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Conteúdo - Ergonomia e Segurança do Trabalho

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- -1
ERGONOMIA, HIGIENE E SEGURANÇA DO 
TRABALHO
INICIAÇÃO À SEGURANÇA DO TRABALHO – 
ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGAIS E SOCIAIS
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Identificar os fatos que levaram ao surgimento da Segurança do
Trabalho.
1 Introdução
Nesta aula será apresentado um breve histórico da Revolução Industrial para que se compreenda como se
começou a pensar em segurança do trabalho, serão abordados conceitos importantes em SSO, introdução sobre
condições de trabalho e Legalidade, responsabilidades institucionais e funcionais.
Você viveria em um ambiente de trabalho...
• Trabalhando homens, mulheres e crianças;
• Não importando a saúde, nem quaisquer outros requisitos;
• Sem restrições à duração diária de trabalho;
• Sem distinção entre atividades penosas ou não.
Um quadro desses assume situações tão graves que seria inadmissível permanecer desprotegido o próprio
respeito humano. Você não acha? SIM!
Nessa época por volta de 1830, durante a Revolução Industrial não só os acidentes se sucederam como também
as enfermidades típicas ou agravadas pelo ambiente profissional.
Então, surgiram as primeiras leis de proteção ao trabalhador na Inglaterra, França, Alemanha e Itália.
1802
Inglaterra: lei de amparo aos operários menores, nesta lei limitava-se a 12 horas de
trabalho a carga horária.
1819
Foi criada outra lei, proibindo o trabalho de menores de nove anos e limitando a 12 horas a
jornada de menores até 16 anos.
1833
Parlamento inglês votou nova lei, reduzindo para 8 6 limite da jornada dos menores de 13
anos e para 12 horas 305 menores de 18 anos e proibindo o trabalho noturno de menores.
1908 Foi estabelecida a jornada de 8 horas.
- -3
1919
Bo Brasil, em 15 de janeiro, surgiu a Lei 3.725, contendo 30 artigos e dispondo sobre o
conceito de acidente de trabalho. Até que em 1º. de maio de 1943, foi baixado o Decreto-
Lei 5.452, aprovando a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
2 A Educação para Segurança do Trabalho atualmente
No decorrer da história, você pode verificar que a Higiene e Segurança do Trabalho inicialmente foram tratadas
com total descaso pelos empresários, mas com esforço de muitas pessoas começaram a ocorrer inúmeras
iniciativas para melhoria nesta área.
Com estas transformações as instituições de ensino estão desenvolvendo pesquisas para melhoria das técnicas
de controle, proteção aos trabalhadores dos diversos ramos de atividade no Brasil. As instituições também
começaram a ensinar as melhores práticas de Higiene e Segurança do Trabalho.
3 Definições em SSO
• SEGURANÇA DO TRABALHO
Pode ser entendida como um conjunto de medidas que é adotado visando minimizar os acidentes de
trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade física e capacidade do trabalhador.
• HIGIENE OCUPACIONAL
Ciência voltada para antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos fatores de risco ou estresses
ambientais originados no, ou a partir do local de trabalho, os quais podem causar doenças, prejudicar a
saúde e o bem-estar ou causar significante desconforto sobre os trabalhadores ou entre os cidadãos de
uma comunidade. A Higiene Ocupacional cuida do ambiente de trabalho para prevenir doenças ou lesões
nos trabalhadores, provenientes de atividades em ambientes de trabalho como calor, ruído, vibração,
manuseio de substâncias químicas, bioaressóis, agrotóxicos etc. É uma especialização de importância
crescente, pois a conscientização de que o ambiente de trabalho não deve causar danos à saúde do
trabalhador tem se imposto, infelizmente, à custa de muitas vidas. Segundo a Organização Internacional
do Trabalho (OIT) quase dois em cada três trabalhadores no mundo inteiro estão expostos à substâncias
químicas, estimando-se que 1,5 a 2 bilhões de pessoas são afetadas.
•
•
- -4
4 Morte Ocupacional
Os trabalhadores podem encontrar no ambiente de trabalho, devido à inalação de ar impróprio, situações muito
perigosas.
Por exemplo:
Respirar ar contaminado acima da chamada concentração Imediatamente Perigosa a Vida ou à Saúde (IPVS)
produzem efeitos agudos irreversíveis à saúde, ou até morte imediata, dependendo das circunstâncias.
Inalar ar com deficiência de oxigênio produz as mesmas consequências quando a concentração do 02 no ar cai
abaixo de 12,5%, ao nível do mar, isto é, o ambiente também é considerado IPVS.
O que acontece à vítima, nestes casos?
Nestes casos, a vítima perde a coordenação motora, tem a sua capacidade de julgamento muito reduzida e
ocorrem lesões irreversíveis no coração e se não for resgatada imediatamente morrerá em alguns minutos.
Mesmo resgatada, apresentará problemas de saúde pelo resto da vida, devidos às lesões cerebrais e no músculo
cardíaco.
CASO VERÍDICO
Um trabalhador foi escalado para pintar uma válvula do tipo gaveta, de grandes dimensões
localizada numa rua pública no fundo de um poço de visita com 1,2m de diâmetro por 3,5m de
profundidade.
Uma testemunha do ocorrido contou que viu o trabalhador levantar a tampa de ferro e descer pela
escada de serviço que também era de ferro, fixa na parede do poço.
Imediatamente subiu, como que para tomar ar, e após uma pausa desceu novamente.
A testemunha, por curiosidade, foi olhar o poço que era bem iluminado pela luz natural, viu o
trabalhador caído, imóvel no fundo do poço.
A equipe de resgate chegou logo e, usando máscaras autônomas, como é usual nestes casos, recolheu
a vítima que morreu ao dar entrada no hospital.
A autópsia descartou, como causa mortis, o envenenamento por monóxido de carbono ou por queda.
A perícia efetuada no local do acidente observou uma grande quantidade de ferrugem no fundo do
poço e nas superfícies metálicas que deveriam ser limpas, lixadas e pintadas.
- -5
Após duas horas do acidente foi constatado que o teor de O2 no ar ambiente do poço era igual a 17%.
Este teor baixo de O2 levou à suspeita de que no momento do acidente o teor de O2 seria bem mais
baixo, inclusive menor do que 12,5%, pois a operação de resgate provavelmente alterou as condições
iniciais.
Também não foi detectada a presença de qualquer outro gás que pudesse reduzir o teor de O2.
Assim, a hipótese mais provável seria o consumo de O2 pela reação de oxidação com o ferro!
5 Áreas de trabalho
Você sabe quantos trabalhadores ou quais trabalhadores podem se dedicar a essa área?
Devido à sua abrangência podem trabalhar nesta especialização profissionais de todas as áreas do
conhecimento.
Segurança e saúde ocupacional ou SSO é uma área multidisciplinar relacionada com a segurança, saúde e
qualidade de vida de pessoas no trabalho ou no emprego.
Como efeito secundário a segurança e saúde ocupacional também protegem empregados, clientes, fornecedores
e público em geral que possam ser afetados pelo ambiente de trabalho.
- -6
Para você saber a importância da segurança e saúde ocupacional basta saber que:
Em 2009, foram registrados 723.452 acidentes e doenças do trabalho, entre os trabalhadores assegurados da
Previdência Social.
Este número, que já é alarmante, não inclui os:
- trabalhadores avulsos
Aquele que presta um trabalho sem vínculo empregatício e com a intercalação entre o prestador e o tomador, de
representação sindical.
- trabalhadores eventuais
Aquele que cumpre, na empresa, aquilo que ficou estabelecido e, terminada sua missão, automaticamente está
desligado.
- empregadas domésticas
Aquele que presta serviço de natureza contínua e de finalidade não lucrativa a uma pessoa ou família, no âmbito
residencial desta.
Estes eventos provocam enorme impacto social, econômico e sobre a saúde pública no Brasil. Entre esses
registros contabilizou-se:
- -7
O que vem na próxima aula
• Conceito de acidente de trabalho;
• Principais causas de acidentes de trabalho;
• CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho).
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Nesta aula, você pôde verificar como começou a história da segurança do trabalho, sua evolução, 
analisou conceitos importantes sobreSaúde e Segurança Ocupacional.
Saiba mais
Artigo: Maurício Torloni e Wilson MiguelHigiene Ocupacional ou Morte Ocupacional
Salvagnini (EPUSP – E.E. Mauá) Link: Normas Regulamentadoras
•
•
•
•
http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm
- -1
ERGONOMIA, HIGIENE E SEGURANÇA DO 
TRABALHO
ACIDENTE DE TRABALHO
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Identificar as várias causas que levam ao acidente de trabalho e suas
consequências.
1 Introdução
Nesta aula, traremos a definição vocabular de Acidente de Trabalho e sua conceituação, a visão técnico-
prevencionista, estrutura dos acidentes do trabalho, apontaremos os efeitos negativos do acidente do trabalho.
