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DESENVOLVIMENTO HUMANO - AULA 01

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20/05/2023, 17:26 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/15
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIA PSICOSSEXUAL DO
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
AULA 1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Profª Raquel Berg
CONVERSA INICIAL
Olá, seja bem-vindo(a)! Nesta disciplina trataremos sobre diversos temas. No primeiro momento,
falaremos sobre “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade”. No segundo momento, falaremos
sobre “Minhas teses sobre o papel da sexualidade na etiologia das neuroses”, “Esclarecimento
Sexual das Crianças”, “Teorias Sexuais das Crianças”, “Organização Genital Infantil” e “Algumas
consequências na distinção anatômica dos sexos”. Na sequência, falaremos sobre o Pequeno Hans,
denominado “Análise de uma fobia em um menino de 5 anos”, “Leonardo da Vinci e uma
lembrança de sua infância” e “Duas mentiras contadas por crianças”. Adiante, falaremos sobre “O
caso Schreber”, “História de uma neurose infantil” (conhecida como Homem dos Lobos) e “O
retorno do Totemismo na Infância”. Depois, falaremos sobre “Algumas Reflexões sobre a
Psicologia do Escolar”, “Uma recordação de infância de Dichtung und Wahrhei”, “Uma criança é
espancada”, “Associações de uma criança de 4 anos de idade” e o material psíquicos dos contos
de fada. Por fim, faremos uma breve revisão sobre o conteúdo apresentado nas aulas anteriores
dessa disciplina e os principais conceitos que precisam ficar gravados, a primeira e a segunda tópica,
alguns conceitos de “O Ego e o Id”, Spitz com sua teoria sobre os organizadores psíquicos no
primeiro ano de vida, as hipóteses kleinianas e lacanianas sobre o desenvolvimento infantil e o tema
da morte enquanto objeto de investigação infantil.
Na aula de hoje, nos concentraremos em falar sobre os Três Ensaios. Esse texto foi escrito em
1905, porém ele passou por uma série de revisões feitas por Freud posteriormente, o que fez com
que o documento contenha alguns conceitos que só serão efetivamente trabalhados na obra
freudiana muitos anos depois. Em função disso, faremos uma breve explicação para cada uma dessas
terminologias apenas para esclarecer o significado delas dentro do contexto dos “Três Ensaios”,
embora uma explicação mais completa seja feita em outras disciplinas que irão tratar diretamente
dos textos fundamentais para cada um desses conceitos. É importante trazer aqui também que esse
texto ensaia a transição da primeira para a segunda tópica freudiana, na medida que traz o conceito
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de pulsões e transcende a ideia de um consciente (cs), subconsciente (Pcpt) e inconsciente (Ics) com
representações e afetos. Nesse texto, Freud vai além da ideia de sexualidade das histéricas e traz a
diferenciação entre sexo e sexualidade, que não necessariamente envolve o órgão sexual em si e que
se constitui ao longo da infância, desde o nascimento até a puberdade e a vida adulta. Como esse
texto é denso e cheio de detalhes, separamos o primeiro ensaio ao longo dos dois primeiros temas, o
segundo ensaio nos temas 3 e 4 e o terceiro ensaio no Tema 5.
TEMA 1 – AS ABERRAÇÕES SEXUAIS EM FREUD
Segundo Freud (1905), há nos homens a existência do que ele chama de pulsão sexual, ao que
ele compara com a pulsão de nutrição que seria a fome. O equivalente dessa fome, na pulsão sexual,
Freud dá o nome de “libido” (que seria como uma energia que impulsiona o desejo). Segundo o
autor, a opinião popular da época acreditava que essa libido estaria ausente na infância, surgindo na
puberdade e direcionada ao ato sexual. No entanto, os estudos de Freud (1905) demonstraram a
existência de dois tipos de desvios dessa libido: referentes ao objeto sexual (de quem procede a
atração sexual) e ao alvo sexual (ato a que a libido conduz).
