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Questões - Avaliação On-line (AOL) DOL ciências sociais

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1)Compreender a humanidade, tal como compreender o que diferencia os seres humanos das demais formas de vida, foi um tema pleiteado por uma série de pensadores. Esses, em suas incansáveis buscas, listaram porquanto característica substancial à racionalidade. Ademais, Aristóteles listaria um outro ponto: a historicidade. 
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre as bases epistemológicas, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
I. ( ) A racionalidade aristotélica diz respeito à forma metódica e calculista implantada no sistema político em que o autor viveu.
II. ( ) O conceito de racionalidade diz respeito à compreensão dos indivíduos a respeito do mundo que lhes cerca.
III. ( ) O conceito aristotélico de historicidade significa a obtenção de conhecimentos a partir das sensações externas.
IV. ( ) De acordo com o conceito aristotélico, os seres humanos têm consciência de seu lugar no mundo, tal qual sua capacidade transformadora.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
F,V,F,V
2)Leia o trecho a seguir:
“Ao tratar dos conceitos de doxa e episteme na obra de Platão, tem-se de levar em conta uma evolução desses termos no que se refere a sua precisão terminológica. Pode-se assinalar que nos primeiros diálogos esses termos apresentam certas nuanças terminológicas que não correspondem, precisamente, ao compreendido no dialogo da República. Nesses primeiros diálogos, doxa e episteme estão sempre mesclados a outros conceitos e só podem ser definidos a partir da relação dialética entre eles. Isso faz com que tais conceitos se modifiquem durante o primeiro período da obra platônica.”
Fonte: FRANKLIN, K. O conceito de doxa e episteme como determinação ética em Platão. Educar em Revista, n. 23, Curitiba. Jan/jun. 2004.
Considerando este excerto e o conteúdo estudado, para Platão, o que caracteriza a episteme em oposição à doxa é estar:
referido ao que é inteligível, imutável e universal.
3)Leia o trecho a seguir:
“Como vimos, as crenças são um caso especial de performance, performances epistêmicas: quando uma crença é corretamente atribuída à competência exercida nas suas condições apropriadas, isto conta como apta e como conhecimento de um tipo, conhecimento animal.”
Fonte: SOSA, E. A Virtue Epistemology: Apt Belief and Reflective Knowledge. Oxford: Oxford University Press, 2007, v. 1, p. 93. (adaptado).
Com base no texto acima, de Sosa, principal teórico no que tange a epistemologia da virtude, e no conteúdo estudado sobre o confiabilismo, pode-se afirmar que:
o externalismo entende que o agente, mesmo não sabendo como conduzir um procedimento confiável, pode produzir conhecimento.
4)Leia o trecho a seguir:
“Tomando qualquer proposição, podemos perguntar, para qualquer sujeito em qualquer momento, qual é a alternativa mais razoável: crer, descrer ou suspender o juízo sobre a proposição, p. Considerando tal questão, temos as seguintes possibilidades: (a) crer que p é mais razoável do que suspender o juízo sobre p; (b) crer que p é mais razoável do que descrer que p; (c) suspender o juízo sobre p é mais razoável do que crer que p; (d) suspender o juízo é mais razoável do que descrer que p; (e) descrer que p é mais razoável do que crer que p; (f) descrer que p é mais razoável do que suspender o juízo sobre p.”
Fonte: ALSTON, W. Concepts of Epistemic Justification. Philosophy Documentation Center, [s.I], v. 68, n. 1, 1996, p. 289. (adaptado).
Considerando o texto apresentado e os conteúdos abordados na unidade sobre justificação epistêmica em diferentes níveis, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. O grau de justificação pode se modificar na medida em que se alterem as informações acerca do fato analisado.
Porque:
II. A justificação pode ser adquirida ou perdida, ausentes ou presentes informações sobre o fato em comento.
A seguir, assinale a alternativa correta:
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e II é uma justificativa correta de I.
5)Platão, no decorrer de sua obra, transcreveu uma série de diálogos, sendo grande parte deles compostos pela figura de Sócrates, do qual o pensador em questão foi aluno. Nos estudos centrados à epistemologia, um desses diálogos mais importantes será o Teeteto, a respeito do que seria uma definição tradicional de conhecimento, que, para Platão, era uma crença verdadeira justificada.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre crença justificada, é possível defini-la enquanto:
as etapas para se afirmar, deter um conhecimento efetivo.
6)Quando aprofundamos nossos conhecimentos no seio do desenvolvimento epistemológico, tomamos nota de dois conceitos-chave que possibilitam a compreensão acerca do que é o conhecimento – tal como suas tipologias. É nesse cenário que emergem os termos episteme e doxa.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre doxa, analise as afirmativas a seguir
I. Doxa é um termo que diz respeito à busca pelo arché. 
II. Doxa pode ser entendido como um juízo de valor apenas momentâneo
III. Doxa corresponde ao conceito vital de tópicos da filosofia medieval.
IV. Aos olhos de Platão, a doxa, junto da episteme, se apresentava enquanto uma antinomia do pensamento.
V. A doxa, por não ser justificada, não é ética.
Está correto o que se afirma em:
II, IV e V
7)Ao nos referirmos aos termos doxa e episteme – originados a partir das obras de Parmênides, filósofo pré-socrático – é interessante refletirmos sobre como eles transpassaram séculos, estando presentes também nas obras de Platão, Aristóteles, e até mesmo Karl Mannheim ou Michel Foucault.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre a episteme no campo das ciências sociais, podemos dizer que essa significa:
um conhecimento científico que faz oposição ao senso comum.
8)Leia o excerto a seguir:
“Que significa [...] dizer que alguém conhece alguma coisa? Para responder claramente a isto, temos primeiro de especificar com precisão o que está a ser perguntado, pois a palavra ‘conhecer’ tem uma grande variedade de usos e significados.”
Fonte: CORNMAN, J. W.; LEHRER, K.; PAPPAS, G. S. Pilosophical Problems and Arguments: An introduction. New York: Macmillan Publishing Co., Inc., 1983, p. 42-44.
Muitos pensadores ao longo da história se ocuparam da noção de formação de conhecimento e de seus meandros. Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre a definição de conhecimento, analise as afirmativas a seguir:
I. Em Platão, para formação de conhecimento, é necessário uma crença, a verdade e justificação.
II. Para Gettier, há uma gama de elementos que, em virtude de se adequarem à definição clássica atrelada ao conhecimento, também se apresentam como um tipo de conhecimento.
III. Gettier vê a escassez que cerceia a definição tripartida do que seria conhecimento, e dá uma definição quadripartida, acrescentando um pressuposto à definição clássica.
IV. Como resposta aos contraexemplos de Gettier, surge uma reação que propõe uma nova definição de conhecimento, substituindo a condição de justificação por outras. 
Está correto o que se afirma em:
I e II
9)Leia o excerto a seguir:
“A doutrina aristotélica do meio-termo representa todas as virtudes como um equilíbrio entre os vícios do excesso e os do defeito. O homem que tudo teme é um covarde, mas o homem que nada teme é precipitado. O homem que se permite todos os prazeres é autocomplacente, mas o homem que não se permite nenhum é um bárbaro. Uma ideia parecida estava já presente no Filebo de Platão e deriva de Pitágoras. A doutrina é, além disso, muito importante para o confucionismo.”
Fonte: BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de Filosofia. Consultoria da edição brasileira, Danilo Marcondes. Tradução de Desidério Murcho et al. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, p. 210.
