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TESTE DE PROEFICIÊNCIA AFYA

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CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Teste de Progresso Institucional 2022.2
Professor (es):
Período: 202202 Turma: Data:
TESTE DE PROGRESSO INSTITUCIONAL_2022.2_MEDICINA
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 05308 - CADERNO 001
1ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Ciências Básicas
Subárea: Microbiologia
Tema: Diagnóstico laboratorial das doenças causadas por vírus
RT-PCR para SARS-CoV-2 em swab combinado de
nasofaringe: é um teste molecular, ou seja, baseado na pesquisa do
material genético do vírus (RNA) em amostras coletadas por swab da
nasofaringe. É considerado o exame laboratorial padrão-ouro para
diagnóstico da infecção.
Não é aconselhado realizar a procura de anticorpos com menos de 5
dias do início da sintomatologia. Além disso, os níveis de IgM são os
que se elevam mais rapidamente e em maiores titulações.
Não é aconselhado realizar a procura de anticorpos com menos de 5
dias do início da sintomatologia. Além disso, os níveis de IgM são os
que se elevam mais rapidamente e em maiores titulações.
Não é aconselhado realizar a procura de anticorpos com menos de 5
dias do início da sintomatologia. Além disso, ainda tem a busca do
vírus Influenza de forma isolada, sem a procura para o vírus SARS-
CoV-2.
REFERÊNCIA:
https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/diagnostico
2ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Clínica Médica
Subárea: Pneumologia
Tema: Tuberculose
Trata-se de paciente em tratamento de tuberculose pulmonar
evoluindo com efeito adverso menor de intolerância gástrica (náusea e
vômito) encontrado em 40% dos pacientes. A conduta adequada é
reformular o horário da administração dos medicamentos (duas horas
após o café da manhã) e considerar o uso de medicação sintomática
(antieméticos). A suspensão temporária dos medicamentos está
indicada para efeitos adversos maiores. Não há necessidade de
alteração da composição do esquema nas reações adversas menores.
REFERÊNCIA:
Ministério da Saúde. Manual de Recomendações para o Controle da
Tuberculose no Brasil. 2ª edição atualizada. Brasília, DF, 2019.
3ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Ciências Básicas
Subárea: Endocrinologia
Tema: Doenças Tireoidianas
A medida de anticorpos anti-TPO é o exame mais comum das DAITs;
esses anticorpos podem ser detectados na doença de Graves ou na
tireoidite de Hashimoto.
Os pacientes que sofrem de DAITs só podem ter um resultado positivo
de exame de anticorpos. Por exemplo, 6% dos pacientes com
tireoidite de Hashimoto têm positividade anti-TG isolada, portanto, a
medição de todos os 3 autoanticorpos é recomendada. O anti-TSH-R
é o que apresenta maior prevalência na doença de Graves não
tratada.
REFERÊNCIAS:
SGARBI, José Augusto; MACIEL, Rui. Patogênese das doenças
tiroidianas autoimunes. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia &
Metabologia, v. 53, n. 1, p. 5-14, 2009.
P Bliddal S, Nielsen CH, Feldt-Rasmussen U. Recent advances in
understanding autoimmune thyroid disease: the tallest tree in the
forest of polyautoimmunity. F1000Res. 2017; 6:1776
4ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Saúde Coletiva/Medicina de Família e Comunidade
Subárea: Gestão em Saúde
Tema: Previne Brasil - Regulação do SUS
Na Portaria nº 2.979 de 12 de novembro de 2019 (Previne Brasil), o Art. 10 define como
critérios para o cálculo para a captação ponderada:
I. A população cadastrada na equipe de Saúde da Família (eSF) e equipe de Atenção Primária
(eAP) no Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB);
II. A vulnerabilidade socioeconômica da população cadastrada na eSF e na eAP;
III. O perfil demográfico por faixa etária da população cadastrada na eSF e na eAP; e
IV. Classificação geográfica definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
REFERÊNCIA:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 2979 de 12 de novembro de 2019. Disponível
em:http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/financiamento/portarias/prt_2979_12_11_2019.pdf.
Acesso em: 26 ago. 2022. 
5ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Clínica Cirúrgica
Subárea: Cirurgia Pediátrica
Tema: Malformações no RN
O tratamento cirúrgico imediato dos testículos que não desceram é
recomendado a partir da idade corrigida de 6 meses, porque é
improvável que a descida espontânea ocorra após esse período. A
cirurgia precoce promove o crescimento testicular normal e melhora
as chances de fertilidade. Como o lactente apresenta testículo
palpável no canal inguinal, a orquidopexia é o procedimento cirúrgico
de escolha. A orquidopexia deve ser idealmente realizada entre 6 e 12
meses, mas não depois de 24 meses de idade corrigida.
A taxa de criptorquidia é maior em prematuros, como esta paciente,
e em pacientes que são pequenos para a idade gestacional ou têm
baixo peso ao nascer. As complicações do criptorquidismo incluem
subfertilidade e câncer testicular (mesmo em pacientes que foram
submetidos a intervenção oportuna), hérnia inguinal (devido à patente
concomitante do processo vaginal) e torção testicular.
Distratores:
A orquiectomia para criptorquidia pode ser indicada se o testículo não
descido for hipoplásico, atrófico ou inviável. A orquiectomia também
pode ser indicada para um testículo abdominal (especialmente em
meninos pós-púberes) para minimizar o risco de câncer testicular ou
se os vasos testiculares e o ducto deferente forem muito curtos para
realizar uma orquidopexia escrotal, desde que a criança tenha um
testículo contralateral normal . Este paciente tem um testículo
criptorquidiano inguinal e não há razão para suspeitar de viabilidade
prejudicada do testículo.
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A determinação do nível sérico de testosterona é indicada em adição
ao ensaio de gonadotrofina e substância inibidora de Müller para
avaliar bebês do sexo masculino com testículos bilaterais não
palpáveis. A testosterona geralmente é normal na criptorquidia
unilateral e significativamente diminuída na criptorquidia bilateral. A
avaliação da testosterona não está indicada neste menino com
criptorquidia unilateral.
A ultrassonografia do abdome e da pelve pode ser considerada na
avaliação de uma criança fenotipicamente do sexo masculino com
testículos bilaterais não palpáveis ​​para avaliar a presença de útero
(por exemplo, devido a hiperplasia adrenal congênita). No entanto, é
improvável que uma ultrassonografia do abdome e da pelve em um
paciente com testículo não descido palpável contribua para o
diagnóstico ou afete o curso do tratamento. Portanto, não é indicado
neste paciente.
A descida espontânea de um testículo de criptorquidia raramente
ocorre após os 6 meses de idade. Reavaliar esse paciente aos 3 anos
de idade aumentaria o risco de complicações (por exemplo,
infertilidade, torção testicular). Portanto, mais uma etapa na gestão é
necessária.
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Criptorquidia. Última atualização em 03 de julho de
2022.
6ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Ciências Básicas
Subárea: Parasitologia
Tema: Toxoplasmose
Animais ectotérmicos são aqueles que têm sua temperatura corporal
controlada de acordo com a temperatura ambiental, diferente dos
endotérmicos que apresentam autorregulação térmica, como as aves
e mamíferos. Neste contexto, o protozoário Toxoplasma gondii é
adaptado para infectar animais endotérmicos, e, durante seu ciclo de
vida, pode apresentar as formas gamética, taquizoíta, bradizoíta e
merozoíta, sendo a última encontrada dentro dos vacúolos
parasitóforos no tecido do animal e liberadas durante a digestão,
infectando o indivíduo.
REFERÊNCIA:
REY, Luís. Parasitologia, 4ª edição. Grupo GEN, 2008. E-book. 978-85-
277-2027-4.
7ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Clínica Cirúrgica
Subárea: CAD
Tema: Abdome Agudo Cirúrgico
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Ultrassonografia do abdome
Todos os pacientes com desconforto abdominaldevem ter um
hemograma completo realizado. Geralmente, ocorre uma leucocitose
leve (10 a 18 x 10⁹/L ou 10,000 a 18,000/microlitro) com aumento
de neutrófilos. Nas crianças, um nível de proteína C-reativa à
admissão ≥10 mg/L e uma leucocitose ≥16.000/microlitro são fortes
fatores preditivos para apendicite.[11]
Geralmente, é necessário algum tipo de exame de imagem. A maioria
dos pacientes (excluindo gestantes) que comparecem ao pronto-
socorro com dor abdominal sugerindo apendicite são submetidos a TC
de abdome e pelve.[31][11] Um exame de imagem pré-operatório
com TC do abdome (ultrassonografia ou RNM para gestantes) agora
faz parte do padrão de cuidados. Em particular, as mulheres e
crianças podem se beneficiar de exames de imagem pré-operatórios.
[27][42][39]
Escolha do exame de imagem
Embora a TC tenha sensibilidade e especificidade superiores à
ultrassonografia no diagnóstico de apendicite, a ultrassonografia está
mais disponível, é mais rápida e pode ser realizada à beira do
leito.[43][44][45] Em crianças, a ultrassonografia pode ser preferível
à TC para limitar a exposição à radiação. Há evidências que sugerem
maior sensibilidade e especificidade da ultrassonografia em crianças,
comparadas a adultos.[42][46][47] Se, na ultrassonografia, um
apêndice normal for visualizado no seu tamanho total, será possível
excluir a apendicite aguda. No entanto, esse é raramente o caso, e a
maior utilidade da ultrassonografia é detectar uma causa alternativa
da dor abdominal que descarta apendicite.[48]
A TC do apêndice é cada vez mais usada como teste diagnóstico inicial
para apendicite aguda, e é prática rotineira nos EUA solicitar uma TC
para pacientes que comparecem ao pronto-socorro com sintomas de
apendicite aguda.[27] A TC também é indicada em quadros atípicos.
