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Cópia de Cartilha Código Florestal

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Prévia do material em texto

Cartilha do Código Florestal
Fernanda Ribeiro Guevara, Letícia Martins Novo Lenz, Lucas
Freitas Monteiro de Carvalho, Patricia Menezes Leon Peres,
Rafaella Bräscher Halpern, e Vitor Ávila Peres de Oliveira
apresentam:
Um guia prático para
entender o diploma
ambiental brasileiro.
Apresentação
A cartilha tem como objetivo explicar de forma didática do
que trata o Código Florestal Brasileiro, bem como auxiliar a
população no geral a entender seus principais conceitos.
Além disso, serão utilizadas situações que ocorrem no dia
a dia do brasileiro para que se compreenda a importância
de aprender sobre o Direito Ambiental.
O Código Florestal atual foi instituído pela Lei nº
12.651/2012 mas, antes dela, estava em vigor a Lei nº
4.771/1965, que foi responsável pela regulamentação da
exploração das florestas e outras formas de vegetação no
território brasileiro.
Em 1964 houve o golpe militar que deu
início à Ditadura. Um dos principais
movimentos na época era o "integrar
para não entregar", que buscava a
integração do país e forçou um
movimento de expansão da fronteira
agrícola para o Norte, o que gerou o
desgaste da Floresta Amazônica e
outros biomas do Brasil. Assim, o
antigo código era visto por muitos
como ultrapassado.
O Código Florestal de 2012
Após muita discussão entre ambientalistas, que tinham
como objetivo uma legislação que fosse mais restritiva, e
ruralistas que buscavam facilitar a expansão do
agronegócio, surgiu o Código Florestal de 2012.
O novo código se comprometeu em estabelecer normas
gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de
Preservação Permanente (APP) e as áreas de Reserva
Legal; a exploração florestal, o suprimento de matéria-
prima florestal, o controle da origem dos produtos
florestais e o controle e prevenção dos incêndios
florestais, além de prever instrumentos econômicos e
financeiros para o alcance de seus objetivos. Assim, o
código se baseia no ideal do desenvolvimento sustentável.
A Lei nº 12.651/2012 trouxe alguns conceitos novos para o
direito brasileiro, principalmente para o pequeno agricultor,
ao qual foram concedidos alguns benefícios, como a
possibilidade de manejo agroflorestal sustentável,
comunitário e familiar, em áreas de uso restrito, como as
áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva
Legal.
Outra ideia de muita importância que o
Código Florestal de 2012 trouxe foi a de
interesse social, que é uma hipótese de
transferência da propriedade que visa
melhorar a vida em sociedade, na busca
da redução das desigualdades.
Antigamente, a Lei nº 4.771/1965
deixava a matéria ser tratada pelo
CONAMA (Conselho Nacional do Meio
Ambiente). Entretanto, o novo código
demonstrou maior preocupação em
classificar as atividades relacionadas
com políticas governamentais.
O Código Florestal de 2012
Agora, como já é possível entender
melhor do que trata o Código
Florestal brasileiro, é importante que
também se compreenda de forma
mais profunda alguns dos seu
principais conceitos!
APP significa área de preservação
permanente.
É uma área protegida, coberta ou não por vegetação
nativa, com a função ambiental de preservar os recursos
hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a
biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora,
proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações
humanas.
APP: o que é?
APP: tipos
Há APPs definidas em lei e as criadas
por ato do poder executivo.
As margens dos rios e o
entorno das lagoas
Os manguezais e as
restingas
As encostas com
declividade superior a 45º e
as áreas acima de 1.800m
são exemplos de APPs previstas
em lei.
APP: intervenção
A intervenção em APP é admitida
somente em 3 hipóteses.
utilidade pública
interesse social
baixo impacto ambiental
A intervenção realizada sem licenciamento impõe ao
agente o dever de recompor a vegetação suprimida.
Áreas consolidadas em APPs: o que são?