É importante destacar, aqui, que essa classificação de Freud não é mais utilizada pelos
profissionais da saúde. No último documento do DSM-5 (2013) e do CID-11 (2020), a nomenclatura
hoje utilizada para o que Freud chamou de perversões é “transtornos da preferência sexual” e
“transtornos parafílicos”, sendo que em ambos a homoafetividade deixou de ser considerada como
um transtorno, e a transexualidade (que não será tratada aqui) é considerada como um transtorno na
medida que gera sofrimento ao indivíduo, não sendo a mesma coisa que a não identificação com o
gênero de origem (ou seja, um homem que se percebe como mulher ou mulher que se percebe
como homem). Como o objetivo aqui é apresentar os textos de origem freudianos, manteremos as
terminologias apenas para facilitar na compreensão desse texto.
1.1 DESVIOS RELATIVOS AO OBJETO E AO ALVO SEXUAL
O desvio do objeto é quando o desejo não é pelo sexo oposto em idade madura, ou seja, de um
homem para uma mulher e vice-versa. Em seu primeiro exemplo, Freud (1905) aborda a
homoafetividade, a que ele chama naquele momento de “invertidos” (embora hoje vemos a
terminologia como inadequada para abordar o tema). Esse é um tema delicado na psicanálise, sobre
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o qual iremos expor também no tópico “Na prática”. Freud (1905), naquela época, afirmava que a
comunidade homoafetiva podia tratar de sua condição sexual com naturalidade (ou seja, com a
mesma aceitação natural que um heterossexual tem de sua condição) ou com revolta (ou seja,
tratando de sua condição como se fosse uma patologia). Para o autor, a origem dessa condição
poderia surgir junto com o indivíduo, numa época remota de sua vida ou pouco antes da puberdade;
além disso, poderia persistir por toda a vida ou ocorrer apenas durante determinado tempo.
A princípio, a homossexualidade (termo que Freud usa nesse texto) foi considerada como
contendo dois elementos: o caráter inato e a “degeneração”, sendo esse último termo devendo ser
dissociado de sua forma pejorativa como um desvio grave da norma ou com baixa capacidade de
sobrevivência. Segundo o autor, entende-se como degenerado aqui apenas o desvio no caráter
sexual, uma vez que essa condição não tem qualquer relação com o desempenho laboral, intelectual
ou ético do indivíduo. Já o caráter inato pode ser somente para os que Freud chama como
“absolutos” (ou seja, aqueles que já nasceram com essa condição e que a escolha por outra pessoa
do mesmo sexo é a única opção possível), enquanto para o demais ele afirma a possibilidade de
aquisição durante a infância, como se a pessoa mantivesse a bissexualidade após a idade adulta. No
entanto, ele admite que possuía pouco material para considerar suas observações como conclusivas.
Em um primeiro momento, Freud (1905) tentou usar do hermafroditismo como um protótipo
para explicar a existência da bissexualidade humana, mas foi infeliz nessa primeira tentativa. Depois,
avaliou os estudos que afirmavam que nos homoafetivos se teria um cérebro contrário ao corpo
presente (ou seja, um cérebro feminino em um corpo masculino ou um cérebro masculino em um
corpo feminino). No entanto, para Freud, seria como substituir o problema psíquico pelo problema
anatômico, o que segue sem resolver a questão. Por fim, o autor considerou a teoria de Kraft-Ebing
como a mais próxima de uma explicação razoável:
Segundo Kraft-Ebing (1895, 5], a disposição bissexual dota o indivíduo tanto de centros cerebrais
masculinos e femininos quanto de órgão sexuais somáticos. Esses centros começam a desenvolver-
se na época da puberdade, na maioria das vezes sob a influência das glândulas sexuais, que
independem deles na disposição [originária]. (Freud, 1905, p. 135)
Isso explicaria por que o comportamento e a organização psíquica de uma pessoa independem
de sua condição sexual: ou seja, uma mulher pode sofrer uma transformação psíquica que a torne
mais masculina, ou um homem pode se comportar exatamente como um homem heterossexual
normal.
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Embora naquelemomento se acreditasse que a homoafetividade fosse oposta ao normal, essa
explicação só poderia funcionar para uma parcela das pessoas, assim como o é para a
heterossexualidade (pois a pessoa vai contra seus desejos para buscar a aceitação social). Assim, para
Freud (1905), a melhor explicação seria a de que o objeto sexual não é o mesmo sexo, mas uma
conjugação dos caracteres de ambos os sexos e um reflexo especular da própria natureza bissexual.
