Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Análises Clínicas I Questões de Revisão – N2 Profª: Lisiane Vaz _______________________________________ 1. Na história natural do diabetes mellitus (DM), alterações fisiopatológicas estão presentes antes que os valores glicêmicos atinjam níveis supranormais. A condição na qual os valores glicêmicos estão acima dos valores de referência, mas ainda abaixo dos valores diagnósticos de DM, denomina-se pré-diabetes. Na maioria dos casos de pré-diabetes, a doença é assintomática, e o diagnóstico deve ser feito com base em exames laboratoriais. No tocante a esses exames, é correto afirmar que: A) a hemoglobina glicada oferece vantagens ao refletir níveis glicêmicos dos últimos 3 a 4 meses, e ao sofrer menor variabilidade no dia a dia e depender do estado de jejum para sua determinação. B) a hemoglobina glicada é uma medida indireta da glicemia, que sofre interferência de algumas situações, como anemias, hemoglobinopatias e uremia, nas quais é preferível diagnosticar o estado de tolerância à glicose. C) o TOTG permite avaliar a glicemia após sobrecarga, com ingestão de 75 g de glicose dissolvida em água, a qual pode ser a única alteração detectável no início do DM, refletindo a perda da última fase da secreção de insulina. D) a confirmação do diagnóstico de DM requer repetição dos exames alterados, idealmente o mesmo exame alterado em amostra única de sangue, na ausência de sintomas inequívocos de hiperglicemia. E) pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia, tais como oligúria, polidipsia, polifagia e emagrecimento, devem ser submetidos à dosagem de glicemia ao acaso e independente de jejum. 2. O que ocorre na Diabetes Tipo I? A) É uma condição crônica em que o pâncreas produz insulina, mas em menor quantidade, e essa quantidade produzida não tem função ao organismo, sendo eliminada. B) O paciente não consegue processar o açúcar no sangue, havendo um aumento da produção de insulina que tenta suprir esse excesso de açúcar acumulado. C) É o tipo mais comum, em que o paciente produz insulina em excesso. D) É o tipo mais comum, no qual ocorre a união de dois fatores: resistência à insulina e diminuição nos níveis de insulina. E) O pâncreas do paciente deixa de produzir insulina, aumentando os níveis de açúcar no sangue. 3. O Diabetes Mellitus (DM) é um problema de saúde para todos os países, independentemente do seu grau de desenvolvimento. O DM consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos. Atinge proporções epidêmicas, com estimativa de 425 milhões de pessoas com DM mundialmente. Sobre a DM assinale a alternativa CORRETA: a) O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune, poligênica, decorrente de destruição das células β pancreáticas, ocasionando deficiência completa da produção de insulina. b) O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) possui etiologia complexa e multifatorial, envolvendo componentes genético e ambiental. Corresponde a apenas 5 a 10% de todos os casos de DM. É mais frequentemente diagnosticado em crianças e adolescentes. c) São considerados critérios laboratoriais para o diagnóstico DM os valores de glicose em jejum: de normoglicemia< 100, pré diabético ou risco aumentado para o diabetes ≥ 100 e < 146, e DM estabelecido > 146 d) Acetoacidose diabética (CAD) é uma complicação grave que pode ocorrer durante a evolução do DM2. Está presente em cerca de 25% dos casos no momento do diagnóstico do DM2 e é a causa mais comum de morte entre crianças e adolescentes com DM1. 4. O diabetes mellitus é uma doença crônica representada por um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum a hiperglicemia. A hiperglicemia é o resultado de defeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambos. A doença induz alterações micro e macrovasculares resultando na disfunção de vários órgãos e sistemas, como olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos. As complicações crônicas incluem a retinopatia, a nefropatia, a neuropatia periférica, além das doenças aterotrombóticas. Em relação à classificação do diabetes mellitus: • Diabetes mellitus tipo 1: Resulta da destruição das células beta pancreáticas, tendo como complicação aguda a cetoacidose