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Definições e tipos de canteiros de obras

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Definições e tipos de canteiros de obras
De acordo com a NR 18 (2003) 1 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção), canteiro de obras é uma área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem as operações de apoio e execução de uma obra, ou seja, é um conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em: áreas operacionais e áreas de vivência (NBR 12264).
É preciso uma adaptação contínua para alocar:
Desenvolver e planejar adequadamente a obra envolve muito mais do que planilhas e cálculos, orçamentos de materiais e cronogramas com datas. É preciso delimitar as tarefas de cada setor, cada ponto de armazenagem, de coleta e distribuição de materiais, bem como as passagens e áreas de descanso.
objetivos de um bom planejamento no canteiro de obras podem ser divididos em duas principais categorias:
Tipologia dos canteiros
Layout:
Layout é toda disposição física de homens, materiais, equipamentos, áreas de trabalho e de estocagem, representando desta forma a disposição racional das diferentes tarefas da construção.
São diversos fatores para a tomada de decisões referentes ao arranjo físico do local,que é formado por centro de atividades.
Fatores para decidir como será o Layout:
Qual espaço necessário para cada centro?
Mínimo necessário para assegurar capacidade produtiva em relação a tal centro de atividade
Quais centros o Layout deve incluir? 
Local para armazenar material,instalações provisórias, atividades de produção (aço, formas, argamassa ). 
Como o espaço de cada centro deve ser definido?
Dentro de um centro, podemos ter diferentes disponibilidades relacionadas ao posicionamento de objetos, estruturas e materiais que o compõem.
Onde cada centro deve ser locado?
Essa questão deve ser bem analisada visando à interdependência de certos centros.
Setores ou partes do canteiro
Áreas operacionais – áreas de vivência
Para se fazer um bom planejamento de canteiro de obras é necessário conhecer as necessidades.
Necessidade no momento?
Exemplo ; contratamos 10 novos operários. Necessário mais banheiros e armários.
As interferências com as áreas existentes?
O fluxo atual de circulação terá que ser o reestruturado.
As limitações obrigatórias?
O refeitório e os sanitários deverão ser ampliados.
Algumas vantagens de um layout do canteiro projetado de maneira correta:
· Permite um fluxo de serviços e materiais de forma contínua;
· Reduz transportes e movimentos, melhorando processos;
· Reduz perdas e desperdícios de insumos;
· Integra todos os elementos da obra;
· Melhora e facilita as condições de trabalho;
· Aumenta a produtividade;
· Reduz o nível de cansaço dos trabalhadores;
· Permite flexibilidade para atender as mudanças que possam ocorrer ao longo a obra.
Regras básicas do planejamento de canteiros restritos
Sempre atacar primeiro a fronteira mais difícil
O principal objetivo é evitar que seja necessário fazer serviços nessa divisa nas fases posteriores da execução, quando a construção de outras partes da edificação dificultará o acesso a este local.
Os motivos que podem determinar a criticalidade de uma divisa são vários, como a existência de um muro de arrimo, vegetação de grande porte ou um desnível acentuado
Criar espaços utilizáveis no nível do térreo tão cedo quanto possível
Especial para obras nas quais o subsolo ocupa quase a totalidade do terreno, dificultando, na fase inicial da construção, a existência de um layout permanente. Exige-se a conclusão, tão cedo quanto possível, de espaços utilizáveis ao nível do térreo, que possam ser aproveitados para locação de instalações provisórias e de armazenamento, com a finalidade de facilitar os acessos de veículos e pessoas, bem como de propiciar um caráter de longo prazo de existência para as referidas instalações.
De acordo com Souza (2000) podem ser efetuadas metodologias para vencer a falta de espaço dentro de um canteiro restrito, por meio de soluções:
Aluguel de residência ou área vizinha servindo de escritório, estande de vendas ou alojamento;
Aluguel de um terreno vizinho para depósito de materiais, locação das instalações provisórias e centrais de produção;
A empresa ter um canteiro de obras central que auxilie nas diversas obras que possui, servindo como depósito de materiais e auxiliando em processamentos intermediários de materiais.
O empilhamento de materiais deve seguir regras específicas por tipologia e as matérias próximas à sua aplicação e não a um setor de almoxarifado faz com que não haja um controle eficiente na liberação e utilização desses. Portanto, apenas as afirmações II e IV estão corretas.
A importância do planejamento do canteiro está atrelada ao dimensionamento das áreas (setores) do canteiro conforme planejamento da obra/cronograma físico; instalação do canteiro de obras; áreas de estoque; apoio à produção; áreas administrativas; sistemas de transporte e layout por fases.
Os objetivos de baixo nível incluem o planejamento do processo produtivo tendo como foco o melhor método para: minimizar distâncias de transporte; minimizar tempos de movimentação de pessoal e materiais; minimizar manuseios de materiais; evitar obstruções ao movimento de materiais e equipamentos.
Aula 2: Aspectos de segurança do trabalho nos canteiros de obras
Condições de Trabalho e Legalidade
Maior parte dos acidentes de trabalho é associada à negligência de métodos de trabalho no canteiro de obras.
É imprescindível a qualificação do profissional, o mesmo bem qualificado torna o processo com maior padrão, além de seguir de forma correta as normas de segurança. Logo a produtividade e qualidade do produto é melhor.
Atribuições dos cargos:
Gerente de Contrato/Supervisor de Obras
Tem a responsabilidade final pela execução do contrato/obra, dentro dos padrões mínimos de Segurança e Saúde no Trabalho, estabelecidos pela legislação em vigo
Engenheiros/Gerentes
São responsáveis pelo planejamento e determinação das Medidas Preventivas para a execução dos Serviços de acordo com o Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) da obra, com o assessoramento e apoio da equipe especializada.
Mestres/Encarregados
São diretamente responsáveis pela orientação e controle das Medidas Preventivas adotadas pelas equipes sob sua supervisão, devendo participar de forma ativa, para que os trabalhos sejam desenvolvidos sem acidentes.
SESMT
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. São responsáveis pela execução direta do PCMAT estabelecido para a obra, e pelo assessoramento e apoio à área de produção.
CIPA
Tem a responsabilidade de divulgar as Normas de Segurança e Saúde no Trabalho e propor medidas preventivas.
Empregados da Obra e de Empreiteiras
Têm o dever de colaborar na aplicação e no cumprimento das Normas Regulamentadoras e das Ordens de Serviço sobre Segurança e Medicina do Trabalho recebidas
Normas Técnicas Regulamentadoras
São normas publicadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para estabelecer os requisitos técnicos e legais sobre os aspectos mínimos de segurança e saúde ocupacional. Atualmente, existem 36 NRs.
Essas normas são elaboradas por uma comissão tripartite composta por representantes do governo, empregados e empregadores.
É obrigatória a comunicação à Delegacia Regional do Trabalho, antes do início das atividades, com as seguintes informações:
Endereço correto da obra; 
Endereço correto e qualificação (CEI, CGC ou CPF) do contratante, empregador ou condomínio;
Tipo de obra;
Datas previstas do início e conclusão da obra;
Número máximo previsto de trabalhadores na obra.
NR 18: Todos os empregados devem receber treinamento admissional e periódico, visando garantir a execução de suas atividades com segurança , constando de:
· Informações sobre as condições e meio ambiente de trabalho;
· Riscos inerentes a sua função;
· Uso adequado dos equipamentos de proteção individual (EPI);
· Informações sobre os equipamentos de proteção coletiva (EPC), existentes no canteiro
de obra.
Compete aos trabalhadores da empresa indicar à CIPA situações de risco, apresentar sugestões e observar as recomendações quanto à prevenção de acidentes, utilizando os equipamentos de proteção individual (EPIs) e de proteção coletiva (EPCs) fornecidos pelo empregador, bem como se submeter a exames médicos previstos em Normas Regulamentadoras, quando aplicáveis.
A empresa que possuir na mesma cidade, um ou mais canteiros de obra, com menos de 70 empregados, deve organizar CIPA centralizada.
Acima de 70 empregados em cada estabelecimento, a CIPA deve ser por estabelecimento. Ficam desobrigadas de constituir CIPA, os canteiros cuja construção não exceda 180 dias, devendo ser constituída comissão provisória de prevenção de acidentes, com um membro efetivo e um suplente para cada 50 trabalhadores.
