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ARTIGO - AMOR DE PERDIÇÃO

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Universidade Estadual de Montes Claros 
Centro de ciências Humanas- Dep. De comunicação e 
Letras 
 Licenciatura em Letras Português - 4º Período 
 
 
Fernanda de Sá Barbosa 
 
 
 
“A SEMELHANÇA E DIFERENÇA COMPORTAMENTAL DA 
MULHER REPRESENTADA NA LITERATURA ROMÂNTICA 
CAMILIANA”. 
 
 
 
 
 
 
Artigo apresentado ao Curso do 4º Período de Letras, 
da Universidade Estadual de Montes Claros para a 
disciplina de Disciplina: Literatura portuguesa II. 
Prof.ª: Andrea Martins. 
 
 
 
 
 
Montes Claros - MG 
Maio / 2023 
1Fernanda de Sá Barbosa 
RESUMO 
 
O presente artigo vem analisar as semelhanças e diferenças do perfil comportamental da mulher 
representada na literatura romântica portuguesa apresentados pelas protagonistas Tereza e Mariana 
personagens do livro (Amor de perdição) de Camilo de Castelo Branco. Desse modo, analisar os 
perfis dessas duas personagens nos proporcionará a evidenciar e refletir os aspectos românticos 
presentes na obra Camiliana. O trágico, o amor proibido, os aspectos heroicos, a renúncia da própria 
vida, e o sofrimento. Qual é a semelhança e diferença comportamental da mulher representada na 
literatura romântica portuguesa? Este referido artigo trata-se de uma pesquisa de abordagem 
qualitativa, cuja opção metodológica foi a pesquisa bibliográfica que buscou o aprofundamento na 
temática em questão. 
 
PALAVRA-CHAVE: Literatura Portuguesa. Amor. Romantismo. 
 
1. Introdução 
 
É sabido que o romantismo foi introduzido em Portugal no ano de 1825; posteriormente, 
com o surgimento do ultrarromantismo que teve como seu principal representante Camilo de Castelo 
Branco. Esse artigo tem como tema: “A semelhança e diferença comportamental da mulher 
representada na literatura romântica camiliana”. Com o objetivo geral de analisar os perfis femininos 
de Tereza e Mariana personagens do livro (Amor de perdição) de Camilo de Castelo Branco. 
Fundamentar teoricamente de forma reflexiva e analítica os perfiz das protagonistas Tereza e 
Mariana, protagonistas da obra camiliana; apresentar o contexto histórico da obra através de uma 
pesquisa de cunho bibliográfico são os objetivos deste artigo. 
O referido trabalho se justifica pela sua importância, no que se refere na compreensão dos 
aspectos comportamentais da mulher representada dentro da obra. Baseado neste contexto, é 
necessário através da problemática saber atualmente, qual é a semelhança e diferença comportamental 
dessas mulheres representadas na literatura romântica portuguesa? Contribuíram para esta referida 
pesquisa autores como MACHADO (1979), CASTELO BRANCO (2011), CANDIDO (2010), entre 
outros que descrevem o assunto abordado. 
 
1 Graduanda em Letras pela Universidade de Montes Claros – MG. E-mail: 
fernandasabarbosa12@gmail.com 
Esse artigo está estruturado em dois capítulos, onde no primeiro, será feita uma abordagem 
reflexiva e analítica acerca dos perfis em questão. E no segundo capitulo abordará os resultados da 
pesquisa de cunho bibliográfico que buscará o aprofundamento na temática. Sendo assim, espera - se 
que a análise desta temática desperta o interesse de outros leitores para dar prosseguimento na 
discursão acerca desta literatura. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1. Revisão de literatura 
 