APPs com ocupação antrópica (resultante da ação humana)
preexistente a 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias
ou atividades agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a
adoção do regime de pousio (descanso dado a uma terra
cultivada por um ou mais anos).
O Código Florestal estabelece que nas
APPs é autorizado a continuidade das
atividades agrossilvipastoris, de
ecoturismo e de turismo rural em áreas
rurais consolidadas até 22 de julho de
2008 (art. 61-A).
Obs.: a data de 22 de julho de 2008 se refere à data da aprovação do
Decreto n. 6.514, que trata das infrações e sanções administrativas ao meio
ambiente e regulamenta a lei de crimes ambientais publicada em 1998
Contudo, a continuidade das atividades
descritas acima em uma APP de uso
consolidado depende da adoção de boas
práticas de conservação de solo e água, uma
vez que se trata de áreas com diversas
fragilidades ambientais, demandando manejos
diferenciados aos reservados às áreas
produtivas fora das APPs.
Áreas consolidadas em APP: Recomposição
Para efeito de recomposição de
algumas categorias de APP em áreas
consideradas consolidadas, o Código
Florestal estabelece regras
transitórias, indicando as dimensões
mínimas a serem recompostas com
vistas a garantir a oferta de serviços
ecossistêmicos a elas associados
(arts. 61-A e 61-B)
A aplicação de tais regras leva em
consideração o tamanho da
propriedade em módulos fiscais e às
características associadas às APPs
(ex: largura do curso d'água; área da
superfície do espelho d'água).
Áreas mínimas a serem recompostas
Áreas consolidadas em APP: Recomposição
Menor que 4
Módulos Fiscais
Maior que 4 Módulos
Fiscais
APPs no bioma da Mata Atlântica:
Aplicabilidade do Código Florestal
Em 2019, no entanto, a Advocacia Geral da União – AGU
e a Procuradoria Federal do IBAMA se posicionaram a
favor da aplicação do Código Floresta nas APPs do
Bioma, sob o argumento de que o Código trouxe regras
para uma fase transitória que foram abraçadas e
julgadas constitucionais pelo STF quando da análise de
Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs).
No momento, tendo em vista que ainda existe
controvérsia sobre o tema, a questão está
sendo novamente analisada pelo STF, por
meio da ADI nº 6446, ajuizada pelo Presidente
da República a fim de afastar interpretação
inconstitucional que impeça a aplicação do
Código Florestal nas APPs inseridas no Bioma
da Mata Atlântica.
Há uma corrente ambientalista que defende que
as diretrizes previstas no Código Florestal, por
serem gerais e menos protetivas, não poderiam
ser aplicadas às APPs inseridas em áreas rurais
consolidadas dentro do Bioma Mata Atlântica, o
qual é regulamentado pela Lei nº 11.428/2006
(Lei da Mata Atlântica).
A nova lei, cuja validade ainda é controvertida, define como área urbana
consolidada aquela que se enquadre em 10 critérios (art. 2º):
(i) estar incluída no perímetro urbano ou em zona urbana pelo plano diretor ou por lei
municipal específica;
(ii) dispor de sistema viário implantado;
(iii) estar organizada em quadras e lotes predominantemente edificados;
(iv) apresentar uso predominantemente urbano, caracterizado pela existência de
edificações residenciais, comerciais, industriais, institucionais, mistas ou
direcionadas à prestação de serviços;
(v) dispor de, no mínimo, 2 (dois) dos seguintes equipamentos de infraestrutura
urbana implantados:
(vi) drenagem de águas pluviais;
(vii) esgotamento sanitário;
(viii) abastecimento de água potável;
(ix) distribuição de energia elétrica e iluminação pública; e
(x) limpeza urbana, coleta e manejo de resíduos sólidos.
APPs em área urbana consolidada
Em 2021, foi publicada a Lei Federal n.º 14.285/2021, que altera as disposições do
Código Florestal sobre APPs em áreas urbanas consolidadas.
