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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB Curso(s) de Pedagogia– modalidade EAD AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA 1– 2023.1 Disciplina: Geografia na Educação 2 1ª questão: (4 pontos) As três primeiras aulas de nossa disciplina enfocam a ocupação do território brasileiro, indicando um modelo que influência nosso país até os dias atuais. A partir da leitura deste material, dos textos complementares e do texto “Cosmovisão indígena e modelo de desenvolvimento”, publicado pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e disponível em https://cimi.org.br/wpcontent/uploads/2020/01/Porantim376_JunJul_Encarte-2015.pdf, estabeleça, de forma didática: a) Pelo menos duas diferenças entre este modelo adotado pelos conquistadores europeus e as formas como os povos e nações indígenas de nosso país realizavam e realizam seus vínculos de ocupação no mesmo território. R: O modelo adotado pelos conquistadores europeus era tomando posse a força dos territórios indígenas movidos pela ganância de ter lucros fizeram os índios trabalhar em troca de recurso para sobrevivência, mudando a vida dos índios que antes eles compartilhavam. E ainda hoje vemos este mesmo modelo sendo aplicado, terras indígenas sendo invadidas e a contaminação dos rios por conta da extração mineral ilegal levando a mortandade indígena. Os índios por outro lado viviam em uma forma de comunidade compartilhando tudo, todo trabalho era dividido por idade e sexo. Viviam em plena harmonia com a natureza , não havia divisão de classe social, todos são iguais . Eles não viam a terra como algo de posse ou territorial mas sim como o lugar onde se tinha o que era necessário para sobreviver e eram gratos a natureza por isso, eles não viam a natureza como algo para obter lucros como os europeus . Eles protegiam a natureza sabendo que e dela que vem a vida. b) Apresente, também de forma didática, uma reportagem recente, obtida em veículo de comunicação, que demonstre impactos danosos sobre alguma nação indígena brasileira, refletindo diferenças entre o modelo de desenvolvimento que devasta e a forma de vida necessária à preservação dos territórios e nações indígenas. https://cimi.org.br/2019/09/a-maior-violencia-contra-os-povos-indigenas-e-a-apropriacao- e-destruicao-de-seus-territorios-aponta-relatorio-do-cimi/ Os povos indígenas do Brasil enfrentam um substancial aumento da grilagem, do roubo de madeira, do garimpo, das invasões e até mesmo da implantação de loteamentos em seus territórios tradicionais, explicitando que a disputa crescente por estas áreas atinge um nível preocupante, já que coloca em risco a própria sobrevivência de diversas comunidades indígenas no Brasil. É o que evidencia o Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil – dados de 2018, sistematizado anualmente pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que tem seu lançamento realizado nesta terça-feira (24), em Brasília. Segundo o Cimi, um novo modelo de esbulho possessório das terras indígenas está sendo praticado atualmente no Brasil. Trata-se de um modo renovado de apropriação das terras indígenas, que é ainda mais agressivo na violação de direitos dos povos. “Geralmente, os invasores entravam nas terras e roubavam a madeira, os minérios, a biodiversidade, etc… mas, em algum momento, eles iam embora. Agora, no entanto, em muitas regiões, eles querem a posse da própria terra e as invadem com o propósito de permanecer nelas. Chegam a dividir os territórios ancestrais em lotes e vendem estas áreas. O que pouco se fala é que estas terras são de usufruto exclusivo dos indígenas, mas elas pertencem à União. As terras indígenas são patrimônio da União! Ainda hoje vemos repetir a mesma cena, a constituiçao de 1988 que fala sobre o direito dos índios sobre as terras que ocupam respeitando como eles se relacionam com a natureza e a cultura. 