O objetivo sexual dos invertidos é diverso, sendo menos relevante o órgão sexual em si, pois nos
homens heterossexuais também há o prazer intenso na relação sexual anal e masturbação, assim
como nas mulheres heterossexuais há também uma preferência com o contato bucal.
Por fim, e aqui devemos excluir que a homoafetividade seja um desvio, Freud (1905) inclui no
grupo dos desvios de objeto as pessoas que escolhem os animais e as crianças. Segundo o autor,
essas escolhas muitas vezes se dão com mais frequência em pessoas com mais oportunidades para
sucumbirem a esses comportamentos (como professores e camponeses), e a diferença entre pessoas
com esses comportamentos e as consideradas loucas é somente o grau de intensidade do transtorno
sexual. Embora Freud (1905) afirme nesse texto que os distúrbios sexuais nos loucos não são
diferentes dos distúrbios sexuais das pessoas consideradas sãs, é importante frisar que esses dois
últimos exemplos posteriormente foram enquadrados fora do grupo da normalidade, uma vez que
esse tipo de desvio sexual foge das regras e limites sociais, podendo ser comparado ao próprio
incesto.
1.2 DESVIOS RELATIVOS AO ALVO SEXUAL
Para Freud (1905), o objetivo ou alvo sexual normal é o sexo genital, que leva ao alívio da tensão
e a extinção temporária da pulsão (semelhante a quando comemos e saciamos nossa fome). A
sexualidade normal pode incluir o uso temporário de outras partes do corpo antes do início do coito
(conhecidas dentro das famosas “preliminares”: o beijo, as carícias etc.), e se distinguem dos
exemplos que serão dados a seguir quando elas se tornam o objetivo final que não o contato genital.
Existem dois tipos de perversões aqui, que na verdade podem ser consideradas como a mesma coisa,
pois terminam com o desvio do objetivo sexual em si: I) as transgressões ou o uso de outras partes
do corpo obter prazer, e; II) as demoras das preliminares. Melhor explicando:
I. As transgressões aqui são consideradas como um enfraquecimento do juízo, uma cegueira
lógica semelhante à obediência do paciente durante a hipnose (e que depois ele aprofunda em
seu texto “Psicologia das Massas”: a submissão que passa pela credulidade amorosa; a
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substituição da figura de autoridade que deveria ter desembocado em um vínculo amoroso
com uma pessoa do outro sexo, mas que se transforma na obediência cega a uma figura
supervalorizada. Essa correlação se dá na medida que, em ambos os casos, ocorre a restrição do
objetivo sexual em si – a união de órgãos sexuais – para o desvio da libido para outros fins).
Alguns dos exemplos aqui são: o sexo oral, pois embora a pessoa não compartilhe da escova de
dentes do outro por asco, a libido rende o sentimento de asco em prol da obtenção de prazer;
o sexo anal, criando uma sensação [imaginária] semelhante em homens e mulheres – ou seja,
ambos os sexos se igualam nessa experiência; e o fetichismo, como a obtenção de prazer por
partes do corpo como pés e cabelos, ou mesmo o desejo por pessoas com defeitos físicos
específicos, peças de roupa ou objetos em particular, que por alguma razão do próprio
pervertido conservam uma relação com o objeto sexual. Ele se origina na primeira infância ou a
partir de uma conexão simbólica, e passa a ser um transtorno quando gera sofrimento ou dor
ao outro contra a sua vontade, além de colocar a saúde e a vida do indivíduo em risco.
II. Aqui, o excesso de preliminares criticadas por Freud inclui o tocar, o olhar (como no caso dos
voyeurs), o sadismo e o masoquismo (ter prazer em provocar dor no outro ou com o próprio
sofrimento ou dor). O sadomasoquismo será mais bem trabalhado em outros textos de Freud
(como “O problema econômico do masoquismo”, escrito em 1924), mas serve como um
modelo de esclarecimento da perversão. O masoquismo é oposto ao sadismo, mas sempre o
acompanha, pois na perversão, o objetivo sexual pode ocorrer nas formas ativa e passiva
conjuntamente no mesmo indivíduo, o que faz com que alguém que sente prazer em infligir
dor em seu objeto sexual também terá prazer em dores que virá a sofrer ele próprio durante
suas relações sexuais.