Serão abordadas, também, as principais causas de acidentes de trabalho. Trataremos da Obrigatoriedade da
Emissão da CAT (Comunicação de acidentes de trabalho).
2 Acidente de trabalho
É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o segurado empregado, trabalhador avulso,
médico residente, bem como com o segurado especial, no exercício de suas atividades, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da
capacidade para o trabalho.
3 Estrutura dos acidentes de trabalho
A incidência de acidentes de trabalho, no Brasil, apresentou tendência decrescente nas duas últimas décadas. A
mortalidade também é decrescente, porém de forma menos acentuada.
Principal argumento para explanar tal fato: O sub-registro (que significa a não notificação dos acidentes de
trabalho)
- -3
O estudo das séries temporais com base em dados secundários de 1970 a 1995 revela que a incidência de
acidentes de trabalho é sensível às flutuaçöes cíclicas da economia e vincula-se, em particular, ao nível de
atividade industrial.
Detectou-se uma correlação linear positiva (r=0,80) entre:
1980
A recessão econômica durante a década de 80 gerou
desemprego.
A queda da oferta de empregos formais no setor industrial – com maior riscos de acidentes – foi acentuada pelo
processo de reestruturação produtiva e a incorporação crescente da informática e da robótica em diferentes
processos industriais.
Como consequência houve o deslocamento de um maior volume de forma de trabalho para o setor terciário –
com menor risco de acidentes.
Estes fatos foram determinantes na tendência a acidentes de trabalho observados neste período de 25 anos.
4 Tipos de acidentes de trabalho
São considerados acidentes de trabalho:
1. Doenças profissionais provocadas pelo trabalho.
• Problema de coluna
• Audição
• Visão
2. Doenças causadas pelas condições de trabalho:
• Dermatose causada pela cal e cimento
• Problemas de respiração pela inalação de poeira
3. Acidentes que acontecem na prestação de serviços, por ordem da empresa, fora do local de trabalho.
4. Acidentes que acontecem em viagens a serviço da empresa.
5. Acidentes que ocorram no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa.
•
•
•
•
•
- -4
Os acidentes de trabalho são divididos em:
ACIDENTE TÍPICO
São aqueles que ocorrem com o trabalhador no próprio órgão ou em qualquer outro local, quando está
prestando algum serviço ou benefício ao empregador.
ACIDENTE DE TRAJETO
São aqueles que ocorrem com o trabalhador no trajeto da residência para o trabalho ou deste para aquela,
independente do modo de locomoção.
DOENÇAS OCUPACIONAIS
Aquelas que ocorrem com o trabalhador no próprio órgão ou em qualquer outro local, quando se está prestando
algum serviço ou benefício ao empregador.
5 Prevenção
Quando se pensa em acidente e/ou doenças ocupacionais que também venham ser um acidente, não resta outra
saída a não ser a prevenção. É claro que o aprendizado se dá com as ocorrências, mas este não é o foco de um
profissional prevencionista.
PREVENÇÃO
É a ação de levantar os riscos envolvidos em uma determinada atividade antes que ela
seja iniciada, pensar em todos os fatores contribuintes, prever ações ou orientações que
controlem a condição de risco.
6 Principais causas dos acidentes de trabalho
Quando se pensa em acidente e/ou doenças ocupacionais (doenças adquiridas no ambiente de trabalho) que
também venham ser um acidente, não resta outra saída a não ser a prevenção. É claro que o aprendizado se dá
com as ocorrências, mas este não é o foco de um profissional prevencionista.
• ATOS INSEGUROS•
- -5
São fatores importantes que colaboram para a ocorrência de acidentes de trabalho e que são definidos
como causas de acidentes que residem exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles que decorrem da
execução das tarefas de forma contrária às normas de segurança, ou seja, a violação de um procedimento
aceito como seguro, que pode levar à ocorrência de um acidente.
EXEMPLOS:
· Agir sem permissão;
· Deixar de chamar a atenção;
· Não usar EPI;
· Brincar em local de trabalho;
· Usar bebidas ou drogas;
· Inutilizar dispositivo de segurança;
· Não cumprir as normas de segurança.
É falsa a ideia de que não se pode predizer nem controlar o comportamento humano. Na verdade, é
possível analisar os fatores relacionados com a ocorrência destes e controlá-los.
• CONDIÇÕES INSEGURAS
São consideradas falhas técnicas, que presentes no ambiente de trabalho, comprometem a segurança dos
trabalhadores e a própria segurança das instalações e dos equipamentos.
· Falta de dispositivos de proteção ou são inadequados;
· Iluminação inadequada;
· Ordem e limpeza deficientes;
· Ventilação inadequada etc...
· Excesso de ruído;
• ORDEM E LIMPEZA
É sabido que no ambiente de trabalho muitos fatores de ordem física exercem influências de ordem
psicológica sobre as pessoas, interferindo de maneira positiva ou negativa no comportamento humano
conforme as condições em que se apresentam. Neste contexto, a ordem e a limpeza constituem um fator
de influência positiva no comportamento do trabalhador.
· Cor;
· Temperatura;
•
•
- -6
· Luminosidade;
· Ruído; etc...
As pessoas que trabalham num ambiente desorganizado sentem uma sensação de mal-estar que poderá
se tornar uma agravante de um estado emocional já perturbado por outros problemas. Esse estado
psicológico poderá afetar o relacionamento dos trabalhadores e expô-los ao risco de acidentes, além de
prejudicar a produção da empresa.
7 Obrigações da empresa
A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde
do trabalhador, sendo também seu dever prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a
executar e do produto a manipular.
7.1 CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho
A empresa deverá comunicar acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da
ocorrência e, em caso de morte, de imediato à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite
mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e
cobrada pela Previdência Social. Desta comunicação receberão cópia fiel o acidentado e seus dependentes, bem
como o sindicato a que corresponda sua categoria. Deverá ser comunicado os acidentes ocorridos com o
segurado empregado – exceto doméstico – o trabalhador avulso, o segurado especial e o médico residente.
Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene
do trabalho.
Saiba mais
https://www.gov.br/trabalho/pt-br
https://www.gov.br/trabalho/pt-br
- -7
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você estudará os seguintes assuntos:
• SESMT
• CIPA
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Pôde identificar as várias causas que levam ao acidente de trabalho e suas consequências.
•
•
•
- -1
ERGONOMIA, HIGIENE E SEGURANÇA DO 
TRABALHO
HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Conhecer diversos serviços ligados à saúde e segurança do trabalho.
1 Introdução
Nesta aula, trataremos da importância da Engenharia de Segurançae Medicina do Trabalho.
2 Higiene e segurança do trabalho
A higiene do trabalho compreende normas e procedimentos adequados para proteger a integridade física e
mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico
onde são executadas.
A higiene do trabalho está ligada ao diagnóstico e à prevenção das doenças ocupacionais, a partir do estudo e do
controle do homem e seu ambiente de trabalho. Ela tem caráter preventivo por promover a saúde e o conforto
do funcionário, evitando que ele adoeça e se ausente do trabalho.
A higiene do trabalho envolve, também, estudo e controle das condições de trabalho como, por exemplo:
ILUMINAÇÃO
Uma má iluminação, por exemplo, causa fadiga à visão, afeta o sistema nervoso, contribui para a má qualidade do
trabalho podendo, inclusive, prejudicar o desempenho dos funcionários. A falta de uma boa iluminação, também,
pode ser considerada responsável por uma razoável parcela dos acidentes que ocorrem nas organizações.
TEMPERATURA
- -3
Um ambiente de trabalho com temperatura e umidade inadequadas é considerado doentio. Por isso, o
funcionário deve usar roupas adequadas para se proteger do que “enfrenta” no dia a dia corporativo. O mesmo
ocorre com a umidade.
RUÍDO
Já o ruído provoca perda da audição e quanto maior o tempo de exposição a ele, maior o grau da perda da
capacidade auditiva.
Existe um setor dentro das empresas para cuidar da saúde e segurança do trabalhador, este setor é conhecido
como SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho).
A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil, a Legislação de Segurança do Trabalho compõe-
se de Normas Regulamentadoras, leis complementares, como portarias e decretos e também as convenções
Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil.
Porque minha empresa precisa constituir equipe de Segurança do Trabalho?
Porque é exigido por lei. Por outro lado, a Segurança do Trabalho faz com que a empresa se organize,
aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos, melhorando as relações humanas no trabalho.
Além do SESMT temos alguns empregados que ajudam a empresa quanto à prevenção de acidentes, cuidando da
integridade física e da saúde do trabalhador, estes empregados são aqueles que fazem parte da CIPA.
CIPA
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde.
- -4
Constituição
da CIPA
Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as
empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração
direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem
como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados.
