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INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS PARA TRATAMENTO DA LOMBALGIA (1)

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INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS PARA TRATAMENTO DA 
LOMBALGIA 
 
Laryssa Sherydha Marinho Almeida Gomes1 
 
RESUMO 
 
Introdução: Atualmente, a lombalgia é considerada uma das principais causas que 
levam à diminuição da capacidade funcional do ser humano, sendo caracterizada 
como uma condição dolorosa que atinge a parte inferior da coluna vertebral. Além de 
ser uma disfunção que atinge boa parte da população mundial anualmente, a 
lombalgia também influencia negativamente na qualidade de vida, na produtividade e 
na capacidade funcional do indivíduo. Objetivos: Analisar na literatura científica a 
eficácia das intervenções fisioterapêuticas para o tratamento da lombalgia. 
Metodologia: Caracteriza-se como uma revisão integrativa da literatura científica que 
utilizou artigos publicados nas bases de dados LILACS, MEDLINE e SciELO para 
compor o estudo. Resultados: Foram selecionados cinco artigos científicos que 
abordam diferentes métodos fisioterapêuticos para tratamento das dores lombares. 
Os artigos relacionados apresentam variação de cinco a 176 pacientes estudados, 
sendo um total de 293 pacientes estudados. Conclusão: Após a análise dos artigos 
selecionados, conclui-se que existem vários protocolos fisioterapêuticos para 
tratamento da lombalgia com resultados satisfatórios para melhora do quadro álgico, 
da funcionalidade e da qualidade de vida. 
Palavras-chave: Fisioterapia; lombalgia; tratamento. 
 
INTRODUÇÃO 
 
A lombalgia é uma condição dolorosa que atinge a parte inferior da coluna 
vertebral. Em 60% dos casos, a dor lombar pode irradiar para os membros inferiores, 
passando a ser denominada lombociatalgia que, no que lhe concerne, pode ser de 
origem radicular ou referida (STUMP; KOBAYASHI; CAMPOS, 2016). 
Por se caracterizar como uma condição médica complexa, a dor lombar 
constitui uma causa frequente de morbidade e incapacidade, sendo considerada a 
segunda maior causa de procura por atendimento médico na escala dos distúrbios 
 
 
1Discente do Curso de Fisioterapia na Faculdade Internacional da Paraíba – João Pessoa/PB. 
E-mail: lariihmarinho10@gmail.com 
 
mailto:lariihmarinho10@gmail.com
2 
 
dolorosos que afetam o ser humano, superada apenas pelas cefaleias (CHOU et al., 
2007). 
A lombalgia pode ser dividida em: aguda, quando a duração do quadro álgico 
é inferior há 6 semanas; subaguda quando o episódio durar entre 6 e 12 semanas; e 
crônica quando a crise ultrapassar o período de 3 meses, e classificada em específica 
ou inespecífica. A lombalgia específica é caracterizada por ser consequência de outra 
patologia como, por exemplo, a hérnia discal, enquanto a lombalgia inespecífica não 
possui uma causa explícita, o seu diagnóstico decorre da exclusão de patologias 
específicas e acomete 90% de todos os indivíduos que possuem dor lombar 
(FRASSON, 2016). 
Segundo Nascimento e Costa (2015), é possível considerar que a lombalgia 
atinge anualmente níveis epidêmicos, já que se trata de uma condição que pode afetar 
65% da população mundial anualmente, 84% da população mundial em algum 
momento ao longo da vida e possui uma prevalência mundial de aproximadamente 
9% da população. Entretanto, esses valores podem ser subestimados, uma vez que 
menos de 60% das pessoas que apresentam dor lombar buscam por um tratamento. 
Embora se trate de um problema de saúde muito comum, pacientes acometidos 
pela lombalgia não são afetados exclusivamente pelos fatores físicos como, por 
exemplo, perda do condicionamento físico, mas também pelos fatores psicossociais, 
visto que, muitas vezes, o quadro álgico pode dificultar a inclusão desse indivíduo em 
atividades sociais, acarretando irritação, estresse, ansiedade e depressão (BIAUCHL 
et al., 2016). 
Além disso, a lombalgia também causa um impacto negativo no que tange o 
aspecto econômico, visto que a mesma é responsável pelo aumento dos casos de 
absenteísmo, ou seja, é responsável por um grande número de faltas ao trabalho. 
Consequentemente, a redução no número de horas trabalhadas devido à ausência do 
trabalhador acarreta diminuição à produtividade e à qualidade do serviço prestado. Na 
tentativa e solucionar tal impasse, as empresas optam por realizar novas contratações 
ou pagar horas-extras aos demais funcionários, aumentando o custo da produção 
(SANTANA JÚNIOR; GIGANTE, 2017). 
Atualmente, embora nenhuma forma isolada de tratamento seja eficaz para 
todos os tipos de lombalgia, existe uma vasta quantidade de intervenções 
fisioterapêuticas utilizadas para o tratamento da dor lombar, como exercícios 
aeróbicos, de flexão e extensão da coluna para o tronco, realizados com os membros 
3 
 