As subempreiteiras com menos de 70 empregados, participarão com, no mínimo, um representante das reuniões, do curso da CIPA e das inspeções realizadas pela CIPA.
 
A NR 18 estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção .
Consideram-se atividades da Indústria da Construção as constantes do Quadro I, Código da Atividade Específica, da NR 4 — Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e as atividades e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral, de qualquer número de pavimentos ou tipo de construção, inclusive manutenção de obras de urbanização e paisagismo.
É vedado o ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras, sem que estejam assegurados pelas medidas previstas na NR 18 e compatíveis com a fase da obra.
A NR 18 também prevê o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT).
São obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT para estabelecimentos com 20 trabalhadores ou mais, independentemente de serem ou não da mesma empresa, bem como contemplar as exigências contidas na NR 9 — Programa de Prevenção e Riscos Ambientais (PPRA), que deve ser elaborado por profissional da área de segurança do trabalho e implementado por parte do empregador.
Eficácia da prevenção de acidentes
Além das NRs, há necessidade de que as construtoras implementem programas específicos como: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), que compreendem as seguintes etapas:
· Responsabilidade;
· Treinamento;
· Avaliação dos riscos;
· Comunicações;
· Monitoramento e medições;
· Requisitos legais;
· Atendimento às emergências.
Planejamento
Podemos evitar os fatores de riscos de acidentes a partir de um planejamento adequado analisando equipamentos, materiais, métodos, condições topográficas etc.
Conhecimento
Além disso, todos os trabalhadores devem compreender as normas aqui apresentadas. Além das técnicas de segurança do trabalho.
Qualificação
É fundamental para as construtoras incentivar programas e cursos de qualificação voltados para o setor de segurança — explicar como funcionam as normas e motivá-los a adotar novas posturas no ambiente laboral.
Acidente Zero
A meta de Acidente Zero, apesar de utópica, deverá ser sempre perseguida. E, qualquer indivíduo de estiver dentro de um canteiro de obras deverá usar os equipamentos de proteção individual adequados — capacete, botas, luvas, óculos, protetor auricular, cinto de segurança etc. A empresa deve providenciar todos os EPIs, visando eliminar o risco de acidente no ambiente de trabalho, inclusive para visitantes. O empregador deve fornecer gratuitamente a todos os empregados todos os equipamentos necessários. O uso é obrigatório pelo empregado, passivo de demissão por justa causa
De acordo com NR 18 e NBR 12284, as áreas de vivência (lavanderia, alojamentos e área de lazer), quando houver trabalhadores alojados, devem contemplar:
· Ambulatório — quando houver 50 ou mais trabalhadores na obra;
· Instalações Sanitárias/vestiários — um vaso sanitário/mictório/lavatório para cada 20 operários e um chuveiro para cada 10;
· Refeitório — mesas com tampos laváveis, idem para os pisos; 1m2/trabalhador; não ficar situado em subsolos ou porões; não ter comunicação com instalações sanitárias; pé direito mínimo 2,80m;
· Alojamentos — dormitórios confortáveis e arejados, pé-direito 2,5m para cama simples e 3,0m para beliche; é proibido instalá-los em subsolos ou porões.
5S no canteiro de obras
O programa 5S é uma ferramenta utilizada para organizar o ambiente em que é implantado, baseando-se sempre na ideia dos cinco sensos.
De acordo com a NR 18, é proibida a entrada e permanência de trabalhadores que não estejam assegurados e que não sejam compatíveis com a fase da obra.
De acordo com a NR 18, o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) é obrigatório em estabelecimentos com mais de 20 trabalhadores.
De acordo com a NR 18, a carga horária necessária para a composição do programa educativo sobre a prevenção de acidentes e doenças do trabalho deve compor o PCMAT.
De acordo com a NR 18, o memorial sobre as condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações integra o PCMAT.
De acordo com a NR 18, o layout inicial e o atualizado do canteiro de obras ou da frente de trabalho são partes integrantes do PCMAT.
6. É necessário prever os riscos do trabalho em altura (queda de pessoas, de materiais) para adotar medidas de controle. Pesquise quais medidas poderão ser tomadas para os riscos de trabalho em altura. Lembre-se de que a construção civil é um setor muito associado a quedas e mortes por falta de segurança do trabalho.
Gabarito sugerido As medidas de controle devem ser colocadas em correspondência a cada risco, e podem ser: de proteção passiva, se possível, ou se não, de caráter administrativo ou de proteção ativa. Quando se trata de trabalhar em altura, é fundamental ter atenção redobrada. Afinal, qualquer imprevisto ou acidente com o trabalhador, quando este está a muitos metros do chão, tende a ser muito mais grave e prejudicial. É considerado trabalho em altura toda atividade que for executada acima de dois metros do piso, onde exista o risco de queda, que pode ter consequências graves ou até mesmo fatais. Em primeiro lugar, é fundamental que se observe quais são as atividades a serem cumpridas e como estão as condições do ambiente do trabalho, como a possibilidade de exposição a ventanias, chuvas, eventualidade de hipotermia, recomendando-se o uso de barreiras para impedir a exposição, vestimentas adequadas, entre outros. A maioria das eventualidades de acidente de trabalho em altura são decorrentes do não atendimento de normas de saúde e segurança do trabalho, em especial a NR 35. Essa norma determina os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, compreendendo a organização, o planejamento e sua execução, buscando garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores que estejam envolvidos de forma direta ou indireta com esta atividade. Segundo consta na NR 35, aqueles empregados que não acatarem a legislação trabalhista estarão sujeitos a multas que variam de acordo com o tipo de infração. Muitos acidentes que acontecem, poderiam ter sido evitados se medidas preventivas tivessem sido tomadas. A prevenção é fundamental nos ambientes de trabalho, e a NR 35 também trata desse assunto. 2 Entre as medidas previstas na norma regulamentadora citada acima, estão as seguintes: ∙ Promover a realização das medidas de proteção adequadas, sendo que a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual precisam acatar orientações dos fabricantes, princípios da redução do impacto e dos fatores de queda e normas técnicas vigentes; ∙ Executar a análise de risco antes que a atividade tenha início; ∙ Expedir permissão de trabalho para atividades
que não sejam de rotina; ∙ Criar um procedimento operacional para atividades de rotina de trabalho em altura, que terá que ser documentado, conhecido, entendido e divulgado pelos trabalhadores que realizam o trabalho e pelas pessoas nele envolvidas; ∙ Proporcionar a realização de prévia avaliação das condições do local de trabalho para implementar e planejar as ações e medidas de segurança aplicáveis não contempladas no procedimento operacional e na análise de risco; ∙ Elaborar uma sistemática de autorização dos empregados para trabalho em altura; ∙ Garantir a supervisão do trabalho e a organização e arquivamento da documentação característico para disponibilização, quando for necessário, à Inspeção do Trabalho; ∙ Capacitar os trabalhadores por meio de treinamento periódico prático e teórico com carga mínima de 8 horas; ∙ Efetivar exames médicos voltados às patologias que possam originar queda de altura e mal súbito, levando em conta também os fatores psicossociais; ∙ Interromper o trabalho caso ofereça condição de risco não prevista; ∙ Conceder equipe para respostas em caso de emergências para trabalho em altura com os recursos exigidos. Como você pode perceber, os riscos para trabalhos em altura são evidentes, mas podem ser minimizados se as medidas preventivas forem respeitadas. Assim, você garante o bem-estar e a saúde do trabalhador, e o resultado para a empresa.
O planejamento de canteiro de obras tem que ser inicialmente visando a obtenção da melhor utilização do espaço físico disponível, para possibilitar a boa interação entre homens e máquinas.
Planejamento deverá ser realizado baseado em um procedimento sistematizado, com cinco etapas básicas:
Análise preliminar
Esta etapa envolverá a coleta e análise de dados, sendo fundamental para a agilidade na execução das demais etapas. Se a análise preliminar 1 não for realizada de forma antecipada, poderá provocar interrupções e atrasos durante os próximos passos, além de deixar faltar informações necessárias para a tomada de decisões seguintes.