[31][49] No entanto, a cirurgia tardia após a TC para apendicite
presumida está associada a uma taxa mais alta de perfuração do
apêndice.[50] A TC com contraste intravenoso, com ou sem
contraste oral, tem uma sensibilidade de até 100% em comparação
com 92% de sensibilidade da TC com contraste não intravenoso.[51]
[52]
A ultrassonografia do abdome é a modalidade de imagem inicial
preferida para o diagnóstico de apendicite em crianças e mulheres
grávidas. Um ultrassom abdominal está prontamente disponível, tem
boa relação custo-benefício e não expõe o paciente à radiação. Os
achados típicos de apendicite incluem um apêndice não compressível
e distendido (> 6-8 mm), líquido ao redor do apêndice e um sinal de
alvo. A apendicite aguda geralmente é um diagnóstico clínico, e a
imagem nem sempre é necessária se o paciente apresentar
características clínicas típicas (por exemplo, dor abdominal migratória,
sensibilidade ao RLQ, dor rebote, febre, leucocitose). Dada a
apresentação não clássica desse paciente, exame clínico inconclusivo
e história familiar de doença de Crohn (o que torna a doença
inflamatória intestinal um possível diagnóstico diferencial), a
ultrassonografia abdominal é indicada para diagnóstico adicional.
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Uma colonoscopia seria indicada para confirmar um diagnóstico
suspeito de doença inflamatória intestinal (DII). A sensibilidade do RLQ
e o histórico de diarreia dessa paciente são consistentes com DII, e
seu histórico familiar de doença de Crohn a coloca em risco
aumentado para essa condição. No entanto, a ausência de cólicas
abdominais ou diarreia sanguinolenta torna esse diagnóstico menos
provável. Medidas menos invasivas são indicadas antes da realização
de uma colonoscopia.
A tomografia computadorizada tem alta sensibilidade para o
diagnóstico de apendicite e é a modalidade de imagem de escolha em
adultos. No entanto, quando a exposição à radiação deve ser evitada
(por exemplo, em crianças ou durante a gravidez), é preferível uma
modalidade de imagem diferente. Uma tomografia computadorizada
do abdome seria indicada para confirmar ou excluir apendicite se os
estudos diagnósticos iniciais forem inconclusivos.
A radiografia abdominal fornece informações úteis para o diagnóstico
de várias condições, como obstrução intestinal, intussuscepção e
doença inflamatória intestinal, mas não é o próximo passo mais
adequado nesse paciente porque tem sensibilidade muito baixa para
diagnosticar apendicite aguda. Além disso, exporia a criança a
radiação desnecessária.
Embora a laparoscopia tenha valor diagnóstico e terapêutico em casos
de dor abdominal intensa e inexplicável, a laparoscopia de emergência
é reservada para casos de abdome agudo potencialmente fatais. Esse
paciente não apresenta defesa abdominal e apresenta apenas febre
leve e leucocitose, indicando uma condição estável que justifica um
procedimento eletivo. Pacientes com apendicite diagnosticada
clinicamente devem proceder à apendicectomia laparoscópica; a
apresentação deste paciente é atípica e outros diagnósticos são
indicados.
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Apendicite aguda. 11 Jun 2021.
8ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Pediatria
Subárea: Saúde Mental
Tema: Violência e Agressão
Quando pacientes apresentam mudanças de comportamento
relacionados ao ambiente escolar, deve ser investigada a possibilidade
de bullying. As instituições de saúde e educação, assim como seus
profissionais, devem reconhecer a extensão e o impacto gerado pela
prática de bullying entre estudantes e desenvolver medidas para
reduzi-la rapidamente. Aos profissionais de saúde, particularmente aos
pediatras, é recomendável que sejam competentes para prevenir,
investigar, diagnosticar e adotar as condutas adequadas diante de
situações de violências que envolvam crianças e adolescentes, tanto
na figura de autor, como na de alvo ou testemunha.
REFERÊNCIAS:
Bullying comportamento agressivo entre estudantes J Pediatr (Rio J).
2005;81(5 Supl):S164-S172: Violência escolar, violência juvenil.
Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria, 4ª edição, Barueri, SP:
Manole,2017.
9ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Clínica Médica
Subárea: Cardiologia
Tema: Arritmias Cardíacas 
Na FA, o ritmo encontrado é sinusal apesar da irregularidade entre as
ondas P e o complexos QRS. INCORRETA, pois o ritmo não é sinusal.
FA no eletrocardiograma se apresenta de maneira que os complexos
QRS estão irregulares, com ausência de ondas P e presença de
pequenas ondas F, deixando a linha de base irregular. CORRETA.
Pacientes que possuem FA tem menor propensão a doenças
tromboembólicas, como AVC isquêmico. INCORRETA, pois o risco de
doenças tromboembólicas aumenta em aproximadamente cinco
vezes em paciente com FA.
Na FA, todos os pacientes deverão ser anticoagulados. INCORRETA,
pois pacientes com alto risco de sangramento do sistema nervoso
central visto pelo score HAS-BLED poderão não ser anticoagulados.
A FA é uma arritmia que tem baixa letalidade quando está com alta
resposta ventricular (taquicardia). INCORRETA, pois quando há FA com
alta resposta ventricular o risco de tromboembolicas aumenta, logo
possuem alta taxa de letalidade.
REFERÊNCIA:
MASTROCOLA, Fabio. et al. Cardiologia: CardioPapers. 2ºed.
Atheneu.
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10ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Ginecologia e Obstetrícia
Subárea: Obstetrícia
Tema: Rotura Prematura das Membranas
O quadro clínico é compatível com Rotura Prematura das Membranas
Ovulares (RPMO), com sintomatologia típica e confirmação pelo
exame especular. A anamnese e o exme especular são suficientes
para diagnosticar 75% dos casos de RPMO. Neste caso, a gestante
apresenta febre, taquicardia fetal e leucograma com sinais de
infecção. Estes achados confirmam quadro de Corioamnionite. A
conduta mais adequada é iniciar esquema de antibióticos que possam
fazer cobertura contra os principais microrganismos da flora vaginal e
induzir o parto imediatamente. A conduta não leva em consideração a
idade gestacional (prematuridade), pois a manutenção da gravidez
compromete o resultado gestacional(morbidade e mortalidade).
REFERÊNCIA:
Cunningham, F.G., Leveno, K.J., Bloom, S.;JL. Williams Obstetrics. 26th
Ed. Mc Graw Hill. New York, 2022.
11ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Ciências Básicas
Subárea: Hemolinfopoiético
Tema: Análise do Hemograma
HB: 8,0 g/dl (11,7 - 14,9 g/dL); VCM: 84 fl (83,1 - 96,8 fL); HCM: 28
pg (27,7 - 32,7 pg); CHMC: 32 g/dl (32 à 36 g/dl); RDW: 15% (11,8 -
14,2%); Leucócitos: 3.000/mm3 (3.470 - 8.290/mm3)
(00/30/05/00/57/00/08) e Plaquetas: 20.000 / mm3(163 -
343/mm3). 
A paciente apresenta plaquetopenia importante, por deficit de
produção, secundária à quimioterapia, que leva a uma deficiência de
progenitores megacariocitários da medula óssea.
O hemograma completo e diferencial é usado na avaliação inicial e no
monitoramento do acompanhamento.
Mais de 90% dos pacientes com leucemia linfocítica aguda (LLA)
apresentam anormalidades hematológicas clinicamente evidentes no
momento do diagnóstico inicial. Anemia normocítica normocrômica
com baixa contagem de reticulócitos está presente em 80% dos
pacientes. 50% dos pacientes têm leucocitose. Em um quarto dos
pacientes, a contagem leucocitária é maior que 50 x 10⁹/L
(50,000/microlitro), indicando, portanto, um prognóstico desfavorável.
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Leucemia linfocítica aguda. Última atualização em
05 de março de 2021.
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12ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Saúde Coletiva
Subárea: Políticas de Saúde
Tema: SUS
O princípio da Integralidade considera as pessoas como um todo, 
atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a
integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de
doenças, o tratamento e a reabilitação. No caso da Odete foi possível
ver a integração dessas ações, com a prevenção (exame de câncer
do colo uterino), diagnóstico, tratamento e o acompanhamento dela
pela ESF.
REFERÊNCIAS:
Constituição da República Federativa do Brasil, 1988.
BRASIL, Lei n. 8080 de 19 de setembro de 1990.
BRASIL, Lei n. 8142 de 28 de dezembro de 1990.
BRASIL, Presidência da República Casa Civil.
ANDRADE L. O. M. et al.Política de saúde no Brasil. In: ROUQUAYROL,
Maria Zélia; GURGEL, Marcelo. Epidemiologia e saúde. 8. ed. Rio de
Janeiro: MedBook, 2018. p. 449-460.
ANDRADE, Selma Maffei de; SOARES, Darli Antonio; CORDONI JUNIOR,
Luiz (Org.). Bases da saúde coletiva. Londrina: Ed. UEL, 2001. Cap.3,
p. 46 a 53.
MOREIRA, Taís de, C. et al. Legislação do Sistema Único de Saúde. In: 
MOREIRA, Taís de, C. et al. Saúde coletiva. Grupo A, 2018. p. 91-100.
Disponível em: Minha Biblioteca.
SOLHA, Raphaela Karla de Toledo. Saúde coletiva para iniciantes.
Políticas e práticas profissionais. 2 ed. Erica/Saraiva. Cap.2 e 3. E-book
disponível em Minha biblioteca.
13ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Clínica Cirúrgica
Subárea: Cirurgia do Trauma
Tema: Queimaduras
Esta questão necessita que o aluno compreenda a sequência de
atendimento no politraumatizado (A, B, C, D, E do trauma), em que
alterações da via aérea causam maior mortalidade nestes pacientes,
devendo ser abordada de imediato. No caso do paciente queimado,
suspeita-se de queimadura de via aérea devido à queimadura se situar
em região cervical anterior e face e à rouquidão e ao escarro
borráceo, devendo o paciente ser prontamente submetido a intubação
orotraqueal para assegurar a via aérea.
REFERÊNCIA:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS COMMITTEE ON TRAUMA.
