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S15 P2 S16 P1- coluna cervical ombro

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1 Gabi Vieira 01/23 MEDFipGbi 
Sistemas orgânicos integrados 
OBJETIVOS: 
1. Revisar a morfofisiologia da coluna e musculatura cervical; 
2. Explicar a fisiopatologia associada à cervicalgia. 
3. Entender como a tecnologia pode desencadear as 
manifestações ortopédicas; 
4. Conhecer a farmacodinâmica dos AINES e AIES. 
5. Revisar a morfofisiologia da articulação do ombro; 
6. Discutir a fisiopatologia da Síndrome do manguito rotador. 
7. Conhecer a farmacodinâmica dos opioides. 
8. Discutir os aspectos legais da saúde do trabalhador. 
Coluna cervical 
Os corpos das vértebras cervicais (C I a C VII) são menores que os das outras vértebras, exceto aquelas que formam o cóccix. Seus arcos 
vertebrais, no entanto, são maiores. 
Todas as vértebras cervicais apresentam três forames: um forame vertebral e dois forames transversos. Os forames vertebrais das vértebras 
cervicais são os mais largos da coluna espinal porque alojam a intumescência cervical da medula espinal. Cada processo transverso cervical 
contém um forame transversário, através do qual passam a artéria vertebral e sua veia acompanhante, além de fibras nervosas. 
Os processos espinhosos de C II a C VI são muitas vezes bífidos – isto é, se ramificam em duas projeções pequenas nas extremidades. 
As duas primeiras vértebras cervicais são consideravelmente diferentes das outras. O atlas (C I), uma referência à figura mitológica de Atlas, 
que sustentava o mundo nos ombros, é a primeira vértebra cervical abaixo do crânio. O atlas é um anel ósseo com arco anterior e arco 
posterior e grandes massas laterais. Não apresenta corpo nem processo espinhoso. As superfícies superiores das massas laterais, chamadas 
faces articulares superiores, são côncavas e se articulam com os côndilos occipitais do occipital para formar o par de articulações 
atlantoccipitais. Essas articulações possibilitam o movimento de anuência. As superfícies inferiores das massas laterais, as faces articulares 
inferiores, se articulam com a segunda vértebra cervical. Os processos transversos e os forames transversos do atlas são bastante grandes. 
A segunda vértebra cervical (C II), o Axis, apresenta corpo vertebral. Um processo chamado dente ou processo odontoide se projeta 
superiormente pela porção anterior do forame vertebral do atlas. O dente serve de eixo em torno do qual a cabeça faz rotação. Esse arranjo 
possibilita o movimento lateral da cabeça, como quando se quer fazer o sinal de “não”. A articulação formada entre o arco anterior do atlas e 
o dente do áxis, e entre suas faces articulares, é chamada de articulação atlantoaxial. Em algumas situações de trauma, o dente do áxis pode 
ser projetado contra o bulbo, sendo esse tipo de lesão a causa usual de morte das lesões por mecanismo de chicote (lesão por flexão extensão 
súbitas). 
A terceira, a quarta, a quinta e a sexta vértebras cervicais (C III a C VI), correspondem ao padrão estrutural de uma vértebra cervical típica 
previamente descrita. A sétima vértebra cervical (C VII), chamada de vértebra proeminente, é um tanto diferente, revelando um processo 
espinhoso grande e não bífido que pode ser percebido e palpado na base do pescoço, mas, sob outros aspectos, é típica. 
 
Problema S15 P2 + S16 P1 
 
 
2 Gabi Vieira 01/23 MEDFipGbi 
 
COMPARANDO: 
A articulação entre o occipital e a primeira vértebra cervical (articulação atlanto-occipital) permite aproximadamente um terço da flexão e 
extensão e metade da flexão lateral do pescoço. 
A articulação entre a primeira e a segunda vértebra cervical (articulação atlantoaxial) permite 50% da amplitude de movimento rotacional. 
As articulações entre a segunda e a sétima vértebra cervical permitem aproximadamente dois terços da flexão e extensão, 50% da rotação e 
50% da flexão lateral. 
Os músculos cervicais e trapézio têm duas funções principais: apoiar e fornecer movimento e alinhamento para a cabeça e o pescoço e 
proteger a medula espinhal e os nervos espinhais quando a coluna vertebral está sob estresse mecânico. 
A coluna cervical normal tem uma lordose superficial, que é mantida pelos músculos do pescoço. A lordose pode ser diminuída em pacientes 
com alterações degenerativas. Alterações degenerativas graves da coluna cervical podem resultar em reversão da lordose. A lordose também 
pode se acentuar na compensação em pacientes com cifose torácica proeminente. Alterações no alinhamento da coluna vertebral, no entanto, 
não foram claramente demonstradas como causadoras de dor cervical. 
 