Arranjo físico geral
Conhecido como macro layout, o arranjo físico geral envolve a definição dos locais das áreas do canteiro, bem como, mesmo que de forma aproximada, o local das áreas de apoio, de vivência e do posto de produção de argamassa.
Arranjo físico detalhado
Conhecido como micro layout, estabelece a localização de cada instalação, em cada área do canteiro. Aqui também se define, por exemplo, as instalações nas áreas de vivência.
Detalhamento das instalações
Depois do arranjo físico, é necessário planejar a infraestrutura para o funcionamento das instalações. Com base nos padrões da empresa, é necessário estabelecer, por exemplo, o tipo e a quantidade de mesas e cadeiras para os refeitórios, armários nos vestiários, formas de armazenagem de materiais, forma de fixação das plataformas de proteção etc.
Cronograma de implantação
Apresenta o sequencial das fases de layout, além é claro, de explicitar as fases de execução da obra, que podem determinar uma alteração no layout. O cronograma pode ser inserido no plano de longo prazo, sendo útil para as divulgações de planejamento, programação de alocações de recursos, e também, para o acompanhamento da implantação, facilitando a análise de eventuais atrasos.
O Gerente :
Um bom gerente deve ter as seguintes características:
Observar a equipe e cada colaborador, modificando a estratégia quando necessário para que o prazo seja cumprido;
Motivar, orientar e acompanhar de perto toda equipe, fazendo o possível para que todos estejam alinhados com os objetivos e metas da empresa;
Ser bom comunicador e saber ouvir, garantindo que qualquer mudança de planos chegue aos operários;
Ser um bom líder, não se contentar em parar de aprender e saber que cada parte sempre pode acrescentar algo ao todo.
O engenheiro , é o gerente do canteiro de obras.
Diagnóstico nos canteiros de obras
deve ser a primeira atividade executada em um programa de melhorias, uma vez que são gerados subsídios para a realização das etapas de padronização e planejamento.
diagnóstico consiste da aplicação conjunta de três ferramentas
Lista de Verificação
A verificação abrangente entre as ferramentas, permite uma análise qualitativa do canteiro, desde layout ou logística.
· Instalações provisórias;
· Segurança no trabalho;
· Sistema de movimentação e armazenamento de materiais.
Todos os elementos devem satisfazer certos requisitos ou padrões mínimos de qualidade para o desempenho satisfatório de suas funções.
Os requisitos foram definidos da forma mais objetiva possível, para possibilitar a verificação visual da existência ou não de problemas, dispensando medições, consultas a outras pessoas ou a projetos da obra.
EXEMPLO:
Dois dos requisitos de qualidade que a lista estabelece para o elemento elevador de carga.
	ELEVADOR DE CARGA
	SIM
	NÃO
	NÃO SE APLICA
	A torre do guincho é revestida com tela?
	
	
	
	As rampas de acesso à torre são dotadas de guarda-corpo e rodapé, sendo planas ou ascendentes no sentido da torre (NR-18)
	
	
	
Para obter a nota global do canteiro, calcula-se a média aritmética das notas dos três grupos.
A visita ao canteiro para aplicação da lista deve ser feita sem pressa, visto o extenso rol de itens e a atenção requerida para a correta compreensão do conteúdo da lista e seu preenchimento. Essas exigências não impedem que a aplicação demande pouco tempo, variando com o porte da obra e com a experiência do aplicador no uso da ferramenta. A partir de estudos realizados por Saurin e Formoso (2006), o tempo para aplicação da lista em torno de uma hora para edificações de porte médio (quatro a oito pavimentos).
Elaboração de croqui do layout do canteiro
A análise da planta de layout é útil para a identificação de problemas relacionados ao arranjo físico, permitindo observar, por exemplo, a localização equivocada de alguma instalação ou o excesso de cruzamentos de fluxo em determinada área.
A necessidade dessa análise surge do fato de que a maioria dos canteiros não possui uma planta de layout, o que acaba obrigando a elaboração de um croqui 3 na própria obra, durante a visita de diagnóstico.
A listagem é composta por treze itens:
1. Armazenamento de areia;
2. Armazenamento de tijolos;
3. Armazenamento de cimento;
4. Entulho (em depósito ou não);
5. Condições do terreno por onde circulam caminhões;
6. Refeitório, vestiários e banheiros com as respectivas instalações;
7. Detalhamento do sistema construtivo das instalações provisórias;
8. Fechamento de poços de elevadores;
9. Corrimãos provisórios de escadas;
10. Sistema de fixação das treliças das bandejas salva-vidas na edificação;
11. Acesso ao guincho nos pavimentos;
12. Proteção contra quedas no perímetro dos pavimentos;
13. Sistema de drenagem.
Para evitar esse problema, foi elaborada uma listagem 4 dos principais pontos do canteiro  que devem ser fotografados, escolhidos com base na sua importância logística e pelo fato de serem tradicionais focos de problemas.
Dica:
O relatório pode incluir ao lado de cada fotografia de uma situação negativa, outra fotografia que mostre um exemplo de solução para a deficiência encontrada. Se possível, os exemplos positivos devem ser de outras obras da empresa, indicando a fácil disponibilização das soluções.
Utilização de tecnologias
a incorporação da tecnologia no canteiro de obras.
Atualmente, com o uso da tecnologia, é possível tornar a comunicação muito mais ágil e eficiente, evitando falhas e atrasos, otimizando os processos da obra, controlando custos e realizando a fiscalização do trabalho.
Existem softwares que permitem gerar e arquivar relatórios diários, agilizar processos de contratação etc. Essa facilidade que a tecnologia traz impacta positivamente no rendimento da equipe, na circulação de informações importantes e, respectivamente, na entrega do projeto em tempo hábil.
Atividade
1. Suponha que você tenha que planejar um canteiro de obras. Quais seriam os principais aspectos a serem abordados? Quais são as principais dificuldades a serem enfrentadas? E quais
vantagens podem ser apontadas se o planejamento for eficiente?
Na etapa de planejamento deve ser feita a coleta de informações suficientes para o cálculo do ritmo de trabalho real na obra, possibilitando analisar indicadores de desempenho sobre problemas relacionados ao não cumprimento de tarefas planejadas e desenvolvimento de planejamento de curto prazo.A coleta de informações será a base para elaboração de relatórios de diagnóstico da obra. As dificuldades podem ser atribuídas à falta de organização de um modo geral, e à falta de conhecimento das ferramentas existentes de planejamento do canteiro de obras. O ganho na produtividade, a precisão no tempo total de execução da obra e a redução de atividades que não agregam valor ao produto final são algumas das vantagens da aplicação do planejamento em canteiro de obras.
2. A organização do canteiro de obras é fundamental para o bom desenvolvimento das atividades, para evitar desperdícios de tempo, perdas de material e falta de qualidade nos serviços executados nas obras de construção civil. Sobre o canteiro de obras, é correto afirmar:
a) No Brasil não existem normas técnicas para implantação dos canteiros de obras.
b) Os canteiros devem prever áreas operacionais e áreas de vivência.
c) A implantação de um canteiro de obras não permite o deslocamento das instalações durante a execução do projeto.
d) É necessário mantê-lo em funcionamento apenas na fase inicial da obra, evitando desperdício de material e mão de obra.
e) Apenas as alternativas B e C estão corretas.
Apenas a alternativa B está correta.
No Brasil, existem normas técnicas para implantação dos canteiros de obras. A implantação de um canteiro de obras permite o deslocamento das instalações durante a execução do projeto. É necessário mantê-lo em funcionamento em todas as fases da obra, evitando desperdício de material e mão de obra.
Apenas a alternativa A está correta.
Para preparação do canteiro de obra é necessário realizar primeiramente as operações de escavação e aterro. A planta de layout do canteiro deve ser utilizada para identificação de problemas relacionados ao arranjo físico, tais como o excesso de cruzamentos de fluxo em determinada área. Um canteiro de obras precisa estar em conformidade com os requisitos da NR-18, que trata das condições e do meio ambiente de trabalho na indústria da construção. Os canteiros de obras podem ser enquadrados dentro de um dos três seguintes tipos: restritos, amplos, longos e estreitos.
