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PRINCÍPIOS POLÍTICOS E FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

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PRINCÍPIOS POLÍTICOS E FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Concepção Filosófica e Política dos Direitos Humanos
Prezado(a) Aluno(a),
A concepção contemporânea de Direitos Humanos, introduzida pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), se fundamenta no reconhecimento da dignidade de todas as pessoas e na universalidade desses direitos.
O respeito à diversidade, efetivado no respeito às diferenças, impulsiona ações de cidadania voltadas ao reconhecimento de sujeitos de direitos, simplesmente por serem seres humanos. Suas especificidades não devem ser elementos para a construção de desigualdades, discriminações ou exclusões, mas sim, devem ser indicadores para a construção de políticas afirmativas de respeito à diversidade, voltadas para a construção de contextos sociais inclusivos.
Neste primeiro capítulo vamos conhecer/rever mais criteriosamente os aspectos legais que garantem a inclusão com qualidade das pessoas com deficiências na comunidade escolar.
Iniciaremos com o estudo acerca da concepção filosófica e política dos direitos humanos. Abordaremos estes conceitos numa apresentação histórica de “sociedade inclusiva” relacionando com alguns aspectos legais da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)  uniu os povos de mundo todo, no reconhecimento de que: todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade (Art.1º).
A Declaração conjuga o valor de liberdade ao valor da igualdade, já que assume que não há liberdade sem igualdade, nem tampouco igualdade sem liberdade. Num primeiro momento, a atenção aos Direitos Humanos foi marcada pela tônica da proteção geral e abstrata, com base na igualdade formal; mais recentemente, passou-se a explicitar a pessoa como sujeito de direito, respeitado em suas peculiaridades e particularidades.
A ideia de uma sociedade inclusiva se fundamenta numa filosofia que reconhece e valoriza a diversidade. Partindo desse princípio e tendo como horizonte o cenário ético dos Direitos Humanos, sinaliza a necessidade de se garantir o acesso e a participação de todos, a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social.
Num retrospecto histórico social, a deficiência foi, inicialmente, considerada um fenômeno metafísico, determinado pela possessão demoníaca, ou pela escolha divina da pessoa para purgação dos pecados de seus semelhantes. Séculos da Inquisição Católica e posteriormente, de rigidez moral e ética, da reforma Protestante, contribuíram para que as pessoas com deficiência fossem tratadas como a personificação do mal e, portanto, passíveis de castigos, torturas e mesmo de morte.
À medida que conhecimentos na área da Medicina foram sendo construídos e acumulados na história da humanidade, a deficiência passou a ser vista como doença, de natureza incurável.
Tais ideias determinaram a caracterização das primeiras práticas sociais formais de atenção à pessoa com deficiência, quais sejam, as de segregá-las em instituições fosse para cuidado e proteção, ou fosse para tratamento médico. A esse conjunto de ideias e de práticas sociais denominou-se Paradigmas da Institucionalização.
O Paradigma da Institucionalização permaneceu como modelo de atenção às pessoas com deficiência até meados de 50, no século XX. Momento de grande importância histórica no que se refere aos movimentos sociais, no mundo ocidental.
O intenso movimento mundial de defesa dos direitos das minorias, que caracterizou a década de 60, associado a críticas ao Paradigma da Institucionalização de pessoas com doença mental e de pessoas com deficiência, determinou novos rumos às relações das sociedades com esses segmentos populacionais.
Nesse contexto, evidenciou a diversidade como característica constituinte das diferentes sociedades e da população, em uma mesma sociedade. Na década de 90, ainda à luz da defesa dos direitos humanos, pode-se constatar que a diversidade enriquece e humaniza a sociedade, quando reconhecida, respeitada e atendida em suas peculiaridades.
Começou, então, a ser delineada a ideia da necessidade de construção de espaços sociais inclusivos, ou seja, espaços sociais organizados para atender ao conjunto de características e necessidades de todos os cidadãos, inclusive daqueles que apresentam necessidades educacionais especiais.
Este paradigma associou a ideia da diversidade como fator de enriquecimento social e o respeito às necessidades de todos os cidadãos como pilar central de uma nova prática social: a construção de espaços inclusivos em todas as instâncias da vida na sociedade, de forma a garantir o acesso imediato e favorecer a participação de todos nos equipamentos e espaços sociais, independente das suas necessidades educacionais especiais, do tipo da deficiência e do grau de comprometimento que estas apresentam.
O Conceito de Cidadania e a Construção de Políticas de Inclusão Educacional
O conceito de cidadania em sua plena abrangência engloba direitos políticos, civis, econômicos, culturais e sociais. Exercer a cidadania é conhecer direito e deveres no exercício da convivência coletiva, realizar a análise crítica da realidade, reconhecer as dinâmicas sociais, participar do debate permanente sobre causas coletivas e manifestar-se com autonomia e liberdade respeitando seus pares.
A identidade pessoal é construída na trama das relações sociais que permeiam a existência cotidiana. Assim, as relações entre os indivíduos se caracterizam por atitudes de respeito mútuo, representadas pela valorização de cada pessoa em sua singularidade, ou seja, nas características que a constituem.
Documentos Orientadores no Âmbito Internacional
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas produziu vários documentos norteadores para o desenvolvimento de políticas públicas de seus países membros. O Brasil, enquanto país membro da ONU e signatário desses documentos, reconhece seus conteúdos e os tem respeitado, na elaboração das políticas públicas internas.