3 Gabi Vieira 01/23 MEDFipGbi 
Cervicalgia 
Causas 
Embora o diagnóstico diferencial de dor no pescoço em adultos seja amplo, a maioria dos casos é causada por condições musculoesqueléticas 
(por exemplo, tensão cervical, espondilose cervical, dor discogênica cervical), com o restante relacionado a doenças neurológicas (por 
exemplo, radiculopatia cervical) e não espinhais ( por exemplo, infecção, malignidade, doença reumatológica) distúrbios. 
Nem sempre é possível identificar claramente a causa, em parte porque as alterações degenerativas são comuns e inespecíficas. 
Frequentemente, várias condições da coluna cervical ocorrem juntas (por exemplo, radiculopatia com degeneração do disco), de modo que a 
identificação de uma única etiologia pode ser difícil. 
Tensão cervical 
A tensão cervical geralmente se apresenta com dor e/ou rigidez no movimento do pescoço. 
Muitas vezes, há uma história de lesão anterior dos músculos paravertebrais cervicais, embora possa resultar do estresse físico da vida 
cotidiana, incluindo má postura e hábitos de sono. 
Em alguns casos, pode não haver uma causa precipitante clara. 
O exame físico mostra sensibilidade à palpação do pescoço e dos músculos trapézio. 
Manobras provocativas para radiculopatia cervical são negativas. 
O diagnóstico de distensão cervical é feito com base na apresentação clínica. A imagem é desnecessária. 
Dor e rigidez no pescoço podem durar até seis semanas; diagnósticos alternativos devem ser considerados em pacientes com sintomas mais 
duradouros ou atípicos. 
Espondilose cervical 
"espondilose" é um termo inespecífico usado para descrever efeitos geralmente atribuídos a alterações degenerativas na coluna vertebral, 
geralmente com produção de osteófitos. 
Alterações degenerativas são achados comuns em exames de imagem em indivíduos assintomáticos. 
Dependendo de onde ocorrem as alterações espondilóticas, pode haver radiculopatia associada 
As anormalidades observadas na imagem da coluna cervical incluem a formação de osteófitos ao longo dos corpos vertebrais e alterações nas 
articulações facetárias e na lâmina em vários níveis vertebrais. 
No entanto, a correlação entre o grau da doença na imagem e a presença ou gravidade da dor é pobre. 
Dado que a doença articular degenerativa multinível é normalmente observada em indivíduos assintomáticos, a atribuição confiável de 
sintomas cervicais à espondilose cervical é difícil. 
Dor discogênica cervical 
A dor discogênica cervical resulta da degeneração do disco. Apresenta-se tipicamente com dor e/ou rigidez ao movimento do pescoço, que às 
vezes está associada a dor nas extremidades superiores. 
Os sintomas geralmente são exacerbados quando o pescoço é mantido em uma posição por períodos prolongados, como ocorre ao dirigir, ler 
ou trabalhar em um computador. 
O exame físico mostra diminuição da amplitude de movimento associada à dor e os sinais radiculares cervicais geralmente estão ausentes. 
Manobras provocativas para radiculopatia cervical são negativas. 
A dor nesse cenário é em grande parte mecânica, resultante do desarranjo na arquitetura do disco e da incapacidade de distribuir 
efetivamente as pressões entre o disco, as placas terminais vertebrais e as articulações facetárias. 
Pode ocorrer com ou sem inflamação local. 
O diagnóstico de dor discogênica cervical pode ser suspeitado com base na apresentação clínica. 
Achados de alterações degenerativas dos discosna ressonância magnética (MRI) são favoráveis; no entanto, esses achados são muito comuns 
em indivíduos assintomáticos e pode ser difícil atribuir de forma confiável a dor cervical a alterações discogênicas. 
 