Restrito é o tipo mais comum em áreas urbanas, o canteiro de obras restrito costuma ter um formato retangular; caracteriza-se principalmente pela delimitação de uma área cercada por tapumes ou muros, com um portão que dá acesso ao local.Para o canteiro do tipo amplo, um bom exemplo é o levantamento de pontes, com as atividades da construção se estendendo por uma área não delimitada, ampla e com vários pontos de suporte logístico.Os canteiros longitudinais — ou longos — podem ter características do tipo restrito ou amplo, a diferenciação ocorre principalmente por causa da complexidade da organização física, pois a movimentação no canteiro é mais difícil e as distâncias de percursos ficam maiores; como exemplos, podemos citar a construção de rodovias, obras pluviais e sanitárias urbanas.
4. No que diz respeito ao planejamento e à definição do layout de um canteiro de obras coloque C (certo) ou E (errado) nas afirmativas:
I. Quando estamos dimensionando um canteiro, devem ser considerados: materiais, maquinarias, instalações e transporte.
II. Na elaboração do Layout do canteiro, os primeiros elementos cujas posições são definidas, são barracões do escritório, depósitos e almoxarifados.
III. Na definição do Layout do canteiro não é levado em consideração o procedimento construtivo adotado para a obra, mas sim ao tempo de duração da obra.
IV. A betoneira deve ficar próxima ao depósito dos agregados e aos mecanismos de elevação.
V. Quando estamos planejando um canteiro devemos pensar na logística e na segurança.
A sequência correta das afirmações é:
a) E,E,E,C,C
b) C,E,E,C,C
Apenas a alternativa B está correta.
O arranjo do canteiro depende de alguns fatores, cuja análise permite ao engenheiro posicionar de maneira mais racional as diversas estruturas componentes do canteiro e dimensionar corretamente a área de cada uma delas. Os barracões dos escritórios, depósitos e almoxarifados podem ficar em segundo plano. Na definição do layout do canteiro é levado em consideração o procedimento construtivo adotado para a obra.
A padronização no canteiro de obras
A padronização destaca-se como uma das mais importantes e mais eficientes, podendo trazer uma série de benefícios à empresa, facilitando as atividades de planejamento, controle e execução.
Benefícios da padronização:
1
Diminuição das perdas de materiais, como decorrência do reaproveitamento, da melhor qualidade e da utilização mínima de componentes nas instalações (somente o especificado pelo padrão, nada mais);
2
Facilidade para o planejamento do layout dos novos canteiros, pois muitos dos padrões são dados necessários à realização da atividade;
3
Contribuição para a formação de uma imagem da empresa no mercado, lembrando que a qualidade do padrão é o fator que determina se esta imagem é positiva ou negativa;
4
Conformidade com os requisitos da NR 18, evitando multas e prevenindo acidentes;
5
Possibilidade de elaboração de um modelo básico de PCMAT a partir dos padrões estabelecidos. Assim, o PCMAT refletirá a realidade da empresa, ao contrário do que aconteceria se a elaboração do mesmo não considerasse as reais práticas (padrões) da empresa;
6
Estabelecimento da base, a partir da qual o processo de introdução de melhorias nos canteiros é implantado.
Etapas da padronização
A padronização dos canteiros pode ser realizada em um período que varia de dois a três meses, incluindo quatro etapas: diagnóstico, reuniões do grupo de padronização, elaboração do manual de padrões e elaboração do plano de implantação e controle.
Diagnóstico
Observar todas obras já realizada pela empresa.
Identificar padrões já existentes e padrões novos que necessitarão ser elaborados;
Identificar as deficiências mais frequentes e graves nos canteiros, as quais poderão ter seus respectivos novos padrões priorizados para implantação;
Justificar a necessidade do trabalho de padronização e demonstrar a importância do planejamento do canteiro, a partir do relato dos problemas detectados.
Reunião 
Esse grupo não deve ter um número excessivo de participantes (seis pessoas é um bom limite), e deve envolver engenheiros, mestres de obras e técnicos em segurança.
A definição dos padrões 
1
A capacitação técnica e financeira da empresa, de modo a se planejar padrões viáveis de implantação;
2
A estratégia de produção (mesmo que esta só exista de forma implícita), de modo que os padrões sejam coerentes com as prioridades e objetivos estratégicos da empresa. Veja um exemplo .Se a empresa visa reduzir custos com transporte de materiais pode ser interessante padronizar o uso de pallets no transporte de blocos e cimento;
3
Benchmarks, que serão úteis para a elaboração de padrões novos e revisão dos já existentes;
4
Os requisitos da NR 18, para padronização das instalações de segurança e áreas de vivência.
Elaboração do manual
Em relação à elaboração do manual, os padrões devem ser concebidos com a suposição que os mesmos têm caráter evolutivo, isto é, eles podem e devem ser alterados quando for viável implantar uma solução mais eficiente que a atual.
Uma alternativa simples para a redação dos padrões consiste em redigir os mesmos sob a forma de checklists, que apenas referenciam as páginas do manual nas quais podem ser encontradas as figuras necessárias a sua interpretação.
Após o término da elaboração dos manuais é necessário estabelecer um plano de implantação e controle dos padrões. Tal plano pode ser elaborado por meio da técnica do 5W2H (o que?, quem?, quando?, onde?, por que?, como?, quanto custa?), respondendo cada uma das sete questões para os
padrões considerados prioritários.
Outras medidas 3
×
Realização de reuniões de treinamento com mestres, engenheiros e encarregados não participantes do grupo de padronização. Tais reuniões têm o objetivo de divulgar o plano de implantação, evidenciar sua importância e explicar o conteúdo dos manuais, esclarecendo inclusive aspectos técnicos de cada padrão;
Avaliar periodicamente a aplicação dos padrões em todas as obras da empresa. Esta tarefa pode ser feita utilizando-se checklists correspondentes aos padrões de cada manual;
Alterar os manuais sempre que algum padrão for modificado.
Planejamento no canteiro de obras.
Tem que ser realizado por procedimento sistematizado, compreendendo cinco etapas:
1
Análise preliminar
Esta etapa envolve a coleta e a análise de dados, sendo fundamental para a execução qualificada e ágil das demais etapas. A não realização completa e antecipada da análise preliminar pode provocar interrupções e atrasos durante as etapas posteriores, visto que faltarão as informações necessárias para a tomada de decisões.
Algumas empresas que já têm um padrão de canteiro realizam com maior facilidade está etapa.
Programa de necessidades do canteiro 
Devem ser listadas todas as instalações de canteiro que deverão ser locadas, estimando-se a área aproximada necessária para cada uma delas.
Informações sobre o terreno e o entorno da obra.
Devem estar disponíveis informações tais como a localização de árvores na calçada e dentro do terreno, preexistência de esgoto , passagem de rede alta tensão em frente ao prédio, desníveis do terreno, rua de trânsito menos intenso caso o terreno seja de esquina, etc. 
Mesmo que estas informações estejam representadas nas plantas dos vários projetos,é recomendável a conferência IN LOCO 
Definições técnicas da obra
Devem estar definidas as principais tecnologias construtivas adotadas, a fim de que se possa ter claro quais serão os espaços necessários para a circulação, estocagem de materiais e áreas de produção. São exemplos de definições desta natureza o tipo de estrutura (concreto usinado, pré-moldados, estrutura de aço, etc.), tipo de argamassa (ensacada, pré-misturada ou feita na obra), tipo de bloco de alvenaria ou tipo de revestimento de fachadas.
Cronograma de mão de obra
Deve ser estimado o número de operários no canteiro para três fases básicas do layout, ou seja, para a etapa inicial da obra a etapa de pico máximo de pessoal e a etapa final ou de desmobilização do canteiro.
Cronograma físico da obra
A elaboração do cronograma de layout requer a consulta ao cronograma físico da obra, uma vez que é normal a existência de interferências entre ambos. Além dessas análises de atrasos ou adiantamento de serviços, o estudo do cronograma físico permite a coleta de outras informações importantes para o estudo do layout, como a verificação da possibilidade de que certos materiais não venham a ser estocados simultaneamente a outros (blocos e areia, por exemplo), o prazo de liberação de áreas da obra passíveis de uso por instalações de canteiro, prazo de início da alvenaria (para reservar área de estocagem de blocos) etc.
