Já tem cadastro?
Você viu 3 do total de 97 páginas deste material
Prévia do material em texto
21/09/2022 09:18 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/16 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL AULA 1 Prof. Luciano Furtado C. Francisco 21/09/2022 09:18 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/16 CONVERSA INICIAL Olá, caro(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) à nossa primeira aula. Nesse primeiro encontro, vamos entender o assunto básico de nosso assunto: os dados e as informações. No entanto, você pode se perguntar agora: mas existem diferenças entre esses conceitos, dado e informação? Embora no dia a dia essas palavras sejam usadas para indicar significados iguais, veremos que no contexto de sistemas de informações elas são diferentes e é fundamental entendermos essa diferença. Também vamos entender que por meio delas vamos ter o conceito de conhecimento. Hoje é unanimidade que a informação é o ativo mais importante nas organizações. Ela é hoje em dia o que o ouro e o petróleo representaram em outros tempos, a riqueza mais importante para as empresas. Assim, vamos estudar qual o papel das informações nas empresas e como elas circulam nas organizações. De que maneiras as informações auxiliam os gestores e colaboradores a executarem suas atividades? Outro conhecimento importante nesse primeiro momento é sabermos quais são os tipos de informações. Saber diferenciar esses tipos é fundamental para que possamos tomar decisões. Veremos que existem informações quantitativas e qualitativas. E cada vez mais temos esses dois tipos de informação em grande quantidade, o que requer métodos de análise cada vez mais sofisticados para que possamos entender o que essas informações nos indicam. Mas se temos dados e informações, como uma se transforma em outra? Também é um assunto que vamos demonstrar ao longo dessa aula. Há processos específicos para que um dado passe a ser uma informação e aí os sistemas de informação são imprescindíveis, tendo papel determinante. 21/09/2022 09:18 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/16 Por fim, vamos entender como nossa mente trabalha com todo esse arsenal, dados, informação e conhecimento. Vamos entender um conceito muito interessante chamado de pirâmide do conhecimento. Espero que goste de nossa aula e tenha bons estudos! CONTEXTUALIZANDO Pense na quantidade de informação que você consome hoje em dia. Ao pararmos para analisar essa questão, veremos que estamos inundados de dados e informações a todo instante, por meio, principalmente, da internet e dos dispositivos móveis. Mas não apenas consumimos informações. Nesse momento também estamos gerando uma série de dados que são vistos por alguma organização: uma rede social, uma empresa de mídia ou uma outra organização qualquer. Por exemplo, quando acessamos o website de uma empresa (mesmo que não seja preenchido nenhum formulário ou nada seja comprado ou baixado), uma loja virtual ou uma rede social, nossa navegação está sendo de certa forma rastreada. Pode-se verificar que percorremos diversas informações e consumimos conteúdos diversos. Isso dá uma ideia do que gostamos, o que consumimos, que assuntos mais acessamos, o que mais nos chama a atenção. Do ponto de vista de negócios, é algo muito valioso para muitas empresas. Pois com essas informações, podem direcionar seus esforços de comunicação para um público muito mais assertivo. Quem nunca acessou ou pesquisou produtos na internet e depois começou a ver anúncios deste item ou produtos similares nos websites que acessou posteriormente? Isso até faz com que muitas pessoas dizem que “os produtos os perseguem na internet”. Esse efeito é típico da era da informação, que vivemos hoje. A informação – ou os dados em primeira análise – é o que mais as empresas buscam de seu mercado e de seus consumidores. Valem mais do que quaisquer ativos. Com isso temos os conceitos de big data (algo como muitos dados – a gigantesca quantidade de dados gerados a cada segundo na internet e o business intelligence (inteligência de negócios), 21/09/2022 09:18 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/16 tecnologia de tratamento dessas quantidades imensa de dados. São conceitos e ferramentas que visam desvendar informações por meio desses dados coletados. Assim, a pergunta é: como converter essa grande massa de dados em informações relevantes para as organizações? Esse é o grande desafio! TEMA 1 – O PAPEL E A CIRCULAÇÃO DAS INFORMAÇÕES NAS EMPRESAS Pense em uma situação em que você é um gestor, diretor ou ocupa qualquer cargo de comando em uma empresa. Saiba que nessas situações sua principal atribuição é tomar decisões. Para isso, até mesmo instintivamente, você irá procurar obter boas informações para tomar as decisões. Essas decisões são tomadas com base em informações. A informação é a matéria-prima da decisão. Aqui podemos fazer uma analogia com uma fábrica: quanto melhor é a qualidade da matéria-prima, melhor qualidade terá o produto final. Com as decisões é o mesmo, quanto melhores informações, mais acertadas tendem a ser as decisões. Mas as informações pura e simples não bastam. Segundo Eleutério (2015, p. 17), “as atividades gerenciais, nas grandes corporações ou nas pequenas e médias empresas, envolvem a busca e o tratamento de informações. Utilizamos informações a todo momento para alertar, estimular, reduzir incertezas, revelar alternativas e fundamentar nossas tomadas de decisão”. Observe que o autor fala em busca e tratamento das informações, ou seja, as informações requerem análises prévias para que sejam apresentadas aos decisores de modo correto, a fim de que se propicie a melhor tomada de decisão possível. Aí está um dos papeis fundamentais dos sistemas de informação gerencial, a coleta e o tratamento das informações (veremos com mais detalhes nas próximas aulas). Outro fator sobre as informações nas tomadas de decisão é o nível empresarial, no qual são tomadas as decisões. As organizações em geral têm três níveis de gerência: o estratégico (onde está o alto escalão da empresa), o nível tático (gerência de departamentos e setores) e o operacional (supervisores e trabalhadores que executam as funções básicas). Cada um desses níveis olha e tem informações diferentes. 21/09/2022 09:18 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 5/16 É que veremos logo a seguir. 1.1 NÍVEIS DE INFORMAÇÕES Nos níveis operacionais, as situações são mais previsíveis, que ocorrem diariamente e as decisões costumam ter efeitos imediatos. Por exemplo, o supervisor da linha de produção verifica que um equipamento está com níveis de falha acima da média e decide trocar este equipamento. Perceba que neste nível as informações em geral são quantitativas (assunto que também veremos em nossa disciplina), composta de números, estatísticas, gráficos etc. Já no nível médio (tático), as informações não são apenas compostas de números. É comum também que existam informações qualitativas, que correspondem a opiniões, comentários etc. Nesse nível, os gerentes necessitam combinar e analisar informações numéricas e qualitativas em conjunto. Por exemplo, um gerente de marketing decide qual a melhor data de lançamento para uma campanha de lançamento de um novo produto. No nível estratégico, as decisões são bem mais complexas e incertas. Isso porque geralmente as informações são bem mais qualitativas do que quantitativas. Além disso, as decisões envolvem a empresa como um todo, até mesmo sua sobrevivência. Nesse caso, as informações são elaboradas para simular cenários, fazer estimativas, previsões e análises mais especializadas. Com exemplo, a diretoria da empresa decide entrar em um novo mercado ou adquirir um concorrente. As informações devem circular nas empresas, caso contrários elas não têm sentido. Os gestores usam essencialmente as informações para sua principal atribuição: tomar decisões. Os colaboradores de áreas operacionais também dependem de informações para executar suas atividades. Tendo bonssistemas de informação e uma política correta de tratamento dessas informações, maior será a sinergia entre os colaboradores. Ou seja, contribuem para que todos reconheçam os desafios, problemas e oportunidades da empresa. Fazem com que os colaboradores sejam mais autônomos e tenham mais credibilidade. Para que essa posição seja alcançada, os sistemas de informação devem ser eficazes e transparentes. Além disso, devem proporcionar boa e segura circulação das informações. Tema do próximo tópico. 1.2 SEGURANÇA E CIRCULAÇÃO DAS INFORMAÇÕES 21/09/2022 09:18 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 6/16 Uma organização trabalha com muitas informações, quanto maior seu porte, mais volume de informações terá. Mas será que todas as informações são passíveis de serem divulgadas para todos? Não, por dois motivos. Primeiro porque cada colaborador precisa das informações úteis e necessárias para suas atividades, não de informações desnecessárias para que ele cumpra suas tarefas. Em segundo lugar porque existem informações estratégicas, ou seja, informações que são usadas pelos gestores para tomadas de decisão e que se forem de conhecimentos geral podem vazar e causar prejuízos diversos para a organização (lucro, imagem, reputação etc.). Por exemplo, imagine que a empresa cogite a compra de um concorrente. As informações desse processo devem ficar restritas à alta direção e não serem disseminadas indiscriminadamente. Caso ela venha a público, a negociação pode sofrer um revés, caindo na mão de concorrentes, parceiros, fornecedores ou pessoas contrárias à negociação, o que poderia atrapalhar a transação. Não se trata de censura ou algo do tipo, mas sim de preservar informações importantes, que devem ser divulgadas a quem interessa e no momento certo para que não prejudique as atividades e planejamento da organização. Um outro exemplo: dados de clientes não são importantes para quem trabalha na linha de produção (chão de fábrica), pois estes colaboradores não têm contato com os clientes. Informações de clientes servem para uso dos colaboradores e setores que mantêm contato permanente com a clientela, vendedores, gerentes comerciais, suporte técnico etc. Mesmo dentro de um mesmo setor, as informações devem ter níveis de acesso. Como exemplo, em um banco, o gerente da agência pode ter acesso ao rendimento de um cliente, mas os caixas não precisam ter essa informação, pois para eles tal informação não contribui para seu trabalho. Portanto, os sistemas de informação devem contar com mecanismos de segurança de acesso informacional que reproduzam as políticas de acesso à informação da empresa. Essa política determina como as informações devem ser recuperadas e distribuídas, dentro e fora da organização. É o que se chama fluxo das informações. Segundo Lesca e Almeida (1994), o fluxo de informações é classificado em três tipos: os fluxos originados no meio externo, os fluxos provenientes do âmbito interno da organização e aqueles que a empresa produz e que são destinados ao seu mercado. Veja a figura: 21/09/2022 09:18 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 7/16 Figura 1 – Fluxo informacional Fonte: Adaptado de Lesca e Almeida, 1994. 