Conheceremos neste capítulo, num breve detalhamento, alguns documentos de políticas internacionais e nacionais que asseguram o compromisso com a construção de Sistemas Educacionais Inclusivos, dentre eles:
· Declaração de Jomtien (1990) 
Em março de 1990, o Brasil participou da Conferência Mundial sobre Educação para Todos, em Jomtien, na Tailândia, na qual foi proclamada a Declaração de Jomtien. Nesta Declaração, os países relembram que “a educação é um direito fundamental de todos, mulheres e homens, de todas as idades, no mundo inteiro”. Declaram, também, entender que a educação é de fundamental importância para o desenvolvimento das pessoas e das sociedades, sendo um elemento que:
“PODE CONTRIBUIR PARA CONQUISTAR UM MUNDO MAIS SEGURO, MAIS SADIO, MAIS PRÓSPERO E AMBIENTALMENTE MAIS PURO, E QUE, AO MESMO TEMPO, FAVOREÇA O PROGRESSO SOCIAL, ECONÔMICO E CULTURAL, A TOLERÂNCIA E A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL”.
Ao assinar a declaração de Jomtien, o Brasil assumiu, perante a comunidade internacional, o compromisso de erradicar o analfabetismo e universalizar o ensino fundamental no país. Para cumprir este compromisso, o Brasil tem criado instrumentos norteadores para a ação educacional e documentos legais para apoiar a construção de sistemas educacionais inclusivos, nas diferentes esferas públicas: municipal, estadual e federal.
· Declaração de Salamanca (1994) 
A Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade, realizada pela UNESCO, em Salamanca (Espanha), em junho de 1994, teve, como objeto específico de discussão, a atenção educacional aos alunos com necessidades educacionais especiais.
Nela, os países signatários, dos quais o Brasil faz parte, declararam:
· Todas as crianças de ambos os sexos, tem direito fundamental à educação e que a elas deve ser dada a oportunidade de obter e manter um nível aceitável de conhecimentos;
· Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidadesde aprendizagem que lhe são próprias;
· Os sistemas educativos devem ser projetados e os programas aplicados de modo que tenham em vista toda a gama dessas diferentes características e necessidades;
· As pessoas com necessidades educacionais especiais devem ter acesso às escolas comuns, que deverão integrá-las numa pedagogia centralizada na criança, capaz de atender a essas necessidades;
· As escolas comuns, com essa orientação integradora, representam o meio mais eficaz de combater atitudes discriminatórias, de criar comunidades acolhedoras, construir uma sociedade integradora e dar educação para todos.
A Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a Criança analisou a situação mundial da criança e estabeleceu metas a serem alcançadas. Entendendo que a educação é um direito humano e um fator fundamental para reduzir a pobreza e o trabalho infantil e promover a democracia, a paz, a tolerância e o desenvolvimento, deu alta prioridade à tarefa de garantir que todas as crianças tenham acesso a um ensino primário de boa qualidade, gratuito e obrigatório e que terminem seus estudos. Ao assinar esta Declaração, o Brasil comprometeu-se com o alcance dos objetivos propostos, que visam a transformação dos sistemas de educação em sistemas educacionais inclusivos.
· Convenção de Guatemala (1999) 
Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência.
A partir dessa Convenção os Estados Partes reafirmaram que:
“AS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA TÊM OS MESMOS DIREITOS HUMANOS E LIBERDADES QUE OUTRAS PESSOAS E QUE ESTES DIREITOS, INCLUSIVE O DE NÃO SER SUBMETIDO A DISCRIMINAÇÃO COM BASE NA DEFICIÊNCIA, EMANAM DA DIGNIDADE E DA IGUALDADE QUE SÃO INERENTES A TODO SER HUMANO”.
Para os efeitos desta Convenção, o termo discriminação contra as pessoas com deficiência:
“SIGNIFICA TODA A DIFERENCIAÇÃO, EXCLUSÃO OU RESTRIÇÃO BASEADA EM DEFICIÊNCIA (...) QUE TENHAM EFEITO OU PROPÓSITO DE IMPEDIR OU ANULAR O RECONHECIMENTO, GOZO OU EXERCÍCIO POR PARTE DAS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA DE SEUS DIREITOS HUMANOS E SUAS LIBERDADES FUNDAMENTAIS.”
Também define que não constitui discriminação:
“A DIFERENCIAÇÃO OU PREFERÊNCIA ADOTADA PELO ESTADO PARTE PARA PROMOVER A INTEGRAÇÃO SOCIAL OU DESENVOLVIMENTO PESSOAL DOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA DESDE QUE A DIFERENCIAÇÃO OU PREFERÊNCIA NÃO LIMITE EM SI MESMO O DIREITO A IGUALDADE DESSAS PESSOAS E QUE ELAS NÃO SEJAM OBRIGADAS A ACEITAR TAL DIFERENCIAÇÃO.”
Legislações Brasileiras – Marcos Legais
A sociedade brasileira tem elaborado dispositivos legais que, tanto explicitam sua opção política pela construção de uma sociedade para todos, como orientam as políticas públicas e sua prática social.
O Brasil tem definido políticas públicas e criado instrumentos legais que garantem tais direitos. A transformação dos sistemas educacionais vem se efetivando para garantir o acesso universal à escolarização básica e a satisfação das necessidades de aprendizagem para todos os cidadãos.
O movimento mundial pela inclusão é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação.  A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avançam em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.
Implantar uma política inclusiva é o atual desafio da educação brasileira. Nele, conjugam-se o dever do Estado e o direito da Cidadania. Assim, mais do que ampliar e aprofundar os marcos legais, devemos concretizar, no cotidiano, as conquistas positivas na legislação brasileira.
Conheceremos a seguir alguns dos marcos legais brasileiros que asseguram uma educação de qualidade para todos os cidadãos.
