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UFBA QUIA17 2021.2 Profa. Valéria Belli Riatto Acetylsalicylic acid: synthesis and purification Hiddekel Samuel do Nascimento Júnior1 (IC) e Valeria Belli Riatto*1 (PQ). *email: vriatto@ufba.br Departamento de Química Orgânica, Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia - Rua Barão de Jeremoabo, 147 Campus Universitário de Ondina, Salvador, BA, CEP 40.170-115. Palavras Chave: síntese, ponto de fusão, AAS, recristalização. Abstract In this paper is showed the synthesis of acetylsalicylic, its recrystallization and determination of the melting point. Introdução Ácido acetilsalicílico (AAS), é utilizado por milhares de pessoas devido às suas propriedades analgésicas, antitérmicas e ação vasodilatadora e redutora do processo de inflamação tecidual1. O ácido salicílico é um composto bifuncional, com presença de fenol e ácido carboxílico e, em frente a anidrido acético a reação ocorre através do ataque nucleofílico do grupo OH fenólico sobre o carbono do anidrido acético, formando ácido acetil salicílico (aspirina) e ácido acético como subproduto, conforme descrito abaixo na figura 1. Figura 1. Reação para formação do AAS Os cristais obtidos na reação são geralmente impuros e necessitam de uma etapa de purificação, técnica conhecida como recristalização, utilizando um solvente ou mistura de solventes. Esta técnica é baseada na diferença de solubilidade que pode existir entre um composto cristalino e as impurezas presentes no produto da reação2. A identificação do AAS sintetizado acontece por meio da determinação do seu ponto de fusão em comparação com a mesma propriedade física, porém antes da purificação (recristalização) 1. Resultados e Discussão Neste experimento 0,43 g de ácido acetilsalicílico foi sintetizado a partir da reação de acetilação do ácido salicílico (2,0 g) conforme descrito na introdução. Vale lembrar que o sistema reacional foi aquecido a uma temperatura constante de 40 ºC e após 10 minutos resfriou-se o recipiente em banho de gelo para facilitar a precipitação do produto. Com AAS sintetizado (aparência branca, opaca, pulverulenta) realizou-se o teste do fenol para identificar possível presença de ácido salicílico que não tenha sofrido reação. O resultado desse teste, em caso de positivo, é um complexo ferro-fenol que possui coloração indo de vermelho a violeta a depender da quantidade de fenol presente. O resultado prático foi negativo, pois após adição do reagente-teste (FeCl3) não houveram mudanças de coloração observadas. A purificação do produto foi feita através do processo de recristalização, que se baseia na solubilidade do produto em determinado solvente, sendo este quimicamente inativo com a substância a ser purificada. O sólido precipitado foi dissolvido em 8,0 mL de álcool etílico levando a mistura a ebulição, seguido do despejamento desse sistema em 20,0 mL de água aquecida. Resfriou-se a solução e com isso foi possível ver no fundo do béquer cristais brilhantes de ácido acetilsalicílico purificados. Após a filtração simples colocou-se o sólido para secar durante uma semana e após a pesagem verificou-se rendimento de 21,5% em relação a massa inicial de ácido salicílico. A esse percentual baixo atribui-se o fato de que durante a primeira filtração houve rasgo do papel de filtro, resultando em grandes perdas do produto, além da porção retirada para determinar ponto de fusão antes da recristalização. Para verificar eficiência da recristalização submeteu- se a amostra bruta (antes do procedimento de purificação) à medida do ponto de fusão, sendo esta faixa de 112-118 ºC. A purificada, todavia, apresentou 130-131 ºC de faixa. Com isso pode-se dizer que o processo de purificação através da recristalização foi eficiente uma vez que a faixa de fusão da amostra purificada ficou muito mais próximo do ponto de fusão teórico (135 ºC) 2 e, portanto, possui maior grau de pureza. Conclusões Obteve-se o AAS através da sua síntese em meio ácido, confirmado com o resultado do teste do fenol (negativo), ou seja, não há relevantes quantidades de ácido salicílico no produto. Ademais, o produto purificado através da recristalização atingiu melhor grau de pureza se comparado com o produto antes desse processo pois a medição da faixa de fusão 130-131 ºC é mais próximo do resultado teórico (136 ºC). O rendimento da reação foi de 21,5%, o que é baixo, devido a erros de operação durante a primeira filtração à vácuo. mailto:*email:%20vriatto@ufba.br UFBA QUIA17 2021.2 37a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química - SBQ 2 Agradecimentos À professora Valéria Belli Riato, seu assistente e aos companheiros de turma. ____________________ 1. Santiago, J.C.C. ; Gomes, P.W.P.; Muribeca, A.J.B.; Azevedo, W.H.C.; Gomes, P.W.P. Síntese e determinação do ponto de fusão da aspirina. Disponível em:< http://www.abq.org.br/cbq/2017/trabalhos/1/10664-16382.html>. Acesso em 18/09 às 15:02. 2. MACÊDO, A.; LIMA, C.; QUEIROZ, D. Síntese da Aspirina. IFAM, Manaus-AM, 2010. Anexos No espectro de infravermelho do ácido acetilsalicílico (figura 2) observaram-se diversos picos de absorção, caracterizando cada grupo característico. Figura 2. Espectro de infravermelho do ácido acetilsalicílico Reunindo as informações dos grupos característicos conforme cada comprimento de onda observado na figura 2 foi possível montar a tabela 1. Tabela 1: picos de absorção no espectro do ácido acetilsaliicíilico Nº de ondas (cm-1) Grupo Característico 2983 C-H (aromático) 1606 C=O 1754 C=O (ester) 3400-2400 Estiramento O-H, ácido carboxílico, sobreposto ao estiramento C-H O espectro de infravermelho do ácido salicílico apresenta características semelhantes aos dados contidos na tabela 1, conforme a figura 3 mostra. Figura 3. Espectro de infravermelho do ácido salicílico A grande diferença entre as estruturas do ácido acetil salicílico e do salicílico é a presença do grupo fenol no último caso. Nota-se isto nos espectros de infravermelho: verifica- se que no ácido salicílico há um pico de absorção em 3240 cm-1, referente ao O-H, indicando a presença de álcool fenólico, enquanto a outra substância (ácido acetilsalicílico) se ausenta desta característica, refletida visivelmente no seu espectro de infravermelho- figura 2.
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