diabética. Corresponde de 5 a 10% dos casos de diabetes. • Diabetes mellitus tipo 2: Decorre de graus variáveis de deficiência relativa da secreção e resistência insulínica. A maioria dos portadores apresentam sobrepeso ou obesidade. É responsável por cerca de 90% de todos os casos de diabetes. • Diabetes gestacional: Decorre da alteração no metabolismo dos carboidratos diagnosticada na gestação, podendo ou não persistir após o parto. • Outros tipos específicos de diabetes mellitus como por exemplos: defeitos genéticos funcionais da célula beta, defeitos genéticos na ação da insulina, doenças do pâncreas exócrino, endocrinopatias, diabetes induzido por fármacos e agentes químicos, infecções e síndromes genéticas relacionadas ao diabetes. 4.a) Assinale a alternativa correta em relação aos exames atualmente utilizados para o diagnóstico do diabetes mellitus, segundo a Associação Americana de Diabetes (ADA): a) Glicemia de jejum, hemoglobina glicada e frutosamina; b) Glicemia de jejum, hemoglobina glicada e teste oral de tolerância a glicose; c) Glicemia pós-prandial, hemoglobina glicada e insulinemia; d) Glicemia pós-prandial, teste oral de tolerância a glicose e microalbuminúria. 4.b) Assinale a alternativa correta em relação aos fatores pré-analíticos para dosagem de glicose: a) A glicemia se eleva no tubo após a coleta. Esta elevação se deve ao processo de neoglicogênese induzida pelos neutrófilos; b) Para reduzir o consumo de glicose, principalmente pelos linfócitos, o inibidor adequado a ser utilizado é o citrato de sódio; c) A dosagem de glicose pode ser realizada em plasma ou no soro, desde que seja acrescido o anticoagulante EDTA para inibição da glicogenólise; d) A queda da glicose após a coleta de sangue pode ser minimizada utilizando-se tubo contendo fluoreto de sódio que é um inibidor da glicólise. 4.c) Em relação ao teste oral de tolerância à glicose qual a dose recomendada de glicose a ser oferecida ao indivíduo adulto, não gestante, para fins de diagnóstico do diabetes mellitus? a) 30 gramas; b) 75 gramas; c) 150 gramas; d) 1,75 gramas. 4.d) Assinale a alternativa correta em relação a definição da hemoglobina glicada (A1C): a) A hemoglobina glicada corresponde a um conjunto de substâncias formadas com base em reações entre a hemoglobina A (HbA) e alguns açúcares. O processo de glicação envolve uma ligação não enzimática e permanente com açúcares redutores como, por exemplo, a glicose; b) A hemoglobina glicada deve ser utilizada somente para o acompanhamento do diabetes pois não existem evidências na literatura que validem o seu uso para fins diagnósticos; c) A hemoglobina glicada e a frutosamina são exames análogos sendo ambos de grande utilidade no diagnóstico do diabetes mellitus; d) A hemoglobina glicada permite estimar a glicemia média futura dos próximos 6 meses, em relação ao momento da coleta de sangue. 5. No que se refere ao diagnóstico laboratorial de lesão hepatocelular, é correto afirmar que os exames a serem realizados serão: a) quantificação de AST, ALT, fosfatase ácida e albumina. b) dosagem de bilirrubina total e frações, e fibrinogênio. c) dosagem de fibrinogênio e quantificação de DHL (desidrogenase lática). d) quantificação de AST, ALT e DHL (desidrogenase lática). e) dosagem de albumina, ferritina e PCR. 6. Comprometimentos hepáticos, como cirrose e colestase, podem ser diagnosticados, principalmente, pelo aumentodos níveis séricos das enzimas: a) lactato desidrogenase, alanina amino transferase, aspartato amino transferase. b) alanina amino transferase, aspartato amino transferase, fosfatase alcalina e gama glutamil transferase. c) creatina-quinase, lactato desidrogenase, aspartato amino transferase. d) mioglobina, lactato desidrogenase, alanina amino transferase, aspartato amino transferase e) creatina-quinase total, alanina amino transferase, aspartato amino transferase, e gama glutamil transferase. 