Advanced Trauma Life Support - ATLS. 10a edição.
14ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Clínica Médica
Subárea: Nefrologia
Tema: Complicações renais por fármacos
A ocorrência de nefrite intersticial aguda está frequentemente
associada a medicações, dentre elas os antibióticos, como as
cefalosporinas (ceftriaxona). O diagnóstico é sugerido pela presença
de IRA não oligúrica, especialmente em associação a sinais de
hipersensibilidade sistêmica, tais como febre, rash cutâneo e
eosinofilia. A piúria estéril e a hematúria microscópica são achados
comuns, e a proteinúria não nefrótica pode estar presente. A terapia
envolve a interrupção do agente causal, podendo, em alguns casos,
ser necessário o uso de glicocorticoides. 
REFERÊNCIAS:
Nefrologia Clinica. Abordagem abrangente 5a edição.2016. Johnson,
Richard.
Príncipios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolíticos, Riella, M.C 6a
edição, 2018.
15ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Ginecologia e Obstetrícia
Subárea: Obstetrícia. Assistência Pré-Natal
Tema: Diabetes Gestacional
A dosagem da glicose de jejum é o método utilizado atualmente para
o diagnóstico do Diabetes Gestacional. Dosagem acima de 92 mg/dl e
inferior a 126 mg/dl, na primeira consulta, permite fazer o diagnóstico
de Diabetes Gestacional. Esta definição inclui o diagnóstico realizado
pela primeira vez na gravidez. Basta dosar uma única vez no início da
gravidez. Quando o resultado é inferior a 92 mg/dl, é necessário
realizar o Teste de Tolerância à Glicose com 75 g, entre 24-28
semanas de gestação. A hemoglobina glicada não serve para o
diagnóstico do Diabetes Gestacional.
REFERÊNCIA:
Cunningham, F.G., Leveno, K.J., Bloom, S.;JL. Williams Obstetrics. 26th
Ed. Mc Graw Hill. New York, 2022.
16ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Saúde Coletiva
Subárea: Epidemiologia
Tema: Vigilância em Saúde
Embora o controle de vetores (através da borrifação residual e da
eliminação de focos) seja a estratégia recomendada para a redução
de casos de dengue, isto não diminuiria a letalidade, mas a incidência
e a mortalidade. Não existe vacinação eficaz para a dengue. Já o
diagnóstico e o tratamento de casos graves de dengue é fundamental
para que estas complicações sejam identificadas e tratadas para que
não ocorra o óbito. Por isso, o número de óbitos por dengue irá ser
menor em relação ao total de casos de dengue, fazendo a letalidade
cair. Atualmente, a dengue é um agravo de notificação compulsória,
mesmo antes da confirmação laboratorial (ou seja, na suspeita clínico-
epidemiológica). Caso houvesse exigência de confirmação laboratorial,
isto iria criar um obstáculo para a notificação, aumentando a
subnotificação e, assim, reduzindo o número de casos da doença, o
que iria aumentar a letalidade. 
 
REFERÊNCIAS:
Rouquayrol, Maria, Z. e Marcelo Gurgel. Rouquayrol - Epidemiologia e
saúde. Disponível em: Minha Biblioteca, (8th edição). MedBook Editora,
2017.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Dengue:
diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança. 5. ed. Brasília; 2016.
17ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Ciências Básicas
Subárea: Bioquímica
Tema: Metabolismo das proteínas e regulação do edema
A paciente apresenta ascite e história prévia de etilismo. Além disso,
tem hipoalbuminemia.
A hipoalbuminemia provocada pela deficiente síntese de albumina
reduz a pressão oncótica do plasma e concorre para a formação do
edema.
REFERÊNCIAS:
COELHO, Eduardo Barbosa. Mecanismos de formação de
edemas. Medicina (Ribeirão Preto), v. 37, n. 3/4, p. 189-198, 2004.
DA SILVA, LEONARDO SOARES. MANEJO PRÁTICO DA ASCITE.
BRITO, Ana Paula Santos Oliveira et al. Manejo da Ascite: revisão
sistemática da literatura. Brazilian Journal of Health Review, v. 5,
n. 1, p. 3022-3031, 2022.
18ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Ginecologia e Obstetrícia
Subárea: Ginecologia
Tema: Nódulos Benignos da Mama
A queixa mais comum nos consultórios de mastologia é a descoberta
de um nódulo mamário, chegando a ser responsável por 60% das
consultas. Felizmente a maioria dessas pacientes (75%) apresenta
uma doença benigna. O nódulo mamário é definido como qualquer
tumoração presente na glândula mamária. Os nódulos de mama
benignos mais comuns são os fibroadenomas, que podem ocorrer em
qualquer faixa etária, porémsendo mais prevalentes em mulheres
com idade entre 15 e 35 anos.
Os fibroadenomas têm crescimento limitado, em geral não superando
2 cm. A localização mais comum é no quadrante superior lateral, mas
podem ocorrer em qualquer quadrante. Em 20% dos casos há lesões
múltiplas uni ou bilateramente.
REFERÊNCIAS:
Hoffman, Barbara, L. et al. Ginecologia de Williams. Disponível em:
Minha
Biblioteca, (2nd edição). Grupo A, 2014.
Nódulos mamários benignos da mama Rev Bras Ginecol Obstet.
2007; 29(4):211-9
19ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Clínica Cirúrgica
Subárea: Neurologia
Tema: TCE
Embora os pacientes assintomáticos com fraturas cranianas lineares
relativamente pequenas (< 3 mm) não deprimidas possam ser
enviados para casa sem tratamento adicional, aqueles com sinais de
PIC potencialmente elevada requerem observação adicional do
paciente. Outras indicações para observação de pacientes internados
incluem evidências de lesão cerebral traumática em exames de
imagem (por exemplo, hemorragia intracraniana), sinais de abuso
físico ou cuidadores que não são confiáveis ​​ou incapazes de retornar
se deficits neurológicos se desenvolverem dentro de 24 horas após a
alta.
O tratamento das fraturas sem afundamento fechadas é
principalmente conservador. O tratamento conservador consiste em
observação para descartar qualquer complicação em curso, como o
vazamento do líquido cefalorraquidiano (LCR), convulsão ou infecção.
As intervenções médicas como a profilaxia com um anticonvulsivante
ou antibiótico não são administradas rotineiramente para os pacientes
com fraturas cranianas isoladas. Existem poucas evidências definitivas
de um benefício na utilização de antibióticos na redução do risco de
meningite subsequente ou de outras infecções com ou sem
vazamento do LCR.[51][52][53][54] A vacina pneumocócica é
recomendada para pacientes com fratura da base do crânio e
vazamento do LCR.[55][56][57] Existem recomendações específicas
para pacientes pediátricos e adultos com vazamento do LCR.
Elevação e reparo cirúrgico da dura-máter e cranioplastia devem ser
considerados para qualquer paciente com uma fratura com
afundamento >1 cm, deformidade cosmética macroscópica, evidência
de laceração dural ou lesão intracraniana operável associada.
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Fraturas cranianas. Última atualização em 16 de
agosto de 2022.
20ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Clínica Cirúrgica
Subárea: Urgência e Emergência
Tema: Hemorragia Digestiva Baixa
A melena (fezes pretas semelhantes a alcatrão) geralmente é
causada por sangramento gastrointestinal superior (HDA), embora
também possa resultar de lesões no intestino delgado ou no cólon.
Como a esofagogastroduodenoscopia não encontrou hemorragia no
trato GI superior, o próximo passo no manejo desse paciente é uma
colonoscopia para avaliar o trato GI inferior. Se a colonoscopia
também for normal, o intestino delgado precisa ser examinado (por
exemplo, por enteroscopia push, enteroscopia push and pull, cápsula
endoscópica).
DISTRATORES:
A enteroscopia com balão duplo pode ser usada para avaliar o
sangramento do intestino delgado. Embora o intestino delgado seja
um local de sangramento potencial neste paciente, especialmente
desde que a HDA foi descartada, o intestino delgado não é o próximo
local de sangramento mais comum.
A enterografia por TC pode ser usada para avaliar o sangramento do
intestino delgado. Embora o intestino delgado seja um local de
sangramento potencial neste paciente, especialmente desde que a
HDA foi descartada, o intestino delgado não é o próximo local de
sangramento mais comum.
A cápsula endoscópica é usada principalmente para visualizar o
intestino delgado, pois o trato gastrointestinal superior e inferior é
melhor examinado por endoscopia ou colonoscopia. Embora o
intestino delgado seja um local de sangramento potencial neste
paciente, especialmente desde que a HDA foi descartada, o intestino
delgado não é o próximo local de sangramento mais comum.
A angiografia é usada para identificar a origem do sangramento
gastrointestinal e simultaneamente controlar o sangramento. No
entanto, geralmente é realizada em pacientes com sangramento
gastrointestinal maciço e com risco de vida que não podem ser
estabilizados para diagnósticos adicionais. Este paciente está sendo
tratado com fluido intravenoso e requer outra intervenção para avaliar
o trato GI remanescente para um local de sangramento.
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-
br/457/diagnosis-approach 
21ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Pediatria
Subárea: Doenças Infectocontagiosas
Tema: Sífilis Congênita
Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção
da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais do Mistério da
Saúde, Brasília – DF 2022 2ª edição revisada, sendo a mãe
adequadamente tratada na gestação, realizar teste não treponêmico
sérico da mãe e do recém-nascido, ao mesmo tempo. Caso o teste
não treponêmico da criança seja pelo menos duas diluições MAIOR que
o materno, seguir no fluxograma como criança nascida de mãe não
adequadamente tratada, isto é, realizar no recém-nascido
hemograma completo e glicemia, RX de ossos longos e coletar o líquor
(solicitar celularidade, proteinorraquia e VDRL). Sendo o exame físico
do RN normal e liquor reagente, tratar com penicilina cristalina; sendo
liquor normal, opção de tratar com penicilina procaína.