Organizando
a CIPA
A CIPA será composta por representantes do empregador e dos empregados, de acordo
com o dimensionamento previsto no Quadro | desta NR, ressalvadas as alterações
disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos.
A CIPA terá por atribuição:
• Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número
de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
• Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no
trabalho;
• Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da
avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
• Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando identificação de
situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
• Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as
situações de risco que foram identificadas;
• Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
• Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos
de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;
• Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde considere
haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
• Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à
segurança e saúde no trabalho;
• Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e
convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho;
• Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das doenças e
acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados;
• Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança e
saúde dos trabalhadores;
- -5
• Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
• Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes
do Trabalho – SIPAT;
• Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS.
2.1 Dimensionamento da CIPA
O dimensionamento da CIPA será feito através da Classificação Nacional de Atividades Econômicas da empresa,
CNAE com correspondente agrupamento para o dimensionamento e do número de funcionários desta empresa.
Consultando o Quadro 1 da NR-5 você encontrará um determinado número de funcionários efetivos e suplentes,
encontrado este número multiplique por dois, este valor será o número de componentes da CIPA, sendo metade
representantes dos empregados e a outra metade representantes do empregadores.
3 A Importância da Engenharia de Segurança e Medicina 
do Trabalho
A Engenharia de Segurança e a Medicina do Trabalho, à custa de muito esforço vêm consolidando sua posição
como fonte geradora das ações preventivas no cotidiano da produção e representa um importante avanço para a
proteção da saúde e da vida dos trabalhadores. No entanto, muito há o que se fazer em nosso país, dado que as
estatísticas apontam para uma triste e terrível realidade, verdadeira chaga social, que requer a mobilização de
toda a sociedade brasileira em busca de sua erradicação.
A necessidade urgente de a sociedade e o Estado levarem a fundo a discussão desse tema pode basear-se em
números alarmantes, tais como:
• O Brasil é o 9.º país em maior número de Acidentes do Trabalho no mundo, no ano de 2000. (ANUÁRIO
brasileiro de proteção, 2006);
• O número de trabalhadores na formalidade, no Brasil, no ano de 2004, foi de apenas 31.407.576 (ANUÁRIO
brasileiro de proteção, 2006);
• O número de óbitos motivados por acidentes do trabalho, no Brasil, no ano de 2004, foi de 2.801 (ANUÁRIO
brasileiro de proteção, 2006);
• O número de acidentes do trabalho no Brasil, no ano de 2004, foi de 478.956 (ANUÁRIO brasileiro de proteção,
2006);
• Em 1999, 16.757 trabalhadores tornaram-se incapazes permanentemente para o trabalho, parcial ou
totalmente (BRASIL, 2001), ficando de fora dessas estatísticas em torno de 65% da população economicamente
- -6
ativa PEA, ou seja, os trabalhadores que estão na chamada economia informal. Dos 71,7 milhões de pessoas que
estão trabalhando, apenas 24,9 milhões são trabalhadores com empregos formais (PROTEÇÃO).
• Saem os números de acidentes de trabalho do país, 2001);
• O Brasil gasta em torno de R$ 20 bilhões por ano com acidentes do trabalho (PASTORE, 2001). A maior parcela
dos custos referentes aos acidentes é paga pelas empresas que pagam uma verdadeira fortuna ao Governo
Federal através do Seguro de Acidente do Trabalho - SAT, que é obrigatório;
• No Ceará, no ano de 1997, um acidente custou, em média,R$ 7.919,29 (matéria do jornal Diário do Nordeste de
17 de setembro de 1998).
• Em Sobral ocorrem algo em torno de 200 Acidentes do Trabalho em média por ano, notificados ao INSS.
O Acidente do Trabalho, bem como a Doença do Trabalho (que é equiparada ao Acidente do Trabalho), são
eventos indesejáveis que surgem no decorrer do processo produtivo. O ser humano, para satisfazer as suas
necessidades, precisa utilizar diversos bens materiais que, em grande parte, não são encontrados na natureza.
Assim, para conseguir esses bens, precisa da realização de uma série de processos de trabalho, através do uso de
máquinas, ferramentas, equipamentos e da sua própria força de trabalho, para transformar essas matérias-
primas existentes na natureza em bens que satisfaçam as suas necessidades.
Ao realizar o processo produtivo, um objetivo específico desse trabalho humano é a obtenção de uma maior
quantidade de produtos com uma menor quantidade de insumos num menor tempo possível, ou seja, deseja-se
obter uma maior quantidade de bens materiais, utilizando menos matéria-prima e em menos tempo. No entanto,
em decorrência desse trabalho, e mesmo antes do seu início, podem surgir eventos indesejáveis. Exemplo desses
eventos indesejáveis são o Acidente do Trabalho e a Doença Ocupacional.
Figura 1 - Risco de Acidente manuseando máquinas
- -7
Figura 2 - Doença Ocupacional
Não se pode deixar de dizer que os índices de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais no Brasil estão
melhorando, mas ainda estão longe do ideal. Para se ter uma ideia, o coeficiente de acidentes fatais (óbitos em
1.000.000 de empregados) no Brasil, na década de 80, era 220, enquanto hoje está em torno de 150. Mas quando
comparado, por exemplo, com os Estados Unidos, esse coeficiente é de 5. Já na Grã-Bretanha, o coeficiente é de
10 óbitos por 1.000.000 de empregados (CIPA, Cipa notícias fique sabendo. 2001).
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você estudará os seguintes assuntos:
• Equipamentos de proteção individual.
Saiba mais
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa – Legislação e Segurança e Medicina do Trabalho – 2ª ed. SP;
Método, 2008.
REIS, Roberto Salvador – Segurança e Medicina do Trabalho. Normas Regulamentadoras – 2.
ed. SP: Yendis, 2007.
•
- -8
• Equipamentos de proteção individual.
• A importância do EPI (equipamento de proteção individual), sua utilização e conservação.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Nesta aula, você: Pôde conhecer os serviços ligados à saúde e segurança do trabalho.
•
•
•
- -1
ERGONOMIA, HIGIENE E SEGURANÇA DO 
TRABALHO
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Identificar os diversos Equipamentos de Proteção Individual e qual a
importância da sua utilização e obrigatoriedade.
1 Introdução
Nesta aula, traremos da importância do EPI, conceituação e utilização, aspectos técnicos, educacionais e
psicológicos, seu controle e conservação e sua classificação.
2 O que é EPI
Conforme Norma Regulamentadora nº.6
•
Equipamento de Proteção Individual – EPI
É todo dispositivo de uso individual utilizado pelo empregado, destinado à proteção de riscos suscetíveis
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
•
- -3
A empresa é obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de
conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
• Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do
trabalho ou de doenças ocupacionais.
• Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas.
• Para atender situações de emergência.
3 Cuidados com o EPI
• Cabe ao empregado
• Utilizar apenas para a finalidade a que se destina.
• Responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação.
• Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso.
• Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
• Cabe ao empregador
• Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade.
• Exigir o seu uso.
• Fornecer ao empregado somente EPI’s aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho.
• Orientar e capacitar o empregado quanto ao uso adequado, acondicionamento e conservação.
• Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado.
• Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica.
• Comunicar ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) qualquer irregularidade observada.
4 Legislação
Conforme o Art. 157 da CLT
• Cabe às empresas
I. Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e Medicina do trabalho.
II. Instruir o empregado, através de ordens de serviço, quanto às precauções a serem tomadas no sentido
de evitar acidentes do trabalho ou doenças profissionais.
•
•
•
- -4
Conforme o Art. 158 da CLT
• Cabe aos empregados
I. Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas
pelo empregador.
II. Colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste capítulo (V)
Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
A observância das instruções expedidas pelo empregador;
Ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s fornecidos pela empresa.
Para se usar um EPI o encarregado deve levar em consideração três aspectos fundamentais para sua inspeção e
uso:
Aspecto técnico
Onde se deve considerar as necessidades de uso do EPI e seleção do tipo adequado a cada situação.
Aspecto educacional
Por que e como se deve usar o EPI, para que o funcionário possa aproveitá-lo corretamente.
Aspecto psicológico
O encarregado deve envolver, conquistar o funcionário para que o EPI seja aceito espontaneamente e não como
uma imposição. O funcionário deve sentir a necessidade de se preservar e portanto, proteger as suas partes do
corpo.
5 Inspeção
As inspeções de segurança nada mais são do que a procura de riscos comuns, já conhecidos teoricamente. Esse
conhecimento teórico facilita a eliminação ou neutralização do risco, pois as soluções possíveis já foram
estudadas com antecedência.
Os riscos mais comuns encontrados em uma inspeção são:
• Falta de proteção.
• Falta de ordem e limpeza.
• Mau estado das ferramentas.
•
- -5
• Instalação elétrica deficientes.
