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Pneumonia Fisiopatologia I Profa. Dra. Cristina Eusébio Mendes Russo cristina_eusebio@uni9.pro.br Agradecimento: Prof. Agnelo r Profa. Denise Referência Sugerida Capítulo 14 Sistema Respiratório Fisiopatologia I Porção Condutora Porção Respiratória BASES MORFOFUNCIONAIS II Condução do ar Aquecimento Umedecimento Remoção de Materiais Particulados Troca Gasosa Sistema Respiratório ✓ Troca de Gases; ✓ Órgão Metabólico ✓ Linha de Defesa Sistema Respiratório Inferior Fisiopatologia I alvéolos d Sistema Respiratório: Alvéolo Revisão de Histologia Sistema Respiratório Revisão de Histologia Sistema Respiratório BRONQUÍOLO TERMINAL BRONQUÍOLO RESPIRATÓRIO ALVÉOLOBRÔNQUIO Revisão de Histologia Sistema Respiratório Sistema Respiratório: Tipos Celulares Células Mucossecretoras Células Neuroendocrinas Pneumócitos tipo II Macrófagos AlveolaresCélulas Endoteliais Células Ciliadas Células Serosas Células Claviformes Alvéolo Surfactante - colectinas 2/3 por alvéolo mucociliar Fluidos / lisozima Metabolização de xenobioticos Sensorial/secretora Parácrina Caliciforme/ gl. Submucosa Barreira mecânica Junções resistentes/ ECA Pneumócitos tipo I O surfactante possui a função de controlar as forças de tensão superficial na interface ar-líquido alveolar, impedindo o colabamento dos alvéolos, como também, por meio de opsonização, facilitar a fagocitose de microrganismos por macrófagos alveolares Sistema Respiratório: Mecanismos de Defesa Mecanismos de defesa Tosse Broncoconstrição Disfunções/ hipersolicitação Resposta inata Resposta Adaptativa Substâncias citoprotetoras Transporte mucociliar Resposta Inflamatória Fisiopatologia I AUSÊNCIA DE INFECÇÃO NOS PULMÕES É CONSEQUÊNCIA DA EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE DEFESA • Perda ou supressão do reflexo da tosse (anestesia, coma, medicamentos, debilitação) • Lesão do aparelho mucociliar (tabagismo, doenças virais) • Interferência com a ação fagocítica ou bactericida dos macrófagos alveolares • Acúmulo de secreção (obstrução brônquica) Redução da resposta imunitária (imunodeficiência primaria/secundária) Fatores que alteram a defesa do epitélio respiratório Infecção pulmonar → Resposta Inflamatória INFECÇÕES PULMONARES COLONIZAÇÃO= EXISTÊNCIA DE BACTÉRIAS EM UM LOCAL DO CORPO SEM EVIDÊNCIA DE RESPOSTA DO HOSPEDEIRO X INFECÇÃO= INVASÃO E MULTIPLICAÇÃO DE MICRORGANISMOS NOS TECIDOS ACOMPANHADA DE AGRESSÃO E REAÇÃO AS VIAS AÉREAS E O PULMÃO NÃO SÃO ESTÉREIS! Fisiopatologia I Pneumonias Conceito: Fisiopatologia I “Por pneumonia entende-se o quadro de infecção do parênquima pulmonar com expressão clínica.” Bogliolo, 2016 Pneumonias Fisiopatologia I Bogliolo, 2016 “Nas pneumonias, bronquíolos respiratórios e alvéolos são preenchidos por exsudato inflamatório, comprometendo a função de troca gasosa.” O desenvolvimento de quadro infeccioso no parênquima pulmonar envolve três componentes: PATOGENICIDADE DO AGENTE MECANISMOS DE DEFESA CAPACIDADE DE RESPOSTA DO HOSPEDEIRO Pneumonias Infecção pulmonar, portanto, ocorre quando as defesas do organismo são incapazes de impedir a colonização e a proliferação de microrganismos. Pneumonias Pneumonia Classificação: Fisiopatologia I Local de aquisição (origem) Etiologia Distribuição Anatômica Lesões morfológicas Hospitalar ou Comunitária Típica ou atípica Bactérias/ vírus / fungos / protozoários Lobar / Infiltrado intersticial / Broncopneunomia Pneumonia Classificação: Fisiopatologia I Local de aquisição (origem) Etiologia Distribuição Anatômica Lesões morfológicas Hospitalar ou Comunitária Típica ou atípica Bactérias/ vírus / fungos / protozoários Lobar / Infiltrado intersticial / Broncopneunomia Pneumonia Classificação: Origem Fisiopatologia I Pneumonia adquirida na comunidade (PAC) Tem início fora do hospital. Pneumonia adquirida no hospital/ Pneumonia nosocomial (PN) Quando ocorre 48-72h após admissão em serviço hospitalar. Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM) Frequente em pacientes submetidos a suporte ventilatório invasivo prolongado. Pneumonia Classificação: Fisiopatologia I Local de aquisição Etiologia Distribuição Anatômica Lesões morfológicas Hospitalar ou Comunitária Típica ou atípica Bactérias/ vírus / fungos / protozoários Lobar / Infiltrado intersticial / Broncopneunomia Pneumonia Agentes etiológicos Fisiopatologia I Bactérias • S. pneumoniae • S. aureus • K. pneumoniae • H. Influenzae • Legionella • Chlamydia • Mycoplasma • Mycobacterium • Actynomices • Rickettsias Vírus • Influenza • VSR • Adenovirus • Coronavírus • Hantavirus • Citomegalo vírus Fungos • P. Brasiliensis • H. Capsulatum • C. Immitis • C. Neoformans • C. Albicans • Aspergillus • Pneumocystis • Feohifomicetos Outras Etiologias • Helmintos Não Infecciosas • Alérgias • Tóxica • Aspiração • Neoplasias Pneumonia Agentes etiológicos Pneumonia Classificação: Fisiopatologia I Local de aquisição Etiologia Distribuição Anatômica Lesões morfológicas Hospitalar ou Comunitária Típica ou atípica Bactérias/ vírus / fungos / protozoários Infiltrado intersticial / Broncopneunomia/lobar Pneumonia Distribuição Anatômica Fisiopatologia I Pneumonia Fisiopatologia I Pneumonia Intersticial Processo inflamatório: interstício pulmonar Associado: Vírus e Mycoplasma sp; Acometimento: Zonal/ difuso/ bilateral Pneumonia Fisiopatologia I Pneumonia Intersticial Macroscópica: ✓ Quadro é pouco característico: Hiperemia. Microscópica: ✓ Inflamação nitidamente intersticial; ✓ Septos alveolares : alargados por edema e infiltrado de mononucleares; ✓ Alvéolos contêm pequena quantidade de líquido. Casos Graves Alvéolos: apresentam membranas hialinas, indicativas de dano alveolar. Viroses Necrose do epitélio alveolar e bronquiolar / Células gigantes / Inclusões características (em alguns casos). Pneumonia Fisiopatologia I Pneumonia Intersticial Citomegalovírus Pneumonia Fisiopatologia I Pneumonia lobular/ Broncopneumonia Focos inflamatórios múltiplos Brônquios – bronquíolos – extensão alvéolos adjacentes Pneumonia Fisiopatologia I Pneumonia lobular/ Broncopneumonia Focos inflamatórios múltiplos hiperemia, edema e exsudato purulento na luz dos alvéolos e bronquíolos, com destruição da parede dessas estruturas Pneumonia Fisiopatologia I Pneumonia Lobar Processo inflamatório: Disseminação uniforme nos lobos; Associado: Streptococcus pneumoniae (pneumococo) Pneumonia Pneumonia Lobar Ar dos alvéolos / sacos alveolares Exsudato inflamatório Consolida-se de forma homogênea Vias aéreas maiores – Permeáveis Fisiopatologia I Pneumonia Lobar EVOLUÇÃO: 1- Congestão, 2- Hepatização vermelha, 3- Hepatização cinzenta 4- Resolução. Inflamação → edema/congestão ↑ bactérias Congestão vascular → marcante (extravasamento de hemácias) Infiltrado inflamatório → marcante ↓ Congestão vascular ↑ células inflamatórias ↑ fibrina EVOLUÇÃO através de quatro estágios: 1- Congestão: O(s) lobo(s) afetado(s) está(ão) pesado(s), vermelho(s) e úmido(s); Histologicamente, observa-se: - congestão vascular; - poucos neutrófilos disseminados; - muitas bactérias nos alvéolos. Fisiopatologia I EVOLUÇÃO através de quatro estágios: 2 – Hepatização Vermelha Caracterizado por lobos pulmonares com consistência hepática; Os espaços alveolares estão preenchidos por neutrófilos, eritrócitos e fibrina. EVOLUÇÃO através de quatro estágios: 3 – Hepatização Cinzenta Os pulmões estão secos, cinza e firmes, uma vez que os eritrócitos foram lisados e o exsudato fibrinossupurativo persiste no interior dos alvéolos. A liberação de grande quantidade de enzimas pelas células inflamatórias leva à degradação de fibras elásticas da matriz extracelular, tornando o parênquima bastante friável EVOLUÇÃO através de quatro estágios: 4 - ResoluçãoOs exsudatos no interior dos alvéolos são digeridos enzimaticamente para produzir debris granulares e semifluidos que são reabsorvidos, fagocitados por macrófagos, expelidos pela tosse ou organizados por fibroblastos que proliferam em seu interior. Pneumonia Fisiopatologia I BroncopneumoniaPneumonia Lobar Formação de abcessos; Empiema; Tecido fibroso sólido; disseminação