TEMA 2 – PERVERSÕES E PSICONEUROSES
A perversão é classificada como uma doença, um transtorno. Segundo Freud (1905), existem
perversões dos mais variados tipos, incluindo algumas muito distanciadas do normal (como necrofilia
e coprofagia), e que vão muito além de sentimentos como vergonha, repugnância, horror, nojo ou
dor. A perversão se caracteriza pela existência desses transtornos no âmbito sexual, mesmo que em
outros aspectos o indivíduo se apresente plenamente dentro da normalidade. A natureza patológica
da perversão está em sua relação com o normal, o que significa que ela se torna um transtorno
quando apresenta um grau mais elevado de fixação e exclusividade do comportamento.
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Nas neuroses, a pulsão e o recalque são os principais responsáveis na formação dos sintomas: na
histeria, os sintomas são deslocamento de desejos, por associação; na neurose obsessiva e nas fobias,
os sintomas representam a autocensura por medo e nojo, e na paranoia ocorre a projeção dos
desejos recalcados sob a forma de alucinações. Nas cartas sobre as psiconeuroses de defesa, o autor
também comenta sobre a cronologia dessas psiconeuroses, ou seja, quando elas se estabelecem. Se
considerarmos que existe uma maturação do corpo humano em paralelo a essas experiências,
poderíamos estabelecer uma correspondência entre as experiências com o próprio corpo e essas
psiconeuroses. Com isso, Freud então cria o conceito de zonas erógenas.
As zonas erógenas se comportam como uma porção do aparelho sexual, e podem servir como
aparelhos subordinados aos órgãos genitais ou como substitutos deles quando há a formação dessas
psiconeuroses. Embora a maioria dos psiconeuróticos adoeça após a puberdade, o processo de
recalque se dá durante a infância e se estabelece com o retorno do recalcado, geralmente associado
com fatores externos tardios como limitação da liberdade, perigos em geral e inacessibilidade do
objeto sexual normal, os quais pervertem pessoas que, de outra forma, poderiam ter sido normais.
Assim, podemos dizer que a neurose é uma junção do genético com a experiência prévia do
indivíduo. Já as perversões podem se originar de características inatas ou surgir de fetichismo, e se
expressam desde cedo em crianças.
O conceito das zonas erógenas, embora já tenha surgido nas cartas a Fliess, é trabalhado pela
primeira vez aqui. De modo geral, significa qualquer parte do corpo suscetível de se tornar uma fonte
de excitação sexual: a boca, o ânus, o pênis ou a vagina, ou qualquer outra parte, já que na
psicanálise todo o corpo, pele e membros pode se tornar uma fonte potencial de prazer. Iremos
tratar em detalhes sobre as fases na sequência.
TEMA 3 – A SEXUALIDADE INFANTIL
A opinião popular julga erroneamente que a pulsão sexual está ausente nas crianças e só se
desenvolve na puberdade, e que muitas das doenças dos adultos surgem em consequência de
hereditariedade; ou que a presença de pulsões sexuais em crianças ocorre como casos excepcionais
de depravação precoce. Segundo Freud, nós nos esquecemos de grande parte do que nos acontece
na infância, restando apenas fragmentos (a amnésia infantil). Durante essa época, reagimos de
maneira vívida (com amor, raiva e tristeza) ao que nos acontece, e constituem o princípio da nossa
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vida sexual. O esquecimento dessas experiências infantis ocorre como um processo semelhante ao da
amnésia neurótica em relação a eventos emocionalmente relevantes: mais do que isso, a amnésia
neurótica existe porque traços de memória, interligados entre si, foram recalcados, misturando
memórias recentes com memórias precoces. Assim, a amnésia neurótica não existe sem a amnésia
infantil.
As pulsões sexuais começam desde o nascimento e se desenvolvem durante a infância. Nesse
período, a formação de traumas associados à amnésia infantil faz com que as experiências sejam
recalcadas, podendo ser futuramente uma fonte de sintomas dependendo das características
individuais. A educação está diretamente relacionada com a formação do recalque, pois é a principal
fonte para a criança aprender sobre as regras sociais e como deve se estabelecer sua sexualidade
nesse contexto. Como vimos antes, todo material recalcado necessita ser extravasado, podendo ser
por meio dos sonhos, dos sintomas, das fantasias e da sublimação, além do próprio sexo. A
sublimação é uma forma socialmente aceita e que se expressa na forma de talentos individuais para
os esportes, para as artes ou para a literatura, por exemplo.