• Pisos escorregadios, deficientes, em mau estado de conservação.
• Insuficiência ou obstrução de acessos (portas, escadas, corredores, etc.).
• Prática de atos inseguros.
• Extintores obstruídos.
Os supervisores e encarregados, dentro de suas funções normais, devem zelar pela utilização correta de
ferramentas manuais, equipamentos de proteção individual – EPI, e as máquinas de utilização diária.
Lembrem-se de que os seus subordinados devem ser instruídos com respeito ao uso correto de Equipamentos de
Proteção individual, ferramentas e maquinarias.
6 EPIs
Existem EPIs para proteção de praticamente todas as partes do corpo. Veja alguns exemplos:
Cabeça e
crânio Capacete de segurança contra impactos, perfurações, ação dos agentes meteorológicos etc.
Olhos
Óculos contra impactos, que evitam a cegueira total ou parcial e a conjuntivite. É utilizado
em trabalhos onde existe o risco de impacto de estilhaços e limalhas.
V i a s
respiratórias
Protetor respiratório, que previne problemas pulmonares e das vias respiratórias, deve
ser utilizado em ambientes com poeiras, gases, vapores ou fumos nocivos.
Face
Máscara de solda, que protege contra impactos de partículas, respingos de produtos
químicos, radiação (infravermelha e ultravioleta) e ofuscamento.
Ouvidos
Auriculares, que previne a surdez, o cansaço, a irritação e outros problemas psicológicos.
Deve ser usada sempre que o ambiente apresentar níveis de ruído superiores aos
aceitáveis, de acordo com a norma regulamentadora.
Mãos e
braços
Luvas, que evitam problemas de pele, choque elétrico, queimaduras, cortes e raspões e
devem ser usadas em trabalhos com solda elétrica, produtos químicos, materiais
cortantes, ásperos, pesadose quentes.
- -6
Pernas e
pés
Botas de borracha, que proporcionam isolamento contra eletricidade e umidade. Devem
ser utilizadas em ambientes úmidos e em trabalhos que exigem contato com produtos
químicos.
Tronco
Aventais de couro, que protegem de impactos, gotas de produtos químicos, choque
elétrico, queimaduras e cortes. Devem ser usados em trabalhos de soldagem elétrica,
oxiacetilênica, corte a quente.
7 Conclusão
A lei determina que os EPIs sejam aprovados pelo Ministério do Trabalho, mediante certificados de aprovação
(CA).
As empresas devem fornecer os EPIs gratuitamente aos trabalhadores que deles necessitarem.
É obrigação dos empregados usarem os equipamentos de proteção individual onde houver risco, assim como os
demais meios destinados a sua segurança.
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, conheceremos:
• Riscos ambientais existentes no trabalho.
• Medidas de Controle dos riscos ambientais do trabalho.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Conheceu os diversos tipos de equipamentos de proteção individual sua importância da sua utilização e 
Saiba mais
Para saber mais, consulte os seguintes livros: GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Legislação e
Segurança e Medicina do Trabalho – 2ª ed. SP: Método, 2008. REIS, Roberto Salvador.
Segurança e Medicina do Trabalho. Normas Regulamentadoras . 2. ed. SP: Yendis, 2007.
•
•
•
- -7
• Conheceu os diversos tipos de equipamentos de proteção individual sua importância da sua utilização e 
a norma regulamentadora que a rege.
•
- -1
ERGONOMIA, HIGIENE E SEGURANÇA DO 
TRABALHO
HIGIENE DO TRABALHO
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Listar os tipos de riscos ambientais, analisar e aplicar ações de
prevenção à saúde do trabalhador.
1 Introdução
Nesta aula, tomaremos conhecimento dos riscos ambientais existentes no trabalho a que os trabalhadores estão
expostos, sua classificação, medidas de controle.
2 Riscos laborais para o ambiente de trabalho
O conjunto de elementos que temos à nossa volta, tais como:
• AS EDIFICAÇÕES
• OS EQUIPAMENTOS
• AS CONDIÇÕES DE TEMPERATURA E PRESSÃO
• A UMIDADE DO AR
• A ILUMINAÇÃO
• A ORGANIZAÇÃO
• A LIMPEZA
• AS PRÓPRIAS PESSOAS
Esses elementos fazem parte das condições de trabalho e constituem assim o que se designa por ambiente.
Nos locais de trabalho, a combinação de alguns desses elementos gera produtos e serviços. A todo esse conjunto
de elementos e ações denominamos condições ambientais.
Em muitos casos, o ambiente de trabalho é agressivo para o trabalhador dadas as condições de ruído,
temperatura, esforço, etc., a que o mesmo se encontra sujeito durante o cumprimento das suas funções.
O desenvolvimento tecnológico permitiu que em algumas das condições mais duras de trabalho para o ser
humano, sejam usados robôs ou dispositivos mecânicos que substituem total ou parcialmente a ação direta do
trabalhador (Siderurgia, Pintura, Indústria química, etc.).
Entretanto, apesar de todo o avanço científico e tecnológico, ainda há situações em que o homem é obrigado a
enfrentar condições desfavoráveis ou perigosas na realização de determinadas tarefas (Minas, Construção Civil,
etc.).
Há vários fatores de risco que afetam o trabalhador no desenvolvimento das suas tarefas diárias.
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Alguns destes riscos atingem grupos específicos de profissionais, como é o caso, dos mergulhadores, que
trabalham submetidos a altas pressões e a baixas temperaturas. Por esse fato, são obrigados a usar roupas
especiais, para conservar a temperatura do corpo, e passam por cabines de compressão e descompressão, cada
vez que mergulham ou sobem à superfície.
Outros fatores de risco não escolhem profissão, agridem trabalhadores de diferentes áreas e níveis ocupacionais,
de maneira sutil, praticamente imperceptível. Esses últimos são os mais perigosos, porque são os mais ignorados.
Os principais tipos de risco ambiental que afetam os trabalhadores de uma maneira geral, estão separados em:
2.1 Riscos físicos
RUÍDO
Definição: Subjetivamente, ruído é todo o som desagradável ou qualquer som que impeça alguma atividade
humana.
EX: Permanecer numa sala de máquinas onde o ruído é superior a 80 dBA (decibéis A).
VIBRAÇÕES
Definições: A oscilação de partículas em torno de um ponto, num qualquer meio físico. Os efeitos da mesma
podem se entender como consequência de uma transferência de energia ao corpo humano que atua como
receptor de energia mecânica.
EX: Utilização de um martelo pneumático para levantar o pavimento de uma rua.
ILUMINAÇÃO
Definição: Toda a radiação eletromagnética emitida ou refletida por qualquer corpo, com um determinado
comprimento de onda, é susceptível de ser percebida como luz. Pressupõe um risco para o trabalhador
desempenhar por defeito (escassez de luz), por excesso ou por incorreta distribuição.
EX: Um relojoeiro realiza um trabalho de precisão numa mesa mal-iluminada.
RADIAÇÕES IONIZANTES
Definição: Qualquer radiação eletromagnética capaz de produzir ionização na passagem através da matéria.
- -4
EX: As radiações emitidas pelas máquinas de raios-X onde são feitas as radiografias nos centros médicos.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES
Definição: qualquer radiação eletromagnética incapaz de produzir ionização à sua passagem pela matéria.
EX: Radiações emitidas pelos equipamentos de comunicação e radar de uma aeronave.
EXPOSIÇÃO A TEMPERATURAS EXTREMAS
Definição: Consiste em estar submetido a temperaturas altas ou baixas que podem provocar consequências
negativas para a saúde do trabalhador como: estresse térmico, insolação, golpe de calor, desidratação,
hipotermia, etc.
EX: Desmaio de um trabalhador da construção de estradas pela exposição prolongada a altas temperaturas
externas.
2.2 Riscos químicos
•
EXPOSIÇÃO A SUBSTÂNCIAS NOCIVAS E/OU TÓXICAS
Definição: Possibilidade de lesões ou afecções provocadas pela inalação, ingestão ou contato de
substâncias ou elementos prejudiciais à saúde.
EX: Inalação de éter ao partir-se o recipiente que continha.
•
CONTATO COM SUBSTÂNCIAS CÁUSTICAS E/OU CORROSIVAS
Definição: Possibilidade de lesões produzidas por contato com substâncias cáusticas ou corrosivas que
se encontram no local de trabalho.
EX: Rotura de um recipiente contendo ácido sulfúrico que cai na mão do trabalhador.
•
EXPOSIÇÃO A VAPORES ORGÂNICOS
•
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•
- -5
Definição: Substâncias que, sendo sólidas ou líquidas, em condições normais de pressão e temperatura
no momento em que aumenta uma destas variáveis geram dissoluções na atmosfera. À temperatura
ambiente a maioria deles é dissolventes líquidos, orgânicos ou aquosos.