1.3 FLUXOS DAS INFORMAÇÕES Segundo Teixeira e Valentim (citado por Eleutério, 2015, p. 19), “os fluxos informacionais perpassam do nível estratégico ao nível operacional, refletindo e impactando nos processos que compõe a organização, inclusive o processo decisório e, por consequência, as estratégias de ação”. Podemos deduzir com a afirmação do autor que as informações são como o vento: elas simplesmente circulam e, caso não existam regras, irão circular livremente. O fluxo das informações acontece de duas maneiras: de modo formal ou informal. No primeiro caso, as informações devem circular conforme regras e políticas da empresa que tratam exatamente de como as informações devem ser disseminadas. Por exemplo, a divulgação de um relatório de projeto, do gestor do projeto à sua equipe segue regras previstas no termo de abertura do projeto, que deve seguir as políticas de comunicação da empresa. Já os fluxos informais não têm regras e canais formais. São iniciados espontaneamente e podem ser divulgados por vários meios, tecnológicos ou não. Essas informações podem ter diversas interpretações e mais liberdade em sua expressão. Eles não são necessariamente ruins, pois em muitos casos são ágeis e disseminam o conhecimento dentro da empresa. Por exemplo, quando os colaboradores criam um grupo de mensagens por aplicativos, para trocar informações de como se utiliza um software na empresa. TEMA 2 – DADOS, INFORMAÇÕES E CONHECIMENTO 21/09/2022 09:18 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 8/16 É comum que as pessoas utilizem os termos dados e informações no mesmo sentido. No dia a dia, essa sobreposição de conceitos não tem muito impacto. Mas, para nosso estudo será fundamental sabermos as diferenças entre esses termos – além do significado de conhecimento. Isso porque nos sistemas de informação há diferenças grandes entre esses termos. Vamos ver! 2.1 DADOS Uma frase muito comum nos dias de hoje é dizer que “estamos sobrecarregados de informações”. Embora a frase não seja totalmente errada, o mais correto é afirmar que estamos sobrecarregados de dados. Dados são números, letras, imagens, sons, gráficos ou qualquer outro sinal, sem um contexto. Por exemplo, seu eu digo uma data: 01 de março de 2020, isso significa nada ou pouca coisa para quem a lê ou a escuta. Portanto, é apenas um dado. Ao vermos uma tela de computador com dados de uma pessoa, um relatório pela primeira vez, estamos vendo apenas dados. São estruturados e medidos, contudo, não têm significado em si. O significado é que dá ao dado o status de informação. 2.2 INFORMAÇÃO A informação é um dado – ou conjunto de dados – dotado de significado. Portanto, são dados compreensíveis. De modo que os dados, para se tornarem informações, devem ter uma certa estrutura e um contexto. Usando o exemplo do tópico anterior, quando alguém vê os dados de um relatório ou gráfico, consegue assimilar, perceber e os analisar, aí sim essa pessoa tem informações. Ao interpretar o dado, este terá uma finalidade e uma importância, sendo neste momento uma informação. Logo, a informação tem nos dados a sua matéria-prima. Também podemos afirmar que a informação é o resultado do processamento dos dados. Uma outra característica que podemos usar para diferenciar dados de informações é o volume destes elementos. Normalmente os dados existem em muito maior quantidade do que informações. Hoje em dia mais ainda, pois existem muitos métodos de captura de dados (automáticos, semiautomáticos, 21/09/2022 09:18 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 9/16 manuais), o armazenamento dos dados é fácil e em larga escala, pois os dispositivos eletrônicos de armazenamento de dados ficaram muito baratos e populares. Isso é ratificado por Davenport (1998, p. 1), “os dados são sinais dos eventos e das atividades humanas de todos os dias, com pouco valor agregado; entretanto, eles merecem receber o crédito de fácil manipulação e armazenamento em computador”. 2.3 CONHECIMENTO O conhecimento é algo que vai além da informação. É uma compreensão da realidade de uma certa informação. Conhecimentos são concretizados no saber, nas experiências, nas ideias. Ou seja, leva em conta o aspecto pessoal do indivíduo. Aspectos que a informação apenas não seria capaz de fazer. Assim, podemos dizer que o processamento dos dados, mais a bagagem individual de tratamento das informações é o conhecimento. Com ele, as pessoas podem agir e prever os efeitos de suas ações mais claramente. TEMA 3 – INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS As informações são classificadas em dois grupos: informações quantitativas e informações qualitativas. Vamos conhecer as diferenças entre esses tipos. 3.1 INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS A principal característica das informaçõesquantitativas é que elas são expressas e medidas em números. Por exemplo, quando dizemos que “o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2019 foi de apenas 1,1%, menor do que em 2018” ou que “a central de atendimento da empresa recebe cerca de 200 chamadas por dia”, estamos nos referindo a informações quantitativas. Em geral as informações quantitativas são usadas nas empresas para comparar metas, resultado ou para especificar recursos. 3.2 INFORMAÇÕES QUALITATIVAS 21/09/2022 09:18 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 10/16 Por sua vez as informações qualitativas não são expressas em números ou podem ser medidas diretamente. Normalmente, essas informações estão em formato textual, representando opiniões, fatos descritivos, pareceres etc. Por exemplo, quando um cliente faz um comentário sobre a empresa na rede social, esta é uma informação qualitativa. Por exemplo, o cliente pode publicar uma reclamação na rede social sobre um produto da empresa: “o produto é desconfortável, não gostei de usá-lo”. O quanto seria “desconfortável”? Veja que é uma informação que não se pode medir. As informações qualitativas, por sinal, têm sido bem mais usadas pelas empresas, justamente por conta das redes sociais. É comum que os consumidores publiquem comentários sobre as marcas e produtos na rede, de forma qualitativa (boa ou ruim). Com o resultado dessas publicações, as organizações têm ideias de novos produtos, melhorias em produtos existentes ou até mesmo descontinuar produtos. TEMA 4 – CONVERTENDO DADOS EM INFORMAÇÕES Vimos que os dados são coletados em grande quantidade e seu formato não é adequado para utilização direta pelas pessoas e empresas. Para resolver esse problema, os dados devem passar por uma reformatação, de maneira que seus utilizadores os interpretem mais facilmente e consigam ser convertidos em informações úteis. Essa reformatação ocorre por meio de três fases: filtragem, processamento e apresentação. Trabalho que é representado na ilustração a seguir: Figura 2 – Conversão de dados em informações 21/09/2022 09:18 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/16 Fonte: Eleutério (2015, p. 37). E como se transformam dados em informações? Em sistemas de informações isso é feito de maneiras bem particulares. Essas ações são implícitas e quase não percebemos que estamos fazendo isso com os dados. Davenport e Pruzak (1998) caracterizam as operações conforme o quadro a seguir: Quadro 1 – Ações de processamento de dados Contextualização Sabemos qual a finalidade dos dados coletados. Categorização Conhecemos os componentes essenciais dos dados. Cálculo Os dados podem ser analisados matemática ou estatisticamente. Correção Os erros são eliminados dos dados. Condensação Os dados podem ser resumidos para uma forma mais concisa. Fonte: Davenport; Pruzak 1998 Para explicar o quadro anterior, imagine uma planilha de vendas. A primeira ação é contextualizar dados de uma equipe. Depois verificamos os produtos, categorizando os que atingiram as metas de vendas e os que não atingiram; calculamos os que irão atingir em um determinado prazo; tratamos um eventual erro na planilha; e condensamos para um resumo da informação, como vendas por semana em vez de dias. 21/09/2022 09:18 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/16 4.1 FILTRAGEM É a primeira etapa da conversão de dados em informações. Filtramos os dados que interessam para a análise. Por exemplo, suponha que tenhamos uma planilha de resultados de vendas de produtos no Brasil inteiro, mas queiramos analisar somente os resultados da região Sul. Vamos, assim, ignorar os dados das demais quatro regiões nacionais. Os sistemas informatizados e bancos de dados fazem essa etapa com bastante eficiência, já que têm mecanismos de filtragem. 