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Lara de Aquino Santos PORTFÓLIO CIRURGIA AVANÇADA Exodontia dos Dentes 18 e 48 .....CLASSIFICAÇÃO DA IMPACÇÃO:..... → Segundo a classificação de Winter, os dentes 18 e 48 encontram-se verticais, em relação a angulação do longo eixo dos 2° molares. → Com base na classificação de Pell & Gregory, o elemento dentário 48 encontra-se com a coroa totalmente anterior ao ramo mandibular (classe I) e em uma posição A, assim como o dente 18, pois a porção mais alta deles estão ao nível do plano oclusal dos 2° molares. .....POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES:..... → Devido a proximidade das raízes do elemento 18 com o seio maxilar, é necessária uma maior cautela na sua remoção, para não gerar uma comunicação buco-sinusal e/ou deslocamento acidental das raízes para a região do seio maxilar. Em Caso de Suspeita: → Evitar inserir instrumental dentro do alvéolo; → Solicitar que o paciente realize uma pressão sinusal (manobra de Valsalva). Paciente E.A.S, 37 anos, sexo feminino, normossistêmica, compareceu a triagem relatando dor na região superior e inferior direita, há 1 mês, coincidindo com os dentes 18 e 48. A mesma apresentava abertura bucal limitada, por volta de 4 cm. Paciente relatava edema na região direita da face e presença de secreção purulenta. Negava histórico de febre. Tendo em vista os sintomas clínicos característicos de pericoronarite, paciente foi orientada a concluir a posologia do antibiótico que estava fazendo uso (amoxicilina) e a realizar bochechos de digluconato de clorexidina 0,12 %, 3x ao dia, após as refeições, durante 7 dias. Além disso foi prescrito miosan, 1 comprimido antes de dormir. PORTFÓLIO CIRURGIA AVANÇADA Lara de Aquino Santos Resultados da Manobra de Valsalva: → Caso não se observe alteração no líquido que preenche o alvéolo significa que não houve comunicação oroantral; → Caso o líquido se movimente, mas não haja formação de bolhas significa que houve a comunicação, mas a membrana sinusal não foi acometida; → Caso observe-se a presença de bolhas de ar no alvéolo significa que houve uma comunicação oroantral, com acometimento da membrana sinusal. Tratamento das Comunicações Pequenas: Comunicações menores que 2 mm geralmente apresentam resolução espontânea. → Realizar a manobra de Chompret (aproximação da cortical vestibular e palatina), para que se tenha o fechamento do alvéolo e um auxílio na manutenção do coágulo; → Pode-se inserir uma esponja de fibrina (hemospon) e proceder a sutura; → Importante orientar o paciente a não gerar pressão no interior do seio. Evitar assoar o nariz, espirrar com a boca fechada, beber de canudo e fumar. Tratamento das Comunicações Moderadas (2 a 6 mm): Geralmente apresentam resolução espontânea. → Realizar a manobra de Chompret, inserir esponja de fibrina e fazer uma sutura em forma de oito, para ajudar a assegurar a manutenção do coágulo; → Realizar orientações ao paciente para que ele não gere pressão no interior do seio; → Prescrever amoxicilina + ácido clavulânico por 10 dias e descongestionante nasal. Tratamento das Comunicações Grandes (maior que 7 mm): → Fechamento com retalho vestibular ou palatino, para evitar a formação de uma fístula buco antral, e se necessário reduzir a altura de parte do processo alveolar; → Realizar orientações ao paciente para que ele não gere pressão no interior do seio; → Prescrever amoxicilina + ácido clavulânico por 10 dias e descongestionante nasal. Em Caso de Deslocamento Acidental do 18 para o Seio Maxilar: Indicação para realização da TÉCNICA DE CALDWELL-LUC. Lara de Aquino Santos .....PROTOCOLO CLÍNICO:..... 1. Avaliação da Paciente: → Receber a paciente para checagem de sua alimentação e estado geral, bem como aferição de seus sinais vitais. A paciente retornará para a recepção para aguardar a organização do box. 2. Paramentação, Preparo da Cadeira e Montagem da Mesa Cirúrgica: → PARAMENTAÇÃO: Proceder a lavagem das mãos, realizando a limpeza de toda a superfície corretamente. Vestir o capote cirúrgico com ajuda da auxiliar, pegando pela região que ficará em contato com a pele. Calçar a luva cirúrgica, pegando pela região interna do punho da mão dominante, e posteriormente pela região externa da segunda luva; → PREPARO DA CADEIRA: Posicionar o campo estéril sob a mesa auxiliar e o equipo, assim como os protetores do refletor. A serpentina do sugador e da caneta de alta rotação só deve ser inserida após a chegada da paciente; → MONTAGEM DA MESA CIRÚRGICA: Realizar de acordo com os atos operatórios, da esquerda para a direita. Ao final da organização deve-se cobrir a mesa auxiliar com o campo fenestrado para evitar ansiedade na paciente. 3. Antissepsia Intraoral e Extraoral: → A auxiliar entregará o bochecho de clorexidina 0,12% para a paciente. A mesma deve bochechar durante 1 minuto a solução e expelir na cuspideira; → A operadora realizará a antissepsia extraoral com o auxílio de uma gaze, apreendida na pinça Allis, embebida de clorexidina 2% (depositando a solução sob a gaze), realizando movimentos do centro para a periferia, de cima para baixo. Ao final a operadora descartará as gazes no lixo apropriado e a auxiliar colocará o óculos de proteção na paciente. 