EX: Um trabalhador que manipula derivados halogenados e não usa proteção adequada.
•
EXPOSIÇÃO A GASES
Definição: substância que se apresenta como tal a temperatura e pressão ambiente. São perfeitamente
misturáveis com o ar.
EX: Um trabalhador que manipula dióxido de enxofre.
•
EXPOSIÇÃO A AEROSÓIS (EX: LATAS DE SPRAY)
Definição: É uma dispersão de partículas sólidas ou líquidas de tamanho inferior a 100 mícrons num
meio gasoso. Existem em 3 tipos: pó, nuvem ou fumo.
EX: Um trabalhador que manipule em laboratório, ácido clorídrico.
•
EXPOSIÇÃO A METAIS
Definição: Apresentam-se sob a forma de pó (suspensão aérea de partículas sólidas, de tamanho
pequeno, procedentes da desagregação do metal) ou de fumo metálico (suspensão no ar de partículas
sólidas metálicas geradas em processo de sublimação do estado gasoso, acompanhado de uma reação
química de oxidação).
EX: Trabalhos com maçarico em materiais cobertos com pintura de chumbo.
2.3 Riscos biológicos
•
EXPOSIÇÃO A CONTAMINANTES BIOLÓGICOS
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- -6
Definição: estar em contato, respirar ou ingerir alimentos contaminados com microorganismos
patogênicos para o homem. Os contaminantes biológicos têm um determinado ciclo de vida, processo de
reprodução e crescimento que, ao atingir o homem, representam o desencadear de doenças de tipo
infeccioso e parasitário. Estes organismos podem classificar segundo as suascaracterísticas em cinco
grupos principais:
1. Bactérias
2. Protozoários
3. vírus
4. Fungos
5. Vermes parasitários
•
PRINCIPAIS MEDIDAS PREVENTIVAS
As máximas em prevenção de riscos higiênicos são:
- Substituir o perigoso pelo que tenha menos ou nenhum perigo
- Se pudermos, por exemplo, não utilizarmos um produto tóxico que usamos porque é indispensável ao
trabalho usamos um menos perigoso em seu lugar.
- Antepor às medidas de proteção coletiva às de proteção individual
É preferível isolar origem do risco (máquina ruidosa) do que obrigar todos os trabalhadores a estarem
protegidos desse risco (utilizar auriculares).
- Realizar exames médicos periódicos.
- Aumentar a distância entre a fonte de risco e o trabalhador.
- Usar o menor tempo possível de exposição.
- Utilizar equipamentos de proteção adequados.
- Dispor dos adequados sistemas de alarme.
- Formar é informar os trabalhadores.
- Rotação de pessoal para evitar exposição prolongada ao risco.
•
- -7
2.4 Riscos ergonômicos
CARGA FÍSICA:
POSIÇÃO
Definição: Conjunto de requisitos físicos a que é submetido o trabalhador ao longo
da jornada de trabalho; quando se vê obrigado a adotar uma determinada postura,
ou esforço muscular, de posição inadequada e/ou mantê-lo durante longo tempo.
EX: Um canalizador que tem de passar muitas horas do dia agachado.
CARGA FÍSICA:
DESLOCAMENTO
Definição: Esforços musculares dinâmicos que o trabalhador realiza devido às
exigências de movimento ou deslocamentos sem carga, durante o horário de
trabalho.
EX: Um trabalhador que tem de colocar pequenos objetos leves e para isso usa uma
escada.
CARGA FÍSICA:
ESFORÇO
Definição: Conjunto de requisitos físicos a que se vê submetido o trabalhador ao
longo do horário de trabalho, relativos a um esforço muscular dinâmico, ou
estático, excessivo, ligado na maior parte das vezes a posturas forçadas de várias
partes do corpo, frequência de movimentos, entre outros.
EX: Caixa de supermercado que tem de elevar centenas de quilos por dia para
passar os produtos pelo código de barras.
CARGA FÍSICA:
MANUSEAR
CARGAS
Definição: Esforços musculares estáticos e/ou dinâmicos que tem de realizar o
trabalhador para transportar materiais de um local para outro.
EX: Trabalhador que faz a descarga de um caminhão de sacos de cimento,
transportando-os para um armazém.
CARGA MENTAL
Definição: Processamento rápido da informação que deve fazer o trabalhador
quando tem de dar respostas eficazes e urgentes.
- -8
EX: O controlador aéreo tem que controlar diferentes aviões para o processo de
aterrissagem.
TELAS DE
VISUALIZAÇÃO
DE DADOS
Definição: Posto de trabalho onde se usa uma tela de dados como o terminal de um
computador.
EX: Funcionário administrativo que realiza a escrita na tela de um monitor de
computador.
3 Medidas prevenção
As máximas da Ergonomia são:
• “O que pode ser feito por uma máquina que não faça o trabalhador”, se dispomos de algum instrumento 
de transporte de cargas, ele deve ser usado em detrimento do transporte manual. “É adaptar o trabalho à 
pessoa e não a pessoa ao trabalho”.
• Se não é possível transportar cargas mecanicamente há que fazê-lo de modo correto para evitar lesões 
nas costas: apoiar os pés firmemente e separá-los a uma distância aproximada de 50 cm; dobrar a cintura 
e joelhos para apanhar a carga, mantendo-a o mais próximo possível do corpo, levantá-la gradualmente 
esticando as pernas e mantendo as costas retas.
• Mudar de posição frequentemente.
• Rotação de pessoal para evitar que esteja nas mesmas posições por muito tempo.
• Informar e formar devidamente os trabalhadores de modo correto de atuação.
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você estudará os seguintes assuntos:
• Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
• Iniciativas das empresas para a preservação da saúde.
•
•
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•
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Saiba mais
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Legislação e Segurança e Medicina do Trabalho. 2. ed. SP:
Método, 2008. REIS, Roberto Salvador. Segurança e Medicina do Trabalho. Normas
Regulamentadoras. 2. ed. SP: Yendis, 2007. SASAKI, Luis Hiromitsu. Educação para Segurança
do Trabalho. SP: Corpus, 2007.
•
•
- -9
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Pôde verificar os diversos tipos de riscos ambientais do trabalho em que os trabalhadores estão 
expostos e suas medidas de controle.
•
- -1
ERGONOMIA, HIGIENE E SEGURANÇA DO 
TRABALHO
PPRA (PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE 
RISCOS AMBIENTAIS)
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Descrever o que é um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(PPRA). 2. Verificar como é possível implantar medidas de controle quanto à segurança e saúde do trabalhador.
1 Introdução
Nesta aula, você terá o conhecimento de como as empresas elaboram o Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA) e a obrigatoriedade deste programa.
2 Do objeto e campo de aplicação
Esta Norma Regulamentadora (NR) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de
todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais (PPRA), visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores através da
antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes, ou
que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos
recursos naturais. (109.001-1 / I2).
Leia agora a NR-9 (site da Secretaria do Trabalho).
Se em uma empresa existir um trabalhador de carteira assinada, esta empresa fica obrigada a elaborar o PPRA e
mantê-lo atualizado.
As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a
responsabilidade do empregador. Deve ter a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e
profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle.
O PPRA deverá ser feito por estabelecimento, mesmo que esta empresa possua mais de um estabelecimento. O
PPRA é um documento feito por profissionais da área, onde são deconhecidos os riscos existentes no ambiente
de trabalho e indicadas as medidas de controle para estes riscos para que não afetem a saúde e a vida do
trabalhador.
O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da
saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NRs, em especial
com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, previsto na NR 7.
- -3
Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos
ambientes de trabalho que - em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição -, são
capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais
como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, bem como o infrassom
e o ultrassom.
Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo
pela via respiratória. Elas podem existir nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou
que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da
pele ou por ingestão.
Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
3 Estrutura do PPRA
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura:
• Planejamento anual com estabelecimento de metas. prioridades e cronograma.
• Estratégia e metodologia de ação.
• Forma do registro, manutenção e divulgação dos dados.
• Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.
Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do PPRA para
avaliação do seu desenvolvimentoe realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e
prioridades.
O PPRA deverá estar descrito num documento-base.
O documento-base, suas alterações e complementações, deverá ser apresentado e discutido na CIPA, quando
existente na empresa, de acordo com a NR 5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas desta Comissão.
O documento-base e suas alterações deverão estar disponíveis, de modo a proporcionar o imediato acesso às
autoridades competentes.
•
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•
•
- -4
4 Do desenvolvimento do PPRA
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas:
1 Antecipação e reconhecimento dos riscos. Nesta fase, o profissional deverá ir ao local e fazer o reconhecimento
dos riscos existentes no ambiente de trabalho.
2 Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle. O profissional deverá estabelecer as
prioridades e metas a serem desenvolvidas no ambiente do trabalho.