REFERÊNCIA:
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da
Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais do Mistério da
Saúde, Brasília – DF 2022; 2ª edição revisada
22ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Ciências Básicas
Subárea: Embriologia
Tema: Cardiopatias Congênitas
A dextrocardia é o defeito de posicionamento do coração mais
frequente. Na dextrocardia com situs inversus (transposição das
vísceras abdominais), a incidência de defeitos cardíacos associados é
baixa. Se não houver nenhuma outra anomalia vascular associada, o
coração funciona normalmente. Na dextrocardia isolada, a posição
anormal do coração não está acompanhada pelo deslocamento de
outras vísceras. Esse defeito geralmente é complicado por defeitos
cardíacos severos (por exemplo, um único ventrículo e a transposição
de grandes vasos).
REFERÊNCIA:
Moore, Keith L. Embriologia clínica. 10. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2016.
23ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Ciências Básicas
Subárea: Farmacologia
Tema: Diuréticos
I. Os diuréticos tiazídicos causam diurese com aumento da
excreção de Na+ e Cl–, que pode resultar na excreção de
urina hiperosmolar.
II. A espironolactona (furosemida) é um diurético de alça que
inibe o contransporte de Na+/K+/2Cl– na membrana luminal,
no ramo ascendente da alça de Henle.
III. A furosemida (espironolactona e eplerenona) é um
esteroide sintético que antagoniza a aldosterona no receptor
intracelular citoplasmático, inativando o complexo
furosemida-receptor (espironolactona-receptor). Ele
impede a translocação do complexo receptor para o núcleo
da célula-alvo, bloqueando a produção de proteínas
mediadoras que normalmente estimulam os locais de troca
Na+/K+ do túbulo coletor.
IV. A acetazolamida inibe a anidrase carbônica localizada
intracelular (citoplasma) e na membrana apical do epitélio
tubular proximal.
REFERÊNCIA:
WHALEN, Karen; FINKEL, Richard; PANAVELIL, Thomas A.
Farmacologia Ilustrada-6ª Edição. Artmed Editora, 2016.
24ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Clínica Cirúrgica
Subárea: Cirurgia Urológica
Tema: Câncer de próstata
Este paciente apresenta achados suspeitos de câncer de próstata,
incluindo sintomas do trato urinário inferior (noctúria e fluxo urinário
fraco),um nódulo firme no exame retal digital e um nível elevado de
antígeno prostático específico. 
A biópsia de próstata guiada por ultrassom transretal é indicada para
confirmar ou descartar câncer de próstata em pacientes com achados
suspeitos no exame retal digital, níveis elevados de PSA ou suspeita
clínica de câncer de próstata. Este procedimento envolve 12 amostras
de próstata de diferentes áreas da próstata, guiadas por
ultrassonografia transretal (TRUS) sob anestesia local e antibióticos
profiláticos. 
Na maioria dos estados, o exame retal anual e o teste de antígeno
específico da próstata (PSA) são oferecidos a homens > 50 anos de
idade e àqueles > 40 anos com fatores de risco adicionais (ou seja,
homens afro-americanos e/ou homens com positividade em história
familiar) para o rastreio do cancro da próstata. Se o nível de PSA
desse paciente fosse normal (<4 ng / mL) e não houvesse suspeita
clínica de câncer de próstata, repetir o teste em um ano seria
apropriado. 
A TC do abdome e da pelve pode ser usada para avaliar a extensão
extraprostática, metástase hepática e obstrução urinária em
pacientes com câncer de próstata. Embora a apresentação clínica, os
achados do exame e o nível de PSA deste paciente sejam altamente
suspeitos para malignidade da próstata, o diagnóstico ainda não foi
confirmado. 
A prostatectomia simples é realizada principalmente em pacientes
com próstatas muito grandes (> 75 g) devido à hiperplasia prostática
benigna (BPH). Embora o exame de toque retal em pacientes com
HPB geralmente mostre uma próstata difusamente aumentada, a
presença de um nódulo firme seria incomum. 
Como o câncer de próstata metastatiza com mais frequência para o
osso, a radiografia da coluna e a cintilografia com tecnécio-99m são
indicadas para fins de estadiamento. Embora este paciente tenha
características de malignidade da próstata, o diagnóstico deve
primeiro ser confirmado. 
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Câncer de próstata. Última atualização: 29 Abr
2021.
25ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Saúde Coletiva/Medicina de Família e Comunidade
Subárea: Educação em Saúde/Atenção à Saúde
Tema: Fatores associados à redução de morbimortalidade por causas
externas
Dentre os fatores associados à redução de morbimortalidade por
causas externas, o único que apresenta alto nível de evidência e
grau de recomendação é o rastreamento de alcoolismo, dentre os
rastreamentos de dislipidemias e câncer. Em outras palavras, existem
evidências fortes de que o rastreamento de alcoolismo em todos os
adultos está associado à redução da morbimortalidade, ou seja, da
manutenção da saúde. Isto se deve ao fato de que o alcoolismo
aumenta a incidência de morte e doença por causas externas
(acidentes e violência), que são a maior causa de morte em pessoas
de 20 a 59 anos no Brasil, especialmente homens.
Além disso, este homem apresenta um fator de risco adicional: ele
anda de motocicleta e se envolveu em acidente há uma semana, o
que indica risco de novos episódios no futuro.
REFERÊNCIA:
Stein A, Simões DC, Zelmanowicz AM, Falavigna M. RASTREAMENTO
DE ADULTOS PARA TRATAMENTO PREVENTIVO. IN: Duncan, Bruce, B.
et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas
em evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo A,
2022.
26ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Clínica Cirúrgica
Subárea: Cirurgia
Tema: Transplantes de órgãos
A rejeição do enxerto hiperagudo é mediada por anticorpos citotóxicos
pré-formados contra moléculas HLA de classe I de doadores ou
antígenos do grupo sanguíneo doador (reações de hipersensibilidade
tipo 2). A ligação antígeno-anticorpo ativa o sistema do complemento,
levando à formação de trombos e isquemia do enxerto. Os pacientes
apresentam inchaço do enxerto e deterioração da função do órgão
dentro de 48 horas após o transplante. As rejeições hiperagudas
podem ser evitadas por correspondência cruzada e correspondência
de grupos ABO antes do transplante de órgãos.
DISTRATORES:
A proliferação de linfócitos T doador pode ser vista na doença do
enxerto vs. hospedeiro (GVHD), na qual as células T do doador
percebem o tecido hospedeiro como um antígeno estranho e montam
uma resposta imune. A DHJ ocorre principalmente no transplante
alogênico de células-tronco, não no transplante renal. Além disso, os
pacientes geralmente apresentam erupção maculopapular, diarreia,
icterícia e hepatoesplenomegalia, não inchaço do enxerto dentro de
horas após o transplante.
Fibrose íntima irreversível e obstrução dos vasos do enxerto são
observadas na rejeição crônica do enxerto, que é caracterizada por
perda lenta e progressiva da função do órgão, que normalmente
ocorre vários meses a anos após o transplante de órgãos. A falha de
enxerto hiperaguse tem uma causa diferente.
Nas reações de hipersensibilidade tipo 3, a deposição de complexos
imunológicoscirculantes ativa o sistema do complemento e recruta
células inflamatórias, o que leva a danos teciduais. Este é o
mecanismo subjacente na doença sérica, púrpura Henoch-Schönlein e
glomerulonefrite pós-estreptocócica. No entanto, a hipersensibilidade
tipo 3 não desempenha um papel na rejeição do enxerto.
A ativação dos linfócitos T do hospedeiro pelos peptídeos HLA doador
media uma reação de hipersensibilidade tipo 4 (resposta imune
mediada por células), levando à rejeição aguda do enxerto. Os
pacientes apresentam febre, inchaço do tecido do enxerto,
deterioração generalizada e infiltração linfocítica dos vasos do enxerto.
No entanto, a rejeição aguda geralmente ocorre semanas a meses
após o transplante, não dentro de horas.
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Doença do enxerto contra o hospedeiro. Última
atualização em 08 de fevereiro de 2022.
27ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Pediatria
Subárea: Aparelho Disgestório
Tema: Parasitoses Intestinais
O quadro clínico apresentado pela criança é muito sugestivo de
amebíase, pois a criança se apresenta com dor abdominal intensa,
associada a fezes mucossanguinolentas e tenesmo. Em alguns casos
pode ocorrer a invasão da mucosa intestinal por trofozoítos, atingindo
sítios extraintestinais por via hematogênica, o que torna a evolução
clínica mais grave. O tratamento realizado para protozoários deve ser
com metronidazol ou, mais recentemente, secnidazol ou tinidazol,
esses últimos com menos eventos adversos. Podemos ainda lançar
mão de nitazoxanida ou paramomicina como alternativas
terapêuticas, não encontrando nenhuma dessas opções nas outras
alternativas. Os diagnósticos apresentados nas outras alternativas
também são incorretos para o quadro clínico apresentado: as
manifestações clínicas mais exuberantes de Taenia solium são as
crises epilépticas, hipertensão intracraniana, meningite e distúrbios
psíquicos, e o tratamento é realizado com praziquantel, nitazoxanida,
albendazol ou mebendazol, não estando o pamoato de pirvínio entre
as opções terapêuticas; já no caso da Giardia lamblia as
manifestações clínicas mais exuberantes de são esteatorreia, perda
ponderal, prejuízo na absorção de nutrientes, deficit de vitaminas
lipossolúveis (A, D, E e K), vitamina B12, ferro e lactase, e o seu
tratamento é realizado com nitazoxanida, albendazol, metronidazol,
secnidazol, tinidazol ou paromomicina, não estando a ivermectina
entre as opções terapêuticas. No caso do Schistosoma mansoni, o
quadro clínico mais exuberante é o comprometimento
hepatointestinal, hepatoesplênico e a formação das varizes
esofágicas, sendo o tratamento com oxamniquina ou praziquantel,
não sendo efetivo o uso de tiabendazol. E, por fim, o Strongyloides
stercoralis tem como clínica exuberante a presença de hiperinfestação
em imunodeficientes e pessoas HIV+, além do risco de infecções
secundárias por enterobactérias e fungos, e deve ser tratado com
tiabendazol, albendazol, cambendazol, ivermectina ou nitazoxanida,não sendo indicado o uso de azitromicina.