inferiores, de inclinação pélvica e alongamentos. Do ponto de vista fisioterapêutico, os 
programas de exercícios são também prescritos para melhorar a força e as condições 
das estruturas de sustentação do corpo. A cinesioterapia, por exemplo, ajuda na 
manutenção da postura da coluna vertebral, promove eficientes adaptações 
biomecânicas e ainda atua como forma de prevenção ou de controle do estresse e da 
lombalgia, proporcionando melhor qualidade de vida para o paciente (FRANÇA et al., 
2008). 
As mobilidades adequadas de tecidos moles e articulações parecem ser 
também um fator importante no que se trata da prevenção de novas lesões ou de 
lesões recorrentes nessa região, visto que, à medida que um músculo se encurta, o 
mesmo não é mais capaz de produzir o pico de tensão, desenvolvendo-se nesse 
músculo um quadro de fraqueza com retração. A perda de flexibilidade, independente 
da causa, pode também desencadear um quadro álgico que se origine no músculo, 
em um tecido conectivo ou no periósteo, acarretando diminuição da força muscular 
(MARQUES; ALMEIDA; HADDAD, 2014 apud SILVA; ANANIAS, 2004). 
Diante de tal discussão, justifica-se a importância de realizar uma revisão 
integrativa abordando a eficácia das intervenções fisioterapêuticas para o tratamento 
da lombalgia, uma vez que essa patologia gera grande impacto na saúde e qualidade 
de vida dos indivíduos acometidos. Portanto, a presente pesquisa objetiva verificar na 
literatura científica quais intervenções fisioterapêuticas são utilizadas para o 
tratamento da lombalgia e a eficácia destas intervenções para combater os sintomas 
originados pela patologia. 
 
METODOLOGIA 
 
O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura sobre a 
eficácia das intervenções fisioterapêuticas no tratamento da lombalgia. Uma revisão 
integrativa da literatura, de acordo com Sampaio e Mancini (2007), corresponde ao 
tipo de pesquisa que passa por uma investigação das fontes de dados na literatura 
em relação a um determinado assunto e essa investigação possibilita a síntese e 
análise do conhecimento produzido acerca da temática investigada, constituindo-se 
como uma técnica de pesquisa com rigor metodológico, aumentando a confiabilidade 
e a profundidade das conclusões da revisão. Assim sendo, a atual revisão foi 
4 
 
