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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
GERENCIAL
AULA 1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Luciano Furtado C. Francisco
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CONVERSA INICIAL
Olá, caro(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) à nossa primeira aula.
Nesse primeiro encontro, vamos entender o assunto básico de nosso assunto: os dados e as
informações. No entanto, você pode se perguntar agora: mas existem diferenças entre esses
conceitos, dado e informação?
Embora no dia a dia essas palavras sejam usadas para indicar significados iguais, veremos que no
contexto de sistemas de informações elas são diferentes e é fundamental entendermos essa
diferença. Também vamos entender que por meio delas vamos ter o conceito de conhecimento.
Hoje é unanimidade que a informação é o ativo mais importante nas organizações. Ela é hoje em
dia o que o ouro e o petróleo representaram em outros tempos, a riqueza mais importante para as
empresas.
Assim, vamos estudar qual o papel das informações nas empresas e como elas circulam nas
organizações. De que maneiras as informações auxiliam os gestores e colaboradores a executarem
suas atividades?
Outro conhecimento importante nesse primeiro momento é sabermos quais são os tipos de
informações. Saber diferenciar esses tipos é fundamental para que possamos tomar decisões.
Veremos que existem informações quantitativas e qualitativas. E cada vez mais temos esses dois tipos
de informação em grande quantidade, o que requer métodos de análise cada vez mais sofisticados
para que possamos entender o que essas informações nos indicam.
Mas se temos dados e informações, como uma se transforma em outra? Também é um assunto
que vamos demonstrar ao longo dessa aula. Há processos específicos para que um dado passe a ser
uma informação e aí os sistemas de informação são imprescindíveis, tendo papel determinante.
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Por fim, vamos entender como nossa mente trabalha com todo esse arsenal, dados, informação
e conhecimento. Vamos entender um conceito muito interessante chamado de pirâmide do
conhecimento.
Espero que goste de nossa aula e tenha bons estudos!
CONTEXTUALIZANDO
Pense na quantidade de informação que você consome hoje em dia. Ao pararmos para analisar
essa questão, veremos que estamos inundados de dados e informações a todo instante, por meio,
principalmente, da internet e dos dispositivos móveis.
Mas não apenas consumimos informações. Nesse momento também estamos gerando uma
série de dados que são vistos por alguma organização: uma rede social, uma empresa de mídia ou
uma outra organização qualquer. Por exemplo, quando acessamos o website de uma empresa
(mesmo que não seja preenchido nenhum formulário ou nada seja comprado ou baixado), uma loja
virtual ou uma rede social, nossa navegação está sendo de certa forma rastreada. Pode-se verificar
que percorremos diversas informações e consumimos conteúdos diversos.
Isso dá uma ideia do que gostamos, o que consumimos, que assuntos mais acessamos, o que
mais nos chama a atenção. Do ponto de vista de negócios, é algo muito valioso para muitas
empresas. Pois com essas informações, podem direcionar seus esforços de comunicação para um
público muito mais assertivo.
Quem nunca acessou ou pesquisou produtos na internet e depois começou a ver anúncios deste
item ou produtos similares nos websites que acessou posteriormente? Isso até faz com que muitas
pessoas dizem que “os produtos os perseguem na internet”.
Esse efeito é típico da era da informação, que vivemos hoje. A informação – ou os dados em
primeira análise – é o que mais as empresas buscam de seu mercado e de seus consumidores. Valem
mais do que quaisquer ativos.
Com isso temos os conceitos de big data (algo como muitos dados – a gigantesca quantidade de
dados gerados a cada segundo na internet e o business intelligence (inteligência de negócios),
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tecnologia de tratamento dessas quantidades imensa de dados. São conceitos e ferramentas que
visam desvendar informações por meio desses dados coletados.
Assim, a pergunta é: como converter essa grande massa de dados em informações relevantes
para as organizações? Esse é o grande desafio!
TEMA 1 – O PAPEL E A CIRCULAÇÃO DAS INFORMAÇÕES NAS
EMPRESAS
Pense em uma situação em que você é um gestor, diretor ou ocupa qualquer cargo de comando
em uma empresa. Saiba que nessas situações sua principal atribuição é tomar decisões. Para isso, até
mesmo instintivamente, você irá procurar obter boas informações para tomar as decisões.
Essas decisões são tomadas com base em informações. A informação é a matéria-prima da
decisão. Aqui podemos fazer uma analogia com uma fábrica: quanto melhor é a qualidade da
matéria-prima, melhor qualidade terá o produto final. Com as decisões é o mesmo, quanto melhores
informações, mais acertadas tendem a ser as decisões.
Mas as informações pura e simples não bastam. Segundo Eleutério (2015, p. 17), “as atividades
gerenciais, nas grandes corporações ou nas pequenas e médias empresas, envolvem a busca e o
tratamento de informações. Utilizamos informações a todo momento para alertar, estimular, reduzir
incertezas, revelar alternativas e fundamentar nossas tomadas de decisão”.
Observe que o autor fala em busca e tratamento das informações, ou seja, as informações
requerem análises prévias para que sejam apresentadas aos decisores de modo correto, a fim de que
se propicie a melhor tomada de decisão possível. Aí está um dos papeis fundamentais dos sistemas
de informação gerencial, a coleta e o tratamento das informações (veremos com mais detalhes nas
próximas aulas).
Outro fator sobre as informações nas tomadas de decisão é o nível empresarial, no qual são
tomadas as decisões. As organizações em geral têm três níveis de gerência: o estratégico (onde está
o alto escalão da empresa), o nível tático (gerência de departamentos e setores) e o operacional
(supervisores e trabalhadores que executam as funções básicas). Cada um desses níveis olha e tem
informações diferentes.
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É que veremos logo a seguir.
1.1 NÍVEIS DE INFORMAÇÕES
Nos níveis operacionais, as situações são mais previsíveis, que ocorrem diariamente e as decisões
costumam ter efeitos imediatos. Por exemplo, o supervisor da linha de produção verifica que um
equipamento está com níveis de falha acima da média e decide trocar este equipamento. Perceba
que neste nível as informações em geral são quantitativas (assunto que também veremos em nossa
disciplina), composta de números, estatísticas, gráficos etc.
Já no nível médio (tático), as informações não são apenas compostas de números. É comum
também que existam informações qualitativas, que correspondem a opiniões, comentários etc. Nesse
nível, os gerentes necessitam combinar e analisar informações numéricas e qualitativas em conjunto.
Por exemplo, um gerente de marketing decide qual a melhor data de lançamento para uma
campanha de lançamento de um novo produto.
No nível estratégico, as decisões são bem mais complexas e incertas. Isso porque geralmente as
informações são bem mais qualitativas do que quantitativas. Além disso, as decisões envolvem a
empresa como um todo, até mesmo sua sobrevivência. Nesse caso, as informações são elaboradas
para simular cenários, fazer estimativas, previsões e análises mais especializadas. Com exemplo, a
diretoria da empresa decide entrar em um novo mercado ou adquirir um concorrente.
As informações devem circular nas empresas, caso contrários elas não têm sentido. Os gestores
usam essencialmente as informações para sua principal atribuição: tomar decisões. Os colaboradores
de áreas operacionais também dependem de informações para executar suas atividades. Tendo bonssistemas de informação e uma política correta de tratamento dessas informações, maior será a
sinergia entre os colaboradores. Ou seja, contribuem para que todos reconheçam os desafios,
problemas e oportunidades da empresa. Fazem com que os colaboradores sejam mais autônomos e
tenham mais credibilidade. Para que essa posição seja alcançada, os sistemas de informação devem
ser eficazes e transparentes. Além disso, devem proporcionar boa e segura circulação das
informações. Tema do próximo tópico.
1.2 SEGURANÇA E CIRCULAÇÃO DAS INFORMAÇÕES
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Uma organização trabalha com muitas informações, quanto maior seu porte, mais volume de
informações terá. Mas será que todas as informações são passíveis de serem divulgadas para todos?
Não, por dois motivos.
Primeiro porque cada colaborador precisa das informações úteis e necessárias para suas
atividades, não de informações desnecessárias para que ele cumpra suas tarefas. Em segundo lugar
porque existem informações estratégicas, ou seja, informações que são usadas pelos gestores para
tomadas de decisão e que se forem de conhecimentos geral podem vazar e causar prejuízos diversos
para a organização (lucro, imagem, reputação etc.).
Por exemplo, imagine que a empresa cogite a compra de um concorrente. As informações desse
processo devem ficar restritas à alta direção e não serem disseminadas indiscriminadamente. Caso ela
venha a público, a negociação pode sofrer um revés, caindo na mão de concorrentes, parceiros,
fornecedores ou pessoas contrárias à negociação, o que poderia atrapalhar a transação.
Não se trata de censura ou algo do tipo, mas sim de preservar informações importantes, que
devem ser divulgadas a quem interessa e no momento certo para que não prejudique as atividades e
planejamento da organização.
Um outro exemplo: dados de clientes não são importantes para quem trabalha na linha de
produção (chão de fábrica), pois estes colaboradores não têm contato com os clientes. Informações
de clientes servem para uso dos colaboradores e setores que mantêm contato permanente com a
clientela, vendedores, gerentes comerciais, suporte técnico etc. Mesmo dentro de um mesmo setor,
as informações devem ter níveis de acesso. Como exemplo, em um banco, o gerente da agência
pode ter acesso ao rendimento de um cliente, mas os caixas não precisam ter essa informação, pois
para eles tal informação não contribui para seu trabalho.