4 Gabi Vieira 01/23 MEDFipGbi 
Assim, o termo "dor discogênica cervical"(ou alternativamente "síndrome de ruptura do disco interno cervical") é usado para descrever 
pacientes sintomáticos com dor cervical relacionada ao disco, enquanto o termo mais amplo "degeneração do disco" refere-se aos achados de 
imagem comuns que em muitos casos têm pouco ou nenhum significado clínico. 
Lesão por chicotada 
é definida como uma lesão no pescoço resultante de um mecanismo de aceleração-desaceleração que causa extensão e flexão repentinas do 
pescoço. Essas lesões também são comumente chamadas de distensões ou entorses cervicais. 
O mecanismo de extensão-flexão pode lesar articulações, discos e ligamentos intervertebrais; músculos cervicais; e/ou raízes nervosas. A lesão 
na articulação zigapofisária, comumente referida como articulação facetária, é provavelmente a causa mais comum de dor cervical superior e 
dores de cabeça relacionadas ao efeito chicote. 
As lesões cervicais ocorrem mais comumente após colisões traseiras ou laterais com veículos automotores, mas podem ocorrer por outros 
mecanismos (por exemplo, ocupação que exija o posicionamento repetido do pescoço em extensão). Os sintomas geralmente incluem dor no 
pescoço e rigidez, que podem se apresentar imediatamente após a lesão ou podem demorar vários dias. Outros sintomas podem incluir dor de 
cabeça, dor no ombro ou nas costas, tontura, parestesias, fadiga e distúrbios do sono. 
As lesões cervicais são classificadas de acordo com os sinais e sintomas associados: 
• Grau 1 – Queixa apenas de dor ou rigidez no pescoço; sem sinais físicos 
• Grau 2 – Queixa de dor ou rigidez no pescoço com sinais musculo esqueléticos associados (por exemplo, diminuição da amplitude de 
movimento, sensibilidade pontual) 
• Grau 3 – Queixa de dor ou rigidez no pescoço com sinais neurológicos associados (por exemplo, reflexos tendinosos profundos 
diminuídos ou ausentes, fraqueza, déficits sensoriais) 
• Grau 4 – Queixa de dor ou rigidez no pescoço com fratura ou luxação associada
O termo "lesão em chicote" geralmente se refere a lesões de grau 1 a 3; lesões de grau 4 (associadas a fratura ou luxação) geralmente estão 
associadas a traumas mais substanciais e são consideradas uma entidade distinta. 
A lesão em chicotada é tipicamente diagnosticada clinicamente com base na apresentação característica e nos achados clínicos. A maioria dos 
pacientes não requer exames de imagem. 
Em pacientes com trauma recente, as regras de decisão clínica (por exemplo, critérios debaixo risco NEXUS ou regra canadense da coluna C) 
podem ser usadas para determinar a necessidade de imagem da coluna cervical. 
A lesão em chicotada é frequentemente associada a dor persistente de baixa intensidade. 
Osteoartrite da faceta cervical 
A osteoartrite da faceta cervical geralmente se apresenta com dor e/ou rigidez no movimento do pescoço. 
A dor pode surgir espontaneamente ou pode ser provocada por uma lesão em flexo-extensão. 
No último cenário, há alguma sobreposição com lesões cervicais. 
Os sintomas podem ser somaticamente referidos aos ombros, região periescapular, occipital ou membro proximal. 
O exame físico mostra diminuição da amplitude de movimento associada a espasmo do pescoço. 
Manobras provocativas para radiculopatia cervical são negativas. 
O diagnóstico de osteoartrite da faceta cervical é baseado em achados clínicos e achados de imagem correlativos de alterações osteoartríticas; 
no entanto, as alterações articulares facetárias são relativamente comuns e não se correlacionam bem com a presença ou gravidade da dor. 
O diagnóstico pode ser estabelecido de forma mais definitiva pela demonstração do alívio dos sintomas com injeção de anestésico local na 
inervação da articulação facetária. 
Síndrome de dor miofascial 
A síndrome de dor miofascial (MPS) é um distúrbio de dor regional associado a pontos-gatilho, bandas tensas e sensibilidade à pressão. A MPS 
é uma fonte relativamente comum de dor crônica na população em geral. A dor da MPS é de qualidade dolorosa profunda, ocasionalmente 
acompanhada por uma sensação de queimação ou picada. Pontos-gatilho miofasciais são achados característicos no exame físico. A dor 
geralmente ocorre em uma região anatômica, como o lado direito do pescoço e ombro. Isso distingue a MPS da fibromialgia, que geralmente 
está associada à dor generalizada, embora haja uma sobreposição considerável entre os dois diagnósticos. 
 