· Constituição Federal (1988) 
A Constituição da República Federativa do Brasil  de 1988 assumiu, formalmente, os mesmos princípios postos na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A partir da promulgação desta Constituição, os municípios foram contemplados com autonomia política para tomar as decisões e implantar os recursos e processos necessários para garantir a melhor qualidade de vida para os cidadãos que neles residem. Cabe ao município, mapear as necessidades de seus cidadãos, planejar e implementar os recursos e serviços que se revelam necessários para atender ao conjunto de suas necessidades, em todas as áreas da atenção pública.
· Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) 
O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069, promulgada em 13 de julho de 1990, dispõe, em seu Art. 3º, que “a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta lei, assegurando-lhes todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facilitar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.”
Afirma, também, que:
“É DEVER DA FAMÍLIA, DA COMUNIDADE, DA SOCIEDADE EM GERAL E DO PODER PÚBLICO ASSEGURAR, COM ABSOLUTA PRIORIDADE, A EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS REFERENTES À VIDA, À SAÚDE, À ALIMENTAÇÃO, À EDUCAÇÃO, AO ESPORTE, AO LAZER, À PROFISSIONALIZAÇÃO, À CULTURA, À DIGNIDADE, AO RESPEITO, À LIBERDADE E À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA.” (ART, 4º).
· Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional  (1996)
Os municípios brasileiros receberam, a partir da Lei de Diretrizes e Bases Nacionais, Lei 9.394 , de 20 de dezembro de 1996, a responsabilidade da universalização do ensino para os cidadãos de 0 a 14 anos de idade, ou seja, da oferta de Educação Infantil e de Ensino Fundamental para todas as crianças e jovens que neles residem. Assim, passou a ser responsabilidade do município formalizar a decisão política sociogeográfica, a educação inclusiva, no âmbito da Educação Infantil e Fundamental.
· Política Nacional Para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – Decreto Nº 3.298 (1999)
Este Decreto adota os seguintes princípios:
I. Desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedade civil, de modo que assegure a plena integração da pessoa portadora de deficiência no contexto socioeconômico e cultural;
II. Estabelecimento de mecanismos e instrumentos legais e operacionais que assegurem às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciam o seu bem-estar pessoal, social e econômico;
III. Respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devem receber igualdade de oportunidades na sociedade, por reconhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem privilégios ou paternalismos.
No que se refere à educação, o Decreto estabelece a matrícula compulsória de pessoas com deficiência, em cursos regulares, a consideração da educação especial como modalidade de educação escolar que permeia transversalmente todos os níveis e modalidades de ensino, a oferta obrigatória e gratuita da educação especial em estabelecimentos públicos de ensino, dentre outras medidas (Art. 24, I, II, IV).
· Plano Nacional de Educação (2001) 
A Lei Nº 10.172/01, aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências.
O Plano Nacional de Educação estabelece objetivos e metas para a educação das pessoas com necessidades educacionais especiais, que dentre eles, destacam-se os que tratam:
· Do desenvolvimento de programas educacionais em todos os municípios e em parceria com as áreas de saúde e assistência social, visando à ampliação da oferta de atendimento da educação infantil;
· Dos padrões mínimos de infra-estrutura das escolas para atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais;
· Da formação inicial e continuada dos professores para atendimento às necessidades dos alunos;
· Da disponibilização de recursos didáticos especializados de apoio à aprendizagem nas áreas visual e auditiva;
· Da articulação das açõesde educação especial com a política de educação para o trabalho;
· Do incentivo à realização de estudos e pesquisas nas diversas áreas relacionadas com as necessidades educacionais dos alunos;
· Do sistema de informações sobre a população  a ser atendida pela educação especial.
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (2001)
A resolução CNE/CEB nº 02/2001, instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, que manifesta o compromisso do país com o “desafio de construir coletivamente as condições para atender bem à diversidade de seus alunos”.
Esta Resolução representa um avanço na perspectiva da universalização do ensino e um marco da atenção à diversidade, na educação brasileira, quando ratifica a obrigatoriedade da matrícula de todos os alunos e assim declara:
“OS SISTEMAS DE ENSINO DEVEM MATRICULAR TODOS OS ALUNOS, CABENDO ÀS ESCOLAS ORGANIZAREM-SE PARA O ATENDIMENTO AOS EDUCANDOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS, ASSEGURANDO AS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE PARA TODOS”.
Dessa forma, não é o aluno que tem que se adaptar à escola, mas é ela que, consciente da sua função, coloca-se à disposição do aluno, tornando-se um espaço inclusivo. A educação especial é concebida para possibilitar que o aluno com necessidades educacionais especiais por deficiência atinja os objetivos propostos para o seu desenvolvimento.
A proposição da política expressa nas Diretrizes traduz o conceito de escola inclusiva, pois centra seu foco na discussão sobre a função social da escola e no seu projeto pedagógico.
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva – O Atendimento Educacional Especializado - AEE
A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular.
Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a integrar a proposta pedagógica da escola regular, promovendo o atendimento educacional especializado às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. A educação especial atua de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos que apresentam transtornos funcionais específicos.
Neste capítulo, vamos conhecer na íntegra o documento da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva , elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria Ministerial nº 555, de 5 de junho de 2007, prorrogada pela Portaria nº 948, de 9 de outubro de 2007. Este documento apresenta os avanços do conhecimento, das pesquisas e das lutas sociais, constituindo políticas públicas promotoras de uma educação de qualidade para todos os alunos, em especial aos alunos com deficiência.
Este documento tem como objetivo o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtorno globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares, orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades educacionais especiais, garantindo:
· Transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação superior;
· Atendimento Educacional Especializado;
· Continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino;
· Formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão escolar;
· Participação da família e da comunidade;
· Acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação; e
· Articulação intersetorial na implementação das políticas públicas.