Redução das APPs em área urbana
consolidada
A Lei Federal nº 14.285/2021
estabelece também que os limites de
APP em áreas urbanas consolidadas
poderão ser reduzidos por lei
municipal, se atendidos alguns
critérios, dentre os quais que a
atividade ou empreendimentosejam
destinados aos casos de utilidade
pública, interesse social e baixo
impacto ambiental.
No entanto, essa alteração ao Código
Florestal está sendo alvo de críticas por
ambientalistas e constitucionalistas,
por contrariar precedentes do STF e STJ
que entendem que essa redução de APP
não seria permitida. Dessa forma, a
validade da nova lei ainda pode ser
questionada perante o Poder Judiciário.
Reserva Legal: O que é?
Sem prejuízo das APPs, todo imóvel rural deve manter área
com cobertura de vegetação nativa como Reserva Legal.
A área de Reserva Legal deve
obedecer às seguintes proporções:
Localizado na Amazônia Legal:
a) 80% (oitenta por cento), no imóvel
situado em área de florestas;
b) 35% (trinta e cinco por cento), no
imóvel situado em área de cerrado;
c) 20% (vinte por cento), no imóvel
situado em área de campos gerais;
Localizado nas demais regiões do País:
20% (vinte por cento).
Também é possível instituir a Reserva
Legal em regime de condomínio ou
coletiva entre propriedades rurais,
respeitado o percentual acima.
Uma vez indicado pelo
Zoneamento Ecológico-
Econômico (ZEE), o Poder
Público poderá:
- Reduzir, exclusivamente para
fins de regularização, mediante
recomposição, regeneração ou
compensação da Reserva Legal
de imóveis com área rural
consolidada, situados em área
de floresta localizada na
Amazônia Legal, para até 50%
(cinquenta por cento) da
propriedade, excluídas as áreas
prioritárias para conservação da
biodiversidade e dos recursos
hídricos e os corredores
ecológicos;
II - ampliar as áreas de Reserva
Legal em até 50% (cinquenta por
cento) dos percentuais previstos
nesta Lei, para cumprimento de
metas nacionais de proteção à
biodiversidade ou de redução de
emissão de gases de efeito
estufa.
Zoneamento Ecológico-
Econômico:
O Zoneamento Ecológico-
Econômico (ZEE) é um
instrumento da Política
Nacional do Meio Ambiente,
regulamentado pelo decreto nº
4.297/2002, e tem como
objetivo viabilizar o
desenvolvimento sustentável a
partir da compatibilização do
desenvolvimento
socioeconômico com a
proteção ambiental.
Além da ZEEs, a localização da
Reserva Legal também deve
levar em consideração o plano
de bacia hidrográfica, a
formação de corredores
ecológicos com outra área
protegida, áreas de maior
importância para preservação
da biodiversidade e áreas de
maiior fragilidade ambiental.
Proteção da Reserva Legal
A Reserva Legal deve ser conservada com cobertura de vegetação nativa
pelo proprietário do imóvel.
É sempre possível o manejo
sustentável da vegetação florestal
da Reserva Legal, serão adotadas
práticas de exploração seletiva nas
modalidades de manejo sustentável
sem propósito comercial para
consumo na propriedade e manejo
sustentável para exploração
florestal com propósito comercial.
Já o manejo florestal sustentável
da vegetação da Reserva Legal com
propósito comercial depende de
autorização do órgão competente,
desde que não descaracterize a
cobertura vegetal, assegure a
diversidade das espécies e conduza
o manejo de espécies exóticas, com
regeneração de espécies nativas.
A área de Reserva Legal deverá ser
registrada no órgão ambiental
competente por meio de inscrição
no CAR, sendo vedada a alteração
de sua destinação, nos casos de
transmissão, a qualquer título, ou de
desmembramento.
É livre a coleta de produtos
florestais não madeireiros, tais
como frutos, cipós, folhas e
sementes, devendo-se observar:
I - os períodos de coleta e volumes
fixados em regulamentos
específicos, quando houver;
II - a época de maturação dos frutos
e sementes;
III - técnicas que não coloquem em
risco a sobrevivência de indivíduos e
da espécie coletada no caso de
coleta de flores, folhas, cascas,
óleos, resinas, cipós, bulbos,
bambus e raízes.
