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Patologia da Vesícula Biliar e Ductos extra-hepáticos 1 Patologia da Vesícula Biliar e Ductos extra-hepáticos ➯ Doenças da vesícula biliar (VB) são mais comum em mulheres ➯ Principal causa de circurgia na VB relacionadas a litíase ➯ As doenças são em sua maioria de natureza inflamatória ➯ As neoplasias da VB são raras, mas muito letais Anomalias congênitas Localização aberrante: Anomalia mais comum Costuma se manifestar com um aprofundamente da vesícula na superfície hepática, ficando englobada pelo fígado Clinicamente não traz grandes manifestações e seu achado costuma ser acidental Vesícula bilobada: A bilobação tende a se desenvolver a partir de septos que se desenvolvem na vesícula, que pode ser um septo transversal ou longitudinal Costuma se apresentar de uma forma incidental, assintomática Atresia biliar Obstrução da árvore biliar, normalmente por esclerose dos ductos biliares extra-hepático Agenesia (raro) Atrofia das células Geralmente associada a outras malformações da árvore biliar Se associada, cursa com sintomas Atresia biliar (congênito): Acomete 1 a cada 10 mil nascimentos vivos Sintomas comuns: icterícia, urina escura, acolia, hepatomegalia É a principal causa de transplante hepático em crianças, sendo de 50 a 60% deles Patogenia: ainda é desconhecida, mas muitas dessas crianças nascem com as vias biliares pérvias, e nos primeiros meses elas vão se apresentando com icterícia decorrente da obstrução do fluxo biliar Etiologia: ainda não é definida, mas a possibilidade de algum agente infeccioso ou fundo imunológico pode se desenvolver Quando possível, se faz uma derivação de um segmento a montante, possibilitando a drenagem da bile, mas esse procedimento cirúrgico para tratamento da atresia biliar só se faz num pequeno percentual (menos de 10% das vezes) enquanto na maioria das vezes o procedimento não se realiza pois não tem um ducto patente a montante antes da obstrução, para que a derivação se desenvolva Colelitíase Formação de cálculos dentro da vesícula Incidência muito alta → até 20% da população adulta A maioria maioria tem um curso silencioso (+ de 80% dos casos) A incidência está relacionada com a idade: 5% ou menos em pacientes < 40 anos + de 30% em pacientes com > 80 anos ➯ Condições predisponentes: Todas estão relacionadas com alteração do metabolismo hepático, que são facilitadoras da litíase biliar, como: Obesidade; Dieta hipercalórica; Diabetes; Patologia da Vesícula Biliar e Ductos extra-hepáticos 2 2x mais frequente em mulheres � Aspectos clínicos dos cálculos: 1. A grande maioria é completamente SILENCIOSA (assintomática) e ter um achado acidental; 2. A clínica desses cálculos é de dor biliar geralmente em cólica, podendo ser contínua, no hipocôndrio direito 3. Os cálculos menores são aqueles com maior chance de obstrução 4. O íleo do calculo biliar é uma complicação de cálculos grandes que acabam perfurando a parede vesical e penetrando na alça interposta Doença de Crohn; Cirrose; Doença hemolítica; Infestações parasitárias; Vagotomia troncular; Gestações múltiplas. ➯ Os cálculos são divididos em dois tipos, de acordo com seus principais constituintes (de colesterol x pigmentados) 1. Cálculos de colesterol Mais comum Tem como principal constituinte o colesterol cristalino monoidratado Patogenia mais conhecida Na bile, temos uma maior concentração de colesterol, sendo supersaturada, pois há menor solubilidade pelos sais biliares Consequências: Diminuição da motilidade/estase na vesícula biliar (hipomotilidade) Isso facilita a nucleação (cristalização) do colesterol dentro da vesícula biliar A hipersecreção de muco vai favorecer e facilitar a agregação dessa precipitação, fazendo com que esse calculo cresça → propagação do cálculo Possui aspecto de CASCA DE CEBOLA (várias tonalidades) Os cálculos de colesterol por serem maiores, crescem formando amoldamentos (um com o outro) no cálculo, como se fossem facetas que se encaixam, possuindo menos mobilidade Menos mobilidade e mais pesados = menos chances