Portanto, os sistemas de informação devem contar com mecanismos de segurança de acesso
informacional que reproduzam as políticas de acesso à informação da empresa. Essa política
determina como as informações devem ser recuperadas e distribuídas, dentro e fora da organização.
É o que se chama fluxo das informações.
Segundo Lesca e Almeida (1994), o fluxo de informações é classificado em três tipos: os fluxos
originados no meio externo, os fluxos provenientes do âmbito interno da organização e aqueles que
a empresa produz e que são destinados ao seu mercado. Veja a figura:
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Figura 1 – Fluxo informacional
Fonte: Adaptado de Lesca e Almeida, 1994.
1.3 FLUXOS DAS INFORMAÇÕES
Segundo Teixeira e Valentim (citado por Eleutério, 2015, p. 19), “os fluxos informacionais
perpassam do nível estratégico ao nível operacional, refletindo e impactando nos processos que
compõe a organização, inclusive o processo decisório e, por consequência, as estratégias de ação”.
Podemos deduzir com a afirmação do autor que as informações são como o vento: elas
simplesmente circulam e, caso não existam regras, irão circular livremente. O fluxo das informações
acontece de duas maneiras: de modo formal ou informal.
No primeiro caso, as informações devem circular conforme regras e políticas da empresa que
tratam exatamente de como as informações devem ser disseminadas. Por exemplo, a divulgação de
um relatório de projeto, do gestor do projeto à sua equipe segue regras previstas no termo de
abertura do projeto, que deve seguir as políticas de comunicação da empresa.
Já os fluxos informais não têm regras e canais formais. São iniciados espontaneamente e podem
ser divulgados por vários meios, tecnológicos ou não. Essas informações podem ter diversas
interpretações e mais liberdade em sua expressão. Eles não são necessariamente ruins, pois em
muitos casos são ágeis e disseminam o conhecimento dentro da empresa. Por exemplo, quando os
colaboradores criam um grupo de mensagens por aplicativos, para trocar informações de como se
utiliza um software na empresa.
TEMA 2 – DADOS, INFORMAÇÕES E CONHECIMENTO
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É comum que as pessoas utilizem os termos dados e informações no mesmo sentido. No dia a
dia, essa sobreposição de conceitos não tem muito impacto. Mas, para nosso estudo será
fundamental sabermos as diferenças entre esses termos – além do significado de conhecimento. Isso
porque nos sistemas de informação há diferenças grandes entre esses termos. Vamos ver!
2.1 DADOS
Uma frase muito comum nos dias de hoje é dizer que “estamos sobrecarregados de
informações”. Embora a frase não seja totalmente errada, o mais correto é afirmar que estamos
sobrecarregados de dados.
Dados são números, letras, imagens, sons, gráficos ou qualquer outro sinal, sem um contexto.
Por exemplo, seu eu digo uma data: 01 de março de 2020, isso significa nada ou pouca coisa para
quem a lê ou a escuta. Portanto, é apenas um dado. Ao vermos uma tela de computador com dados
de uma pessoa, um relatório pela primeira vez, estamos vendo apenas dados. São estruturados e
medidos, contudo, não têm significado em si. O significado é que dá ao dado o status de
informação.
2.2 INFORMAÇÃO
A informação é um dado – ou conjunto de dados – dotado de significado. Portanto, são dados
compreensíveis. De modo que os dados, para se tornarem informações, devem ter uma certa
estrutura e um contexto.
Usando o exemplo do tópico anterior, quando alguém vê os dados de um relatório ou gráfico,
consegue assimilar, perceber e os analisar, aí sim essa pessoa tem informações. Ao interpretar o
dado, este terá uma finalidade e uma importância, sendo neste momento uma informação.
Logo, a informação tem nos dados a sua matéria-prima. Também podemos afirmar que a
informação é o resultado do processamento dos dados.
Uma outra característica que podemos usar para diferenciar dados de informações é o volume
destes elementos.
Normalmente os dados existem em muito maior quantidade do que informações. Hoje em dia
mais ainda, pois existem muitos métodos de captura de dados (automáticos, semiautomáticos,
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manuais), o armazenamento dos dados é fácil e em larga escala, pois os dispositivos eletrônicos de
armazenamento de dados ficaram muito baratos e populares. Isso é ratificado por Davenport (1998,
p. 1), “os dados são sinais dos eventos e das atividades humanas de todos os dias, com pouco valor
agregado; entretanto, eles merecem receber o crédito de fácil manipulação e armazenamento em
computador”.
2.3 CONHECIMENTO
O conhecimento é algo que vai além da informação. É uma compreensão da realidade de uma
certa informação. Conhecimentos são concretizados no saber, nas experiências, nas ideias. Ou seja,
leva em conta o aspecto pessoal do indivíduo. Aspectos que a informação apenas não seria capaz de
fazer.
Assim, podemos dizer que o processamento dos dados, mais a bagagem individual de
tratamento das informações é o conhecimento. Com ele, as pessoas podem agir e prever os efeitos
de suas ações mais claramente.
TEMA 3 – INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS
As informações são classificadas em dois grupos: informações quantitativas e informações
qualitativas. Vamos conhecer as diferenças entre esses tipos.
3.1 INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS
A principal característica das informaçõesquantitativas é que elas são expressas e medidas em
números.
Por exemplo, quando dizemos que “o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2019 foi de
apenas 1,1%, menor do que em 2018” ou que “a central de atendimento da empresa recebe cerca de
200 chamadas por dia”, estamos nos referindo a informações quantitativas.
Em geral as informações quantitativas são usadas nas empresas para comparar metas, resultado
ou para especificar recursos.
3.2 INFORMAÇÕES QUALITATIVAS
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Por sua vez as informações qualitativas não são expressas em números ou podem ser medidas
diretamente. Normalmente, essas informações estão em formato textual, representando opiniões,
fatos descritivos, pareceres etc.
Por exemplo, quando um cliente faz um comentário sobre a empresa na rede social, esta é uma
informação qualitativa. Por exemplo, o cliente pode publicar uma reclamação na rede social sobre um
produto da empresa: “o produto é desconfortável, não gostei de usá-lo”. O quanto seria
“desconfortável”? Veja que é uma informação que não se pode medir.
As informações qualitativas, por sinal, têm sido bem mais usadas pelas empresas, justamente por
conta das redes sociais. É comum que os consumidores publiquem comentários sobre as marcas e
produtos na rede, de forma qualitativa (boa ou ruim). Com o resultado dessas publicações, as
organizações têm ideias de novos produtos, melhorias em produtos existentes ou até mesmo
descontinuar produtos.
TEMA 4 – CONVERTENDO DADOS EM INFORMAÇÕES
Vimos que os dados são coletados em grande quantidade e seu formato não é adequado para
utilização direta pelas pessoas e empresas.
Para resolver esse problema, os dados devem passar por uma reformatação, de maneira que
seus utilizadores os interpretem mais facilmente e consigam ser convertidos em informações úteis.
Essa reformatação ocorre por meio de três fases: filtragem, processamento e apresentação. Trabalho
que é representado na ilustração a seguir:
Figura 2 – Conversão de dados em informações
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Fonte: Eleutério (2015, p. 37).
E como se transformam dados em informações? Em sistemas de informações isso é feito de
maneiras bem particulares. Essas ações são implícitas e quase não percebemos que estamos fazendo
isso com os dados. Davenport e Pruzak (1998) caracterizam as operações conforme o quadro a
seguir:
Quadro 1 – Ações de processamento de dados
Contextualização Sabemos qual a finalidade dos dados coletados.
Categorização Conhecemos os componentes essenciais dos dados.
Cálculo Os dados podem ser analisados matemática ou estatisticamente.
Correção Os erros são eliminados dos dados.
Condensação Os dados podem ser resumidos para uma forma mais concisa.
Fonte: Davenport; Pruzak 1998
Para explicar o quadro anterior, imagine uma planilha de vendas. A primeira ação é
contextualizar dados de uma equipe. Depois verificamos os produtos, categorizando os que
atingiram as metas de vendas e os que não atingiram; calculamos os que irão atingir em um
determinado prazo; tratamos um eventual erro na planilha; e condensamos para um resumo da
informação, como vendas por semana em vez de dias.
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4.1 FILTRAGEM
É a primeira etapa da conversão de dados em informações. Filtramos os dados que interessam
para a análise. Por exemplo, suponha que tenhamos uma planilha de resultados de vendas de
produtos no Brasil inteiro, mas queiramos analisar somente os resultados da região Sul. Vamos,
assim, ignorar os dados das demais quatro regiões nacionais. Os sistemas informatizados e bancos
de dados fazem essa etapa com bastante eficiência, já que têm mecanismos de filtragem.
4.2 PROCESSAMENTO
Uma vez filtrados, os dados vão à fase de processamento. Nessa etapa, os dados são
relacionados entre si, manuseados e interpretados, a fim de se tornarem informações.
Por exemplo, um relatório financeiro que agrupe receitas e despesas e ao final calcule a margem
de lucro, dentro de um período. Os softwares financeiros fazem operações aritméticas (somas,
multiplicações, subtrações e divisões) e estatísticas (médias, frequências, percentuais etc.). Em
seguida totaliza e sumariza esses dados de uma forma que possibilite sua interpretação.