4.2 PROCESSAMENTO Uma vez filtrados, os dados vão à fase de processamento. Nessa etapa, os dados são relacionados entre si, manuseados e interpretados, a fim de se tornarem informações. Por exemplo, um relatório financeiro que agrupe receitas e despesas e ao final calcule a margem de lucro, dentro de um período. Os softwares financeiros fazem operações aritméticas (somas, multiplicações, subtrações e divisões) e estatísticas (médias, frequências, percentuais etc.). Em seguida totaliza e sumariza esses dados de uma forma que possibilite sua interpretação. Poderíamos dizer que ao final da etapa de processamento já temos informações. Pois eles estão inter-relacionados e passíveis de análise. Todavia, para os usuários devem ser apresentados de forma adequada, o que é feito na próxima etapa, a apresentação. 4.3 APRESENTAÇÃO A terceira etapa do processamento de dados em informações é a apresentação. De nada adianta coletar e processar dados de maneira muito eficiente, se essas informações não forem apresentadas de modo adequado a quem se destina. A principal função, portanto, da apresentação é tornar as informações em formato útil e compreensível para as pessoas. Nesse ponto, a boa comunicação é fundamental. As informações apresentadas devem ser encaminhadas às pessoas certas, além de serem informações relevantes para essas pessoas. Para garantir essa boa comunicação, há dois processos: a sumarização e o roteamento. Vamos entender ambos. 21/09/2022 09:18 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/16 A sumarização visa garantir que apenas as informações importantes sejam levadas aos destinatários. Por exemplo, um relatório de vendas para a diretoria deve ter a informação de que “as vendas aumentaram 10% este mês em relação ao mês passado”, sem precisar entrar em grandes detalhes sobre esse aumento – embora essa informação deva estar disponível se alguém a solicitar. A sumarização reduz o volume de informações, evitando confusão e desentendimentos. O roteamento é o fato das informações chegarem até as pessoas certas, aquelas que efetivamente irão utilizar as informações para suas decisões. Por exemplo, informações sobre processos logísticos são relevantes para os gestores da área. Funcionários do RH, por exemplo, não têm interesse nessas informações, pois não as usarão para nada. Os softwares de sistemas de informação possuem muitos recursos para o roteamento. Eles, em geral, possuem funcionalidades de grupos de usuários ligados às respectivas informações, garantindo ou negando acesso aos colaboradores, dependendo de sua área. TEMA 5 – PIRÂMIDE DO CONHECIMENTO Bem, agora que já compreendemos o conceito de dado e informação e como converter dados em informações, vamos mais além, conheceremos dois outros níveis: o conhecimento e a inteligência. O conhecimento – sobre o qual já abordamos um pouco – pode ser entendido como um kit completo de dados, informações e relações entre eles que possibilitam às pessoas tomar decisões, realizar operações e criar novas informações. É a informação dentro de um contexto. Também é um valor adicionado à informação por meio das pessoas que podem compreender o real valor da informação. Também entram aqui a experiência das pessoas, seus valores, contexto no qual ela está e até mesmo os insights (a intuição). O conhecimento nasce e se aplica na mente dessas pessoas. Eleutério (citado por Rowley, 2015) ilustra a pirâmide do conhecimento como uma estrutura em quatro camadas, veja a figura: Figura 3 – Pirâmide do Conhecimento 21/09/2022 09:18 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/16 Fonte: Eleutério (citado por Rowley, 2015, p. 40). Observando a pirâmide, vemos a relação entre os conceitos estudados nesta aula. Na base está o dado, os registros não interpretados, capturados em larga escala. No nível seguinte, as informações, em menor quantidade, por meio da filtragem dos dados e com mais valor adicionado. No próximo nível, o conhecimento, uma maneira superior de compreensão. E no nível mais alto da pirâmide, a inteligência ou sabedoria, que significa o “como” e “quando usarmos o conhecimento. TROCANDO IDEIAS Muito se fala nos dias atuaisa respeito da “avalanche de informações que existe na internet”. Será que não seria uma avalanche de dados, em vez de informações? E será que essa quantidade astronômica de dados é um fator bom ou ruim para a nossa sociedade, para a nossa vida? Como você vê esse cenário? Discuta com seus colegas a respeito da imensa quantidade de dados que temos ao nosso dispor, na internet. Dê exemplos pessoais de como eles interferem na sua vida, no seu trabalho e opine sobre isso. Mencione também o que você acha das tecnologias da informação que permitem que estejamos recebendo informações a praticamente todo instante. Queremos te escutar! NA PRÁTICA Você provavelmente conhece os sistemas de lombadas eletrônicas presentes nas rodovias e ruas das maiores cidades. Esse sistema coleta dados de como os motoristas se comportam em relação aos 21/09/2022 09:18 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/16 limites de velocidade, aplicando multas àqueles condutores que passam pelo equipamento em velocidade acima do permitido para o trecho. Pensando na forma como o equipamento trabalha e tendo por base os conhecimentos adquiridos em nossa aula, responda: 1) Quais os dados principais coletados pelas lombadas eletrônicas? 2) Que informações esses dados podem indicar aos gestores dos órgãos de trânsito? 3) Que tipo de conhecimento e inteligência esses gestores podem adquirir com as informações das lombadas eletrônicas, que podem ser úteis à nossa sociedade e ao nosso trânsito? FINALIZANDO Em nossa primeira aula entendemos o papel e a circulação dos dados e informações nas organizações. Vimos que a informação circula de duas formas principais: pelos fluxos formais ou informais. Em seguida, estudamos as diferenças entre dados, informação e conhecimento. Esse entendimento é necessário para compreendermos como funcionam os sistemas de informação. Dados são registros brutos, sem significado, enquanto a informação é a interpretação e análise destes dados. O conhecimento é a união das capacidades mentais humanas à interpretação das informações. Também conhecemos os dois tipos de informações: as quantitativas, expressas em números e as qualitativas, descritas em formas textuais e nem sempre estruturadas. Ambas as informações são importantes no contexto organizacional e devem ser analisadas. Na sequência aprendemos como é o processo de conversão de dados em informações, por meio dos processos de coleta, processamento e apresentação. Esta última também tem os processos de sumarização e roteamento. Finalmente vimos o conceito de “Pirâmide do Conhecimento”, que ilustra os níveis do conhecimento, com os dados na base, as informações logo acima, o conhecimento acima desta e a 21/09/2022 09:18 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 16/16 inteligência (ou sabedoria) como o ápice do conhecimento. Bons estudos e até a próxima aula! REFERÊNCIAS DAVENPORT, T. H. Big data no trabalho: derrubando mitos e descobrindo oportunidades. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. DAVENPORT, T. H.; PRUSAK, L. Conhecimento empresarial: como as organizações gerenciam o seu capital intelectual. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998. LESCA, H.; ALMEIDA, F. C. Administração estratégica da informação. São Paulo: Revista de Administração, 1994. 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/15 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL AULA 2 Prof. Luciano Furtado C. Francisco 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/15 CONVERSA INICIAL Bem-vindo(a)! Certamente você já usou ou já viu a tela de um sistema de informações. Formulários, tabelas, gráficos, consultas diversas. Os sistemas de informação, sobretudo os empresariais, possuem uma diversidade de recursos que permitem aos seus usuários obter as informações necessárias às suas atividades. Mas, para que isso ocorra, uma série de ações acontece nos bastidores destes sistemas de informação, de forma transparente para quem os utiliza. Em verdade, os usuários dos sistemas não precisam se preocupar com as operações internas dos SI, para eles o que interessa são as informações que o sistema proporciona e que são essenciais para seu trabalho. Em nosso contexto será importante conhecermos como essas operações se dão, bem como o conceito mais formal de sistemas de informação e os elementos que compõe esses sistemas. Veremos nesta aula os componentes básicos de um sistema de informação, na sequência vamos conhecer como as decisões se dão com base nas informações obtidas desses sistemas. Nossa intenção é entender que o processo de tomada de decisão é peculiar e como os sistemas de informação auxiliam nessa tarefa. Também vamos compreender as aplicações principais dos sistemas de informação. Esperamos que goste dessa aula! CONTEXTUALIZANDO Hoje em dia sabemos que as empresas, mesmo as menores, contam com algum tipo de sistema de informação automatizado, isto é, softwares que processam dados oriundos de diversas fontes e 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/15 que, assim, proporcionam as informações necessárias às tomadas de decisões. Um dos sistemas mais usados em muitas organizações é o “ERP”, o sistema integrado de gestão. A sigla ERP é em inglês e significa Enterprise Resource Planning ou “planejamento de recursos empresariais”. À primeira vista, a sigla nada tem a ver com um sistema de informação. Mas isso se explica. Os sistemas ERP são originados por meio de sistemas de informação mais antigos, das décadas de 1970 e 80, os sistemas MRP (Materials Requirements Planning), em português Planejamento das Necessidades de Materiais. Ele foi criado para as linhas de produção de fábricas, para determinar a