É Aristóteles, discípulo de Platão, quem forma um conceito de virtude. Na epistemologia moderna, discute-se que a análise epistêmica não deve mais ater-se ao conhecimento em si e na natureza de sua crença, mas sim às habilidades ecaráter do agente; à suas competências, resultado de suas virtudes. Considerando essas informações e o conteúdo estudado acerca da chamada epistemologia da virtude, podemos afirmar que:
A aquisição de conhecimento se relaciona com a habilidade para o alcance da verdade, devendo excluir do parâmetro de análise crenças ou padrões pessoais.
10)Leia o trecho a seguir:
“Externalismo e internalismo são duas formas de abordar a questão na natureza da justificação, e é natural que essas duas abordagens conduzam a dois ou mais conceitos distintos, a despeito de usarem o mesmo termo ‘justificação’.”
Fonte: ROSA, L. Sobre a natureza da justificação: internalismo e externalismo. [s.I], v. III, n. 32 e 33 /2009.2 e 2010.1, p. 183/220.
O excerto acima trata do debate internalismo e externalismo dentro do ramo filosófico que discute a teoria do conhecimento. Há autores que argumentam sobre a complementação desses, enquanto outros entendem que as concepções de análise devem independer-se entre si. Considerando essas informações e o conteúdo estudado, podemos afirmar que:
o internalismo defende a posição de que o conhecimento pode ser justificado a partir da relação entre crenças, existindo ainda uma relação vertical entre elas.
11)Leia os trechos a seguir:
“Ídolo […]. Estátua, figura, ou imagem que representa uma divindade e que é objeto de adoração. […] Objeto de grande amor, ou de extraordinário respeito.”
“Idolatrar […]. Praticar a idolatria; adorar ídolos […] Amar, adorar (alguém ou alguma coisa) excessivamente […].”
Fonte: ÍDOLO; IDOLATRAR. In: Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. São Paulo: Mirador Internacional, 1980, p. 943.
Quando refletimos sobre o significado do termo “ídolo” nos dicionários é evidente sua dessemelhança em relação à obra de Bacon. Se no dicionário ele corresponde a um sentido permeado pela religião, para Bacon este corresponde a uma série de entraves para o conhecimento. Com base nessas informações e no conteúdo estudado sobre a teoria dos ídolos para Francis Bacon, associe cada tipo de ídolo a seu respectivo significado:
1. Ídolos da tribo.
2. Ídolos da caverna.
3. Ídolos do foro.
4. Ídolos do teatro.
( ) Ídolo associado à prisão do homem à sua própria individualidade e valores.
( ) Ídolo associado aos vícios metodológicos nas ciências e na filosofia.
( ) Ídolo associado ao mau uso da linguagem.
( ) Ídolo associado às percepções preliminares dos indivíduos.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
2,4,3,1
12)Leia o excerto a seguir:
“[…] considerei em geral o que é necessário a uma proposição para ser verdadeira e certa, pois, como acabara de encontrar uma proposição que eu sabia sê-lo inteiramente, pensei que devia saber igualmente em que consiste essa certeza. E, tendo percebido que nada há no ‘penso, logo existo’ que me assegure que digo a verdade, exceto que vejo muito claramente que, para pensar, é preciso existir, pensei poder tomar por regra geral que as coisas que concebemos clara e distintamente são todas verdadeiras.”
Fonte: DESCARTES, R. Discurso do método. Tradução de Elza Moreira Marcelina. Brasília: Editora da Universidade de Brasília; São Paulo: Ática, 1989. p. 57.
Com base no excerto apresentado, e no caminho traçado por Descartes para construção de um conhecimento fundamentado, é correto afirmar que:
podemos tomar um conhecimento como seguro somente após submetê-lo metodicamente a todas as possibilidades de erro de maneira que consiga sobressair a qualquer dúvida.
13)Leia o excerto a seguir:
“O principal problema de Descartes pode ser formulado do seguinte modo: ‘Como poderemos garantir que nosso conhecimento é absolutamente seguro?’ Como o cético, ele parte da dúvida, mas ao contrário do cético, não permanece nela. Na ‘Meditação Terceira’, Descartes afirma: ‘[…] engane-me quem puder, ainda assim jamais poderá fazer que eu nada seja enquanto eu pensar que sou algo; ou que algum dia seja verdade eu não tenha jamais existido, sendo verdade agora que eu existo […]’.”
Fonte: DESCARTES. R. Meditações Metafísicas. Meditação Terceira, São Paulo: Nova Cultural, 1991. p. 182.
Com base nessas informações e no conteúdo estudado sobre o racionalismo de René Descartes, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s):
I. ( ) Descartes se utiliza de um método para estabelecer uma base firme para produção de conhecimento.
II. ( ) Descartes ignorava a possibilidade de se encontrar algo de firme e certo nas ciências.
III. ( ) Descartes, ao rejeitar o que a tradição filosófica considera conhecimento, busca encontrar fundamento para formar uma base segura para produção de um conhecimento.
IV. ( ) Ao investigar uma base firme para a produção de conhecimento, Descartes inicia rejeitando suas antigas opiniões até encontrar algo novo e certo.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
V,F,F,V
14)Leia o excerto a seguir:
“Racionalismo. Em sentido genérico, teoria ou doutrina consoante a qual todo processo do conhecimento deriva da razão. […] Sua influência foi de tal forma avassaladora que não poucos historiadores o identificam como o primeiro momento da Filosofia moderna […].”
Fonte: RACIONALISMO. In: Enciclopédia Barsa: Encyclopaedia Britannica. p. 348, v. 11. São Paulo: Planeta, 1981.
O excerto apresentado define resumidamente o conceito de racionalismo, teoria epistemológica de grande valor na filosofia moderna. Com base nisso e no conteúdo estudado sobre o racionalismo de René Descartes, podemos colocar, enquanto método do racionalismo:
a dúvida, que objetiva colocar em xeque falsos dogmas.
15)Leia o excerto a seguir:
“Quando o sociólogo compara a sociedade com um organismo; quando o historiador nos diz que o progresso é uma espiral dialética; quando o biólogo afirma que o animal é uma máquina perfeita, falam como poetas. Mas deixam de sê-lo se acabam tomando a metáfora como uma realidade e pensam que, efetivamente, a sociedade é um organismo, o progresso uma espiral e o ser vivente uma máquina.”
Fonte: FRANCOVICH, G. Os Ídolos de Bacon. Rio de Janeiro: Brasília Editora, 1938, p. 24. (Adaptado).
O excerto apresentado corresponde à obra de Guillermo Francovich, a qual discorre sobre a teoria dos ídolos, de Francis Bacon. Com base nessas informações e no conteúdo estudado sobre o empirismo de Francis Bacon, é correto afirmar que a descrição de Francovich refere-se aos ídolos:
Do teatro
16)Leia o excerto a seguir:
“René Descartes (1596-1650) nasceu em La Haye, França, pertencendo a uma família de prósperos burgueses. Estudou no colégio jesuíta La Flèche, na época um dos mais conceituados estabelecimentos de ensino europeu. Excetuando a aprendizagem que fez da matemática, decepcionou-se com a educação jesuítica de La Flèche. Confessaria, tempos depois, sua decisão de buscar a ciência por conta própria, esforçando-se para decifrar ‘o grande livro do mundo’.”
Fonte: COTRIM, G. O racionalismo de René Descartes: Ideias claras e distintas. In: Fundamentos da Filosofia: história e grandes temas. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 138.
O excerto cita uma pequena biografia dos primeiros passos intelectuais de René Descartes. Esse pensador se constitui em um importante nome para a filosofia, devido ao desenvolvimento do racionalismo. Com base nessas informações e no conteúdo estudado sobre o racionalismo de Descartes, podemos compreendê-lo como:
a defesa da ideia de que o ser humano é capaz de construir o próprio pensamento.