Poderíamos dizer que ao final da etapa de processamento já temos informações. Pois eles estão
inter-relacionados e passíveis de análise. Todavia, para os usuários devem ser apresentados de forma
adequada, o que é feito na próxima etapa, a apresentação.
4.3 APRESENTAÇÃO
A terceira etapa do processamento de dados em informações é a apresentação. De nada adianta
coletar e processar dados de maneira muito eficiente, se essas informações não forem apresentadas
de modo adequado a quem se destina.
A principal função, portanto, da apresentação é tornar as informações em formato útil e
compreensível para as pessoas. Nesse ponto, a boa comunicação é fundamental. As informações
apresentadas devem ser encaminhadas às pessoas certas, além de serem informações relevantes para
essas pessoas.
Para garantir essa boa comunicação, há dois processos: a sumarização e o roteamento. Vamos
entender ambos.
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A sumarização visa garantir que apenas as informações importantes sejam levadas aos
destinatários. Por exemplo, um relatório de vendas para a diretoria deve ter a informação de que “as
vendas aumentaram 10% este mês em relação ao mês passado”, sem precisar entrar em grandes
detalhes sobre esse aumento – embora essa informação deva estar disponível se alguém a solicitar. A
sumarização reduz o volume de informações, evitando confusão e desentendimentos.
O roteamento é o fato das informações chegarem até as pessoas certas, aquelas que
efetivamente irão utilizar as informações para suas decisões. Por exemplo, informações sobre
processos logísticos são relevantes para os gestores da área. Funcionários do RH, por exemplo, não
têm interesse nessas informações, pois não as usarão para nada.
Os softwares de sistemas de informação possuem muitos recursos para o roteamento. Eles, em
geral, possuem funcionalidades de grupos de usuários ligados às respectivas informações, garantindo
ou negando acesso aos colaboradores, dependendo de sua área.
TEMA 5 – PIRÂMIDE DO CONHECIMENTO
Bem, agora que já compreendemos o conceito de dado e informação e como converter dados
em informações, vamos mais além, conheceremos dois outros níveis: o conhecimento e a inteligência.
O conhecimento – sobre o qual já abordamos um pouco – pode ser entendido como um kit
completo de dados, informações e relações entre eles que possibilitam às pessoas tomar decisões,
realizar operações e criar novas informações. É a informação dentro de um contexto. Também é um
valor adicionado à informação por meio das pessoas que podem compreender o real valor da
informação. Também entram aqui a experiência das pessoas, seus valores, contexto no qual ela está e
até mesmo os insights (a intuição). O conhecimento nasce e se aplica na mente dessas pessoas.
Eleutério (citado por Rowley, 2015) ilustra a pirâmide do conhecimento como uma estrutura em
quatro camadas, veja a figura:
Figura 3 – Pirâmide do Conhecimento
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Fonte: Eleutério (citado por Rowley, 2015, p. 40).
Observando a pirâmide, vemos a relação entre os conceitos estudados nesta aula. Na base está o
dado, os registros não interpretados, capturados em larga escala. No nível seguinte, as informações,
em menor quantidade, por meio da filtragem dos dados e com mais valor adicionado. No próximo
nível, o conhecimento, uma maneira superior de compreensão. E no nível mais alto da pirâmide, a
inteligência ou sabedoria, que significa o “como” e “quando usarmos o conhecimento.
TROCANDO IDEIAS
Muito se fala nos dias atuaisa respeito da “avalanche de informações que existe na internet”.
Será que não seria uma avalanche de dados, em vez de informações?
E será que essa quantidade astronômica de dados é um fator bom ou ruim para a nossa
sociedade, para a nossa vida? Como você vê esse cenário?
Discuta com seus colegas a respeito da imensa quantidade de dados que temos ao nosso dispor,
na internet. Dê exemplos pessoais de como eles interferem na sua vida, no seu trabalho e opine
sobre isso. Mencione também o que você acha das tecnologias da informação que permitem que
estejamos recebendo informações a praticamente todo instante. Queremos te escutar!
NA PRÁTICA
Você provavelmente conhece os sistemas de lombadas eletrônicas presentes nas rodovias e ruas
das maiores cidades. Esse sistema coleta dados de como os motoristas se comportam em relação aos
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limites de velocidade, aplicando multas àqueles condutores que passam pelo equipamento em
velocidade acima do permitido para o trecho.
Pensando na forma como o equipamento trabalha e tendo por base os conhecimentos
adquiridos em nossa aula, responda:
1)  Quais os dados principais coletados pelas lombadas eletrônicas?
2)  Que informações esses dados podem indicar aos gestores dos órgãos de trânsito?
3)  Que tipo de conhecimento e inteligência esses gestores podem adquirir com as
informações das lombadas eletrônicas, que podem ser úteis à nossa sociedade e ao nosso
trânsito?
FINALIZANDO
Em nossa primeira aula entendemos o papel e a circulação dos dados e informações nas
organizações. Vimos que a informação circula de duas formas principais: pelos fluxos formais ou
informais.
Em seguida, estudamos as diferenças entre dados, informação e conhecimento. Esse
entendimento é necessário para compreendermos como funcionam os sistemas de informação.
Dados são registros brutos, sem significado, enquanto a informação é a interpretação e análise
destes dados. O conhecimento é a união das capacidades mentais humanas à interpretação das
informações.
Também conhecemos os dois tipos de informações: as quantitativas, expressas em números e as
qualitativas, descritas em formas textuais e nem sempre estruturadas. Ambas as informações são
importantes no contexto organizacional e devem ser analisadas.
Na sequência aprendemos como é o processo de conversão de dados em informações, por meio
dos processos de coleta, processamento e apresentação. Esta última também tem os processos de
sumarização e roteamento.
Finalmente vimos o conceito de “Pirâmide do Conhecimento”, que ilustra os níveis do
conhecimento, com os dados na base, as informações logo acima, o conhecimento acima desta e a
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inteligência (ou sabedoria) como o ápice do conhecimento. Bons estudos e até a próxima aula!
REFERÊNCIAS
DAVENPORT, T. H. Big data no trabalho: derrubando mitos e descobrindo oportunidades. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2014.
DAVENPORT, T. H.; PRUSAK, L. Conhecimento empresarial: como as organizações gerenciam o
seu capital intelectual. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
LESCA, H.; ALMEIDA, F. C. Administração estratégica da informação. São Paulo: Revista de
Administração, 1994.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
GERENCIAL
AULA 2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Luciano Furtado C. Francisco
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CONVERSA INICIAL
Bem-vindo(a)!
Certamente você já usou ou já viu a tela de um sistema de informações. Formulários, tabelas,
gráficos, consultas diversas. Os sistemas de informação, sobretudo os empresariais, possuem uma
diversidade de recursos que permitem aos seus usuários obter as informações necessárias às suas
atividades.
Mas, para que isso ocorra, uma série de ações acontece nos bastidores destes sistemas de
informação, de forma transparente para quem os utiliza. Em verdade, os usuários dos sistemas não
precisam se preocupar com as operações internas dos SI, para eles o que interessa são as
informações que o sistema proporciona e que são essenciais para seu trabalho.
Em nosso contexto será importante conhecermos como essas operações se dão, bem como o
conceito mais formal de sistemas de informação e os elementos que compõe esses sistemas.
Veremos nesta aula os componentes básicos de um sistema de informação, na sequência vamos
conhecer como as decisões se dão com base nas informações obtidas desses sistemas. Nossa
intenção é entender que o processo de tomada de decisão é peculiar e como os sistemas de
informação auxiliam nessa tarefa. Também vamos compreender as aplicações principais dos sistemas
de informação.
Esperamos que goste dessa aula!
CONTEXTUALIZANDO
Hoje em dia sabemos que as empresas, mesmo as menores, contam com algum tipo de sistema
de informação automatizado, isto é, softwares que processam dados oriundos de diversas fontes e
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que, assim, proporcionam as informações necessárias às tomadas de decisões.
Um dos sistemas mais usados em muitas organizações é o “ERP”, o sistema integrado de gestão.
A sigla ERP é em inglês e significa Enterprise Resource Planning ou “planejamento de recursos
empresariais”. À primeira vista, a sigla nada tem a ver com um sistema de informação. Mas isso se
explica.
Os sistemas ERP são originados por meio de sistemas de informação mais antigos, das décadas
de 1970 e 80, os sistemas MRP (Materials Requirements Planning), em português Planejamento das
Necessidades de Materiais. Ele foi criado para as linhas de produção de fábricas, para determinar a
quantidade de material necessária em um dado momento de fabricação.
Na década de 1980, esses sistemas evoluíram de modo a englobar também as áreas de
engenharia e finanças. Assim surgiu o MRP II (Manufacturing Resources Planning) ou Planejamento
dos Recursos de Manufatura, ou ainda, Planejamento dos Recursos de Produção.
E nos anos 1990, com o sucesso do MRP II, surgiram os ERPs, sistemas de informação que
integram todos os processos e dados da organização, em uma óptica funcional. Assim, a empresa
conta com um único e robustos sistemas de informações, evitando duplicidade de dados e processos
(cenário comum em empresas com sistemas fragmentados).
A importância do ERP é tão grande, que os fornecedores de outros sistemas empresariais de
informação (como CRM – sistemas de gestão de relacionamento com clientes e plataformas de e-
commerce) procuram desenvolver integrações com os principais sistemas ERP de mercado.