quantidade de material necessária em um dado momento de fabricação. Na década de 1980, esses sistemas evoluíram de modo a englobar também as áreas de engenharia e finanças. Assim surgiu o MRP II (Manufacturing Resources Planning) ou Planejamento dos Recursos de Manufatura, ou ainda, Planejamento dos Recursos de Produção. E nos anos 1990, com o sucesso do MRP II, surgiram os ERPs, sistemas de informação que integram todos os processos e dados da organização, em uma óptica funcional. Assim, a empresa conta com um único e robustos sistemas de informações, evitando duplicidade de dados e processos (cenário comum em empresas com sistemas fragmentados). A importância do ERP é tão grande, que os fornecedores de outros sistemas empresariais de informação (como CRM – sistemas de gestão de relacionamento com clientes e plataformas de e- commerce) procuram desenvolver integrações com os principais sistemas ERP de mercado. TEMA 1 – CONCEITO E DEFINIÇÃO DE SISTEMAS E DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO O termo sistema é uma palavra amplamente usada no dia a dia. Tanto que temos a sensação de que é uma palavra que se adapta em qualquer cenário. É uma palavra que está presente em todos os ramos do conhecimento: na física, química, engenharia, tecnologia, política, economia, filosofia etc. No cotidiano temos uma série de exemplos. Dizemos que uma empresa implantou um novo sistema de avaliação de desempenho. Uma universidade desenvolveu um novo sistema pedagógico. O governo pensa em um novo sistema de aposentadoria. E assim por diante. 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/15 No entanto, o que significa um sistema? Uma das definições mais usadas é a que diz que um sistema é um conjunto de elementos que interagem entre si, a fim de produzir um resultado específico. Por exemplo, um automóvel é um sistema, composto de motor, suspensão, carroceria, rodas, escapamento, parte elétrica etc. Esses componentes se relacionam de modo a produzir um resultado específico (a finalidade do sistema): movimentar o veículo. Caso esses componentes estivessem isolados, sem comunicação, seria apenas um amontoado de peças e não produziria esse resultado. Não seria umsistema. Portanto sistema é um conjunto de componentes inter-relacionados, em interação, que resultam em um todo unificado. Bertanfly (1968, p. 18) nos diz que “sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo”. Já Oliveira (2008, p. 35) conceitua sistema como “é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função”. Repare que são duas definições bastante similares e complementares. 1.1 ELEMENTOS E REGRAS DE SISTEMAS Vamos começar aqui com uma pergunta ainda sobre o tópico anterior: por que é importante entender o conceito de sistema? Porque quando entendemos um assunto sob o ângulo de sistema, adquirimos uma visão sistêmica do assunto, ou seja, nossa compreensão é mais ampla e nos permite entender o tema de uma forma geral. Por exemplo, um funcionário de uma empresa terá mais condições de desenvolver bem suas tarefas quando compreende o contexto geral na qual está inserida, o porquê ele deve fazer determinadas ações. Dessa forma, um sistema tem um conjunto de regras, vejamos: 1. O sistema recebe entradas de algum ambiente (externo ou interno) e essas entradas influenciam o sistema, como um sinal sonoro ou um pulso elétrico. 2. O sistema tem elementos que processam essas entradas e as transformam em saídas. 3. O sistema produz uma ou mais saídas, o que é o seu objetivo. Eleutério (2015) representa graficamente esse processo: 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 5/15 Figura 1 – Componentes de um sistema Fonte: Adaptado de Eleutério (2015, p. 69). Essa visão sistêmica pode ser aplicada às organizações. De acordo com Chiavenato (2000, p. 49), “a empresa é um sistema que se relaciona com seu ambiente, recebendo insumos (entradas), transformando-os (processamento) e gerando os resultados na forma de produtos ou serviços (saídas)”. Portanto, o entendimento do conceito de sistemas é fundamental para prosseguirmos e compreendermos o conceito de sistemas de informação. 1.2 DEFINIÇÃO E CONCEITO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO Se retomarmos o conceito de sistema, visto anteriormente, podemos deduzir que um sistema de informações tem por objetivo receber informações, processá-las internamente e gerar saídas (novas informações) e retorná-las ao ambiente externo. A informação é o elemento principal nesse cenário, portanto, o termo sistema de informações é bem apropriado. Contudo, vejamos a definição de Stair (2004, p. 32): “uma série de elementos ou componentes inter-relacionados que coletam, armazenam e disseminam os dados e informações e fornecem um mecanismo de feedback”. Perceba que o autor insere o termo dados na definição de sistema de informação. E é o que parece mais coerente se tomarmos as definições vistas de dados e informações. Pois em verdade, os sistemas de informação têm como entrada os dados. É o processamento interno que faz destes dados as informações que serão repassadas ao ambiente externo. 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 6/15 Com a incrível evolução da tecnologia que assistimos nas últimas décadas, o termo sistema de informação passou praticamente a designar os softwares de gestão da informação, muito usuais nas empresas ou mesmo para uso pessoal. No entanto, sistemas manuais que lidam com informações também são considerados sistemas de informação. A maneira como encaramos as definições depende do contexto, nenhuma delas é mais certa ou errada do que a outra. De qualquer modo, os sistemas de informação contam com elementos humanos, tecnológicos e procedimentais (processos). No nosso contexto, vamos entender os sistemas de informações sob o ponto de vista tecnológico. Isto é, levando em conta os elementos software, hardware e redes de dados. Assim, veja a seguinte figura: Figura 2 – Elementos de um sistema de informação Fonte: do autor, adaptado de Eleutério (2015, p. 72). Software: parte lógica dos sistemas de informação, comanda o processamento com auxílio do hardware e das redes de dados; Hardware: trata-se de todos os componentes físicos, os computadores, vídeo, teclado, discos rígidos, cabos etc. Rede de dados: são os links que unem os computadores, ou seja, a rede em si; a mais famosa é a internet, no entanto, existem redes privadas de dados, especialmente em empresas. Repare que na figura ainda há um elemento chamado BD, junto com a camada de software. Este elemento é o Banco de Dados, que é um software responsável pelo armazenamento e recuperação das informações processadas pelo software. Sempre existem em sistemas de informação comerciais, 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 7/15 como ERPs, CRMs, sistemas contábeis, financeiros etc. Ele também se encarrega de manter a consistência e a segurança dos dados. TEMA 2 – APLICAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Os sistemas de informação estão em todos os lugares e nos permeiam na vida moderna. Quando olhamos nosso smartphone (há pessoas que fazem isso centenas de vezes por dia!), usamos um caixa eletrônico, pagamos a compra no supermercado, utilizamos o GPS no automóvel... enfim, sempre estamos usando algum sistema de informação. 2.1 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO COTIDIANO Se há um fator que contribuiu muito para a disseminação dos sistemas de informação, foi a internet. Antes dela ser aberta comercialmente – por volta de 1994-95 – o uso de sistemas de informação pelas pessoas era restrito. Apenas nas empresas, caixas eletrônicos e poucos lugares mais. Os SI eram basicamente ferramentas empresariais. A cultura digital foi consolidada pela internet e, sobretudo, pelos dispositivos móveis a partir da década de 2010. Isso foi representado pela força das redes sociais e profissionais. Estas redes são gigantescos sistemas de informação. Podemos citar diversos tipos: o Facebook, a rede social pessoal mais conhecida do mundo (embora também seja usada profissionalmente e pelas empresas); o LinkedIn, rede social profissional mais utilizada, conecta profissionais e empresas e o seu propósito é a troca de experiências profissionais, recrutamento e seleção; o Instagram, uma rede social baseada em imagens; Twitter, um microblog. Temos ainda os mensageiros instantâneos, os mais famosos são o WhatsApp e o Telegram, nos quais a função é enviar mensagens de texto, áudio e vídeos diretamente para pessoas ou grupos. Temos ainda os aplicativos de celular, que também são um tipo de SI. Eles são muito populares porque se destinam a inúmeras funções, que tratam de assuntos profissionais e pessoais. Todos eles são sistemas de informação, nos quais é preciso um login e uma senha para conexão. Armazenam dados, os processam e devolvem um resultado. No caso das redes sociais, a entrada é um texto, foto, vídeo ou áudio do usuário. Estes dados são processados e a saída é uma publicação. No caso dos aplicativos, o mecanismo é o mesmo, exceto que a saída não é publicada e sim exibida 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 8/15 ao usuário. No caso dos mensageiros, a entrada é a mensagem e a saída acontece no celular do destinatário. Além disso, eles contam com sistemas de banco de dados, que armazenam as informações e usam a rede de dados – no caso, a internet – para trafegar os dados e informações. Os dispositivos móveis nos trouxeram um conceito bastante usado no contexto de sistemas de informação: as TIC, sigla de Tecnologias da Informação e Comunicação. Isto porque esses dispositivos unem essas duas funções: permitem que nos conectemos e estejamos informados, ao mesmo tempo têm recursos pelos quais podemos nos comunicar, por voz, vídeo, áudio etc. 2.