17)Leia o excerto a seguir:
“Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente a fim de estabelecer um saber firme e inabalável.”
Fonte: DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Adaptado).
Considerado o textoapresentado e o conteúdo estudado sobre o racionalismo de René Descartes, é correto afirmar que:
O questionamento rigoroso, o espírito crítico e a dúvida são basilares fundamentais para a Filosofia Moderna.
18)A epistemologia empirista nasce a partir dos escritos de Francis Bacon, substancialmente no Novum Organum. O pensador em questão, em seu método, defendia um empirismo-indutivo. Esse viés epistemológico será de grande valor a outros teóricos, como John Locke, David Hume, entre outros.
Com base nessas informações e no conteúdo estudado sobre o empirismo de Francis Bacon, podemos citar, enquanto característica da epistemologia empírica:
a ideia de que os conhecimentos humanos são obtidos a partir da experiência.
19)Leia o excerto a seguir:
“[…] é quase impossível que nossos juízos sejam tão puros e tão sólidos como teriam sido se tivéssemos tido inteiro uso de nossa razão desde a hora de nosso nascimento, e se tivéssemos sido conduzidos sempre por ela.”
Fonte: DESCARTES, R. Discurso do Método. São Paulo: Martins Fontes. 1996, p. 17.
Descartes inaugura na modernidade uma nova forma de pensamento, partindo de uma linguagem racionalista inspirada em modelos matemáticos. Esse modelo pretendia servir como guia na busca do conhecimento do real. Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre a razão cartesiana, é correto afirmar que:
Ao duvidar de tudo, pode-se a partir da dúvida reconduzir o pensamento à realidade, processo resumido na máxima “penso, logo existo.”
20)Leia o excerto a seguir:
“A França forneceu o vocabulário e os temas da política liberal e radical-democrática para a maior parte do mundo. A França deu o primeiro grande exemplo, o conceito e o vocabulário do nacionalismo. A França forneceu códigos legais, o modelo da organização técnica e científica e o sistema métrico para a maioria dos países.”
Fonte: HOBSBAWM, E. A era das revoluções: 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981, p. 70.
O trecho apresentado faz referência à Revolução Francesa. Tal acontecimento permeava o contexto histórico vivenciado por Kant, influenciando os ideais de sua obra, centrada no criticismo. Com base nessas informações e no conteúdo estudado sobre o criticismo kantiano, podemos citar, enquanto aspecto dessa corrente:
a busca pelo equilíbrio entre sensibilidade e racionalismo.
21)Os estudos filosóficos, anteriormente às contribuições dos filósofos clássicos – mais especificamente, Aristóteles –, fundiam-se em um misto de filosofia, números, artes, dentre outras áreas do saber. O pensador citado, entretanto, foi o responsável pela sistematização desses campos do saber.
Considerando essas informações e os conteúdos estudados sobre as bases epistemológicas da obra aristotélica, é possível afirmar que Aristóteles dividiu os campos do saber em:
Ciências especulativas, ciências práticas e ciências produtivas.
22)Leia o texto a seguir: 
“Que significa [...] dizer que alguém conhece alguma coisa? Para responder claramente a isto, temos primeiro de especificar com precisão o que está a ser perguntado, pois a palavra ‘conhecer’ tem uma grande variedade de usos e significados. Por exemplo, pode-se dizer de alguém que sabe jogar golfe, também pode dizer-se que conhece Paris, e, finalmente, pode dizer-se que sabe que a Universidade de S. Marcos é a mais antiga do hemisfério ocidental.”
Fonte: CORNMAN, J. W.; LEHRER, K.; PAPPAS, G. S. Pilosophical Problems and Arguments: An introduction. New York: Macmillan Publishing, 1983, p.42. (adaptado).
Os conhecimentos passam por uma etapa de justificação, a qual “comprova” sua veracidade. Na filosofia epistemológica, muitas serão as teorias de justificação. Considerando essas informações e os conteúdos estudados sobre crença justificada, é possível entender o fundacionismo como:
A teoria que posta a existência de crenças básicas que apoiam crenças justificadas
23)Sócrates não escreveu, em sua vida, nenhuma obra. Não há registro de sequer um escrito do punho do próprio pensador. Todas as ideias que hoje lhe atribuímos foram escritas por Platão. Uma dessas ideias presentes nas transcrições elaboradas por Platão – talvez a mais marcante – seja a dialética socrática (ou o “só sei que nada sei” de Sócrates).
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre as bases epistemológicas na filosofia clássica, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
I. ( ) Sócrates, em seus diálogos, convencia seus indivíduos de seu pouco saber. 
II. ( ) Sócrates buscava convencer os interlocutores a seguir seus ideais políticos.
III. ( ) Na dialética, há o debate de ideias diferentes, sendo um posicionamento defendido e, posteriormente, contradito por outro.
IV. ( ) Sócrates, em sua dialética, fazia uso da maiêutica, para que os indivíduos eivassem novas ideias.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
V,F,V,V
24)Leia o trecho a seguir:
“Edmund Gettier, em 1963, publicou seu famoso artigo ‘É o conhecimento crença verdadeira justificada?’. É consenso que esse pequeno artigo modificou os rumos tomados pela epistemologia ao ter, como ponto de argumentação, a análise da afirmação sobre a verdade justificada do conhecimento proposicional, aquele que é considerado como o saber acerca dos fatos.”
Fonte: GONDIM, E. Justificação epistêmica fundacionismo e coerentismo. Ideas y Valores, v. LXVI, [s.I], n. 163, 2017.
O excerto acima explica o surgimento do chamado problema de Gettier, em que o autor desmonta infalibilidade da teoria de Platão acerca do conhecimento, irredutivelmente aceita durante 24 séculos. Assim, a partir dessas informações e do conteúdo estudado acerca da crença verdadeira justificada e da teoria do conhecimento, podemos dizer que:
no fundacionismo, todas as crenças justificadas fundamentam-se na origem de múltiplos ramos, na qual cada ramo em relação ao outro é uma crença justificada imediatamente.
25)Na obra A República, mais especificamente no livro de número VII, Platão narra o debate entre Glauco e Sócrates. É, nesse debate, que se narra o “Mito Da Caverna”, um dos tópicos mais conhecidos no que tange a filosofia platônica. 
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre as bases epistemológicas em Platão, analise as afirmativas a seguir
I. A maiêutica é o principal tópico da filosofia platônica.
II. O “Mito da caverna” nos convida a livrar-nos de ideias baseadas em nossos sentidos.
III. As obras de Platão traçavam, enquanto base epistemológica, a metafísica.
IV. O principal ponto do “Mito da caverna” é o convite ao questionamento.
Está correto o que se afirma em:
II e IV
26)Leia o trecho a seguir:
“S vai ao zoológico e, diante de uma jaula que ostenta uma placa onde se lê ‘zebras’, ele vê animais que aparentam ser exatamente como zebras e, por isso, ele crê que Z, que os animais são zebras, e imagina que sabe que são zebras. Todavia, alguém lhe diz que M, que os animais são, na verdade, mulas pintadas, parte de um plano da diretoria para aumentar o número de visitantes. Já que ele não consegue descartar tal hipótese naquele momento, então ele não sabe, naquele momento, que os animais são zebras.”