3.1 AS MANIFESTAÇÕES INFANTIS DA SEXUALIDADE
Uma das primeiras manifestações da sexualidade infantil é o que Freud (1905) chama de chuchar
com deleite, que é o comportamento do infante de fazer o movimento de mamar sem estar
realmente se alimentando do leite materno. Outro comportamento é o chupar o dedo ou a chupeta,
às vezes acompanhado de segurar a própria orelha ou a orelha de outra pessoa. Esse
comportamento aparece na primeira infância e espera-se que se encerre na maturidade. Esse chuchar
(seja o peito, o dedo ou a chupeta) tem o objetivo de acalmar o bebê, de levá-lo ao sono ou a uma
reação semelhante ao orgasmo. O autor considera que as crianças que buscam o sugar como uma
forma de prazer autoerótico tendem a, quando adultos, dar uma importância erógena para os lábios.
Assim, o objetivo da pulsão sexual infantil é obter prazer, tranquilidade e satisfação por meio de uma
parte do corpo que for escolhida (erógena) para estimular essa sensação.
Assim como a zona labial (ou oral), a zona anal também pode atuar como uma via sexual. Um
exemplo disso são as crianças que seguram as fezes até que seu acúmulo provoque intensas
contrações musculares que provocam dor e prazer, como se fosse um comportamento masturbatório
do ânus. Sobre a masturbação, na psicanálise distinguem-se três fases de masturbação infantil: uma
pertencente à primeira infância, outra por volta dos quatro anos e uma terceira na puberdade. A
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excitação sexual relativa da primeira infância, assim como as demais, busca satisfação pela
masturbação ou pela polução noturna, mas cada uma delas deve ter uma separação marcada no
desenvolvimento infantil.
A continuidade desse comportamento masturbatório ao longo da infância pode representar um
desvio de conduta e posteriormente se transformar em um transtorno. As crianças podem ter todo
tipo de irregularidades sexuais, já que barreiras como a vergonha, a repugnância e a moral ainda não
foram formados. Nesse sentido, são chamadas, portanto, de perverso-polimorfas. Laplanche e Pontalis
(2001, p. 342) esclarecem que a perversão faz parte do comportamento infantil e é esperado como
parte de sua interação com o ambiente. E, na medida que essa perversão está ligada às pulsões
parciais pertencentes às zonas erógenas durante o desenvolvimento infantil, se apresenta, portanto,
como uma disposição perverso-polimorfa.
As crianças, durante seus primeiros anos, têm muito prazer em expor seus corpos, com ênfase
nas suas partes genitais. Quando adquirem a capacidade de sentir vergonha, essas crianças passam a
exibir curiosidade pelas genitais de outras pessoas e pelas diferenças anatômicas entre os sexos.
Além disso, outra característica das crianças é a crueldade, pois o sentimento de piedade se
desenvolve somente mais tarde. Esse impulso de crueldade surge do desejo de domínio (sadismo
infantil), o que leva algumas crianças a um desejo de bater em animais e coleguinhas, e pode levar ao
prazer de apanhar nas nádegas, relacionado à passividade (masoquismo).
Entre três e cinco anos a criança chega no primeiro ápice sexual. Nesse momento, surge a
necessidade de fazer perguntas, e essa necessidade pode ser despertada por diversos motivos, como
a chegada de um novo bebê. Nesse sentido, a primeira dúvida costuma ser de onde vêm os bebês
(para as pessoas que têm filhos adotados, por exemplo, não é incomum a criança perguntar sobre
seu processo e como ela poderia ter se tornado filha daqueles pais sem ter sido gerada no ventre da
mãe). Ao perguntar sobre a origem dos bebês, a criança começa a compreender a própria
constituição sexual, a diferença anatômica dos sexos e o papel fertilizante do esperma. Segundo
Freud (1905), essa curiosidade pode ser comparada ao enigma da Esfinge (chamado de Complexo de
Édipo quando Freud for apresentar o caso do Pequeno Hans). Ao descobrir as diferenças sexuais
entre homens e mulheres, surge o complexo de castração (nas meninas se refere à frustração de não
ter pênis, e nos meninos se refere ao medo de perder seu pênis) e a inveja do pênis.