Nascido em março de 1825, na Freguesia dos Mártires, Lisboa, o romancista Camilo Ferreira 
Botelho Castelo Branco. Escritor romancista, cronista, dramatúrgico, critico, poeta, historiador e 
tradutor português. Desenvolveu uma das mais importantes obras da literatura romântica portuguesa 
denominada Amor de Perdição publicada em 1863; obra está muito bem apreciada pela maioria do 
público crítico da época. Narrado em primeira pessoa, a obra trata de acontecimentos da vida real 
baseado em fatos reais. De acordo com Benjamin (1983, p. 198-199). “a experiência que passa de 
pessoa a pessoa é a fonte que recorreram todos os narradores. E, entre as narrativas escritas, as 
melhores são as que menos se distinguem das histórias orais contadas pelos inúmeros narradores 
anônimos”. Clarisse Lispector em seu livro intitulado de “todas as crônicas”, afirma que “O 
personagem leitor é um personagem curioso, estranho. Ao mesmo tempo que, inteiramente individual 
e com reações próprias, é tão terrivelmente ligado ao escritor que na verdade ele, o leitor, é o escritor” 
(LISPECTOR, 2018, p. 80). Para a autora, fazer o papel de leitor e escritor ao mesmo tempo é uma 
tarefa costumeira sabendo -se que a obra Camiliana fora escrita em uma época onde surgiu o 
ultrarromantismo. Álvaro Manuel Machado (1979), enfatiza que; 
[...] as origens do Romantismo são, assim, verdadeiramente europeias, formando-se essa 
estética da transição chamada Pré-Romantismo como uma teia, a partir de sucessivas 
depurações de conceitos que desencadeiam um confronto constante de culturas diversas. 
No desafio aos fundamentos dessas culturas e, portanto, no aprofundar simultâneo desses 
fundamentos, está a sua mais legítima originalidade. Originalidade suficiente, quanto a 
mim, para justificar a sua autonomia, quer em relação ao classicismo quer em relação ao 
romantismo. (MACHADO, 1979, p. 26). 
Para o referido autor, o romantismo europeu necessitou de uma vasta pesquisa para fazer 
com que a sua obra se tornasse realidade. É necessário ressaltar que: 
 
No romantismo, o caráter literário de todo o apriorismo em face da realidade torna-se 
consciente: o eu, destacado da transcendência, reconhece em si a fonte de todo o dever - ser 
e – como consequência necessária – reconhece-se como o único material digno de sua 
realização. A vida faz-se criação literária, mas com isso o homem torna-se ao mesmo tempo 
o escritor de sua própria vida e observador dessa vida como uma obra de arte criada. [...] 
(LUKÁCS, 2000, p. 123-124). 
O enredo do romance camiliano dar-se através do triângulo amoroso entre os protagonistas 
da trama envolvendo Simão, Teresa e Mariana. Um dos fortes do enredo camiliano é o diálogo. 
Curioso ver a frequência na narrativa camiliana dessa visão do texto documental como tédio [...] Em 
recortes desse tipo transparece a recusa do autor em submeter a sua escrita a um cunho objetivo, a um 
traçado essencialmente épico, no que reforça a ideia dessa sua rebeldia em ceder reverencialmente 
aos parâmetros considerados ‘ideais’ em seu tempo. (SANTOS, 2001, p. 56). O posicionamento do 
autor sobre os personagens é de extrema importância para a compreensão dos fatos narrados por ele 
mesmo. Do mesmo modo, Candido 1985, p. 4) acrescenta que: 
Hoje sabemos que a integridade da obra não permite adotar nenhuma dessas visões 
dissociadas; e que só a podemos entender fundindo texto e contexto numa interpretação 
dialeticamente íntegra, em que tanto o velho ponto de vista que explicava pelos fatores 
externos, quanto o outro, norteado pela convicção de que a estrutura é virtualmente 
independente, se combinam como momentos necessários do processo interpretativo. 
Sabemos, ainda, que o externo (no caso o social) importa, não como causa, nem como 
significado, mas como elemento que desempenha um certo papel na constituição da estrutura, 
tornando-se, portanto, interno. (CANDIDO, 1985, p. 4). 
 