O Atendimento Educacional Especializado – AEE, que é o serviço oferecido pela Educação Especial, é assegurado pela nossa Constituição de 1988, pela nova Política de Educação Especial, na Perspectiva Inclusiva, de 2008 e por outros documentos legais. O conhecimento das legislações, e em especial o acima citado, proporciona um melhor entendimento acerca dos objetivos dos serviços da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva.
Foi a Resolução Nº 4, de 2 de Outubro de 2009 que institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Não deixe de ler este documento. Ele é muito importante!
A Escola Inclusiva
A escola é o espaço no qual se deve favorecer, a todos os cidadãos, o acesso ao conhecimento e o desenvolvimento de competências, ou seja, a possibilidade de apreensão do conhecimento historicamente produzido pela humanidade e de sua utilização no exercício efetivo da cidadania.
A escola é um dos principais espaços de convivência social durante as primeiras fases do desenvolvimento humano. Ela tem papel primordial no desenvolvimento da consciência da cidadania e de direitos, já que é na escola que a criança e o adolescente começam a conviver num coletivo diversificado, fora do contexto familiar.
É no dia a dia escolar que crianças e jovens, enquanto atores sociais, tem acesso aos diferentes conteúdos curriculares, os quais devem ser organizados de forma a efetivar a aprendizagem. Para alcançar este objetivo, a escola precisa ser organizada de forma a garantir que cada ação pedagógica resulte em uma contribuição para o processo de aprendizagem de cada aluno.
Nenhuma escola poderá alcançar objetivos significativos, para os alunos e para a comunidade na qual se encontra inserida, se não tiver um projeto que norteie e dê suporte para a ação de cada um de seus agentes.
À medida que todos forem envolvidos na reflexão sobre a escola, sobre a comunidade da qual se originam seus alunos, sobre as necessidades dessa comunidade, sobre os objetivos a serem alcançados por meio da ação educativa, a escola passa a ser sentida como realmente ela é: de todos e para todos.
Assim, uma escola somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver organizada para favorecer a cada aluno, independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social ou qualquer outra situação.
Constata-se, portanto, que a construção de uma escola inclusiva implica em transformações no contexto educacional: transformações de ideias, de atitudes, e da prática das relações sociais, tanto no âmbito político, no administrativo, como no didático-pedagógico.
Assim, começo a perceber que a inclusão não depende de diagnósticos médicos ou da identificação de categorias de deficiências, na qual muito mais se discrimina o sujeito por suas características individuais do que se caminha para uma compreensão das diferenças.
A escola, ao reconhecer as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, abre espaço para o debate acerca da sociedade contemporânea e o seu papel na superação da lógica da exclusão.
Acesso e Práticas Inclusivas
Prosseguindo nossos estudos, analise as imagens a seguir:
· Acesso escolar
· Práticas Inclusivas                                     
O que estas imagens têm a ver com o que vivenciamos e estudamos até o momento?  O que três de seus colegas comentaram a respeito das imagens? O entendimento acerca da educação inclusiva entre vocês é o mesmo? Quais as dúvidas? Como solucioná-las?
Nesse caminho de construção histórica de uma prática de inclusão educacional, percebemos nas questões relativas à inclusão de alunos com deficiência no cotidiano escolar, uma emergência para que de fato se construa um processo sócio educacional que contemple a educação na diversidade, como uma das condições de se garantir qualidade na educação de todos os sujeitos presentes no contexto escolar.
Para complementar suas informações, sugerimos a leitura dos textos abaixo e que estão disponíveis na biblioteca:
· “O direito de ser, sendo diferente, na escola”.
· “Ensinando a turma toda – as diferenças na escola” 
PráticasEducativas na Perspectiva da Inclusão
A sala de aula é um dos contextos educacionais de maior importância no desenvolvimento dos alunos, já que é na sala de aula que tem lugar os processos de ensino e aprendizagem. A qualidade da aprendizagem dos educandos é influenciada, em grande aparte, pela qualidade dos processos educacionais que acontecem na classe e pela capacidade do professor de analisar e refletir sobre sua prática a fim de tomar decisões que promovam a aprendizagem e a participação de todos.
Os processos de ensino e aprendizagem na sala de aula articulam a interação de três elementos básicos:
· Os conteúdos escolares objeto da aprendizagem,
· Os alunos, que constroem significados referentes aos conteúdos de aprendizagem,
· Um professor(a), que serve de mediador entre os alunos e os conteúdos, facilitando tal processo de construção.
Neste sentido, pode-se conceber a sala de aula como uma comunidade de aprendizagem em que existem relações recíprocas entre docente e aluno e destes entre si, em torno da aprendizagem dos conteúdos escolares. O aprendiz constrói significados a partir dos conteúdos de aprendizagem, das interações, nas quais o docente tem um papel essencial uma vez que é a ação do professor na classe que determina se o aluno aprende (ou não) de forma significativa.
A aprendizagem significativa implica proceder a uma representação interna e pessoal dos conteúdos escolares, estabelecendo relações substantivas entre o novo conteúdo de aprendizagem e o que já se sabe. A aprendizagem não é um processo linear de acumulação de conhecimentos, mas uma nova organização do conhecimento, que diz respeito tanto ao “saber sobre algo”, como o “saber o que fazer” e, ainda o “saber quando utilizá-lo”.  A finalidade do processo de ensino e aprendizagem é o aluno ser capaz de aplicar a aprendizagem a situações novas e aprender a aprender.