3 Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores. Deverá ser feita uma avaliação, se necessário e
dependendo do tipo de risco, fazendo uso de equipamentos.
4 Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia. O mais rápido possível deverão ser
implantadas as medidas de controle, obedecendo aos prazos já estabelecidos no cronograma do respectivo
documento.
5 Monitoramento da exposição aos riscos. Só iniciar as medidas de controle não basta, deve ser feito um
monitoramento.
6 Registro e divulgação dos dados. No documento deverá conter o registro dos dados, contendo cálculos e etc.
A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) por pessoa ou equipe de
pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR.
A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou
de modificação dos já existentes, visando identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para
sua redução ou eliminação.
O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis:
• Sua identificação.
• A determinação e localização das possíveis fontes geradoras.
• A identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de 
Fique ligado
Os trabalhadores também poderão ter acesso ao PPRA.
O cronograma que já é previsto na NR-9 deverá indicar claramente os prazos para o
desenvolvimento das etapas e cumprimento das metas do PPRA.
•
•
•
- -5
• A identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de 
trabalho.
• A identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos.
• A caracterização das atividades e do tipo da exposição.
• A obtenção de dados existentes na empresa e indicativos de possível comprometimento da saúde 
decorrente do trabalho.
• Os possíveis danos à saúde, relacionados aos riscos identificados e disponíveis na literatura técnica.
• A descrição das medidas de controle já existentes.
A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessário para:
• Comprovar o controle da exposição ou a inexistência de riscos identificados na etapa de 
reconhecimento.
• Dimensionar a exposição dos trabalhadores.
• Subsidiar o equacionamento das medidas de controle.
Deverão ser adotadas as medidas necessárias e suficientes para a eliminação, a minimização ou o controle dos
riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes situações:
1 Identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde.
2 Constatação, na fase de reconhecimento, de risco evidente à saúde.
3 Quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos
limites previstos na NR 15, na ausência destes os valores limites de exposição ocupacional adotados pela
American Conference of Governmental Industrial Higyenists-ACGIH ou aqueles que venham a ser estabelecidos
em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos.
4 Quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na
saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos.
O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverão obedecer à seguinte
hierarquia:
ELIMINAÇÃO
Medidas que eliminem ou reduzam a utilização e a formação de agentes prejudiciais à
saúde.
PREVENÇÃO
Medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes prejudiciais à saúde;
trabalho.
REDUÇÃO
DE NÍVEIS
Medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de
trabalho.
•
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•
•
Saiba mais
- -6
5 Quanto ao nível de ação
Para os fins desta NR, considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas as ações preventivas,
de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de
exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o
controle médico.
Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição ocupacional acima dos níveis
de ação, conforme indicado nas alíneas que seguem:
• Para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocupacional considerada de acordo com a 
alínea "c" do subitem.
• Para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR 15, Anexo I, 
item 6.
Medidas de caráter coletivo
A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de treinamento dos
trabalhadores, quanto aos procedimentos que assegurem a sua eficiência, e de informação
sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam.
Quando comprovado pelo empregador ou instituição, a inviabilidade técnica da adoção de
medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em
fase de estudo, planejamento ou implantação ou ainda em caráter complementar ou
emergencial, deverão ser adotadas outras medidas obedecendo-se à seguinte hierarquia:
a) Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho.
b) Utilização de Equipamento de Proteção Individual - EPI.
A utilização de EPI, no âmbito do programa, deverá considerar as normas legais e
administrativas em vigor e envolver no mínimo:
a) Seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à
atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao
risco e o conforto oferecido de acordo com a avaliação do trabalhador/usuário.
b) Programa de treinamento dos trabalhadores quanto a sua correta utilização e orientação
sobre as limitações de proteção que o EPI oferece.
c) Estabelecimento de normas ou procedimentos para promover o fornecimento, uso, guarda,
higienização, conservação, manutenção e a reposição do EPI, visando garantir condições de
proteção originalmente estabelecidas.
d) Caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva identificação
dos EPIs utilizados para os riscos ambientais.
O PPRA deve estabelecer critérios e mecanismos de avaliação de eficácia das medidas de
proteção implantadas, considerando os dados obtidos nas avaliações realizadas e no controle
médico da saúde previsto na NR 7
•
•
- -7
6 Do monitoramento
Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas de controle, deve ser realizada uma
avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um dado risco, visando à introdução ou modificação das
medidas de controle, sempre que necessário.
7 Do registro de dados
Deverá ser mantido pelo empregador ou instituição um registro de dados, estruturado de forma a constituir um
histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA.
Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos.
O registro de dados deverá estarsempre disponível para os trabalhadores interessados, ou seus representantes,
e para as autoridades competentes.
8 Das responsabilidades
Do empregador:
I - Estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou
instituição.
Dos trabalhadores:
I - Colaborar e participar na implantação e execução do PPRA.
II - Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA.
III - Informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar em risco à
saúde dos trabalhadores.
Saiba mais
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Legislação e Segurança e Medicina do Trabalho. 2. ed. SP:
Método, 2008.
REIS, Roberto Salvador. Segurança e Medicina do Trabalho. Normas Regulamentadoras. 2. ed.
SP: Yendis, 2007.
SASAKI, Luis Hiromitsu. Educação para Segurança do Trabalho. SP: Corpus, 2007.
- -8
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você estudará os seguintes assuntos:
• Programa de controle médico e saúde ocupacional.
• Sua obrigatoriedade.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Entendeu como as empresas elaboram o programa de prevenção de riscos ambientais e a 
obrigatoriedade deste programa.
•
•
•
- -1
ERGONOMIA, HIGIENE E SEGURANÇA DO 
TRABALHO
PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO E 
SAÚDE OCUPACIONAL
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Resumir as diretrizes do Programa de Controle Médico e Saúde
Ocupacional, para implementá-las nos postos de trabalho.
1 Introdução
Nesta aula, será explicado o funcionamento do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional que é parte
integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores, sua
obrigatoriedade, elaboração e implementação nos locais de trabalho onde os serviços são prestados.
2 PCMSO – Programa de Controle e Saúde Ocupacional 
(NR07)
Esta Norma Regulamentadora (NR) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de
todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos
seus trabalhadores. Consulte agora a NR-7 e leia sobre a Legislação (site da Secretaria do Trabalho).
• Empresas obrigadas ao PCMSO
Todos os empregadores, e instituições que admitam trabalhadores, estão obrigados a elaborar e
Implantar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
• Finalidade do Programa
O PCMSO tem como objetivo a preservação da saúde dos empregados, em função dos riscos existentes no
ambiente de trabalho e de doenças profissionais.
As diretrizes e os parâmetros mínimos para funcionamento do PCMSO foram estabelecidos pela NR-7,
podendo essas condições ser ampliadas mediante negociação coletiva do trabalho.
O programa deve ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde
relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de
doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde do trabalhador.
•
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Enfim, a empresa deverá planejar e implementar o seu PCMSO com base no risco que a atividade
desenvolvida possa provocar à saúde dos seus empregados.
A prevenção deve observar a relação saúde e o trabalho.
• Prestadores de serviço
As empresas que contratarem mão-de-obra, por intermédio de empresa prestadora de serviços, deverão
informar a esta os riscos decorrentes da execução do trabalho, auxiliando na elaboração e
implementação do PCMSO no local onde o serviço for prestado.
• Relatório anual
PCMSO deve elaborar um relatório anual com o planejamento das ações de saúde a serem executadas
durante o ano.
Nesse relatório deve ser discriminado, por setor da empresa, o número e a natureza dos exames
médicos, incluindo avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados considerados
anormais, bem como o planejamento para o próximo ano.
O relatório anual, que pode ser elaborado conforme o modelo aprovado deve ser apresentado e discutido
nas reuniões da Comissão Interna de Prevenção de Acidente (CIPA), permanecendo uma cópia do
mesmo anexada ao livro de atas quando a empresa for obrigada a manter a comissão.
O relatório anual pode ser armazenado sob a forma de arquivo informatizado desde que propicie o
imediato acesso por parte do agente de inspeção do trabalho.
Estão dispensadas de elaborar o relatório anual as empresas desobrigadas de indicar um médico-
coordenador do PCMSO.
• Responsabilidade da empresa
É de inteira responsabilidade do empregador:
1. Garantir a elaboração e a efetiva implementação do PCMSO, zelando pela sua eficácia.
2. Custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao PCMSO.
3. Indicar, dentre os médicos do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho (SESMT) da empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO.
No caso de a empresa estar dispensada de manter o SESMT, o médico responsável para coordenar o PCMSO
poderá ser um médico especializado em Medicina do Trabalho contratado, ou não, como empregado.
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Isto significa dizer que, nessa hipótese, o responsável pelo PCMSO da empresa pode ser um médico não
empregado da empresa.