Podemos compreender a obra, fundido – a com o contexto da vida do autor. Buscando 
compreender e interpretar os fatores externos. Neste contexto, "[...] a sociedade impede o amor de se 
desenrolar como um acontecimento independente. O amor é para Camilo, como para os românticos, 
os realistas e naturalistas em geral, inseparável das estruturas sociais" (SANTOS, 1991. p. 62). 
Segundo o ponto de vista da literatura romântico portuguesa, a figura feminina no contexto aparece 
assimilada a uma pessoa angelical. PROENÇA, (1978, p. 186) confirma esta visão afirmando que "a 
mulher, entre os românticos, aparece convertida em anjo, em figura poderosa, inatingível, capaz de 
mudar a vida do próprio homem." Em relação à mulher, essadicotomia fará com que surjam, nos 
textos românticos, a mulher santa, assexuada e digna de amor - que será a mãe, a irmã e aquela que, 
com estas, possa ser assemelhada, e a mulher satânica, a que se dirige o desejo e cuja voluptuosidade 
torna ameaçadora e nociva. (CADERMATORI, 1986, p. 40). 
Com efeito, Garrett, Saraiva e Lopes, (1996, p.679-680). acrescentam que “[...] em toda a 
obra um conflito, aberto ou latente, entre a ideia cristã da corrupção camal e um erotismo que através 
da sua carreira assumirá os estilos, ou máscaras, mais diversos, sem nunca deixar de ser a seu modo 
sagrado, no mais fundo e ambivalente (angélico ou demoníaco) significado desta palavra”. 
2. Metodologia 
 
 
A metodologia aplicada neste capitulo fundamenta - se em uma pesquisa de cunho 
bibliográfico natureza descritiva, fazendo uma abordagem qualitativa, objetivando demonstrar 
esclarecimentos acerca da problemática por meio de leituras, análises e reflexões da produção da obra 
Amor de Perdição do autor Camilo de Castelo Branco, pois ele é a referência para descrever sobre o 
caráter imprimido nas protagonistas Tereza e Mariana, ambas criadas por ele. A pesquisa 
bibliográfica de acordo com Fonseca (2002, p. 32) é feita a partir de levantamento de referências 
teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos 
[...]. Neste sentido, espera- se que as informações obtidas nesta pesquisa permitam desenvolver e 
ampliar conhecimentos sobre a temática deste artigo. 
Através da participação do autor na construção da obra, nota-se que o mesmo apresenta em 
seu enredo duas mulheres que protagonizaram um triângulo amoroso no qual partilham o mesmo 
amor pelo personagem Simão Botelho, porém, as duas moças causam um grande rebuliço no enredo, 
apresentando particularidades distintas no modo de vivenciar este amor. 
Simão, um jovem de família rica e temperamental é apaixonado pela jovem Tereza, uma 
“menina de quinze anos, rica herdeira, regularmente bonita e bem-nascida” (CASTELO BRANCO, 
1996, p. 27). Mas que por rivalidade paterna das famílias de ambos fidalgos resultou no impedimento 
da relação amorosa dos jovens amantes. O autor Castelo Branco (2011) em sua obra intitulada de 
Amor de Perdição caracteriza o jovem Simão já no início da introdução como: 
 
Simão António Botelho, que assim disse chamar-se, ser solteiro e estudante na universidade 
de Coimbra, natural da cidade de Lisboa (…) filho de Domingos José Correia Botelho e de 
D. Rita Preciosa Caldeirão Castelo Branco; estatura ordinária, cara redonda, olhos castanhos, 
cabelo e barba preta, vestido com jaqueta de baetão azul, colete de fustão pintado e cala de 
pano pedrês (CASTELO BRANCO, 2011, p. 27). 
 