Fonte: LUZ, A. Desafios Céticos e o debate Internalismo versus Externalismo em Epistemologia. Veritas, Porto Alegre, v. 54, n. 2, maio/ago. 2009, p. 74-95.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre ceticismo na visão de Chisholm e Wittgenstein, analise as afirmativas a seguir: 
I. Nosso conhecimento de mundo não exige uma infalibilidade.
II. A possibilidade de erro em uma crença não a descarta completamente.
III. A dialética da dúvida deve ser aplicada de maneira universal.
IV. É descabido assumir que somos capazes de conhecer, mesmo ausentes razões sólidas para dúvidas céticas.
V. Podemos considerar os pressupostos céticos tão razoáveis quanto nosso conhecimento sobre objetos físicos como casas e árvores. 
Está correto apenas o que se afirma em:
I e II
27)Leia o excerto a seguir:
“O principal problema de Descartes pode ser formulado do seguinte modo: ‘Como poderemosgarantir que o nosso conhecimento é absolutamente seguro?’. Como o cético, ele parte da dúvida; mas, ao contrário do cético, não permanece nela. Na Meditação Terceira, Descartes afirma: ‘[…] engane-me quem puder, ainda assim jamais poderá fazer que eu nada seja enquanto eu pensar que sou algo; ou que algum dia seja verdade eu não tenha jamais existido, sendo verdade agora que eu existo […]’.”
Fonte: DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. Meditação Terceira. São Paulo: Nova Cultural, 1991. p. 182.
Com base no texto apresentado e no conteúdo estudado sobre o racionalismo de René Descartes, podemos afirmar que:
o autor, ao afirmar “penso, logo existo”, conclui que basta que uma proposição enuncie algo que possa ser concebido claro e distintamente para ser considerado verdadeira.
28)Leia o excerto a seguir:
“Quando o sociólogo compara a sociedade com um organismo; quando o historiador nos diz que o progresso é uma espiral dialética; quando o biólogo afirma que o animal é uma máquina perfeita, falam como poetas. Mas deixam de sê-lo se acabam tomando a metáfora como uma realidade e pensam que, efetivamente, a sociedade é um organismo, o progresso uma espiral e o ser vivente uma máquina.”
Fonte: FRANCOVICH, G. Os Ídolos de Bacon. Rio de Janeiro: Brasília Editora, 1938, p. 24. (Adaptado).
O excerto apresentado corresponde à obra de Guillermo Francovich, a qual discorre sobre a teoria dos ídolos, de Francis Bacon. Com base nessas informações e no conteúdo estudado sobre o empirismo de Francis Bacon, é correto afirmar que a descrição de Francovich refere-se aos ídolos:
Do teatro
29)Leia o excerto a seguir:
“Nosso método, contudo, é tão fácil de ser apresentado quanto difícil de se aplicar. Consiste no estabelecer os graus de certeza, determinar o alcance exato dos sentidos e rejeitar, na maior parte dos casos, o labor da mente, calcado muito de perto sobre aqueles, abrindo e promovendo, assim, a nova e certa via da mente, que, de resto, provém das próprias percepções sensíveis. Foi, sem dúvida, o que também divisaram os que tanto concederam à dialética.”
Fonte: BACON, F. Novum Organum. Trad. e notas de José Aluysio Reis de Andrade. São Paulo: Nova Cultural, 2000, p. 27-28.
Com base nessas informações e no conteúdo estudado sobre o método indutivo baconiano, analise as afirmativas a seguir:
I. O método indutivo trabalha com as conclusões associadas às suas premissas.
II. No método indutivo, usa-se da generalização, tomando fatos particulares para se chegar a fatos gerais.
III. O método indutivo era parte de várias etapas para a obtenção do conhecimento defendidas por Bacon.
IV. O método indutivo consiste em uma busca pela reconstrução da filosofia enquanto ciência racional.
Está correto o que se afirma em:
II e III
30)Leia o excerto a seguir:
“Mas há um enganador, não sei quem, sumamente poderoso, sumamente astucioso que, por indústria, sempre me engana. Não há dúvida, portanto, de que eu, eu sou, também, se me engana: que me engane o quanto possa, nunca poderá fazer, porém, que eu nada seja, enquanto eu pensar que sou algo. De sorte que, depois de ponderar e examinar cuidadosamente todas as coisas é preciso estabelecer, finalmente, que este enunciado eu, eu sou, eu, eu existo é necessariamente verdadeiro, todas as vezes que é por mim proferido ou concebido na mente.”
Fonte: DESCARTES, R. Meditações sobre Filosofia Primeira. Tradução, nota prévia e revisão de Fausto Castilho. Campinas: Editora da Unicamp, 2008, p. 25.
Considerando o texto apresentado e o conteúdo abordado sobre racionalismo, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. Segundo a tradição racionalista, a verdade não reside nas próprias coisas, mas somente no juízo.
Porque:
II. A verdade reside na atribuição do predicado inerente ao sujeito do juízo.
A seguir, assinale a alternativa correta:
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
31)Leia o excerto a seguir:
“A dúvida é uma atitude que contribui para o surgimento do pensamento filosófico moderno. Neste comportamento, a verdade é atingida através da supressão provisória de todo conhecimento, que passa a ser considerado como mera opinião. A dúvida metódica aguça o espírito crítico próprio da Filosofia.”
Fonte: GERD, B. Introdução ao filosofar: o pensamento filosófico em bases existenciais. Porto Alegre: Editora Globo, 1970, p. 11. (Adaptado).
Considerando o texto apresentado e a construção de conhecimento do projeto cartesiano, é correto afirmar que devemos:
questionar as antigas ideias de forma ampla e profunda.
32Leia o excerto a seguir:
“Os produtos e seu consumo constituem ‘a meta declarada do empreendimento tecnológico’, assegura Borgmann. Essa meta foi proposta pela primeira vez no início da Modernidade, como expectativa de que o homem poderia dominar a natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em programa anunciado por pensadores como Descartes e Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu ‘de um prazer de poder’, ‘de um mero imperialismo humano’, mas da aspiração de libertar o homem (da fome, da insegurança, da dor, da labuta) e de enriquecer sua vida, física e culturalmente.”
Fonte: CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques. Scientiae Studia, São Paulo, v. 2, n. 4, 2004. p. 501.
Autores da Filosofia Moderna, como Descartes e Bacon, concebem a ciência como uma forma de saber que visa a libertação humana das intempéries da natureza.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre o cogito de Descartes, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s):
I. ( ) A existência da mente, do eu que pensa, é uma verdade clara e distinta.
II. ( ) Descartes não leva em consideração o pensamento de outras pessoas para formular sua conclusão de que existe.
III. ( ) A própria existência do ser pensante é considerada óbvia para o filósofo, tornando questionamentos ou reflexões irrelevantes para análise.
IV. ( ) Descartes dedica-se a demonstrar a existência do eu pensante, dispensando a concepção do mundo exterior.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
V,V,F,F
33)Leia o trecho a seguir:
“No entender de Nietzsche: ‘O princípio de identidade tem como pano de fundo a ‘ilusão de ótica’ de que existem coisas idênticas’. Ora, postular a existência de “coisas idênticas” no mundo implica, no limite, a crença em entidades metafísicas: unidade, permanência e estabilidade. O filósofo mostra, no póstumo acima, que o homem procura uma ‘verdade’ que esteja diretamente ligada a um mundo verdadeiro, ou seja, a um mundo que deveria caracterizar-se justamente pela estabilidade, permanência e unidade.”