Coleta de produtos florestais e
Registro da Reserva Legal:
O Cadastro Ambiental Rural – CAR é um
registro público eletrônico nacional,
obrigatório para todos os imóveis rurais, com
o objetivo de englobar as informações
ambientais das propriedades e posses rurais,
criando uma base de dados para controle,
monitoramento, planejamento ambiental e
econômico, além de combate ao
desmatamento.
Cadastro Ambiental Rural -
CAR
Inscrição no CAR
A inscrição do imóvel rural no CAR é feita
por meio de sistema eletrônico e deverá ser
realizada junto ao órgão estadual
competente, na Unidade da Federação (UF)
em que se localiza o imóvel rural.
Estados e Distrito Federal
disponibilizam na internet endereço
eletrônico para interface de programa
junto ou integrado ao Sistema de
Cadastro Ambiental Rural - SICAR,
destinado à inscrição, à consulta e ao
acompanhamento da situação da
regularização ambiental dos imóveis
rurais.
A inscrição no CAR
dos imóveis rurais
situados no estado
do Rio de Janeiro
deverá ser realizada
pelo site
www.car.gov.br.
Exploração Florestal
O Código Florestal trata da possibilidade de
utilização da floresta de forma sustentável,
explorada de forma econômica ou de subsistência
gradual, possibilitando a manutenção e regeneração
dela.
Essa exploração é
vedada em APPs,
contudo é possível em
áreas de Reserva Legal,
desde que respeitadas
as regras contidas no
código.
Para que possa ocorrer exploração de florestas
nativas e formações sucessoras, de domínio
público ou privado é preciso aprovação prévia de
Plano de Manejo Florestal Sustentável - PMFS,
para que, então seja licenciado por órgão
competente do Sisnama.
O Plano de Manejo Florestal
Sustentável - PMFS deve
contemplar as características
do meio físico e biológico, a
determinação do estoque de
madeira existente, a intensidade
de exploração compatível com a
região, o ciclo de corte
compatível com o tempo de
restabelecimento do produto
extraído no ambiente, a regeneração natural
da floresta, o tipo de
sistema silvicultural, o
monitoramento do
desenvolvimento da
floresta e a adoção de
medidas de impactos
ambientais.
Plano de Manejo Florestal
Sustentável - PMFS
II - o manejo e a
exploração de florestas
plantadas localizadas fora
das Áreas de Preservação
Permanente e de Reserva
Legal;
Isenção de PMFS
Há três casos de isenção de
Plano de Manejo Florestal
Sustentável, são eles:
I - a supressão de
florestas e formações
sucessoras para uso
alternativo do solo;
III - a exploração florestal
não comercial realizada nas
propriedades rurais ou por
populações tradicionais.
Suprimento por Matéria-Prima
Florestal
O Código Florestal exige uma
proporcionalidade entre a evolução
da economia e o respeito ao meio
ambiente.
Dessa forma, ele regulamenta a
exploração de florestas por pessoas
físicas ou jurídicas que possuem o
objetivo de extrair matéria-prima para
o exercício de suas atividades.
Florestas plantadas;
Matéria-prima de florestas nativas,
após aprovação do Plano de Manejo
Florestal Sustentável pelo órgão
ambiental responsável;
Matéria-prima decorrente da
supressão de vegetação nativa
autorizada pelo órgão competente do
SISNAMA - desde que o proprietário
aponte a reposição ou compensação
florestal, bem como o uso que dará à
área a ser desmatada;
Matéria-prima extraída de outras
formas de biomassa definidas por
órgão competente do SISNAMA.
1.
2.
3.
4.