Consulta ao orçamento
Com base no levantamento dos quantitativos de materiais e no cronograma físico, podem ser estimadas as áreas máximas de estoque para os principais materiais.
Arranjo físico geral
Etapa também denominada de macro layout, envolve o estabelecimento do local em que cada área do canteiro (instalação ou grupo de instalações) irá situar-se, devendo ser estudado o posicionamento relativo entre as diversas áreas. Nessa etapa, por exemplo, define-se de forma aproximada, a localização das áreas de vivência, áreas de apoio e área do posto de produção de argamassa.
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Arranjo físico detalhado
Envolve o detalhamento do arranjo físico geral, ou a definição do micro layout, no qual é estabelecida a localização de cada equipamento ou instalação dentro de cada área do canteiro. Nesaa etapa, define-se, por exemplo, a localização de cada instalação dentro das áreas de vivência, ou seja, as posições relativas entre vestiário, refeitório e banheiro, com as respectivas posições de portas e janelas.
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Detalhamento das instalações
Definido o arranjo físico do canteiro, é necessário planejar a infraestrutura necessária ao funcionamento das instalações. Dessa forma, com base nos padrões da empresa, devem ser estabelecidos, por exemplo, a quantidade e os tipos de mesas e cadeiras nos refeitórios, quantidades e tipos de armários nos vestiários, técnicas de armazenamento de cada material, tipo de pavimentação das vias de circulação de materiais e pessoas, local e forma de fixação das plataformas de proteção etc.
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Cronograma de implantação
Este cronograma deve apresentar graficamente o sequenciamento das fases de layout, além de explicitar as fases ou eventos da execução da obra (concretagem de uma laje, por exemplo) que determinam uma alteração no layout. O cronograma de implantação pode estar inserido no plano de longo prazo de produção, sendo útil para a divulgação do planejamento, para a programação da alocação de recursos aos trabalhos de implantação do canteiro, e, ainda, para o acompanhamento da implantação, facilitando a identificação e análise de eventuais atrasos.
Programa de manutenção da organização do canteiro de obras
 Existem muitos programas que podem ser implantados para garantir a organização dos canteiros de obras, por meio de treinamento, colocação de metas, avaliação de desempenho, a fim de conscientizar e estimular os trabalhadores para manter a obra limpa e organizada.
Atividade
1. Tratando especificamente da aplicação do programa 5S na organização dos canteiros, há algumas diretrizes para implantação. Pesquise quais são essas diretrizes e dê exemplos de 5S nos canteiros de obras.
Primeiramente, é necessário definir critérios e objetivos de avaliação: devem ser listados os itens do canteiro a serem avaliados e estabelecidos os critérios de avaliação para cada item. Na avaliação da limpeza do canteiro, por exemplo, poderia ser utilizado um checklist semelhante ao apresentado na tabela a seguir. Os critérios de avaliação devem ser alterados na medida em que já estiverem incorporados à rotina do canteiro, sendo substituídos por critérios novos ou mais exigentes. Exemplo de checklist para avaliar a limpeza dos canteiros de obras Boas Práticas Sim Não Não se aplica As paredes dos barracões estão limpas, sem restos de argamassa ou qualquer outro tipo de sujeira visível Inexiste água empoçada nos locais de circulação Os banheiros estão limpos e não exalam mau cheiro para as instalações vizinhas Considerando que os resultados da avaliação de diferentes itens devem ser expressos sob uma unidade comum de medida, a nota atribuída ao item limpeza, com base na aplicação do checklist pode ser enquadrada em faixas de desempenho, representadas por cores, conforme o exemplo a seguir: nota de 0 a 5 = faixa vermelha nota de 5,1 a 8,0 = faixa amarela nota de 8,1 a 10,0 = faixa verde Da mesma forma que neste exemplo, qualquer outro critério de avaliação poderia ter seu resultado adaptado às faixas apresentadas. O item de avaliação reclamações de vizinhos, por exemplo, poderia ter critérios estabelecendo que, em uma dada semana, 2 situaria-se na faixa verde caso não houvesse reclamação, situaria-se na faixa amarela caso houvesse uma reclamação e na faixa vermelha caso houvesse mais de uma. Em seguida, deve-se estabelecer avaliadores e periodicidade de avaliação: a avaliação não deve ser feita unicamente por alguém diretamente interessado no seu resultado, tal como o mestre, os operários ou o engenheiro da obra. Assim, é recomendável que além da participação de membros internos à obra, exista também um avaliador externo, representado, por exemplo, por outro engenheiro da empresa ou um consultor. Quanto à periodicidade de avaliação, a prática mais comum é a avaliação semanal, podendo ou não ter dia e horário pré-fixados. O fato de não haver um dia preestabelecido normalmente é vantajoso, uma vez que evita a
organização circunstancial do canteiro. Também pode ser estabelecido um sistema de premiação: devem ser tomados alguns cuidados na definição da premiação, uma vez que constitui importante fator de motivação dos funcionários envolvidos no programa. Inicialmente, deve-se estabelecer se a premiação (e não a avaliação) será individual ou coletiva. Recomenda-se que a definição da premiação seja feita em conjunto com os trabalhadores, podendo ser alterada no decorrer do tempo. Outro assunto importante é o estabelecimento do patamar de desempenho necessário para receber a premiação. Nesse sentido, sugerese a definição de um limite mínimo de desempenho, acima do qual todas as obras da empresa serão premiadas, mesmo que alguma obra se sobressaia sobre as demais. Um sistema de concorrência entre obras poderia ser utilizado paralelamente a este, dando um prêmio adicional para a melhor obra. Contudo, o uso exclusivo do sistema de concorrência não é recomendável, já que poderia ocorrer favorecimento de obras com determinadas características ou fases de execução mais fáceis de serem gerenciadas. Por fim, é indicado expressar os resultados: os itens e critérios de avaliação, assim como os resultados da mesma, devem ser expressos no canteiro da forma mais transparente e objetiva possível, de modo que todos os trabalhadores possam compreender seu significado.
2. Acerca da padronização nos canteiros de obra, é incorreto afirmar que:
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a) A padronização pode diminuir as perdas de materiais.
b) Deve-se levar em consideração os requisitos da NR 18 para padronizar os canteiros de obras.
c) Após ter padronizado os canteiros de obra, é possível obter mais facilmente PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho).
d) A padronização não está associada a um estabelecimento de base, mas sim às melhorias de quando o canteiro é implantado.
e) Quando há padronização, há maior facilidade para o planejamento do layout dos novos canteiros, pois muitos dos padrões são dados necessários à realização da atividade.
A padronização está associada a um estabelecimento de base, a partir da qual o processo de introdução de melhorias nos canteiros é implantado.
3. Com o objetivo de melhorar o ambiente de trabalho, reduzir o desperdício e aumentar a produtividade, um determinado órgão público decidiu implementar o programa de qualidade conhecido como “5S”. Sua implementação requer um passo a passo no qual o último dos “sensos” corresponde ao senso de:
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a) Utilização
b) Ordenação
c) Autodisciplina
d) Limpeza
e) Higiene
Os programas 5S têm como base os princípios dos programas 5S, que visam criar nas organizações um ambiente propício para a implantação de programas de qualidade, por meio do desenvolvimento de cinco práticas ou sensos nos indivíduos: descarte (seiri), ordem (seiton), limpeza (seiso), asseio (seiketsu) e disciplina (shitsuke).Parte inferior do formulário
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4. Existem diversos elementos que devem ser levados em consideração na fase de planejamento de um canteiro de obras e seu arranjo físico. Se o arranjo não for bem analisado, pode gerar padrões de fluxo excessivamente longos, operações sem flexibilidade e, consequentemente, acréscimo de tempo e custo. Assinale a opção em que se apresenta o arranjo físico de canteiro mais adequado com relação às obras.