2ª questão: (3 pontos) A partir das nossas aulas, explique a influência negativa da monocultura e da estrutura em latifúndios na organização agrária de nosso país. Associada a sua explicação busque e apresente reportagem(ns) como suporte à aulas para estudantes de Ensino Fundamental e/ou da EJA, que permitam associar as influências negativas apresentadas, ao cenário de fome, que voltou a existir nos últimos anos, atingindo grande parte de nossa população R: A monocultura e uma prática agrícola e pecuária que provoca diversos problemas ambientais. O cultivo de um único produto e extremamente prejudicial ao solo, visto que uma única espécie cultivada sempre em uma mesma área acaba esgotando o solo, levando a exaustão e ao empobrecimento nutricional. Afetando a a fauna atingindo ate a economia e a sociedade. O conceito de latifúndio esta associado a características como extensão , uso, exploração da terra e concentração, bem como a conflitos sociais quanto a posse de terras. Com isso houve desigualdade social, aonde a maioria das terras esta de posse de uma minoria servindo como fonte de enriquecimento. 3ª questão: (3 pontos) O papel da conjunção sociedade-natureza, retratado nas aulas 4, 5 e 6 possui, na verdade, diversas faces. Após a leitura da reportagem a seguir, apresente suas respostas ao que se pede. Por que a tragédia no litoral paulista era evitável Mariana Vick, 23 de fevereiro de 2023. Qual a relação com a mudança climática? R: Além dos alertas imediatos feitos pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento de Alertas de Desastres Naturais), projeções feitas há anos por cientistas sobre os impactos da mudança climática no Brasil mostram que os governos locais tinham condições de saber sobre os riscos das atuais chuvas de verão no litoral norte paulista. Segundo relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU) de 2021 e 2022, eventos climáticos extremos — como chuvas, secas ou incêndios florestais — têm aumentado em frequência e intensidade por causa do aquecimento global, cujos impactos são visíveis em diversos países. Entre os eventos previstos para o Brasil, estão chuvas mais intensas no litoral e em alguns estados da Amazônia e o aumento da seca no Nordeste. A projeção é que a população afetada por enchentes e deslizamentos de terra dobre ou triplique até o fim do século. Dados do Cemaden mostram que 11 desastres causados por temporais foram registrados no Brasil desde outubro de 2021. Entre eles, estão o de Petrópolis, que deixou 241 mortos em fevereiro de 2022, e o que atingiu Bahia e Minas Gerais, entre o fim de 2021 e o começo do ano seguinte. Outros alertas apareceram ao longo dos anos. Reportagem do jornal Folha de São Paulo mostra que, após inspeção feita em 2020, o Ministério Público notificou a cidade de São Sebastião sobre o risco de deslizamentos na Barra do Sahy, área mais atingida pelas chuvas deste fim de semana. Relatório de 2018 do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) também apontou que na cidade havia 161 moradias em áreas de risco alto para desabamentos. Para contornar esses riscos, pesquisadores e ambientalistas dizem que, além de cortar as emissões dos gases que causam a mudança climática, os países devem criar planos de adaptação a desastres, adotando propostas como os sistemas de sirenes, reorganizando as habitações e investindo em infraestrutura. Esse tipo de trabalho, no entanto, é incipiente no Brasil. Políticas de prevenção de desastres recebem pouco investimento dos governos e, apesar de existirem, os planos de adaptação à mudança do clima não saem do papel. Em 2023, o orçamento federal para o combate a desastres é o menor em 14 anos, apesar de osrecursos terem crescido com a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Transição. Quais são as vulnerabilidades da Serra do Mar? R: Eventos extremos de chuvas atingem a região da Serra do Mar de forma dramática por dois motivos: a ocupação territorial da área, especialmente no litoral de São Paulo, e a própria geografia da serra, que é vulnerável a grandes quantidades de água. “Em geral, as ocupações no litoral começam à beira-mar e vão adentrando e subindo áreas mais precárias”, disse ao Nexo a arquiteta e urbanista Margareth Matiko Uemura em entrevista publicada na segunda-feira (20). Com o crescimento