TEMA 1 – CONCEITO E DEFINIÇÃO DE SISTEMAS E DE SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO
O termo sistema é uma palavra amplamente usada no dia a dia. Tanto que temos a sensação de
que é uma palavra que se adapta em qualquer cenário. É uma palavra que está presente em todos os
ramos do conhecimento: na física, química, engenharia, tecnologia, política, economia, filosofia etc.
No cotidiano temos uma série de exemplos. Dizemos que uma empresa implantou um novo
sistema de avaliação de desempenho. Uma universidade desenvolveu um novo sistema pedagógico.
O governo pensa em um novo sistema de aposentadoria. E assim por diante.
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No entanto, o que significa um sistema? Uma das definições mais usadas é a que diz que um
sistema é um conjunto de elementos que interagem entre si, a fim de produzir um resultado
específico. Por exemplo, um automóvel é um sistema, composto de motor, suspensão, carroceria,
rodas, escapamento, parte elétrica etc. Esses componentes se relacionam de modo a produzir um
resultado específico (a finalidade do sistema): movimentar o veículo. Caso esses componentes
estivessem isolados, sem comunicação, seria apenas um amontoado de peças e não produziria esse
resultado. Não seria umsistema.
Portanto sistema é um conjunto de componentes inter-relacionados, em interação, que resultam
em um todo unificado. Bertanfly (1968, p. 18) nos diz que “sistema é um conjunto de partes
interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo”. Já Oliveira (2008, p. 35)
conceitua sistema como “é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que,
conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função”.
Repare que são duas definições bastante similares e complementares.
1.1 ELEMENTOS E REGRAS DE SISTEMAS
Vamos começar aqui com uma pergunta ainda sobre o tópico anterior: por que é importante
entender o conceito de sistema? Porque quando entendemos um assunto sob o ângulo de sistema,
adquirimos uma visão sistêmica do assunto, ou seja, nossa compreensão é mais ampla e nos permite
entender o tema de uma forma geral. Por exemplo, um funcionário de uma empresa terá mais
condições de desenvolver bem suas tarefas quando compreende o contexto geral na qual está
inserida, o porquê ele deve fazer determinadas ações.
Dessa forma, um sistema tem um conjunto de regras, vejamos:
1.  O sistema recebe entradas de algum ambiente (externo ou interno) e essas entradas
influenciam o sistema, como um sinal sonoro ou um pulso elétrico.
2.  O sistema tem elementos que processam essas entradas e as transformam em saídas.
3.  O sistema produz uma ou mais saídas, o que é o seu objetivo.
Eleutério (2015) representa graficamente esse processo:
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Figura 1 – Componentes de um sistema
Fonte: Adaptado de Eleutério (2015, p. 69).
Essa visão sistêmica pode ser aplicada às organizações. De acordo com Chiavenato (2000, p. 49),
“a empresa é um sistema que se relaciona com seu ambiente, recebendo insumos (entradas),
transformando-os (processamento) e gerando os resultados na forma de produtos ou serviços
(saídas)”.
Portanto, o entendimento do conceito de sistemas é fundamental para prosseguirmos e
compreendermos o conceito de sistemas de informação.
1.2 DEFINIÇÃO E CONCEITO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO
Se retomarmos o conceito de sistema, visto anteriormente, podemos deduzir que um sistema de
informações tem por objetivo receber informações, processá-las internamente e gerar saídas (novas
informações) e retorná-las ao ambiente externo. A informação é o elemento principal nesse cenário,
portanto, o termo sistema de informações é bem apropriado.
Contudo, vejamos a definição de Stair (2004, p. 32): “uma série de elementos ou componentes
inter-relacionados que coletam, armazenam e disseminam os dados e informações e fornecem um
mecanismo de feedback”.
Perceba que o autor insere o termo dados na definição de sistema de informação. E é o que
parece mais coerente se tomarmos as definições vistas de dados e informações. Pois em verdade, os
sistemas de informação têm como entrada os dados. É o processamento interno que faz destes
dados as informações que serão repassadas ao ambiente externo.
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Com a incrível evolução da tecnologia que assistimos nas últimas décadas, o termo sistema de
informação passou praticamente a designar os softwares de gestão da informação, muito usuais nas
empresas ou mesmo para uso pessoal. No entanto, sistemas manuais que lidam com informações
também são considerados sistemas de informação. A maneira como encaramos as definições
depende do contexto, nenhuma delas é mais certa ou errada do que a outra. De qualquer modo, os
sistemas de informação contam com elementos humanos, tecnológicos e procedimentais (processos).
No nosso contexto, vamos entender os sistemas de informações sob o ponto de vista
tecnológico. Isto é, levando em conta os elementos software, hardware e redes de dados. Assim, veja
a seguinte figura:
Figura 2 – Elementos de um sistema de informação
Fonte: do autor, adaptado de Eleutério (2015, p. 72).
Software: parte lógica dos sistemas de informação, comanda o processamento com auxílio do
hardware e das redes de dados;
Hardware: trata-se de todos os componentes físicos, os computadores, vídeo, teclado, discos
rígidos, cabos etc.
Rede de dados: são os links que unem os computadores, ou seja, a rede em si; a mais famosa é
a internet, no entanto, existem redes privadas de dados, especialmente em empresas.
Repare que na figura ainda há um elemento chamado BD, junto com a camada de software. Este
elemento é o Banco de Dados, que é um software responsável pelo armazenamento e recuperação
das informações processadas pelo software. Sempre existem em sistemas de informação comerciais,
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como ERPs, CRMs, sistemas contábeis, financeiros etc. Ele também se encarrega de manter a
consistência e a segurança dos dados.
TEMA 2 – APLICAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Os sistemas de informação estão em todos os lugares e nos permeiam na vida moderna.
Quando olhamos nosso smartphone (há pessoas que fazem isso centenas de vezes por dia!), usamos
um caixa eletrônico, pagamos a compra no supermercado, utilizamos o GPS no automóvel... enfim,
sempre estamos usando algum sistema de informação.
2.1 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO COTIDIANO
Se há um fator que contribuiu muito para a disseminação dos sistemas de informação, foi a
internet. Antes dela ser aberta comercialmente – por volta de 1994-95 – o uso de sistemas de
informação pelas pessoas era restrito. Apenas nas empresas, caixas eletrônicos e poucos lugares
mais. Os SI eram basicamente ferramentas empresariais.
A cultura digital foi consolidada pela internet e, sobretudo, pelos dispositivos móveis a partir da
década de 2010. Isso foi representado pela força das redes sociais e profissionais. Estas redes são
gigantescos sistemas de informação. Podemos citar diversos tipos: o Facebook, a rede social pessoal
mais conhecida do mundo (embora também seja usada profissionalmente e pelas empresas); o
LinkedIn, rede social profissional mais utilizada, conecta profissionais e empresas e o seu propósito é
a troca de experiências profissionais, recrutamento e seleção; o Instagram, uma rede social baseada
em imagens; Twitter, um microblog. Temos ainda os mensageiros instantâneos, os mais famosos são
o WhatsApp e o Telegram, nos quais a função é enviar mensagens de texto, áudio e vídeos
diretamente para pessoas ou grupos.
Temos ainda os aplicativos de celular, que também são um tipo de SI. Eles são muito populares
porque se destinam a inúmeras funções, que tratam de assuntos profissionais e pessoais.
Todos eles são sistemas de informação, nos quais é preciso um login e uma senha para conexão.
Armazenam dados, os processam e devolvem um resultado. No caso das redes sociais, a entrada é
um texto, foto, vídeo ou áudio do usuário. Estes dados são processados e a saída é uma publicação.
No caso dos aplicativos, o mecanismo é o mesmo, exceto que a saída não é publicada e sim exibida
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ao usuário. No caso dos mensageiros, a entrada é a mensagem e a saída acontece no celular do
destinatário. Além disso, eles contam com sistemas de banco de dados, que armazenam as
informações e usam a rede de dados – no caso, a internet – para trafegar os dados e informações.
Os dispositivos móveis nos trouxeram um conceito bastante usado no contexto de sistemas de
informação: as TIC, sigla de Tecnologias da Informação e Comunicação. Isto porque esses dispositivos
unem essas duas funções: permitem que nos conectemos e estejamos informados, ao mesmo tempo
têm recursos pelos quais podemos nos comunicar, por voz, vídeo, áudio etc.
2.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS
No âmbito de governo, os SI servem de canal de comunicação entre os cidadãos e órgãos
públicos. É o chamado governo eletrônico ou e-gov. Usam muito as TICs, o que agiliza serviços e deixa
mais transparenteos atos da administração pública.
O e-gov no Brasil surge por volta do ano 2000 e vem evoluindo. Hoje as diversas esferas de
governo contam com portais de informações e realização de ações, como licitações e pregões
eletrônicos, publicações, cadastros e serviços online. Um destes serviços mais famosos é a declaração
anual de imposto de renda (das pessoas físicas e jurídicas), que é totalmente digital, simplificando o
processo e alimentando os bancos de dados da Receita Federal com os dados e operações
financeiras dos contribuintes.
2.3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NAS EMPRESAS
Os sistemas de informação automatizados surgiram nas empresas, há um bom tempo, já nos
anos 1960. Utilizavam nessa época outras tecnologias, mas o conceito já era o mesmo: softwares com
bancos de dados, hardwares e redes (nesse caso redes de dados internas).
