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ESTUDO DE CASO:
Gustavo Silva Caetano
Júlia trabalhava em um pequeno posto de combustíveis na cidade em que reside. Ela trabalhava cada semana em um horário diferente (uma semana de 6 às 14 e na outra semana se 14 às 22 horas) e folgava apenas um dia da semana. Sua carga horária de trabalho semanal é de 49 horas.
No mercado de trabalho brasileiro existem diversos tipos de jornadas de trabalho, e todas elas são respaldadas pela legislação trabalhista para que não sejam cometidos excessos. 
Afinal, uma jornada de trabalho vai muito além de saber as horas semanais em que o funcionário deve laborar ou seus horários de entrada e saída.
O cumprimento correto dessa jornada é o que determina o valor da remuneração a ser recebida pelo colaborador no final do mês. 
É por isso que todo profissional de RH deve conhecer as regras da legislação, além de saber identificar qualquer variação de jornada. E  o mais importante, saber se a empresa está seguindo todas as exigências da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
No caso de júlia o empregador deve respeitar as regras da jornada de trabalho. Portanto, o funcionário deve ter uma jornada de 8 horas diárias,  com direito a intervalo intrajornada. Essa jornada diária  pode ser estendida em até duas horas extras e, ao total, sua carga horária deve ser de até no máximo 44 horas semanais. 
Ex:
· 44 horas semanais sem compensação: Jornada de trabalho de 8 horas de segunda a sexta-feira e 4 horas aos sábados.
· 44 horas semanais com compensação: Jornada de trabalho de 8 horas e 48 minutos de segunda a sexta-feira com folga aos finais de semana.
Júlia não recebeu nenhum treinamento quando foi contratada. Porém, recebeu alguns certificados para assinar, mesmo sem ter visto o conteúdo com um profissional devidamente habilitado e qualificado. Vale ressaltar que ela recebeu os EPIs apenas quando foi contratada, sendo que os mesmos não foram renovados após 2 anos na empresa.
No caso de Julia constitui-se fraude de documento por parte da empresa sujeito as penas do código penal e da justiça brasileira.
Vale ressaltar que a nr 6 destaca no item 6.6.1 as responsabilidades do empregador dizendo o seguinte:
6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:
 a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) exigir seu uso; c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
Treinamento:
Prevenir os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais é cuidar da saúde dos trabalhadores. O empregador tem o dever de proteger, o empregado tem o dever de utilizar os equipamentos para proteção! De acordo com a nr-1 disposições gerais é função do empregador cumprir e fazer cumprir todas as normas regulamentadoras. Por isso, o treinamento é essencial para a conscientização e a promoção da saúde e segurança do trabalho.
Próximo ao posto de combustível existe uma pedreira que tem um maquinário, segundo Júlia, com ruídos muito altos e com muita poeira. Recentemente, Júlia descobriu uma infecção pulmonar e dificuldade respiratória. Após precisar ficar vários dias internada, o ex patrão de Júlia fez a dispensa por justa causa e não pagou nenhum valor trabalhista além do décimo terceiro salário e férias. A família de Júlia acredita que tal infecção é devido ao cheiro muito forte de combustível e a falta de EPIs adequados para que os mesmos não fossem inalados. Então, se sentindo prejudicada pelo ex patrão, Júlia entrou com processo trabalhista, requerendo de forma retroativa, todos os seus direitos trabalhista e indenizações pertinentes à atividade que ela realizava.
De acordo com a Nr-09 
9.3.3 O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis:
 a) a sua identificação; b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras; c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho; d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição; f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho; g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica; h) a descrição das medidas de controle já existentes. 
9.3.4 A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para: 
a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência riscos identificados na etapa de reconhecimento; b) dimensionar a exposição dos trabalhadores; c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle.
ANEXO 2 (Aprovado pela Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016) 
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO BENZENO EM POSTOS REVENDEDORES DE COMBUSTÍVEI
2.1 Cabe ao empregador
2.1.3 Interromper todo e qualquer tipo de atividade que exponha os trabalhadores a condições de risco grave e iminente para a sua segurança ou saúde. 2.1.4 Fornecer às empresas contratadas as informações sobre os riscos potenciais e às medidas preventivas de exposição ao benzeno, na área da instalação em que desenvolvem suas atividades. 2.1.5 Prestar as informações que se fizerem necessárias, quando solicitadas formalmente pelos órgãos fiscalizadores competentes com relação às disposições objeto deste anexo. 2.1.6 Informar os trabalhadores sobre os riscos potenciais de exposição ao benzeno que possam afetar sua segurança e saúde, bem como as medidas preventivas necessárias. 2.1.7 Manter as Fichas com Dados de Segurança de Produto Químico dos combustíveis à disposição dos trabalhadores, em local de fácil acesso para consulta. 2.1.8 Dar conhecimento sobre os procedimentos operacionais aos trabalhadores com o objetivo de informar sobre os riscos da exposição ao benzeno e as medidas de prevenção necessárias.