“A CADA DIA PERCEBO QUE CADA CRIANÇA TEM CARACTERÍSTICAS, INTERESSES, CAPACIDADES E NECESSIDADES DE APRENDIZAGEM QUE LHE SÃO PRÓPRIAS. VALE RESSALTAR QUE QUALQUER CRIANÇA MESMO AQUELAS DITAS NORMAIS, PODEM EM QUALQUER PERÍODO DE SUA ESCOLARIZAÇÃO, ENFRENTAR DIFICULDADES PARA APRENDER OU PARA SER ACEITA NA COMUNIDADE ESCOLAR. ESSAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM SURGEM NO DIA-A-DIA DA ESCOLA E TODAS AS MUDANÇAS GERADAS PARA SUPERAR TAL SITUAÇÃO E AS TENTATIVAS DE RESPONDER ÀS NECESSIDADES DE APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS, SÃO FORMAS DE INCLUSÃO”.
KNISLEY APUD FIGUEIREDO, P.170, 2007
Esta é a razão pela qual o planejamento precisa ser aberto e flexível. Para alcançar este propósito, os professores precisam conhecer bem seus alunos, seus níveis de aprendizagem e de competência curricular, seus interesses e motivações, de que maneira aprendem melhor, suas necessidades educacionais específicas, entre outros aspectos.
A questão central da aula inclusiva é a capacidade que o docente tem de organizar as situações de ensino de modo a tornar possível personalizar as experiências comuns de aprendizagem, ou seja, chegar ao maior nível possível de interação entre os estudantes e participação de todos nas atividades propostas, sem perder de vista as necessidades concretas de cada um e em particular daqueles com maior risco de exclusão em termos de aprendizagem e participação.
As aulas inclusivas assumem uma filosofia segundo a qual todos podem aprender e são membros da sala de aula com direitos iguais. Em uma aula inclusiva, as diferenças são consideradas uma boa oportunidade para o aperfeiçoamento e enriquecimento dos processos de ensino e aprendizagem.
Conheceremos o caso do aluno Lindolfo e as estratégias propostas pela professora para tornar a aprendizagem de todos os alunos mais adequada.
Educação Inclusiva: Quais os Pilares e o Que a Escola Precisa Fazer?
Antes, nós tínhamos a escola regular e a escola especial, separadamente. A educação inclusiva aparece para acabar com essa separação. Ela é a educação especial dentro da escola regular com o objetivo de permitir a convivência e a integração social dos alunos com deficiência, favorecendo a diversidade.
Por meio dela, é possível educar crianças e jovens dentro do mesmo contexto escolar, concedendo a eles o pleno direito à escolarização.
Vamos conhecer um pouco mais sobre a educação inclusiva e o apoio necessário para que ela aconteça. Descobrirá qual é o papel da escola, além de entender quais são os pilares da educação e compreenderá o que se espera de uma escola inclusiva. Boa leitura!
O que é Educação Inclusiva?
Antes de falarmos sobre o que é a educação inclusiva, é necessário compreendermos a diferença entre ela e a educação especial.
A educação especial é uma modalidade de ensino que tem a função de promover o desenvolvimento das habilidades das pessoas com deficiência, e que abrange todos os níveis do sistema de ensino, desde a educação infantil até a formação superior.
Ela é responsável pelo atendimento especializado ao aluno e seu público-alvo são os alunos com algum tipo de deficiência (auditiva, visual, intelectual, física ou múltipla), com distúrbios de aprendizagem ou com altas habilidades (superdotados).
Já a educação inclusiva é uma modalidade de ensino na qual o processo educativo deve ser considerado como um processo social em que todas as pessoas, com deficiência ou não, têm o direito à escolarização.
É uma educação voltada para a formação completa e livre de preconceitos que reconhece as diferenças e dá a elas seu devido valor. Para que ela aconteça, é fundamental a criação de redes de apoio aos educadores.
O que são as Redes de Apoio?
O aprendizado dos alunos com deficiência é de responsabilidade de todos que fazem parte do processo educacional e não apenas do professor. Nesse sentido, existem as redes de apoio compostas por pessoas que colaborarão no processo de ensino e aprendizagem do aluno. A seguir, listaremos todos que fazem parte dela.
· A Família
Ela é a primeira e a principal responsável pela educação escolar da criança ou do jovem. Por isso é tão importante que se crie uma relação de cooperação e confiança entre escola e família, e que exista uma ampla comunicação entre elas.
· Os profissionais da área de saúde
Eles podem ser médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos ou psicopedagogos. Esses profissionais ajudarão os educadores a entenderem as necessidades do aluno e poderão dar direcionamentos sobre como atendê-las.
· O Papel da Escola
A escola tem o dever de aceitar os alunos com deficiência e realizar as adaptações necessárias para que eles tenham seu direito à educação garantido.
Outra preocupação que a escola deve ter é fornecer aos seus educadores capacitação e formação continuada fundamentais para lidar com esses alunos, bem como as adaptações e os equipamentos que forem necessários para seu aprendizado. Reuniões entre os professores e os coordenadores pedagógicos favorecem a troca de experiências e o aprendizado.
Infelizmente, os cursos de graduação não preparam os futuros professores para lidarem com as diferenças e particularidades de cada aluno.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que orienta as escolas. Ele deve ser seguido por toda a educação básica, porém não se trata de algo fixo e imutável.
Realizar uma flexibilização nesse currículo de modo a favorecer a aprendizagem do aluno com deficiência também é papel e responsabilidade da escola e de todos os seus educadores. Essa flexibilização inclui fornecer material e mobiliário essenciais e adquirir equipamentos específicos, como computadores e softwares, por exemplo.
A escola não está sozinha nessa tarefa. Esse deve ser um trabalho conjunto entre a escola regular, o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e o Estado.
Quais são os Pilares da Educação?
O relatório para a Unesco feito pela Comissão Internacional sobre a Educação para o Século XXI apresenta quatro pilares sobre os quais a educação deve se firmar:
· Aprender a conhecer;
· Aprender a fazer;
· Aprender a conviver;
· E aprender a ser.