Os SI são usados em praticamente todas as áreas de uma organização, como produção,
financeiro, marketing, vendas, comercial, recursos humanos, contabilidade etc. Nos setores
operacionais eles automatizam ações rotineiras. Por exemplo, um caixa de supermercado usa um
sistema de informação para registrar as vendas, dar baixa no estoque, gravar os dados financeiros da
operação de venda. Nos níveis estratégicos e táticos, os SI produzem informações para tomada de
decisão.
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Saiba mais
Veja neste link uma explicação mais aprofundada sobre bancos de dados. Disponível em: <h
ttps://www.estudopratico.com.br/banco-de-dados/>. Acesso em: 24 abr. 2020.
TEMA 3 – TIPOS DE DECISÕES
Todos os dias tomamos decisões. Já iniciamos nosso dia decidindo que roupa vestir, que
alimento comer, que caminho seguir no trânsito e assim por diante. Na empresa não é diferente,
tomamos decisões a todo instante, fazemos isso até mesmo de forma automática muitas vezes. Um
detalhe aqui é que não apenas os gestores tomam decisões. Um funcionário operacional também
toma decisões, apenas elas são mais simples e repetitivas.
Portanto, temos decisões típicas de cada nível da organização: estratégico, tático e operacional. É
o que estudaremos nesse tema.
3.1 DECISÕES ESTRUTURADAS
É comum nas empresas que haja atividades rotineiras, contínuas, cotidianas. São as chamadas
atividades operacionais. São executadas pelos colaboradores do degrau mais baixo da pirâmide
organizacional. Em uma fábrica, por exemplo, são as atividades da linha de produção. Em um
escritório de contabilidade são as tarefas de escrituração fiscal dos clientes. Mesmo nessas tarefas é
normal que os colaboradores tomem decisões. As informações para essa tomada de decisão em
geral são de fontes confiáveis e as decisões são assertivas.
Por exemplo, em uma indústria o almoxarife confere o número de peças no estoque de um
determinado item e verifica que a quantidade atingiu o estoque de segurança. Assim, ele pede ao
depósito que faça uma reposição deste item no estoque, baseado nesta quantidade, na média de
consumo e nas ordens de produção vigentes.
3.2 DECISÕES NÃO ESTRUTURADAS
Ao contrário de decisões estruturadas, as decisões não estruturadas estão sempre em um
contexto de incertezas, em situações imprevistas ou quando as informações usadas para a decisão
https://www.estudopratico.com.br/banco-de-dados/
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são imprecisas, desconhecidas ou estimadas. São decisões que acontecem na alta gestão da
empresa, na qual os gestores tomam decisões de grande impacto para a organização, por exemplo, a
construção de uma nova fábrica, a entrada em um novo mercado ou a abertura do capital em bolsa
de valores.
As informações para estas decisões são normalmente oriundas de diversas fontes: sistemas
internos, dados de mercado, dados políticos e econômicos etc. Requere muita análise e simulações e
estão sujeitas a revisões e contingências.
3.3 DECISÕES SEMIESTRUTURADAS
Existem decisões que combinam os dois tipos anteriores, ou seja, os decisores se deparam com
informações quantitativas bem definidas e ao mesmo tempo com informações estimadas ou
qualitativas. Normalmente essas decisões ocorrem nos níveis táticos (intermediários) da organização,
que são as áreas que são o elo entre a alta gestão e as áreas operacionais.
Um exemplo são as análises de marketing a respeito de reações do público nas redes sociais.
Existem informações quantitativas como quantidade de curtidas, compartilhamentos e comentários.
Contudo, existem informações qualitativas e interpretativos, como o conteúdo dos comentários.
Esses dados devem ser analisados em conjunto para se tomar alguma decisão. Tal como as decisões
não estruturadas, devem ser passíveis de muita análise.
No quadro a seguir, Eleutério (2015), nos mostra alguns exemplos de decisões em diferentes
áreas da empresa:
Quadro 1 – Exemplos de decisões em diferentes áreas de negócio
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Fonte: adaptado de Eleutério, 2015.
Seja qual for o tipo da decisão, esta segue um fluxo. Veremos no tema a seguir.
TEMA 4 – AS ETAPAS DO PROCESSO DECISÓRIO
O processo de tomada de decisão tem sido estudado há décadas pelas mais variadas ciências:
psicologia, administração, filosofia e mais recentemente pela informática, no que se refere à
inteligência artificial.
Na década de 1940, no entanto, o cientista social e matemático norte-americano Herbert Simon
lançou o livro chamado Comportamento Administrativo: um estudo do processo decisório nas
organizações. Nele, Simon defende que o processo de decisão é o “coração” da gestão e o relaciona
com a lógica, psicologia e ciências sociais. Segundo este autor, o processo decisório é composto de
quatro etapas:
1)  Inteligência: Primeira etapa, na qual o gestor e equipe identificam o problema,
analisam com mais profundidade, validam premissas e formulam os objetivos a atingir. É o
lugar em que “se decide sobre o que vai ser decidido”. Usa-se também a visão estratégica da
organização.
2)  Concepção: Aqui são elencadas as possíveis alternativas de solução para o problema ou
questão levantados. Os prós e contras de cada alternativa devem ser balanceados. Entram nesta
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etapa os estudos de viabilidade técnica ou financeira. Podem ser usados métodos quantitativos
e estatísticos para tabular com as informações da etapa de inteligência.
3)  Seleção: Etapa na qual é selecionada a alternativa que mais atende aos objetivos
estabelecidos. Cada alternativa recebe um valor que representa sua “utilidade” para a decisão. A
alternativa com maior valor é a escolhida. Podem ser usados pesos para as alternativas, a
depender do caso. A alternativa selecionada é a implementada.
4)  Revisão: Nesta etapa a implementação da solução adotada é monitorada, a fim de se
verificar se é mesmo a melhor decisão.
No tema a seguir, veremos um exemplo deste método.
TEMA 5 – ESCOLHENDO A MELHOR DECISÃO
Digamos que uma locadora de automóveis pretende renovar sua frota de veículos em todo o
Brasil, objetivando aumentar o faturamento. Uma operação estratégica que afetará o desempenho da
empresa. Os objetivos pretendidos são:
Aumentar a geração de receita de locação, ofertando automóveis mais novos;
Reduzir o custo de manutenção da frota;
Maximizar o valor de revenda dos veículos.
Dessa forma, a empresa estrutura sua decisão da seguinte forma:
Figura 2 – Exemplo da Etapa de Inteligência no Modelo de Simon
Fonte: adaptado de Eleutério (2015).
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Na etapa de concepção, a empresa identifica que há três modelos de veículos viáveis: A, B e C.
Na etapa de seleção, os critérios que a empresa estabelece para peso são: preço, custo de
manutenção, valor médio de revenda e satisfação dos clientes. A cada critério, são estabelecidos
pesos:
Tabela 1 – Critérios de seleção e seus respectivos pesos
Critériode seleção Peso
1 - Preço 0,2
2 – Custo de manutenção 0,3
3 – Valor médio de revenda 0,1
4 – Satisfação dos clientes 0,4
Criada a tabela de critérios e pesos, a empresa avalia cada modelo de veículo em relação aos
critérios e pesos anteriormente estabelecidos. Para isso, usa informações quantitativas e qualitativas
para atribuir um valor, de 0 a 100, a cada alternativa e critério de seleção, conforme exemplifica a
tabela a seguir:
Tabela 2 – Tabela de cálculo de critérios para tomada de decisão 
Critérios de seleção
  PREÇO MANUTENÇÃO REVENDA SATISFAÇÃO
VALOR FINAL
Alternativas Peso = 0,2 Peso = 0,3 Peso = 0,1 Peso = 0,4
Modelo A 50 20 100 80 58
Modelo B 60 30 45 90 61,5
Modelo C 30 50 50 70 54
No exemplo anterior, para calcular o valor final do “Modelo A”, fazemos: (50 x 0,2) + (20 x 0,3) +
(100 x 0,1) + (80 x 0,4) = 58,0. Assim, no exemplo, o “Modelo B” é a melhor alternativa porque
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apresenta o maior valor final (61,5).
TROCANDO IDEIAS
Mencionamos nesta aula o termo business intelligence. Em uma tradução livre, significa
“inteligência de negócios”. Porém, é mais que isso. O termo é um conceito que demonstra como a
tecnologia pode nos auxiliar a decidir melhor. Assim, pesquise mais sobre esse conceito e dê sua
visão sobre o assunto.
NA PRÁTICA
Imagine que você é gestor de uma empresa que teve uma expansão muito grande no último
ano, quando as vendas aumentaram mais de 60%. Porém os custos e despesas também cresceram e
assim o lucro caiu. A empresa tem um orçamento empresarial bem consolidado e pratica os melhores
métodos de gestão orçamentária, as incertezas, portanto, são menores. O orçamento mostra que o
principal fornecedor aumentou os preços da matéria-prima e mudou a forma de pagamento.
Dessa forma, a direção da empresa simplesmente decide trocar de fornecedor. Mas essa é a
melhor decisão? O que você recomendaria? Que tipo de decisão é esta, estruturada, não estruturada
ou semiestruturada?
FINALIZANDO
Nesta segunda aula, conhecemos os conceitos de sistema de uma forma geral, fundamental para
conhecer o conceito de sistemas de informação, propriamente dito. Também vimos as principais
aplicações dos sistemas de informação: em nosso cotidiano, nas empresas e no setor público.
