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A Revolução Copernicana de Immanuel Kant

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A Revolução Copernicana 
de Immanuel KantA proposta da Revolução Copernicana 
surge no "Prefácio à segunda edição"
da Crítica da Razão Pura, publicada em 1787.
O objetivo de Kant é mudarmos nosso paradigma epistemológico,
ou seja, trocarmos o parâmetro segundo o qual avaliamos se algum
conteúdo é conhecimento ou não.
A partir desse novo paradigma,
Kant pretende então validar, ao final,
a possibilidade de haver conhecimento a priori.
A passagem na qual Kant propõe
a Revolução Copernicana é a seguinte:
"Até hoje se assumiu que todo o nosso conhecimento teria de regular-se pelos objetos; mas todas as
tentativas de descobrir algo sobre eles a priori, por meio de conceitos, para assim alargar nosso
conhecimento, fracassaram sob essa pressuposição. É preciso verificar pelo menos uma vez, portanto,
se não nos sairemos melhor, nas tarefas da metafísica, assumindo que os objetos têm de regular-se por
nosso conhecimento, o que já se coaduna melhor com a possibilidade, aí visada, de um conhecimento a
priori dos mesmos capaz de estabelecer algo sobre os objetos antes que nos sejam dados".
Kant 2015, B XVI.
A Revolução Copernicana 
de Immanuel Kant
Analisemos, então,
a passagem.
Primeiro trecho:
"Até hoje se assumiu que todo o nosso conhecimento teria de
regular-se pelos objetos; mas todas as tentativas de descobrir
algo sobre eles a priori, por meio de conceitos, para assim alargar
nosso conhecimento, fracassaram sob essa pressuposição".
A Revolução Copernicana 
de Immanuel Kant
Kant aqui sugere, na verdade, o abandono de uma abordagem,
comum à filosofia da época, que tem como paradigma epistemológico
o contato que, a princípio, uma entidade onipresente e onipotente
teria com os objetos, ao qual não podemos nos igualar.
A Revolução Copernicana 
de Immanuel Kant
Kant propõe agora um novo paradigma, a saber, o contato que o próprio ser
humano tem com os objetos. Se, por um lado, junto a esse novo parâmetro, ele
assume as limitações de nossas faculdades cognitivas, na medida em que somos
seres finitos, por outro lado, sugere que irá lhe permitir fornecer critérios mais
precisos à especulação filosófica a respeito de nosso conhecimento.
Segundo trecho:
"É preciso verificar pelo menos uma vez, portanto, se não
nos sairemos melhor, nas tarefas da metafísica, assumindo
que os objetos têm de regular-se por nosso conhecimento, o
que já se coaduna melhor com a possibilidade, aí visada, de
um conhecimento a priori dos mesmos capaz de estabelecer
algo sobre os objetos antes que nos sejam dados".
Logo a seguir, Kant faz uma comparação:
"Isso guarda uma semelhança com os primeiros pensamentos de Copérnico, que, não
conseguindo avançar muito na explicação dos movimentos celestes sob a suposição de
que toda a multidão de estrelas giraria em torno do espectador, verificou se não daria
mais certo fazer girar o espectador e, do outro lado, deixar as estrelas em repouso".
Kant 2015, B XVI.
A Revolução Copernicana 
de Immanuel Kant
Assim, tal como fez Copérnico, Kant pretende mudar o ponto de vista a partir do qual
olha para um tema de conhecimento, com o intuito de ter melhores resultados.
Mas, afinal, por que
"Revolução Copernicana"?
A Revolução Copernicana 
de Immanuel Kant
Bibliografia
Kant, I. (2015) Crítica da razão pura. Trad. Fernando Costa Mattos. Petrópolis, RJ: Vozes;
Bragança Paulista, SP: Editora Universitária São Francisco.
Allison, H. (2004) Kant’s Transcendental Idealism. New Haven: Yale University Press.
Autor do material: Caio Lemos
Página: https://www.passeidireto.com/perfil/561033-caio-victor-lemos

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