desenvolvida a partir da seguinte pergunta norteadora: quais intervenções 
fisioterapêuticas são utilizadas para o tratamento da lombalgia? 
As buscas foram realizadas nas bases de dados Scientific Eletronic Library 
Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde 
(LILACS) e National Library of Medicine (MEDLINE), mediante os descritores: 
fisioterapia (physiotherapy), lombalgia (low back pain) e tratamento (treatment), de 
acordo como a terminologia em saúde Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) da 
Biblioteca Virtual em Saúde. Para sistematizar as buscas foram utilizados os 
operadores booleanos com o seguinte esquema: physiotherapy AND low back pain, 
low back pain AND treatment. 
Os critérios de elegibilidade foram incluir artigos que tratem sobre a intervenção 
fisioterapêutica no tratamento da lombalgia, disponíveis na íntegra, em língua 
portuguesa ou inglesa, publicados entre 2015 e 2022. Foram excluídos deste trabalhorevisões da literatura, teses e monografias, propostas de atuação ou trabalhos que 
descreviam atividades acadêmicas e artigos que utilizaram das técnicas como forma 
de tratamento de outras doenças ou queixas. A busca foi realizada durante o mês de 
setembro de 2022. 
 
RESULTADOS 
 
 Inicialmente foram encontrados 9325 artigos vinculados à combinação das 
palavras-chave, sendo 221 do LILACS, 8982 da MEDLINE e 122 da SciELO. Durante 
o processo de seleção e extração dos dados foi utilizado o programa Microsoft Excel 
2019. 
Destes 9325 artigos, foram excluídos por duplicidade 3683 artigos, restando 
5642 para avaliar sua elegibilidade através da leitura dos títulos, 51 através da leitura 
dos resumos e por fim, a leitura na íntegra de 9 artigos, aplicando os critérios de 
elegibilidade em todas as etapas. Por fim, foram incluídos cinco artigos nesta revisão 
conforme demonstra o fluxograma 1 a seguir. 
 
 
 
 
 
5 
 
 
Fluxograma 1: Procedimentos de elegibilidade dos artigos incluídos na revisão 
 
Fonte: Gomes, 2022. 
Dados da pesquisa. 
 
Os artigos incluídos nesta pesquisa apresentam variação de cinco a 176 
pacientes nos grupos, sendo um total de 293 pacientes estudados. Em um estudo, 
Freiwald et al. (2018), apresentaram no total dos grupos 176 pacientes e em outro 
estudo, Ribeiro, Oliveira e Blois (2015), envolveram apenas cinco pacientes. Os cinco 
artigos incluídos nesta revisão da literatura foram divididos em dois ou três grupos e 
as intervenções fisioterapêuticas incluíram: acupuntura a laser, cinesioterapia, 
hidroterapia, Isostretching, método Pilates, RPG e termoterapia. 
LILACS MEDLINE SciELO
(n= 221) (n= 8982) (n= 122)I
d
e
n
ti
fi
c
a
ç
ã
o Quantidade de artigos encontrados na busca de dados
(n= 9325)
Artigos excluídos por duplicidade
(n= 3683)
Artigos selecionados para leitura dos títutos
(n= 5642)
T
ri
a
g
e
m
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 E
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il
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C
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x
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)
nesta revisão da literatura
(n= 5)In
c
lu
s
ã
o
Artigos selecionados para leitura na íntegra
(n= 9)
Artigos excluídos pós leitura na íntegra
(n= 4)
Quantidade final de artigos que foram incluídos 
Artigos excluídos pós leitura dos títulos
(n= 5591)
Artigos selecionados para leitura dos resumos
(n= 51)
Artigos excluídos pós leitura dos resumos
(n= 42)
6 
 
Assim sendo, através do quadro 1 serão apresentados os estudos escolhidos 
para compor a discussão, identificando os seus autores e o ano de publicação, o título 
dos seus artigos, bem como os resultados obtidos através das pesquisas e suas 
respectivas conclusões. 
 