5 Gabi Vieira 01/23 MEDFipGbi 
Hiperostose esquelética difusa 
A hiperostose esquelética difusa (DISH) é uma síndrome de deposição óssea inadequada nas inserções dos ligamentos e tendões. Osteófitos 
grandes conectam corpos vertebrais adjacentes de maneira um tanto assimétrica. Pacientes com DISH podem ter dores no pescoço, coluna 
torácica, lombar e / ou extremidades. Rigidez matinal da coluna vertebral é comum. Alguns pacientes afetados podem se queixar de disfagia 
devido à hiperostose vertebral anterior proeminente. O diagnóstico é baseado em critérios radiográficos específicos. 
Radiculopatia / mielopatia: 
Radiculopatia cervical - refere-se à disfunção da raiz do nervo espinhal. Alterações degenerativas da coluna (por exemplo, estenose do forame 
cervical, hérnia de disco cervical) são responsáveis por 70 a 90% dos casos. Outras causas menos comuns incluem herpes zoster, radiculopatia 
de Lyme e polirradiculopatia diabética. A radiculopatia cervical geralmente se apresenta com dor, anormalidades sensoriais e / ou fraqueza na 
extremidade superior. 
Mielopatia espondilótica cervical – Mielopatia espondilótica cervical refere-se a lesão ou disfunção da medula espinhal causada por 
alterações degenerativas que estreitam o canal espinhal. Os pacientes podem apresentar uma variedade de queixas neurológicas, incluindo 
fraqueza nos membros inferiores, dificuldades na marcha ou coordenação e disfunção da bexiga ou intestino. 
Ossificação do ligamento longitudinal posterior – Ossificação do ligamento longitudinal posterior (OPLL) é uma condição de calcificação 
anormal do ligamento longitudinal posterior, geralmente na coluna cervical. Sua patogênese é desconhecida, mas é mais comum em asiáticos 
do que não asiáticos e em homens do que mulheres. 
Condições não espinhais – Muitas condições não espinhais podem apresentar uma constelação de sintomas que incluem dor no pescoço. No 
entanto, na maioria dessas condições, a dor no pescoço não é a característica mais proeminente e o diagnóstico geralmente é evidente em 
outras manifestações clínicas características (por exemplo, febre, rigidez nucal, dor ao esforço, dor difusa nas articulações): 
• Doença cardiovascular - Angina de peito e infarto do miocárdio 
• Infecção - Osteomielite, discite, abscesso profundo do pescoço, meningite 
• Malignidade - doença metastática da coluna cervical 
• Condições neurológicas - Cefaleia tensional, distonia cervical, malformações de Chiari 
• Dor no ombro referida - impacto, capsulite adesiva, ruptura do manguito rotador 
• Condições reumatológicas - Polimialgia reumática, fibromialgia 
• Síndrome do desfiladeiro torácico 
• Condições vasculares - Dissecção da artéria vertebral ou da artéria carótida 
• Etiologias viscerais - Obstrução esofágica, doença biliar, tumor pulmonar apical 
AINEs - anti-inflamatórios não esteroides 
A classe inclui derivados do ácido salicílico (ácido acetilsalicílico [AAS], diflunisal e salsalato), do ácido propiônico (ibuprofeno, fenoprofeno, 
flurbiprofeno, cetoprofeno, naproxeno e oxaprozina), do ácido acético (diclofenaco, etodolaco, indometacina, cetorolaco, nabumetona, 
sulindaco e tolmetina), do ácido enólico (meloxicam e piroxicam), de fenamatos (ácido mefenâmico e meclofenamato) e do inibidor COX-2 
seletivo(celecoxibe). 
Eles atuam, principalmente, inibindo as enzimas cicloxigenase que catalisam o primeiro estágio da biossíntese de prostanoides. Isso leva à 
redução da síntese de PGs, com efeitos desejados e indesejados. (Nota: diferenças na segurança e na eficácia dos AINEs podem ser explicadas 
pela seletividade relativa das enzimas COX-1 ou COX-2. A inibição da COX-2 parece levar aos efeitos anti-inflamatório e analgésico dos AINEs, 
ao passo que a inibição da COX-1 é responsável pela prevenção dos eventos cardiovasculares e pela maioria dos eventos adversos.) 
Fisiologia da inflamação: 
 