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS No âmbito de governo, os SI servem de canal de comunicação entre os cidadãos e órgãos públicos. É o chamado governo eletrônico ou e-gov. Usam muito as TICs, o que agiliza serviços e deixa mais transparenteos atos da administração pública. O e-gov no Brasil surge por volta do ano 2000 e vem evoluindo. Hoje as diversas esferas de governo contam com portais de informações e realização de ações, como licitações e pregões eletrônicos, publicações, cadastros e serviços online. Um destes serviços mais famosos é a declaração anual de imposto de renda (das pessoas físicas e jurídicas), que é totalmente digital, simplificando o processo e alimentando os bancos de dados da Receita Federal com os dados e operações financeiras dos contribuintes. 2.3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NAS EMPRESAS Os sistemas de informação automatizados surgiram nas empresas, há um bom tempo, já nos anos 1960. Utilizavam nessa época outras tecnologias, mas o conceito já era o mesmo: softwares com bancos de dados, hardwares e redes (nesse caso redes de dados internas). Os SI são usados em praticamente todas as áreas de uma organização, como produção, financeiro, marketing, vendas, comercial, recursos humanos, contabilidade etc. Nos setores operacionais eles automatizam ações rotineiras. Por exemplo, um caixa de supermercado usa um sistema de informação para registrar as vendas, dar baixa no estoque, gravar os dados financeiros da operação de venda. Nos níveis estratégicos e táticos, os SI produzem informações para tomada de decisão. 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 9/15 Saiba mais Veja neste link uma explicação mais aprofundada sobre bancos de dados. Disponível em: <h ttps://www.estudopratico.com.br/banco-de-dados/>. Acesso em: 24 abr. 2020. TEMA 3 – TIPOS DE DECISÕES Todos os dias tomamos decisões. Já iniciamos nosso dia decidindo que roupa vestir, que alimento comer, que caminho seguir no trânsito e assim por diante. Na empresa não é diferente, tomamos decisões a todo instante, fazemos isso até mesmo de forma automática muitas vezes. Um detalhe aqui é que não apenas os gestores tomam decisões. Um funcionário operacional também toma decisões, apenas elas são mais simples e repetitivas. Portanto, temos decisões típicas de cada nível da organização: estratégico, tático e operacional. É o que estudaremos nesse tema. 3.1 DECISÕES ESTRUTURADAS É comum nas empresas que haja atividades rotineiras, contínuas, cotidianas. São as chamadas atividades operacionais. São executadas pelos colaboradores do degrau mais baixo da pirâmide organizacional. Em uma fábrica, por exemplo, são as atividades da linha de produção. Em um escritório de contabilidade são as tarefas de escrituração fiscal dos clientes. Mesmo nessas tarefas é normal que os colaboradores tomem decisões. As informações para essa tomada de decisão em geral são de fontes confiáveis e as decisões são assertivas. Por exemplo, em uma indústria o almoxarife confere o número de peças no estoque de um determinado item e verifica que a quantidade atingiu o estoque de segurança. Assim, ele pede ao depósito que faça uma reposição deste item no estoque, baseado nesta quantidade, na média de consumo e nas ordens de produção vigentes. 3.2 DECISÕES NÃO ESTRUTURADAS Ao contrário de decisões estruturadas, as decisões não estruturadas estão sempre em um contexto de incertezas, em situações imprevistas ou quando as informações usadas para a decisão https://www.estudopratico.com.br/banco-de-dados/ 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 10/15 são imprecisas, desconhecidas ou estimadas. São decisões que acontecem na alta gestão da empresa, na qual os gestores tomam decisões de grande impacto para a organização, por exemplo, a construção de uma nova fábrica, a entrada em um novo mercado ou a abertura do capital em bolsa de valores. As informações para estas decisões são normalmente oriundas de diversas fontes: sistemas internos, dados de mercado, dados políticos e econômicos etc. Requere muita análise e simulações e estão sujeitas a revisões e contingências. 3.3 DECISÕES SEMIESTRUTURADAS Existem decisões que combinam os dois tipos anteriores, ou seja, os decisores se deparam com informações quantitativas bem definidas e ao mesmo tempo com informações estimadas ou qualitativas. Normalmente essas decisões ocorrem nos níveis táticos (intermediários) da organização, que são as áreas que são o elo entre a alta gestão e as áreas operacionais. Um exemplo são as análises de marketing a respeito de reações do público nas redes sociais. Existem informações quantitativas como quantidade de curtidas, compartilhamentos e comentários. Contudo, existem informações qualitativas e interpretativos, como o conteúdo dos comentários. Esses dados devem ser analisados em conjunto para se tomar alguma decisão. Tal como as decisões não estruturadas, devem ser passíveis de muita análise. No quadro a seguir, Eleutério (2015), nos mostra alguns exemplos de decisões em diferentes áreas da empresa: Quadro 1 – Exemplos de decisões em diferentes áreas de negócio 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/15 Fonte: adaptado de Eleutério, 2015. Seja qual for o tipo da decisão, esta segue um fluxo. Veremos no tema a seguir. TEMA 4 – AS ETAPAS DO PROCESSO DECISÓRIO O processo de tomada de decisão tem sido estudado há décadas pelas mais variadas ciências: psicologia, administração, filosofia e mais recentemente pela informática, no que se refere à inteligência artificial. Na década de 1940, no entanto, o cientista social e matemático norte-americano Herbert Simon lançou o livro chamado Comportamento Administrativo: um estudo do processo decisório nas organizações. Nele, Simon defende que o processo de decisão é o “coração” da gestão e o relaciona com a lógica, psicologia e ciências sociais. Segundo este autor, o processo decisório é composto de quatro etapas: 1) Inteligência: Primeira etapa, na qual o gestor e equipe identificam o problema, analisam com mais profundidade, validam premissas e formulam os objetivos a atingir. É o lugar em que “se decide sobre o que vai ser decidido”. Usa-se também a visão estratégica da organização. 2) Concepção: Aqui são elencadas as possíveis alternativas de solução para o problema ou questão levantados. Os prós e contras de cada alternativa devem ser balanceados. Entram nesta 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/15 etapa os estudos de viabilidade técnica ou financeira. Podem ser usados métodos quantitativos e estatísticos para tabular com as informações da etapa de inteligência. 3) Seleção: Etapa na qual é selecionada a alternativa que mais atende aos objetivos estabelecidos. Cada alternativa recebe um valor que representa sua “utilidade” para a decisão. A alternativa com maior valor é a escolhida. Podem ser usados pesos para as alternativas, a depender do caso. A alternativa selecionada é a implementada. 4) Revisão: Nesta etapa a implementação da solução adotada é monitorada, a fim de se verificar se é mesmo a melhor decisão. No tema a seguir, veremos um exemplo deste método. TEMA 5 – ESCOLHENDO A MELHOR DECISÃO Digamos que uma locadora de automóveis pretende renovar sua frota de veículos em todo o Brasil, objetivando aumentar o faturamento. Uma operação estratégica que afetará o desempenho da empresa. Os objetivos pretendidos são: Aumentar a geração de receita de locação, ofertando automóveis mais novos; Reduzir o custo de manutenção da frota; Maximizar o valor de revenda dos veículos. Dessa forma, a empresa estrutura sua decisão da seguinte forma: Figura 2 – Exemplo da Etapa de Inteligência no Modelo de Simon Fonte: adaptado de Eleutério (2015). 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/15 Na etapa de concepção, a empresa identifica que há três modelos de veículos viáveis: A, B e C. Na etapa de seleção, os critérios que a empresa estabelece para peso são: preço, custo de manutenção, valor médio de revenda e satisfação dos clientes. A cada critério, são estabelecidos pesos: Tabela 1 – Critérios de seleção e seus respectivos pesos Critériode seleção Peso 1 - Preço 0,2 2 – Custo de manutenção 0,3 3 – Valor médio de revenda 0,1 4 – Satisfação dos clientes 0,4 Criada a tabela de critérios e pesos, a empresa avalia cada modelo de veículo em relação aos critérios e pesos anteriormente estabelecidos. Para isso, usa informações quantitativas e qualitativas para atribuir um valor, de 0 a 100, a cada alternativa e critério de seleção, conforme exemplifica a tabela a seguir: Tabela 2 – Tabela de cálculo de critérios para tomada de decisão Critérios de seleção PREÇO MANUTENÇÃO REVENDA SATISFAÇÃO VALOR FINAL Alternativas Peso = 0,2 Peso = 0,3 Peso = 0,1 Peso = 0,4 Modelo A 50 20 100 80 58 Modelo B 60 30 45 90 61,5 Modelo C 30 50 50 70 54 No exemplo anterior, para calcular o valor final do “Modelo A”, fazemos: (50 x 0,2) + (20 x 0,3) + (100 x 0,1) + (80 x 0,4) = 58,0. Assim, no exemplo, o “Modelo B” é a melhor alternativa porque 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/15 apresenta o maior valor final (61,5). TROCANDO IDEIAS Mencionamos nesta aula o termo business intelligence. Em uma tradução livre, significa “inteligência de negócios”. Porém, é mais que isso. O termo é um conceito que demonstra como a tecnologia pode nos auxiliar a decidir melhor. Assim, pesquise mais sobre esse conceito e dê sua visão sobre o assunto. NA PRÁTICA Imagine que você é gestor de uma empresa que teve uma expansão muito grande no último ano, quando as vendas aumentaram mais de 60%. Porém os custos e despesas também cresceram e assim o lucro caiu. A empresa tem um orçamento empresarial bem consolidado e pratica os melhores métodos de gestão orçamentária, as incertezas, portanto, são menores. O orçamento mostra que o principal fornecedor aumentou os preços da matéria-prima e mudou a forma de pagamento. Dessa forma, a direção da empresa simplesmente decide trocar de fornecedor. Mas essa é a melhor decisão? O que você recomendaria? Que tipo de decisão é esta, estruturada, não estruturada ou semiestruturada? FINALIZANDO Nesta segunda aula, conhecemos os conceitos de sistema de uma forma geral, fundamental para conhecer o conceito de sistemas de informação, propriamente dito. Também vimos as principais aplicações dos sistemas de informação: em nosso cotidiano, nas empresas e no setor público. Na sequência vimos os três tipos de decisões: estruturadas, não estruturadas e semiestruturadas e isso tem a ver com os tipos de informações que dispomos. Aprendemos um método interessante de tomada de decisões, em etapas, que envolve raciocínio objetivo, mas também leva em conta as informações qualitativas. Por fim entendemos esse processo com um exemplo de tomada de decisão em uma empresa. 