Quadro 1: Descrição dos estudos incluídos nesta revisão 
Autor/ ano Título Resultados Conclusão 
Ribeiro; 
Oliveira; 
Blois, 
2015. 
Efeitos do método 
Pilates e 
Cinesioterapia 
Clássica na 
lombalgia: um 
estudo de caso. 
Houve uma redução significativa 
da dor e da incapacidade 
funcional em ambos os grupos. 
Tanto o método Pilates 
quanto a cinesioterapia 
clássica foram eficazes 
no tratamento dos 
sintomas de lombalgia 
crônica, sem diferença 
significativa entre eles. 
Guastala, 
et al., 2016. 
Efeitos da 
reeducação postural 
global e do 
Isostretching em 
pacientes com 
lombalgia crônica 
não-específica: 
ensaio clínico 
randomizado. 
Observou-se uma redução na 
intensidade da dor e melhora 
mediana na capacidade funcional 
em ambos os grupos. Houve 
também uma melhora na força 
muscular extensora de tronco, na 
dinamometria e no teste sentar e 
alcançar. 
O protocolo imposto a 
ambos os grupos foram 
efetivos na melhora da 
dor, da força muscular, da 
flexibilidade e da 
capacidade funcional. 
Freiwald, et 
al., 2018. 
Efeitos da terapia 
de calor 
suplementar em 
pacientes com dor 
lombar crônica 
tratados de forma 
multimodal na força 
e flexibilidade. 
A amplitude de movimento e os 
parâmetros de força do tronco 
melhoraram razoavelmente no 
tratamento multimodal e que os 
pacientes que receberam 
termoterapia adicional 
complementar ao tratamento 
multimodal básico mostraram 
uma melhora adicional dos 
parâmetros de força em relação à 
extensão e rotação de tronco em 
comparação aos que não 
realizaram. 
A implementação da 
termoterapia na prática 
clínica diária adicional a 
um conceito de 
tratamento multimodal 
individualizado e baseado 
em evidências pode ser 
recomendada para 
melhora dos parâmetros 
de força. 
Mirmoezzi 
et al., 2021. 
Eficácia do 
tratamento 
hidroterápico no 
tratamento da 
lombalgia crônica. 
Foi possível observar melhorias 
na EVA, no questionário Rolland-
Morris e no Teste de Lasègue no 
grupo de hidroterapia até a 10ª 
sessão em comparação com os 
dados iniciais e o grupo de 
controle. 
Os sintomas da lombalgia 
crônica melhoraram após 
10 sessões do programa 
de hidroterapia, mas não 
foram observadas 
diferenças nas variáveis 
de tratamento entre a 10ª 
e a 20ª sessão. 
Kim, et al., 
2022. 
Eficácia da 
acupuntura a laser 
invasiva no 
tratamento da dor 
lombar crônica 
inespecífica: um 
estudo controlado 
randomizado. 
Através da análise dos resultados 
foi possível observar melhora na 
intensidade da dor e melhorias na 
incapacidade funcional dos 
grupos que receberam 
acupuntura a laser em 
comparação ao grupo de 
controle, que não recebeu. 
A acupuntura a laser em 
comprimentos de onda de 
650 nm e 830 nm pode 
ser usada de forma eficaz 
para o tratamento da dor 
lombar crônica 
inespecífica. 
7 
 
 
Fonte: Gomes, 2022. 
Dados da pesquisa. 
 