Fonte: ZATERKA, Luciana. Nietzsche: A verdade como ficção. Cadernos Nietzsche, Porto Seguro, n. 39, v. 1, 1996, p. 84.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre a análise da razão em Nietzsche, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
I. ( ) É dever do filósofo o mantimento da ordem e dos valores judaico-cristãos presentes na sociedade.
II. ( ) Para Nietzsche, a cura dos males que carcomem a sociedade é fruto da transformação individual.
III. ( ) A máxima “Deus está morto”, para Nietzsche, atrelava-se à crise da razão.
IV. ( ) A obra de Nietzsche “Assim falava Zaratustra’’ atrela-se à crítica ao ressentimento.
Assinale a alternativa que apresenta a ordem correta:
F, F, V, V.
34)Leia o trecho a seguir:
“A mais ínfima felicidade, quando está sempre presente e nos torna felizes, é incomparavelmente superior a maior de todas, que só se produz de maneira episódica, como uma espécie de capricho, como uma inspiração insensata, em meio a uma vida que é dor, avidez e privação. Tanto na menor como na maior felicidade, porém, há sempre algo que faz que a felicidade seja uma felicidade [...]. É possível viver, e mesmo viver feliz, quase sem lembrança, como o demonstra o animal; mas é absolutamente impossível ser feliz sem esquecimento.”
Fonte: NIETZSCHE, F. II Consideração intempestivasobre a utilidade e os inconvenientes da história para a vida. In: Escritos sobre história. São Paulo: Loyola, 2005, p. 72-73. (adaptado).
 Com base nessas informações e no conteúdo estudado sobre a filosofia de Nietzsche, podemos dizer que o livre arbítrio se trata de um erro, pois:
ao reconhecer a liberdade humana, as forças de coerção como a igreja agem com o intuito de julgamento, castigo e declaração de culpa.
35)Leia o trecho a seguir:
“A ciência contemporânea é feita da pesquisa dos fatos verdadeiros e da síntese das leis verídicas. As leis verídicas da ciência têm uma fecundidade de verdades, elas prolongam as verdades de fato por verdades de direito. O racionalismo pelas suas sínteses do verdadeiro abre uma perspectiva de descobertas. O materialismo racionalista, depois de ter acumulado os fatos verdadeiros e organizado as verdades dispersadas, ganhou uma surpreendente força de previsão.”
Fonte: BACHELARD, Gaston. El materialismo racional. Buenos Aires: Paidos, 1976. p. 46.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre os problemas epistemológicos em Gaston Bachelard, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s):
I. ( ) O uso de metáforas nas explicações deve se dar traçando-as como auxílios, não como protagonistas
II. ( ) O autor critica a ausência de fatos dentro do método epistemológico empirista.
III. ( ) Bachelard, em um período de sua obra, foi crítico a Descartes, mas depois passou a ser influenciado pelo legado do autor.
IV. ( ) Bachelard acreditava que a descrição e caracterização em demasia era um elemento pedagógico eficiente.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
V, V, F, F.
36)Leia o trecho a seguir:
“Não ouviram falar daquele homem louco que em plena manhã acendeu uma lanterna e correu ao mercado, e pôs-se a gritar incessantemente: ‘Procuro Deus! Procuro Deus!’? – E como lá se encontrassem muitos daqueles que não criam em Deus, ele despertou com isso uma grande gargalhada. Então ele está perdido? Perguntou um deles. Ele se perdeu como uma criança? Disse outro. Está se escondendo? Embarcou em um navio? Emigrou? – gritavam e riam uns para os outros.’’
Fonte: NIETZSCHE, F. A gaia ciência. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 147.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre a análise da razão com base em Nietzsche, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:
I. Nietzsche não decreta que Deus não existe, decreta que Deus está morto.
Porque:
II. Ele dispensa a importância de questões íntimas, tais aquelas ligadas ao ateísmo.
A seguir, assinale a alternativa correta:
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e II é uma justificativa correta de I.
37)Leia o trecho a seguir:
“Mais cedo ou mais tarde, será o pensamento científico que se tornará o tema fundamental da polémica filosófica; esse pensamento levará a substituir as metafísicas intuitivas e imediatas pelas metafísicas discursivas objectivamente rectificadas. Seguindo essas rectificações, convencer-nos-emos, por exemplo, de que um realismo que descobriu a dúvida científica já não poderá ser da mesma espécie que o realismo imediato.’’
Fonte: BACHELARD, Gaston. O novo espírito científico. Lisboa: Edições 70, 1934. p. 10.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre o construtivismo de Gaston Bachelard, podemos definir essa epistemologia como:
a crença de que o desenvolvimento científico é fruto das percepções dos cientistas.
38)Leia o trecho a seguir.
“Nós é que inventamos as causas, a sucessão, a reciprocidade, a relatividade, o constrangimento, o número, a lei, a liberdade, a motivação, a finalidade. Sempre que introduzimos, que misturamos nas coisas este mundo de sinais como se existisse um “em si”, não procedemos diferentemente do que sempre procedemos, ou seja, mitologicamente. “
Fonte: NIETZSCHE, Friedrich. Para Além do Bem e do Mal: Prelúdio a uma filosofia do futuro. São Paulo: Martin Claret, 2008, p. 51,
Diante dessas informações e do estudado acerca da teoria de Nietzsche, assinale a alternativa que coaduna com sua filosofia:
O consciente pode ser entendido como uma rede comunicativa entre o ser humano.
39)Leia o excerto a seguir:
“Volto atrás, para relatar a verdadeira história do Cristianismo. A própria palavra ‘Cristianismo’ é já um equívoco – no fundo só existiu um cristão, e esse morreu na cruz. O ‘Evangelho’ morreu na cruz. Aquilo a que desde então se chamou ‘Evangelho’ era o contrário do que o Cristo havia vivido: uma ‘má nova’, um Dysangelium. É falso até a estupidez o ver numa ‘fé’, neste caso a fé na salvação por Cristo, o sinal distintivo do cristão; só a prática cristã, uma vida tal como a viveu aquele que morreu na cruz, é cristã...”
Fonte: NIETZSCHE, Friderich. O Anticristo. São Paulo: Martin Claret, 2008. pp. 73-74. 
O autor usa das figuras mitológicas por diversas vezes em suas obras. Duas figuras mitológicas são fulcrais para a noção de tragédia em Nietzsche. Uma se relaciona com a potência do irracional, e a outra às formas claras. 
Considerando essas informações e os conteúdos estudados sobre Nietzsche e sua análise da razão, é correto afirmar que tais figuras mitológicas são: 
Apolo e Dionísio.
40)Leia o trecho a seguir:
“Para os sacerdotes, a característica fé sacerdotal, seu melhor instrumento de poder, e ‘suprema’ licença de poder; para os santos, enfim, um pretexto para a hibernação, sua novíssima gloriae cupido, seu descanso no nada (‘Deus’), sua forma de demência. [...] se expressa o dado fundamental da vontade humana, o seu horror vacui: ele precisa de um objetivo – e preferirá ainda querer o nada a nada a querer.”
Fonte: NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da Moral: uma polêmica. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 80.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre a teoria de Nietzsche, analise as afirmativas a seguir:
I. A vontade de potência é a vontade de viver e dominar do homem.
II. Para o autor, o super homem seria o ser humano capaz de auto superar-se, valorando-se em si.
III. A impossibilidade de retorno em Nietszche seria inviabilidade de retorno ao mesmo evento.
IV. O ideal dionisíaco se trata da conciliação do saber apolíneo e do saber dionisíaco.
V. A Moral dos escravos é o ressentimento de não poder ter ação, restando apenas a vingança imaginária.
Está correto apenas o que se afirma em:
I, IV e V
41)Leia o trecho a seguir.
