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BEM ESTAR ANIMAL E TRANSPORTE O bem-estar animal começa na fazenda. Abate humanitário: feitos em frigoríficos legalizados onde utilizam o bem-estar dos animais em seus procedimentos, desde o embarque a sangria – Roça, 2002 MANEJO PRÉ-ABATE Embarque: Acesso à agua a vontade, evitar o máximo de estresse ao animal. Animais de pasto devem ser acostumados e preparados anteriormente ao manejo, para criar memória e costume ao tronco de passagem: cronograma de aclimatação. Transporte Desembarque: Mesma técnica do embarque, com calma, abrir um compartimento por vez, com piso antiderrapante e conduzi-los ao um curral com água. Esses animais precisam de tempo de descanso (mín. 12h) na sombra, o estresse pode influenciar na maciez da carne. Condução Atordoamento/Insensibilização: Utiliza-se um equipamento que faz com que o animal desmaie e não sinta a dor da sangria Degola/sangria: Corte dos grandes vasos do pescoço para retirada de sangue- só quando não há mais sangue que o animal será considerado morto MANEJO RACIONAL A chance de estressar o animal é menor, gerando mais tranquilidade e facilidade, resultando produtos de melhor qualidade (carne e couro). Evita contusões, inflamações, perda do valor agregado e perda no peso da carcaça quente. Ex: Retirada de hematoma, a carne perde valor. *anexar imagens* PROCEDIMENTOS DE ABATE RIISPOA; Instrução Normativa Nº3 (janeiro 2000): normas para recepção dos animais, tempo de descanso, quantidade de água e animais, movimentação, sangria e construção. EMBARQUE Momento que exige maior tranquilidade. O animal possui memórias de curto prazo, para isso precisamos criar boas memórias de adaptação ao manejo, 15 ou 20 dias antes, sem estresse. Podem acontecem contusões nas carcaças. Instalações no embarque: O animal possui visão lateralizada, se assusta ao desviar seu olhar para movimentos externos. Embarcadores fechados são melhores, com área coberta visando atender ao animal e colaboradores, existem embarcadores portáteis. O animal não tem noção de sombra, acha que é um buraco e para. A proteção lateralizada diminui isso. A altura do caminhão também é importante, a inclinação da rampa deve ser de pelo menos de 30°. Os animais podem cair e tropeçar nos degraus, portanto a altura do caminhão deve ser a mesma do embarcador. A plataforma de acesso deve ter um platô após a inclinação da rampa com piso antiderrapante, com altura e elevação completa de modo uniforme, diminuindo a chance de eles caírem. O caminhão deve estar totalmente encostado no embarcador. O embarcador circular, também conhecido como embarcador inteligente foi uma inovação para o bem-estar animal. Nunca ficar no ponto cego do animal. A influência do movimento do animal pode ser feita no terço inicial e final (lateralidade). O ponto de equilíbrio é o ponto de segurança e conforto para o animal, fora disso entramos no ponto de fuga, onde ele se sente ameaçado. O manejo racional é feito com planejamento e organização, ter um líder para auxiliar a equipe e delegar funções, não misturar lotes para evitar brigas entre os animais. Embarcar cada compartimento de forma individual, manejar por etapas. Ex: Cabem 5 animais por compartimento? Libera os 5, fecha a porteira, aguarda. Trazer o gado para as remangas 1 dia antes, se o gado estiver longe do local de embarque. Proibido: uso de ferrões, principalmente por lesionar o couro e causar lesões na carcaça. O choque deve ser utilizado em situações extremas, com cautela, por 3 segundos, evitando regiões sensíveis como ânus, vagina e olhos. Proibido: Cães no curral. Não embarcar animais fraturados, pois eles podem cair e outros animais passarem por cima; animais caquéticos ou recém- nascidos. TRANSPORTE Cuidado com estradas sem manutenção, sem muitos buracos, áreas em que o caminhão pode atolar ou sem interdição de vias. Os motoristas devem receber um treinamento para conhecimento da estrada, cuidados com distâncias longas, para parar o caminhão em locais com sombra. Tranquilidade na estrada, sem acelerações, muitas curvas, freadas bruscas e paradas desnecessárias; fazer o transporte nas horas mais frescas do dia, para evitar estresse térmico, principalmente suínos e aves, esses animais podem chegar mortos no local de desembarque. É comum molhar os animais. Os suínos devem ser transportados deitados. O desembarque não é feito no curral e sim na pocilga. As aves são transportadas dentro de caixas, tomando cuidado com a ventilação de todas as caixas. Deve-se deixar espaços como corredores de ar para que o ar ventile em todas as caixas. Dentro do caminhão é necessário ter piso antiderrapante. Devem ser feitos planos de emergência, com colaboradores treinados. DESEMBARQUE Certificar o encosto do caminhão; Piso antiderrapante; Portas 100% abertas; Largura do desembarcadouro; Só abrir o segundo compartimento com o primeiro totalmente desembarcado. Aves e suínos são intolerantes a espera. Existem currais de espera com sombra e espaço para os animais deitarem e defecarem. Currais de espera: Jejum de no mínimo 24h – Bovinos – desde a fazenda SE necessário, por exemplo em viagens curtas. Necessário para reduzir o conteúdo gástrico, facilita evisceração, reduz contaminação de carcaça. Dieta hídrica: facilita a esfola, pois aumenta a quantidade de água no tecido subcutâneo. Favorece a sangria – maior pressão sanguínea nos vasos. Durante o período de espera o veterinário deve fazer a inspeção ante-mortem, verificar documentação, estado higiênico- sanitário dos animais, curral e anexos, identificar e isolar os doentes (curral de observação). Instalações do frigorífico: Piso antiderrapante; Evitar sombra, ralos no trajeto e qualquer outro elemento que se transforme em obstáculo para os animais; Abate de emergência: Animal deve ser abatido com prioridade por sentir muita dor, como nos casos de animais que sofrem fratura. Nesses casos NUNCA puxar o animal com uma corda ou soltar um lote em cima dele, além da dor e das fraturas o animal terá hematomas na carcaça. Uma carcaça retalhada, sem uniformidade dos cortes recebe o selo de NE (NÃO PODERÁ SER EXPORTADA) e a carne perde qualidade, podendo ser utilizada para subprodutos. INSENSIBILIZAÇÃO – 1ª etapa técnica do frigorífico O animal entra em um modo de inconsciência, para realização do corte dos grandes vasos. O animal morre depois da sangria completa de até 3 minutos – esse tempo deve ser respeitado. Protege contra dor, angústia e promove segurança dos operários. A eficácia depende do método utilizado, manutenção do equipamentos e cuidados durante o uso. Existe um método eficaz para cada espécie. Tipos de insensibilização ou atordoamento: Pistolas (pneumáticas) de dardo cativo com penetração com penetração (traumatismo craniano) ou não (desregulação neurológica e pequenas fraturas) na região da cabeça; BOVINOS, EQUÍNOS E PEQUENOS RUMINANTES Eletronarcose ou eletrocursão; PROIBITO MARRETA; Processo químico, com CO2 ou argônio, mais utilizado na Europa.
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