DISCUSSÃO 
 
A lombalgia é uma condição comum que acomete boa parte da população. 
Cerca de 80% dos adultos são acometidos pela dor lombar em algum momento da 
vida e sofrem com sintomas como dor na parte inferior da coluna vertebral e 
diminuição da flexibilidade. Por se caracterizar como um quadro álgico, uma de suas 
consequências é a redução dos níveis de desempenho durante a execução de 
atividades físicas. Consta-se que há uma relação direta entre dor e a atividade física, 
e também que a falta de prática dessas atividades poder levar ao quadro crônico da 
dor, criando um ciclo que resultará no comprometimento funcional do indivíduo 
(PRKACHIN; SCHULTZ; HUGHES, 2007). 
O tratamento fisioterapêutico surge nesse cenário como uma alternativa para o 
tratamento da lombalgia. Com base nos artigos incluídos nesta revisão, será possível 
analisar que existem variadas opções de tratamento disponíveis para pacientes 
acometidos pela lombalgia, sendo cada tratamento baseado em suas próprias teorias, 
sendo estas responsáveis por sustentar a pesquisa de estudo desse tratamento 
(CHUNG-WEI et al., 2011). 
Com o intuito de investigar os efeitos do método Pilates e da cinesioterapia 
clássica no tratamento da dor e da incapacidade funcional em pacientes com 
lombalgia crônica, Ribeiro, Oliveira e Blois (2015), reuniram cinco participantes com 
idades entre 20 e 59 anos de idade que foram divididos por sorteio em dois grupos de 
tratamento. A Escala Visual Analógica (EVA) e a Escala de Oswestry foram medidas 
no início e ao término do tratamento. O grupo A foi composto por dois pacientes que 
realizaram um protocolo composto por dez exercícios de cinesioterapia para 
fortalecimento dos músculos abdominais, extensores do tronco e glúteos, e exercícios 
para alongamento de isquiotibiais, iliopsoas e músculos paraespinhais. Os pacientes 
realizaram três séries de exercícios, com 12 repetições de cada exercício por série. 
O grupo B foi composto por três pessoas que realizaram um protocolo baseado 
no método Pilates, que incluiu exercícios com foco na estabilização estática e 
dinâmica corporal, além de exercícios de alongamento dos músculos da cadeia 
posterior e lateral, bem como exercícios para fortalecer os músculos abdominais. Os 
pacientes realizaram dez repetições de cada exercício. Ambos os grupos participaram 
8 
 
de sessões com duração de 50 minutos, duas vezes por semana durante 12 semanas. 
Osresultados da pesquisa mostraram que houve redução significativa da dor e da 
incapacidade funcional em ambos os grupos e que não foram encontradas diferenças 
consideráveis entre os efeitos do Pilates e da cinesioterapia no tratamento da dor 
lombar e da incapacidade funcional. 
Guastala et al. (2016), realizaram um estudo visando analisar as alterações na 
força muscular, flexibilidade, funcionalidade e dor em pacientes com lombalgia crônica 
submetidos a Reeducação Postural Global (RPG) e ao Isostretching. O estudo foi 
realizado com 39 participantes com idade entre 40 e 59 anos apresentando dor lombar 
crônica inespecífica que foram avaliados antes e após os protocolos de tratamento 
quanto à flexibilidade pelo teste Sentar e alcançar, força muscular através da 
dinamometria, capacidade funcional pelo Questionário Rolland-Morris e intensidade 
da dor pela EVA. Os participantes foram divididos em dois grupos: o primeiro grupo 
foi tratado com RPG e o segundo com Isostretching, sendo todos tratados 
individualmente em 12 sessões de 45 minutos, duas vezes por semana. 
A análise dos dados demonstrou, semelhante ao estudo anterior, que houve 
redução na intensidade da dor e melhora mediana na capacidade funcional em ambos 
os grupos. Observou-se também uma melhora considerável na força muscular 
extensora de tronco e na flexibilidade. Sendo assim, o protocolo imposto a ambos os 
grupos foram efetivos na melhora da dor, da força muscular, da flexibilidade e da 
incapacidade funcional. 
Outro estudo realizado objetivou destacar os efeitos da termoterapia 
nos parâmetros biomecânicos dentro de um conceito multimodal de tratamento da dor 
lombar. Para verificar a eficácia do tratamento de termoterapia, Freiwald et al. (2018) 
utilizaram a técnica dentro de um conceito de tratamento multimodal, com 176 
pacientes com dor lombar crônica que foram tratados com ou sem terapia suplementar 
de envoltório de calor. A amplitude de movimento e os parâmetros de força do tronco 
em flexão, extensão, flexão lateral e rotação foram medidos antes e após 12 semanas 
de tratamento. 
A pesquisa mostrou que a amplitude de movimento e os parâmetros de força 
do tronco melhoraram razoavelmente no tratamento multimodal e que os pacientes 
que receberam termoterapia adicional complementar ao tratamento multimodal básico 
mostraram uma melhora adicional dos parâmetros de força em relação à extensão e 
9 
 