de obstruir o ducto Cálculos de colesterol, onde vemos eles facetados, amarelados, nesse caso numerosos Cálculo fragmentado, mostrando as diversas tonalidades, além de mostra que os cálculos estão sendo formados em etapas Patologia da Vesícula Biliar e Ductos extra-hepáticos 3 � Cálculo de Colesterol Puro: Raro e perfaz 10% de todos os cálculos, sendo maiores, geralmente únicos Quando eles se fragmentam, tem uma superfície translúcida e algo radiada Particularmente o cálculo puro é propenso a sofrer outro tipo de complicação (raro) → ÍLEO DO CÁLCULO BILIAR (perfuração da parede da vesícula até a luz intestinal) Como são pesados, eles ficam depositados na parede vesical que, pelo peso e compressão da parede, acabam sofrendo atrofia e podendo (em casos avançados e extremos) provocarem perfuração da parede Esse cálculo pode migrar ainda para dentro da cavidade peritoneal e eventualmente para uma alça de delgado interposto, migrando para dentro da luz intestinal 2. Cálculos pigmentados O principal constituinte são sais cálcicos de bilirrubina Está relacionado a dois processos, principalmente: a. Síndromes hemolíticas (sobretudo relacionadas aos cálculos pretos) b. Processos infecciosos da árvore biliar (relação com a formação de cálculos mais amarronzados) Portanto, esses cálculos pigmentados se diferenciam do cálculo de colesterol por serem MENORES e mais NUMEROSOS Enquanto os de colesterol são maiores e com várias tonalidades (formados com o tempo) O problema dos cálculos pigmentados (por serem menores), tendem a se mobilizarem mais e impactarem no ducto cístico Uma vez que isso acontece, surgi uma sequência de eventos inflamatórios Cálculo pigmentado e na imagem vemos um cálculo impactado no ducto cístico Chama atenção a tonalidade enegrecida e os tamanhos menores desses cálculo Patologia da Vesícula Biliar e Ductos extra-hepáticos 4 � ➯ Colangite ascendente: Processo de obstrução de fluxo por calculo pode favorecer processos infecciosos ascendentes, que entram as bactérias via intestinal, que fazem o percurso inverso, vão ganhando o colédoco, e vias biliares menores adentrando no parênquima hepático e desencadeando um processo inflamatório agudo super ativo Colecistite Aguda Calculosa A colelitíase cursa com dor relacionada a obstrução do ducto cístico → isso acaba desencadeando um processo inflamatório agudo da vesícula biliar Com a estase da bile, acaba por romper a membrana mucosa que protege o epitélio da ação da bile Portanto: obstrução → irritação da bile → processo inflamatório → congestão e edema (compromete a circulação sanguínea) → isquemia A circulação sanguínea da bile é abastecida por uma única artéria terminar, sem colaterais O processo de inflamação é o clássico: congestão, edema, exsudação neutrofílica Com a evolução do processo vamos ter a possibilidade de desenvolver: Necrose da parede Perfuração Ulceração Fibrina na superfície serosa da vesícula biliar A colecistite tem relação com cálculo, mas nem todo processo inflamatório da vesícula biliar tem associação com cálculo, que é o caso da ACALCULOSA. Colecistite aguda acalculosa Esse quadro tende a se desenvolver quando o paciente tem outras afecções graves, como: Pós operatório de grandes cirurgias (pacientes politraumatizados, em UTI) Condições que existe uma outra doença dominante, que de uma forma mais ou menos silenciosa geralmente relacionada a uma hiperpefusão da vesícula biliar → isquemia Essa hiperpefusão tecidual relacionada a desidratação Estase da bile (pacientes que ficam grande períodos sem alimentação de tal forma que ocorre ruptura da camada de muco que protege o epitélio) Em algumas circunstâncias, a bile fica muito espessa, com mobilização dificultada → LAMA BILIAR ou BARRO BILIAR Embora não haja um cálculo verdadeiramente formado, ela funciona como se tivesse→ é uma bile que não flui pra dentro do ducto cístico e dificilmentedrena para dentro do colédoco, obstruindo o sistema biliar e tendo um padrão morfológico bastante similar a um cálculo Vamos ter: inflamação aguda � Morfologicamente é