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TEMA 4 – FASES E FONTES DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL
Existem quatro fases de desenvolvimento sexual humano: a fase oral (que envolve o desejo de
incorporar o objeto), sádico-anal (que inicia a relação ativa e passiva), fálica e genital. Entre as fases
fálica e genital há o período de latência, pois na fase fálica há a organização genital infantil sob o
primado das pulsões parciais (e, nesse sentido, o falo é o único órgão genital), e na fase genital
constitui-se a genitalidade propriamente dita para os sexos. A escolha de um objeto é difásica, uma
entre as idades de dois a cinco anos (infantil) e outra no início da puberdade e que determinará o
resultado da vida sexual. Essas determinadas partes do corpo são escolhidas como zonas erógenas
principais por causa de sua relevância e determinadas idades: assim, a boca é o ponto de contato
afetivo e de nutrição com o corpo da mãe desde o nascimento; o ânus representa a fase quando a
criança precisa aprender a controlar seus esfíncteres e, com isso, controlar seu próprio corpo
(normalmente, após os dois anos), e a fase genital ocorre na puberdade e no término do
amadurecimento sexual, na adolescência. Nesse sentido, Freud amplia e traz a existência de dois
tipos de pulsões: sexuais e de autoconservação, como o amor e a fome. Dentro das pulsões sexuais,
estão inseridas as pulsões parciais, as quais estão ligadas a cada órgão de acordo com a idade, e que
se juntam para se tornarem pulsões totais somente na vida adulta. Posteriormente, em “Pulsões e
seus destinos”, Freud irá mudar essa divisão das pulsões para pulsões de vida e de morte, mas isso é
tema para uma outra aula.
A excitação sexual pode ter diversas origens: na repetição de um prazer já experimentado; pela
estimulação das zonas erógenas; como expressão de algumas pulsões como a crueldade. Essa
excitação pode ser adquirida pela agitação do corpo e na estimulação sensorial desse corpo (olhos,
ouvidos, pele e músculos), por isso as crianças também têm muita satisfação e necessidade em
praticar exercícios físicos. A tarefa intelectual também pode provocar prazer, pois toda atividade
praticada ou experimentada com intensidade pode gerar prazer e estimular a sexualidade. Mas é
importante frisar que a estimulação só ocorre dependendo da qualidade dos estímulos, do quanto a
criança está satisfeita em praticá-los (ou seja, não adianta forçar a criança a uma atividade que não a
faz feliz porque isso não a irá estimular adequadamente).
TEMA 5 – AS TRANSFORMAÇÕES DA PUBERDADE20/05/2023, 17:26 UNINTER
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Até antes da adolescência, as pulsões sexuais são autoeróticas. Com a chegada da puberdade,
um novo objetivo sexual aparece, pois um dos principais processos da puberdade é o
desenvolvimento dos genitais externos. Na adolescência, a pessoa passa a ter a capacidade de se
estimular sexualmente de três formas: externamente (p. ex., pela masturbação), internamente (p. ex.,
uso de substâncias) e mentalmente (p. ex., vídeos, filmes e sonhos). Essa excitação independe da
capacidade fértil do indivíduo e está diretamente relacionada com a libido (que já mencionamos
antes), que é a responsável pela geração de prazer e desprazer: prazer pela eliminação da tensão, e
desprazer porque cria mais desejo de prazer (semelhante ao uso de drogas: quanto mais usamos,
mais queremos experimentar). A libido pode ser considerada como uma força quantitativamente
variável, com caráter qualitativo. Aqui, Freud (1905) estabelece que na infância há uma libido do ego,
ou libido narcísica (na medida que há um autoinvestimento) e depois surge uma libido do objeto.
Portanto, temos aqui dois tipos de libido (vale informar que, quando Freud escrever seu texto “Além
do princípio do prazer”, ele passará a trazer o conceito de libido como Eros, ligado às pulsões de
vida, em oposição às pulsões de morte).