REFERÊNCIA:
Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria, 5ª edição,
Barueri, SP: Manole, 2022.
28ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Clínica Médica
Subárea: Pneumologia
Tema: Hipertensão Pulmonar
Resposta Correta: Aumento da pressão atrial esquerda
Este paciente tem características de estenose mitral (estalo de
abertura e sopro diastólico junto com fibrilação atrial) que progrediu e
causou novas alterações hemodinâmicas. A estenose mitral
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comumente ocorre como uma complicação tardia da febre reumática,
que é mais comum em países em desenvolvimento, onde os
pacientes podem não ter sido adequadamente tratados.
A estenose mitral leva ao aumento da pressão atrial esquerda,
causando tanto dilatação atrial esquerda, que pode resultar em
fibrilação atrial, quanto aumento da pressão arterial pulmonar para
superar o aumento da pressão do coração esquerdo (hipertensão
pulmonar). Com o tempo, isso levará a remodelação vascular
pulmonar, aumento da resistência vascular pulmonar, divisão de S2 e
hipertrofia ventricular direita (conforme indicado pelo desvio do eixo
direito) para compensar. A insuficiência ventricular direita
eventualmente se manifesta com características como distensão
venosa jugular e edema depressível.
 
DISTRATORES: 
O aumento da pressão diastólica final do ventrículo esquerdo (PDFVE)
é observado na insuficiência cardíaca esquerda, mas este paciente
demonstra sinais de estenose mitral (EM). A EM causa diminuição da
PDFVE devido à capacidade prejudicada de encher o ventrículo
esquerdo na diástole através da válvula estenótica.
O shunt da esquerda para a direita pode estar presente em pacientes
com comunicação interventricular (CIV) ou comunicação interatrial
(CIA). No entanto, o exame cardiovascular deste paciente é
compatível com estenose mitral (estalo de abertura com sopro
diastólico de baixa frequência no ápice). Ela não tem um sopro que
sugira CIV ou CIA (sopro holossistólico).
A contratilidade ventricular esquerda diminuída pode ser decorrente de
cardiomiopatia isquêmica ou não isquêmica. Uma diminuição na
contratilidade pode levar a insuficiência cardíaca esquerda, aumento
da pressão do coração esquerdo e subsequente insuficiência cardíaca
direita. No entanto, o paciente apresenta sinais de estenose mitral
(EM), dilatação do átrio esquerdo e hipertrofia ventricular direita,
sugerindo que a EM é o mecanismo subjacente e não a insuficiência
ventricular esquerda.
O aumento da resistência arterial sistêmica pode ser observado em
pacientes com hipertensão essencial ou causas secundárias de
hipertensão. Isso pode eventualmente levar à hipertrofia ventricular
esquerda que pode evoluir para insuficiência cardíaca diastólica. Como
esta paciente apresenta desvio do eixo para a direita no ECG, é
improvável que ela tenha hipertrofia ventricular esquerda. Além disso,
o paciente apresenta pressão arterial normal ao exame, o que sugere
um diagnóstico diferente.
REFERÊNCIA:
JAMESON, J L.; FAUCI, Anthony S.; KASPER, Dennis L.; et al. Medicina
interna de Harrison - 2 volumes. [Pag.1936]: Grupo A, 2019.
9788580556346. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556346/.
Acesso em: 09 ago 2022.
29ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Saúde Coletiva/Medicina de Família e Comunidade
Subárea: Atenção Primária à Saúde (APS)
Tema: Ferramentas da APS
Interpretando o ecomapa, podemos afirmar que a paciente do caso:
Relação fraca, que requer esforço e energia, não compensadora e não
estressante com a igreja.
Relação forte, recebe apoio, compensadora e não estressante com a filha,
genro, neta 1 e ESF.
Relação fraca, sem impacto na energia/recursos, e estressante com a neta
2.
REFERÊNCIA:
GUSSO, Gustavo; LOPES, José M C.; DIAS, Lêda C. Tratado de medicina
de família e comunidade - 2 volumes: princípios, formação e prática
Porto Alegre: Grupo A, 2019. E-book. 9788582715369. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715369/. Acesso
em: 25 ago. 2022.
30ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Pediatria
Subárea: Neonatologia
Tema: Cardiopatia congênita
O Teste do Coraçãozinho deve ser feito entre 24 a 48 horas de vida,
antes da alta da maternidade.
Devem ser utilizados o membro superior direito e um dos dois
membros inferiores.
Valores de saturação periférica abaixo de 94% são considerados
alterados.
O resultado pode ser falso negativo em pacientes com coarctação de
aorta.
REFERÊNCIA: 
DEPARTAMENTOS DE CARDIOLOGIA E NEONATOLOGIA DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Diagnóstico precoce de cardiopatia
congênita crítica: oximetria de pulso como ferramenta de
triagem neonatal. [S. l.: s. n.], 07/11/2011. Disponível em:
www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/diagnostico-precoce-
oximetria.pdf. Acesso em: 11 de agosto de 2022.
31ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Clínica Médica
Subárea: Gastroenterologia
Tema: Doença do refluxo gastroesofágico
A terapia empírica com inibidores da bomba de prótons (IBPs) é o
passo inicial mais apropriado no manejo da DRGE de início recente
sem sintomas de alarme (por exemplo, disfagia, odinofagia, anemia,
sangramento GI, perda de peso não intencional, vômitos persistentes,
pneumonia aspirativa) e pouco ou nenhum fator de risco para o
esôfago de Barrett. De todos os medicamentos usados ​​para tratar a
DRGE, os IBPs estão associados à maior redução nos sintomas e nas
taxas de recaída. Além de um teste de IBPs por 8 semanas, certas
modificações no estilo de vida (por exemplo, parar de fumar, perder
peso, elevar a cabeceira da cama durante o sono, evitar refeições
noturnas) devem ser recomendadas.
Os antagonistas dos receptores H2 (H2RAs) são o tratamento de
segunda linha para pacientes com DRGE porque são menos eficazes
do que os medicamentos de primeira linha no alívio sintomático,
reduzindo as taxas de recidiva e promovendo a cicatrização de lesões
erosivas do esôfago. Os H2RAs também têm uma duração de ação
mais curta (cerca de 12 horas) do que os medicamentos de primeira
linha. A administração de H2RAs na hora de dormir pode ser
considerada como terapia adjuvante para pacientes com sintomas
refratários à terapia de primeira linha. No entanto, este paciente ainda
não recebeu a terapia de primeira linha e, portanto, não deve receber
um H2RA.
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A deglutição de bário é o teste confirmatório para divertículos
esofágicos (por exemplo, divertículo de Zenker), que pode se
manifestar com halitose e desconforto retroesternal, mimetizando
DRGE. Entretanto, o divertículo de Zenker é mais comum em homens
> 60 anos; além disso, sintomas adicionais, como disfagia e
regurgitação de alimentos não digeridos, também são esperados em
pacientes com divertículo esofágico.
Estudos têm demonstrado que a deglutição de bário tem sensibilidade
muito baixa (aprox. 25%) para o diagnóstico de refluxo
gastroesofágico e, portanto, não deve ser utilizada para o diagnóstico
de DRGE quando o paciente apresenta sintomas típicos de DRGE não
complicada na ausência de disfagia.
A triagem para infecção por H. pylori por meio do teste respiratório
com ureia não é indicada em pacientes com DRGE isolada porque a
prevalência de infecção por H. pylori entre pacientes com DRGE não é
maior do que na população geral. De fato, a prevalência de H. pylori é
realmente menor em pacientes com DRGE complicada ou grave. A
triagem para infecção por H. pylori é indicada apenas em pacientes
com úlcera péptica ativa (PUD), história pregressa de PUD, gastrite
atrófica e/ou linfomas MALT gástricos.
O exame endoscópico do esôfago para triagem de adenocarcinoma é
reservado para pacientes com DRGE e sintomas de alarme (por
exemplo, disfagia, odinofagia, anemia, sangramento GI, perda de
peso não intencional).Também é indicado para triagem de esôfago de
Barrett em homens com sintomas de DRGE crônicos (> 5 anos) e/ou
frequentes (ocorrendo pelo menos semanalmente) e ≥ 2 dos
seguintes fatores de risco: idade > 50 anos, etnia branca, obesidade,
ou história pregressa de tabagismo, história familiar de esôfago de
Barrett ou adenocarcinoma de esôfago. Este paciente não atende aos
critérios para endoscopia neste momento.
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Doença do refluxo gastroesofágico. Última
atualização: 20 Abr 2021.
32ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Clínica Cirúrgica
Subárea: CAD
Tema: Doenças do reto e do ânus
Dieta rica em fibras
É necessário orientar os pacientes para que sigam medidas
conservadoras que consistem em dieta rica em fibras, maior ingestão
de líquidos, banhos de assento e, em casos mais graves, laxativos e
analgésicos. Uma tentativa inicial desse tratamento conservador
isoladamente é apropriada na maioria dos casos, especialmente para
as fissuras anais agudas. Tratamento adicional com nitratos tópicos
ou com bloqueadores dos canais de cálcio é apropriado na maioria dos
casos. As duas alternativas se mostraram eficazes no tratamento de
fissura anal, e a escolha deve depender de licenciamento,
disponibilidade e custos locais e das contraindicações. O tratamento
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com diltiazem tornou-se uma primeira escolha comum para a maioria
dos pacientes devido à alta incidência de cefaleias que limitam a dose
após o uso de nitratos tópicos. Uma formulação tópica de diltiazem
precisará ser manipulada por um farmacêutico se um produto
comercializado não estiver disponível.