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/15 REFERÊNCIAS CHIAVENATO, I. Administração: Teoria, Processo e Prática. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2000. ELEUTÉRIO, M. A. M. Sistemas de Informações Gerenciais na Atualidade. Curitiba: InterSaberes, 2015. OLIVEIRA, D. P. R. Sistemas de informações gerenciais: estratégicas táticas operacionais. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2008. STAIR, R. M. Princípios de Sistemas de Informação: uma abordagem gerencial. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/15 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL AULA 3 Prof. Luciano Furtado C. Francisco 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/15 CONVERSA INICIAL Olá, caro(a) aluno(a)! Nesta aula, vamos estudar as estruturas da informação, as quais os sistemas de informação seguem. Vamos entender algumas ferramentas que trabalham com a informação, sendo essas ferramentas baseadas na tecnologia. No primeiro tópico, iremos ver as tecnologias da informação e comunicação, as chamadas TIC. O propósito será entender principalmente o porquê de a palavra comunicação estar associada a esse conceito. Um assunto que já vimos foi a tomada de decisão, você se lembra? Nesta aula, vamos compreender como a tecnologia pode auxiliar nas decisões e ver como são as principais ferramentas tecnológicas de apoio à decisão. Como todo sistema, existe uma hierarquia e organização para seu funcionamento. E com os sistemas de informação não é diferente. Nesta aula, vamos ver como funcionam as hierarquias e como se organizam os sistemas de informação. Informação tem que ser gerenciada, concorda? É outro tema não menos importante de nossa aula, a gestão – ou gerenciamento – das informações. Veremos as principais premissas dessa gestão. Você acha que estamos vivendo na era da informação? Se você pensa que sim, você está certo! Assim, nesta aula vamos estudar quais os principais efeitos da era da informação na economia. Preparado(a)? Então venha conosco para mais uma aula! Desejamos um ótimo estudo! 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/15 CONTEXTUALIZANDO Talvez você tenha ou não idade para lembrar de como era o mundo sem a internet e sem os smartphones. A partir dos anos 1980, principalmente, a informatização tomou conta das empresas, mesmo as pequenas. Mas nesse início eram apenas softwares de automação de escritórios (editores de texto, planilhas etc.) e alguns sistemas de apoio às atividades operacionais (sistemas financeiros, contábeis, de RH etc.). Aplicações instaladas nos servidores da empresa, juntamente com bancos de dados também locais. Nada de servidores em nuvem, data centers terceirizados ou coisas do tipo. Isso surgiu apenas quando a internet foi aberta ao público, isto é, na metade dos anos 1990. Daí para frente a tecnologia da informação ganhou força nas empresas como nunca antes. E hoje vemos um cenário em que as informações, dispositivos e tecnologias que nos cercam estão em todo lugar e nas mais variadas formas. Saiba mais Com relação a isso, leia o artigo presente em <https://comunidadesebrae.com.br/blog/qual- a-importancia-das-tics-nas-empresas> >. Baseado neste artigo, reflita e responda: as TICs conseguem promover verdadeiramente um aumento na produtividade? TEMA 1 – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO Em um passado não muito distante a tecnologia da informação e a comunicação andavam separadas. Uma coisa eram os softwares e seus bancos de dados. De outro as comunicações. Contudo, a abertura da internet ao público (1994/95) mudou esse cenário. A rede mundial trouxe uma nova função à tecnologia: a de fazer as pessoas se comunicarem. Com popularização dos celulares (na mesma época da internet comercial) e, sobretudo, dos smartphones (a partir dos anos 2010), temos o surgimento do conceito de TIC. Para Laudon e Laudon (2010), as TICs podem ser compreendidas como “o conjunto formado por hardware, software, tecnologia de armazenamento e tecnologia de comunicações”. Por exemplo, uma empresa precisa de softwares e computadores para seus funcionários, de bancos de dados para armazenar suas informações, repositórios para guardar seus documentos digitais e de tecnologias de https://comunidadesebrae.com.br/blog/qual-a-importancia-das-tics-nas-empresas 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/15 comunicação, em geral uma rede de dados interna e uma conexão à internet. A esse conjunto de tecnologias, damos o nome de TIC. Uma característica importante das TIC é que vão incorporando os avanços da tecnologia, de forma permanente. É a TIC que impulsiona a chamada Era da Informação e os próprios modelos de negócios (vide empresas como a Uber ou AirBNB), que hoje vivemos. Uma era em que a informação é o principal ativo das organizações. Portanto, aquelas que melhor sabem lidar com as informações é que têm mais chances de sucesso. Assim, a TI e as TIC são elementos fundamentais no mundo atual, tanto para as pessoas, quem dirá para as organizações. Ritto (2005), define: “TI é como uma commodity como energia elétrica; não é a sua presença que faz diferença;é a sua ausência que exclui”. O autor nos demonstra que, se uma organização não possui tecnologias tão boas ou eficazes como seus concorrentes, esta organização está seriamente ameaçada. 1.1 PLANEJAMENTO DAS TIC As TIC abrangem sistemas dos mais variados, com lógicas e interações diferentes. O planejamento das TIC não é apenas sobre planejar os softwares ou os hardwares. É um planejamento complexo, que deve descrever acima de tudo como lidar com as informações e com a tecnologia. No início, os sistemas de informação são concebidos para lidar com necessidades de informação dos departamentos e/ou requisitos legais. À medida que o tempo avança e as empresas crescem, as necessidades passam a ser mais amplas, pois aparece a necessidade de conexão a outros sistemas (aumentando a dificuldade) e as mudanças ambientais, que geram novas necessidades de informação. Os modelos antigos de planejamento já não são suficientes. Nos dias de hoje, a complexidade é a regra, bem como o dinamismo dos ambientes. Assim, os fatores críticos a se considerar no planejamento das TIC são: Obsolescência programada: as tecnologias – principalmente os hardwares, já saem de fábrica com tempo de vida definido. Gerenciar a obsolescência é um desafio, especialmente em empresas de estratégias inovadoras 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 5/15 Atualização permanente: os sistemas de informação devem ser atualizados para novas características a serem atendidas pelos softwares, para questões de segurança ou adequação a hardwares. Implantação de novos sistemas: equipamentos mais modernos surgem a todo instante, assim, os softwares precisam ter alto grau de conectividade e portabilidade e sistemas mais antigos devem se conectar a esse cenário (ou serem redesenvolvidos). Treinamento e capacitação: uma questão permanente, pois como a evolução dos equipamentos e softwares é constante, é preciso capacitar os colaboradores para que os operem eficientemente. Integração corporativa: empresas em processos de fusão ou incorporação devem lidar com a integração, substituição ou desativação de sistemas existentes, o que gera resistência. Prestação de serviços: a computação em nuvem (cloud computing) e software como serviço (SaaS – Software as a Service), as organizações precisam adaptar plataformas e infraestruturas para novas formas de contrato, integrando às formas atuais, o que requer gestão complexa. Gestão de projetos: gestores da área de TIC devem ter conhecimentos de gerenciamento de projetos, pois cada nova solução se faz por meio de um novo projeto. Podemos observar que a complexidade das TIC requer ferramentas que nos auxiliem na tomada de decisão. Veremos isso no tema seguinte. TEMA 2 – FERRAMENTAS DE APOIO À DECISÃO Quando os computadores e softwares passaram a fazer parte do dia a dia das organizações, a tecnologia passou a ser considerada como uma ferramenta de gestão. Os gestores imediatamente perceberam a utilidade dos sistemas de informação e dos bancos de dados como apoio às atividades gerenciais, em especial no processo de tomada de decisão. Em 1968, em um artigo intitulado “Management Information-Decision Systems” (Sistemas de Informação e Decisão Gerenciais), Dickson – estudioso da área – afirma que a integração entre os sistemas de informação e a administração era a chave para os novos requisitos na gestão das empresas. Outro estudioso, Gordon Davis, em 1974, definiu sistemas de informação como “sistemas integrados homem/máquina geradores de informações para apoiar as funções operacionais, 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 6/15 gerenciais e as tomadas de decisão em uma organização”. Tais definições formaram o conceito de Sistemas de Informações Gerenciais (SIG). Inicialmente, as decisões gerenciais eram apoiadas por relatórios, principalmente. No entanto, à medida que os ambientes ficavam mais complexos e a tecnologia evoluía, a necessidade de ferramentas melhores ficava mais evidente. 