Já existem profissionais especializados prestando esses serviços que são cobrados em função do número de
empregados da empresa.
Se na localidade onde estiver situada a empresa não existir médico do trabalho, poderá ser contratado um
médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO.
3 Empresas desobrigadas de indicar médico-coordenador 
do PCMSO
Estão desobrigadas de manter médico-coordenador do PCMSO as empresas:
• Com até 25 empregados, desde que enquadradas no grau de risco 1 ou 2.
• Até 10 empregados, desde que enquadradas no grau de risco 3 ou 4.
Mediante negociação coletiva de trabalho, também poderão ficar dispensadas de médico-coordenador as
empresas cujo número de empregados esteja compreendido entre:
• Entre 26 e 50, se enquadrada no grau de risco 1 ou 2.
• Entre 11 e 20, se enquadrada no grau de risco 3 ou 4.
Na hipótese da letra b, a negociação coletiva deverá ser obrigatoriamente assistida por profissional do órgão
competente em segurança e saúde no trabalho.
Todavia, as empresas mencionadas neste item poderão ser obrigadas a indicar um médico responsável pelo
PCMSO por determinação da Delegacia Regional do Trabalho, com base em parecer técnico-conclusivo da
autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de
negociação coletiva, quando suas condições representarem potencial de risco grave aos respectivos empregados.
O grau de risco mencionado no presente comentário consta do Quadro um (1) anexo à NR4, com as alterações
introduzidas pela Portaria 1 SSST de 12-5-95.
3.1 Atribuições do médico-coordenador
Ao médico-coordenador do PCMSO compete:
• Realizar os exames médicos ou encarregar os mesmos a um profissional médico familiarizado com os 
princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, as condições de trabalho e 
os riscos a que está ou será exposto cada empregado da empresa a ser examinada.
• Encarregar-se dos exames complementares, profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, 
equipados e qualificados.
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3.2 Exames médicos
Os empregados ficam sujeitos à realização dos seguintes exames médicos a cargo do PCMSO, sem ônus para os
mesmos:
ADMISSIONAL Esse exame deve ser realizado antes do empregado assumir suas atividades.
PERIÓDICOS
A avaliação clínica no exame médico periódico deve observar os seguintes prazos:
- Anualmente, para os empregados menores de 18 anos e maiores de 45 anos de idade.
No caso de trabalhadores expostos a riscos ou situações de trabalho - que impliquem
no desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional - ou ainda para aqueles
que sejam portadores de doenças crônicas, os exames devemrespeitar a seguinte
periodicidade:
- A cada ano, ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se
notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho ou ainda como resultado de
negociação coletiva do trabalho.
- E a cada seis(6) meses, para os trabalhadores expostos às condições hiperbáricas.
D E
RETORNO
A O
TRABALHO
Exame médico de retorno ao trabalho somente será obrigatório quando o empregado
ficar afastado da atividade por período igual ou superior a 30 dias, em virtude de
doença ou acidente de natureza ocupacional, ou parto.
D E
MUDANÇA
DE FUNÇÃO
Esse exame somente será obrigatório quando a nova função expuser o empregado a
riscos diferentes daqueles a que estava exposto antes da mudança.
O referido exame deverá ser realizado antes de o empregado passar a exercer a nova
função.
Exame médico demissional era realizado dentro do período de 15 dias que
antecedessem o desligamento definitivo do emprego.
Como a legislação não era clara sobre o assunto, para algumas correntes doutrinárias,
o desligamento definitivo do trabalho entendia-se como sendo a data da homologação
ou quitação das verbas rescisórias.
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DEMISSIONAL
Com o advento da Portaria oito (8) SSST/96, o exame médico demissional poderá
deixar de ser exigido, dependendo da data em que o empregado realizou seu último
exame.
Assim, ficou definido que o exame médico demissional deve ser realizado,
obrigatoriamente, até a data da homologação da rescisão do contrato de trabalho,
desde que o último exame tenha ocorrido há mais de:
- 135 dias, quando se tratar de empresas com grau de risco 1 ou 2 , podendo esse prazo
ser ampliado por mais 135 dias em decorrência de negociação coletiva.
- 90 dias no caso de empresas enquadradas em grau de risco 3 ou 4 esse prazo também
poderá ser ampliado por até mais 90 dias, em decorrência de negociação coletiva.
Essa negociação coletiva deverá, obrigatoriamente, ser assistida por profissional
indicado em comum acordo entre as partes ou por profissional do órgão local
competente em segurança e saúde do trabalho.
Entretanto, as empresas poderão ser obrigadas a realizar o exame médico demissional
independentemente da época de realização de qualquer exame, quando suas condições
representarem potencial de risco grave aos empregados.
A realização do exame será por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com
base em parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de
segurança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva.
Os órgãos homologadores têm exigido, por ocasião da homologação das rescisões de
contrato de trabalho, o exame médico demissional.
4 Atestado de saúde ocupacional – ASO
Para cada exame médico realizado pelo PCMSO deverá ser emitido, em duas vias, o Atestado de Saúde
Ocupacional (ASO).
PRIMEIRA VIA
A primeira via do ASO deve ficar à disposição da fiscalização do trabalho, devidamente arquivada no local de
trabalho, inclusive nas frentes de trabalho ou canteiros de obras.
SEGUNDA VIA
A segunda via do atestado deve ser obrigatoriamente entregue ao empregado, mediante recibo na primeira via.
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O atestado médico deverá conter, no mínimo:
• Nome completo do empregado, o número de registro de sua identidade e sua função.
• Os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do empregado, conforme 
instruções técnicas expedidas pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST).
• Indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o empregado, inclusive os exames 
complementares e a data em que foram realizados.
• Nome do médico-coordenador, quando houver o respectivo CRM.
• Definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu.
• Nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato.
• Data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número de inscrição no 
CRM.
O histórico clínico do empregado deve ser registrado em prontuário individual, que ficará sob a
responsabilidade do médico coordenador do PCMSO ou seu sucessor quando for o caso.
Esse documento deverá ser arquivado, no mínimo, pelo período de 20 anos contados a partir do desligamento do
empregado.
Uma vez constatada a ocorrência ou agravamento de doenças profissionais ou sendo verificadas alterações que
revelem qualquer tipo de disfunção de órgão ou sistema biológico, o médico-coordenador ou encarregado do
PCMSO deverá tomar as seguintes medidas:
5 Primeiros socorros
Em todos os estabelecimentos deve ser mantido material necessário à prestação de primeiros socorros,
guardado em local adequado e sob os cuidados de pessoa devidamente treinada para esse fim.
O equipamento destinado à prestação do socorro deve ser apropriado às características da atividade
desenvolvida na empresa.
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O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você estudará os seguintes assuntos:
• Principais doenças Ocupacionais.
• A relação saúde-doença.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Pôde entender todo o funcionamento e implementação do Programa de Controle e Saúde Ocupacional.
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ERGONOMIA, HIGIENE E SEGURANÇA DO 
TRABALHO
DOENÇAS OCUPACIONAIS
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Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Explicar a relação saúde–doença e os fatores que causam as doenças
ocupacionais.
1 Introdução
Nesta aula, trataremos da caracterização das relações entre as doenças e as ocupações, o que é fator
indispensável para promover a qualidade, a capacidade resolutiva e a integralidade das ações e dos serviços
dirigidos à população trabalhadora.
2 Doenças ocupacionais
Doenças ocupacionais são aquelas que estão diretamente relacionadas à atividade desempenhada pelo
trabalhador ou às condições de trabalho às quais ele está submetido.
A saúde dos trabalhadores constitui um importante fator que as empresas deveriam buscar como fator
preventivo primordial, porém sabemos que não é sempre assim.
A saúde dos trabalhadores constitui uma importante área da saúde pública e tem como objetivo a promoção e a
proteção da saúde do trabalhador, por meio do desenvolvimento de ações preventivas de acompanhamento dos
riscos presentes nos ambientes e condições de trabalho, dos problemas à saúde do trabalhador, à organização e
prestação da assistência aos trabalhadores, que incluem procedimentos relacionados ao diagnóstico, tratamento
e reabilitação de forma integrada no Sistema de Saúde Pública brasileiro.
No conceito de trabalhadores, são incluídos todos os homens e mulheres que exercem atividades laborais em
qualquer área e onde essas atividades são realizadas visando o sustento dos próprios e de sua família e
dependentes. Estão incluídos trabalhadores:
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Os riscos associados à saúde do trabalhador compreendem condições sociais, econômicas e os fatores de risco
ocupacionais ambientais (físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentes).
Os trabalhadores podem adoecer ou morrer por causas relacionadas ao trabalho, em consequência da profissão
ou em condições adversas em que seu trabalho é ou foi realizado.
O perfil do adoecimento e morte dos trabalhadores resultará na separação desses fatores que podem ser
resumidos em quatro grupos de causas:
• DOENÇAS COMUNS
Sem relação com o trabalho.