Firmar a educação inclusiva em todos esses pilares é garantir que a aprendizagem de crianças e jovens comdeficiência aconteça por meio das várias possibilidades de desenvolvimento que podemos encontrar na escola.
· O que é uma Escola Inclusiva?
É uma escola comum — ou regular — que acolhe todos os tipos de alunos, independente das diferenças. Nela, são criadas situações que favoreçam e respeitem os diferentes ritmos e estilos de aprendizagem dos alunos.
São realizadas ações como a presença de um segundo professor em sala, tenha ele formação específica ou básica, ou de um estagiário, com o intuito de dar apoio à equipe pedagógica. O acompanhamento do trabalho do professor é fundamental para dar a ele o suporte que ele necessita.
Na escola inclusiva, todas as propostas que orientarão as atividades escolares e as intenções dos educadores relativas à inclusão estão registradas em seu Projeto Político Pedagógico (PPP). Nele, ficam estabelecidas quais redes de apoio serão necessárias para o atendimento aos alunos com deficiência.
A escola deverá fornecer ao aluno os recursos diferenciados indispensáveis ao seu aprendizado, como adaptações físicas do ambiente escolar, professores especialistas ou aceleração de conteúdo.
Dependendo do caso, o aluno, além de frequentar a escola regular inclusiva. Também deverá frequentar no contraturno uma escola especial que funcionará como um centro de apoio e complementação de sua formação, com a presença de profissionais especializados para isso.
· Quais são os Desafios a Serem Enfrentados?
A educação inclusiva ainda está em fase de implementação no Brasil, por isso são muitos os desafios a serem enfrentados.
O maior deles ainda é a falta de preparo e capacitação dos professores para lidarem com os alunos com deficiência. O número de professores especialistas em Libras ou Braille, por exemplo, ainda está muito aquém do desejado.
Muitas escolas públicas também não têm os recursos financeiros necessários para fazer as adaptações ou comprar os equipamentos necessários às necessidades de seus alunos com deficiência.
Como você viu, a educação inclusiva é mais do que necessária para permitir que absolutamente todos tenham pleno acesso a uma formação escolar de qualidade. Os desafios são grandes.
Atividades
A Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade, realizada pela UNESCO, em Salamanca (Espanha), em junho de 1994, teve, como objeto específico de discussão, a atenção educacional aos alunos com necessidades educacionais especiais.
O que declaram os países signatários, dos quais o Brasil faz parte?
Escolha uma:
a. Todas as crianças de ambos os sexos, têm direito fundamental à educação e que a elas de ser dada a oportunidade de obter e manter um nível aceitável de conhecimentos.
b. Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que lhe são próprias.
c. Os sistemas educativos devem ser projetados e os programas aplicados de modo que tenham em vista toda gama dessas diferentes características e necessidades.
d. Todas as respostas corretas.
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A resposta correta é: Todas as respostas corretas..
Questão 2
Correto
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Texto da questão
De acordo com o documento Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, é correto afirmar que o(a):
Escolha uma:
a. Educação especial atua de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos.
b. Inclusão escolar tem início no ensino fundamental, e sua oferta deve ocorrer, preferencialmente, em centros educacionais em interface com os serviços de saúde e assistência social.
c. Atendimento educacional especializado, em função da complexidade na elaboração e organização de recursos pedagógicos específicos, restringe-se ao ensino fundamental.
d. Ensino regular não está apto para atender todos os alunos e, portanto, não pode enfrentar a situação de exclusão escolar das crianças com deficiência.
e. Educação especial deve ser organizada de forma paralela à educação comum, pois essa é a forma mais apropriada para a aprendizagem dos alunos que apresentam deficiência.
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A resposta correta é: Educação especial atua de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos..
Questão 3
Correto
Atingiu 6 de 6
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Texto da questão
A escola é um dos principais espaços de convivência social durante as primeiras fases do desenvolvimento humano. Ela tem papel primordial no desenvolvimento da consciência da cidadania e de direitos, já que é na escola que a criança e o adolescente começam a conviver num coletivo diversificado, fora do contexto familiar. A esse respeito, julgue os itens a seguir:
I. É no dia a dia escolar que crianças e jovens, enquanto atores sociais tem acesso aos diferentes conteúdos curriculares, os quais devem ser organizados de forma a efetivar a aprendizagem. Para alcançar este objetivo, a escola precisa ser organizada de forma a garantir que cada ação pedagógica resulte em uma contribuição para o processo de aprendizagem de cada aluno.
II. Todas as escolas poderão alcançar objetivos significativos, para os alunos e para a comunidade nas quais se encontram inseridas, sem um projeto que norteie e dê suporte para a ação de cada um de seus agentes.
III. À medida que todos forem envolvidos na reflexão sobre a escola, sobre a comunidade da qual se originam seus alunos, sobre as necessidades dessa comunidade, sobre os objetivos a serem alcançados por meio da ação educativa, a escola passa a ser sentida como realmente ela é: de todos e para todos.
IV. Uma escola somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver organizada para favorecer a cada aluno, independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social ou qualquer outra situação.
V. A construção de uma escola inclusiva implica em transformações no contexto educacional: transformações de ideias, de atitudes, e da prática das relações sociais, tanto no âmbito político, no administrativo, como no didático-pedagógico.
Assinale a alternativa que apresenta somente itens CORRETOS:
Escolha uma:
a. I, IV e V.
b. I, III, IV e V.
c. I, II, III e V.
d. II, III, IV e V.
e. I, II, III e IV.
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A resposta correta é: I, III, IV e V..