“Seria necessário refletir sobre isso seriamente: por que saltamos à água para socorrer alguém que está se afogando, embora não tenhamos por ele qualquer simpatia particular? Por compaixão: só pensamos no próximo — responde o irrefletido. Por que sentimos a dor e o mal-estar daquele que cospe sangue, embora na realidade não lhe queiramos bem? Por compaixão: nesse momento não pensamos mais em nós — responde o mesmo irrefletido. [...].”
Fonte: NIETZSCHE, F. Aurora. Trad. Antonio Carlos Braga. São Paulo: Escala, 2007, p. 104 -105.
Considerando essas informações e os conteúdos estudados sobre a análise da razão em Nietzsche, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:
I. Para Friedrich Nietzsche, o ser humano pretendeu estabelecer o verdadeiro.
Porque:
II. O homem almejava conhecer a verdade por natureza.
A seguir, assinale a alternativa correta:
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
42)Leia o trecho a seguir:
“A história humana bem pode, em suas paixões, em seus preconceitos, em tudo que releva dos impulsos imediatos, ser um eterno recomeço; mas há pensamentos que não recomeçam; são os pensamentos que foram retificados, alargados, completados. Eles não voltam a sua área restrita ou cambaleante. Ora, o espírito científico é essencialmente uma retificação do saber, um alargamento dos quadros do conhecimento.”
Fonte: BACHELARD, Gaston. O novo espírito científico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1995, p. 147.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre o construtivismo em Gaston Bachelard, podemos afirmar que um fator de grandeinfluência na obra desse autor é:
o tempo, isto é, o julgamento do passado conforme o presente
43)Leia o trecho a seguir:
“Os filósofos céticos tinham-se lançado, como os outros, à busca de um discernimento definitivo entre o verdadeiro e o falso, mas cedo constataram, a propósito de cada objeto, e de cada questão investigada, que proposições umas com as outras conflitantes e incompatíveis se lhes propunham à aceitação com igual força persuasiva, tornando-lhes impossível uma opção fundamentada.’’
Fonte: PEREIRA, O. P. Rumo ao ceticismo. São Paulo: Editora Unesp. 2006, p. 19.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre ceticismo filosófico, podemos afirmar que:
o ceticismo filosófico atua como uma resposta ao dogmatismo.
44)Leia o trecho a seguir:
“As religiões criaram gaiolas. As gaiolas criadas pela religião São feitas com palavras. Elas têm o nome de dogmas. Dogmas são gaiolas de palavras que pretendem prender o pássaro. Guerra Junqueiro, poeta português, escreveu um longo poema que se tornou clássico sobre esse assunto: ‘O Melro’. É bonito. Merece ser lido.”
Fonte: ALVES, R. Dogmatismo & Tolerância. São Paulo: Edições Loyola. 2004, p. 9.
Considerando as informações e o conteúdo estudado sobre o dogmatismo religioso e suas raízes, podemos definir dogma como:
um princípio, aquilo que se pensa ser verdade.
45)Leia o trecho a seguir:
“[…] Não exigirei que um sistema científico seja suscetível de ser dado como válido, de uma vez por todas, em sentido positivo; exigirei, porém, que sua forma lógica seja tal que se torne possível validá-lo através de recurso a provas empíricas em sentido negativo […].”
Fonte: POPPER, K. A lógica da pesquisa científica. Trad. L. Hegenberg e O. S. da Mota. São Paulo: Cultrix, 1972. p. 42.
Considerando o excerto apresentado e o conteúdo estudado sobre Popper e a lógica das ciências sociais, assinale a alternativa que corresponde ao principal conceito da falseabilidade do autor: A falseabilidade de um enunciado tido como universal pode ser deduzida a partir de enunciados singulares.
46)Leia o trecho a seguir:
“Do ponto de vista sociológico, Émile Durkheim (1858-1917) é o clássico da Sociologia que primeiro trabalha de maneira explícita o conceito de representações sociais, usa o termo no mesmo sentido que representações coletivas. O autor, assim como Karl Marx, viveu em uma Europa marcada por constantes transformações sociais, políticas, econômicas e intelectuais, motivados pelo Iluminismo, Revolução Francesa, Revolução Industrial, entre outros movimentos.”
Fonte: SANTOS, G. T.; DIAS, J. M. B. Teoria das representações sociais: uma abordagem sociopsicológica. in: PRACS: Revista Eletrônica de Humanidades do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP. vol. 8, n. 1, jan./jun. 2015. p. 177.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre as regras relativas à explicação dos fatos sociais com base em Émile Durkheim, pode-se afirmar enquanto características da obra desse autor: a defesa de uma coesão, bem como a percepção biológica da sociedade.
47)Leia o trecho a seguir:
“A investigação lógica dos métodos de economia política leva a um resultado que pode ser empregado a todas as ciências sociais. Esse resultado mostra que há um método puramente objetivo nas ciências sociais, que se pode bem designar como o método objetivo-compreensivo ou como lógica situacional. Uma ciência social objetivo-compreensiva pode ser desenvolvida independentemente de todas as ideias subjetivas ou psicológicas - por exemplo, desejos, motivos, lembranças e associações [...] O método da análise situacional é, portanto, um método individualista, mas não psicológico [...]”
Fonte: POPPER, K. A lógica das ciências sociais. Brasília: Universidade de Brasília, 1978. p. 14.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre Popper e a lógica das ciências sociais, ao considerar a solução apresentada pelo autor para o problema da indução nos métodos de investigação, é correto afirmar que o método: é racional e dedutivo
48)Leia o trecho a seguir:
“A condição para o surgimento das Ciências Humanas segundo Foucault consiste na possibilidade de singularizar o homem para conhecê-lo empiricamente. Pode-se dizer que o domínio das Ciências Humanas é coberto por três regiões epistemológicas, todas subdivididas e entrecruzadas umas com as outras [...]”
Fonte: ALMEIDA, M. A. C.; JESUS, C. H. P. A relação História e Sujeito Nas Palavras e as Coisas de Michael Foucault. in: XVIII Simpósio Nacional de História. Florianópolis, 2015. p. 3.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre o triedro dos saberes para Foucault, as bases que compõem esse triedro são: Ciências Físicas e Matemáticas, Ciências da Vida, do Trabalho e da Linguagem e Reflexão Filosófica.
49)Leia o trecho a seguir:
“Se afirmarmos que a epistemologia deve resistir à tentação de produzir normatividades a-históricas, que garantiriam e fundamentariam a cientificidade a partir do seu exterior, se concordarmos em que, pelo contrário, ela tem de abordar criticamente os processos de investigação, procurando enunciar e denunciar os obstáculos com que tais processos de defrontam, então a pergunta seguinte dirigir-se-á a questionar se serão idênticos os obstáculos nos diversos campos científicos, nos diversos espaços de produção, nas diferentes épocas e nos diferentes contextos.”
Fonte: ALMEIDA, J. F. Velhos e novos aspectos da epistemologia nas ciências sociais. In: Sociologia, problemas e práticas. n. 55, 2007, p.14.
Considerando essas informações e no conteúdo estudado sobre a especificidade da epistemologia das ciências sociais, define-se enquanto principal fator à essa especificidade: as determinações sociais na construção do conhecimento sobre o social.
50)Leia o texto a seguir:
“Um dos ingredientes mais importantes da civilização ocidental é o que poderia chamar de 'tradição racionalista', que herdamos dos gregos: a tradição do livre debate – não a discussão por si mesma, mas na busca da verdade. A ciência e a filosofia helênicas foram produtos dessa tradição, do esforço para compreender o mundo em que vivemos; e a tradição estabelecida por Galileu correspondeu ao seu renascimento.”