Fontes Passíveis de Exploração
para a Oferta de Matéria-Prima
Plano de Suprimento
Sustentável - PSS
O Plano de Suprimento Sustentável é
documento que deve ser elaborado e, após
aprovação pelo órgão do SISNAMA, aplicado
pela empresa industrial utilizadora de grande
quantidade de matéria-prima florestal,
consagrando um conjunto de informações
acerca do uso dos recursos.
Ele deverá incluir a programação de
suprimento de matéria-prima florestal,
indicando sua produção anual, consumo
anual estimado, as áreas previstas para
plantio, manejo e supressão, pelo prazo de
cinco anos.
Controle da Origem dos
Produtos Florestais
O Sistema Nacional de Controle da Origem dos
Produtos Florestais (Sinaflor) integra o controle da
origem da madeira, do carvão e de outros produtosou subprodutos florestais, sob coordenação,
fiscalização e regulamentação do Ibama.
As atividades florestais, empreendimentos
de base florestal e processos correlatos
sujeitos ao controle por parte dos órgãos do
Sistema Nacional do Meio Ambiente
(Sisnama) serão efetuadas por meio do
Sinaflor, ou por sistemas estaduais e
federais nele integrados.
O Sinaflor foi instituído
pela Instrução Normativa
n° 21, de 24 de dezembro
de 2014, em observância
dos arts. 35 e 36 da Lei
nº 12.651, de 25 de maio
de 2012.
Produtos Florestais Sujeitos ao
Controle
Exigem emissão do DOF:
1. Produto florestal bruto
Aquele que se encontra no
seu estado bruto ou in
natura, nas seguintes
formas:
a) madeira em tora;
b) torete;
c) poste não imunizado;
d) escoramento;
e) estaca e mourão;
f) acha e lasca nas fases de
extração/fornecimento;
g) lenha;
h) palmito;
i) xaxim.
Produtos Florestais Sujeitos ao
Controle
Exigem emissão do DOF
2. Produto florestal processado
Aquele que, tendo passado por atividade
de processamento, obteve a seguinte
forma:
a) madeira serrada;
b) piso, forro (lambril) e porta lisa feitos
de madeira maciça;
c) rodapé, portal ou batente, alisar, tacos
e decking feitos de madeira;
d) lâmina torneada e lâmina faqueada;
e) madeira serrada curta;
f) resíduos da indústria madeireira para
fins energéticos ou para fins de
aproveitamento industrial;
h) carvão de resíduos da indústria
madeireira;
i) carvão vegetal nativo, inclusive o
empacotado na fase de saída do local da
exploração florestal e/ou produção;
j) artefatos de xaxim na fase de saída da
indústria;
k) cavacos em geral;
l) bolacha de madeira.
DOS CRIMES CONTRA
FLORA
Os arts. 38 a 51 da Lei
n°9.605/1998 discorrem sobre
normas de proteção,
qualificando danos relativos
preservação permanente.
Devido à ausência, na lei, de
um conceito para o termo
“floresta”, inserto no art. 38
da Lei nº 9605/98, torna-se
imprescindível que o jurista
observe a conceituação
doutrinária e jurisprudencial
do vocábulo, a fim de que se
limite o objeto material do
crime.
Plano Nacional para Controle do
Desmatamento Ilegal e Recuperação
da Vegetação Nativa
1.Tolerância Zero ao Desmatamento Ilegal
Poder de polícia de determinadas
instituições para coibir crimes
ambientais, grilagem de terras,
extração ilegal de madeira e invasão
de áreas públicas; medidas para o
fortalecimento de sistemas de
monitoramento
Responsabilização por crimes e
infrações ambientais
Ações de fiscalização e combate aos
ilícitos ambientais:
Implementação de medidas efetivas
de prevenção e combate a incêndios
florestais e fortalecimento do manejo
integrado do fogo em áreas
protegidas
Fortalecimento e integração de
sistemas de informação
desenvolvidos por diferentes
instituições, como Polícia Federal,
Censipam, Ibama, entre outros
Aprimoramento de sistemas de
monitoramento e disponibilização de
informações sobre desmatamentos
e incêndios florestais.