2.1 FERRAMENTAS PARA DECISÕES COMPLEXAS Já na década de 1980, com pesquisas avançadas sobre o processo decisório ao mesmo tempo com o aumento da capacidade dos computadores e softwares, surgem as primeiras ferramentas de análise e apoio ao processo decisório. Eram os chamados SAD (Sistemas de Apoio à Decisão). Em inglês, DSS (Decision Support Systems). Essas ferramentas são softwares que usam amplamente os cálculos numéricos, estatísticas, simulações, por meio de técnicas de modelagem de problemas. Esses recursos são próprios para ajudar na solução de cenários complexos e com dados não estruturados. Exemplos: simulação de investimentos, planejamento de rotas de transporte, otimização de linhas de fabricação e outros. Conceitualmente há uma diferença entre SIG (sistemas de informações gerenciais) e SAD. Os SIG se destinam a gerência das situações operacionais, com base em relatórios. Os SAD são voltados a soluções de problemas complexos. 2.2 FERRAMENTAS PARA OS EXECUTIVOS Nos anos 1990, a maior competitividade e a globalização deram mais ênfase às decisões estratégicas. Dessa forma, surgem os Sistemas de Apoio aos Executivos (SAE). Também chamados de Sistemas de BI (Business Intelligence ou inteligência de negócios). Tais sistemas focam o desempenho geral da empresa, sem entrar em detalhes menores (embora os tenham). São sistemas de informação úteis para que os gestores tomem decisões estratégicas e detectem novas oportunidades. Esses softwares usam técnicas ainda mais avançadas de processamento, algoritmos inteligentes, bancos de dados multidimensionais e mineração de dados (data mining). Visualmente (a apresentação) usam muitos gráficos e dashboards, que são painéis resumidos de informações integradas, indicadores e informações diversas. 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 7/15 Saiba mais Veja neste link como funciona um sistema de business intelligence. Disponível em: <https://i nteligencia.rockcontent.com/business-intelligence/>. Acesso em: 24 abr. 2020. Essas ferramentas podem estar separadas ou fazerem parte de um mesmo pacote de software. TEMA 3 – HIERARQUIA E ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO Se perguntarmos a várias pessoas o que é um sistema de informação, a maioria vai dizer que se trata de um software que coleta, processa e mostra resultados das informações. Esta resposta não é de todo errada, mas é incompleta. Os sistemas de informação não são apenas a parte da tecnologia. Esta é fácil de identificar. Podemos ver claramente os computadores e softwares. O entanto, os SI possuem outras dimensões. Os SI são um tripé formado pela tecnologia, pelas pessoas e pela própria organização. Veja figura a seguir: Figura 1 – Dimensões dos sistemas de informação Fonte: adaptado de Laudon e Laudon, 2010. https://inteligencia.rockcontent.com/business-intelligence/ 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 8/15 Vejamos como cada uma dessas dimensões se adapta no contexto de sistemas de informação. Organizações: as atividades de uma organização são executadas seguindo sua hierarquia e seus processos. São ações ordenadas logicamente, com comportamentos que definem um trabalho determinado. Exemplos: recrutamento e seleção de colaboradores; preenchimento de uma ordem de serviço; lançamento de um produto/serviço; atendimento de pedidos. São processos normais de uma empresa. Os SI devem reproduzir esses processos, seus fluxos e gerar as informações necessárias para que ocorram a contento. Pessoas: os sistemas de informação não terão qualquer serventia se não houver pessoas competentes e capacitadas para operá-los. Para isso, os colaboradores devem ter um rol de habilidades e conhecimentos. Isso vale para qualquer nível da estrutura organizacional. Daí a habilidade que os gestores devem ter, em entender a lógica das situações que a empresa enfrenta. Devem entender que os sistemas de informação são elementos primordiaispara encontrar a solução dos problemas e que a empresa atinja seus objetivos. Portanto, os SI devem ser construídos de modo a proporcionar esse entendimento às pessoas da organização. Tecnologia: os sistemas de informação funcionam baseados em diversas tecnologias. Mesmo antes da era da informação, as organizações necessitavam de sistemas para suas operações. O que a informática trouxe foi a potencialização do uso dessas várias tecnologias. Isso mudou a maneira como as organizações funcionam. As TIC individuais – como os smartphones – impulsionaram essas formas. Hoje é muito comum os grupos de colaboradores em aplicativos de mensagens. Nesses grupos, informais até certo ponto, os colaboradores discutem assuntos de trabalho, conferindo mais agilidade na troca de informações e execução das tarefas. TEMA 4 – GERENCIAMENTO DAS INFORMAÇÕES Já vimos que as informações e os SI conseguem dar mais agilidade às empresas, colaborando para seu sucesso. No lado oposto, podem afetar a organização negativamente, resultando em baixo desempenho. As informações, hoje, são o grande e principal ativo das empresas. Mais do que qualquer prédio, veículo ou máquina. Veja o exemplo das empresas da nova economia, como a Google, Apple, Uber, AirBNB. Essas empresas trabalham essencialmente com informações. Nem mesmo importa onde estão localizadas fisicamente. Esses exemplos, claro, são mais extremos, são organizações baseadas 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 9/15 na informação. Mas vale também para organizações ditas tradicionais, as indústrias, empresas de comércio, prestação de serviços, do terceiro setor e empresas públicas. Como todo ativo importante, é necessário que as organizações mantenham e cuidem deste ativo. Também devem ter mecanismo de segurança que protejam essas informações de avarias ou vazamentos. As informações são o chamado capital intelectual das empresas. Saiba mais Veja neste vídeo um pouco mais sobre o capital intelectual. Disponível em: <https://www.yo utube.com/watch?v=iQd0Xvalhhg>. Acesso em: 24 abr. 2020. 4.1 IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DA INFORMAÇÃO Com a chegada da era da informação, a sua gestão, e a própria gestão do conhecimento e do capital intelectual, passou a ser uma preocupação das organizações. Paralelamente, o volume de dados passou a crescer exponencialmente, com a abertura da internet ao público. E cresce cada dia mais. A gestão dessas informações ficou muito mais complexa, daí o porquê de sua gestão sem o suporte da tecnologia ser praticamente impossível. Pense em uma empresa de pequeno ou médio porte hoje em dia, sem o uso de computadores, sem acesso à internet e sem sistemas de informação baseados em software (como as empresas até o final dos anos 1980). É virtualmente impossível que essa organização funcione e muito menos tenha sucesso. Por isso, a gestão da informação e do conhecimento mereceu maior atenção das organizações. Muitas delas passaram a fazer seus planejamentos estratégicos baseados na gestão da informação e nos sistemas de informação, conscientes de que se trata de um fator-chave de sucesso. Além disso, a gestão da informação provocou mudanças nas estruturas empresariais. Dos anos 1980 para cá, o uso mais intenso da tecnologia da informação, do armazenamento de dados e das redes de dados fizeram destas tarefas um assunto cada vez mais especializado. Os antigos gerentes de CPD (Centros de Processamento de Dados) se tornaram Gerentes de Informação. Eles não apenas gerenciam os softwares e hardwares, mas também com as políticas de coleta, organização, armazenamento, acesso e proteção das informações. https://www.youtube.com/watch?v=iQd0Xvalhhg 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 10/15 É um reflexo da importância estratégica das informações. Outro caso que surgiu devido a esse cenário é o de CIO (Chief Information Officer), ou Executivo-chefe de Informação. Saiba mais Leia neste artigo, as funções que a gestão da informação fez surgir nas organizações. Disponível em: <https://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/03/07/915903/21-profis ses-novas-da-era-digital.html>. Acesso em: 24 abr. 2020. 4.2 ASPECTOS DE UMA GESTÃO DA INFORMAÇÃO EFICIENTE Estabelecer uma boa política de gestão da informação não é difícil, caso os gestores saibam quais os fatores principais. Essa política deve prever um fluxo de processos que garantam que as informações necessárias estejam sempre seguras, íntegras e disponíveis às pessoas certas. Vejamos os passos para atingir esses objetivos: 1. Considerar a tecnologia como parceira: as organizações devem investir em soluções de tecnologia que trabalhem com a máxima eficiência com os dados internos. Aqui são considerados os recursos de segurança, manuseio, apresentação e compartilhamento das informações. Devem ser capazes de manter as informações disponíveis todo o tempo, mesmo que ninguém as requisite. 2. Fazer a Integração de Sistemas: é comum nas organizações que existam sistemas de diferentes tecnologias e fornecedores. Também é muito comum que os sistemas de fornecedores, clientes, governo e outras organizações precisem trocar dados com os sistemas das organizações. Portanto, a integração entre sistemas heterogêneos faz com que os ambientes dos SI sejam mais seguros e eficientes. 3. Estabelecer Regras de Acesso: deve haver políticas detalhadas de acesso a dados e níveis de acesso a estes dados (por exemplo, posso ver, mas não alterar um dado), com registros de todas as operações. Isso garante um controle mais efetivo de quem incluiu, alterou, consultou ou excluiu determinada informação. https://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/03/07/915903/21-profisses-novas-da-era-digital.html 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/15 4. Manter os Dados Íntegros: o que significa integridade de dados? É a confiabilidade nos dados e informações. Por exemplo, se eu vejo o endereço do cliente no seu cadastro, devo ter confiança de que o cliente realmente reside naquele endereço. Os processos da empresa devem garantir que se este cliente mudar de endereço, o endereço novo seja atualizado no sistema de informações. As regras de acesso, vistas anteriormente, são fundamentais para que os dados sejam confiáveis. Nenhuma decisão pode ser efetiva se os dados não são íntegros ou as pessoas não confiam nos processos da empresa. Aqui vale também o planejamento de implantar sistemas integrados. 