6 Gabi Vieira 01/23 MEDFipGbi 
 
AIEs - anti-inflamatórios esteroides 
Os anti-inflamatórios esteroides ou corticosteroides exercem potente efeito anti-inflamatório (glicocorticoide). Sua ação 
mineralocorticoide deve ser considerada na escolha do fármaco, uma vez que pode provocar retenção de água e sal, 
hipertensão e perda de potássio. Corticosteroides com grande efeito mineralocorticoide são úteis na insuficiência suprarrenal, 
mas esta característica impede seu uso para doenças que necessitem de tratamento por tempo prolongado. Neste caso, como 
nas doenças reumáticas (artrite reumatoide, lupus eritematoso sistêmico, entre outras), prefere-se aqueles com pouco efeito 
mineralocorticoide. 
As doses de corticosteroides utilizadas têm ampla variedade. Em algumas situações, como dermatite esfoliativa, pênfigo, 
leucemia aguda e rejeição aguda de transplante, altas doses podem ser necessárias para salvar ou prolongar a vida. Em algumas 
condições clínicas em que são usados por longo prazo, os efeitos adversos podem superar os problemas causados pela doença. 
Estes efeitos alteram-se na dependência das doses empregadas e da duração do tratamento. Para reduzi-los a terapia deve ser 
realizada pelo período mais curto possível e na menor dose clinicamente necessária. Da mesma forma, doses únicas diárias pela 
manhã (há maior supressão do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal em administração noturna) ou em dias alternados devem 
ser preferidas a outros esquemas de tratamento. Entretanto, o uso em dias alternados é adequado somente em certos casos e 
para corticosteroides com pouca atividade mineralocorticoide e duração de ação relativamente curta. 
Os corticosteroides são indicados por via sistêmica em várias situações clínicas, como em doenças reumáticas, doenças 
inflamatórias intestinais, algumas neoplasias malignas, insuficiência e hiperplasia suprarrenal, doenças imunopáticas e condições 
alérgicas1. Na artrite reumatoide são utilizados em pacientes com doença grave ou na presença de vasculite e no controle da 
atividade da doença durante a terapia inicial com fármacos modificadores de doença reumática. Estudos sugerem que dose 
baixa de corticosteroide iniciada nos 2 primeiros anos da doença moderada a greve pode reduzir o grau de destruição articular. 
 
7 Gabi Vieira 01/23 MEDFipGbi 
A menor dose possível deve ser utilizada durante 2 a 4 anos e depois reduzida gradualmente para evitar possíveis efeitos do uso 
por longo prazo. 
Na falha de outras intervenções terapêuticas, seu uso tópico pode ser considerado para doenças inflamatórias da pele, como 
psoríase, dermatite atópica e dermatite seborreica. Na psoríase, corticosteroides de baixa potência são preferíveis para face e 
regiões de dobras, enquanto os mais potentes são mais apropriados para couro cabeludo, mãos e pés. Efeito rebote pode 
ocorrer no término do tratamento, resultando em formas de mais difícil controle na psoríase. Por inalação os corticosteroides 
têm relevância no tratamento da asma persistente e da rinite não alérgica e alérgica moderada a grave. 
Quando possível a via de administração local deve ser preferida ao tratamento sistêmico visando reduzir os efeitos adversos. 
A utilização de corticosteroides por longo prazo causa supressão da atividade da glândula suprarrenal, que pode persistir por 
anos depois da interrupção do tratamento. A retirada abrupta subsequente ao uso por um período prolongado pode provocar 
insuficiência suprarrenal aguda, hipotensão ou até óbito. Outros sinais e sintomas possíveis são febre, mialgia, artralgia, rinite, 
conjuntivite, nódulos cutâneos dolorosos e pruriginosos e perda de peso. 
A retirada gradual da terapia sistêmica com corticosteroides é necessária se tiverem sido administrados: cursos repetidos 
recentemente, um curso curto em 1 ano depois da interrupção de tratamento prolongado, mais de 40 mg por dia de 
prednisolona (ou equivalente), doses repetidas no final do dia ou mais de 3 semanas de tratamento. Também deve ser 
considerada na vigência de outras possíveis causas de supressão suprarrenal. Durante a retirada a dose pode ser reduzida 
rapidamente até doses fisiológicas (equivalente a 7,5 mg por dia de prednisolona) e depois mais lentamente. 
 
Ombro 
O ombro é uma parte anatômica complexa, que liga a cintura escapular ao membro superior e que garante o posicionamento e movimentação 
do braço em diversos pontos do espaço. 
Alguns músculos do ombro compõem o manguito rotador, uma estrutura responsável por movimentar e dar estabilidade ao ombro, que são o 
infraespinhal, o supraespinhal, o redondo menor e o subescapular, junto com seus tendões e ligamentos. 
O ombro, articulação proximal do membro superior, é a mais móvel de todas as articulações do corpo humano. Possui três graus de liberdade, 
o que permite orientar o membro superior em relação aos três planos do espaço: 
 