Acerca da personalidade conturbada do jovem Simão, nota-se que tudo muda quando 
apaixona-se por Tereza, passando a se comportar de forma agradável aos olhos da sociedade. 
Contudo, revela-se novamente rebelde quando descobre que o pai de Tereza Tadeu de Albuquerque 
promete a mão da filha em casamento a seu primo Baltazar. Simão revoltado com a situação, mata 
Baltazar sendo condenado a cumprir dez ano de prisão. 
O referido autor da obra descreve Mariana, como uma jovem camponesa filha de um ferreiro 
dedicada ao jovem Simão. Intermediava através de cartas o contato entre Simão e Tereza. Mariana 
mantinha um amor em silencio sem esperança, pois que tudo suportava caracterizando assim, o típico 
amor romântico. Jacinto do Prado Coelho (1946, p. 333), caracteriza Mariana como uma personagem 
“mais humana e mais complexa da obra”, conforme o mesmo autor, “fisicamente, mais insinuante 
que Teresa.” Castelo Branco, (1996) confirma que Mariana “[...] é bem mais bonita que a fidalga!” 
(p. 86). Acerca do perfil feminino de Tereza o autor Castelo Branco (1996,) descreve como uma “[...] 
mulher varonil, tem força de caráter, orgulho fortalecido pelo amor, desapego das vulgares 
apreensões, se são apreensões a renúncia que uma filha fez do seu alvedrio às imprevidentes e 
caprichosas vontades de seu pai” (CASTELO BRANCO, 1996, p.34). Candido, 2002, p. 63). Reforça 
enfatizando a caracterização de Mariana, para o referido autor, Mariana é caracterizada como uma 
personagem esférica, pois “se reduz essencialmente ao fato de ter três, e não duas dimensões; de ser, 
portanto, organizada com maior complexidade e, em consequência, capaz de nos surpreender”. 
Castelo Branco, (2011, p. 29), salienta a priori que Mariana é descrita como forte, mulher da 
aldeia, que abre mão do seu amor pela felicidade de terceiros: “moça de 24 anos, formas bonitas, um 
rosto belo e triste” (p. 29). A obra de Camilo Castelo Branco “amor de perdição” foi escrita durante 
a sua estadia na prisão, motivada por adultério com Ana Plácido. É possível notar resquícios 
autobiográficos da vida do autor, onde pode-se assemelhar com a vida dos três protagonistas da obra 
Camiliana associando o fato da abnegação da realização amorosa. O fato de Camilo Castelo Branco, 
ter sido preso por adultério demonstra o preconceito e a não aceitação da sociedade quanto ao fato 
acontecido. 
Neste contexto, Moisés (1980, p. 180) afirma que “sempre o amor impossível e superior, ou 
marginal aos preconceitos sociais, pois brota do mais fundo da carne e da alma, levando ao devaneio 
os apaixonados com as promessas de duma bem-aventurança via de regra malograda”. Dessa forma, 
o amor é compreendido como impossível, na obra camiliana, chegando ao seu final trágico resultando 
em morte. Marcel Conche em seu livro intitulado de “A análise do amor e outros temas” salienta que 
“não tem outro inimigo além da morte” (1998, p. 9), referindo – se ao desfecho da final trama em que 
Tereza adoece de amor vindo a óbito. Enquanto que Mariana se alto suicida jogando – se ao mar para 
ir de encontro do seu amado Simão. França (1993, p. 285) afirma que “Camilo e seus heróis vivem 
no mesmo universo dramático, de cores intensas, ao mesmo tempo sublimes e sórdidas. O ideal dum 
programa imaginário e da realidade duma experiência vivida encontra-se unidos e indissociáveis”. 
Ademais, Reis e Pires observam que “a propósito ainda do Amor de Perdição, é importante salientar 
que a situação paradigmática dos amores contrariados transmite a imagem da estrutura social da 
época” (REIS; PIRES, 1999, p. 225). 
 