2.2 Cabe aos trabalhadores:
 2.2.1 Zelar pela sua segurança e saúde ou de terceiros que possam ser afetados pela exposição ao benzeno. 2.2.2 Comunicar imediatamente ao seu superior hierárquico as situações que considerem representar risco grave e iminente para sua segurança e saúde ou para a de terceiros. 2.2.3 Não utilizar flanela, estopa e tecidos similares para a contenção de respingos e extravasamentos, conforme previsto no item 9.7 deste anexo. 2.2.4 Usar os Equipamentos de Proteção Individual - EPI apenas para a finalidade a que se destinam, responsabilizando-se pela sua guarda e conservação, devendo comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso, bem como cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
No caso de Júlia investigação chegará a uma conclusão que o empregador deixou de cumprir requisitos das NRs mostradas aqui .
Julia não deveria nem ser demitida , e quanto mais por justa causa , por que esta com uma doença ocupacional . no processo trabalhista ficará configurado crime pro parte da empresa e do empregador possibilitando assim para julia ganho de causa na justiça.
Os adicionais de insalubridade e periculosidade devem ser pagos neste caso? Justifique de acordo com as NRs pertinentes
De acordo com a nr-15 e 16 sim.
15.2 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da Este texto não substitui o publicado no DOU região, equivalente a
15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo; 15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio; 15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo;
Nr-15 NÍVEL DE RUÍDO dB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 
Nr 16 ANEXO 2 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM INFLAMÁVEIS
Após responder as questões anteriores, explique como é realizada uma perícia e quais procedimentoso perito nomeado engenheiro de segurança do trabalho deve agir, ressaltando todas as etapas desta perícia:
O sistema judicial, quando necessário, recorre à atividade pericial para fim de determinação do nexo causal entre dado quadro de enfermidade e a situação a que o trabalhador exposto no ambiente de trabalho. Isto ocorre através do 3 enquadramento técnico legal, tendo como estabelecer a existência ou não de um cenário insalubre ou periculoso em cada atividade específica.
Perito por definição segundo o vocabulário jurídico (De Plácido e Silva, Volume nº III p 356) significa “homem hábil (experto), que por suas qualidades ou conhecimentos está em condições de esclarecer a situação do fato e do assunto, que se pretende aclarar ou por em evidências, para uma solução justa e verdadeira da contenda’’. (Alberto Filho, Reinaldo Pinto 2011),
As perícias judiciais de insalubridade e periculosidade podem ser realizadas durante ações trabalhistas perante a justiça do trabalho, Cabe as partes, autor e réu a indicação ou não de assistentes técnicos. Os assistentes técnicos são especialistas ou peritos contratados pelas partes para auxiliar na elaboração técnica dos quesitos, (perguntas que o perito nomeado pela justiça deve responder quando a matéria é objeto da perícia). 
A inspeção deve ser realizada chamando os assistentes técnicos das partes e deve ser técnica e com imparcialidade. O perito deve considerar as provas dos locais de trabalhado, caso os mesmos foram descaracterizados esta informação deve constar no laudo. Os períodos de exposição do trabalhador a atividade insalubre são de muita importância, pois o empregado ao longo de sua trajetória laboral pode vários postos de trabalho insalubres ou não. O adicional só será pago pelo período que o empregado ficou exposto a atividade insalubre incluindo as horas extras. Todos os equipamentos de segurança individual EPIs devem estar de acordo com Norma Reguladora NR 6 devem estar com sua validade em dia. O perito deve atuar entrevistando pessoas ligadas ao objeto da perícia, analisando o ambiente de trabalho, colendo dados e verificando os limites de tolerância da NR 15, O laudo deve ser escrito de forma clara respondendo aos quesitos que são objeto da perícia elaborados nos autos do processo.
Nos casos de insalubridade e periculosidade a perícia procura esclarecer o objeto do processo e as dúvidas processuais entre autor e o réu quando o juiz determina que a perícia deve ser executada para alguns esclarecimentos uma perícia técnica pode determinar a diretriz que o processo seguirá. As inspeções devem ser objetivas com equipamentos adequados e calibrados com fotos que substanciem o laudo pericial com o objetivo de acabar com a imparcialidade e auxiliar as decisões dos juízes.
REFERÊNCIAS:
Atividade - Perícia em Eng de Segurança do Trabalho.pdf
NR-16 (atualizada 2023).pdf
NR-15 (atualizada 2022).pdf

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