indistinguível da Colecistite aguda Patologia da Vesícula Biliar e Ductos extra-hepáticos 5 exsudação neutrofílica congestão edema ulceração necrose e perfuração da parede em casos mais extremos calculosa, diferenciando-se apenas pela presença ou não de calculo A vesícula fica com uma tonalidade VINHOSA, que é característica dos processos inflamatórios agudos onde nós temos um maior aporte de sangue � Se diz que precisa o clinico e o cirurgião um grande grau de suspeição, pois geralmente o paciente tem uma outra doença grave, que tem um quadro grande associado a essa circunstancia, Enquanto que de uma forma silenciosa geralmente relacionada a hipoperfusão da vesícula, por desidratação, por perdas sanguíneas, por outras condições Se o médico não for muito ligado esse quadro pode complicar, inclusive levando à morte do paciente, enquanto está associada a uma outra doença grave (sendo uma complicação bastante difícil de ser reconhecida) Colecistite crônica 90% do processo inflamatório tem associação com a litíase O quadro crônica da colecistite segue com: Dor Febre Cólica O cálculo sofre cronificacão ou pode ser um processo de baixa magnitude → uma bile hipersaturada que vai irritando a parede e dando um processo inflamatório crônico sem aquela fase aguda exuberante A Colecistite crônica se apresenta com as características da inflamação crônica: Infiltrado monomorfonuclear, com linfócitos, macrófagos, plasmócitos Fibrose da parede (proliferação de fibroblastos acompanhando) Isso se se traduz como um órgão com uma parede ESPESSADA e INELÁSTICA (rígida) Especificamente na vesícula biliar, é como se nós tivéssemos invaginações do epitélio em direção a parede (serosa) Essa invaginação do epitélio, parte alcançada pela pressão aumentada na luz decorrente da obstrução e em parte é adquirida pela fibrose que vai repuxando os tecidos, de tal forma que forma invaginações do epitélio → SEIO DE ROKITANSKY-ASCHOFF Como não tem muscular, a bile não consegue voltar novamente para a luz e fica estagnada e lesionando o epitélio (entrando no ciclo da inflamação) Isso desencadeia a ruptura, lesão e necrose do epitélio, tendo exposição da bile ao tecido conjuntivo subepitelial, provocando uma lesão inflamatória bem desenvolvida e bem proeminente, tendo espessamento localizado na parede, que é importante pois pode simular algum carcinoma infiltrativo As vezes o processo crônico é tão exuberante que a vesícula fica completamente atrófica e sofre extrema calcificação Patologia da Vesícula Biliar e Ductos extra-hepáticos 6 A vesícula biliar fibrosada favorece a calcificação, e a calcificação é fosca, brancacenta e firme e o órgão adquire um aspecto muito semelhante a uma porcelana → VESÍCULA DE PORCELANA A vesícula em porcelana é importante porque ela cursa com maior risco de MALIGNIDADE � Relembrando: a vesícula biliar NÃO TEM SUBMUCOSA, tem mucosa constituída por epitélio e lâmina própria a qual está distendida graças ao infiltrado monomorfonuclear, e imediatamente repousando na muscular própria. Seios de Rokitansky-Aschoff: Uma herniação do epitélio em direção à serosa pode determinar um processo inflamatório bastante exuberante sobretudo rico em células xantomatosas (macrófagos que fagocitaram grande quantidade de lipídios e portanto ficam com aspecto espumoso do seu citoplasma) Eventualmente esse lipídio pode cristalizar e formar cristais de colesterol e provocar uma reação inflamatória crônica granulomatosa Em um epitélio com bile cristalizada, pode se romper e formar os GRANULOMAS (célula gigante multinucleada, histiocítica) Um outro achado característico da Colecistite crônica é a fibrose da parede, a qual podemos ver a mucosa, a muscular da mucosa Uma fibrose que não se restringe a parede e vai envolvendo os tecidos adjacentes, provocando um espessamento importante da parede fazendo com que esse órgão fique inelástico e mais firme Setas = vesícula em porcelana, sendo rígida, espessa e atrófica, esbranquiçada Lâmina própria de uma vesícula com um denso infiltrado linfocitário Mucosa pregueada, muscular