5.1 A DIFERENCIAÇÃO ENTRE HOMENS E MULHERES
As disposições sexuais de meninos e meninas são percebidas na infância. E, embora seja possível
identificarmos diferenças entre eles, a atividade autoerótica é idêntica em ambos (lembrando que,
aqui, não estamos discutindo a concepção moderna de gênero, mas como se dá o comportamento
infantil com os órgãos sexuais, pênis e vagina/ clitóris). Com a puberdade, o objetivo sexual deixa de
ser autoerótico e focado na mãe e passa a ser em um outro diferente da mãe.
As relações afetivas que permeiam a vida das crianças é que irão formar um modelo de suas
relações afetivas futuras – por meio do modelo que a criança concebe com a pessoa que cuida dela,
acaricia-a, beija-a, essa criança buscará no futuro um objeto sexual substituto dessa relação. Quando
a criança experimenta relações não saudáveis, como excesso de mimos ou privação de afeto, isso
pode desencadear futuramente comportamentos como ansiedade e carência afetiva intensa, ou ser
despertada sexualmente mais cedo. É claro que seria muito mais fácil para a criança manter o
direcionamento de seus impulsos sexuais para as pessoas que cuidaram dela; porém, a barreira do
incesto impede esse tipo de relação. O período de latência até a puberdade auxilia a criança a impedir
o desenvolvimento desse tipo de relação incestuosa e ajuda a criança a criar moldes para o
relacionamento com outras pessoas. Durante a escolha do objeto, que ocorre em paralelo ao
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amadurecimento sexual, há também o desejo de independência em relação aos pais (mas isso não
ocorre em todos os jovens). Nos psiconeuróticos, o desligamento dos pais e o impedimento
incestuoso causam repúdio à sexualidade, e a escolha do objeto se mantém no inconsciente,
procurando sempre uma relação assexual e se mantendo apegado às suas antigas relações infantis.
As pessoas normais também sofrem influência do incesto, porém contornam essa frustração ao
buscarem uma pessoa madura com características de seu pai, mãe ou cuidador.
Durante a escolha do objeto, na adolescência, irá contar a atração sexual pela constituição
anatômica e psicológica antagônica, a repressão da sociedade, o desenvolvimento de uma relação
hostil com pessoas do mesmo sexo ou do sexo oposto, além de experiências infantis como divórcio,
morte etc. Ou seja, tudo que acontece na infância pode influenciar os relacionamentos futuros da
criança, muito embora eles não sejam determinantes (nem todo mundo que vivencia um luto ou um
trauma terá as mesmas escolhas objetais).
NA PRÁTICA
A proposta prática desse tema é vasta, mas aqui gostaríamos de trabalhar sobre o tema da
homoafetividade. Mais especificamente, a forma como as instituições psicanalíticas lidaram com esse
tema controverso durante o século XX. No texto “A psicanálise ‘no armário’, a autora comenta que na
década de 1920 era sabido que as sociedades de psicanálise recusavam candidatos às escolas que
fossem assumidamente gays ou que revelassem essa informação durante o processo seletivo. Isso
porque a homossexualidade era considerada uma doença, constando inclusive no DSM (Manual
Diagnóstico dos Transtornos Mentais) até 1973. E a autora continua, em referência à IPA (Associação
Psicanalítica Internacional):
Em circular enviada a todos os membros do secreto comitê, Ernest Jones relatava ter aconselhado
contra a admissão, pela Sociedade Holandesa de Psicanálise, de um membro que “se sabia
manifestamente homossexual”. Otto Rank e Freud discordavam da posição do colega, pois, para
eles, a homossexualidade não era razão suficiente para a rejeição. Por outro lado, porém, a
contratação não poderia tornar-se uma lei, “considerando os vários tipos de homossexualidade e os
diferentes mecanismos que a causam”. Já para os berlinenses Karl Abraham, Hanns Sachs e Max
Eitingon, esses indivíduos só deveriam ser admitidos se tivessem “outras qualidades a seu favor”.
(Oliveira, 2016, p. 39)
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Com isso, conclui-se que o principal problema é o risco de apropriação e simplificação da teoria
psicanalítica (podendo ampliar essa simplificação para outros discursos que fazem parte do saber
histórico da humanidade) para discurso com viés preconceituoso, intolerante e parcial. Já discutimos
no caso Dora como ela sofria por se sentir reprimida intelectualmente, pela frustração de sua
condição como mulher na sociedade e, portanto, com o casamento como sua única opção. Da
mesma forma, Freud (1905) também comenta em seu texto sobre o risco de desenvolvimento de
psicopatologias em filhos de pais separados, algo que na época era considerado um desvio familiar.