Na sequência vimos os três tipos de decisões: estruturadas, não estruturadas e semiestruturadas
e isso tem a ver com os tipos de informações que dispomos.
Aprendemos um método interessante de tomada de decisões, em etapas, que envolve raciocínio
objetivo, mas também leva em conta as informações qualitativas. Por fim entendemos esse processo
com um exemplo de tomada de decisão em uma empresa.
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REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, I. Administração: Teoria, Processo e Prática. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 2000.
ELEUTÉRIO, M. A. M. Sistemas de Informações Gerenciais na Atualidade. Curitiba:
InterSaberes, 2015.
OLIVEIRA, D. P. R. Sistemas de informações gerenciais: estratégicas táticas operacionais. 12. ed.
São Paulo: Atlas, 2008.
STAIR, R. M. Princípios de Sistemas de Informação: uma abordagem gerencial. 4. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2004.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
GERENCIAL
AULA 3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Luciano Furtado C. Francisco
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CONVERSA INICIAL
Olá, caro(a) aluno(a)!
Nesta aula, vamos estudar as estruturas da informação, as quais os sistemas de informação
seguem. Vamos entender algumas ferramentas que trabalham com a informação, sendo essas
ferramentas baseadas na tecnologia.
No primeiro tópico, iremos ver as tecnologias da informação e comunicação, as chamadas TIC. O
propósito será entender principalmente o porquê de a palavra comunicação estar associada a esse
conceito.
Um assunto que já vimos foi a tomada de decisão, você se lembra? Nesta aula, vamos
compreender como a tecnologia pode auxiliar nas decisões e ver como são as principais ferramentas
tecnológicas de apoio à decisão.
Como todo sistema, existe uma hierarquia e organização para seu funcionamento. E com os
sistemas de informação não é diferente. Nesta aula, vamos ver como funcionam as hierarquias e
como se organizam os sistemas de informação.
Informação tem que ser gerenciada, concorda? É outro tema não menos importante de nossa
aula, a gestão – ou gerenciamento – das informações. Veremos as principais premissas dessa gestão.
Você acha que estamos vivendo na era da informação? Se você pensa que sim, você está certo!
Assim, nesta aula vamos estudar quais os principais efeitos da era da informação na economia.
Preparado(a)? Então venha conosco para mais uma aula!
Desejamos um ótimo estudo!
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CONTEXTUALIZANDO
Talvez você tenha ou não idade para lembrar de como era o mundo sem a internet e sem os
smartphones. A partir dos anos 1980, principalmente, a informatização tomou conta das empresas,
mesmo as pequenas. Mas nesse início eram apenas softwares de automação de escritórios (editores
de texto, planilhas etc.) e alguns sistemas de apoio às atividades operacionais (sistemas financeiros,
contábeis, de RH etc.). Aplicações instaladas nos servidores da empresa, juntamente com bancos de
dados também locais. Nada de servidores em nuvem, data centers terceirizados ou coisas do tipo.
Isso surgiu apenas quando a internet foi aberta ao público, isto é, na metade dos anos 1990.
Daí para frente a tecnologia da informação ganhou força nas empresas como nunca antes. E
hoje vemos um cenário em que as informações, dispositivos e tecnologias que nos cercam estão em
todo lugar e nas mais variadas formas.
Saiba mais
Com relação a isso, leia o artigo presente em <https://comunidadesebrae.com.br/blog/qual-
a-importancia-das-tics-nas-empresas> >. Baseado neste artigo, reflita e responda: as TICs
conseguem promover verdadeiramente um aumento na produtividade?
TEMA 1 – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Em um passado não muito distante a tecnologia da informação e a comunicação andavam
separadas. Uma coisa eram os softwares e seus bancos de dados. De outro as comunicações.
Contudo, a abertura da internet ao público (1994/95) mudou esse cenário.
A rede mundial trouxe uma nova função à tecnologia: a de fazer as pessoas se comunicarem.
Com popularização dos celulares (na mesma época da internet comercial) e, sobretudo, dos
smartphones (a partir dos anos 2010), temos o surgimento do conceito de TIC.
Para Laudon e Laudon (2010), as TICs podem ser compreendidas como “o conjunto formado por
hardware, software, tecnologia de armazenamento e tecnologia de comunicações”. Por exemplo, uma
empresa precisa de softwares e computadores para seus funcionários, de bancos de dados para
armazenar suas informações, repositórios para guardar seus documentos digitais e de tecnologias de
https://comunidadesebrae.com.br/blog/qual-a-importancia-das-tics-nas-empresas
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comunicação, em geral uma rede de dados interna e uma conexão à internet. A esse conjunto de
tecnologias, damos o nome de TIC.
Uma característica importante das TIC é que vão incorporando os avanços da tecnologia, de
forma permanente. É a TIC que impulsiona a chamada Era da Informação e os próprios modelos de
negócios (vide empresas como a Uber ou AirBNB), que hoje vivemos. Uma era em que a informação
é o principal ativo das organizações. Portanto, aquelas que melhor sabem lidar com as informações é
que têm mais chances de sucesso.
Assim, a TI e as TIC são elementos fundamentais no mundo atual, tanto para as pessoas, quem
dirá para as organizações. Ritto (2005), define: “TI é como uma commodity como energia elétrica; não
é a sua presença que faz diferença;é a sua ausência que exclui”. O autor nos demonstra que, se uma
organização não possui tecnologias tão boas ou eficazes como seus concorrentes, esta organização
está seriamente ameaçada.
1.1 PLANEJAMENTO DAS TIC
As TIC abrangem sistemas dos mais variados, com lógicas e interações diferentes. O
planejamento das TIC não é apenas sobre planejar os softwares ou os hardwares. É um planejamento
complexo, que deve descrever acima de tudo como lidar com as informações e com a tecnologia.
No início, os sistemas de informação são concebidos para lidar com necessidades de informação
dos departamentos e/ou requisitos legais. À medida que o tempo avança e as empresas crescem, as
necessidades passam a ser mais amplas, pois aparece a necessidade de conexão a outros sistemas
(aumentando a dificuldade) e as mudanças ambientais, que geram novas necessidades de
informação.
Os modelos antigos de planejamento já não são suficientes. Nos dias de hoje, a complexidade é
a regra, bem como o dinamismo dos ambientes. Assim, os fatores críticos a se considerar no
planejamento das TIC são:
Obsolescência programada: as tecnologias – principalmente os hardwares, já saem de fábrica
com tempo de vida definido. Gerenciar a obsolescência é um desafio, especialmente em
empresas de estratégias inovadoras
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Atualização permanente: os sistemas de informação devem ser atualizados para novas
características a serem atendidas pelos softwares, para questões de segurança ou adequação a
hardwares.
Implantação de novos sistemas: equipamentos mais modernos surgem a todo instante, assim,
os softwares precisam ter alto grau de conectividade e portabilidade e sistemas mais antigos
devem se conectar a esse cenário (ou serem redesenvolvidos).
Treinamento e capacitação: uma questão permanente, pois como a evolução dos
equipamentos e softwares é constante, é preciso capacitar os colaboradores para que os
operem eficientemente.
Integração corporativa: empresas em processos de fusão ou incorporação devem lidar com a
integração, substituição ou desativação de sistemas existentes, o que gera resistência.
Prestação de serviços: a computação em nuvem (cloud computing) e software como serviço
(SaaS – Software as a Service), as organizações precisam adaptar plataformas e infraestruturas
para novas formas de contrato, integrando às formas atuais, o que requer gestão complexa.
Gestão de projetos: gestores da área de TIC devem ter conhecimentos de gerenciamento de
projetos, pois cada nova solução se faz por meio de um novo projeto.
Podemos observar que a complexidade das TIC requer ferramentas que nos auxiliem na tomada
de decisão. Veremos isso no tema seguinte.
TEMA 2 – FERRAMENTAS DE APOIO À DECISÃO
Quando os computadores e softwares passaram a fazer parte do dia a dia das organizações, a
tecnologia passou a ser considerada como uma ferramenta de gestão. Os gestores imediatamente
perceberam a utilidade dos sistemas de informação e dos bancos de dados como apoio às atividades
gerenciais, em especial no processo de tomada de decisão.
Em 1968, em um artigo intitulado “Management Information-Decision Systems” (Sistemas de
Informação e Decisão Gerenciais), Dickson – estudioso da área – afirma que a integração entre os
sistemas de informação e a administração era a chave para os novos requisitos na gestão das
empresas. Outro estudioso, Gordon Davis, em 1974, definiu sistemas de informação como “sistemas
integrados homem/máquina geradores de informações para apoiar as funções operacionais,
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gerenciais e as tomadas de decisão em uma organização”. Tais definições formaram o conceito de
Sistemas de Informações Gerenciais (SIG).
Inicialmente, as decisões gerenciais eram apoiadas por relatórios, principalmente. No entanto, à
medida que os ambientes ficavam mais complexos e a tecnologia evoluía, a necessidade de
ferramentas melhores ficava mais evidente.
2.1 FERRAMENTAS PARA DECISÕES COMPLEXAS
Já na década de 1980, com pesquisas avançadas sobre o processo decisório ao mesmo tempo
com o aumento da capacidade dos computadores e softwares, surgem as primeiras ferramentas de
análise e apoio ao processo decisório. Eram os chamados SAD (Sistemas de Apoio à Decisão). Em
inglês, DSS (Decision Support Systems).