8 Gabi Vieira 01/23 MEDFipGbi 
1) Eixo transverso, incluído no plano frontal: Permite movimentos de fIexão-extensão realizados no plano sagital. 
2) Eixo sagital ou anteroposterior (AP): que permite os movimentos de abdução (o membro superior se afasta do plano de simetria do corpo), 
adução (o membro superior se aproxima ao plano de simetria) realizados no plano frontal 
3) Eixo axial ou vertical, determinado pela intersecção do plano sagital e do plano frontal: Corresponde à terceira dimensão do espaço; dirige 
os movimentos de flexão e de extensão realizados no plano horizontal, o braço em abdução de 90°. 
O eixo longitudinal do úmero (4) permite a rotação externa e interna do braço e do membro superior de duas maneiras: 
a) rotação voluntária (também denominada "rotação adjunta') que utiliza o terceiro grau de liberdade e não é possível senão for em 
articulações de três eixos (as enartroses), deve-se à contração dos músculos rotadores; 
b) a rotação automática (também denominada "rotação conjunta") que aparece sem nenhuma ação voluntária nas articulações de dois eixos, 
ou nas articulações de três eixos quando funcionam como articulações de dois eixos. 
A posição de referência é definida como: O membro superior pende ao longo do corpo, verticalmente, de maneira que o eixo longitudinal do 
úmero (coincide com o eixo vertical. Na posição de abdução a 90° o eixo longitudinal coincide com o eixo transversal. 
Na posição de flexão de 90°, coincide como o eixo anteroposterior. Portanto, o ombro é uma articulação com três eixos principais e três graus 
de liberdade; o eixo longitudinal do úmero pode coincidir com um dos dois eixos ou se situar em qualquer posição intermédia para permitir o 
movimento de rotação externa/interna. 
Componentes anatômicos 
Cápsula articular: Saco fino e frouxo que envolve de maneira completa a articulação e se estende da cavidade glenoidal até o colo anatômico 
do úmero. A parte inferior da cápsula é sua área mais fraca. 
Ligamento coracoumeral: Ligamento largo e forte que reforça a parte superior da cápsula articular e se estende do processo coracoide da 
escápula até o tubérculo maior do úmero. O ligamento reforça as partes superior e anterior da cápsula articular. 
Ligamentos glenoumerais: Três espessamentos da cápsula articular sobre a face anterior da articulação que se estendem da cavidade glenoidal 
até o tubérculo menor e o colo anatômico do úmero. Esses ligamentos são muitas vezes indistintosou ausentes e conferem apenas um reforço 
mínimo. Eles desempenham função na estabilização articular quando o úmero se aproxima ou excede seus limites de movimento. 
Ligamento transverso do úmero: Lâmina estreita que se estende entre os tubérculos maior e menor do úmero. O ligamento atua como um 
retináculo (faixa de retenção de tecido conjuntivo) para segurar o tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial. 
Lábio glenoidal: Margem estreita de fibrocartilagem em torno da circunferência externa da cavidade glenoidal, que aprofunda discretamente e 
aumenta discretamente esta cavidade. 
Bolsas: Quatro bolsas estão associadas à articulação do ombro. São elas as bolsas subtendínea do m. subescapular, subdeltóidea, subacromial 
e subcoracóidea. 
 
9 Gabi Vieira 01/23 MEDFipGbi 
 
 
Movimentos 
A articulação do ombro possibilita flexão, extensão, hiperextensão, abdução, adução, rotação medial, rotação lateral e circundução do braço. 
A articulação do ombro apresenta mais liberdade de movimento do que qualquer outra articulação do corpo. Essa liberdade resulta da 
frouxidão da cápsula articular e da pouca profundidade da cavidade glenoidal em relação ao grande tamanho da cabeça do úmero. 
Embora os ligamentos da articulação do ombro reforcem-na até certo ponto, grande parte da estabilidade da articulação vem dos músculos 
que circundam a articulação, especialmente os músculos do manguito rotador. Esses músculos (supraespinal, infraespinal, redondo menor e 
subescapular) ancoram o úmero na escápula. Os tendões dos músculos do manguito rotador envolvem a articulação (exceto a porção inferior) 
e circundam intimamente a cápsula articular. Os músculos do manguito rotador atuam como um grupo que mantém a cabeça do úmero na 
cavidade glenoidal. 
 
10 Gabi Vieira 01/23 MEDFipGbi 
Articulações: 
3 anatomicamente verdadeiras e duas pseudoarticulações 
Glenoumeral: Lig. Glenoumerais ( sup.medio.inferior); cabeça do úmero + cavidade glenoide; mais móvel do corpo humano; Multiaxial; há uma 
dependência de alguns músculos (o manguito rotador); abdução, adução, rotações, elevações... 
Esternoclavicular: Clavícula + parte lateral e superior manúbrio esternal cartilagem da 1 costela; multiaxial (retração, protusão, depressão e 
rotação posterior); ligamentos (interclavicular, costoclavicular e Esternoclavicular) 
Acromioclavicular: Lig. Acromioclaviculares superior e inferior; Lig. Coracoacromial, Lig. Conoide e trapezoide; uniaxial (deslizamento) 
Escapulotoracica: 
Subacromial: 
Músculos: 
Deltoide: As fibras anteriores fazem flexão e rotação medial do braço, as médias abduzem e as posteriores fazem extensão e rotação lateral. 
Cintura escapular possui 4 articulações: 
 