7. A maioria dos testes laboratoriais empregados no estudo das hepatopatias refletem somente determinados aspectos de comprometimento do órgão. Os testes bioquímicos mais utilizados para o estudo do fígado são as bilirrubinas, as proteínas séricas e algumas enzimas. Esses testes podem ser usados como triagem para detectar ou excluir alterações hepáticas, bem como ajuda no diagnóstico das hepatopatias ou no acompanhamento da evolução das doenças hepáticas. Por vezes esses testes são chamados, incorretamente, de testes de função hepática, mas na verdade eles não avaliam efetivamente o estado global da função hepática, com exceção da albumina, do tempo de protombina e da pseudocolinesterase que podem indicar diminuição na capacidade de síntese pelo fígado. Provas para a avaliação da função do fígado, baseadas no clareamento plasmático de substâncias exógenas, pelo fígado, tem sido utilizadas em trabalhos de investigação e também na prática clínica para a escolha do tempo certo para indicação de transplantes de fígado e para prever a sobrevida em casos de doença hepática grave. 7.a) É muito comum na prática do dia a dia haver certa confusão entre os testes laboratoriais de função hepática e de lesão hepática. Assim dentre os testes abaixo quais deles se prestam a avaliar a função hepática? a) AST e ALT b) GGT e fosfatase alcalina c) Somente ALT e GGT por serem enzimas específicas do tecido hepático d) Bilirrubinas total e frações 7.b) Qual dos seguintes tecidos não produz fosfatase alcalina? a) Osso b) Paratireoide c) Intestino d) Placenta 7.c) Marque a alternativa incorreta: a) Os quadros de colestase cursam de um modo geral com níveis elevados de GGT e fosfatase alcalina em relação aos de AST/ALT; b) A síndrome de Gilbert se caracteriza por episódios de icterícia recorrente e aumento das bilirrubinas; c) A GGT é um marcador confiável para avaliarmos etilismo crônico; d) Outros quadros infecciosos, diferentes das hepatites virias como CMV e EBV podem elevar enzimas hepáticas. 7.d). Na excreção das bilirrubinas um passo fundamental é a conjugação desta com: a) Ácido glicurônico b) Ácidos biliares c) Micelas lipídicas d) UDP-glicuronil transferase 7.e) A bilirrubina é o produto catabólico do heme. Cerca de 75% de toda a bilirrubina é derivada da hemoglobina das hemácias senescentes, que são fagocitadas pelas células mononucleares do baço, medula óssea e fígado. As concentrações aumentadas de bilirrubina são rapidamente reconhecidas clinicamente, porque a bilirrubina dá a cor amarela à pele (icterícia). Anormalidades no metabolismo da bilirrubina são importantes indicadores no diagnóstico da doença hepática. Sobre o metabolismo, dosagem e significados clínicos da bilirrubina, assinale a alternativa incorreta: a) No paciente ictérico, sempre há o predomínio no aumento da bilirrubina indireta b) Níveis elevados de bilirrubina total e direta podem ser encontrados em doença hepatocelular ou biliar c) Aumento isolado de bilirrubina indireta pode ocorrer quando a taxa de produção excede à de conjugação d)Na cirrose ocorre uma piora na excreção biliar, resultando em hiperbilirrubinemia direta e) A bilirrubina total é formada pela soma da bilirrubina indireta (não conjugada) e da bilirrubina direta (conjugada) 7.f) Em relação ao metabolismo de bilirrubina, considere as seguintes afirmativas: 1. A bilirrubina é sintetizada a partir do metabolismo do colesterol e conjugada no fígado com unidades de ácido glucourônico, para posterior excreção através do ducto biliar. 2. Icterícia é o resultado do acúmulo de bilirrubina e é caracterizada pelo aparecimento da coloração amarelada da pele e da esclerótica. 3. As determinações da atividade de alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST) podem auxiliar na determinação da causa da icterícia. Assinale a alternativa correta: a) Somente a afirmativa 2 é verdadeira b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras c) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras 8) As doenças cardiovasculares representam uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Na grande maioria dos casos os fatores de risco são conhecidos e bem estabelecidos. Os estudos científicos demonstram o papel das dislipidemias, particularmente níveis baixos de HDL-colesterol, elevação do LDLcolesterol, hipertensão arterial, tabagismo, idade, sexo masculino, sedentarismo, obesidade e diabetes mellitus como fatores de risco independentes para o desenvolvimento da aterosclerose e a doença cardíaca isquêmica. Estudos populacionais demonstram claramente a estreita correlação entre os níveis elevados de colesterol total e o risco de doença coronariana aterosclerótica. A grande maioria dos pacientes com níveis elevados de colesterol apresenta uma combinação de fatores relacionados à dieta, à influência do meio ambiente e o comportamental, os quais se interagem e induzem o desenvolvimento da doença aterosclerótica. A aterosclerose é uma doença crônica, inflamatória, que ocorre em resposta à agressão do endotélio vascular, acometendo principalmente a camada íntima de artérias de médio e grande calibre. 