Essas ferramentas são softwares que usam amplamente os cálculos numéricos, estatísticas,
simulações, por meio de técnicas de modelagem de problemas. Esses recursos são próprios para
ajudar na solução de cenários complexos e com dados não estruturados. Exemplos: simulação de
investimentos, planejamento de rotas de transporte, otimização de linhas de fabricação e outros.
Conceitualmente há uma diferença entre SIG (sistemas de informações gerenciais) e SAD. Os SIG
se destinam a gerência das situações operacionais, com base em relatórios. Os SAD são voltados a
soluções de problemas complexos.
2.2 FERRAMENTAS PARA OS EXECUTIVOS
Nos anos 1990, a maior competitividade e a globalização deram mais ênfase às decisões
estratégicas. Dessa forma, surgem os Sistemas de Apoio aos Executivos (SAE). Também chamados de
Sistemas de BI (Business Intelligence ou inteligência de negócios).
Tais sistemas focam o desempenho geral da empresa, sem entrar em detalhes menores (embora
os tenham). São sistemas de informação úteis para que os gestores tomem decisões estratégicas e
detectem novas oportunidades. Esses softwares usam técnicas ainda mais avançadas de
processamento, algoritmos inteligentes, bancos de dados multidimensionais e mineração de dados
(data mining). Visualmente (a apresentação) usam muitos gráficos e dashboards, que são painéis
resumidos de informações integradas, indicadores e informações diversas.
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Saiba mais
Veja neste link como funciona um sistema de business intelligence. Disponível em: <https://i
nteligencia.rockcontent.com/business-intelligence/>. Acesso em: 24 abr. 2020.
Essas ferramentas podem estar separadas ou fazerem parte de um mesmo pacote de software.
TEMA 3 – HIERARQUIA E ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE
INFORMAÇÃO
Se perguntarmos a várias pessoas o que é um sistema de informação, a maioria vai dizer que se
trata de um software que coleta, processa e mostra resultados das informações. Esta resposta não é
de todo errada, mas é incompleta.
Os sistemas de informação não são apenas a parte da tecnologia. Esta é fácil de identificar.
Podemos ver claramente os computadores e softwares. O entanto, os SI possuem outras dimensões.
Os SI são um tripé formado pela tecnologia, pelas pessoas e pela própria organização. Veja figura a
seguir:
Figura 1 – Dimensões dos sistemas de informação
Fonte: adaptado de Laudon e Laudon, 2010.
https://inteligencia.rockcontent.com/business-intelligence/
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 8/15
Vejamos como cada uma dessas dimensões se adapta no contexto de sistemas de informação.
Organizações: as atividades de uma organização são executadas seguindo sua hierarquia e
seus processos. São ações ordenadas logicamente, com comportamentos que definem um
trabalho determinado. Exemplos: recrutamento e seleção de colaboradores; preenchimento de
uma ordem de serviço; lançamento de um produto/serviço; atendimento de pedidos. São
processos normais de uma empresa. Os SI devem reproduzir esses processos, seus fluxos e
gerar as informações necessárias para que ocorram a contento.
Pessoas: os sistemas de informação não terão qualquer serventia se não houver pessoas
competentes e capacitadas para operá-los. Para isso, os colaboradores devem ter um rol de
habilidades e conhecimentos. Isso vale para qualquer nível da estrutura organizacional. Daí a
habilidade que os gestores devem ter, em entender a lógica das situações que a empresa
enfrenta. Devem entender que os sistemas de informação são elementos primordiaispara
encontrar a solução dos problemas e que a empresa atinja seus objetivos. Portanto, os SI
devem ser construídos de modo a proporcionar esse entendimento às pessoas da organização.
Tecnologia: os sistemas de informação funcionam baseados em diversas tecnologias. Mesmo
antes da era da informação, as organizações necessitavam de sistemas para suas operações. O
que a informática trouxe foi a potencialização do uso dessas várias tecnologias. Isso mudou a
maneira como as organizações funcionam. As TIC individuais – como os smartphones –
impulsionaram essas formas. Hoje é muito comum os grupos de colaboradores em aplicativos
de mensagens. Nesses grupos, informais até certo ponto, os colaboradores discutem assuntos
de trabalho, conferindo mais agilidade na troca de informações e execução das tarefas.
TEMA 4 – GERENCIAMENTO DAS INFORMAÇÕES
Já vimos que as informações e os SI conseguem dar mais agilidade às empresas, colaborando
para seu sucesso. No lado oposto, podem afetar a organização negativamente, resultando em baixo
desempenho.
As informações, hoje, são o grande e principal ativo das empresas. Mais do que qualquer prédio,
veículo ou máquina. Veja o exemplo das empresas da nova economia, como a Google, Apple, Uber,
AirBNB. Essas empresas trabalham essencialmente com informações. Nem mesmo importa onde
estão localizadas fisicamente. Esses exemplos, claro, são mais extremos, são organizações baseadas
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na informação. Mas vale também para organizações ditas tradicionais, as indústrias, empresas de
comércio, prestação de serviços, do terceiro setor e empresas públicas.
Como todo ativo importante, é necessário que as organizações mantenham e cuidem deste
ativo. Também devem ter mecanismo de segurança que protejam essas informações de avarias ou
vazamentos. As informações são o chamado capital intelectual das empresas.
Saiba mais
Veja neste vídeo um pouco mais sobre o capital intelectual. Disponível em: <https://www.yo
utube.com/watch?v=iQd0Xvalhhg>. Acesso em: 24 abr. 2020.
4.1 IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DA INFORMAÇÃO
Com a chegada da era da informação, a sua gestão, e a própria gestão do conhecimento e do
capital intelectual, passou a ser uma preocupação das organizações.
Paralelamente, o volume de dados passou a crescer exponencialmente, com a abertura da
internet ao público. E cresce cada dia mais. A gestão dessas informações ficou muito mais complexa,
daí o porquê de sua gestão sem o suporte da tecnologia ser praticamente impossível. Pense em uma
empresa de pequeno ou médio porte hoje em dia, sem o uso de computadores, sem acesso à
internet e sem sistemas de informação baseados em software (como as empresas até o final dos anos
1980). É virtualmente impossível que essa organização funcione e muito menos tenha sucesso.
Por isso, a gestão da informação e do conhecimento mereceu maior atenção das organizações.
Muitas delas passaram a fazer seus planejamentos estratégicos baseados na gestão da informação e
nos sistemas de informação, conscientes de que se trata de um fator-chave de sucesso. Além disso, a
gestão da informação provocou mudanças nas estruturas empresariais.
Dos anos 1980 para cá, o uso mais intenso da tecnologia da informação, do armazenamento de
dados e das redes de dados fizeram destas tarefas um assunto cada vez mais especializado. Os
antigos gerentes de CPD (Centros de Processamento de Dados) se tornaram Gerentes de
Informação. Eles não apenas gerenciam os softwares e hardwares, mas também com as políticas de
coleta, organização, armazenamento, acesso e proteção das informações.
https://www.youtube.com/watch?v=iQd0Xvalhhg
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 10/15
É um reflexo da importância estratégica das informações. Outro caso que surgiu devido a esse
cenário é o de CIO (Chief Information Officer), ou Executivo-chefe de Informação.
Saiba mais
Leia neste artigo, as funções que a gestão da informação fez surgir nas organizações.
Disponível em: <https://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/03/07/915903/21-profis
ses-novas-da-era-digital.html>. Acesso em: 24 abr. 2020.
4.2 ASPECTOS DE UMA GESTÃO DA INFORMAÇÃO EFICIENTE
Estabelecer uma boa política de gestão da informação não é difícil, caso os gestores saibam
quais os fatores principais. Essa política deve prever um fluxo de processos que garantam que as
informações necessárias estejam sempre seguras, íntegras e disponíveis às pessoas certas.
Vejamos os passos para atingir esses objetivos:
1.   Considerar a tecnologia como parceira: as organizações devem investir em soluções
de tecnologia que trabalhem com a máxima eficiência com os dados internos. Aqui são
considerados os recursos de segurança, manuseio, apresentação e compartilhamento das
informações. Devem ser capazes de manter as informações disponíveis todo o tempo, mesmo
que ninguém as requisite.
2.   Fazer a Integração de Sistemas: é comum nas organizações que existam sistemas de
diferentes tecnologias e fornecedores. Também é muito comum que os sistemas de
fornecedores, clientes, governo e outras organizações precisem trocar dados com os sistemas
das organizações. Portanto, a integração entre sistemas heterogêneos faz com que os
ambientes dos SI sejam mais seguros e eficientes.
3.    Estabelecer Regras de Acesso: deve haver políticas detalhadas de acesso a dados e
níveis de acesso a estes dados (por exemplo, posso ver, mas não alterar um dado), com
registros de todas as operações. Isso garante um controle mais efetivo de quem incluiu, alterou,
consultou ou excluiu determinada informação.
https://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/03/07/915903/21-profisses-novas-da-era-digital.html
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4.   Manter os Dados Íntegros: o que significa integridade de dados? É a confiabilidade nos
dados e informações. Por exemplo, se eu vejo o endereço do cliente no seu cadastro, devo ter
confiança de que o cliente realmente reside naquele endereço. Os processos da empresa
devem garantir que se este cliente mudar de endereço, o endereço novo seja atualizado no
sistema de informações. As regras de acesso, vistas anteriormente, são fundamentais para que
os dados sejam confiáveis. Nenhuma decisão pode ser efetiva se os dados não são íntegros ou
as pessoas não confiam nos processos da empresa. Aqui vale também o planejamento de
implantar sistemas integrados.