rotação de tronco em comparação aos que realizaram apenas o tratamento 
multimodal. Nenhuma diferença entre os grupos foi detectada quanto a flexibilidade. 
Mirmoezzi et al. (2021), propuseram verificar a eficácia do método hidroterápico 
baseado em McKenzie e Williams em pacientes com lombalgia inespecífica por meio 
de um estudo que envolveu 28 pacientes que aceitaram participar do programa de 
hidroterapia que se realizou por meio de 20 sessões, com frequência de três vezes 
por semana, aplicado individualmente. O dito estudo comparou um grupo de 
hidroterapia baseado na terapia de McKenzie e Williams sob supervisão de um 
hidroterapeuta, com um grupo de controle. 
A EVA, o questionário Rolland-Morris e o Teste de Lasègue (TL) foram 
avaliados em três fases: inicial (1 dia antes da primeira sessão), intermédia (10ª 
sessão) e final (20ª sessão) para determinar quantitativamente a dor e a 
funcionalidade dos pacientes. Dessa maneira, observou-se melhoras na pontuação 
dos citados testes no grupo de hidroterapia até a 10ª sessão de tratamento em 
comparação com os dados iniciais coletados e em comparação com o grupo de 
controle, mas não foram observadas diferenças nas variáveis de tratamento entre a 
10ª e a 20ª sessão. 
Outro estudo objetivou fornecer evidências sobre a eficácia da acupuntura a 
laser para o tratamento da dor lombar crônica não específica. O estudo de Kim et al. 
(2022), incluíram 45 participantes que foram aleatoriamente designados para o grupo 
de controle, grupo 650 (que recebeu acupuntura a laser com comprimento de onda de 
650nm) ou para o grupo 830 (que recebeu acupuntura a laser com comprimento de 
onda de 830nm). Durante a realização do estudo, os participantes receberam 
acupuntura a laser por 10 minutos, seguido por eletroacupuntura também com 
duração de 10 minutos nos mesmos dias. As escalas de EVA e de Oswestry foram 
medidas antes de iniciar o tratamento, ao término do tratamento e quatro semanas 
após o desfecho da intervenção. O tratamento foi realizado uma vez por dia, duas 
vezes por semana durante quatro semanas. 
Através da análise dos resultados primários, foi possível observar diferenças 
entre o grupo de controle e os grupos experimentais quanto as pontuações da EVA 
próximo a completar a 4ª semana, enquanto os resultados secundários mostraram o 
aumento da diferença entre os grupos com relação a EVA quatro semanas após o 
término do tratamento, ou seja, na 8ª semana. Os resultados finais da pesquisa 
mostraram que o grupo 650 apresentou melhorias significativas na intensidade da dor 
10 
 
e incapacidade funcional e o grupo 830 apresentou melhorias significativas na 
incapacidade funcional. 
CONCLUSÃO 
 