4. Apreensão do Campo Fenestrado, Montagem da Caneta e Sugador Cirúrgico: → Apreender o campo fenestrado na roupa da paciente, por meio da pinça Backhaus; → A auxiliar ajudará a operadora a montar a serpentina no sugador cirúrgico, bem como acoplar a caneta de alta rotação e a sua serpentina. Após conectar a caneta de alta rotação, acoplar a broca cirúrgica n° 702 e realizar a sua testagem; → Apreender o sugador e a caneta de alta na roupa da paciente por meio da pinça Backhaus, juntamente com o campo fenestrado. 5. Anestesia: → NERVOS ANESTESIADOS: Bloqueio do nervo alveolar superior posterior e nervo palatino maior para o silêncio operatório do dente 18. Bloqueio do nervo alveolar inferior, lingual e bucal para o silêncio operatório do dente 48; → ANESTÉSICO: Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000; → QUANTIDADE DE TUBETES POR ARCADA: 1 tubete para maxila e 2 tubetes para mandíbula. Lara de Aquino Santos ALVEOLAR SUPERIOR POSTERIOR: → Orientar o bisel da agulha voltado para o osso e pedir para que o paciente abra parcialmente a boca; → Aplicar o anestésico tópico por 1 minuto; → Inserir a agulha na altura do sulco mucovestibular sobre o 2° molar, avançando a agulha lentamente para cima, para dentro e para trás. PALATINO MAIOR: → Orientar o bisel da agulha voltado para o osso; → Aplicar o anestésico tópico por 1 minuto, pressionando a área do forame, para aliviar o desconforto; → Posicionar a seringa no lado oposto, direcionada para a região do 2° molar. Inserir a agulha no tecido mole anterior ao forame palatino maior e junção do processo alveolar maxilar e o osso do palato, avançando lentamente até que o osso do palato seja tocado. ALVEOLAR INFERIOR E LINGUAL: → Orientar o bisel da agulha voltado para o osso; → Aplicar o anestésico tópico por 1 minuto; → Posicionar a seringa na região de pré-molares do lado oposto; → Palpar com o dedo indicador da mão esquerda a incisura coronoide e inserir a agulha longa 3/4 da distância entre a borda anterior do ramo e a rafe pterigomandibular, 1 cm acima do plano oclusal. Quando o osso for tocado, recuar a agulha 1 mm e depositar 1 tubete na região; → Remover metade do comprimento da agulha do local de punção do NAI, posicionar a agulha paralela ao longo eixo dos molares inferiores e depositar 1/3 do tubete. BUCAL → Orientar o bisel da agulha voltado para o osso; → Aplicar o anestésico tópico por 1 minuto; → Posicionar a seringa paralela ao plano oclusal na região vestibular e distal ao 2° molar inferior.Aprofundar 2 mm e depositar ½ do tubete. Lara de Aquino Santos 6. Diérese Incisa e Romba: 7. Osteotomia: → Em alta rotação, com auxílio da broca 702, realizar o desgaste na região vestibular, se estendendo até a distal, para evidenciar um ponto de apoio no dente; → Realizar a osteotomia estreita (espessura da broca) e profunda (até evidenciar o colo do dente ou furca), até chegar ao osso esponjoso (aspecto clínico avermelhado/sangrante). 8. Exérese: MANDÍBULA: → Inicia-se a incisão na metade da distância vestíbulo- lingual seguindo de forma divergente (para a vestibular), da região posterior para a anterior, até tocar a face distal do 2° molar. Logo contorna-se o sulco por vestibular até a mesial do 2° molar. O tamanho da incisão na região distal do 2° molar deve ser pelo menos o comprimento mésio- distal do dente a ser removido (de um molar); → Realizar o descolamento com firmeza e movimento controlado, por meio do descolador de Molt n°9, para que o retalho seja afastado em sua espessura total (mucosa, submucosa e periósteo), e se obtenha uma correta visualização com pouco sangramento. MAXILA: → Inicia-se a incisão na metade da distância vestíbulo- palatina seguindo de forma retilínea, da região posterior para a anterior, até tocar a face distal do 2° molar. Logo contorna-se o sulco por vestibular até a mesial do 2° molar; → Realizar o descolamento com firmeza e movimento controlado. → Apoiar a alavanca sempre na região vestibular e realizar movimentos da mesial para a distal. O ponto de apoio será na região mais cervical e mesial do dente a ser removido, com direção de remoção para a oclusal, vestibular e distal. Lara de Aquino Santos 9. Inspeção do Alvéolo: → Após a remoção do dente devemos inspecionar o alvéolo, procurando remanescente de saco pericoronário ou espículas ósseas. Se presente, devem ser removidos, saco pericoronário com pinça Kelly e espículas ósseas regularizar com a lima para osso. 10. Toalete da Cavidade: → Criteriosa lavagem da cavidade com soro fisiológico e aspiração. 11. Hemostasia: → É uma etapa que não apresenta ordem fixa, mas é criteriosa para se ter um controle do sangramento e evitar problemas como sangramento pós-operatório; → É realizada com gaze estéril por 5 minutos. 12. Sutura: → Realizar dois pontos interrompido simples na região da incisão posterior, com fio não reabsorvível; → As suturas não devem ser apertadas em excesso, porque isso pode provocar uma necrose do tecido gengival, interferindo no processo cicatricial. 13. Orientações Pós-Operatória: → Evitar esforço físico e exposição solar, bem como bochechos nas primeiras 24 horas; → Continuar a posologia da medicação pré-operatória; → Retornar após 7 dias, para avaliar a cicatrização e realizar a remoção dos pontos; → Realizar a escovação normalmente, evitando a região operada, que de ser higienizada com uma gaze; → Alimentação líquida e fria no primeiro dia; 2° dia pastosa e morna; no 3 ° dia normal, sob controle, evitando alimentos muito duro e mastigar sob a região.
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