Plano Nacional para Controle do
Desmatamento Ilegal e Recuperação
da Vegetação Nativa
2. Regularização Fundiária e Ordenamento
Territorial
Resolver situações fundiárias,
de modo a identificar e
responsabilizar eventuais
infratores ambientais e reduzir
conflitos fundiários.
Fortalecimento do Incra e
promoção da regularização
de imóveis rurais
Titulação de assentamentos
de reforma agrária
Aprimoramento do processo
de compensação de reserva
legal
Destinação de glebas
públicas federais
Consolidação de unidades
de conservação
Atualização da
regulamentação sobre
Zoneamento Ecológico
Econômico do Brasil
Plano Nacional para Controle do
Desmatamento Ilegal e Recuperação
da Vegetação Nativa
3. Pagamento por Serviços Ambientais
Por indivíduos ou organizações,
públicas ou privadas, de âmbito
nacional ou internacional, aos
prestadores de serviços
ambientais, de forma direta ou
indireta, monetária ou não
monetária.
Para criar, fomentar e consolidar o
mercado de serviços ambientais,
reconhecendo e valorizando as
atividades ambientais em todos os
biomas brasileiros.
Plano Nacional para Controle do
Desmatamento Ilegal e Recuperação
da Vegetação Nativa
4. Recuperação da Vegetação Nativa
Conservação da biodiversidade,
do solo, dos recursos hídricos, da
produção agrícola e na redução e
absorção de emissões de
carbono, com
geração de emprego e renda.
Plano Nacional para Controle do
Desmatamento Ilegal e Recuperação
da Vegetação Nativa
5. Bioeconomia
Uso sustentável dos recursos
naturais e estruturação de
cadeias produtivas inovadoras e
com alto potencial de valor
agregado.
Responsável por promover
ações conjuntas para
produzir, harmonizar e
disponibilizar informações
oficiais relativas ao
desmatamento, cobertura e
uso da terra e incêndios
florestais.
Comissão Executiva para o Controle
do Desmatamento Ilegal e
Recuperação da Vegetação Nativa
Fontes e Bibliografia:
LEHFELD, Lucas de Souza; CARVALHO,
Nathan Castelo Branco de; BALBIM,
Leonardo Isper Nassif. Código Florestal:
Comentado e Anotado. [S. l.: s. n.], 2013.
Disponível em:
http://www.mpap.mp.br/images/CAOPs
/cartilhas/codigo-florestal.pdf. Acesso
em: 24 fev. 2022.
GOVERNO DO BRASIL. Cadastro Ambiental
Rural (CAR). [S. l.], 2020. Disponível em:
https://www.gov.br/pt-
br/servicos/inscrever-imovel-rural-no-
cadastro-ambiental-rural-car. Acesso em:
24 fev. 2022.
BRASIL. Lei 12651/2012. Código Florestal
Brasileiro [online]
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2
011-2014/2012/lei/l12651.htm Acesso em:
24 fev. 2022.
IBAMA. Sistema Nacional de Controle da
Origem dos Produtos Florestais
(Sinaflor). [S. l.], 2021. Disponível em:
http://www.ibama.gov.br/sinaflor.
Acesso em: 24 fev. 2022.
IBAMA. Documento de Origem Florestal
(DOF). [S. l.], 2021. Disponível em:
http://www.ibama.gov.br/flora-e-
madeira/dof/o-que-e-dof. Acesso em: 24
fev. 2022.
GOVERNO DO BRASIL. Plano Nacional para
Controle do Desmatamento Ilegal e
Recuperação da Vegetação Nativa, 2020.
Disponível em:
https://www.gov.br/planalto/pt-
br/conheca-a-vice-presidencia/nota-a-
imprensa/anexo-ao-resumo-informativo-
no-3_de-29-5-2020.pdf. Acesso em: 24
fev. 2022.
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito
Ambiental. 20 ed. São Paulo: Atlas, 2019.
TRENNEPOHL, Terence. Manual de
direito ambiental. 8ª ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2020.

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