própria e uma herniação do epitélio vindo em direção à serosa, sendo um local de estagnação para a bile, desencadeando um processo inflamatório Patologia da Vesícula Biliar e Ductos extra-hepáticos 7 Colesterolose ➯ Acúmulo de glóbulos de colesterol na parede da vesícula Acomete mais mulhes normalmente as que já tiveram um metabolismo alterado do colesterol Possivelmente a maior concentração de colesterol na bile atravessou a barreira epitelial, se depositando na lâmina própria, sobretudo nas camadas mais superficiais das pregas da mucosa O colesterol provoca uma reação inflamatória e esse lipídio vai ser fagocitado pelos macrófagos que vão assumir um aspecto espumoso do seu citoplasma Padrão morfológico muito peculiar: A mucosa fica com seu pregueamento habitual preservado (por vezes discretamente aumentado) As partes mais superficiais dessa mucosa pregueada, terá coleção de macrófagos espumosos que fagocitaram lipídios da bile, sobretudo colesterol (daí vem o nome da doença) e se transformam em células espumosas Macroscopicamente a vesícula acometida fica com um padrão facilmente reconhecido, que é uma VESÍCULA EM MORANGA Na colesterolose, se desenvolve relacionada ao AUMENTO TRANSITÓRIO dos níveis de COLESTEROL na vesícula biliar A colesterolose não tem relação com hipercolesterolemia sistêmica A clínica é muito variável: Alguns autores dizem que são achados incidentais Outros acham que tem uma sintomatologia geralmente branda, e relacionada as manifestações das doenças da vesícula biliar: dor em hipocôndrio direito A histologia da colesterolose é clássica: Epitélio colunar, a prega da mucosa (a qual é um achado comum) e no centro temos a lamina própria Lipídios na porção mais superficial da prega da mucosa, a qual nós temos essas células claras, com citoplasma microvacuolado as custas do englobamento de lipídios especificamente colesterol sobretudo na região mais superficial Bile cristalizada no centro e infiltrado inflamatório a sua volta. Observa-se o epitélio ao redor íntegro Trombose de uma arteríola, constituindo-se da microcirculação que também são envolvidos no processo inflamatório provocando trombose Vesícula congesta, com fundo avermelhado, com grÂnulos e estrias amareladas, as quais correspondem às coleções de macrófagos que fagocitam o colesterol Patologia da Vesícula Biliar e Ductos extra-hepáticos 8 O lipídio (colesterol) migra através do epitélio alguma quantidade pode ficar no epitélio, mas a maioria se deposita nas partes mais superficiais da prega da mucosa Tumores benignos e lesões pseudotumorais ➯ São divididos em pólipo de colesterol, pólipos inflamatórios, hiperplasia adenomiomatosa e adenomas Pólipo de Colesterol É um processo localizado e exuberante da colesterolose Coleção de macrófagos espumosos que fagocitaram grande quantidade de colesterol da bile de uma forma localizada, formando pólipos sésseis ou pediculados Pelos métodos de imagem não podemos definir o tipo de pólipo Assim como o adenoma, ele pode cursar com atipias, displasia e risco de transformação maligna Então quando o médico da imagem avalia uma vesícula e identifica uma lesão polipoide, a pessoa só vai saber a natureza dessa lesão e se tem risco de progressão pra malignidade ou não depois de examinar De uma forma em geral, diagnosticado o pólipo de colesterol, já sabemos que é um processo TRANQUILO, sem risco de malignização Pólipos inflamatórios Tendem a se desenvolver em vesículas com processos inflamatórios, geralmente associado a cálculos Se apresenta com crescimento localizado na parede, esse pólipo pode ser pediculado ou séssil Hiperplasia de criptas Hiperplasia do epitélio Na lâmina própria uma maiorquantidade de células inflamatórias Evidenciando um crescimento localizado na parede → o pólipo Hiperplasia adenomiomatosa Processos exuberantes do tipo de seios de Rokitansky-Aschoff Teremos uma invaginações do epitélio Hiperplasia de células musculares lisas Fibrose Reação inflamatória Forma-se um espessamento da parede, que quando localizado chamamos de ADENOMIOMA, quando difuso