5. Organizar os Dados: é aqui que entram os bancos de dados (um de nossos próximos assuntos). Eles são responsáveis por manter os dados organizados e acessíveis. Uma boa organização dos dados permite agilidade nos processos e nas tomadas de decisão. Para exemplificar, imagine uma estrutura de pastas e arquivos desorganizados no servidor. Ausência de padrão de nomes, de regras de manutenção de pastas etc. Fica muito mais difícil recuperar as informações de que se precisa. Com os SI e os bancos de dados ocorre o mesmo. Dados desorganizados são processados de forma desorganizada, gerando informações não confiáveis. A organização ajuda a manter a integridade das informações. Com relação aos sistemas e bancos de dados, essa organização é determinada pelos analistas de negócios, de sistemas e analistas de bancos de dados. Crédito: Vasin Lee/Shutterstock. TEMA 5 – OS EFEITOS DA ERA DA INFORMAÇÃO NA ECONOMIA 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/15 A revolução da era da informação não se limitou às fronteiras empresariais. Elas impactaram a economia fortemente, causando transformações sem precedentes. Vários são estes efeitos. O primeiro deles é a quebra de barreiras geográficas. Até o final dos anos 1990, para comprar um produto, percorríamos as loas físicas próximas a nós. As empresas, por sua parte, preocupavam- se apenas com os concorrentes mais próximos (na mesma cidade, estado ou país). Agora não mais, os consumidorespodem comprar pela internet facilmente de qualquer parte do mundo, por meio do e-commerce. Isso aumentou exponencialmente a base de concorrentes de muitas empresas. Exige-se, assim, novas formas de gestão e novas formas de competitividade. Novos modelos de negócios nasceram por conta da evolução da tecnologia e mobilidade. Se antes chamávamos um táxi para nos deslocar, sem saber quanto a viagem iria custar, hoje pedimos o transporte por aplicativos, sabendo quanto pagaremos pela corrida. As pessoas podem oferecer suas casas ou quartos para viajantes, como se fossem hotéis e receber um pagamento por isso. As publicações impressas estão em xeque, porque as pessoas se informam por meios digitais, via smartphone. As operadoras de telefonia fixa estão vendo decrescer ano a ano suas receitas com os antigos aparelhos fixos, dado que as pessoas hoje podem se comunicar de diferentes formas, sem depender deste serviço. Assistimos a economia passar da era industrial – baseada na mecanização e produção em massa – para a era pós-industrial, na qual a informação e o conhecimento são as matérias-primas do sucesso. O escritor norte-americano Alvin Toffler (1928-2016) escreveu um célebre livro chamado A Terceira Onda, publicado em 1980, em que ele define essa nova era como a “terceira onda econômica mundial”. Segundo Toffler, nessa era a força das organizações não está mais na fabricação de produtos ou prestação dos serviços. Está nos tripé informação-conhecimento-tecnologia. A Revolução da Informação é a terceira, depois da revolução agrícola e da revolução industrial e criou o que se chama de economia digital. Nela, o capital intelectual e a tecnologia são os motores do sucesso das empresas. Saiba mais Veja neste artigo uma análise do livro A Terceira Onda de Alvin Toffler. Disponível em: <http s://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2016/07/obra-de-alvin-toffler-embora-hoje-po uco-comentada-foi-visionaria-6471913.html>. Acesso em: 24 abr. 2020. https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2016/07/obra-de-alvin-toffler-embora-hoje-pouco-comentada-foi-visionaria-6471913.html 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/15 TROCANDO IDEIAS Pense nas suas atividades profissionais. Como são usadas as informações, os sistemas de informação são eficientes? Pode ser de sua empresa ou de outra, que conheça. Imagine algumas ideias que poderiam ser implementadas, com ajuda da tecnologia, para melhorar os processos. Pode se inspirar em exemplos conhecidos. Aqui o importante é você discutir as formas que a tecnologia pode ter para auxiliar os processos de negócio, de qualquer âmbito (comercial, produção, operações etc.). Vale o pensamento inovador e criativo! NA PRÁTICA Uma empresa comercial decidiu entrar no comércio eletrônico. Trata-se de uma marca bastante conhecida e com várias lojas físicas, em diversas cidades. O website de sua loja virtual entrou no ar e, devido a um bom trabalho de marketing digital, já tem uma alta quantidade de acesso e de vendas, poucos meses após a estreia. No entanto, os sistemas de informação das lojas físicas e da loja virtual são diferentes não trocam informações de modo automático, o que obriga a equipe do e-commerce a esticar prazos de entrega, o que impede mais vendas. Os estoques das lojas físicas e virtuais são separados, ainda que estejam no mesmo depósito. No entanto quando falta estoque em uma loja física ou na loja virtual, o item é deslocado de um dos estoques para o outro. Para isso, os funcionários preenchem uma solicitação de movimento, assinam e entregam ao setor de estoques, que procede a atualização do inventário em ambos os sistemas e depois autoriza a disponibilização do item na loja virtual ou a retirada para levar o produto até a loja física. Todo esse processo demora de um a dois dias. Sendo assim, responda às questões: 1. Como a tecnologia pode ajudar a agilizar os processos das lojas físicas e da loja virtual 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/15 2. Os setores das lojas físicas e da loja virtual podem continuar com sistemas diferentes? Ou deve ser implantado um sistema único? Pratique e nos conte o que você acha! FINALIZANDO Nesta aula, vimos as estruturas e organização das informações, bem como a tecnologia pode auxiliar neste processo. Entendemos o conceito de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) e como elas influenciam e são influenciadas pelos sistemas de informação. Vimos que as TIC evoluíram para diversos dispositivos tecnológicos o que trouxe complexidade aos ambientes de SI. Como o ambiente de SI se tornou complexo nas últimas décadas, vimos as principais ferramentas de apoio à tomada de decisões, ferramentas estas baseadas na tecnologia. Elas surgiram devido ao cenário ambiental cada vez mais complexo e ao crescente volume de dados que estamos sujeitos hoje. Também entendemos que isso requer uma hierarquia e organização dos sistemas de informações. Fatores como integração de sistemas, políticas de segurança e de acesso e bancos de dados bem construídos promovem essa organização essencial para a eficiência organizacional. Por fim, estudamos aspectos do gerenciamento das informações, algo imprescindível já que a informação se transformou no maior ativo das organizações, e os efeitos da era da informação na economia, o que fez surgir novos modelos de negócios e profundas alterações nos modelos econômicos. REFERÊNCIAS LAUDON, J; LAUDON, K. Sistemas de Informações Gerenciais. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. MORAES, D. Business Intelligence: o que é e como fazer análise de dados de inteligência empresarial? RockContent, 2018. Disponível em: <https://inteligencia.rockcontent.com/business- 22/09/2022 07:43 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/15 intelligence/>. Acesso em: 24 abr. 2020. MOREIRA, C. A. Obra de Alvin Toffler, embora hoje pouco comentada, foi visionária. Portal Zero Hora, 2016. Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2016/07/obra-de- alvin-toffler-embora-hoje-pouco-comentada-foi-visionaria-6471913.html>. Acesso em: 24 abr. 2020. RITTO, A. C. Organizações Caórdicas - Modelagem de Organizações Inovadoras. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2005. SOARES, D. Qual a importância das TIC's nas empresas? Comunidade Sebrae, 2019. Disponível em: <https://comunidadesebrae.com.br/blog/qual-a-importancia-das-tics-nas-empresas>. Acesso em: 24 abr. 2020. 21 profissões novas da era digital. Universia, 2019. Disponível em: <https://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/03/07/915903/21-profisses-novas-da-era- digital.html>. Acesso em: 24 abr. 2020. 22/09/2022 08:14 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/16 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL AULA 4 Prof. Luciano Furtado C. Francisco 22/09/2022 08:14 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/16 Conversa inicial Olá, caro(a) aluno(a)! Nesta aula, vamos estudar a forma como os sistemas de informação na atualidade disponibilizam os dados e informações de que precisamos para nossas atividades e para as tomadas de decisão. Trata-se dos bancos de dados. Aliás, um termo que praticamente caiu no uso popular, desde que a tecnologia da informação se inseriu definitivamente como uma ferramenta de trabalho e também de uso pessoal, com a abertura da internet comercial, nos anos 1990. Muitas pessoas até mesmo chamam os sistemas de informação de banco de dados. Pelo termo banco de dados, você já deve concluir que se trata de um repositório de dados, usados pelos sistemas de informação. É isso mesmo, são lugares onde os dados são guardados, a fim de serem usados pelos sistemas de informação. Estes seriam inúteis sem os bancos de dados, e vice- versa. Então, vamos entender nesta aula os aspectos principais dos bancos de dados. Veremos que se trata de um software. Mas um software, digamos,
Compartilhar