5.   Organizar os Dados: é aqui que entram os bancos de dados (um de nossos próximos
assuntos). Eles são responsáveis por manter os dados organizados e acessíveis. Uma boa
organização dos dados permite agilidade nos processos e nas tomadas de decisão. Para
exemplificar, imagine uma estrutura de pastas e arquivos desorganizados no servidor. Ausência
de padrão de nomes, de regras de manutenção de pastas etc. Fica muito mais difícil recuperar
as informações de que se precisa. Com os SI e os bancos de dados ocorre o mesmo. Dados
desorganizados são processados de forma desorganizada, gerando informações não confiáveis.
A organização ajuda a manter a integridade das informações. Com relação aos sistemas e
bancos de dados, essa organização é determinada pelos analistas de negócios, de sistemas e
analistas de bancos de dados.
Crédito: Vasin Lee/Shutterstock.
TEMA 5 – OS EFEITOS DA ERA DA INFORMAÇÃO NA ECONOMIA
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A revolução da era da informação não se limitou às fronteiras empresariais. Elas impactaram a
economia fortemente, causando transformações sem precedentes. Vários são estes efeitos.
O primeiro deles é a quebra de barreiras geográficas. Até o final dos anos 1990, para comprar
um produto, percorríamos as loas físicas próximas a nós. As empresas, por sua parte, preocupavam-
se apenas com os concorrentes mais próximos (na mesma cidade, estado ou país). Agora não mais,
os consumidorespodem comprar pela internet facilmente de qualquer parte do mundo, por meio do
e-commerce. Isso aumentou exponencialmente a base de concorrentes de muitas empresas. Exige-se,
assim, novas formas de gestão e novas formas de competitividade.
Novos modelos de negócios nasceram por conta da evolução da tecnologia e mobilidade. Se
antes chamávamos um táxi para nos deslocar, sem saber quanto a viagem iria custar, hoje pedimos o
transporte por aplicativos, sabendo quanto pagaremos pela corrida. As pessoas podem oferecer suas
casas ou quartos para viajantes, como se fossem hotéis e receber um pagamento por isso. As
publicações impressas estão em xeque, porque as pessoas se informam por meios digitais, via
smartphone. As operadoras de telefonia fixa estão vendo decrescer ano a ano suas receitas com os
antigos aparelhos fixos, dado que as pessoas hoje podem se comunicar de diferentes formas, sem
depender deste serviço.
Assistimos a economia passar da era industrial – baseada na mecanização e produção em massa
– para a era pós-industrial, na qual a informação e o conhecimento são as matérias-primas do
sucesso. O escritor norte-americano Alvin Toffler (1928-2016) escreveu um célebre livro chamado A
Terceira Onda, publicado em 1980, em que ele define essa nova era como a “terceira onda econômica
mundial”. Segundo Toffler, nessa era a força das organizações não está mais na fabricação de
produtos ou prestação dos serviços. Está nos tripé informação-conhecimento-tecnologia.
A Revolução da Informação é a terceira, depois da revolução agrícola e da revolução industrial e
criou o que se chama de economia digital. Nela, o capital intelectual e a tecnologia são os motores
do sucesso das empresas.
Saiba mais
Veja neste artigo uma análise do livro A Terceira Onda de Alvin Toffler. Disponível em: <http
s://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2016/07/obra-de-alvin-toffler-embora-hoje-po
uco-comentada-foi-visionaria-6471913.html>. Acesso em: 24 abr. 2020.
https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2016/07/obra-de-alvin-toffler-embora-hoje-pouco-comentada-foi-visionaria-6471913.html
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TROCANDO IDEIAS
Pense nas suas atividades profissionais. Como são usadas as informações, os sistemas de
informação são eficientes? Pode ser de sua empresa ou de outra, que conheça.
Imagine algumas ideias que poderiam ser implementadas, com ajuda da tecnologia, para
melhorar os processos. Pode se inspirar em exemplos conhecidos.
Aqui o importante é você discutir as formas que a tecnologia pode ter para auxiliar os processos
de negócio, de qualquer âmbito (comercial, produção, operações etc.). Vale o pensamento inovador e
criativo!
NA PRÁTICA
Uma empresa comercial decidiu entrar no comércio eletrônico. Trata-se de uma marca bastante
conhecida e com várias lojas físicas, em diversas cidades.
O website de sua loja virtual entrou no ar e, devido a um bom trabalho de marketing digital, já
tem uma alta quantidade de acesso e de vendas, poucos meses após a estreia.
No entanto, os sistemas de informação das lojas físicas e da loja virtual são diferentes não
trocam informações de modo automático, o que obriga a equipe do e-commerce a esticar prazos de
entrega, o que impede mais vendas. Os estoques das lojas físicas e virtuais são separados, ainda que
estejam no mesmo depósito. No entanto quando falta estoque em uma loja física ou na loja virtual, o
item é deslocado de um dos estoques para o outro. Para isso, os funcionários preenchem uma
solicitação de movimento, assinam e entregam ao setor de estoques, que procede a atualização do
inventário em ambos os sistemas e depois autoriza a disponibilização do item na loja virtual ou a
retirada para levar o produto até a loja física. Todo esse processo demora de um a dois dias.
Sendo assim, responda às questões:
1.   Como a tecnologia pode ajudar a agilizar os processos das lojas físicas e da loja virtual
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2.   Os setores das lojas físicas e da loja virtual podem continuar com sistemas diferentes?
Ou deve ser implantado um sistema único?
Pratique e nos conte o que você acha!
FINALIZANDO
Nesta aula, vimos as estruturas e organização das informações, bem como a tecnologia pode
auxiliar neste processo.
Entendemos o conceito de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) e como elas
influenciam e são influenciadas pelos sistemas de informação. Vimos que as TIC evoluíram para
diversos dispositivos tecnológicos o que trouxe complexidade aos ambientes de SI.
Como o ambiente de SI se tornou complexo nas últimas décadas, vimos as principais
ferramentas de apoio à tomada de decisões, ferramentas estas baseadas na tecnologia. Elas surgiram
devido ao cenário ambiental cada vez mais complexo e ao crescente volume de dados que estamos
sujeitos hoje.
Também entendemos que isso requer uma hierarquia e organização dos sistemas de
informações. Fatores como integração de sistemas, políticas de segurança e de acesso e bancos de
dados bem construídos promovem essa organização essencial para a eficiência organizacional.
Por fim, estudamos aspectos do gerenciamento das informações, algo imprescindível já que a
informação se transformou no maior ativo das organizações, e os efeitos da era da informação na
economia, o que fez surgir novos modelos de negócios e profundas alterações nos modelos
econômicos.
REFERÊNCIAS
LAUDON, J; LAUDON, K. Sistemas de Informações Gerenciais. 9. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2010.
MORAES, D. Business Intelligence: o que é e como fazer análise de dados de inteligência
empresarial? RockContent, 2018. Disponível em: <https://inteligencia.rockcontent.com/business-
22/09/2022 07:43 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/15
intelligence/>. Acesso em: 24 abr. 2020.
MOREIRA, C. A. Obra de Alvin Toffler, embora hoje pouco comentada, foi visionária. Portal Zero
Hora, 2016. Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2016/07/obra-de-
alvin-toffler-embora-hoje-pouco-comentada-foi-visionaria-6471913.html>. Acesso em: 24 abr. 2020.
RITTO, A. C. Organizações Caórdicas - Modelagem de Organizações Inovadoras. Rio de Janeiro:
Ciência Moderna, 2005.
SOARES, D. Qual a importância das TIC's nas empresas? Comunidade Sebrae, 2019. Disponível
em: <https://comunidadesebrae.com.br/blog/qual-a-importancia-das-tics-nas-empresas>. Acesso
em: 24 abr. 2020.
21 profissões novas da era digital. Universia, 2019. Disponível em:
<https://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/03/07/915903/21-profisses-novas-da-era-
digital.html>. Acesso em: 24 abr. 2020.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
GERENCIAL
AULA 4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Luciano Furtado C. Francisco
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Conversa inicial
Olá, caro(a) aluno(a)! Nesta aula, vamos estudar a forma como os sistemas de informação na
atualidade disponibilizam os dados e informações de que precisamos para nossas atividades e para
as tomadas de decisão.
Trata-se dos bancos de dados. Aliás, um termo que praticamente caiu no uso popular, desde
que a tecnologia da informação se inseriu definitivamente como uma ferramenta de trabalho e
também de uso pessoal, com a abertura da internet comercial, nos anos 1990. Muitas pessoas até
mesmo chamam os sistemas de informação de banco de dados.
Pelo termo banco de dados, você já deve concluir que se trata de um repositório de dados,
usados pelos sistemas de informação. É isso mesmo, são lugares onde os dados são guardados, a fim
de serem usados pelos sistemas de informação. Estes seriam inúteis sem os bancos de dados, e vice-
versa.
Então, vamos entender nesta aula os aspectos principais dos bancos de dados. Veremos que se
trata de um software. Mas um software, digamos,