bacteriana. Resolução: terapia apropriada Complicações Pneumonia Fisiopatologia I Abscesso Associado: microrganismos anaeróbicos da microbiota bucal e agentes causadores de pneumonias (S. aureus e K. pneumoniae) Coleção de pus na intimidade do órgão Agressão/ destruição tecidual Cavidade Acumulo de secreção secreção purulenta: restos celulares, microrganismos e células inflamatórias. Pneumonia Fisiopatologia I Abscesso Fatores de Risco: ✓ Complicação de pneumonias bacterianas ( S. aureus e K. pneumoniae); ✓ Aspiração de material contaminado; ✓ Infecção secundária em lesões prévias (tumores, infartos etc.). ✓ Embolia séptica; Cavidade com conteúdo necrótico e purulento. Intenso espessamento pleural em correspondência com o abscesso. Pneumonia Classificação: Fisiopatologia I Local de aquisição Etiologia Distribuição Anatômica Lesões morfológicas Hospitalar ou Comunitária Típica ou atípica Bactérias/ vírus / fungos / protozoários Infiltrado intersticial / Broncopneunomia/lobar Típica • Início agudo • Febre alta com calafrios • Tosse produtiva • Imagens Radiológicas: • Consolidação alveolar • Acometimento: lobar/lobular Atípica • Início subagudo • Febre (não tão alta) • Tosse seca • Imagens Radiológicas • Inexistência de condensação pulmonar e exsudato alveolar • Acometimento difuso: principalmente septo alveolar e interstício Pneumonia Classificação: Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis, S. aureus, Legionella sp Mycoplasma pneumoniae; Chlamydia trachomatis; Vírus (influenza, adenovírus, rinovírus, vírus do sarampo e da varicela) Pneumonias Agudas Adquiridas em Comunidade - Típicas Fisiopatologia I Pneumonia Aguda Adquirida em Comunidade Etiologia: Maioria Bacteriana S. Pneumoniae (Principalmente) Morfologia: Pneumonia lobar Broncopneumonia Início abrupto Febre Alta; tosse produtiva (mucopurulenta); Hemoptise. Dr. do nada tive febre, calafrios, dor em meu torax toda vez que eu respirava e uma tosse com muito catarro, as vezes chegou a sair sangue…. Relato mais comum …. Fisiopatologia I Pneumonia pneumocócica P n eu m o n ia p n eu m o có ci ca Microbiota normal (20% dos adultos) Responsável por 90% dos casos de pneumonia lobar Compromete indivíduos entre 30 e 50 anos Antigamente: causa mais comum de morte por pneumonia Streptococcus pneumoniae Fisiopatologia I Pneumonia pneumocócica Streptococcus pneumoniae Patogênese: multiplicação bacteriana, que induz resposta exsudativa neutrofílica. Gram-positiva que se dispõe aos pares Fisiopatologia I Pneumonia pneumocócica Streptococcus pneumoniae Vacina Pneumocócica Fisiopatologia I Pneumonia por Klebsiella pneumonie Kl eb si el la p n eu m o n ie Bactéria Gram- negativa Acomete: debilitadas e mal nutridas; Alcoólatras Aguda: Distribuição lobar. Aparência: mucoide Muco espesso e gelatinoso, pois o microrganismo produz um polissacarídeo capsular abundante e pegajoso que o paciente pode ter dificuldade em expelir pela tosse Crônica Fibrose extensa Múltiplos abscessos com bacilos viáveis Bronquiectasia Fisiopatologia I Pneumonia por Haemophylus influenzae H a em o p hy lu s in fl u en za e Bactéria Gram-negativa Encapsulada ↓ incidência – vacina: 3 doses (3/4/6 meses) (feita a partir da cápsula de Hib) Não encapsulada Criança: Risco de morte Adultos: Pacientes com doenças pulmonares - › risco de desenvolver infecções Fisiopatologia I Pneumonia por Haemophylus influenzae H a em o p h yl u s in fl u en za e Extensa pneumonia destrutiva Evolução: Bronquiolite obliterante Complicação: Abscessos Fisiopatologia I Pneumonia por Staphylococcus aureus St a p h yl o co cc u s a u re u s Pneumonia secundaria – após doenças respiratórias Alta incidência de complicações Abcesso e empiema pulmonar Focos de hemorragia parenquimatosa Fisiopatologia I Pneumonia por Legionella Le gi o n el la Apresenta-se sob as formas epidêmicas/esporádica/ imunossuprimidos Pneumônico: febre, mal-estar, mialgia, Insuficiência Renal, diarreia e encefalopatia Histologia: exsudato: neutrófilos, macrófagos e fibrinas (alvéolos e bronquíolos) Interstício: preservado Pneumonia por Pseudômonas P se u d ô m o n as Pct. com doenças pulmonares crônicas; queimaduras, Broncopneumonia hemorrágica multifocal Lobo inferior mais acometido Associa-se a derrame pleural serossanguinolento, áreas de necrose e abscessos Histologia: Exsudato polimornucleares, áreas hemorrágicas Característico: inflamação aguda com necrose fibrinoide da parede de pequenos vasos Fisiopatologia I Pneumonia por Moraxella catarrhalis M o ra xe lla ca ta rr h a lis Pessoas idosas Segunda causa bacteriana mais comum na exarcebação aguda de DPOC Causa comum de otite média em crianças Fisiopatologia I Pneumonia Atípica Adquirida em Comunidade Etiologia: vários microrganismos Mycoplasma pneumoniae; Chlamydia trachomatis Vírus (influenza, adenovírus, rinovírus, vírus do sarampo e da varicela) Acometimento difuso dos pulmões (septos alveolar e interstício pulmonar) Termo: Atípico Inexistência de condensação pulmonar; quantidade moderada de escarro; elevação moderada de leucócitos e inexistência de exsudato alveolar. Pneumonia Atípica Adquirida em comunidade Morfologia Macroscópica: quadro é pouco característico, podendo apresentar apenas congestão. Microscópica: Reação inflamatória no interior das paredes dos alvéolos ; Septos estão ampliados e edematosos, além de conter um infiltrado inflamatório de linfócitos/ plasmócitos; Espaços alveolares: livres de exsudato celular. Casos severos: dano alveolar difuso maduro com formação de membrana hialina. Fisiopatologia I Septos alveolares alargados e edemaciados Infiltrado inflamatório mononuclear • Vírus de fita simples de RNA delimitado por nucleoproteínas que determinam o tipo viral — A, B ou C. • A superfície esférica do vírus é composta por uma bicamada lipídica contendo a hemaglutinina viral e a neuraminidase que determina o subtipo (p. ex., H1N1, H3N2). • Anticorpos contra hemaglutinina e neuraminidase virais:↓ gravidade da infecção. • Infecção viral - Perda sistema defesa primária • Lesão célula ciliada e secretora de muco • Infecção bacteriana secundária Influenza Dano alveolar difuso Dano alveolar difuso associado a bronquiolite necrosante Dano alveolar difuso com hemorragia alveolar grave Fisiopatologia I Painel mostrando os diferentes padrões de acometimento pulmonar na infecção pelo vírus da influenza A (H1N1). Tempestade de Citocinas na COVID-19. A - O vírus é internalizado pelas células do hospedeiro através da ligação de sua espícula com os receptores ECA2; B - As proteínas virais são reconhecidas pelas células dendríticas, macrófagos e células do epitélio respiratório; C - Na COVID-19 grave, há uma expressão reduzida e retardada de IFN1, uma das mais potentes citocinas antivirais, de modo que a replicação do vírus se torna maior e mais rápida; D: A estimulação das células de reconhecimento leva à produção de fatores quimioatrativos, recrutando células fagocitárias para o trato respiratório; E - A elevação do número de fagócitos e a alta viremia no sangue provocam um aumento da liberação de citocinas além do esperado, estimulando um quadro hiperinflamatório que pode levar à síndrome de ativação macrofágica(SAM) e à insuficiência respiratória, similar ao quadro da síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). Fonte: adaptada de Ye Q, et. al. The pathogenesis and treatment of the “Cytokine Storm” in COVID-19. J Infection. 2020; 80(2020):607-613; Banu N, et. al. Protective role of ACE2 and its downregulation in SARSCoV-2 infection leading to Macrophage Activation Syndrome: Therapeutic implications. Life Sci. 2020; 256. COVID -19 (SARS-CoV-2) Fisiopatologia I HANI, C.; et al. COVID-19 pneumonia: A review of typical CT findings and differential diagnosis. Diagn Interv Imaging, v.101,n.5, p.263-268, may 2020. Doi:10.1016/j.diii.2020.03.014. Achados histológicos na doença grave - dano alveolar difuso (DAD). início: há lesão epitelial exuberante e difusa; intenso efeito citopático viral em pneumócitos; descamação epitelial, metaplasia escamosa; membranas hialinas, edema septal e discreto infiltrado