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a) Por processo
b) Celular
c) Por produto
d) Funcional
e) Posicional
Um canteiro de obras é tipicamente um exemplo de arranjo físico posicional, já que existe uma quantidade de espaço limitada, que deve ser alocada aos vários recursos transformadores. O arranjo físico posicional caracteriza-se pelos seguintes fatores: produto fabricado de grandes proporções; poucas unidades fabricadas; produto permanece fixo e os recursos dirigem-se a ele; equipamento de alta flexibilidade. O arranjo físico de um canteiro de obras consiste, na alocação de todos os processos para implantação e instalação de máquinas, equipamentos, insumos e pessoal, que virão a ocupar as áreas onde serão desenvolvidos os trabalhos de uma operação produtiva, também chamados de centro de trabalho e centros de vivência.Parte inferior do formulário
Tipologia das instalações provisórias
Seja qual for o sistema utilizado, devem ser considerados os seguintes critérios:
· Custos de aquisição;
· Custos de implantação;
· Custos de manutenção;
· Reaproveitamento;
· Durabilidade;
· Facilidade de montagem e desmontagem;
· Isolamento térmico;
· Impacto visual.
Sistema tradicional racionalizado
O sistema tradicional racionalizado representa um aperfeiçoamento dos barracos em chapa de compensado comumente utilizados, de forma a aumentar seu reaproveitamento e facilitar sua montagem e desmontagem.
O sistema racionalizado constitui-se de módulos de chapa de compensado resinado, com espessura mínima de 14mm, ligados entre si por qualquer dispositivo que facilite a montagem e a desmontagem, como parafusos, dobradiças ou encaixes.
Contêineres
A utilização de contêineres na construção é uma prática habitual em países desenvolvidos e uma alternativa adotada há algum tempo, por exemplo, em obras de montagem industrial e grandes empreendimentos. Embora atualmente venha ocorrendo uma disseminação do uso de contêiner em obras de edificações residenciais e comerciais, essa opção ainda pode ser considerada minoritária se comparada aos barracos em madeira.
Apesar de existir a opção de compra de contêiner com isolamento térmico, o custo dessa opção faz com que ela raramente seja utilizada, ocasionando a principal reclamação dos operários em relação ao sistema: as temperaturas internas são muito altas nos dias mais quentes.
A utilização do contêiner na construção Além dos requisitos de ventilação, a NR 18 tem outras exigências importantes em relação aos contêineres: A estrutura dos contêineres deve ser aterrada eletricamente, prevenindo contra a possibilidade de choques elétricos; Contêineres originalmente usados no transporte e/ou acondicionamento de cargas devem ter um atestado de salubridade relativo a riscos químicos, biológicos e radioativos, com nome e CNPJ da empresa responsável pela adaptação. Os contêineres apresentam diversas vantagens, tais como: rapidez no processo de montagem e desmontagem, reaproveitamento total da estrutura e possibilidade de diversos arranjos internos. As dimensões usuais dos contêineres encontrados no mercado são 2,4m x 6,0m e 2,4m x 12,0m, ambos com altura de 2,60m. Existem diversos fornecedores no mercado (aluguel e venda), com opções de entrega do contêiner já montado ou de entrega de seus componentes para montagem na obra.
Particularidades de cada instalação no canteiro de obras
Cada instalação do canteiro possui sua particularidade, com diferentes custos, que deverão ser previstos no planejamento da obra. Exemplos de estratégias para implantação das instalações provisórias
Vamos comparar os custos de três opções de implantação de instalações provisórias, tendo sido adotados os seguintes parâmetros de referência:
· A obra tem duração de doze meses;
· O pico máximo será de vinte e cinco operários;
· A vida útil das chapas de compensado pintadas é igual a 3 anos;
· Os barracos são de dois pavimentos, executados conforme a descrição do item anterior, com piso cimentado;
· Considera-se que todos os materiais foram adquiridos novos para esta obra;
· Não será considerada a depreciação dos equipamentos;
· Tanto os barracos quanto os contêineres devem abrigar banheiros, vestiário, escritório, almoxarifado e refeitório;
· O custo de entrega ou retirada do container de 12 x 2,40 m na obra é de R$250,00; e o custo da chapa de compensado de 14 mm é de R$ 16,00 e o custo de aquisição do container é de R$3.000,00.
As opções consideradas foram as seguintes:
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Opção A
Esta opção considera a aquisição de dois contêineres de dimensões 12 x 2,40 m (área de 57,6 m2), que substituirão totalmente os barracos em chapas de compensado, abrigando
todas as instalações durante o período de execução da obra. O custo desta opção, incluindo a entrega e retirada dos contêineres do canteiro, fica em torno de R$6.500,00.
Opção B
Esta opção considera a utilização do sistema racionalizado em chapas de compensado, em área equivalente aos dois contêineres da opção A, abrigando todo o pessoal da obra durante o período de execução. O custo da opção B, incluindo custos com mão de obra para montagem e desmontagem dos barracos, ficaria em torno de R$3.700,00.
Opção C
Esta opção considera que será alugado um contêiner de dimensões 12 x 2,40 m nas fases inicial e final (3 meses de aluguel, a R$500;00/mês) da obra, locando as instalações em áreas construídas do prédio no restante do período. Aproximando os valores, o custo da opção C fica em torno de R$3.200,00.
Atividade
1. Segundo a Norma Regulamentadora 18 (NR 18), que prevê as condições e o meio ambiente de trabalho no setor da construção, as chamadas áreas de vivência, um canteiro de obras envolve grande quantidade de trabalhadores que precisam de áreas destinadas a suprir suas necessidades básicas, como refeição, higiene, descanso e lazer e o contêiner é a opção mais sustentável, por diferentes motivos.
Liste as vantagens de uso de contêineres e quais suas particularidades.
Antigamente, os alojamentos e/ou canteiros eram feitos de alvenaria ou de madeira, tais estruturas eram destruídas ou desmontadas ao fim do projeto, com pouco reaproveitamento de material. Estudos indicam que cerca de 90% do material utilizado em contêiner pode ser reciclado.
Os contêineres são considerados uma solução versátil e econômica às construtoras e bastante positiva em termos de impacto ambiental. Tais estruturas podem ser para alojamentos, escritório do mestre de obra, banheiro, vestiário, almoxarifado, estoque, entre outras situações. E, apesar dos ganhos sustentáveis e da economia gerada para as construtoras, há ainda bastante potencial de mercado para os contêineres.
2. Sobre alojamentos em canteiro de obra, estes devem ter:
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a) Um mínimo de um metro de altura livre entre camas e entre a última cama e o teto.
b) Pé-direito de dois metros e dez centímetros para cama simples e de três metros para camas duplas.
c) No máximo, três camas em sistema de beliche, mantendo, pelo menos, sessenta centímetros entre elas.
d) Área mínima de três metros quadrados por módulo cama/armário, incluindo a área de circulação.
e) Justaposição de armários em alojamentos, com, no mínimo, vinte centímetros de ventilação entre eles.
Ter área mínima de 3,00 m2 por módulo cama/armário, incluindo a área de circulação. Ter pé-direito de 2,50 (cama simples) e de 3,00m (camas duplas). É proibido o uso de 3 (três) ou mais camas na mesma vertical. Os alojamentos devem ter armários duplos individuais.
3. Atualmente, diversificadas tecnologias alternativas e sustentáveis têm sido pesquisadas, como pode ser observado em congressos, simpósios e notícias em mídias diversas, em que uma vasta gama de produtos são apresentados e discutidos. Assinale a alternativa que apresenta, exclusivamente, tópicos com este tema:
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a) Construção rápida com paredes pré-moldadas, construções em impressora 3D e os avanços da Engenharia em países africanos, a exemplo do rápido crescimento de Angola.
b) Uso de pneus na composição do concreto asfáltico, construções totalmente em concreto sem o uso de madeiras, e os aterros controlados para resíduos da construção civil.
c) Uso de contêiner na construção civil, Tijolo de Resíduos da Construção Civil e Tijolo do futuro.
d) Desperdício na construção civil, materiais reciclados para revestimentos de pisos e paredes e os aterros controlados para resíduos da construção civil.
e) Reaproveitamento de águas residuárias, aproveitamento de águas de chuvas, construções totalmente em concreto sem o uso de madeiras.