Síndrome do manguito rotador 
Dor no ombro é uma queixa comum em consultórios de atenção primária e clínicas de medicina esportiva. A patologia do manguito rotador é 
a condição mais comum do ombro para a qual os pacientes procuram tratamento, responsável por cerca de 70% dos quadros de dor no 
ombro. Ocorrem principalmente em pacientes ao redor dos 40-60 anos e podem ser de origem traumática ou degenerativa. 
A síndrome do impacto representa um amplo espectro de distúrbios, abrangendo, em um espectro progressivo, tanto bursite subacromial 
quanto tendinite do manguito, culminando inclusive com ruptura parcial ou completa deste. 
Os músculos que fazem parte do manguito rotador são: supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular. 
O tendão supraespinal insere-se no tubérculo ou tuberosidade maior do úmero, junto ao infraespinal e ao redondo menor. O subescapular 
insere-se no tubérculo ou na tuberosidade menor. 
Pseudoarticulações 
 
11 Gabi Vieira 01/23 MEDFipGbi 
A lesão do manguito é a ruptura parcial ou total de um ou mais tendões do manguito rotador, sendo o supraespinal o mais acometido. A lesão 
ocorre pelo impacto da porção tendinosa do supraespinal e de outros tendões contra o arco coracoacromial – borda anteroinferior do 
acrômio, ligamento coracoacromial e borda lateral do processo coracoide –, que inflamam, degeneram e podem romper-se de maneira parcial 
ou total. 
Outros mecanismos de lesão do manguito são o pós-traumático, em pacientes jovens, e o degenerativo, particularmente em idosos. 
O paciente com lesão do manguito rotador queixa-se de dor na região subacromial, que piora à elevação e tende a ser mais intensa à noite. 
A tendinite do supraespinal também pode ser causada por processo degenerativo primário e por depósitos de cálcio, patologia conhecida 
como tendinite calcária. A tendinite calcária tem etiologia desconhecida. 
Os testes especiais clínicos mais utilizados para avaliar a síndrome do impacto e a lesão do manguito rotador são: 
Teste de Neer 
O membro superior, em extensão e rotação neutra, é elevado rápida e passivamente no plano da escápula pelo examinador. O teste é positivo 
se o paciente apresentar dor causada pelo impacto do tubérculo maior contra o acrômio. 
Teste do impacto de Yocum 
O paciente, com a mão no ombro oposto, eleva ativamente o cotovelo. O teste é positivo se há dor provocada pelo impacto do tubérculo 
maior contra o arco coracoacromial. 
Teste do impacto de Hawkins-Kennedy 
O membro superior é colocado em 90° de elevação com o cotovelo fletido também a 90°. Rapidamente, o examinador roda internamente o 
membro superior, provocando impacto do tubérculo maior contra o ligamento coracoacromial e do tubérculo menor contra o processo 
coracoide. 
Teste de Jobe 
Avalia o tendão supraespinal. O paciente realiza elevação ativa contra resistência oposta pelo examinador, com o membro em rotação interna. 
Pode apresentar desde dor, acompanhada ou não de diminuição de força, até incapacidade de elevar o membro, indicando ruptura completa. 
Teste de Patte 
Avalia o tendão infraespinal, responsável pela rotação externa. O membro é posicionado em abdução de 90° e o cotovelo a 90°, e o paciente 
realiza rotação externa do membro contra resistência oposta pelo examinador. Pode apresentar desde dor – tendinite –, acompanhada ou não 
de diminuição de força, até incapacidade para realizar a rotação externa, indicando ruptura completa. 
Teste de Gerber 
Avalia o tendão subescapular, responsável pela rotação interna. O paciente coloca o dorso da mão no nível de L5 e o afasta ativamente das 
costas, rodando internamente o braço. A incapacidade de afastar ou de manter o afastamento indica lesão do subescapular. 
As radiografias ajudam a excluir outras causas de dor no ombro, como a tendinite calcária, sequelas de fraturas e a osteoartrite. A ecografia 
apresenta baixo custo, não é invasiva, mas é examinador-dependente e dificilmente detecta lesões menores de 1 cm. A Ressonância Nuclear 
Magnética (RNM) é o padrão-ouro, uma vez que confirma o diagnóstico e fornece informações úteis quanto ao grau de trofismo muscular e à 
extensão da degeneração gordurosa – lipossubstituição –, que ocorre nas lesões crônicas. Também pode ser utilizada a artrorressonância – 
ressonância em conjunto com a infiltração articular –, para melhorar a sensibilidade e a especificidade da ressonância. 
Opioides 
O ópio é um extrato do suco da papoula Papaver somniferum, que contém morfina, o agonista de opioides prototípico, e outros alcaloides 
relacionados. 
Os opioides são medicamentos analgésicos. A sua indicação principal é para o controle da dor moderada e grave. 
Mecanismo de ação: 
A maioria dos opioides age pelo mesmo mecanismo de ação, a única exceção é o Tramadol. 
Esse mecanismo consiste, basicamente, na ativação de receptores localizados no Sistema Nervoso Central (SNC): Mu – principal responsável 
pela ação analgésica -, Kappa e Delta. Esses receptores são acoplados à proteína G inibitória, que irá inibir a enzima adenilato ciclase e, por 
consequência, diminuirá a quantidade intracelular disponível de 3′,5′-monofosfato cíclico (AMPc). 
 