• DOENÇAS COMUNS (CRÔNICO-DEGENERATIVAS, INFECCIOSAS, NEOPLÁSTICAS-
TRAUMÁTICAS)
Eventualmente modificadas no aumento da frequência de sua ocorrência ou no surgimento em
trabalhadores sob determinadas condições de trabalho.
• DOENÇAS COMUNS QUE SÃO AGRAVADAS EM FUNÇÃO DAS CONDIÇÕES DE
TRABALHO
Asma brônquica, dermatite de contato alérgico, PAIR (Perda Auditiva Induzida por Ruído), doenças
musculoesqueléticas e alguns transtornos mentais, nos quais essas enfermidades são potencializadas em
decorrência do trabalho.
Acesse agora a NR-15 Anexo11. (site da Secretaria do Trabalho)
• AGRAVOS À SAÚDE ESPECÍFICOS
Típicos dos acidentes do trabalho e pelas doenças profissionais.Segundo o comitê Misto OIT/OMS, reunido em Genebra em 1957, os objetivos para a saúde ocupacional,
que a conceituam e estabelecem o seu âmbito de atuação, são:
- Manter o mais alto grau e bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores em todas as organizações.
- Proteger todo prejuízo causado à saúde dos trabalhadores pelas condições do seu trabalho.
-Proteger os trabalhadores, no ambiente do trabalho, contra os riscos causados por agentes nocivos à
saúde.
- Colocar e manter o trabalhador em uma função que convenha às suas aptidões fisiológicas e
psicológicas.
- Adaptar o trabalho ao homem e cada homem ao seu trabalho.
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Já sobre as Doenças Ocupacionais, a lei subdivide-as em doenças profissionais e doenças do trabalho, estando
previstas no artigo 20, I e II.
• DOENÇAS PROFISSIONAIS
As doenças profissionais são também conhecidas como “ergopatias”, “tecnopatias” ou “doenças
profissionais típicas”, são as produzidas ou desencadeadas pelo exercício profissional peculiar a
determinada atividade. Devido a sua tipicidade, não precisa de comprovação do nexo de causalidade com
o trabalho.
São doenças que decorrem de microtraumas que cotidianamente agridem e vulneram as defesas
orgânicas, e que, por efeito cumulativo, terminam por vencê-las, deflagrando o processo mórbido.
EX: Os trabalhadores da mineração que estão expostos ao pó de sílica e, portanto, com chances de
contrair a silicose, sendo essa então considerada uma doença profissional.
• DOENÇAS DO TRABALHO
As doenças do trabalho, também chamadas de “mesopatias”, ou “moléstias profissionais atípicas”, são
aquelas desencadeadas em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se
relacionem diretamente.
Decorrem igualmente de microtraumatismos acumulados. Porém, por serem atípicas exigem a
comprovação do nexo de causalidade com o trabalho através de vistoria no ambiente laboral.
Assim, enquanto as doenças profissionais resultam de risco específico direto (a depender da
característica do ramo da atividade), as doenças do trabalho possuem como causa o risco específico
indireto.
Saiba mais
Sobre Acidente de Trabalho, a Lei 8.213/91 conceitua:
Acidente de Trabalho: aquele que ocorre pelo exercício do trabalho provocando lesão corporal
ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução da capacidade permanente
ou temporária para o trabalho. Ou seja, o acidente de trabalho, trata-se de um evento único,
não desejado, imprevisto, bem configurado no espaço e no tempo e de consequências
geralmente imediatas.
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EX: Uma bronquite asmática normalmente possui risco genético e pode acometer qualquer pessoa. Mas
se o trabalhador exercer suas atividades em condições especiais, o risco genético transforma-se em risco
específico indireto.
Classificação das doenças do trabalho de acordo com os sistemas ou aparelhos
• SISTEMA TEGUMENTAR
A pele oferece uma área de contato com o meio ambiente muito grande, por isso é uma região do corpo
que fica muito exposta às agressões do trabalho. As patologias do sistema tegumentar relacionadas ao
trabalho são chamadas de Dermatoses Ocupacionais.
• SISTEMA RESPIRATÓRIO
Os locais de trabalho têm oferecido, cada vez mais, ambientes poluídos por diversos elementos, gasosos
e sólidos, presentes no ar como gases e micropartículas. Tais substâncias levam desde incômodo
respiratório até patologias graves e mortais, como asma ocupacional e pneumoconioses.
• SISTEMA NERVOSO E ÓRGÃOS DO SENTIDO
Muitos riscos presentes no ambiente de trabalho são lesivos no sistema nervoso, tanto central quanto
periférico. Os riscos que mais comumente podem levar a danos para o sistema nervoso. Estes riscos são
particularmente os riscos químicos e físicos.
• SISTEMA DIGESTIVO
O órgão mais acometido devido à exposição ocupacional é o fígado. O fígado é o grande responsável pela
metabolização de substâncias estranhas ao organismo humano e, neste processo, pode entrar em
sofrimento ou mesmo falência. É que os solventes têm afinidade por tecido gorduroso e assim se
depositam nos órgãos ricos em gordura, como sistema nervoso, medula óssea e fígado (por isso, as
lesões do sistema nervoso e da aplasia de medula provocadas pelo benzeno). Além disso, são levados ao
fígado pela corrente sanguínea na tentativa de serem metabolizados para posteriormente poderem ser
eliminados pelas fezes, urina ou suor.
• SISTEMA URINÁRIO
Os solventes e principalmente os metais podem levar à nefropatia tóxica. No caso dos metais esta
situação pode ocorrer de modo semelhante ao que acontece no fígado, na tentativa de eliminação: por
serem pesados fisicamente, os metais se depositam nos túbulos e glomérulos e progressivamente
causam dano ao órgão, podendo levar à insuficiência renal. É o caso do chumbo, do arsênio e do
mercúrio.
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• SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
As patologias relacionadas ao trabalho que podem atingir o sistema musculoesquelético são
principalmente as Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e as lombalgias.
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você estudará os seguintes assuntos:
• Princípios da Ergonomia - Relações da ergonomia na execução do trabalho.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Conheceu os determinantes da saúde do trabalhador, compreendendo os condicionantes sociais, 
econômicos, tecnológicos e organizacionais responsáveis pelas condições de vida e os fatores de risco 
ocupacionais.
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Saiba mais
- GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Legislação e Segurança e Medicina do Trabalho. 2. ed. São
Paulo: Método, 2008. - REIS, Roberto Salvador. Segurança e Medicina do Trabalho. Normas
Regulamentadoras. 2. ed. São Paulo: Yendis, 2007. - SASAKI, Luis Hiromitsu. Educação para
Segurança do Trabalho. São Paulo: Corpus, 2007.
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ERGONOMIA, HIGIENE E SEGURANÇA DO 
TRABALHO
ERGONOMIA
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Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Explicar as relações da ergonomia na execução do trabalho.
1 Ergonomia
Nesta aula, serão abordados os parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente. Trataremos das condições de trabalho relacionadas ao transporte e à descarga de
materiais, ao mobiliário, aos equipamentos, às condições ambientais do posto de trabalho e à própria
organização do trabalho.
Desde os tempos do homem das cavernas, a ergonomia já existia e era aplicada.
Quando se descobriu que uma pedra poderia ser afiada até ficar pontiaguda e transformar-se em uma lança ou
machado, a ergonomia estava sendo aplicada.
Quando se posicionavam galhos ou troncos de árvores sob rochas ou outros obstáculos, como alavancas ali
estava a ergonomia.
A ergonomia é a ciência aplicada para facilitar o trabalho executado pelo homem, sendo que aqui a palavra
“trabalho” é interpretada como algo muito abrangente em todos os ramos e áreas de atuação.
O nome ergonomia deriva de duas palavras gregas: ERGOS (trabalho) e NOMOS (leis, normas e regras). É,
portanto, uma ciência que pesquisa, estuda, desenvolve e aplica regras e normas a fim de organizar o trabalho,
tornando este último compatível com as características físicas e psíquicas do ser humano.
Para que isso seja possível, uma infinidade de outras ciências é usada pela ergonomia para que o profissional que
desenvolve projetos ergonômicos obtenha os conhecimentos necessários suficientes, suficientes e resolva uma
série de problemas identificados em um ambiente de trabalho ou no modo como o trabalho é organizado e
executado.
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Oficialmente, a ergonomia nasceu em 1949 e é derivada da época da 2ª Guerra Mundial. Durante a guerra,
centenas de aviões, tanques, submarinos e armas foram rapidamente desenvolvidos, bem como sistemas de
comunicação mais avançados e radares.
Ocorre que muitos destes equipamentos não estavam adaptados às características perceptivas daqueles que os
operavam, provocando erros, acidentes

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