4. Tendo em vista a implantação de instalações provisórias, onde a segurança e a higiene devem ser consideradas, são características das instalações sanitárias no canteiro de obras, exceto:
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a) Ter pé-direito mínimo de 2,50 m.
b) Ter portas de acesso que impeçam o devassamento e mantenham o resguardo conveniente.
c) Ter pisos impermeáveis e antiderrapantes.
d) Situarem-se afastadas do local destinado às refeições.
e) Situarem-se em local de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um deslocamento superior a 100m do posto de trabalho.
NR 18, Tópico 18.4.2.3, j) “estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um deslocamento superior a 150 (cento e cinquenta) metros do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios”. Diante desta parte da NR 18, a alternativa E é a opção errada por dizer que "não é permitido um deslocamento superior a 100 metros", sendo que é permitido. Não é permitido ultrapassar 150m.
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A NR 24, que apresenta requisitos referentes às condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho, estabelece um parâmetro de 1,5 m²/pessoa para dimensionamento de vestiários. Entretanto, este critério é difícil de ser cumprido em canteiros restritos. 
O vestiário deve estar localizado ao lado dos banheiros e o mais próximo possível do portão de entrada e saída dos trabalhadores no canteiro. O requisito de proximidade com o portão de acesso de pessoal parte do pressuposto de que os EPI básicos, comuns a todos os trabalhadores (capacetes e botinas), sejam guardados no vestiário.
Banheiros
A NR 18 apresenta critérios para o dimensionamento das instalações hidrossanitárias, estabelecendo as seguintes proporções e dimensões mínimas:
1 lavatório, 1 vaso sanitário e 1 mictório para cada grupo de 20 trabalhadores ou fração.
1 chuveiro para cada grupo de 10 trabalhadores ou fração.
O local destinado ao vaso sanitário deve ter área mínima de 1,0m².
A área mínima destinada aos chuveiros deve ter 0,80m².
Nos mictórios tipo calha, cada segmento de 0,60m deve corresponder a um mictório tipo cuba.
Esses critérios devem ser interpretados como requisitos mínimos, recomendando-se adotar, especialmente para os chuveiros, um menor número de trabalhadores por aparelho.
Essa recomendação decorre do fato de que os chuveiros geralmente representam um ponto crítico dos banheiros no horário de fim do expediente, isto é, são as instalações mais procuradas e, ao mesmo tempo, aquelas em que os usuários consomem mais tempo, o que origina a formação de filas caso não existam aparelhos em número suficiente.
A seguir são listadas algumas exigências da NR 18 e apresentadas sugestões que podem ser úteis no planejamento das instalações hidrossanitárias:
Deve existir recipiente com tampa para depósito de papéis usados junto ao lavatório e junto ao vaso sanitário (NR 18).
Colocar saboneteira com detergente (tipo rodoviária) em cada lavatório.
Colocar naftalina ou outro tipo de desinfetante nos mictórios.
Tanto o piso quanto as paredes adjacentes aos chuveiros devem ser de material que resista à água e possibilite a desinfecção (NR 18). Logo, caso as paredes sejam de chapas de compensado, elas devem receber um revestimento protetor, usualmente feito com chapa galvanizada ou pintura impermeabilizante.
Deve existir em cada chuveiro um estrado, um cabide de madeira e uma saboneteira (NR 18).
O principal fator a considerar no dimensionamento do almoxarifado é o porte da obra e o nível de estoques da mesma, que determina o volume de materiais e equipamentos que necessitam ser guardados. O tipo de material estocado também é uma consideração importante. No caso da estocagem de tubos de PVC, por exemplo, é necessário que ao menos uma das dimensões da instalação tenha, no mínimo, seis metros de comprimento.
O almoxarifado abriga as funções de armazenamento e controle de materiais e ferramentas, devendo situar-se idealmente, próximo a três outros locais do canteiro, de acordo com a seguinte ordem de prioridades: ponto de descarga de caminhões, elevador de carga e escritório.
No primeiro caso, a justificativa
é o fato de que muitos materiais são descarregados e armazenados diretamente no almoxarifado.
No segundo caso, considera-se que vários desses materiais devem ser, no momento oportuno, transportados até o seu local de uso nos pavimentos superiores, usualmente, pelo elevador.
A proximidade com o escritório é desejável devido aos frequentes contatos entre o mestre de obras e o almoxarife, facilitando-se a comunicação entre ambos.
Caso exista almoxarife, a configuração interna do almoxarifado deve ser tal que a instalação seja dividida em dois ambientes:
Armazenamento de materiais e ferramentas (com armários e etiquetas de identificação).
Sala do almoxarife, com janela de expediente, através da qual são feitas as requisições e entregas. Ainda é importante lembrar que no almoxarifado (ou no escritório) deve ser colocado um estojo com materiais para primeiros socorros.
Em relação ao controle de retirada e entrega de ferramentas, uma boa medida é a implantação de uma sistemática formal de registro e cobrança diária das ferramentas entregues aos trabalhadores.
Para o controle de entrada e saída de materiais, a técnica mais simples é a utilização de planilhas de controle de estoque, que devem conter campos tais como fornecedor, especificação do material, local de uso, saldo, datas de entrega e retirada e responsável pela retirada.
Escritório da obra
O dimensionamento dessa instalação é função do número de pessoas que trabalham no local e das dimensões dos equipamentos utilizados (armários, mesas, cadeiras, computadores etc.). Essas variáveis são dependentes dos padrões de cada empresa. As dimensões usuais de escritórios são 3,30m × 3,30m ou 3,30m × 2,20m.
O escritório tem a função de proporcionar um espaço de trabalho isolado para que o mestre de obras e o engenheiro (somando-se a técnicos e estagiários, eventualmente) desempenhem parte de suas atividades. Além disso, uma função complementar é servir como local de arquivo da documentação técnica da obra, que deve estar disponível no canteiro, incluindo projetos, cronograma, licenças da prefeitura etc.
Utilização de arquivos metálicos, no qual os diversos documentos são separados por pastas, todas identificadas por etiquetas;
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Utilização de caixas tipo arquivo morto, também identificadas por etiquetas.
As duas opções requerem que inicialmente seja feita uma listagem de todos os documentos a serem armazenados, adotando-se uma numeração para cada caixa ou pasta. Uma folha com esta listagem pode ser fixada nas paredes do escritório.
Outras medidas eficazes para a organização do escritório são a colocação de um mural para a fixação de plantas, cronogramas e avisos, além de um chaveiro que contenha todas as chaves das instalações da obra e dos apartamentos, devidamente identificadas por etiquetas.
Guarita do vigia e portaria
A existência de uma portaria formal, com um funcionário trabalhando exclusivamente como porteiro, só é justificável em obras de grande porte nas quais há um grande fluxo diário de pessoas e veículos. Nessas obras, a portaria geralmente é aproveitada para abrigar o vigia, que trabalhará somente no turno da noite.
Nesse caso, esta guarita-portaria deve observar dois requisitos de localização, muitas vezes difíceis de serem cumpridos simultaneamente.
Função de controle de entrada e saída de pessoas e caminhões, exigindo uma localização junto ao portão de entrada de pessoas e, se possível, também próxima ao portão de entrada de caminhões.
Atividades do vigia, exigindo que da instalação seja possível ter uma visão global do canteiro, especialmente das divisas e do almoxarifado.
Em obras de pequeno porte é mais frequente existir apenas um vigia, que, se possuir residência fora da obra, não precisará de uma dependência específica. Em alguns casos, pode acontecer a contratação de um vigia que reside na própria obra, não raramente com a família. Nesses casos, exige-se, já no estudo de layout, a alocação de um espaço para a sua residência, considerando a necessidade de fornecimento de água e luz. Normalmente, as dimensões de 2,20m × 3,30m ou 3,30m × 3,30m são suficientes.
Atividade
1. Faça uma pesquisa (análise crítica) sobre as áreas de fazer em canteiro de obras.
Vamos começar? Pesquise sobre o assunto e pense em situações que você já visualizou em obras.
“As áreas de lazer, semelhantemente à lavanderia, tornam-se obrigatórias quando existem trabalhadores alojados no canteiro de obras. Mas, tem se tornado um ponto de negociação nos acordos coletivos, sendo obrigatória a sua implantação, independentemente da situação de trabalhadores alojados.