Questão 4
Correto
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Texto da questão
A escola inclusiva baseia-se na defesa de princípios e valores éticos, nos ideais de cidadania, justiça e igualdade para todos. Para que se torne realidade, a escola precisa responder às necessidades dos alunos. Nesse sentido, é fundamental:
Escolha uma:
a. Um currículo diferenciado para cada segmento da sociedade, adaptando os conteúdos escolares às especificidades dos alunos, sejam elas de fundo social, econômico, cultural, étnico, religioso, político, físico ou intelectual.
b. Evitar discussões na sala de aula que possam evidenciar posicionamentos diferenciados, pois cada grupo deve garantir sua identidade podendo se defender da perda de suas características, mantendo-as intactas.
c. Uma transformação e democratização da educação que envolva o compromisso de pais, professores, especialistas, agentes do poder público e de outros atores sociais.
d. Que a escola seja um espaço que receba todas as crianças indistintamente e possa se adaptar de tal forma que não precise de aparelhamento específico, professores especializados e nem reformas do espaço físico.
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A resposta correta é: Uma transformação e democratização da educação que envolva o compromisso de pais, professores, especialistas, agentes do poder público e de outros atores sociais..
Questão 5
Correto
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Texto da questão
A Educação Inclusiva não deve ser confundida como Educação Especial, porém, a segunda esta inclusa na primeira. Em outras palavras, a Educação Inclusiva é a forma de:
Escolha uma:
a. Inclusão de jovens e adultos no ensino médio.
b. Promover a aprendizagem e o desenvolvimento de todos.
c. Promovera aprendizagem de crianças somente na educação infantil.
d. Inclusão de crianças no ensino fundamental.
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A resposta correta é: Promover a aprendizagem e o desenvolvimento de todos..
Questão 6
Incorreto
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Texto da questão
Reza a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, de 2008, que, do nascimento aos três anos, o atendimento educacional especializado se expressa por meio de serviços de intervenção precoce que objetivam otimizar o processo de desenvolvimento e aprendizagem em interface com os serviços de saúde e assistência social. A intervenção precoce pressupõe:
I. A intervenção, no momento do nascimento, com intervenção cirúrgica e/ou fisioterapia, evitando que o desenvolvimento dessas crianças se encaminhe para transtornos ou deficiências graves.
II. A implementação, o mais cedo possível, da estimulação, com base em técnicas neuroevolutivas planejadas, favorecendo a atuação sobre o sistema nervoso que ainda se encontra plástico e moldável;
III. Que a intervenção junto ao bebê em risco, já nos primeiros meses, estimule as vias sensoriais e motoras, assim como seja organizado o seu ambiente de maneira mais adequada e favorável.
É/São VERDADEIRO(S) o(s) item/itens
Escolha uma:
a. I.
b. II.
c. I e III.
d. II e III.
e. I e II.
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Sua resposta está incorreta.
A resposta correta é: I e III..
Questão 7
Correto
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Texto da questão
As necessidades básicas de aprendizagem das pessoas portadoras de necessidades educativas especiais requerem atenção especial. É preciso tomar medidas que garantam a igualdade de acesso à educação aos portadores de todo e qualquer tipo de deficiência como parte integrante do sistema educativo. Sendo assim, sobre a Educação Inclusiva, é CORRETO afirmar:
Escolha uma:
a. A Educação Inclusiva reconhece que todas as escolas e sistemas de educação precisam mudar no sentido de incluir avaliações padronizadas no processo de ensino aprendizagem, propondo um currículo de base tradicional.
b. A Educação Inclusiva reconhece que todas as escolas e sistemas de educação precisam mudar no sentido de encontrar respostas para as necessidades individuais de todos os educandos, com ou sem dificuldades.
c. A educação inclusiva é aquela que mantém os educandos em escolas especiais, com ensino adaptado.
d. A educação inclusiva tem como prioridade a prática pedagógica tradicional, preparando os alunos para que consigam inserir-se no exigente e competitivo mercado de trabalho.
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A resposta correta é: A Educação Inclusiva reconhece que todas as escolas e sistemas de educação precisam mudar no sentido de encontrar respostas para as necessidades individuais de todos os educandos, com ou sem dificuldades..
Questão 8
Correto
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Texto da questão
Percebe-se que, em alguns anos atrás, o movimento da Educação Especial propõe a mobilização da escola para a inclusão de portadores de necessidade educativas especiais. Esse movimento surpreende a escola e a instiga a refletir sobre os fundamentos desta nova concepção e sobre a especialização de sua tarefa na convivência com alunos portadores de deficiência, assim como sua consideração na organização de todo o trabalho pedagógico a ser desenvolvido em seu meio. Diante dessa afirmativa a perspectiva da inclusão exige:
Escolha uma:
a. O repensar na conotação otimista do professor, o qual pode apresentar instrumentos didáticos voltados à pessoa humana do aluno com deficiência em desenvolver potencialidades.
b. O repensar em melhorar a comunicação entre escola e Secretarias de Educação.
c. O repensar na toda insegurança que o professor apresenta quando tem em sua sala de aula um aluno com deficiência, principalmente, quando este educador acredita que o citado aluno pode manifestar comportamento agressivo ou controverso durante atividade de ensino.
d. O repensar das condições da prática docente e das suas dimensões, bem como de suas repercussões na organização curricular e na avaliação.
e. O repensar como os alunos com deficiência podem atingir ou não determinados conhecimentos em sala de aula.
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A resposta correta é: O repensar das condições da prática docente e das suas dimensões, bem como de suas repercussões na organização curricular e na avaliação..
Questão 9
Correto
Atingiu 7 de 7
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Texto da questão
Considerando a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, assinale a opção CORRETA.