8.a) Assinale a alternativa correta em relação ao metabolismo lipídico: a) O colesterol é precursor dos hormônios esteroides, dos ácidos biliares, da vitamina D, além de ter importantes funções nas membranas celulares b) Os triglicérides são transformados em glicogênio e aminoácido no músculo sendo a forma de armazenamento energético mais importante no organismo c) As lipoproteínas são produzidas exclusivamente no intestino e são responsáveis pelo transporte do HDLcolesterol na circulação linfática d) As lipoproteínas de densidade baixa, LDL-colesterol, e as lipoproteínas de densidade alta, HDLcolesterol, são compostas exclusivamente de triglicérides com ausência de colesterol na sua composição. 8.b) Assinale a alternativa incorreta em relação à caracterização das lipoproteínas: a) Os quilomicrons são sintetizados nas células epiteliais do intestino e transportam, principalmente, os triglicérides provenientes da dieta para o fígado e tecidos periféricos b) O VLDL-colesterol é sintetizado no fígado, transportando os triglicérides do fígado para os tecidos periféricos, como tecido muscular e células adiposas c) O LDL-colesterol é sintetizado no intestino, sendo responsável pelo transporte de colesterol da periferia do organismo para o fígado d) O HDL-colesterol transporta o colesterol residual da periferia para o fígado. As partículas de HDL são formadas no fígado e no intestino e possuem elevada concentração de proteínas na molécula. 8.c) Algumas doenças podem induzir elevação de lipídeos no sangue, os quais são denominados de dislipidemias secundárias a doenças. Todas as doenças abaixo citadas podem induzir um quadro clínico-laboratorial de dislipidemia secundária a doença, exceto: a) Diabetes Mellitus b) Enfisema pulmonar c) Hipotireoidismo d) Síndrome nefrótica 8.d) Homem de 56 anos, que é portador de dislipidemia severa, realiza acompanhamento regular a cada 2 meses no ambulatório de hospital de ensino. Juntamente com uma dieta regrada, ele tem buscado melhorar sua saúde, e consequentemente seus exames, com a realização de exercícios físicosdiariamente. Dentre os exames solicitados em todo retorno e visita ao médico, está o lipidograma, composto por colesterol total, colesterol LDL, colesterol HDL, colesterol VLDL e triglicerídeos. A realização desses exames pode ser executada de maneira automatizada e manual, sendo que parte das dosagens são executadas e as demais calculadas. Sabendo disso, assinale a alternativa que apresenta os exames que compõem o lipidograma e são calculados e o nome da equação utilizada para o cálculo. a) Colesterol Total, Triglicérides e Equação de Benedict. b) Triglicérides e Equação de Pitágoras. c) Colesterol HDL e Equação de Gomori- Groccott. d) Colesterol LDL, Colesterol HDL e Equação de Spencer. e) Colesterol LDL e Equação de Friedewald 8.e) Em relação às dislipidemias, considere as seguintes afirmativas: 1. A LDL é formada a partir do metabolismo da VLDL e possui como principal lipídio constituinte ésteres de colesterol. 2. Uma das formas de tratamento da hipercolesterolemia é o uso de drogas que atuam diminuindo a absorção de colesterol e triacilgliceróis no trato intestinal. 3. Mutações no gene do receptor de LDL aumentam o risco para o desenvolvimento da aterosclerose e da hipercolesterolemia familiar. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira. c) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras 9. A glândula tireoide, também chamada de “glândula tiroideia” ou simplesmente “tiroide”, situa-se na face anterior do pescoço, logo acima da traqueia. Apresenta peso aproximado de 15 a 20 gramas e é formada por dois lobos ligados por um istmo. Sua forma lembra uma borboleta ou escudo (do grego: thyreós=escudo e eidos=forma). Seus hormônios são importantes para o bom funcionamento do metabolismo sistêmico. Quando em excesso, desencadeiam síndromes de hiperfunção e quando reduzidos, de hipofunção. A investigação laboratorial dessas desordens hormonais é comum na prática médica assistencial. Portanto, compreender os fundamentos básicos das dosagens laboratoriais dos hormônios da glândula tireoide é uma etapa importante que auxilia a abordagem clínica e o tratamento adequados. 9.b) Os hormônios tireoidianos T3 e T4 se apresentam na circulação sanguínea na forma livre ou ligada, principalmente à globulina ligadora de tiroxina (TBG). Consequentemente, na rotina laboratorial, podemos dosá- los na forma total ou livre. Dentre as afirmativas a seguir, assinale a alternativa incorreta: a) Mais de 99% dos hormônios tireoidianos estão ligados às proteínas séricas de transporte b) Além da TBG, albumina, pré-albumina e lipoproteínas também transportam os hormônios tireoidianos c) Alterações nas concentrações séricas de TBG repercutem em disfunções tireoidianas importantes d) As formas livres são preferencialmente dosadas, por serem as frações biologicamente ativas 10. O estradiol é um esteroide produzido principalmente pelas células da granulosa dos folículos ovarianos. Em relação ao estradiol, podemos afirmar que: a) É o principal hormônio secretado durante a fase lútea do ciclo menstrual b) Seus níveis séricos aumentam progressivamente durante a fase folicular e caem próximo à ovulação c) Seus níveis séricos declinam na fase folicular d) Seus níveis séricos aumentam progressivamente durante todo o ciclo menstrual. 11. O LH e FSH são hormônios peptídicos denominados de gonadotrofinas. Em relação ao FSH, todas as alternativas estão corretas, com exceção da: a) Sua secreção é inibida por níveis crescentes de estradiol e inibina na fase folicular b) Participa do processo de espermatogênese c) É importante para o recrutamento de folículos ovarianos no início do ciclo menstrual d) Os níveis aumentam na menopausa, mas em geral são mais baixos que os do LH 12. A testosterona é um hormônio esteroide produzido pelas células de Leydig dos testículos. Em relação à testosterona, todas as alternativas estão corretas, com exceção da: a) Induz o aparecimento de pelos pubianos e axilares, ganho de massa muscular e engrossamento da voz na puberdade b) É importante no processo de espermatogênese c) Seus níveis séricos permanecem estáveis durante toda a vida d) Está diminuída em casos de hipogonadismo hiper ou hipogonadotrófico. 13. Uma mulher de 26 anos apresenta níveis séricos de LH 76,4 mIU/mL (VR 2,6 a 12,1 fase folicular), FSH 32,3 mIU/mL (VR 2,0 a 11,6 fase folicular), estradiol 381 pg/mL (VR 95 a 433 fase folicular) e progesterona 1,2 ng/mL (VR 0,14 a 2,03 fase folicular). Não há informação sobre a data da última menstruação. A explicação mais provável para estes resultados é: a) Menopausa precoce b) Coleta no meio do ciclo menstrual, próximo à ovulação c) Uso de anticoncepcional d) Tumor ovariano produtor de estrógeno 14. Uma mulher de 45 anos apresenta níveis séricos de LH 11,6 mIU/mL (VR 2,6 a 12,1 fase folicular), FSH 33,6 mIU/mL (VR 2,6 a 12,1 fase folicular) e estradiol 61 pg/mL (VR 95 a 433 fase folicular). Em relação a estes resultados, podemos afirmar que: a) As dosagens são incompatíveis com a idade da paciente b) A paciente provavelmente está tomando esteroides sexuais c) A dosagem de progesterona pode auxiliar neste caso d) O padrão de resultados sugere início de menopausa 15. Uma menina de 15 anos sem sinais puberais apresenta níveis séricos de LH 20,3 mIU/mL (VR 2,6 a 12,1 fase folicular), FSH 63,4 mIU/mL (VR 2,0 a 11,6 fase folicular), estradiol 16 pg/mL (VR 95 a 433 fase folicular) e progesterona 0,3 ng/mL (VR 0,14 a 2,03 fase folicular). A causa mais provável dessas alterações laboratoriais é: a) Síndrome de Turner b) Hipogonadismo hipogonadotrófico d) Puberdade retardada e) Ovários policísticos 16. O diagnóstico de síndrome coronariana aguda deve investigar três elementos principais: angina, alteração eletrocardiográfica e alterações enzimáticas. Por sua vez, a elevação enzimática pode demorar algumas horas para aparecer nos testes bioquímicos. Por isso, é imprescindível que o paciente com suspeita de infarto agudo do miocárdio (IAM) seja submetido à dosagem seriada de enzimas, nos momentos 0 da dor, 3, 6, e 12 horas, conforme representado na figura a seguir. 