linfocitário (DAD exsudativo). A organização das lesões iniciais pode resultar em fibrose pulmonar. Após poucos dias, observam-se: - organização do exsudato intra-alveolar, formação de tecido de granulação e neoformação conjuntiva nos septos alveolares (DAD proliferativo). - Outro achado importante são trombos múltiplos na microcirculação pulmonar, presentes em 70 a 80% dos pacientes com quadro pulmonar grave, resultantes de agressão endotelial pelo vírus e do estado de hipercoagulabilidade sanguínea Lobo superior direito Área de consolidação Acinzentada Parênquima Pulmonar Vasos e espaço intersticial com células inflamatórias Arteríola – trombo* Parede do Brônquio Mucosa – comprometida Submucosa - infiltrado inflamatório Imunoperoxidase – CD3 Espaço intersticial Agregado de linfócitos Imunoperoxidase – Il-6 Preto - vasos Amarelo – espaço intersticial Vermelho - alvéolo Fisiopatologia I Pneumonia Adquirida em hospitais (nosocomiais) Etiologia: bactérias Enterobacteriaceae Pseudomonas ssp S. aureus Infecções adquiridas durante a internação. Pacientes com doenças subjacentes e severas; Imunossuprimido; Pacientes sob ventilação mecânica (alto risco) Por que ventilação mecânica aumenta a probabilidade de adquirir pneumonia nosocomial? VM → PAV • IOT (intubação Orotraquial) e VM alteram mecanismos de defesa • Transporte direto de microrganismos • Inalação de aerossóis e gotículas contaminadas (equipamentos) CDC Guideline for Preventing Health-Care-Associated Pneumonia, 2003 Pneumonia Associada a Ventilação Mecânica (PAVM) Bastonetes gram-negativos (membros da família Enterobacteriaceae e Pseudomonas spp.) e S. aureus são os isolados mais comuns; Pneumonias Nasocomiais ou Adiquiridas em hospitais Pneumonias por Aspiração Lesão resultante da penetração de alimentos ou conteúdo gástrico nos pulmões. Broncoaspiração Aguda ✓ vômito em indivíduos com redução de nível de consciência ou com transtorno no reflexo de tosse; ✓ Doenças do esôfago em que há retenção do bolo alimentar no órgão; Broncoaspiração Crônica – associada a refluxo gástrico ✓ Agressão química; ✓ Infecção por microorganismos da microbiota bucal Pneumonia em Hospedeiro Imunocomprometido Patógenos chamados oportunistas; Os agentes bacterianos P. aeruginosa, Mycobacterium spp., L. pneumophila e Listeria monocytogenes; Os agentes virais citomegalovírus e herpes vírus; Os agente fúngicos P. jiroveci, Candida spp., Aspergillus spp. e Cryptococcus neoformans. Sistemas de defesa e imune são suprimidos pela doença; Transplante de órgãos Terapia antitumoral Irradiação. Pneumonias Fúngicas Representam um grupo de importância crescente na prática médica Aspergilus • Infarto hemorrágico com infiltrado inflamatório escasso • Hifas do fungo são encontradas invadindo os vasos e permeando os septos alveolares Candida • Hematogênica: nódulos distribuídos difusamente nos pulmões • Característica: área central de necrose e inflamação aguda intensidade variada • Forma Aspirativa: evento terminal . • Acomete: cavidade oral, esôfago, laringe/traqueia Cryptococcus neoformans • Lesão caracteriza-se por necrose extensa associada a inflamação aguda e crônica. • microabscessos Pneumocystis jiroveci • Pneumonia de células plasmocitárias. • Compromete: crianças e adultos com imunossupressão. • Alvéolos preenchidos com material proteico. • Septos alveolares com discreta/moderada alargamento por infiltrado mononuclear (plasmócitos). Aspergillus O achado clássico da infecção por Aspergillus é infarto hemorrágico com infiltrado inflamatório escasso e no qual as hifas do fungo são encontradas invadindo as paredes dos vasos sanguíneos e permeando os septos alveolares. As hifas são finas, longas e septadas e dicotomizam em ângulos agudos. Os micélios arranjam-se em paralelo e irradiam-se a partir de um ponto central. Figura 14.29: Aspergilose pulmonar. A. Lesão apical com halo fibroso e centro cavitado. B. Detalhe das hifas, que são longas, septadas e dicotomizam em ângulos agudos. Coloração de Grocott.
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