Escolha uma:
a. Restringe a participação da família e da comunidade, pois não possuem formação apropriada para lidar com as demandas do aluno.
b. Não tem condições de garantir a continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino.
c. Não requer atendimento educacional especializado, pois o aluno deve inserir-se no contexto regular de ensino.
d. Requer a formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão escolar.
e. A transversalidade da educação especial é uma exigência da educação básica.
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A resposta correta é: Requer a formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão escolar..
Questão 10
Correto
Atingiu 7 de 7
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Texto da questão
Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE a lacuna da frase abaixo.
A Lei nº 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência) indica que a educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados ___________ em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.
Escolha uma:
a. Aulas de reforço escolar
b. Sistema educacional inclusivo
c. Segundo professor
d. Classes especiais
e. Escolas especializadas
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Sua resposta está correta.
A resposta correta é: Sistema educacional inclusivo.
Questão 11
Correto
Atingiu 7 de 7
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Texto da questão
De acordo com a Política Nacional de Educação Especial, na Perspectiva da Educação Inclusiva, NÃO podemos afirmar que:
Escolha uma:
a. Tem como objetivo o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares, orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades educacionais especiais.
b. Para atuar na educação especial, o professor deve ter como base da sua formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência, bem como conhecimentos gerais da área.
c. Constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.
d. Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a integrar a proposta pedagógica da escola regular, promovendo o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
e. O atendimento educacional especializado tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas.
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A resposta correta é: Para atuar na educação especial, o professor deve ter como base da sua formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência, bem como conhecimentos gerais da área..
Questão 12
Correto
Atingiu 7 de 7
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Texto da questão
A Política Nacional de Educação Especial, na Perspectiva da Educação Inclusiva/2008,propõe, EXCETO:
Escolha uma:
a. Que a escola contemple todos os alunos, mesmo aqueles com severas limitações, que não conseguem aprender os conteúdos escolares, mas que se beneficiem da convivência com os outros alunos. Por conseguinte, os alunos, nestas condições, podem receber, como complemento, o Atendimento Educacional Especializado.
b. A mudança de valores, atitudes e práticas educacionais para atender a todos os estudantes, sem nenhum tipo de discriminação, assegurando-lhes uma educação de qualidade.
c. Que a intencionalidade da educação seja voltada diretamente para a preparação dos indivíduos para o desempenho de funções específicas: mão de obra qualificada para o mercado de trabalho, ou seja, funções atreladas ao desenvolvimento econômico do país.
d. Que no contexto escolar, todos aprendem a viver coletivamente, a repartir tarefas e dividir responsabilidades, pois a valorização da diversidade de talentos humanos é um exercício que desenvolve as ações dos alunos e que resulta do trabalho em grupos heterogêneos.
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A resposta correta é: Que a intencionalidade da educação seja voltada diretamente para a preparação dos indivíduos para o desempenho de funções específicas: mão de obra qualificada para o mercado de trabalho, ou seja, funções atreladas ao desenvolvimento econômico do país..
Questão 13
Correto
Atingiu 7 de 7
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Texto da questão
Tendo como referência o Capítulo V da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 que dispõe sobre a Educação Especial, marque com V as afirmações VERDADEIRAS e com F as FALSAS.
(  ) O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.
(  ) A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de quatro a seis anos, durante a educação infantil.
(  ) O poder público deverá instituir cadastro nacional de alunos com altas habilidades ou superdotação matriculados na educação básica e na educação superior, a fim de fomentar a execução de políticas públicas destinadas ao desenvolvimento pleno das potencialidades desse alunado.
(  ) O poder público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, na própria rede pública regular de ensino.
A sequência CORRETA de cima para baixo é:
Escolha uma:
a. V – F – F – V.
b. V – F – V – V.
c. V – V – F – F.
d. V – V – F – V.
e. V – V – V – V.
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Sua resposta está correta.
A resposta correta é: V – F – V – V..
Questão 14
Correto
Atingiu 7 de 7
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Texto da questão
Como resultado da Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais, realizada em 1994, na cidade espanhola de Salamanca, a Declaração de Salamanca trata de princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais. A Declaração de Salamanca foi um documento assinado por vários países e se constituiu como um importante marco na luta pelos direitos humanos, pela igualdade de oportunidades para todas as pessoas e pela participação social efetiva da pessoa com deficiência. A principal premissa a ser defendida por essa Declaração, com relação ao sistema de ensino, foi que a educação deve se organizar:
Escolha uma:
a. Criando turmas específicas para o atendimento especial.
b. Depois que absorver profissionais especializados.
c. Para oferecer vagas nos Anos Iniciais da Educação Fundamental.
d. Com a realização efetiva de parcerias com a Saúde.
e. De forma a atender a todos os alunos na rede regular.
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Sua resposta está correta.
A resposta correta é: De forma a atender a todos os alunos na rede regular..
Questão 15
Correto
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Texto da questão
A respeito da educação especial no Brasil, é CORRETO afirmar que:
Escolha uma:
a. A política nacional de educação especial na perspectiva inclusiva tem por fim oferecer às pessoas com deficiências e/ou transtornos, oportunidades de acesso, participação e aprendizagem em escolas regulares. 
b. O atual Plano Nacional de Educação é omisso em relação a esse assunto.
c. A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva inclusiva adotada no Brasil é referência em muitos países da América Latina. 
d. Apesar dos esforços, o Brasil ainda não conseguiu construir uma política dessa natureza.
e. A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva inclusiva tem como principal foco o atendimento a pessoas com deficiência; com transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, em instituições especializadas que possam atender adequadamente às suas necessidades.
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Sua resposta está correta.
A resposta correta é: A política nacional de educação especial na perspectiva inclusiva tem por fim oferecer às pessoas com deficiências e/ou transtornos, oportunidades de acesso, participação e aprendizagem em escolas regulares. .

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