12 Gabi Vieira 01/23 MEDFipGbi 
A redução do AMPc será a responsável por afetarsignificativamente a função celular do neurônio, pois causará abertura de canais de potássio, 
o que, por sua vez, irá hiperpolarizar os neurônios, deixando-os “inativos”. 
O efeito disso é a redução de sinapses e é isso o que paralisa a passagem de informações referente à dor. 
Ressalta-se, ainda, que os opioides atuam em várias funções fisiológicas, como na modulação do Trato Gastrointestinal (TGI), no sistema 
endócrino e na aprendizagem e memória. Os fármacos derivados do ópio atuam também no sistema de recompensa do SNC, causando 
euforia; uma vez que liberam dopamina no núcleo accumbens, inibindo a secreção de ácido gama-aminobutílico (GABA) pelos 
neurônios da área tegmentar ventral. 
Efeitos adversos 
Quando se fala de opioides, os principais efeitos adversos que logo vem à mente são: Euforia, depressão respiratória e constipação. 
Tais efeitos adversos são responsáveis pela resistência a sua prescrição e, além destes já citados, ainda podemos citar: A Hiperalgesia Induzida 
por Opioides (HIO), que ocorre principalmente na dor crônica não maligna, e a tolerância medicamentosa, que pode resultar em dependência 
física e abstinência. 
Principais Representantes 
Os principais opioides utilizados são: Morfina, Codeína, Tramadol, Meperidina, Metadona e Fentanil: 
Codeína 
A codeína é um opioide fraco, que possui menor tendência em causar tolerância em relação aos principais opioides. Ela é considerada um pró-
fármaco clássico, pois aumenta a biodisponibilidade e diminui a toxicidade. A sua administração geralmente é por via oral e sua metabolização 
é hepática, de forma que parte dos seus metabólitos são convertidos em morfina pelo fígado. 
Morfina 
A morfina é um opioide de intensidade moderada, usado para o manejo da dor aguda ou crônica, sendo bastante utilizada em pacientes com 
dor moderada a grave. É um medicamento que possui rápida absorção por via oral, é de metabolização hepática, excreção renal e possui 
rápida liberação, com início da sua ação em 30 minutos e duração de 4 horas. 
Tramadol 
Possui um mecanismo de ação próprio, pois possui pouca afinidade com os receptores Mu. O seu mecanismo consiste na inibição da 
recaptação de noradrenalina e serotonina na via descendente da dor. A sua administração geralmente é por via oral, intravenosa ou 
supositório retal, sendo indicado para dores moderadas. 
Meperidina 
A meperidina é um opioide sintético, que possui efeito analgésico, ação espasmolítica e anti-histamínica suave. Ela é administrada por via 
intramuscular, mas também pode ser administrada por via oral. Ela é de metabolização hepática e excreção renal, possui curta duração e 
pode causar dependência precoce. Por isso, é utilizada em dor aguda, mas dá-se preferência a outras drogas para o manejo da dor crônica. 
Metadona 
A metadona é um opioide lipossolúvel, ou seja, é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica. Comumente, é administrada por via oral, 
sendo bem absorvida e tendo longo tempo de meia vida. Em comparação à morfina, a metadona possui maior biodisponibilidade, maior meia 
vida, maior ligação plasmática e sofre menos influência por disfunção renal, entretanto, sofre maior influência pela disfunção hepática. O seu 
efeito analgésico dura de 6 a 8 horas, é 10 vezes mais potente que a morfina e produz menos náuseas, constipação e sedação. 
Fentanil 
O fentanil é um opioide de curta duração, com potência analgésica de 80 a 100 vezes maior que a morfina. As suas principais vantagens são o 
seu início rápido de ação (devido a sua alta lipossolubilidade) e a não produção de metabólitos ativos. Geralmente, ele é administrado 
por via intravenosa, intramuscular ou subcutânea.

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