Apesar da exigência legal, a área de descanso dos trabalhadores quase nunca é garantida, a comprovação dessa situação pode ser evidenciada em vários canteiros espalhados pelo território nacional.
É frequente o espaço em que se encontram disponíveis jogos (o mais comum é o dominó, normalmente jogado com a tradicional “batida” de pedra), televisão (no horário do almoço assistida pelos interessados em esportes, principalmente futebol). Tudo isso no mesmo lugar faz com que o ruído seja elevado, tornando inviável o descanso e o cochilo dos trabalhadores.
O próprio trabalhador apresenta a solução, busca espaço no canteiro onde a sombra e o sossego é garantido, seja sobre materiais, próximo a máquinas ou sob veículos. Muitas vezes, o colchão é o próprio piso, coberto com um lastro de brita, ou o trabalhador dorme sobre peças de madeira, sujeito à ação de pregos e ferpas do material.
Esse quadro comumente aceito pelos empregadores traz consequências graves relacionadas à segurança e produtividade, não são raras as situações de trabalhadores atropelados por equipamentos de terraplanagem porque se encontravam dormindo sobre os chassis de um rolo compactador ou de uma pá carregadeira. Também são conhecidos casos de trabalhadores que aproveitaram os estaleiros de tubos para servir de colchão, sobrecarregando a estrutura, levando-a a colapso, causando ferimento naqueles que ocupavam o espaço.
O descaso em proporcionar o momento de descanso ao trabalhador evidencia o desconhecimento dos gestores sobre os estudos relacionados à produtividade. Segundo um estudo da Universidade da Califórnia, EUA, cochilar por no máximo 30 minutos, entre 12 e 15 horas, melhora o rendimento no trabalho”.
Tendo em vista as áreas de vivência em canteiros de obras, a NR 18 exige que:
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a) Exista ao menos um chuveiro para cada cinco trabalhadores.
b) O refeitório tenha uma área mínima de 1,5m² por trabalhador.
c) Frentes de trabalho com mais de quarenta trabalhadores tenham um ambulatório.
d) Nos alojamentos haja ao menos um bebedouro para cada grupo de trinta trabalhadores.
e) A instalação sanitária esteja situada a no máximo 150m do posto de trabalho.
As instalações sanitárias devem:
ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene;
ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construídas de modo a manter o resguardo conveniente;
ter paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira;
ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante;
não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições;
ser independente para homens e mulheres, quando necessário;
ter ventilação e iluminação adequadas;
ter instalações elétricas adequadamente protegidas;
ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), ou respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município da obra;
estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um deslocamento superior a 150 (cento e cinquenta) metros do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios.Parte inferior do formulário
3. A NR 18 estabelece os requisitos para definição do layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de dimensionamento das áreas de vivência. Sobre as áreas de vivência de um canteiro de obras, é correto afirmar que:
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a) O local destinado ao vaso sanitário (gabinete sanitário) deve ter área mínima de1,00 m² e
divisórias com altura mínima de 1,80m.
b) As instalações sanitárias devem ser constituídas de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 30 (trinta) trabalhadores ou fração.
c) As instalações móveis do tipo contêineres serão aceitas em áreas de vivência de canteiro de obras quando possuírem pé-direito mínimo de 2,6m.
d) Os alojamentos dos canteiros de obra devem ter pé-direito de 2,5m para camas duplas e 3,0m para camas triplas.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
Apenas a alternativa A está correta, pois o local destinado ao vaso sanitário (gabinete sanitário) deve ter área mínima de 1,00m² e divisórias com altura mínima de 1,80m. De acordo com a NR 18 - 18.4.2.6.1, o local destinado ao vaso sanitário (gabinete sanitário) deve: a) ter área mínima de 1,00m² (um metro quadrado); c) ter divisórias com altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros).
A alternativa B coloca que a as instalações sanitárias devem ser constituídas de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 30 (trinta) trabalhadores ou fração. De acordo com a NR 18 - 18.4.2.4, a instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de 1 (uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração.
A alternativa C relaciona que as instalações móveis do tipo contêineres serão aceitas em áreas de vivência de canteiro de obras quando possuírem pé-direito mínimo de 2,6m. Segundo a NR 18 - 18.4.1.3, instalações móveis, inclusive contêineres, serão aceitas em áreas de vivência de canteiro de obras e frentes de trabalho, desde que, cada módulo: c) possua pé-direito mínimo de 2,4m (dois metros e quarenta centímetros);
A alternativa D considera que os alojamentos dos canteiros de obra devem ter pé-direito de 2,5m para camas duplas e 3,0m para camas triplas. Conforme a NR18 - 18.4.2.10.1, os alojamentos dos canteiros de obra devem: g) ter pé-direito de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) para cama simples e de 3,0m (três metros) para camas duplas.Parte inferior do formulário
Os vestiários dos canteiros de obras devem ter:
Parte superior do formulário
a) Bancos em número suficiente para atender aos usuários, com largura mínima de 0,25m.
b) Área de ventilação correspondente a 1/10 de área do piso.
c) Apenas armários coletivos dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado.
d) Pé-direito mínimo de 2,20m.
e) Ligação direta com o local destinado às refeições.
Parte inferior do formulário
5. Para os alojamentos nos canteiros de obras, indique qual das opções a seguir é falsa:
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a) Os alojamentos não podem ter iluminação artificial.
b) Os alojamentos podem estar situados em subsolos ou porões.
c) Os alojamentos devem ter ventilação mínima de 1/12 × a área do piso.
d) A altura livre entre cama e teto é de 90cm.
e) A área mínima por módulo cama/armário, incluindo área de ventilação é de 5m³
Alojamentos não podem estar situados em porões ou subsolos.Parte inferior do formulário
Movimentação e armazenamento de materiais
Algumas dimensões adotadas nas instalações e armazenamento de matérias.
ELEVADORES DE CARGA
As Dimensões em planta de 1,80mx 2,30m são as mais usuais para torres metálicas de elevadores de carga.
 DISTÂNCIA ENTRE DOLDANA LOUCA E TAMBOR DO GUINCHO
 Esta distância deve estar compreendida entre 2,5m e 3,0m (NR 18),e ser considerada para estimar a posição do guincheiro.
Baias de agregados
As baias têm largura igual ou pouco maior que a largura da caçamba do caminhão que descarrega o material, enquanto as outras dimensões (altura e comprimento) têm que ser suficientes para a estocagem do volume correspondente a uma carga. No caso da areia e brita, por exemplo, as dimensões usuais são aproximadamente 3,0m × 3,0m × 0,80m (altura)
Estoques de cimento
A área necessária para estocagem deve ser estimada com base no orçamento e na programação da obra. As seguintes dimensões são consideradas neste cálculo: dimensões do saco de cimento: 0,70m × 0,45m × 0,11m (altura); altura máxima da pilha: 10 sacos. No caso de armazenagem inferior a 15 dias, a NBR 12655 (ABNT, 2006) permite pilhas de até 15 sacos.
Estoque de blocos
A área necessária deve ser estimada com base no orçamento e na programação da obra. O estoque deve utilizar o espaço cúbico, limitando, por questões de ergonomia e segurança do operário, a altura máxima da pilha em aproximadamente 1,40m.
Caçamba para entulho
Dimensões usuais em planta de caçambas para entulho são de 1,60m × 2,65m.
cada de fôrmas
A bancada deve possuir dimensões em planta que sejam pouco superiores às da maior viga ou pilar a ser executado.
Portão de veículos
O portão deve ter largura e altura que permitam a passagem do maior veículo que entrará por ele na obra, no decorrer de todo o período de execução. Usualmente a largura de 4,00m e a altura livre de 4,50m são suficientes.
Caminhões de transporte de madeira
Para verificar se esses caminhões podem entrar no canteiro e acessar as baias deve-se conhecer o raio de curvatura e suas dimensões. Dimensões usuais são as seguintes: raio de curvatura: 5,00m; largura e comprimento do veículo: 2,70m × 10,00m.
Caminhões betoneiras
Dimensões usuais desses caminhões são as seguintes: raio de curvatura: 5,00m; largura e comprimento do veículo: 2,70m × 8,00m.
Layout de áreas de armazenamento
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