É essencial que o tratamento tópico continue por 6 a 8 semanas para
permitir a reepitelização da fissura. É comum que os pacientes
interrompam o tratamento após a melhora inicial dos sintomas, mas
geralmente ocorre recidiva. Na revisão entre a 6ª e a 8ª semana,
repete-se a anamnese e o exame físico. Os pacientes curados podem
receber alta com orientação para manter uma dieta rica em fibras, o
que diminui o risco de recorrência. Se não ocorrer a cura da fissura,
mas o paciente estiver relatando uma melhora sintomática
importante, será possível oferecer uma terapia tópica adicional de 6 a
8 semanas. Se, depois disso, não ocorrer a cura, será necessário
fazer o encaminhamento para tratamento secundário. Pacientes
sintomáticos com lesão não cicatrizada devem ser encaminhados
para um tratamento secundário após as 6 a 8 semanas iniciais.
A incisão e a drenagem são o tratamento de primeira linha dos
abscessos perianais. A maioria dos abscessos perianais resulta da
obstrução das glândulas da cripta anal (por exemplo, devido a
bactérias, restos fecais ou matéria estranha) com infecção
subsequente e formação de abscesso. O manejo imediato é essencial
para a prevenção de possíveis complicações, como formação de
fístula secundária, necrose tecidual e envolvimento do esfíncter anal
com consequente incontinência fecal. Embora os exames de imagem
(por exemplo, ultrassonografia anal, tomografia computadorizada,
ressonância magnética) possam confirmar o diagnóstico e mostrar a
extensão do envolvimento tecidual, o tratamento geralmente é
iniciado com base na alta suspeita clínica. Antibióticos pós-operatórios
não são usados ​​rotineiramente, mas podem ser considerados em
certos pacientes (por exemplo, indivíduos imunocomprometidos).
A antibioticoterapia pode ser considerada em pacientes com abscesso
perianal após terem recebido o tratamento de primeira linha. Este
indivíduo ainda não recebeu nenhum tratamento, portanto, a
antibioticoterapia não seria apropriada neste momento.
A ligadura elástica é indicada para o tratamento de hemorroidas
internas sintomáticas, que podem se manifestar com dor nas
nádegas exacerbada à defecação e uma massa perianal sensível.
Além disso, hemorroidas internas devido à constipação crônica são
comuns em pacientes com hipotireoidismo. No entanto, o exame
geralmente mostra uma massa perianal firme, em vez de flutuante, e
as hemorroidas também geralmente se manifestam com
sangramento retal e prurido perianal.
A ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha para cistos pilonidais
sintomáticos, que podem se manifestar com dor nas nádegas ao
sentar e podem se desenvolver na região perianal. No entanto, a
maioria dos cistos pilonidais se desenvolve no topo da prega
interglútea, na região sacrococcígea. Além disso, os cistos pilonidais
mais comumente têm uma abertura do trato sinusal com drenagem
de secreção purulenta.
REFERÊNCIA:
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BMJ Best Practice. Fissura anal. 02 Jul 2020.
33ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Ciências Básicas
Subárea: Morfofuncional
Tema: Correlação entre a fisiopatologia das doenças e agravos com
os mecanismos compensatórios para manter a homeostase
Os cardiomiócitos atriais são estimulados pelo aumento do
estiramento atrial para produzir o peptídeo natriurético atrial (ANP).
A diminuição da reabsorção de sódio do túbulo contorcido distal e
do ducto coletor cortical é um dos efeitos do ANP, que responde ao
aumento do estiramento atrial (por exemplo, na hipertensão ou
sobrecarga de volume), aumentando a natriurese e a diurese no
corpo. Além de diminuir a reabsorção de sódio, o ANP aumenta a
excreção de sódio e água por meio do aumento da TFG via dilatação
da arteríola aferente e constrição da arteríola eferente. Por fim, o ANP
inibe a secreção de renina e, portanto, o RAAS. Juntas, essas
mudanças trabalham para reduzir o volume sanguíneo, a pressão
arterial e o débito cardíaco.
DISTRATORES:
O aumento da excreção de íons potássio e hidrogênio nos túbulos
distais e ductos coletores do rim, bem como a reabsorção de sódio,
são efeitos da aldosterona, e não do ANP. A aldosterona é estimulada
pelo SRAA, aumento do potássio sérico, ACTH, sistema nervoso
simpático e diminuição da pressão arterial média.
O óxido nítrico (NO) resulta em vasodilatação e diminuição da
agregação plaquetária. O NO é produzido por células endoteliais
vasculares em resposta a uma variedade de gatilhos, incluindo lesão
vascular e hipóxia. Embora o ANP cause vasodilatação, não tem efeito
sobre a agregação plaquetária.
O aumento da reabsorção de água livre de soluto é um efeito da
vasopressina (ADH), e não do ANP. O ADH atua aumentando a
transcrição e inserção de aquaporinas nos ductos coletores renais. O
ADH é secretado se o corpo detectar aumento da osmolalidade
plasmática ou diminuição do volume sanguíneo arterial.
A vasoconstrição sistêmica e a estimulação da sede, assim como a
retenção de sódio e o aumento da reabsorção de água, são
estimulados pelo SRAA, e não pelo ANP. O SRAA é ativado em
resposta à diminuição da perfusão glomerular e pelo sistema nervoso
simpático renal e, na verdade, é inibido pelo ANP.
REFERÊNCIA:
HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall Fundamentos de
Fisiologia.Pag.194: Grupo GEN, 2017. 9788595151550. E-book.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151550/.
Acesso em: 08 ago. 2022.
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34ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Clínica Médica
Subárea: Endocrinologia
Tema: Diabetes
Existem testes que avaliam o controle glicêmico a longo prazo, como
a hemoglobina glicada (HbA1c), um exame simples que pode
estabelecer uma média da glicemia do paciente nos últimos 3 meses.
A elevação da hemoglobina glicada está diretamente relacionada ao
aumento de glicose na corrente sanguínea, pois a glicação ocorre
mais frequentemente quando há uma concentração maior de açúcar
no sangue. Sendo assim, qualquer alteração na glicemia pode ser
refletida no exame de hemoglobina glicada.
REFERÊNCIA:
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020 /
Organização José Egídio Paulo de Oliveira, Renan Magalhães
Montenegro Junior, Sérgio Vencio. -- São Paulo : Editora Clannad,
2019.
35ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Ciências Básicas
Subárea: MicrobiologiaTema: Agentes etiológicos - infecções bacterianas
A rinossinusite aguda bacteriana (RSA) é uma infecção bacteriana das
vias aéreas superiores, comumente ocorrendo após uma IVAS viral
(como o resfriado comum). Caracteriza-se por piora dos sintomas de
tosse e rinorreia no 5º dia após o início da IVAS viral. Pode estar
associada aos sintomas de cefaleia ou sensação de peso frontal e
hiposmia ou anosmia. Deve-se esperar 7 dias para fechar o
diagnóstico, pois, antes disso, não é possível diferenciar a RSA das
IVAS virais.
As bactérias isoladas com mais frequência são Streptococcus
pneumoniae, Haemophilus influenzae, Streptococcus viridans,
Moraxella catarrhalis e Staphylococcus aureus, sendo que cerca de
70% das RSAs bacterianas são causadas pelos dois primeiros
agentes.
REFERÊNCIA:
Myake e Araujo. RINOSSINUSITE. IN: Duncan BB, Schmidt MI, Giugliani
ERJ et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária
baseadas em evidências. (5th edição). [Digite o Local da Editora]:
Grupo A; 2022.
36ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Clínica Médica
Subárea: Pneumologia
Tema: Pneumonias Hospitalares
Cirurgias de emergência, particularmente o trauma, têm risco de
aspiração significativamente mais elevado quando comparadas a
cirurgias eletivas (em adultos, 1:800). Os padrões tomográficos não
são necessariamente específicos para cada agente infeccioso. Além
disso, um organismo pode causar diferentes padrões. No entanto, a
broncopneumonia apresenta como principais etiologias bacterianas (S.
aureus, H. influenzae, E. coli, P. aeruginosa, anaeróbios). Pode estar
associada à aspiração de secreção de traqueia colonizada. Tem como
características: progressão mais lenta, microrganismos mais
virulentos, causando maior dano tecidual se comparado à pneumonia
lobar. O processo infeccioso se inicia na mucosa das pequenas vias
aéreas, evolui com formação de exsudato fibrinopurulento
peribronquiolar com extensão aos alvéolos adjacentes, podendo
formar abscessos e pneumatoceles. Pode resultar em maior
destruição tecidual e menor proporção de edema quando comparado
à pneumonia lobar.
Achados mais comuns: espessamento das paredes brônquicas,
micronódulos centrolobulares e imagens em “árvore em brotamento”,
associados a opacidades nodulares centrolobulares e peribronquiolares
mal definidas, que podem confluir em focos de consolidação
multifocais, multilobares ou difusos.
A imagem apresenta broncopneumonia. A: opacidades em “vidro
fosco” e centrolobulares por vezes confluentes (setas brancas). B:
acometimento peribronquiolar (pontas de setas brancas) e áreas
confluentes de consolidação. 
REFERÊNCIA: 
ZATTAR, Luciana; VIANA, Públio Cesar Cavalcante; CERRI, Giovanni
Guido. Radiologia diagnóstica prática. 2ª ed. Barueri: Manole, 2022,
pp. 166-169
37ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Ginecologia e Obstetrícia
Subárea: Ginecologia
Tema: Síndrome do Climatério
A terapia hormonal beneficia a mulher quando iniciada na janela de
oportunidade, ou seja, com menos de 60 anos e com menos de 10
anos pós-menopausa sem doença cardiovascular. A paciente em
questão está neste período, não apresenta história de câncer de
mama, apenas história familiar, portanto pode fazer uso de terapia
hormonal incluindo estrogênio. A progesterona deve ser incluída na
terapia para a proteção do endométrio.
REFERÊNCIA:
HORMONAL, BENEFÍCIOS DA TERAPÊUTICA. "Terapêutica hormonal:
benefícios, riscos e regimes terapêuticos." Femina 47.7 (2019): 443-
8.
38ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Ciências Básicas
Subárea: Fisiologia
Tema: Homeostasia, sua regulação em grandes altitudes
O quadro clínico da paciente é Acidose mista com hipoxemia; Edema
Agudo Pulmonar não Cardiogênico.
A acidose mista caracteriza-se pela diminuição da concentração de
HCO3 (mEq/l) – cujos valores normais são de 22 a 26 – e aumento da
PaCO2. A diminuição da concentração de HCO3 é responsável pela
redução do pH para valores inferiores a 7,35.
A paciente apresenta HCO3 inferior à normalidade (HCO3 = -14
mEq/l), PaCO2 superior ao considerado normal (PaCO2: 56 mmHg) e,
consequentemente, pH ácido (7,28).
A hipoxemia caracteriza-se como a redução do oxigênio no sangue
arterial, caracterizado pela PaO2 (valores de normalidade entre 80 a
100 mmHg). A paciente do caso apresenta PaO2 de 54 mmHg.
Como já disposto acima, a paciente apresenta hipoxemia. No entanto,
para apresentar acidose respiratória, a PaCO2 tem que estar elevada,
reduzindo o pH.
Apesar de apresentar essas alterações, o HCO3 também se encontra
fora da normalidade, indicando acidose mista. Já na acidose
respiratória compensada, o pH encontra-se normal ou próximo, a
PaCO2 e o HCO3 se elevam até a total resolução.
A paciente apresenta hipoxemia, mas não possui alcalose, que se
caracteriza por redução da PaCO2 acompanhada de aumento do pH.
A hipoxemia está confirmada. Na acidose metabólica, a PaCO2
encontra-se diminuída. Na acidose metabólica compensada, o pH
encontra-se normal ou próximo à normalidade, com uma possível
descompensação de BE e manutenção do valor da PaCO2.
O edema pulmonar de grandes altitudes (EPGA) é causado pela
elevação da pressão arterial pulmonar induzida pela hipóxia, que
provoca edemas pulmonares intersticiais e alveolares, resultando em
oxigenação prejudicada. A vasoconstrição de pequenos vasos com
hipoxia é variada, causando pressão elevada, lesão da parede dos
vasos e extravasamento capilar em áreas menos constritas. Outros
fatores, como a hiperatividade simpática, também podem estar
presentes.
REFERÊNCIAS:
GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora
Elsevier. 13ª ed., 2017. -MENAKER, L.
PORTH, C.M.; MATFIN, G. Fisiopatologia. 8ª ed. Guanabara Koogan,
2010.
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doençasdaaltitude
39ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Saúde Coletiva/Medicina de Família e Comunidade
Subárea: Atenção à Saúde
Tema: Saúde do Idoso
A Lei 12.461 de 26 de julho de 2011, que reformula o artigo 19 do
Estatuto do Idoso (Lei 10.741, de 01 de outubro de 2003), ressaltou
a obrigatoriedade da notificação dos profissionais de saúde, de
instituições públicas ou privadas, às autoridades sanitárias quando
constatarem casos de suspeita ou confirmação de violência contra
pessoas idosas, bem como a sua comunicação aos seguintes órgãos:
Autoridade Policial; Ministério Público; Conselho Municipal do Idoso;
Conselho Estadual do Idoso; Conselho Nacional do Idoso.
REFERÊNCIAS:
Brasil: manual de enfrentamento à violência contra a pessoa idosa. —
Brasília, DF: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República, 2014. Disponível em <
https://www.mdh.gov.br/biblioteca/pessoa-idosa/manual-de-
enfrentamento-a-violencia-contra-a-pessoa-idosa>.
MS.Estatuto do Idoso / Ministério da Saúde - 3. ed., 2. reimpr. -
Brasília : Ministério da Saúde, 2013.
GUSSO, Gustavo; LOPES, José MC, DIAS, Lêda C, organizadores.
Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e
Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2019, 2388 p
40ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Saúde Coletiva/Medicina de Família e Comunidade
Subárea: Epidemiologia
Tema: Medidas de controle de epidemias/pandemias
O planejamento e o desenvolvimento de algumas atividades
estratégicas que incluíam ações voltadas para:
(1) a busca ativa e diagnóstico da hanseníase: resultará em um
aumento na detecção de novos casos da doença.
(2) a busca ativa de sintomáticos respiratórios: resultará em um
aumento da incidência de tuberculose.
(3) a condução de grupo de orientação alimentar para pessoas com
diabetes melito e hipertensão arterial sistêmica: resultará no aumento
do controle glicêmico e pressórico destes pacientes, o que levará à
diminuiçãoda taxa de internação por infarto do miocárdio e acidente
vascular encefálico.
(4) a implementação de campanha de incentivo à realização de testes
rápidos para a detecção de hepatites virais B e C: resultará no
aumento da prevalência destas doeças, já que estas são incuráveis.
REFERÊNCIA:
Rouquayrol, Epidemiologia.
41ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Ginecologia e Obstetrícia
Subárea: Obstetrícia
Tema: Mastite
A estase do leite é o evento inicial da mastite, e o aumento da
pressão intraductal causado por ela leva ao achatamento das células
alveolares e à formação de espaços entre as células. Por esse espaço,
passam alguns componentes do plasma para o leite e deste para o
tecido intersticial da mama, causando uma resposta inflamatória.
O tratamento da mastite deve ser instituído o mais precocemente
possível, pois, sem o tratamento adequado e em tempo oportuno, a
mastite pode evoluir para abscesso mamário, uma complicação
grave.
O tratamento inclui os seguintes componentes:
Esvaziamento adequado da mama: este é o componente
mais importante do tratamento da estase inicial.
Preferencialmente, a mama deve ser esvaziada pelo próprio
lactente, pois, apesar da presença de bactérias no leite
materno, quando há mastite, a manutenção da
amamentação está indicada por não oferecer riscos ao
recém-nascido a termo sadio. A retirada manual do leite
após as mamadas pode ser necessária se não houver
esvaziamento adequado.
Antibioticoterapia: indicada quando houver sintomas graves
desde o início do quadro, fissura mamilar e ausência de
melhora dos sintomas após 12–24 horas da remoção efetiva
do leite acumulado.
Se não houver regressão dos sintomas após 48 horas do início da
antiobioticoterapia, deve ser considerada a possibilidade de abscesso
mamário e de encaminhamento para unidade de referência, para
eventual avaliação diagnóstica especializada e revisão da
antibioticoterapia.
REFERÊNCIA:
Cunningham, F.G., Leveno, K.J., Bloom, S.;JL. Williams Obstetrics. 26th
Ed. Mc Graw Hill. New York, 2022.
42ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Ginecologia e Obstetrícia
Subárea: Ginecologia
Tema: Infertilidade
O espermograma é sempre necessário, independente do histórico,
para investigar a infertilidade masculina adquirida.
A paciente acima não tem suspeita de síndrome dos ovários
policísticos, além de não ser um critério único para o referido
diagnóstico. Por isso, não está indicada na propedêutica deste caso.
Histerossalpingografia deve ser indicada para confirmar a
permeabilidade e motilidade tubária neste caso, para investigação de
infertilidade.
REFERÊNCIA:
Manual SOGIMIG de Ginecologia e Obstetricia, 6º edição. 
43ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Clínica Médica
Subárea: Reumatologia
Tema: Artrites autoimunes
Pacientes com doença psoriásica apresentam maiores taxas de
obesidade, resistência à insulina e diabetes. Fatores preditivos para o
surgimento das manifestações articulares podem advir de fatores
ambientais como traumas físicos. O acometimento da pele precede o
comprometimento articular na maioria dos casos, portanto o médico,
ao atender pacientes com psoríase, deve perguntar sobre a presença
de artralgia, rigidez matinal e lombalgia inflamatória. Dactilite, também
chamada de “dedo em salsicha”, pode ocorrer em mãos e pés e se
caracteriza pelo edema difuso de toda a extensão do dedo. Acomete
30 a 40% dos pacientes durante o curso da doença. O papel dos
testes laboratoriais é o de excluir outras causas de artrite, já que não
existe nenhum exame que leve ao diagnóstico. A velocidade de
hemossedimentação (VHS) e a proteína C-reativa (PCR) apresentam-
se elevadas em 50% dos pacientes. Nos exames de imagem,
podemos encontrar desde alterações inespecíficas, como aumento de
partes moles, até lesões muito características, em que a reabsorção
óssea e a osteoproliferação determinam a lesão descrita como pencil
in cup em casos de artrite mutilante. Erosões e osteoproliferação
podem ser observados mesmo em pacientes oligo ou assintomáticos.
O critério de classificação CASPAR (Classification Criteria for Psoriatic
Arthritis) (Quadro 2) é o mais utilizado em todo o mundo, com
elevadas sensibilidade e especificidade (91% e 99%,
respectivamente).
QUADRO 2: Critérios de classificação para artrite psoriásica (CASPAR).
Se doença inflamatória – articulação, êntese ou coluna e pelo menos 3
pontos.
Psoríase cutânea atual (2 pontos) ou história pessoal de
psoríase (1 ponto) ou história familiar de psoríase (1 ponto).
Distrofia ungueal (1 ponto).
Dactilite atual ou episódio anterior visto por médico (1
ponto).
Fator reumatoide negativo (1 ponto).
Neoformação óssea justarticular na radiografia de mãos ou
pés (1 ponto).
3 ou mais pontos: sensibilidade de 98,7% e especificidade de
91,4%.
REFERÊNCIAS:
Taylor W, Gladman D, Helliwell P, Marchesoni A, Mease P, Mielants H;
CASPAR Study Group. Classification criteria for psoriatic arthritis:
development of new criteria from a large international study. Arthritis
Rheum. 2006;54:2665-73.
SHINJO, Samuel Katsuyuki; MOREIRA, Caio. Livro da Sociedade
Brasileira de Reumatologia. 2ª ed. Barueri: Manole, 2021, pp. 183-
189.