Esta revisão integrativa da literatura buscou verificar quais intervenções 
fisioterapêuticas são utilizadas para o tratamento da lombalgia e avaliar a eficácia 
destas intervenções. Após o exposto no presente artigo, é possível afirmar que a 
fisioterapia se utiliza de recursos alicerçados em evidências e pesquisas e que muitos 
desses recursos podem ser utilizados para o tratamento da lombalgia, sendo que a 
escolha do método a ser utilizado dependerá dos resultados que se deseja alcançar 
com o paciente e das respostas do mesmo às intervenções, de modo que os 
resultados obtenham um sinal positivo no progresso de alívio do quadro álgico. 
Baseando-se nos dados literários expostos no presente artigo, é possível 
observar que os recursos fisioterapêuticos utilizados para o tratamento da dor lombar 
nos artigos incluídos nesta revisão foram eficazes quanto à diminuição da dor lombar 
e da incapacidade funcional, tendo o Isostretching, o RPG e a hidroterapia baseada 
no método de McKenzie e Williams se destacado quanto à melhora na flexibilidade e 
o Isostretching, o RPG e a termoterapia complementar quanto ao ganho de força 
muscular. 
As diferenças experimentais entre os estudos avaliados foi um fator que limitou 
as recomendações mais específicas quanto aos métodos de tratamento para a 
lombalgia. Contudo, sugere-se que sejam realizados novos estudos que avaliem a 
eficácia das técnicas em questão isoladamente, para que se torne possível identificar 
com maior clareza os benefícios oferecidos por cada método terapêutico. O 
desenvolvimento de tais estudos contribuiria para a escolha da técnica terapêutica 
mais eficaz para se alcançar o sucesso no tratamento da lombalgia. 
 
PHYSIOTHERAPEUTIC INTERVENTIONS FOR THE TREATMENT OF 
LUMBALGIA 
 
ABSTRACT 
 
11 
 
Introduction: Currently, low back pain is considered one of the main causes that lead 
to a decrease in the functional capacity of human beings, being characterized as a 
painful condition that affects the lower part of the spine. In addition to being a 
dysfunction that affects a large part of the world's population annually, low back pain 
also negatively influences the individual's quality of life, productivity and functional 
capacity. Objectives: To analyze in the scientific literature the effectiveness of 
physiotherapeutic interventions for the treatment of low back pain. Methodology: It is 
characterized as an integrative review of the scientific literature that used articles 
published in LILACS, MEDLINE and SciELO databases to compose the study. 
Results: Five scientific articles were selected that address different physiotherapeutic 
methods for the treatment of low back pain. Related articles range from five to 176 
patients studied, with a total of 293 patients studied. Conclusion: Afteranalyzing the 
selected articles, it is concluded that there are several physiotherapeutic protocols for 
the treatment of low back pain with satisfactory results for the improvement of pain, 
functionality and quality of life. 
Keywords: Physiotherapy; low back pain; treatment. 
 
REFERÊNCIAS 
 
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Pilates na qualidade de vida e dor de pacientes com lombalgia. Revista do 
Departamento de Educação Física e Saúde e do Mestrado em Promoção da 
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dezembro, 2016. 
 
CHOU, R. et al. Diagnosis and Treatment of Low Back Pain: A Joint Clinical Practice 
Guideline from the American College of Physicians and the American Pain 
Society. Annals of Internal Medicine, v. 147, n. 7, p. 478, 2 outubro, 2007. 
 
CHUNG-WEI, C. L. et al. Cost-effectiveness of guideline-endorsed treatments for low 
back pain: a systematic review. Europen Spine Journal, v. 20, n. 7, p. 1024-1038, 
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DO NASCIMENTO, P.R.C.; PENA COSTA, L.O. Prevalência da Dor Lombar no 
Brasil: Uma Revisão Sistemática. Caderno De Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.36, 
n. 6, p. 1141-1155, 2015. 
 
FRANÇA, F.J.R. et al. Estabilização segmentar da coluna lombar nas lombalgias: 
uma revisão bibliográfica e um programa de exercícios. Fisioterapia e Pesquisa, v. 
15, n. 2, p. 200-206, 2008. 
 
FRASSON, V.B. Dor lombar: Como tratar? ISBN: 978-85-7967-108. V. 1, n. 9, p. 1-
10, 2016. 
 
12 
 
FREIWALD, J. et al. Effects of supplemental heat therapy in multimodal treated 
chronic low back pain patients on strength and flexibility. Biomecânica Clínica, v. 
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