chamamos de HIPERPLASIA ADENOMIOMATOSA É uma lesão entendida como um PSEUDOTUMOR, mas nós vamos ver um aumento da espessura da parede, e é um processo que tende a ocorrer no fundo da vesícula biliar A importância é justamente diferenciar de um processo neoplásico � Os tumores malignos de esôfago crescem infiltrando a parede ou de uma forma exofítica Mas quando eles crescem em direção a parede, eles provocam um aumento da espessura e da densidade da parede LOCALIZADA, o que é muito difícil de diferenciar com a hiperplasia adenomiomatosa Adenomas Patologia da Vesícula Biliar e Ductos extra-hepáticos 9 Neoplasia epitelial benigna e tal qual os adenomas de cólon e gástrico, eles cursam com DISPLASIA DO EPITÉLIO Então eles podem ser sésseis ou pediculados, tubulares ou vilosos e podem apresentar displasia de baixo ou alto grau e podem sofrer transformação maligna Mucosa esverdeada Tumores malignos ➯ Pode ser carcinoma da vesícula biliar ou carcinoma dos ductos biliares extra-hepáticos Adenocarcinoma da vesícula Principal malignidade Alta associação com cálculos biliares (95% dos casos), sendo um fator de risco Por outro lado, um pequeno percentual dos pacientes que tem cálculo (0,5%) vai apresentar o carcinoma � A maioria dos pacientes com adenocarcinoma de vesícula tem cálculo, e um percentual muito pequeno dos paciente de litíase é que vão desenvolver o carcinoma ➯ Patogenia: Se faz de duas sequências Adenoma → Adenocarcinoma: os adenomas tem atipias no epitélio e tem risco de progressão, então podemos ter esse processo no cólon e na vesícula biliar Metaplasia intestinal → Displasia → Adenocarcinoma: aqui temos um processo inflamatório crônico de longa evolução da vesícula biliar Pode se apresentar crescendo como uma massa vegetante polipoide num padrão exofítico ou de uma forma endofítica (mais comum), que cresce infiltrando a parede (INFILTRATIVO) O grande problema desse tumor é que ele é silencioso, e quando ele tem sintomas eles se sobrepõem a sintomatologia da litíase → sintomas indistinguíveis da colelitíase Ele só vai ser diagnosticado quando a doença é avançada ➯ Clínica: dor, na forma de cólica perda de peso febre vômitos Sintomas constitucionais mais importantes À esquerda uma vesícula com seu fundo endurecido. À direita, avaliamos histologicamente um processo exuberante dos seios de Rokitansky-Aschoff (invaginação do epitélio) Patologia da Vesícula Biliar e Ductos extra-hepáticos 10 Pelo diagnóstico ser tardio é comum a infiltração para tecidos adjacentes, como o fígado, propiciando então uma disseminação metastática ➯ Tratamento: cirúrgico e quando possível com ressecção do lobo hepático correspondente ➯ Macroscopia: De forma geral, os carcinomas se apresentam como massas, tumorações brancacentas foscas e firmes ➯ Microscopia: Proliferação de epitélio atípico com psudoestratificação, núcleo grande em relação ao citoplasma, nucléolo evidente, figuras mitóticas aumentadas, presença de figuras mitóticas atípicas Portanto todas aquelas características celulares de anaplasia, mas de uma forma infiltrativa, que infiltra a lâmina própria, muscular própria e tecido hepático adjacente Carcinoma dos ductos biliares extra-hepáticos Na maioria das vezes surge a nível de hilo hepático Adenocarcinoma, provocando um espessamento importante da parede, uma restrição da luz, sendo de padrão ENDOFÍTICO Adenocarcinoma em crescimento EXOFÍTICA (em direção à luz) Proliferação do epitélio formando o padrão cribiforme, onde temos glândulas sem estroma interposto, chamadas de “back to back”, e um caráter infiltrativo, indo para dentro da mucosa com algum grau de atipia, evidentemente Patologia da Vesícula Biliar e Ductos extra-hepáticos 11 São tumores que são diagnosticados mais precocemente pois produzem obstrução do fluxo e desenvolvimento de icterícia, tipicamente Pacientes com >60 anos e homens Prognostico pouco reservado Luz do ducto ocluída por massa tumoral fosca, brancacenta, firme, como a maioria dos carcinomas costumam se apresentar
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