Fonte: POPPER, K. R. Conjecturas e refutações. Brasília: UNB, 1972. p. 129
Karl Raimund Popper (1902-1994) nasceu em Viena, na Áustria, no dia 28 de julho de 1902. Descendente de família judaica, recebeu grande incentivo para os estudos. Ingressou na Universidade de Viena e doutorou-se em Filosofia.
Assim, de acordo com as informações apresentadas e do conteúdo estudado sobre Popper e a lógica das ciências sociais, sabe-se que Popper desenvolveu um critério de falseabilidade, que significa: o valor teórico é medido pela sua possibilidade de ser falso, e não por sua verdade.
51)Leia o excerto a seguir.
“[...] para Popper é a possibilidade de falsificar uma hipótese científica que permite a correção e o desenvolvimento das teorias científicas, e em última análise o progresso da ciência, embora nenhuma teoria possa jamais ser fundamentada de forma conclusiva. O conhecimento é, portanto, essencialmente conjetural, sendo impossível a certeza definitiva. É necessário, por isso, defender a liberdade de crítica e de experimentação.” 
Fonte: JAPIASSU, H. O sonho transdisciplinar e as razões da filosofia. Rio de Janeiro: Imago, 2006. p. 180.
Embora pensamento político de Karl Popper seja muito conhecido, o que o tornou célebre foi o seu pensamento sobre a ciência que impactou filósofos e cientistas. Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre Karl Popper, analise as afirmativas a seguir.
I. Foi um dos pensadores mais importantes do círculo de Viena.
II. Foi autor do critério de verificabilidade.
III. Sua maior contribuição foi a criação do critério de falseabilidade.
IV. O autor ofereceu uma grande contribuição para a filosofia política.
Está correto apenas o que se afirma em: III e IV
52)Leia o texto a seguir.
“As experiências e erros do cientista consistem de hipóteses. Ele as formula em palavras, e muitas vezes por escrito. Pode entãotentar encontrar brechas em qualquer uma dessas hipóteses, criticando-a experimentalmente, ajudado por seus colegas cientistas, que ficarão deleitados se puderem encontrar uma brecha nela. Se a hipótese não suportar essas críticas e esses testes pelo menos tão bem quanto suas concorrentes, será eliminada.”
Fonte: POPPER, K. Conhecimento objetivo. Trad. de Milton Amado. São Paulo: Edusp & Itatiaia, 1975. p. 226.
Com base no excerto apresentado e no conteúdo estudado sobre Popper e a lógica das ciências sociais, podemos afirmar que: 
o método científico adequado é passível de ser refutado constantemente por meio de testes.
53)Leia o trecho a seguir:
“Mas o que na obra de Foucault tanto cativa o nosso pensamento e reflexão? Uma pequena auto-imagem pode nos ajudar: em meados dos anos 1980, no processo de reedição do Dictionnaire des Philosophes, o verbete ‘Foucault’ acabou sendo escrito quase inteiramente pelo próprio Foucault. Neste verbete Foucault se insere na tradição crítica de Kant, criando uma história crítica do pensamento. E ele definirá esta ‘ciência’ como a busca por uma forma de desvelar quais são os processos de subjetivação e objetivação que tanto constituem o sujeito, quanto o tornam objeto do conhecimento.”
Fonte: GIACOMONI, M. P.; VARGAS, A. Z. Foucault, a arqueologia do saber e a formação discursiva. in: Veredas. n. 2, 2010, p. 119.
Assim, e de acordo com as informações apresentadas e o conteúdo estudado sobre o objeto das ciências humanas em Foucault, o autor define as ciências humanas como: 
um campo de discursos empíricos que toma o homem enquanto objeto de estudo
54)Leia o trecho a seguir:
“O pensamento mítico consiste em uma forma pela qual um povo explica aspectos essenciais da realidade em que vive: a origem do mundo, o funcionamento da natureza e dos processos naturais e as origens deste povo, bem como seus valores básicos. O mito caracteriza-se, sobretudo pelo modo como estas explicações são dadas, ou seja, pelo tipo de discurso que constitui.
[...]”
Fonte: MARCONDES, D. Iniciação à história de filosofia: dos Pré-socráticos a Wittgensteisn. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. 7ª edição p. 18.
Karl Popper foi influenciado pelo círculo de Viena, mas, após, passou a tecer críticas a ele. Para o autor, não há uma pureza na observação, pois parte do pressuposto de que existe uma teoria prévia, ainda que incipiente.
Assim, de acordo com as informações apresentadas e o conteúdo estudado sobre Popper e a lógica das ciências sociais, Popper propõe a crítica teórica através de um princípio, a qual toda hipótese deve se submeter, que é: 
da refutabilidade ou falseabilidade.
55)Leia o trecho a seguir:
“A percepção pelo homem de sua humanidade genérica se efetiva no processo de trabalho e não, por exemplo, na dúvida metódica, como resultado de uma introspecção solipsista. Se Marx rejeita o idealismo, ele não rejeita o racionalismo, nem tampouco o empirismo, mas pretende realizar sua suprassunção: ‘O operário não pode criar nada sem a natureza, sem o mundo externo sensorial’.’’
Fonte: HAGUETTE, André. Racionalismo e Empirismo na Sociologia. Revista de Ciências Sociais, Ceará, v. 44, n. 1, jan./jun. 2013, p. 196.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre os problemas epistemológicos em Gaston Bachelard, é correto afirmar que um elemento empirista criticado por Bachelard é:
a busca por um conhecimento unitário.
56)Leia o trecho a seguir:
“Ele toma como pressuposto que a linguagem se desenvolve à medida que o homem deixa de ser guerreiro, selvagem, e passa a viver em uma situação de paz, em comunidade. Vivendo socialmente, o homem cria a linguagem. A linguagem constitui-se de modo tal que, pela própria estrutura de suas regras gramaticais, seus usuários operam, obrigatoriamente, com o modelo que leva os enunciados [aquilo que falamos] a mostrar um sujeito que desempenha uma ação.”
Fonte: 7 GHIRALDELLI JR., Paulo. Caminhos da Filosofia. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2005, p. 61.
Nietzsche, em seus textos fazia críticas a moral, à cultura contemporânea, religião, ciência e filosofia.
Considerando essas informações e os conteúdos acerca da discussão sobre valores morais, pode-se afirmar que:a filologia mostra que, paulatinamente, a denominação de nobreza socialmente colocada, passa a ser entendida como denominação de nobreza de espírito.
57)Leia o excerto a seguir:
“Na medida em que por muito tempo acreditou nos conceitos e nomes de coisas como em aeterna veritates [verdades eternas], o homem adquiriu esse orgulho com que se ergueu acima do animal [...]. O criador da linguagem não foi modesto a ponto de crer que dava às coisas apenas denominações, ele imaginou, isso sim, exprimir como as palavras o supremo saber sobre as coisas; de fato, a linguagem é a primeira etapa no esforço da ciência.”
Fonte: NIETZSCHE, Friedrich. Humano, demasiado humano. São Paulo: Companhia de Bolso, 2008. pp. 20-21. 
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre a teoria de Nietzsche, analise as afirmativas a seguir:
I. Para Nietzsche, não se pode pecar contra o sentido da terra.
II. O homem deve inventar o homem novo, segundo a concepção Nietzscheana de super-homem.
III. O super-homem definido por Friedrich Nietzsche é incapaz de substituir os velhos deveres, vez que é ausente o domínio total sobre o livre arbítrio.