de loteamentos e empreendimentos voltados para turistas, “a população vai sendo expulsa para os lugares mais frágeis, com menos infraestrutura e mais declividade”. E continua “Nas imagens, vemos majoritariamente deslizamentos nas áreas de morro, ou seja, nas áreas mais frágeis e de risco. A falta de uma política pública adequada leva a essas mortes. Quem estava pagando aluguel e não conseguiu mais acabou indo morar em áreas precárias”. Segundo geólogos, desastres como esse também se devem a características como a alta inclinação das encostas da Serra do Mar e a pouca profundidade do solo acima das rochas, de cerca de 2 metros. Esse aspecto do solo da região faz com que a água da chuva se acumule na superfície e encharque a terra, que se torna líquida e escorrega. A Serra do Mar ainda facilita a formação de chuvas por causa de sua cadeia de rochas altas, que cria um “paredão” que impede a dissipação das nuvens. Carregadas de água, elas acabam concentrando as chuvas sobre as cidades litorâneas, como São Sebastião. Fonte: adaptado de: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2023/02/23/Por-que-atrag %C3%A9dia-no-litoral-paulista-era-evit%C3%A1vel Após a leitura, responda ao que se pede nesta questão: a) Nosso país tem sido alvo de críticas internas e externas, no que diz respeito ao aumento de sua contribuição às mudanças climáticas, cujas consequências levam ao agravamento dos eventos climáticos extremos. Apresente duas das críticas sofridas, nos últimos anos, pelo Brasil, em relação à degradação ambiental, apontando seus fatores desencadeadores (causas e causadores); Causa: A poluição e a principal responsável pela destruição ambiental os resíduos jogados pelas indústrias e pela própria população são os causadores de problemas como enchentes, chuva acida, diminuição da biodiversidade, destruição da camada de ozônio, elevação da temperatura e ate extinção de especieis. Causadores: População e indústrias. Causa: As queimadas são responsáveis por eliminar toda a vida existente na região, além de gerar uma enorme gases tóxicos que agravam o efeito estufa que por sua vez estão associados ao aquecimento global. Causadores: O homem e sua ganância. Desmatamento O desmatamento e caracterizado pela remoção da vegetação nativa de uma área. A sua causa esta atrelada principalmente a ação do homem no desenvolvimento das atividades produtivas. As consequências do desmatamento estao ligadas a perda da biodiversidade e consequentemente, a extinção e espécies. b) Indique, dois aspectos característicos do relevo (geológicos ou geomorfológicos) e do clima típicos da região retratada na reportagem, que associados à ocupação humana, ampliam os riscos socioambientais nos períodos chuvosos. Quanto a geomofologia: Planaltos áreas de maior atitude onde predomina erosão. Planícies áreas mais baixas onde predomina sedimentação . Erosão Erosão e um processo natural de desgaste do solo, geralmente ocorrendo de áreas mais altas para mais baixas. Pode ser agravada pelas ações do ser humano, como o desmatamento. Sedimentação e o processo de desgaste das rochas e dos solos, ocasionada a partir dos agentes extremos ou de transformação de relevo. Esse processo e responsável pela transformação das rochas ígneas e matemorficas em rochas sedimentares. Quanto ao clima: O clima regional e o clima pluvial , no mês mais frio a temperatura media fica entre – 3C e 18C, no mais quente a temperatura media fica acima de 22C. O clima e sempre umido com chuvas em todos os meses do ano, resultado das chuvas orograficas. A Serra do Mar se apresenta como uma barreira para os ventos úmidos marítimos. Devido a sua declividade, os ventos se condensam nas montanhas e formam uma neblina alta ou as chuvas prografocas. Assim são características específicas da Serra do Mar as temperaturas extemas, grande nebulosidade, umidade relativa alta e altos índices pluviométricos. A alta pluviosidade e declividade gera o carregamento do solo que podem chegar a grandes deslizes de terra e rochas. Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6
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