/400. Paciente não lê a primeira linha do optotipo a 3m (20/400) Aproxime o paciente a 1,5m do optotipo. Se o paciente consegue ler a primeira linha, anota-se AV 20/800 Paciente não lê a primeira linha do optotipo a 1,5m (20/800) Aplica-se o teste de conta dedos (CD): Apresentar uma série de dedos da mão a uma distância de 50 cm. Pergunte ao paciente quantos dedos vê. Se o paciente consegue responder corretamente, anota-se AV CD Tomada de AV VL Paciente não consegue ver conta dedos (CD). Aplica-se o teste movimentos de Mão: (MM) A 50 cm do paciente movimente a mão e pergunte se ele vê Se o paciente consegue ver nota-se MM a 50cm. Paciente não consegue ver o movimentos da mãos (MM). Aplica-se o teste de projeção e percepção de luz (PPL): Segure uma lanterna ou trans-iluminador em distintas áreas do campo visual a uma distância de 50 cm do paciente. Paciente não consegue ver a projeção e percepção de luz (PPL) Aplica-se o teste de percepção de luz (PL): incida a luz diretamente ao paciente e pergunte se consegue ver. Se o paciente consegue ver o ponto de luz, anota-se AV PL Se o paciente consegue ver a projeção e percepção de luz, anota-se AV PPL Tomada de AV VL Paciente não consegue ver a percepção de luz (PL) Se o paciente consegue ver o os fosfenos, anota-se AV PF (percepção de fosfenos) Paciente não consegue perceber fosfenos (PF) Se o paciente não consegue PF, anota-se amaurose. Ou seja, paciente não enxerga. Aplica-se o teste de percepção de FOSFENOS. Com uma lanterna ou transiluminador, encoste-o por cima da pálpebra do paciente e pergunte se ele vê. Tomada de AV com FURO ESTENOPÊICO Princípio fisiológico: O furo estenopêico aumenta a profundidade de foco do paciente e diminui as aberrações retinianas. Objetivo: Determinar se a diminuição de acuidade visual pode ser corrigida com lentes. Indicação: Acuidades visuais inferiores a 20/30 com a melhor correção óptica ou habitual. Aplica-se somente em visão de longe e o paciente sem correção. Teste Monocular. . Informe ao paciente que será colocado um pequeno buraco (PH) e que deve tratar de olhar as letras através dele. Paciente deve ler novamente o optotipo até a melhor linha de AV. 1. O PH deve ser colocado no olho com acuidade inferior a 20/30. O outro olho deve estar ocluído. 2. Solicite que o paciente leia novamente o optotipo e anote a acuidade obtida com a aplicação do PH. 3. Repita o teste no outro olho caso, este também tenha obtido acuidade inferior a 20/30. Tomada de AV com FURO ESTENOPÊICO Interpretação do PH Melhora a A.V. em casos de: MIOPIA, ASTIGMATISMO MIÓPICO, ceratocone , paralisia de acomodação, opacidades corneais que não afetam a área pupilar. Não melhora a A.V. em casos de: Iridocliclite , uveíte , retinite , afecção do nervo óptico , edema corneal, catarata, lesões que afetem a visão central, HIPERMETROPIAS ALTAS, ASTIGMATISMOS HIPERMETRÓPICOS , AMBLIOPIA. FURO ESTENOPÊICO Se a acuidade visual com o furo estenopêico melhorar, este indica que é devido a um erro refrativo não corrigido. Espera-se que com a retinoscopia a acuidade visual alcançada seja melhor do que a AV com PH. O emprego deste elemento e seu método ajudam também nos procedimentos do subjetivo, especialmente para os casos de pacientes que não recuperam a AV com a melhor correção obtida; é uma maneira de comprovar a capacidade visual do paciente Tomada de AV VP Entregue o optotipo de Perto. Coloque na distância de 33cm do paciente. Oclua o OE e peça que o paciente leia com OD até a menor linha que consiga. A acuidade VP será a linha que leu. Ex.: leu a linha correspondente a J2. AV VP OD J2. Repita o mesmo procedimento com OE. Caso o paciente em um ou em ambos os olhos não leu sequer a ultima linha (J6). Deve-se anotar AV VP OD J6- . Não se aplica o teste de PH em VP. De Snellen a LogMar A comunidade científica hoje, reconhece como mais avançada e ideal para a tomada de AV somente as tabelas LogMar. As tabelas de Snellen hoje são consideradas ultrapassadas Optotipos de Snellen Nomeada de tabela de Optotipos Snellen devido ao seu criador Hermann Snellen, oftalmologista que a desenvolveu em 1862. A tabela de Snellen consiste de 11 linhas com com blocos de letras em linhas. A primeira linha consiste de uma letra bem grande sozinha que pode ser E, H ou N. As linhas subseqüentes apresentam um número variável de letras por linha. As letras nas linhas decrescem em tamanho. Cada letra é perfeitamente colocada em quadrado que pode ser subdividido em 25 partes. Cada letra é feita baseada no ângulo de 5’. A escolha da distancia de 6m foi arbitrária. Desvantagens de Snellen Nível de legibilidade entre letras diferente (O e E). Progressão não uniforme do tamanho das letras. Diferentes números de letras por linha. Espaço entre as letras de uma linha e entre as linhas variável. Habilidade de distinguir as letras é influenciada pelo nível cultural ou experiências passadas. Resultados imprecisos em pacientes de baixa visão. De Snellen a LogMar Três conceitos podem ser considerados os principais consensos que devem ser incorporados na construção de tabelas para medida da acuidade visual: o aumento do tamanho do optotipo ao longo da ta- bela deve ser em progressão geométrica com razão de = 0,1 log, ou 1 decibel, ou aproximadamente 1,26, como proposto por Green em 1905 os optotipos usados devem ter legibilidade similar). espaçamentos entre as linhas devem ser iguais ao tamanho do optotipo da linha inferior(. De Snellen a LogMar Os primeiros a idealizar uma tabela de medida da acuidade visual que visava satisfazer esses critérios foram Bailey e Lovie em 1976. Bailey e Lovie propuseram o uso de 5 letras como optotipos. A tabela foi desenvolvida baseada no cálculo matemático de Log do mínimo angulo de resolução (ângulo visual expresso em minutos de arco). Bailey Lovie De Snellen a LogMar A tabela Bailye Lovie foi a principal base para o desenvolvimento, em 1982, da tabela que é hoje uma das mais aceitas mundialmente como padrão: a denominada ETDRS. Early Treatment of Diabetic Retinopaty Study. O Layout da tabela de Bailye Lovie foi combinado com as 10 letras de SLOAN dando origem as tabelas que hojem se denominam ETDRS. ETDRS 55 Log Mar Igual número de letras por linha. Espaço regular entre linhas e letras. Progressão uniforme do tamanho das letras. Uma grade mais fina de AV permite um precisão maior nos resultados. Aplicável em pacientes com baixa visão. VANTAGENS DESVANTAGEM:Alto custo de aquisição COMPARATIVO OPTOTIPO DE SNELLEN Progressão irregular dos tamanhos das letras. Numero variável de letras nas diferentes linhas. Dificuldade variável na identificação das diferentes letras. (legibilidade) A distância entre as letras nas não é uniforme. Usa a fonte Sherrifs OPTOTIPO LOGMAR Progressão uniforme do tamanho das letras. (PG) Mesmo número de letras nas diferentes linhas. As letras apresentam o mesmo nível de dificuldade. (legibilidade) A distancia entre as letras é igual a largura da letra. Usa a fonte SLOAN.
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