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44ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Ciências Básicas
Subárea: Embriologia
Tema: Infertilidade
A fertilização in vitro – FIV é uma das técnicas mais recomendadas e
indicadas para mulheres com problemas morfológicos, como o citado,
a hipoplasia tubária bilateral. Os gametas feminino e masculino são
retirados e colocados em placa para fertilização, início do
desenvolvimento embrionário (até blastocisto). As tentativas de
implantação feitas a fresco são as de maior sucesso.
REFERÊNCIAS:
CHUA, S. J. et al. Age-related natural fertility outcomes in women over
35 years: A systematic review and individual participant data meta-
analysis. Human Reproduction, v. 35, n. 8, p. 1808–1820, 20 ago.
2020. DOI 10.1093/humrep/deaa129.
VAN EEKELEN, R. et al. IVF for unexplained subfertility; whom should
we treat? Human Reproduction (Oxford, England), v. 34, n. 7, p.
1249–1259, 8 jul. 2019.
 
45ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Pediatria
Subárea: Urologia
Tema: Torção Testicular
Exploração cirúrgica da bolsa escrotal.
Este menino adolescente apresenta dor testicular aguda, sinal de
Prehn negativo (persistência da dor na elevação do testículo) e reflexo
cremastérico ausente, indicando torção testicular.
A exploração cirúrgica imediata do escroto, incluindo a distorção do
testículo afetado e a orquidopexia de ambos os testículos é o
tratamento de escolha para a torção testicular. A torção testicular é
uma emergência médica e é mais provável de ocorrer durante o
período neonatal e puberdade. A torção do cordão espermático leva
ao ingurgitamento venoso, que pode resultar em comprometimento
arterial e danos irreversíveis se a torção não for resolvida dentro de 6
a 12 horas. A destorção testicular manual pode ser tentada se a
cirurgia não estiver disponível ou para alívio imediato da dor antes da
cirurgia.
DISTRATORES:
A observação cuidadosa seria indicada para edema escrotal
traumático ou idiopático. No entanto, a torção testicular é uma
emergência médica que requer intervenção urgente para evitar danos
irreversíveis aos testículos.
Uma tomografia computadorizada do abdome e da pelve é usada
para o diagnóstico de várias condições, incluindo hérnias inguinais.
Uma hérnia inguinal pode causar vômitos, um sintoma que esse
paciente apresenta. No entanto, uma hérnia inguinal causa dor na
virilha em vez de dor testicular. Além disso, não causa inchaço do
escroto ou reflexo cremastérico ausente.
A ultrassonografia Doppler do escroto pode confirmar a torção
testicular em pacientes com achados clínicosambíguos. Em pacientes
com torção testicular, o ultrassom Doppler geralmente mostra torção
do cordão espermático e perfusão reduzida no lado afetado. No
entanto, o diagnóstico pode ser feito clinicamente em pacientes com
achados inequívocos (por exemplo, reflexo cremastérico ausente).
Devido ao risco de dano testicular irreversível, o tratamento definitivo
não deve ser adiado por mais investigação diagnóstica.
A ceftriaxona é usada em combinação com a doxiciclina para tratar a
epididimite. A epididimite se manifesta com dor escrotal unilateral e
edema, características também exibidas por esse paciente. No
entanto, em casos de epididimite, a elevação do hemiscroto afetado
reduz a dor, o que é chamado de sinal de Prehn positivo. Este
paciente tem um sinal de Prehn negativo.
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Torção testicular. Última atualização em 07 de
dezembro de 2021.
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46ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Pediatria
Subárea: Pneumologia Pediátrica
Tema: Bronquiolite Viral Aguda
A bronquiolite viral aguda (BVA) é a infeccã̧o do trato respiratório
inferior mais comum em crianca̧s pequenas. A doenca̧ resulta da
obstrucã̧o inflamatória das pequenas vias aéreas, possui gravidade
variável, manifestando-se mais frequentemente por formas leves, que
podem evoluir para apresentacõ̧es graves, em casos mais incomuns.
O conhecimento da história natural da infeccã̧o viral, especialmente
sobre o vıŕus sincicial respiratório (VSR), principal agente etiológico, é
útil para as estratégias de prevencã̧o e no auxıĺio das necessidades de
recursos que devem ser disponibilizados para o adequado tratamento.
A radiografia de tórax pode ser útil nos casos graves, quando ocorre
piora súbita do quadro respiratório ou quando existem doenca̧s
cardıácas ou pulmonares prévias. Os principais achados são:
hiperinsuflacã̧o torácica difusa, hipertransparência, retificacã̧o do
diafragma e até broncograma aéreo com um infiltrado de padrão
intersticial. 
REFERÊNCIA:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Tratado de pediatria. Orgs.:
BURNS, Dennis Alexander
Rabelo et al. 4. ed. Barueri, SP: Manole, 2017.
47ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Saúde Coletiva/Medicina de Família e Comunidade
Subárea: Atenção Primária em Saúde
Tema: PTS
Internar a paciente em clínica de recuperação de usuários de drogas.
– A internação constitui o último recurso na reabilitação de pessoas
com problemas relacionados às drogas. Além disso, a Estratégia
Saúde da Família pode contar com retaguarda de outros dispositivos,
a exemplo dos Centros de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas
(CAPS ad), para resolver problemas como os apresentados pela
paciente em questão.
Discutir o plano de cuidados em equipe, sem incluir a paciente, para
evitar conflitos. – Na elaboração do PTS, a equipe procura
compreender como o sujeito singular se coproduz diante da vida e da
situação de adoecimento, como opera os desejos e os interesses,
assim como o trabalho, a cultura, a família e a rede social. Atenção
especial deve estar voltada para as potencialidades, as vitalidades do
sujeito. Uma função também importante nesse momento é produzir
algum consenso operativo sobre; afinal, quais os problemas
relevantes, tanto do ponto de vista dos vários membros da equipe
quanto do ponto de vista do(s) usuário(s) em questão.
Referenciar a paciente para unidade de pronto atendimento mais
próxima. – Considerando que faz parte do escopo das atribuições da
atenção básica o acompanhamento de pacientes com doenças como
a tuberculose e demais condições de vulnerabilidade apresentadas
pela paciente e que esta não manifesta nenhuma situação que
necessite de atendimento de urgência, não se justifica a referência
para uma UPA.
Corresponsabilizar-se pelas intervenções definidas no cuidado
centrado na pessoa. – A utilização do PTS como dispositivo de
intervenção desafia a organização tradicional do processo de trabalho
em saúde, pois pressupõe a necessidade de maior articulação
interprofissional e a utilização das reuniões de equipe como um
espaço coletivo sistemático de encontro, reflexão, discussão,
compartilhamento e corresponsabilização das ações com a
horizontalização dos poderes e conhecimentos.
Assumir a responsabilidade pelo cuidado, dispensando o apoio de
outros profissionais. – Na execução do PTS há a necessidade de maior
articulação interprofissional e corresponsabilização das ações com a
horizontalização dos poderes e conhecimentos.
REFERÊNCIA:
BRASIL. Clínica ampliada, equipe de referência e projeto terapêutico
singular. 2a ed. Ministério da Saúde: Brasília, 2008.
48ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Ginecologia e Obstetrícia
Subárea: Ginecologia
Tema: Miomatose Uterina
Em pacientes sintomáticas com leiomiomas submucosos, a ressecção
histeroscópica produz alívio dos sintomas na maioria dos casos. As
indicações incluem sangramento uterino anormal, dismenorreia ou
infertilidade quando houver suspeita de contribuição dos leiomiomas. 
REFERÊNCIA:
Ginecologia de Williams. Schorge, J O, et alii. Editora Mc Graw Hill
Medical. New York-USA –2011.
49ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Saúde Coletiva/Medicina de Família e Comunidade
Subárea: Atenção à Saúde
Tema: Saúde do Adulto/Idoso
A paciente tem hipertensão arterial sistêmica, em tratamento com
IECA, mantendo no momento do exame físico uma pressão sistólica
aumentada e uma pressão diastólica normal.
Entre as associações medicamentosas anti-hipertensivas, a
combinação de β-bloqueador + IECA é inadequada para tratamento de
hipertensão, porque, nesse caso, os β-bloqueadores causam
diminuição da secreção de renina, o que provoca redução dos níveis
de angiotensina II, reduzindo o efeito hipotensor dos IECA.
Os diuréticos tiazídicos continuam sendo a primeira escolha para início
de tratamento, por reduzir incidência de eventos cardiovasculares e
cerebrovasculares. A combinação de um IECA com um diurético
tiazídico (hidroclorotiazida) em baixas doses resulta em um efeito
adicional significativo na redução da PA e dos desfechos
cardiovasculares. A associação atenua ainda a ativação reflexa do
Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona pelos diuréticos e a
hipocalemia em pacientes suscetíveis. Baseadas na eficácia,
segurança e desempenho favorável desses agentes, as combinações
fixas de IECA ou BRA com diurético são as preferenciais. 
O uso de metildopa é contraindicado para idosos por causar
bradicardia e exacerbar crises depressivas, e a clonidina é
contraindicada por causar sedação, depressão e hipotensão
ortostática.
Os medicamentos anti-hipertensivos devem ser iniciados com cautela
em pacientes idosos, sempre com doses baixas e com aumento
gradual, minimizando a incidência de eventos adversos.
O uso de IECA deve ser cauteloso em pacientes com insuficiência renal
crônica e contraindicado em pacientes com estenose bilateral da
artéria renal, insuficiência renal aguda, prévia ou que venha a se
desenvolver após o início do uso da IECA. No caso da questão, a
paciente usa IECA há 15 anos, não faz menção de doença renal, e não
existe contraindicação ao uso de IECA em pacientes idosos apenas
por serem idosos e tenderem à redução da taxa de filtração
glomerular. Portanto, não existe indicação de suspender o captopril.
REFERÊNCIA:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da
pessoa idosa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica – Brasília: Ministério da Saúde,
2006. 192 p. il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de
Atenção Básica, n. 19)
50ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Cirurgia
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Subárea: Sistema Digestório

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