Ayouch e Bulamah (2013) trouxeram uma série de exemplos ao longo da história da IPA, dentre
outras instituições ao redor do mundo, nas quais somente em 1992 foi possível que essa exclusão
caísse e as instituições finalmente aceitassem a presença de homossexuais. Assim podemos concluir
que modelos teóricos são protótipos que precisam ser constantemente revistos e adaptados, ou
como psicanalistas incorreremos no risco de nos colocarmos fora de contexto, fora daquilo que é
relevante, pertinente e adequado para a sociedade atual e para nossos clientes, criando assim um
falso problema, ou seja, uma questão que não pertence de fato à psicanálise e que não deveria ser
considerada um problema em si. Não é a homoafetividade que traz uma falha de caráter ou social, ou
mesmo fazendo parte de um erro genético; são as escolhas que fazemos, que provocam dor e
constrangimento no outro, que precisam ser vistas como um problema real, tanto do ponto de vista
da psicanálise quanto da sociedade como um todo.
FINALIZANDO
Nosso objetivo foi trazer de maneira detalhada o estudo de Freud “Três Ensaios sobre a Teoria da
Sexualidade”, emblemático para compreendermos o desenvolvimento psicossexual infantil e a
formação sexual de homens e mulheres. Embora alguns tópicos pretendam ser tratados somente em
outras aulas, como o Complexo de Édipo e o sadismo-masoquismo, alguns desses tópicos foram
mencionados aqui para que os alunos compreendam sua conexão com o tema desenvolvido na aula
de hoje uma vez que, ao longo da construção da teoria psicanalítica, Freud foi, aos poucos,
revisitando e aprofundando sobre cada um desses conceitos, até que fosse possível ter uma proposta
mais coerente sobre a estrutura do aparelho psíquico, a dinâmica das estruturas psíquicas e dos
principais transtornos, e sobre a prática clínica. Os conceitos mais importantes apresentados aqui
foramo conceito de libido, os tipos de desvios dessa libido (ao objeto e ao alvo), a natureza bissexual
da criança e sua disposição perverso-polimorfa, as fases do desenvolvimento (oral, anal, fálica e
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genital), o período de latência, zonas erógenas/ pulsões parciais, as perversões e as psiconeuroses no
desenvolvimento infantil, a amnésia infantil como protótipo da amnésia neurótica, a diferença entre
pulsões sexuais e pulsões de autoconservação, o complexo de castração/ inveja do pênis, o complexo
de Édipo e a curiosidade infantil, a libido narcísica (ou do ego) versus libido do objeto e a função da
masturbação na infância, e a necessidade de contextualizar a teoria psicanalítica na sociedade,
enquadrando e ponderando temas dentro do período histórico em que foram analisadas.
Esperamos que tenha aproveitado as discussões apresentadas aqui para conhecer um pouco
mais das origens da psicanálise, e o convidamos a continuar acompanhando as aulas para saber mais
sobre esse campo do saber tão envolvente como é a psicanálise.
REFERÊNCIAS
APA. American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders
DSM-5. Washington: APA, 2013.
AYOUCH, T.; BULAMAH, L. C. A homossexualidade dos analistas: história, política e
metapsicologia. Revista Percurso, n. 51, dezembro 2013, p. 115-126.
FREUD, S. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud
(1886-1899) – livro VII. Rio de Janeiro: Imago, 1977.
GARCIA-ROZA, L. A. Introdução à metapsicologia freudiana. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.
v. 1, v. 2 e v. 3.
LAPLANCHE, J.; PONTALIS, J. B. Vocabulário da psicanálise. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes,
2001. 552 p.
OLIVEIRA, A. A psicanálise “no armário”. Revista Psico. USP, n. 2/3, jul. 2016. p. 38-42.
ROUDINESCO, E.; PLON, M. Dicionário de psicanálise. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 1998. 874 p.
WHO. World Health Organization. ICD-11, 2022.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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BIRMAN, J. Freud e a interpretação psicanalítica. Rio de Janeiro: Relumé-Dumará, 1991.
MEZAN, R. Freud: a trama dos conceitos. São Paulo: Perspectiva, 1980. 350 p.

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