17. Assinale a alternativa correta em relação às isoenzimas de CK e a sua localização preponderante: a) CK-MM: predominante no músculo esquelético b) CK-MB: predominante no músculo cardíaco c) CK-BB: encontrada basicamente no cérebro d) Macro CK: encontrada exclusivamente no músculo cardíaco 18. Assinale a alternativa correta em relação à enzima aspartato amino transferase (AST): a) A atividade da enzima AST pode estar elevada em processos de acometimento muscular, hemólise, doenças hepatocelulares agudas e crônicas (hepatites, câncer hepático, colestase) b) Trata-se de um marcador de elevada especificidade no diagnóstico do infarto agudo do miocárdio c) A enzima AST é indicada única e exclusivamente para o estudo das doenças hepáticas d) No soro com hemólise observa-se diminuição da atividade da AST em função da interferência negativa da hemoglobina 19. Assinale a alternativa que indica o parâmetro laboratorial que detecta precocemente um quadro de infarto agudo do miocárdio: a) Aspartato amino transferase (AST) b) Desidrogenase láctica c) Mioglobina d) CK-MB massa 20. líquido sinovial é formado por um ultrafiltrado do plasma através da membrana sinovial, sendo que danos em tais membranas podem provocar dor e rigidez nas articulações. O diagnóstico das alterações articulares pode ser feito por meio da análise do líquido sinovial, que incluem: contagem das células brancas (GBs); contagem diferencial; dosagens bioquímicas; bacterioscopia e cultura; pesquisa de cristais. Assim, os achados laboratoriaiscompatíveis com doenças articulares por processos sépticos, são: a) fluido turvo; amarelo; viscosidade variável; GBs 50.000 a 100.000/µL; neutrófilos < 30%; Glicose normal; bacterioscopia e cultura negativas. b) fluido turvo ou leitoso; amarelo; viscosidade baixa; GBs < 100.000/µL; neutrófilos < 30%; Glicose normal; cristais ausentes, bacterioscopia e cultura positivas. A) mioglobina, AST e CK. B) CK, mioglobina e CKMB. C) CKMB, CK e troponina I. D) troponina I, troponina T e AST. E) mioglobina, CKMB e troponina I. c) fluido turvo; amarelo-esverdeado, viscosidade variável; GBs 50.000 a 100.000/µL; neutrófilos > 75%; Glicose diminuída; bacterioscopia e cultura positivas. d) fluido turvo ou leitoso; viscosidade baixa; GBs < 100.000/µL; neutrófilos < 70%; Glicose diminuída; cristais presentes, bacterioscopia e cultura negativas. 21. Paciente de 43 anos, sexo masculino, esplenectomizado há 10 anos pós-trauma abdominal, apresenta-se ao pronto socorro trazido por familiares, em REG, com febre (39,5ºC) há 1 dia, vomitando, desorientado e apresentando sinais de irritação meníngea como Kernig e Brudzinski. Suspeitou-se de processo inflamatório de Sistema Nervoso Central (SNC) e meninges, e foi indicada punção liquórica por via lombar. Esta foi realizada imediatamente com sucesso e sem trauma. O material coletado foi analisado e os resultados obtidos foram: LCR de aspecto turvo, límpido e levemente xantocrômico após a centrifugação, com 1250 células/mm3 , com predomínio franco de polimorfonucleares neutrófilos (97%), 1% de polimorfonucleares eosinófilos e 2% de linfócitos; proteinorraquia de 132mg/dL, glicorraquia de 12mg/dL, glicemia de 73mg/dL e lactato de 24UI/L. O exame bacterioscópico pela técnica de Gram mostrou a presença de numerosos cocos Gram positivos dispostos aos pares e cadeias, por vezes em formato lanceolado. Com estes resultados o paciente foi admitido para tratamento sob regime de internação. O quadro acima permitiu ao médico firmar o diagnóstico de: a) Meningite bacteriana aguda em razão exclusivamente do quadro clínico, já o resultado do exame de LCR era inconclusivo b) Meningite aguda de etiologia indeterminada, já que não havia referência à pesquisa de fungos pela técnica da Tinta da China c) Meningite bacteriana aguda em razão do quadro clínico e dos resultados do exame de LCR, que se mostraram conclusivos e apoiavam a hipótese diagnóstica d) Meningite viral aguda, em função de ter sido observada relação glicemia/glicorraquia inferior a 2/3.
Compartilhar