IV. De acordo com Nietzsche, os valores sobrenaturais são a medida de todas as coisas para o super-homem.
I e II
58)Leia o excerto a seguir:
“No mundo, tal como a Física o descreve, nada pode ocorrer que seja verdadeira e intrinsecamente novo. Inventar-se-á, talvez, um novo engenho, mas sempre será possível, através da análise, ver nele uma nova combinação de elementos que serão isto ou aquilo, mas não serão novos. Novidade, em Física, é simples novidade de arranjos e combinações. Em oposição a esse ponto, insiste o historicismo, a novidade social, assim como a novidade biológica, é espécie intrínseca de novidade.” 
Fonte: POPPER, K. A miséria do historicismo. Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/307728656/A-Miseria-Do-Historicismo-Karl-Popper>. Acesso em: 01 out.
Para Popper, a irrefutabilidade de uma teoria não é uma virtude, mas um vício. Assim, considerando as informações apresentadas e o conteúdo estudado sobre Popper e a lógica das ciências sociais, para o autor, as teorias:
podem ser consideradas científicas quando conformam situações que podem ser refutadas através de testes.
59)Leia o texto a seguir:
“[A filosofia de Popper] derivava dos esforços que ele fazia para distinguir a pseudociência – o marxismo [daí sua crítica ao materialismo histórico ou historicismo de Marx], a astrologia ou a psicologia freudiana – da ciência verdadeira, como a teoria da relatividade de Einstein. A última, decidiu Popper, era testável; fazia previsões sobre o mundo que podiam ser empiricamente checadas [...] Mas Popper negava a afirmação positivista de que os cientistas podem provar uma teoria por indução [...] ou por testes empíricos ou observações sucessivas.”
Fonte: BARRETO, T. V. Positivismo versus teoria crítica em torno do debate entre Karl Popper e Theodor Adorno acerca do método das ciências sociais. in: Trabalhos para discussão. n. 106, 2001, p. 3.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre o método dedutivo, pode-se entender o mesmo como um método que:
propõe observação dos fenômenos e, posteriormente, elaboração de hipóteses à sua causa, sendo essas testadas.
60)Leia o trecho a seguir:
“Para Karl Popper, o problema da demarcação consiste em estabelecer um critério que habilite distinguir entre as ciências empíricas, de um lado, e a Matemática e a Lógica, bem como os sistemas ‘metafísicos’, de outro.”
Fonte: POPPER, K. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix, 1975, p. 35.
No excerto apresentado, o autor adota a teoria da falseabilidade como avaliação de cientificidade. Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre Popper e a lógica das ciências sociais, para Karl Popper, uma teoria será considerada científica quando:
for passívelde ser falseada e conseguir resistir a este processo.
61)Leia o trecho a seguir.
Karl Popper, em “A lógica da investigação científica”, se opõe aos métodos indutivos das ciências empíricas. Em relação a esse tema, Popper diz que: “Ora, de um ponto de vista lógico, está longe de ser óbvio que estejamos justificados ao inferir enunciados universais a partir dos singulares, por mais elevado que seja o número destes últimos.” 
Fonte: POPPER, K. R. A lógica da investigação científica. Tradução de Pablo Rubén Mariconda. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p.3.
Assim, de acordo com o excerto apresentado e o conteúdo estudado sobre Popper e a lógica das ciências sociais, podemos dizer que:
o princípio da indução não possui base lógica, pois a verdade de conclusão não é garantida pela verdade das premissas.
62)Leia o trecho a seguir:
“Segunda Tese: A nossa ignorância não tem limites e é desencorajadora. Na verdade, é precisamente o progresso grandioso das ciências da natureza (a que alude a minha primeira tese) que nos abre permanentemente os olhos para a nossa ignorância, mesmo na área das ciências naturais. Daí que a ideia socrática do não-saber tenha tomado um rumo completamente novo. Com cada passo em frente que damos, com cada problema que resolvemos, descobrimos não só novos problemas não resolvidos, como constatamos também que quando julgávamos pisar terreno firme e seguro, tudo é de fato incerto e vacilante.”
Fonte: POPPER, K R. A lógica das ciências sociais. Disponível em: <https://ufrgs.academia.edu/RenanDeAlmeidaBarbosa>. Acesso em: 15 dez. 2020
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre Popper e a lógica das ciências sociais, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
I. ( ) A teoria de Popper foi positivamente influenciada pelas contribuições teóricas dos filósofos do Círculo de Viena.
II. ( ) Em sua obra epistemológica, Popper visava a instauração de uma objetividade e rompimento com a ideologia - na concepção de Geertz.
III. ( ) Popper, com uma formação interdisciplinar, teve sua obra influenciada pelas metodologias de outros campos do saber.
IV. ( ) Popper acreditava em uma dificuldade para se alcançar a objetividade no campo das ciências sociais.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
F, V, F, V.
63)Leia o trecho a seguir:
“[…] Coloca-se, de início, uma regra suprema, que serve como uma espécie de norma para decidir a propósito das demais regras e que é, por isso, uma regra de tipo superior. É a regra que afirma que as demais regras do processo científico devem ser elaboradas de maneira a não proteger contra o falseamento qualquer enunciado científico.” 
Fonte: POPPER, KARL. A lógica da pesquisa cientifica. São Paulo. Editora Cultrix. 1974. p. 56.
Considerando a informação apresentada e o conteúdo estudado sobre Popper e a lógica das ciências sociais, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. Não podemos trabalhar cientificamente a hipótese de ser possível ter sorte em um jogo de loteria, por exemplo.
Porque:
II. Uma hipótese precisa ser passível de falseamento para seja aferida sua veracidade.
A seguir, assinale a alternativa correta:
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e II é uma justificativa correta de I.
64)Leia o trecho a seguir:
“Antes de indagar qual o método que convém ao estudo dos fatos sociais, é necessário saber que fatos podem ser assim chamados. A questão é tanto mais necessária quanto esta qualificação é utilizada sem muita precisão. Empregam-na correntemente para designar quase todos os fenômenos que se passam no interior da sociedade, por pouco que apresentem, além de certa generalidade, algum interesse social. Todavia, desse ponto de vista, não haveria por assim dizer nenhum acontecimento humano que não pudesse ser chamado de social.”
Fonte: DURKHEIM, Émille. O que é fato social? In: As Regras do Método Sociológico. Trad. por Maria Isaura Pereira de Queiroz. 6.a ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1972. p. 1.
Com base nisso e no conteúdo estudado sobre fato social e aspectos metodológicos, define-se enquanto coercitividade:
o constrangimento dos indivíduos a agirem de uma determinada maneira.
65)Leia o trecho a seguir:
“O método dedutivo trata da formulação de uma proposição teórica ou conceitual com teste contra a realidade [...] e tem a tradição no racionalismo que se opõe ao empirismo na medida em que apregoa a razão como fonte de todo e qualquer conhecimento e sua justificativa. René Descartes e Immanuel Kant são os expoentes mais notórios desta linha. Para esses autores, no momento em que o cientista faz uma tentativa de observação, ele já carrega consigo uma classificação dos objetos a serem investigadas, proposições a serem testadas e eventualmente teorias herdadas.”
Fonte: CAMPANÁRIO, M. A.; JUNIOR, M. F. C.; RUIZ, M. S. O Modelo de Karl Popper sob a ótica das ciências sociais aplicadas. in: Revista de Ciências da Administração. vol. 14, n. 32, abr. 2012, p. 131.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre o método dedutivo, pode-se entender a fase de conjectura como:
o momento em que se cria hipóteses que respondam ao problema de pesquisa.

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