3. Conclusão 
 
 
 Diante do desfecho do enredo percebe -se que, Camilo de Castelo Branco traça uma distinção 
dos perfis femininos das personagens devido a posição econômica das famílias, aparência, meio social 
e familiar e ao fato de Simão ser apaixonado por Tereza e não corresponder o amor da camponesa 
Mariana. Mas, destina a história para um final paralelo para ambas. Levando-se em consideração o 
fato de a morte ser associada como libertação da situação em que eles se encontravam e como uma 
das principais características do movimento ultrarromântico. 
Entretanto é possível traçar o perfil de semelhança de Tereza e Mariana quando o autor limita 
o destino das duas em amar o mesmo homem, mas também morrer pelo mesmo homem. Tereza 
amou e foi correspondida, ao saber da morte do amado não suportou a dor da perda e morreu no 
convento. Mariana por sua vez, sabendo que não seria correspondida por Simão, amou em silêncio, 
quando viu o corpo de Simão ser jogado ao mar após ser condenado e morto por ter cometido o 
assassinato de Baltazar se jogou junto ao corpo do rapaz, revelando seu amor no final da trama. 
Camilo traz então no final da trama as principais semelhanças das protagonistas, que é a perdição da 
vida por um amor que nunca poderia ser vivido por ambas, onde conseguimos associar ao título da 
obra Camiliana. 
Ademais, a semelhança e diferença das heroínas da obra camiliana foi descrita pelo autor da 
obra, sinalizando que devido ambas estarem inseridas em um triangulo amoroso, chegou – se a 
resultar em um fim trágico. Diante da pesquisa realizada, verificou-sejunto à revisão da literatura 
consultada que as personagens da obra camiliana apesar de obterem sentimentos distintos em prol ao 
jovem Simão. Os objetivos deste artigo foram alcançados de forma satisfatória onde pretendeu - se 
fazer uma abordagem analítica sobre a obra camiliana. Sendo assim, espera -se que a análise desta 
temática desperta o interesse de outros leitores para dar prosseguimento na discursão acerca desta 
literatura. 
 
 
 
 
 
4. Referências Bibliográficas 
 
BENJAMIN et al. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, p. 197-221, 1983. 
CASTELO BRANCO, Camilo. Amor de perdição. – 3.ed. – São Paulo: Martin Claret, 2011. – 
(Coleção obra-prima de cada autor; 15). 
 
CONCHE, Marcel. A análise do amor e outros temas. São Paulo: Martins Fontes, 1998. 
 
CÂNDIDO, Antônio. Formação da Literatura Brasileira: momentos decisivos. 6. Ed. Belo 
Horizonte: Editora Italiana Ltda, 2000. 
CASTELO BRANCO, Camilo. Amor de Perdição. 22ª ed. São Paulo: Editora Ática, 1996. 
CANDIDO et al. A personagem de ficção. São Paulo: Editora Perspectiva, 2002. 
CANDIDO, Antônio. Literatura e sociedade. 7. ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1985. Maranhão, v. 
05, n. 02, p. 144 – 159. 
COELHO, Jacinto do Prado. Introdução ao Estudo da Novela Camiliana. Coimbra: 
Imprensa Nacional, 1946. 
CADERMATORI, Ligia. Períodos Literários. São Paulo: Ática, 1987. 
 
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. 
FRANÇA, José Augusto. O Romantismo em Portugal: estudo de factos socioculturais. Lisboa: 
Livros Horizonte, 1993. 
LISPECTOR, Clarice. Todas as crônicas/Clarice Lispector; prefácio de Marina Colasanti; 
Organização de Pedro karp Vasquez; Pesquisa textual de Larissa Vaz. 1ºed. – Rio de Janeiro: Rocco, 
2018. 
MACHADO, Álvaro Manuel. As origens do Romantismo em Portugal. 1ª ed. Lisboa: ICALP. 
1979. 
MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa. São Paulo. Cultrix, 1962. 
 
REIS, Carlos; PIRES, Maria da Natividade. História Crítica da Literatura Portuguesa: o 
Romantismo. (volume V). 2. ed. Lisboa; São Paulo: Verbo, 1999. 
LUKÁCS, György. A Teoria do Romance: um ensaio histórico-filosófico sobre as formas da 
grande épica. Trad.: José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Editora 34, 2000. 
PROENÇA FILHO, Domício. O romantismo. In:. Estilos de época na literatura. 5. ed. rev. e aum. 
São Paulo: Ática, 1978. 
SANTOS, Elizabeth. Camilo Castelo Branco: uma concepção irônica de mundo. Cad. CESPUC de 
Pesq., Belo Horizonte, n. 7, maio, p. 50-63, 2001. 
SARAIVA, Antônio José; Lopes, Oscar. História da Literatura Portuguesa. Porto: Porto Editora, 
1996. 
 
SANTOS, João Camilo dos. Aquilo a que se chama amor: A histórias por detrás das histórias 
que conta Camilo. Colóquio/ Letras, Lisboa, nº119. P.60 – 75. Jan.1991.

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